.comment-link {margin-left:.6em;}

terça-feira, fevereiro 28, 2006

 

In Memoriam

Conhecemos a Natércia Crisanto pouco tempo depois dela chegar à Figueira para ser professora do Patronato de S. Miguel, obra da paróquia, frequentado por rapazes de famílias carenciados.
Cedo viemos a saber da sua competência como docente, assim como também tratar-se de uma pessoa muito interessada pelos problemas dos outros que precisavam de ajuda.
E quando sozinha não podia valer-lhes, a sua disponibilidade era total no sentido de procurar quem com mais responsabilidades e influência na comunidade figueirense pudesse acudir a situações tristes e aflitivas.
Mulher de muita fé sempre colaborou nas obras e movimentos da Igreja e mulher de muita vontade e determinação, mesmo ainda como professora da instrução primária (assim se chamava então), começou a tirar o Curso de História na faculdade de Coimbra, vindo a licenciar-se.
Foi, então, professora da Escola João de barros, ali cumprindo bem as suas funções de docente. Mais tarde passou a exercer na escola Dr. Joaquim de Carvalho.
O seu propósito de contribuir para uma sociedade melhor, com mais justiça social e qualidade de vida, levou-a a apoiar com entusiasmo a candidatura à Presidência da República de Maria de Lourdes Pintasilgo, que ela muito admirava.
E, a partir dessa primeira experiência política, embora não bem sucedida para a candidata, a Natércia deixou-se agarrar pelo “ bichinho” da política, vindo a militar no Partido renovador Democrático de inspiração Eanista, Partido que durou pouco, e, mais tarde entrou então no Partido Socialista.
Aí ocupou posições de relevo a nível local, vindo a ser activa e dedicada Vereadora da oposição numa Câmara do PSD.
Procurou sempre defender no Executivo o que considerava seremos interesses da Figueira e também os princípios e valores que foram constantes nas directrizes da sua conduta humanista.
Era actualmente líder da bancada do PS na Assembleia Municipal.
O associativismo mereceu-lhe uma atenção muito especial, podendo dizer-se, com verdade, que a Drª Natércia Crisanto foi solicitada pela generalidade das Colectividades do Concelho para nelas discursar ou fazer conferências. Ela deixou nessas Casas, tanto da sua estima a marca da sua presença simpática e querida e da sua palavra sempre conceituosa e muito válida.
Foi, também, uma assídua colaboradora na imprensa local, sobretudo no jornal “ O Figueirense “, sendo eclética quanto aos assuntos tratados.
Reformou-se, mas não parou.
Continuou a dar-se aos outros, sempre com um louvável entusiasmo, sempre com um intenso amor às Causas Nobres e Justas.
Foi, então, uma das impulsionadoras da Universidade da Terceira Idade e da Associação “ Viver em Alegria”.
Foi, ainda, Presidente do Lions Club da Figueira da Foz.
Mesmo já doente, insistiu em aparecer em público, em procurar fazer a sua vida normal, colaborando nos eventos mais importantes realizados no nosso concelho, como que querendo dizer: Ainda cá estou!
Porém, a doença implacável acabou por vencê-la, mas até nos piores períodos dessa doença, a Natércia foi corajosa, foi um exemplo quanto à forma como aceitou a sua desdita.
Teve uma vida curta, desapareceu quando ainda muito podia dar à Comunidade.
Mas teve uma vida cheia de boas acções e de verdadeira solidariedade para com os outros.
Daí que, com toda a justiça o seu funeral fosse uma grande manifestação de pesar.
Curvo-me perante a sua memória e associo-me à grande dor do seu marido, filhos e demais familiares.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

 

Três listas para a Comissão Concelhia do PS?

Serão, pelo que já se diz, três os candidatos que irão disputar as eleições para a Comissão Política Concelhia do PS local.
Eis os candidatos: António João Paredes, Rui Carvalheiro e António Jorge Pedrosa.
Qualquer deles deve formar a sua lista e obter os mais fortes apoios dos socialistas figueirenses.
Com bons serviços já prestados ao Partido e com conhecidas manifestações de dedicação ao seu ideal político, a luta eleitoral promete ser renhida.
Mas, decerto, decorrerá com nível elevado, sem se entrar em questiúnculas e ataques pessoais desnecessários.
Que cada um dos candidatos procure, mais uma vez, servir o melhor possível o Partido

 

A companhia teatral Escola da Noite

Este grupo teatral, com sede em Coimbra tem vivido com muitas dificuldades, não havendo condições para continuar a sua actividade.
E o certo é que, se tal acontecer, será um valioso pólo cultural a desaparecer!
A Escola da Noite tem tido uma louvável acção levando já à cena muitas peças e sempre com o agrado do público.
Segundo parece, é a falta do pagamento de subsídios, inclusivamente da Câmara, que tem agravado a situação económica daquele grupo teatral.
Porém, o Secretário de Estado da Cultura teve, ontem, uma reunião em Coimbra, em que participou um representante da Câmara, conseguindo-se a possibilidade da continuação da Escola da Noite.
Que assim seja!

 

A política social na Assembleia da República

Hoje, o Primeiro Ministro levou ao Parlamento o anuncio da decisão do governo quanto a várias medidas destinadas a minorar a situação dos idosos.
Os que tiverem um rendimento mensal inferior a 300 euros irão poder dispor do chamado complemento solidário.
Também José Sócrates deu a conhecer a intenção do governo subsidiar o aumento ou a melhoria dos equipamentos sociais, destinados ao acolhimento de menores ou de crianças maltratadas ou abandonadas.
O governo, que é sustentado pelo Partido Socialista tem, na verdade, de afirmar-se essencialmente através de políticas sociais tão necessárias no nosso país.
E tem de combater, com eficácia, a pobreza, a exclusão social e as desigualdades.
Até agora, embora não se concordando em princípio, com certas medidas em relação à economia, há que reconhecer tem mesmo que as tomar, numa tentativa de alcançar com a urgência possível a retoma económica e a angariação de receitas com que possa fazer face a encargos sociais.
No entanto, bom será que a preocupação que deve ser constante no governo é o social.

 

Guerra Civil no Iraque?

Um santuário xiita naquele país foi destruído e logo houve por parte dos sumitas uma violenta reacção, com manifestações nas ruas e ataques a mesquitas sumitas.
O sectarismo voltou a desencadear-se com violência e, apesar de vários responsáveis políticos e mesmo religiosos apelarem à calma e à ordem, o certo é que outros incitam à guerra civil o que agravaria de forma inimaginável a situação no Iraque. E os mortos sãos já muitos.
O que mais irá acontecer naquele país, impondo sofrimento e morte à sua população?!
Tão cedo, não se antevê que ali possa existir uma convivência pacífica e funcionar com normalidade uma democracia.
E a culpa já vem de longe devendo, porém, ser mais recentemente atribuída aos invasores daquele histórico país.

 

Isto não é um conto!

O rapaz de 13 anos, é filho de um alcoólico que pouco trabalha e a mãe sofre de periódicas perturbações mentais.
Quase diariamente, aquela e criança assiste a cenas de agressões do pai à mãe e ele próprio quando tenta interpor-se, é também espancado.
A casa é modesta e devem já alguns meses de renda, estando na eminência de serem despejados.
Ainda há dias alguém viu que naquela casa não havia absolutamente nada com que se pudesse fazer uma refeição.
O rapaz, na escola, treme de frio, não tem agasalhos (anda com uma calças de Verão) e não consegue estar com atenção (quem estaria, nas condições dele?!).
Soubemos, porém, que nessa escola há quem se preocupe com aquela situação e com outras que, infelizmente, existem.
E as ajudas bondosas e anónimas vão aparecendo, ou em géneros, ou roupas ou mesmo dinheiro.
O rapaz de 13 anos que sempre tinha um olhar triste e não sorria está mais comunicativo, já intervém e quem sabe se apresentará no futuro progressos nos estudos.
Isto não é um conto, não é uma fantasia, é uma realidade, igual a tantas, tantas outras que existem em muitas escolas.
Como querem sucesso escolar em quem carrega uma vida atormentada, com carências d e toda a ordem, materiais e afectivas, com problemas que marcam como que ferro em brasa?!

 

A Portucel investe fortemente

Esta grande empresa vai investir cerca de 900 milhões de euros.
Na sua fábrica de Setúbal, será instalada uma moderna máquina de produção de papel, máquina que produzirá 2 km de papel por minuto, sendo considerada uma das melhores, senão mesmo a melhor do mundo!
Está prevista a criação de, pelo menos, 350 postos de trabalho.
O Estado comparticipou nesta iniciativa da Portucel com importantes benefícios fiscais.
Dá-se assim mais um passo e grande no desenvolvimento da nossa indústria e, sobretudo, porque a produção de papel por essa máquina destina-se fundamentalmente à exportação.
Pena é que, na nossa Figueira não se veja progresso no campo industrial.

 

Um Português no espaço

O bilhete, espera-se de ida e volta, custou apenas ...200 mil dólares e foi um Português que o comprou, para gozar umas férias no espaço, a bordo de uma aeronave!
Irá acompanhado de algumas celebridades, o que, decerto, lhe dará mais cotação social...
Como esse cidadão poderia, com tanto dinheiro, ajudar tantos carenciados que há no nosso país!
Enfim, critérios.
Mas este não aceitamos pois revolta ver os desempregados a serem cada vez mais e certas pessoas com fortunas enormes que não sabem ou não querem aproveitar bem no que pode valorizar a comunidade ou em praticar a solidariedade para com quem precisa dela!

 

É preocupante!

A criminalidade juvenil, que já chegou ao nosso país com características de muita violência é, na verdade, preocupante.
Já não são os assaltos (quanto deles a mandado de outros que se aproveitam de menores), não são os danos, os insultos a quem não os merece, a passagem e consumo de droga, etc.
Desta vez, segundo já foi noticiado, um grupo (fala-se numa dúzia) de alunos das Oficinas de S. José, com idades entre 13 e 16 anos, matou com requintes de malvadez um pobre homem que já conheciam como travesti e prostituto, e que era um sem-abrigo.
Essa vítima teria sido espancada, apedrejada, durante vários dias acabando por ser abandonada numa garagem que é utilizada por toxicodependentes.
Os agressores voltaram ao local e aperceberam-se que o homem ainda estava vivo e foi, então que acabaram por lhe tirar a vida, tendo-o depois atirado a um poço de 10 metros de profundidade.
Um dos rapazes, porém, não se conteve e desabafou com uma professora que se apressou a dar conta da triste ocorrência à Polícia.
O poço para onde foi atirada a vitima dista pelo menos um km do local onde foi gravemente espancada até à morte.
Os requintes utilizados pelos jovens em causa na sua actuação desumana e delituosa são, sem dúvida, mesmo alarmantes, pelo que representam das sua más índoles, que pertencendo, como pertencem a uma instituição salesiana, onde recebem bom acolhimento, instrução e normas de boa conduta, não deviam agir como agiram.
Só que esses jovens e muitos outros que estão nessa instituição são normalmente originários de famílias que além de muitas carências, são de baixo nível moral e já com problemas criminais e de toxicodependência o que deixa sempre marcas profundas nos jovens.
Que sucederá aos agora suspeitos de homicídio?
O que já tem 16 anos responderá, se for caso disso, em processo penal e os outros, porque não podem ser detidos nem têm idade legal para responder em tribunal serão, como parece que já foram, inquiridos por um juiz do Tribunal, sendo-lhes aplicada a Lei Tutelar Educativa ( nº 166/99, de 14 de Setembro) possivelmente com internamento em Centro Educativo , onde se tentará a sua regeneração.
Será que estes jovens ainda conseguirão recuperar-se, vindo a fazer uma vida normal?
Oxalá.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

 

O dia do doente

Estamos em crer que não há nenhum dia em que dos hospitais não haja a preocupação de cuidar, com dedicação e mesmo carinho dos doentes, tratando-os e suavizando-lhes o sofrimento.
Na verdade, para os profissionais da saúde todos os dias são dias do doente.
Mas se se consagrou, quase em todo o mundo um dia específico do doente, ocorrido recentemente, é, decerto, porque haverá muitos que tão absorvidos andam com vidas fúteis, com prazeres próprios, com ambições e ganâncias materiais que lhes passam despercebidos os sofrimentos de outros.
Porém, nos hospitais, nos lares e em instituições que acolhem os idosos, doentes ou acamados, para além dos profissionais que lhes prestam serviços, há, felizmente, quem, desinteressadamente e apenas por solidariedade destinam várias horas dos seus dias a acompanhar e a amenizar as vidas difíceis, mesmo atormentadas de alguns.
Os voluntários cada vez mais vão aparecendo, espalhados por vários lugares onde são precisos merecem bem a nossa admiração e a gratidão dos que por eles são ajudados.
Para esses voluntários também o dais do doente os incentivará, com certeza, mais a prossecução da sua louvável acção.
Que o dia do doente tenha servido, ao menos, para que os “ mais distraídos” pensem que há, neste mundo quem sofra e precise de apoio.

 

O apoio às vítimas de maus-tratos domésticos

Não podemos deixar de ficar impressionados quando se noticia que cerca de 1 milhão de crianças e mulheres estão em situação de risco, sofrendo maus-tratos, por vezes muito violentos e frequentes, da parte de familiares, vizinhos ou superiores hierárquicos.
Não são só maus-tratos físicos, mas também pressões psicológicas, castigos desumanos, etc.
Na Assembleia da República foram, hoje, à apreciação e discussão várias propostas de diplomas com que se tentam criar melhores meios e estruturas, mais eficazes e céleres procedimentos judiciais, tudo em ordem a prevenir-se ou a combater-se situações em que as vítimas são crianças ou mulheres.
Oxalá saiam do Parlamento novas regras que tenham capacidade de acabar com um problema que a todos causa indignação e mesmo repulsa mas que, até agora, não se encontrou ainda a melhor solução.
Por exemplo, é urgente criar-se uma rede, a nível nacional de casas de acolhimento das vítimas dos maus-tratos.
As poucas que há são de iniciativa particular e não têm condições, até económicas de dar resposta a todos os que precisam de sair ou “ fugir” dos ambientes violentos em que vivem.

 

Quando se cai em desgraça...

Isaltino de Morais que durante muito tempo foi “ menino bonito “ no PSD chegando a desempenhar altos cargos dirigentes e sendo apontado como exemplo de autarca, é, agora acusado em processo judicial de crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal.
E o seu ex-Partido praticamente abandonou-o à sua sorte, tendo agora alguns deputados sociais-democratas da Assembleia Municipal de Oeiras apresentado uma proposta no sentido de “ obrigar” Isaltino a suspender o seu mandato de Presidente da Câmara, lugar que, apoiado pelo Movimento Oeiras mais à frente, ganhou nas últimas eleições autárquicas.
Quem cai em desgraça, fica geralmente sem os seus melhores amigos!
Mas a votação daquela proposta não foi favorável aos seus proponentes e Isaltino de Morais continuará à frente da Câmara de Oeiras.
E, é claro, logo aproveitou essa sessão da Assembleia Municipal para, mais uma vez, atacar a acção do anterior executivo PSD, presidido por Teresa Azambujo.
Enfim, as reviravoltas da política levam, por vezes a inimizades grandes e à tomada de posições inimagináveis anteriormente.
De bem amado passa-se, com facilidade, a mal amado!

 

O Benfica jogou à Benfica!

No jogo de ontem, em que o Benfica defrontou o Liverpool, a nossa equipa agigantou-se, fez uma partida inteligente e com muito entusiasmo, não parecendo nada o Benfica que tem andado na primeira liga nacional.
Não lhe faltou garra, vontade e entrega total para alcançar a vitória sobre o prestigiado clube inglês.
Assim, sim, gosta-se de ver o Benfica!
Claro que ainda falta um jogo para se decidir quem vence a eliminatória.
Mas, pelo menos, o Benfica fez já um brilharete e é capaz, se jogar desta maneira de passar à fase seguinte.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

 

O mediador penal

O Ministério da Justiça apresentará, brevemente, uma proposta em que se admite a chamada mediação penal, quanto à pequena criminalidade, que poderá deixar de ser resolvida nos Tribunais Judiciais.
É o que já vai acontecendo, quanto a questões cíveis, nos Julgados de Paz.
Assim, quanto a crimes como pequenos furtos ofensas corporais simples, injúria e difamação, dano, burla, mesmo que denunciados nos Tribunais poderão por acordo do queixoso e do arguido, vir a ser resolvidos por um mediador penal que tentará uma conciliação ou a abdicação de uma sanção aceite por ambas as partes em conflito (como pagamento em dinheiro, pedido de desculpa, reparação do dano ou prestação de serviços à comunidade).
Serão excluídos crimes sexuais e aqueles em que a vítima tenha menos de 16 anos.
Tal proposta baseia-se numa mediação social desde que aceite por quem está em litígio.
Se não for possível um acordo o respectivo processo poderá correr, então, no Tribunal.
Esta proposta do Ministério da Justiça é mais uma medida para aliviar os Tribunais Judiciais de casos penais de pouca importância, as chamadas “ bagatelas judiciais” e também para não sobrecarregar ainda mais as lotações das prisões.
Em princípio parece-nos boa a ideia, que, aliás, não é inédita, pois o sistema que agora se pretende adoptar existe já, pelo menos, na Áustria, Bélgica e França.

 

Auditoria na Figueira -Grande Turismo

Na sessão camarária de ontem foi aprovada uma auditoria administrativa e financeira à empresa municipal “ Figueira - Grande Turismo”.
A proposta partiu dos vereadores socialistas, com os quais votou também o social-democrata Paulo Pereira Coelho, até há pouco vice-presidente da Câmara.
A essa empresa está cometida a gestão do restaurante Abrigo da Montanha, do Centro de Artes e Espectáculos, do Oásis.
E o certo é que, há já muito que vem sendo posta em causa a acção e gestão daquela empresa, para a qual a Câmara tem transferido anualmente verbas importantes.
Pretendem os Vereadores socialistas que a auditoria seja feita por uma empresa externa, a contratar por concurso público e que deverá apresentar o seu relatório final dentro de noventa dias.
O Presidente da Câmara manifestou-se no sentido de, não sendo contra auditorias, esta fosse realizada, até por uma questão económica, pela Inspecção-Geral de Finanças.
Pereira Coelho justificou o seu voto favorável à auditoria por uma questão de transparência, que sempre defende.
Duarte Silva e os restantes Vereadores do PSD abstiveram-se.
Assim, a requerida auditoria vai mesmo fazer-se.

 

A Polícia Judiciária

Tem sido muito eficaz a acção esta Polícia.
Sobretudo na apreensão de enormes quantidades de droga e no desmantelamento de grupos de traficantes nacionais e estrangeiros.
Quer dizer que aquela Polícia está a cumprir muito bem a sua missão, o que tem que merecer um justo elogio.
Nalguns casos, também a PSP e até a Guarda- Fiscal têm colaborado com acerto.
Por vezes, com dificuldade de meios, quer humanos quer materiais, o certo é que, mesmo assim, as nossas polícias têm sabido actuar bem.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

 

As exigências de Israel

O novo Primeiro-Ministro israelita, como aliás se esperava não confia no governo palestiniano.
E continua a considerá-lo como um grupo terrorista, o que, evidentemente, agrava a possibilidade de se alcançar a paz naquela zona do Médio Oriente.
Esquece-se ou finge esquecer-se aquele Primeiro-Ministro de que Hamas ganhou licitamente as eleições na palestina e que não será com juízos radicais que se promoverá a convivência pacífica entre os dois estados vizinhos.
Já o dissemos várias vezes e repetimos: cremos ser esta uma altura em que mais se justificará a intervenção das Nações Unidas no sentido de se estabelecerem conversações sérias procurando sentar à mesma mesa os actuais responsáveis políticos israelitas e palestinianos.
E é urgente que tal aconteça, sob pena de a situação se deteriorar ainda mais!

 

Um exemplo a seguir

A Câmara de São João da Madeira está a pagar uma certa percentagem dos medicamentos aos idosos com rendimento ou pensão inferior ao ordenado mínimo.
Não sabemos, como é possível, legalmente, essa Câmara poder suportar tal encargo.
Mas que a ideia é boa, isso é verdade!
E se, realmente, o exemplo pudesse ser seguido por outras autarquias locais, não deve, então, haver hesitação.
Até porque, em todas elas, há um pelouro de Acção Social que, por sinal, na nossa Câmara está muito bem entregue.

 

A gripe das aves já em Espanha?

Foram já três aves (patos) que apareceram mortas em Espanha, estando ainda a verificar-se se eram ou não portadoras do vírus da gripe.
Oxalá que não.
É que entre nós, já vai surgindo o receio de chegar cá a doença que já causou a morte a 98 pessoas em todo o mundo.
E estaremos, efectivamente, preparados para combater tal doença?

 

O aniversário do “Diário de Notícias”

Com 142 anos, aquele jornal diário publicou, hoje, o seu número 50 mil!
Nesse número encontra-se, como é natural, um pouco da sua história começada em 1864.
E também dele constam breves depoimentos de várias personalidades, todos elogiosos quanto à sua válida qualidade na imprensa nacional.
Houve, é claro, altos e baixos, com maior ou menor adaptação ao poder instituído, mas sempre com mérito em sectores como as artes, a cultura, o noticioso, o desporto.
Parabéns ao Diário de Notícias.

 

Sampaio em Timor

Ouvimos, ontem, Ramos Horta, Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor e possível candidato a Secretário-Geral da ONU, dizer que Jorge Sampaio foi dos mais dedicados e determinados defensores da Causa timorense.
Não só quando já era Presidente da república, mas ainda muito antes.
Não admira, pois, que ele quisesse terminar as suas deslocações presidenciais indo àquele novel país, antiga colónia portuguesa.
Vai, decerto, ser recebido com entusiasmo e carinho pelo povo timorense, que reconhece a acção de Jorge Sampaio a favor da sua liberdade e independência.
O Presidente, que está prestes a deixar o Palácio de Belém, terá em Timor a apoteose que merece, sendo-lhe até atribuída a distinção de Cidadão Honorário.

 

A irmã Lúcia está já em Fátima

Contava-se que o recinto de Fátima enchesse, falando-se até na previsão de 250 mil pessoas.
Não aconteceu, porém, assim porque, na verdade, as más condições atmosféricas contribuíram para que muitos não se atrevessem a ir até Fátima.
No entanto, alguns milhares de crentes estiveram ali, incluindo delegações de vários países, a prestarem a última homenagem à Irmã Lúcia.
Esta foi, primeiramente, freira da ordem das doroteias, passando, depois, para as carmelitas que é uma Ordem de contemplação e oração.
Muitos são os testemunhos de quem a conheceu, unânimes em a considerarem uma mulher alegre, bem-humorada, muito simples, mas sempre com o desejo de estar a par do que acontecia no mundo.
Ficou sepultada ao lado dos jazigos dos primos Jacinta e Francisco, na Basílica de Fátima.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

 

Os setenta anos de Mário Santos

O nosso bom amigo Marinho é já septuagenário!
Comemorou, há dias, esse significativo aniversário sempre com a sua habitual juventude de espírito.
Mário Santos deve ser, actualmente, o figueirense que mais tem documentos de várias espécies sobre a nossa terra.
Há muitos anos que os colecciona e os vai encontrar em muitos lugares muitas vezes até sem contar.
É, na verdade, um bairrista indefectível e, mesmo quando vivia em Lisboa onde trabalhou no Arquivo de Identificação, sempre que podia vinha “ matar saudades” à Figueira.
De simpatia irradiante e com um apurado humor, o Marinho granjeou, justamente, muitos amigos, sendo com alguns deles que celebrou no restaurante “ Picadeiro” que frequenta com regularidade, os seus setenta anos.
Parabéns, amigo, e muita saúde para gozar a merecida reforma.

 

O General sem medo

Ficou assim conhecido o General Humberto delgado, cujo centenário do nascimento se comemora agora.
Foi, na verdade, um cidadão muito corajoso na luta contra o ditador Salazar, apoiando a Oposição Democrática, que o propôs em 1958, como candidato à Presidência da República.
Não foi eleito porque houve “ batota” (até os votos eram de papel diferente, distinguindo-se à distância) por parte do chamado estado novo, mas conseguiu, durante a campanha eleitoral embora muito condicionada em relação a ele, dar um abanão muito forte no regime ditatorial.
“ Se eu ganhar as eleições, obviamente demitirei Salazar”, foi uma frase dita por Humberto Delgado e que ficou célebre pela coragem que, nessa altura, representava falar-se assim!
Após as eleições, mesmo fora do país, exilado, o General continuou a ter contactos frequentes com vários grupos da Oposição, vindo, porém, em 1965 a ser assassinado em Espanha, perto da fronteira com Portugal onde fora atraído pela P.I.D.E.
Humberto Delgado marcou posição de muito relevo na nossa História, como alguém que com muita determinação e patriotismo, defendeu com as limitações e perigos que existiam na ocasião, a Causa da Liberdade e da Democracia.
A sua figura e acção não podem ser nunca esquecidas.

 

Mais privatizações!

O Ministro das Finanças anunciou ontem que em Conselho de ministros foi decidido fazerem-se as privatizações da ANA – Aeroportos de Portugal, Galpenergia, EDP, REN, Portucel, Portucel Tejo, Inapa e TAP, SGPS.
Quer dizer que até 2007 o Estado prevê poder “ encaixar” 2.400 milhões de euros!
Mas que falta agora privatizar?
Apenas três empresas: Águas de Portugal, CTT e Caixa Geral de Depósitos.
Irão estas, ao menos, ficar nas mãos do Estado?
As privatizações já decididas vão, decerto, atrair capital estrangeiro, o que no nosso entender é grave, dado que tais empresas são de sectores estratégicos, além de até agora serem lucrativas.
Haverá menos Estado, mas será que as privatizações a fazer resolverão da melhor maneira os problemas da nossa economia a precisar de efectivo desenvolvimento?!

 

17 Julgados de Paz

Foram já criados 17 Julgados de Paz, os quais têm realizado um bom trabalho.
Não só há mais celeridade na resolução das questões, como os encargos são mais baixos do que os dos tribunais judiciais, além de que uma boa percentagem dessas questões se resolvem na fase da conciliação.
Acresce que as formalidades nos processos que correm nos julgados são mais simples e céleres.
Onde existem tais Julgados o movimento nos Tribunais Judiciais tem diminuído consideravelmente sendo certo que a competência daqueles Julgados é bastante abrangente quanto às matérias que têm que apreciar e decidir.
Já o dissemos e voltamos a dizer que é uma pena na Figueira não haver um Julgado de Paz, pois em Coimbra e Cantanhede já há.
E bastaria a Câmara manifestar ao Ministério da Justiça esse desejo e dispor-se a arranjar as respectivas instalações, que até não precisam de grande área já que por lei é às Câmaras que compete a cedência das instalações.

 

O Holocausto não foi o que dizem?!

O embaixador do Irão em Portugal fez declarações muito lamentáveis.
Atreveu-se a dizer que ainda está por apurar o número de judeus que morreram nos campos de concentração nazis.
Porém, só num desses campos onde havia um milhão e trezentos mil prisioneiros, um milhão eram judeus e todos ali morreram!
E os que foram vitimados noutros campos?
O que teria levado aquele embaixador a fazer afirmações tão estranhas e contrárias aos números (seis milhões) até agora apurados?
Para o referido embaixador não teria havido o holocausto?
Eis uma atitude insólita e altamente censurável, tomada sobretudo por quem a tomou!
Só um enorme ódio aos judeus, talvez com uma base religiosa, poderá (se puder!) explicar a conduta do referido diplomata.

 

Quase meio milhão de desempregados!

É verdade: já há em Portugal 447 mil desempregados!
Quer dizer que a taxa subiu de 7,6% para 8%.
Foi u Instituto Nacional de Estatísticas, que divulgou, ontem, tais números.
É muito preocupante o que se passa com o desemprego, não só porque dele advêm consequências pessoais e familiares graves para quem fica sem trabalho mas ainda porque se avolumam consideravelmente os encargos com o subsídio de desemprego.
Claro que só com um significativo crescimento económico é que poderá descer o desemprego.
Mas quando começará no nosso país o aparecimento de muitos postos de trabalho?
É certo que, com a vinda dos investimentos estrangeiros que ultimamente se tem verificado, deverá começar o t
Ao preciso desenvolvimento da nossa economia.
E também é certo que, sobretudo em relação às pequenas e médias empresas, tem havido apoios estatais, bem como se têm reduzido as formalidades burocráticas para a criação de empresas.
Quando, porém, se conseguirá absorver no mercado do trabalho tantos desempregados?!
O desemprego não pode deixar de ser o problema principal do governo, sobre ele devem concentrar-se as atenções de vários Ministérios, já que a solução não depende de um só sector governamental, mas de uma acção concertada.

 

A gripe das aves

São já alguns os países europeus (Itália, Roménia, Áustria, Alemanha, Grécia) em que já foram detectadas aves mortas com o vírus da gripe que poderá vir a ser endémica.
Noutros países está a fazer-se um trabalho de preparação para o caso de virem a ser atingidos por aquele mal, quanto ao qual há a possibilidade de se estender à espécie humana, como nalguns casos já se verificou.
Em Portugal, embora alguns responsáveis do Ministério da Saúde vão dizendo que não há razão para alarme, o certo é que “ mais vale prevenir do que remediar”.
Quer com isto dizer-se que se impõe que também entre nós haja todo o cuidado para combater tal doença se ela chegar ao nosso país.
E o que, felizmente, já se está a fazer nalguns locais, deve estender-se a todos ou à grande maioria dos nossos hospitais, com instalações de isolamento e com os medicamentos em doses consideradas suficientes.
Julgamos que é a preocupação maior, neste momento, de quem tem a responsabilidade do sector da saúde.
É que prevê-se que o H5N1 (o vírus da gripe) deverá chegar a Espanha na próxima Primavera.

 

O encerramento de escolas

Já foi anunciado pelo Ministério que irão fechar 60% das escolas do ensino básico.
A falta de alunos ou as más condições de conservação dos edifícios são a justificação para tal decisão.
E, é claro, os locais menos povoados serão os que mais vão sofrer, pois é neles que as escolas têm menos frequência e também é neles que mais estão deteriorados os «edifícios escolares.
Já tem havido protestos e até manifestações ruidosas contra o anunciado encerramento de escolas.
É que casos há que os alunos terão de deslocar-se para outras escolas, algumas delas já distantes das suas terras e casas.
Os respectivos pais estão naturalmente preocupados, porque terão que passar sem os filhos desde manhã cedo até ao fim da tarde, não sabendo como eles serão acompanhados durante tantas horas.
Se a razão para o encerramento das escolas é o seu mau estado, devia, sim, optar-se por se fazerem as obras necessárias.
Se a razão é o baixo número de alunos, então há que ponderar caso a caso, qual o melhor destino a dar-lhes, não os afastando muito das suas terras e dos seus meios familiares.
Dizia, há dias, uma mãe na RTP que era ela que levava a filha à escola e a ia buscar (o que acontecia com outros pais) , não sendo certo que, agora, de repente, fosse alterada essa situação!
O Ministério precisa, na verdade, de ter em boa atenção a melhor solução a adoptar, não impondo uma quebra abrupta no relacionamento das crianças com as suas famílias e com as suas terras.

 

75 anos do Avante

Este jornal, de combate político-partidário, celebra hoje o seu 75º aniversário.
Deve ser caso único no mundo um jornal desta natureza ter conseguido vida já tão longa, até porque, durante muitos anos, fez-se e distribuiu-se na clandestinidade.
Foi, desde a sua fundação até agora um órgão próprio do partido comunista português que sempre se mostrou coerente com os princípios e as políticas defendidas por aquele Partido.
Enquanto clandestino, o Avante chegou a muitas partes do país com grandes riscos para quem fazia a sua entrega, tendo de servir-se dos mais variados disfarces para poder fazer tal distribuição.
Mas o certo é que muitos milhares do jornal chegavam com regularidade às mãos principalmente dos operários, pondo a nu as tropelias, as perseguições, prisões e mortes provocadas pela ditadura salazarista.
O Avante consciencializou muitos dos que, mais tarde, foram militantes corajosos do PCP.
Mesmo que nem sempre se concordasse com a doutrina política defendida e divulgada pelo jornal, agora aniversariante, há que reconhecer que ele foi, e toda a sua já longa existência, um jornal de combate, que conseguiu abrir muitas brechas na forte carapaça
Que protegia o regime ditatorial que nos governou quase meio século.
Por isso, o Avante merece o nosso respeito.
Felicitamo-lo, bem como a todos os seus colaboradores.

 

O health club de Portugal vai encerrar

Instalado no edifício Portugal, há já alguns anos, aquele clube que dispunha de uma excelente piscina e de várias valências desportivas, estéticas e de saúde, vai encerrar as portas!
Em comunicado, os responsáveis daquele espaço único na Figueira, diz que a sociedade figueira-praia, proprietária do edifício, exigiu que lhe fosse restituído o referido espaço.
Mais uma machadada no bairro novo que, cada vez mais vai ficando deserto, sem qualquer animação ou movimento!
Parece que, efectivamente tem havido o propósito de fazer de uma zona nobre da cidade uma zona morta..., em que apenas sobressai o Casino, com as suas numerosas máquinas de jogo e com uma fachada de muito mau gosto.
E quando, em algumas freguesias, há piscinas operacionais, a cidade, com o encerramento da do edifício Portugal ficará sem nenhuma ou melhor ficará com o tanque do ginásio ( que aliás tão útil tem sido para a aprendizagem da natação) e com a piscina praia, só aproveitável no Verão e com destino mais para os hospedes do hotel mercury e para quem pode suportar o preço elevado do acesso.
não se sabe para quê a sociedade figueira praia quer tomar posse das instalações onde estava o health club, mas sabendo-se como se sabe que o que importa àquela Sociedade é o lucro, algo aparecerá que a satisfaça mais no seu amor aos cifrões!
Como se desejaria que na Figueira surgisse alguém que a ela se dedicasse e investisse mais pelo que ela vale pelas suas belezas naturais do que como apenas fonte de rendimento.

 

Os bombeiros-estagiários ficam?

Pelo que vai constando, o problema da contratação dos 20 bombeiros-estagiários deve já estar resolvido.
E pelo melhor, pois serão contratados, valorizando o corpo dos Bombeiros Municipais.
Estamos em crer que esta solução era, na verdade, dadas as circunstâncias ocorridas, a que se impunha e agradará aos figueirenses.

 

Decisão do Tribunal Administrativo de Coimbra sobre a questão do Cabo Mondego

A Câmara foi notificada da decisão num processo de providência cautelar que ali tinhas sido requerida, declarando aquele Tribunal não ter competências para julgar tal processo.
Essa providência cautelar destinava-se a suspender os trabalhos de “ destruição das falésias do Cabo Mondego, realizados pela “CIMPOR”.
A Câmara fez o que devia, querendo evitar o desaparecimento de u património natural que a Unesco, já há anos, classificou como “ estratotipo – do limiar aeleniano – bujoriano “ pertencente ao jurássico médio.
Quer dizer que, apesar das falésias que estão a ser destruídas terem um estatuto internacional, o certo é que ainda não foram classificadas como “ monumento natural”, o que, há já muito, vem sendo reclamado pela autarquia, ambientalistas e investigadores.
Ora, essa classificação compete, na verdade, ao Ministério do Ambiente e neste já se encontrará a documentação necessária para tal classificação, a qual, inexplicavelmente, não surgiu ainda!
Daí a razão, mais que justificada da indignação do Presidente da Câmara, Engenheiro Duarte Silva, que não compreende a demora em ser elaborado e publicado o decreto que consagrará aquela classificação!
É que , quando porventura esse diploma sair, pode ser que já se tenha perdido o que valoriza (importantes sinais geo-históricos) as falésias em causa.
Há, pois, que pressionar o governo para que cumpra o que lhe compete: classificar as falésias do Cabo Mondego como monumento natural.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

 

Os Estados Unidos e o Irão

A questão relacionada com a produção pelo Irão de energia nuclear está a agravar-se!
É que os Estados Unidos da América do Norte já avisaram que estão a preparar-se para uma intervenção militar, se tal for necessário.
Quer dizer que, de um momento para o outro poderá surgir mais um conflito bélico, pois o Irão continua teimosamente a recusar desistir do desenvolvimento da sua política nuclear.
Muito embora os responsáveis iranianos afirmem que apenas querem o enriquecimento de urânio não para produzir armas nucleares mas apenas para utilizarem a energia nuclear para outros fins.
Só que a administração norte-americana e não só não acreditam na sinceridade de tal afirmação.
E o Conselho de Segurança das Nações Unidas não se pronunciou até agora.
Resta saber se esses Conselho condenar a atitude do Irão este país obedecerá ou não à decisão desse Órgão.
Estamos em crer que o radicalismo da política iraniana precisa de ser enfrentado com muito bom senso e com um diálogo paciente e inteligente de forma a evitar-se, como se deseja, um conflito.
Ou interessará aos Estados Unidos mais um palco de guerra?!

 

Mais uma de Alberto João Jardim!

O sempre polémico chefe do governo da Madeira, desta vez “ expulsou” Gonçalo Cadilhe, jovem mas já conceituado repórter e escritor, autor do livro Planisfério Pessoal, das instalações da Casa do Artista, que lhe tinham sido cedidas para ali ultimar um seu livro.
É que Sua Excelência Alberto João Jardim precisou de ali festejar com a família o seu aniversário!
Gonçalo Cadilhe foi informado que a sua saída do referido local seria temporária, sendo alojado num hotel pago pelo governo regional.
Mas quando aquele quis regressar às referidas instalações tal foi-lhe proibido e parece por razões pessoais de Alberto João Jardim que teria dito “ quem morde a mão que dá de comer...”!
Gonçalo Cadilhe ainda hoje está para saber qual a razão para tal atitude daquele senhor.
Enfim, o político madeirense soma e segue nas suas prepotências.

 

A promulgação da nova Lei do arrendamento

O Presidente da República promulgou já a nova lei do arrendamento.
Quer a Associação dos senhorios quer a dos inquilinos esperavam que assim não sucedesse porque, na verdade, pelo que já se sabe tal diploma não agrada nem a uns nem a outros.
É certo que ainda não se conhece como vai ser elaborado o respectivo regulamento, mas, seja como for, sempre se aguardava que o Presidente da República vetasse essa lei ou a enviasse para o Tribunal Constitucional, a fim de ser apreciada a constitucionalidade de muitos dos seus preceitos.
Deve dizer-se que o Presidente da República, segundo foi noticiado, antes da promulgação pediu certos esclarecimentos ao governo sobre a orientação que pretende dar à regulamentação da nova lei, esclarecimentos que foram prestados.
A verdade, porém, é que para já a lei passou!
Mas ela vai, decerto, suscitar muita polémica pública.

 

O centenário de Agostinho da Silva

No dia 13, faria 100 anos o Professor Doutor Agostinho da Silva, se fosse vivo.
Nasceu no Porto, foi sempre um aluno exemplar, formando-se em Filologia Clássica, com 20 valores e doutorou-se com 23 anos, defendendo a tese “ o sentido histórico das civilizações clássicas”.
Foi bolseiro na Sorborne, em Paris, leccionou no Liceu de Aveiro sendo em 1935 demitido do ensino oficial por se recusar a assinar um documento em que tinha de declarar não pertencer a nenhuma sociedade secreta.
Depois, esteve em Espanha até à guerra civil daquele pais, foi preso no Ajube e, uma vez solto, esteve em vários países como Argentina, Uruguai, assentando porém, no Brasil onde divulgou a cultura portuguesa. Em 1969 regressou a Portugal trabalhando no Centro de Estudos Latino americanos da Universidade Técnica de Lisboa.
Mas foi nos seus programas televisivos “ Conversas vadias “ que Agostinho da Silva conquistou justo mediatismo.
Filósofo, pensador, grande comunicador, professor, personalidade muito estimada e admirada no nosso país e no estrangeiro, Agostinho da Silva merece que, no seu centenário seja lembrado, homenageando-se a sua memória.

 

O PSD da Madeira

Ao que se chegou!
Numa sessão da Assembleia Parlamentar madeirense, um deputado social-democrata apoiado aliás por todos os elementos da sua bancada, requereu ao Presidente que um deputado socialista fosse sujeito a um exame às faculdades mentais.
E porquê?
Porque aquele representante da oposição naquele Parlamento fez críticas à política seguida pela maioria governamental daquela Ilha.
Criticas severas, sem dúvida, mas ditadas por uma posição de natureza política.
Mal estávamos se na nossa Assembleia da República críticas idênticas, feitas ao governo ou a parlamentares de bancadas diversas, levassem a requerer-se exames mentais a quem as proferisse!
Não há dúvida que, na Madeira, alguns ainda não se adaptaram à vida democrática.
Quando será, porém?!

 

Violência de militares ingleses

Um vídeo-amador foi divulgado em várias estações televisivas, pelo qual se vêem militares ingleses a maltratar com violência quatro adolescentes iraquianos.
São agressões a pontapé, ao murro e até à coronhada, não dando aos rapazes agredidos a possibilidade de qualquer defesa.
Militares de um país democrático que não sabem respeitar os direitos de outrem.
Até à pouco correram mundo fotos de militares norte americano a violentarem presos, agora são militares ingleses a comportarem-se também de forma tão censurável ignóbil.
Claro que o senhor Blair já veio à televisão reprovar tal conduta e a prometer fazer-se um inquérito exaustivo, para apurar os factos e condenar quem prevaricou.
Mas, desde que ocorreu a ocupação doo Iraque, quantos actos semelhantes se têm dado, subjugando pela força um país e um povo?!

 

O Fadvocal

Este grupo de fados é integrado por advogados e advogados-estagiários inscritos no Conselho Distrital de Advogados de Coimbra.
Compõem-no. Agostinho Xavier (guitarra), Amaro Jorge (viola), Aníbal Moreira ( viola), António Cortes ( voz) , Daniel Matias ( guitarra), José Castanheira ( voz) , José Miranda ( voz) e Luís Gonzaga ( voz).
Tal Grupo actuou, pela última vez na homenagem que se prestou aos dois advogados figueirenses com mais de 50 anos de profissão.
Foi com fados de Coimbra, muito bem interpretados, que terminou o jantar-convívio realizado no Hotel Mercury, no passado dia 10, levando muitos dos presentes a lembrar com emoção o seu tempo de Coimbra.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

 

Com mais de cinquenta anos de profissão, a homenagem

A delegação da Ordem dos Advogados nesta Comarca, a que preside o Dr. Nunes da Costa, promoveu ontem, dia 10, um jantar em que participaram mais de 150 Magistrados, Advogados e Funcionários Forenses e em que foram distinguidos os dois advogados figueirenses com mais de 50 anos de profissão, eu próprio (que em Julho farei 54 anos) e o Dr. Dias Costa (com 52 anos de profissão).
Presidiu o Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. Rogério Alves, estando na mesa de honra também o Presidente do Conselho Distrital de Coimbra, o responsável pela Comissão de Deontologia, o Juiz Conselheiro Dr. Quirino Soares, o Procurador do Ministério Público Dr. Tocha, o Secretário Judicial, além dos homenageados e dos membros da Delegação Comarcã da Ordem dos Advogados.
Foram oradores: o secretário Judicial, o Senhor Alves, o Juiz Conselheiro Dr. Quirino Soares, o procurador do Ministério Público, o Dr., Nunes da Costa, o Presidente do Conselho Distrital de Coimbra que se referiram elogiosamente à actividade profissional e cívica dos advogados homenageados, os quais também usaram da palavra.
O bastonário da ordem encerrou a série de discursos, para saudar os dois advogados figueirenses distinguidos, fazendo também judiciosas considerações sobre o estado actual da Justiça e sobre o exercício da advocacia.
Permito-me deixar aqui as palavras que proferi na ocasião:

Estou naturalmente muito emocionado pelo que se está a passar nesta sala, ouvindo inclusivamente elogios imerecidos. E o certo é que a emoção, com a idade, mesmo sem querermos, avoluma-se, sendo difícil de controlar. Mas não posso deixar de cumprir, neste momento, um imperioso dever de consciência e de cortesia, proferindo algumas palavras.
Palavras que hão-de ser essencialmente para agradecer, para manifestar a todos Vós a minha sincera gratidão pelo facto de se disponibilizarem a participar neste jantar-convívio, com que se assinalam 53 anos, quase 54, do meu exercício de advocacia. Santo Deus, como o tempo passa depressa!
Um sem número de recordações quase todas boas poderia fazer aqui desfilar, mas não é esse o objectivo desta minha intervenção.
A ideia deste convívio, sem dúvida muito gentil e que muito agradeço, desde já, partiu dos Colegas que compõem a Delegação da Ordem nesta comarca, tendo de fazer uma referência especial ao Dr. Nunes da Costa que, pelo que me apercebi, foi o grande impulsionador e o empenhado organizador desta reunião, abraçando-o afectuosamente e muito reconhecido, bem como aos seus Companheiros da Delegação.
Entendo, sinceramente, que não se trata de uma homenagem, porque o dever cumprido com normalidade não se homenageia, apenas pode verificar-se e apontar-se como exemplo a quem nos segue.
É, sim, uma manifestação de simpatia e amizade, que estamos aqui a viver, e que ficará como algo de muito marcante na minha já longa vida.
Até porque está, hoje, entre nós o Colega Bastonário, que, pela maneira determinada, inteligente e, mesmo corajosa, como tem exercido as suas funções, é já digno do nosso respeito, muito apreço e justa admiração.
Em tempos difíceis como os actuais, em que a Justiça e quem trabalha nos Tribunais estão muitas vezes – e quantas sem fundamento válido – no banco dos Réus do Tribunal da praça pública, o Dr. Rogério Alves, além de defender a todo o transe os direitos da classe e também dos Agentes Judiciais, tem dado, por várias vezes, contributos importantes para que se promovam reformas necessárias para que a Justiça retome a sua credibilidade e seja sempre um pilar essencial do Estado de Direito.
É, pois, com muito gosto que o temos junto de nós e formulamos sinceros votos para que continue a ser com firmeza, a voz de todos nós, defendendo o prestígio da Justiça e reivincando dos poderes públicos para a Ordem a sua regular intervenção, num diálogo preciso para serem possíveis as medidas que se impõem para uma melhoria do sistema legal e da vida dos Tribunais, sempre com o respeito devido a todos os profissionais do foro.
Bem-haja pela sua presença, que veio dar mais relevo a esta reunião.
Foram muitos, claro, os Senhores Magistrados Judiciais e do Ministério Público com quem trabalhei, tendo sempre com eles o melhor relacionamento e havendo entre nós um respeito mútuo. A comarca da Figueira teve, de uma maneira geral, o condão de poder contar com Magistrados distintos, muito competentes, com boas qualidades de trabalho e com um experiente conhecimento da vida, o que sempre ajuda a fazer boa justiça.
Embora, defendendo com firmeza as posições que me competiam assumir, nunca precisei, felizmente, de infringir os limites da correcção ou da observância das regras deontológicas porque sempre fui tratado com consideração e civismo.
Hoje, tenho o prazer de ver aqui alguns desses Magistrados que tão amavelmente quiseram demonstrar que não me esqueceram ainda. Creiam que tenho saudades da nossa mais frequente convivência e de poder apreciar a vossa forma elevada de estar em Tribunal e de administrar a Justiça.
Muito, muito obrigado.
Recordá-los-ei para sempre
E aos meus Exmos. Colegas, alguns vindo de fora, que hei-de dizer?
Com todos fui sempre leal, com todos sempre usei de solidariedade, com todos tive o melhor entendimento, com todos sempre cumpri os compromissos tomados, enfim, procurei honrar a profissão e a toga que diariamente envergava.
Neste fim de vida profissional, é agradável verificar que na luta forense, quantas vezes muito renhida, fizemos bons amigos.
A minha gratidão para com os Colegas mais antigos e também para os mais novos, que aqui quiseram estar.
Muito obrigado por estarem hoje presentes.
Um cumprimento muito especial para todos os Colegas que passaram pelo meu escritório como estagiários – e, foram muitos! – e a quem sempre acolhi bem e estimei, procurando, no começo das suas vidas profissionais, ajudá-los a aprofundar conhecimentos e a quem sempre transmiti a necessidade da ética na profissão. Tiveram sempre a maior liberdade e sempre estive ao seu dispor para tirar dúvidas, para reflectirmos em conjunto, para trocarmos impressões, para assistirem a todos os actos no escritório e nos Tribunais, etc.
Não posso deixar de lembrar, neste momento, o Dr. Cerqueira da Rocha, que foi o meu primeiro estagiário, e que, há já tempo, está internado no Hospital de Coimbra, desejando as suas melhoras.
Uma palavra de muita simpatia para com os senhores funcionários, que sempre me trataram com cordialidade e a que eu sempre procurei corresponder. Houve entre nós uma boa colaboração e, até mesmo em muitos casos, também uma boa amizade.
E, pronto, cheguei ao fim. Estes agradecimentos e algumas considerações que fui fazendo, impunham-se.
Apenas quero ainda aqui afirmar, como já tenho feito várias vezes, que nada me poderia dar mais satisfação do que ser advogado, para poder fazer respeitar os direitos de cada um, para servir o que considerava ser de justiça.
E nunca, acreditem, medi o interesse dos processos ou das causas, pelo lucro quanto a honorários.
Senti-me sempre bem quando tinha a possibilidade de pôr em prática a função social da advocacia, – que a tem e por vezes é esquecida –, quando patrocinei os mais carenciados, aqueles que têm direito a que se defenda os seus legítimos interesses, mesmo que não tenham meios para pagarem.
Tenho a consciência tranquila de que cumpri o melhor que me foi possível o meu dever de advogado, com estudo, bom senso e com a preocupação constante de acertar, com honestidade.
Cheguei a ter uma advocacia intensa e muito variada, interrompida apenas nos períodos em que o “bichinho” da política, que entrou em mim desde muito novo, me levou para outros lugares e a ocupar outras posições.
Mas também aí procurei ser útil á Comunidade, lutando com muito empenho pelos princípios e valores que sempre me nortearam, contribuindo, com coerência e dedicação, para uma sociedade livre, democrática, solidária e com mais justiça social.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

 

Os melhoramentos do porto da Figueira

O administrador Dr. Joaquim de Sousa pronunciou-se já sobre as obras que serão concretizadas no sentido de melhorar o acesso e funcionamento do nosso porto.
E deu, felizmente, a garantia de que o assunto relativamente às actuais más condições no porto não está esquecido, estando, sim, a proceder-se a um estudo de impacte ambiental, de forma a preservar as parais a norte e a sul do molhe norte, que será aumentado de 400 metros.
As obras orçadas em 12,5 milhões de euros, serão repartidas por 2006, 2007 e 2008, estando tal verba já incluída no P.I.D.A.C.
Aquele administrador do porto deu, assim, uma boa notícia com o que devem congratular-se, sobretudo, os operadores portuários, que têm sofrido prejuízos com o estado actual do porto.

 

A Escola Prática de Serviços de Transportes vai mesmo acabar

O que se falava como mera hipótese, vai mesmo ser realidade: a EPST, há muitos anos sediada nesta cidade, vai encerrar até final deste ano.
A informação foi já dada pelo Comandante daquela unidade militar.
Mas, segundo consta, uma Companhia do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR poderá vir a ocupar aquelas instalações, o qual terá a seu cargo o combate aos fogos florestais.
Do mal o menos: que venha então aquele grupo substituir a EPST, a que a Figueira fica a dever não só um contributo importante para a economia local mas ainda também uma colaboração muito válida no panorama cultural da nossa terra e nos principais eventos aqui realizados.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

 
No Amicus Ficaria falou-se de que Melo Biscaia já dera o seu apoio a João Paredes.
Ora bem: se ao escrever-se Melo Biscaia se referia a mim, devo dizer que ainda não me decidi a tal apoio, embora, como já escrevi há dias concorde com a intenção do Paredes de fazer uma lista que abranja as várias sensibilidades do PS local.
É que foi pedido esse meu apoio, mas eu reservei-me para dar uma resposta depois de ter conhecimento dos nomes que integrarão essa lista que disputará a Comissão Política Concelhia. Se se escreveu Melo Biscaia querendo referir-se a meu filho Nuno, então, sim está certo, porque segundo creio, ele já se decidiu a dar esse apoio.
Aqui fica o devido esclarecimento.

 

O estacionamento na Rua Fernandes Tomás

Mais uma vez, não conseguimos calar a nossa indignação quanto ao que se passa na Rua Fernandes Tomás relativamente a estacionamento de carros.
É que, na verdade, é um problema muito sério, algumas vezes mesmo impossível, conseguir um lugar, porque grande parte da área daquela via está reservada a veículos da Câmara, que são muitos e que, com frequência ali estão estacionados durante largas horas!
Acresce que, para além do INTEP ter um lugar reservado ( a que propósito!) é enorme a área em que é proibido estacionar.
A situação agravou-se com as obras, ainda não concluídas, no espaço do parque de estacionamento da Avenida Saraiva de Carvalho e com a enorme dificuldade de encontrar lugar no parque perto da referida Rua Fernandes Tomás porque, decerto, são muitos os funcionários das várias repartições situadas ali perto que ocupam, com os seus carros de manhã à tardinha esse parque.
Na realidade, quer o estacionamento de que falamos quer o próprio trânsito que conflui ao fundo da Rua da República agora já com movimento de veículos, tudo ali merece ser revisto, estudado e bem solucionado.
Sobretudo, não está certo que a Câmara faça da Rua Fernandes Tomás como que uma garagem para os seus carros.

 

O negócio com a PT

O Banco Espírito Santo reagiu à OPA da Sonae sobre a Portugal Telecom e já anunciou a sua disposição em lançar uma contra-OPA, em que participarão dois capitalistas portugueses.
Ficarão por aqui os interessados por este negócio?
Uma coisa é certa: o Estado detém 500 acções douradas da PT, ou seja acções com poderes especiais, com as quais se pode opor a qualquer OPA.
Tais acções têm o privilégio de bloquear a venda da PT.
Não se conhece ainda a decisão que o Governo tomará, dividindo-se as opiniões de economistas e também dos políticos.
O PCP já emitiu, na Assembleia da República, o seu parecer opondo-se à concretização do negócio, ao contrário do CDS/PP e do PSD que são fiéis à economia do mercado.
O PS, hoje ainda não se pronunciou.
Diga-se que a Comissão Europeia é favorável à não existência de acções douradas e, segundo parece, um novo Código das Sociedades Comerciais irá também nesse sentido.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

 

As barreiras arquitectónicas

Em 1979, no governo presidido pela saudosa Engenheira Maria de Lurdes Pintasilgo, da Secretaria de estado do Emprego e da Formação Profissional saiu um Despacho-Normativo obrigando a que, pelo menos em todas as instalações do Ministério do Trabalho se acabasse com as chamadas barreiras arquitectónicas a fim de se facilitar o acesso a deficientes.
A ideia que esteve na base de tal decisão era criar um precedente que servisse de exemplo a outras instância oficiais.
Mas o certo é que esse exemplo não veio a ser seguido e, hoje, ainda muitas, mas muitas repartições do Estado impedem que os deficientes motores as possam utilizar.
Quando será que se toma na devida conta a consideração que se deve para com os deficientes?

 

Ainda a s caricaturas de Maomé

Freitas do Amaral, Ministro dos Negócios Estrangeiros emitiu hoje um comunicado em que reprova a publicação das caricaturas de Maomé.
E diz que a liberdade de expressão tem que ter limites para que não seja licenciosidade.
Têm sido graves as consequências que resultaram dos desenhos de tão mau gosto e provocatórios, podendo até haver o receio de uma guerra de religiões que ninguém deseja.
É certo também que o povo islâmico, principalmente o mais fundamentalista, tem reagido com demasiada violência e ódio, sentindo-se grandemente ferido na sua crença religiosa.
Mas também é certo que os governos da Dinamarca e da Noruega, onde principalmente publicadas as caricaturas em causa, não são os culpados do que aconteceu pelo que é inaceitável que as suas embaixadas e consulados estejam a ser atacados em vários países por islâmicos.
Não andará por detrás do que está a suceder algo que ainda não se conhece mas que está a fazer aproveitamento de uma onda de fúria?!

 

A OPA da Sonae

Com surpresa, foi hoje anunciada pela Sonae a sua pretensão de lançar uma OPA sobre a PT, a maior empresa do nosso país.
O dono da Sonae está disposto a investir na aquisição dessa empresa cerca de 12 mil milhões de euros!
O Conselho de Administração da Portugal Telecom já reagiu, considerando a anunciada OPA como hostil, pois tal operação não foi solicitada pela PT nem foi, por qualquer forma acordada.
E pelo comunicado lido por Horta e Costa em nome da Administração e da PT ficou claro que esta empresa não aceita em princípio a pretensão da Sonae, a qual, segundo se presume, não terá os fundos necessários para adquirir o grupo empresarial da PT.
E há que prevenir que este venha a ser desmantelado, rendo como tem 30 mil colaboradores espalhados por vários países e dispondo de 40 milhões de clientes, o que lhe dá boas condições para prosseguir por si só as suas actividades.
Será que virá a concretizar-se o que já é considerado o maior negócio realizado no nosso país?!

 

A nova lei do arrendamento

Ainda sem promulgação, já se vai falando sobre vários aspectos da nova lei do arrendamento.
E um deles é o que diz respeito aos arrendamentos comerciais.
É que, se a lei vier a sair como se diz, os arrendatários comerciais serão muito penalizados, pois deixam de haver trespasses e não haverá sucessão dos familiares quanto ao arrendamento de estabelecimento comercial.
Quer dizer que o arrendatário comercial fica nas mãos do senhorio, o que levará aquele, por exemplo, a não fazer obras, a não melhorar o equipamento do seu estabelecimento, sabendo de antemão que um dia não o poderá trespassar e, em caso de sua morte, nem os filhos poderão entrar na sua posse!
É manifestamente injusta a solução encontrada, toda ela contrária aos interesses legítimos dos arrendatários!
Vamos, então, aguardar a promulgação da nova lei, podendo suceder que pelo menos naquela parte a lei ainda seja alterada.

 

O Carnaval

Os protagonistas da novela televisiva “ Morangos com Açúcar “ Tiago Almeida e Joana Duarte estarão nos desfiles carnavalescos dos próximos dias 26 e 28, nesta cidade.
Haverá, como sempre, carros alegóricos e o samba brasileiro também estará presente.
Além, evidentemente, de muita música estridente e de muito foguetório barulhento.
Enfim, numa época de contenção de despesas, no Carnaval da Figueira, fraca imitação do Carnaval Brasileiro, não se olhará a gastos e é caso para se dizer: pobretes mas....alegretes!

 

As obras do porto da Figueira

Na última sessão camarária o Presidente tratou da questão da falta de obras para que o porto da Figueira possa ter a funcionalidade para que existe.
Duarte Silva teve palavras duras para com a inércia dos governos, desde há dez anos e, agora, também referiu que estranha que o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos não faça diligências no sentido de apressar as obras necessárias que, aliás, há já muito estão aprovadas.
O porto como se encontra cada vez mais é menos competitivo, originando grandes prejuízos aos operadores portuários (que vêem o movimento de barcos a ser desviado para Aveiro) e naturalmente à economia local.
Duarte Silva fez bem em levantar o problema e, decerto, irá trabalhar para conseguir uma mobilização da Região Centro, levando ao governo as preocupações que, neste momento, se sentem quanto ao futuro do porto da Figueira e insistindo como se impõe, que nele se comecem as obras precisas.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

 

As mexidas no PS local

Já se realizou um jantar, com cerca de 200 participantes, e com ele o PS começou a mexer-se quanto às eleições internas locais.
Os Partidos valem mais se neles se conseguir a unidade, a coesão, pelo menos quanto aos princípios essenciais.
Por isso, uma lista em que haja o propósito de diligenciar por abranger diversos sectores ou facções que, em tempos, mostraram certa dissonância, é, sem dúvida, a que melhor servirá o partido.
Embora com, por vezes, discordância principalmente quanto ao modo de agir, poderá e deverá procurar-se sempre um ponto de encontro relativamente ao que é essencial, não valorizando o que é meramente acidental ou secundário.
Temos, pois, que desejar que o PS se movimente e congregue à volta dos programas que defende.

 

A ameaça do Irão

As últimas atitudes tomadas pelos responsáveis iranianos são de molde a causar justificado receio quanto à paz.
Na verdade, contrariando o acordo havido quanto ao enriquecimento de urânio para energia nuclear o Presidente do Irão respondeu à Agência Internacional de Energia Atómica – que decidiu mandar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas o dossiê nuclear iraniano, ordenado o enriquecimento sem condições de urânio.
Quer dizer que o Irão entrou em confronto ou mesmo em rompimento com a ONU, impedindo inclusivamente as inspecções às suas instalações nucleares.
Essas inspecções, ficando sistematicamente sem resposta a várias questões colocadas ao governo iraniano perderam a confiança dele quando afirma que a energia nuclear que pretende produzir se destina apenas a fins não bélicos.
O confronto agora suscitado entre o Irão e a ONU pode ter consequências graves pondo mesmo em causa a paz.
O Conselho de Segurança daquela Organização Internacional tem um problema sério difícil de resolver mas que tem, desde já, de ser enfrentado com muito bom senso e diálogo no sentido de se evitarem males maiores.
Sobretudo não dando seguimento ao que a administração Bush já admite quanto a uma intervenção militar.

 

O novo canil

Segundo consta a Câmara adquiriu um terreno para nele instalar um canil.
É que, agora, como aqui já se referiu, há um canil junto a um restaurante de grande qualidade, a Azenha Velha, o que não está certo pois é muito o barulho que fazem os animais que aí se encontram.
Será desta vez que se faz com brevidade um canil com boas condições e bem localizado.
Haverá dinheiro para isso?!
Oxalá que sim.

 

As obras do velho Matadouro Municipal

Começaram já as obras no edifício onde funcionou o Matadouro Municipal o qual será adaptado a um centro de Formação Profissional.
A traça exterior do prédio manter-se-á, o que é de louvar, e só interiormente se farão as obras necessárias à instalação de tal Centro.
Quer dizer que em breve a Figueira ficará a dispor de um condigno edifício destinado ao ensino profissional, acabando-se com as más condições em que estão a funcionar as actuais duas escolas profissionais.
Ainda bem.

 

O que quer Marques Mendes?

O líder do PSD criticou o governo por demasiada subserviência perante Bill Gates, pois foram muitos os Ministros que contactaram com o empresário norte-americano e assinaram com ele vários protocolos de cooperação, abrangendo diversos sectores.
Marques Mendes não sabe, decerto, o que custa trazer até nós uma personalidade como Bill Gates e interessá-lo em investir no nosso país, ajudando na sua modernização e inovação, colaborando na concretização do nosso Plano Tecnológico recentemente aprovado.
Como vai tendo cada vez mais carência de situações para criticar, Marques Mendes já não sabe o que fazer e como não quer elogiar o governo vai caindo no ridículo de censurar o que, na verdade, não é censurável.
O que se passou com a estada de Bill Gates foi um êxito que muito poderá valorizar a formação e a qualificação de um número muito elevado de portugueses. Mesmo que, como alguns já dizem, ele também venha a lucrar com os projectos que apresentou e quer cumprir no nosso país, valeria sempre a pena que Bill Gates tivesse sido bem acolhido pelos responsáveis políticos.
E não deverá nunca esquecer-se que aquele empresário tem a seu favor uma importante acção humanitária em países subdesenvolvidos através de uma Fundação que criou e em que investiu grande parte da sua fortuna.
Francamente não se percebe e aceite que Marques Mendes tenha tido a atitude que tomou contra a acção do governo ao cativar o interesse de Bill Gates por Portugal.

 

Horário de trabalho cumprido nos tribunais

Não é greve de zelo o que, presentemente, os Magistrados estão a fazer.
Estão apenas a não trabalhar para além do normal horário de trabalho.
Claro que isso irá atrasar o andamento dos processos, sobretudo as audiências de julgamento, dado que as que não puderem acabar dentro do horário terão de ser adiadas.
E Tribunais há em que já se estão a marcar julgamentos para 2008!
Mas, os Magistrados não têm efectivamente merecido a consideração devida por parte do governo e não poderão ser obrigados a fazer horas extraordinárias sem lhes serem pagas.
Quer dizer que não é com posições radicais que se resolverão os conflitos que têm havido no meio judicial.
E não há dúvida que a falta de diálogo a que o governo se tem escusado só poderá agravar as situações, avolumando a chamada crise da Justiça.

domingo, fevereiro 05, 2006

 

A revolta da comunidade islâmica

Um jornal dinamarquês publicou uma caricatura do profeta Maomé em que
A cabeça deste era uma bomba.
E logo outros jornais europeus reproduziram tal caricatura.
Naturalmente em todo o mundo islâmico houve uma forte reacção de protesto, com manifestações e tumultos, com cercos às embaixadas dinamarquesas e com queimadas feitas de bandeiras daquele país.
É que efectivamente, foi de muito mau gosto e de consequências que podiam ser ainda mais graves o que foi publicado naquele jornal.
Foi uma censurável provocação dando a entender que Maomé seria o mentor dos terroristas ou bombistas!
O povo islâmico tem, sem dúvida, toda a razão para sentir indignação e mesmo revolta por o terem atingido no que mais preza: a sua fé, a sua obediência aos ensinamentos do seu profeta.

 

Os fabulosos lucros dos bancos

Vieram já a público os lucros de vários bancos, que em 2005 foram, na verdade, de enorme montante.
Perante esses lucros, não seria justo que as poupanças ali depositadas tivessem uma melhor remuneração?
É com o dinheiro dos que o põem nos bancos que estes fazem os seus negócios, os seus investimentos, vindo, quando bem realizados, acolher os melhores benefícios materiais.
Certo é que é de uma boa administração dos fundos postos à guarda dos bancos pelos particulares que resultam os bons resultados.
Por isso os administradores bancários recebem elevados ordenados e outras “ benesses “.
E os depositantes, por que recebem juros tão baixos?

 

Não podia ser outra a decisão!

O Conservador do Registo Civil, a quem duas mulheres lésbicas apresentaram o seu pedido para se casarem decidiu recusar tal pedido.
E entendemos que agiu bem.
È que o artigo 1577 do Código Civil exige que o contrato de casamento só possa estabelecer-se entre duas pessoas de sexo diferente.
Aquelas senhoras, porém, alicerçam a sua pretensão no preceito constitucional do princípio da igualdade perante a lei, segundo o qual não pode “ ninguém ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão da ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social” ( Artº 13, nºs 1 e 2 da Constituição).
Só que o número dois do artº 36 desse mesmo diploma consagra que “a lei regula os requisitos e os efeitos do casamento...”
Ora, a lei (Código Civil) exige como requisito para um casamento que este se faça entre pessoas de sexo diferente.
Não nos parece, pois, haver contradição entre o que se prescreve na Lei Fundamental e a lei que regula a celebração do casamento.
Poderá perguntar-se: para quê então incluir o sexo como motivo de não discriminação, em obediência ao princípio constitucional da igualdade?
Quer-nos parecer que o número 2 do artº 13 da Constituição prescreve tal princípio relativamente a qualquer outro direito (como direito ao trabalho, à educação, à justiça) mas não ao direito de casar, porque este existe apenas para pessoas de sexo diferente, conforme vem regulado no Código Civil e, como se disse já, o número dois do artº 36 da Constituição permite que a lei ( comum , entenda-se) regule os requisitos do casamento.
Claro que ainda vai gastar-se muito tempo a debater este problema, até porque em vários países já são autorizados casamentos entre homossexuais.
Porém, para já e para além das convicções de cada um quanto a tendências sexuais, que devem respeitar-se não nos parece que juridicamente se possam formalizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
A não ser que venham a introduzir-se alterações substanciais na lei constitucional e na lei comum.

 

Mário Soares não merecia

A última reunião da Comissão Política Nacional do PS para análise dos resultados eleitorais foi reconhecido ter sido errática a escolha de Mário Soares como candidato do Partido.
E houve até, segundo se veio a saber, vozes muito criticas para com a forma como decorreu a campanha eleitoral daquele candidato.
Ora, ainda está por esclarecer como e porque razão foi escolhido Mário Soares. Decerto que insistiram com ele convencendo-o a avançar, talvez porque nenhum outro dos que teriam sido abordados se dispôs a entrar na luta eleitoral.
E Mário Soares não quis deixar de prestar mais um serviço ao Partido que ajudou a fundar e à democracia que, em grande parte, lhe ficou a dever e que defende a todo o transe.
Mas teria o PS dado a Soares o apoio que se impunha?
Mesmo com a decisão que veio a verificar-se nas hostes socialistas a “ máquina” do Partido e não só, proporcionou-lhe o empenho e meios necessários?
Não nos parece e ele próprio, Soares, chegou a queixar-se disso.
Por tudo isto não parece justo que agora se critique, por qualquer forma quem se dispôs a, com certeza, com muito sacrifício e esforço e sem ter necessidade de mais esta aventura política com determinação e corajosamente entrar na corrida eleitoral.
O inêxito não foi de molde nenhum a ensombrar sequer o seu muito e justo prestígio nacional e internacional.

 

Manuel Alegre voltou à Assembleia da República

Aquele deputado, que disputou as eleições presidenciais já regressou ao Parlamento.
E fez bem, porque a sua voz faria falta naquela Casa.
Depois do que se passou na reunião da Comissão Política Nacional do PS, em que se decidiu não haver “ perseguições” a qualquer militante que tivesse apoiado Manuel Alegre, este será, decerto, bem acolhido ao recomeçar os seus trabalhos parlamentares.
Não concordamos, porém, que tenha sido criado sob a sua égide o Movimento de Intervenção e Cívico.
A experiência diz-nos que organizações dessa natureza nunca acabam bem, desaparecendo com brevidade da cena política sem apresentarem algo de válido.
Será que tal vai também acontecer com esse Movimento?

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

 

A notícia sobre a “ secreta de Sócrates”

Não há dúvida que a comunicação social procura viver, algumas vezes, com sensacionalismos baseados em informações falsas.
Desta vez, a revista “ Visão” dedicou várias páginas à existência de um núcleo de agentes secretos, que funcionaria junto do Primeiro-Ministro e directamente sob a sua tutela!
A reacção do governo foi imediata, negando através do Ministro da Presidência, em conferência de imprensa, que tal notícia seja verdadeira.
O próprio responsável das “ secretas” veio também logo desmentir o que aquela revista trouxe a público.
Claro que os partidos da oposição, sempre à procura de qualquer coisa que possa pôr em causa a acção do governo, já reclamaram que o assunto seja esclarecido na Assembleia da República.
Mas esclarecer o quê?
Quando muito o governo poderá limitar-se que é falsa a notícia.
E quem acusa é que tem de provar a verdade, se ela, porventura existir!

 

Bill Gates tem razão

Num encontro com estudantes, aquele importante empresário norte-americano aconselhou os jovens que tinha na sua presença a que não se deixassem seduzir apenas pelo dinheiro.
Em qualquer profissão há outros fins a atingir, mais úteis à sociedade, como contribuir para uma maior modernização em vários sectores, para um desenvolvimento intelectual, para uma observância de princípios e valores éticos, respeitar o culto da solidariedade, etc.
Na verdade, o que há é que saber aproveitar bem os méritos que cada um tem, aplicando-os o melhor possível sempre com o propósito de se valorizar a si próprio e de contribuir para o progresso da comunidade.
De Bill Gates, acusado muitas vezes de ser desleal na concorrência e ganancioso nos seus negócios, pode ficar, porém, este exemplo: foi alguém que se fez a si próprio, utilizou da melhor maneira a sua invulgar inteligência e qualidades de trabalho, sabendo, ainda muito jovem, criar um verdadeiro “ império” industrial, dando a muitos milhares de pessoas a oportunidade de colaborarem com ele.
Mas, além disso que é positivo, há ainda que ter em consideração e de louvar a enorme ajuda material que tem dado a povos, sobretudo de África e da Ásia, que vivem em estado de extrema pobreza, com privações de toda a ordem.
Bill gates esteve agora em Portugal, veio oferecer a sua valiosa colaboração em vários sectores, assinando com o nosso governo muitos protocolos, quase todos eles no campo da ciência informática, tão precisa no futuro.
Que Portugal saiba corresponder à intenção meritória daquele homem mais rico do mundo, mas que continua a trabalha intensamente, no campo da inovação, como fez questão de afirmar.

 

Uma sugestão

Tivemos a informação de que não têm corrido bem as negociações dos empresários holandeses para aquisição dos estaleiros navais existentes na Figueira.
E, se assim é, lamentamos com sinceridade, pois os projectos desses empresários, segundo nos dizem, eram de muito interesse para os estaleiros que estão em dificuldade e de muita valia para a economia local.
Embora não saibamos se o assunto já chegou ao Ministro da Economia ou mesmo ao Primeiro-Ministro, como estes dois governantes têm tido uma actuação relevante em atrair investimentos estrangeiros, talvez que eles devam ser informados do que se está a passar interessando-os na resolução do que tanto pode beneficiar a indústria naval, de tanta tradição na Figueira.
Há que envidar os maiores esforços no sentido de evitar que se agravem as situações nos estaleiros, com as maiores consequências maléficas, trazendo para esta cidade quem poderá manter e desenvolver a construção naval.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

 

É inacreditável!

Uma empresa Neo-Zelandesa que fabrica comida para cães mandou para o Quénia algumas toneladas desses alimentos para serem consumidos pelas crianças que passam fome naquele país africano.
Não acreditávamos se não lêssemos em vários jornais.
É certo que a proprietária da empresa doadora afirmou que não há mal nenhum em qualquer pessoa comer tais biscoitos para cães.
Mais: ela própria disse que todas as manhãs come desses biscoitos.
É evidente que pode ser que, na verdade, tais biscoitos não façam mal às pessoas que os consomem.
Mas o que é reprovável é o acto humilhante daquela senhora, dona da empresa “ tão beneficente”!
Que fique com os seus biscoitos, que os coma e que lhe façam bom proveito...
O que não tem é o direito de tratar as crianças com fome como cães.
Fez bem, pois, o Director dos Serviços de Saúde do Quénia que recusou tão estranho e censurável donativo dizendo que “ por nenhuma razão se pode permitir alimentar pessoas com comida para cães”.

 

E o frio continua...

Toda a Europa tem estado sob uma onda de frio muito intenso.
Nem os países normalmente com climas temperados, como o nosso escaparam.
E as consequências têm sido graves quer na agricultura quer na indústria, quer em muitas outras actividades além, claro, de já terem ocorrido muitas mortes em pessoas idosas e sem defesa contra o frio.
A Câmara de Lisboa teve uma atitude louvável e humanitária tomando várias medidas para acolher em instalações suas os sem abrigo e outros necessitados, aos quais fez servir refeições.
Não temos conhecimento de outras localidades em que se tenha feito o mesmo, mas o muito frio e as condições muito precárias em que tantos vivem justificavam e continuam a justificar uma atenção especial para com eles por parte de diversos organismos que existem espalhados pelo país.
E o frio continua...

 

O campo de Golfe

Como se sabe, uma primeira versão do projecto do campo de golfe na zona da Lagoa da Vela não mereceu aprovação superior.
Agora, o consórcio Amorim Imobiliária / Quinta do Lago Planal apresentou um novo projecto em que de dezoito buracos o campo terá apenas nove, o que necessariamente o torna menos atractivo. Também a área, em que princípio aquele consórcio estava interessado foi reduzida de 200 hectares para 100, ficando a seu cargo a conservação ambiental da zona.
A redução da área leva, no projecto agora apresentado, a uma também redução da parte construtiva quanto aos fogos ( 335 para 224), mantendo-se, porém, o Hotel de cinco estrelas.
Quer o Presidente da Câmara, Engenheiro Duarte Silva, quer o Engenheiro Leal Barreto, representante do consórcio interessado neste empreendimento turístico, manifestaram a sua convicção de que, embora um campo apenas de nove buracos não seja realmente atractivo, será melhor que nada e pode ser que, numa segunda fase, se consiga o alargamento do campo.
Será assim?
O optimismo não fica mal a ninguém!
Mas não seria melhor que não se falasse já nessa pretensão do alargamento?
Não irá isso prejudicar o que se deseja agora ver aprovado?!

 

O Hamas e o Ocidente

Mesmo com um governo que resulta de eleições livres e democráticas (ainda ninguém pôs isso em causa) a Palestina está ainda longe de poder viver em clima de paz!
As Nações Unidas e os países ocidentais que têm dado apoio financeiro àquele país já exigiram, para o continuarem a dar, que o Partido vencedor das eleições, reconheça o Estado de Israel e deixe de usar da violência.
A resposta a essa exigência não se fez esperar e foi um não!
Mais: o Hamas deu a entender que, se faltar aquela ajuda financeira à Palestina esta irá procurá-la em países islâmicos.
Quer dizer que, na verdade, a questão do Médio Oriente que já se prolonga há tantos anos e que tantas mortes tem provocado não tem ainda um fim à vista!
Em vez de ter havido uma reunião entre as Nações Unidas, a União Europeia e países do Ocidente que têm financiado a Palestina, por que não se avançou logo para um diálogo com os novos responsáveis políticos daquele país?!
O “ Ultimato” que lhe foi feito só veio agravar, decerto a situação.

 

Bill Gates vem apoiar o Plano Tecnológico Português

O homem que, com apenas 20 anos conseguiu criar uma grande empresa de informática e que, hoje, é considerado o mais rico do mundo ( ganha 2.500 euros por segundo) já está em Portugal.
Vem com o propósito de ajudar na concretização do Plano tecnológico que o nosso governo em boa hora elaborou e aprovou recentemente.
Bill Gates estará disposto a fazer instalar no nosso país centros de formação e desenvolvimento, que poderão ser aproveitados por um milhão de portugueses, além dos muitos postos de trabalho que se criarão.
Aquele importante empresário norte-americano fará conferências da sua especialidade, contactará com vários membros do nosso governo, assinando vários protocolos de colaboração com diversas entidades, tendo sido já hoje condecorado por Jorge Sampaio, atendendo não só à sua muito valiosa acção empresarial mas também à ajuda de grande monta que tem dado aos povos mais necessitados, principalmente de África e Ásia.
Não há dúvida que o governo de Sócrates tem sabido atrair até nós quem pode contribuir para a modernização do nosso país e desenvolver a nossa economia em sectores primordiais.

 

Boa notícia para a Figueira?

O Diário de Coimbra de ontem noticiou que um grupo Holandês está disposto a comprar os Estaleiros do Mondego.
E está interessado na Naval Centro e nos Estaleiros Navais do Mondego, empresas que, segundo já constava, têm ultimamente vivido com dificuldades.
O grupo é constituído por seis empresários ligados à construção naval e tem como projecto desenvolver o tipo de navios construídos com maiores dimensões e a um ritmo de 4 navios por ano.
Segundo Ferreira Gordo, Administrador da Consulfoz e que tem sido um grande entusiasta e impulsionador da vinda daqueles empresários holandeses para a Figueira, os postos de trabalho poderão quadruplicar e, o investimento será superior a 6 milhões de euros.
Além de Ferreira Gordo também outras individualidades têm já colaborado nas diligências precisas para que venha concretizar-se o empreendimento, como o deputado socialista Dr. João Portugal, o Governador Civil e o Presidente da Câmara.
Haverá, decerto, um problema que tem de ser resolvido relativamente aos terrenos onde estão as instalações dos estaleiros pois, segundo nos parece, tais terrenos são do domínio público marítimo.
Mas, ocupados há já muitos anos pela indústria naval, chegar-se-á com certeza, a uma solução que permita que os interessados holandeses se fixem na Figueira, trazendo-lhe mais desenvolvimento e riqueza.
Oxalá assim aconteça porque a nossa terra bem precisa de mais indústria.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?