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quarta-feira, maio 26, 2010

 

Para ler e meditar

“ Estas medidas de austeridade são, neste momento, precisas, mas a respectiva responsabilidade por essa necessidade vem já detrás”
( Francisco Sarsfield Cabral em entrevista à SIC)

 

António José Pereira

Só agora tive conhecimento da morte do figueirense e meu amigo António José Pereira, Director do Estoril Sol.
Foi, durante muitos anos membros e dirigente da Casa da Figueira em Lisboa, sendo muito o seu bairrismo, nunca recusando a sua valiosa colaboração em iniciativas realizadas na capital, algumas delas no Casino do Estoril de que resultou uma boa propaganda à nossa terra.
Embora tardiamente apresento sentidas condolências a sua Exma Viúva.

 

A Cultura e o Casino

É de toda a justiça que se realce e elogie a acção do Casino da Figueira que quase todos os meses realiza iniciativas culturais, de inegável mérito.
São exposições, colóquios, encontros de personalidades da ciência, das artes, da literatura, da política e da cultura.
Agora, no dia 8 de Junho, inaugurar-se-á a exposição “ A cortiça dá cartas”.

 

Escalada dos “ spreads” nos Bancos

Se já há tempo é difícil conseguir um empréstimo bancário, agora a situação agravou-se pois os respectivos “ spreads” estão aumentar mensalmente, fixando-se entre os 3 e 5 %.
Quer dizer que, embora não tenham subido os juros, aos Bancos não se põe travão quanto ao “ spread”, sendo certo que os seus lucros continuam a ser enormes!
Não há dúvida quer uns estão a ganhar e muito com a crise e outros têm que viver com muitas preocupações e sacrifícios.

 

Mais um a mentir?

O deputado do PS, Ricardo Rodrigues, que afirmou ter entregue os gravadores dos jornalistas, que o entrevistaram e de que se apossou, no mesmo dia em que apresentou uma providência cautelar no Tribunal Cível de Lisboa, parece não se ter lembrado de que afinal só depois desse procedimento judicial foram apensados a esta os referidos gravadores.
Enfim, que se há-de fazer neste país para haver mais memória, não usando tanto da invenção ou mentira?

 

Mota Amaral não admitiu as escutas

O Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito Mota Amaral, decidiu por despacho proibir que o conteúdo das escutas com eventual importância para o que aquela Comissão está a averiguar viesse a constituir prova.
Refugiou-se no seu entendimento, de que tal seria inconstitucional, pois da nossa Constituição resulta que as escutas só poderão ser usadas, como provas, nos tribunais e com autorização de um juiz. Essa decisão surgiu, porém, posteriormente a Pacheco Pereira, que teve acesso às escutas referidas, ter afirmado que dali constava algo de “ avassalador” quanto ao que se estava a investigar naquela Comissão relacionado com o conhecimento ou não do negócio PT-TVI por parte do Primeiro-Ministro.
Com tal despacho, Mota Amaral abriu a porta a que no relatório final se isentasse Sócrates de qualquer responsabilidade, já que das audiências, que se realizaram de várias personalidades, apenas ficaram contradições, ambiguidades, faltas de memória e não factos concretos.
Permanece, contudo, a dúvida: foi correcto o referido despacho?
Pelo menos, um professor de Direito Paulo Pinto de Albuquerque diz que foi incorrecto.
É que a própria Constituição atribui às Comissões de inquérito poderes em tudo semelhantes aos tribunais, sem qualquer restrição em relação às escutas.
Mas, como não houve recurso no despacho de Mota Amaral, a questão morreu nem sem que os deputados do PSD naquela Comissão tivessem elaborado um comunicado em que discordam em absoluto do entendimento de Mota Amaral.

 

Os jovens e a política

Sempre defendi que aos jovens devem proporcionar-se os mais eficazes meios para uma boa preparação e formação que lhes permita, quando chamados à vida activa política, tomarem uma melhor postura baseada essencialmente no civismo, na honestidade, verticalidade, coerência e ética.
Porém, infelizmente, vai-se verificando uma lamentável falta dessa formação e daí que, por vezes, o que alguns jovens dizem ou escrevem não passa de banalidades, de palavras balofas e, sobretudo, de grande falta de respeito para com aqueles mais idosos que têm todo um passado dedicado com amor e coragem à Causa Pública. E isso tem necessariamente de trazer tristeza, pois alguns, já não pouco, desses jovens ultrapassam a natural irreverência própria da juventude para adoptarem posições reveladoras de uma má educação e de infundados ataques pessoais.
O combate político deve, sim, ser feito com elevação com inteligência, bom senso, tolerância e respeito.
O combate político deve centrar-se nas ideias que outros defendem legítima e democraticamente.
Se não for assim teremos apenas condutas censuráveis.
Para se evitar tudo isso, que não traz trunfos ou louvores a ninguém, os jovens que queiram fazer política têm de procurar angariar uma sólida preparação, adquirida por vários meios, entre os quais está a ponderação que devem fazer do exemplo e da experiência dos mais velhos que souberam estar na política sempre de cabeça levantada, mesmo que para tal tivessem sido precisos muitos sacrifícios.
A política é, na verdade, coisa séria que não pode ser exercida com leviandade e insensatez, ou com outros objectivos que não sejam diligenciar pelo interesse colectivo.
Enfim, a política não é, efectivamente, compatível com meras “ garotadas”.

quinta-feira, maio 20, 2010

 

Agradeçam à crise!

O Presidente da República, mesmo contra a sua convicção pessoal, promulgou a lei que permite “ o casamento entre pessoas do mesmo sexo”

E explicou que não quis usar do veto porque o resultado prático seria o mesmo do que foi a votação no parlamento e também porque não queria que uma nova discussão dessa lei desviasse a atenção dos políticos da situação desastrosa do nosso país, que urge combater.

Enfim, alguém já ganhou com a crise!

Mas já ouvimos um deputado dizer que a promulgação da referida lei foi um acontecimento “ histórico”.

Mal estávamos se a história do nosso país fosse feita com factos dessa natureza!

Factos que vão necessariamente provocar fracturas na nossa sociedade, ficando-se sem saber se a maior parte dos portugueses aceitam “ os casamentos” entre homossexuais, sabe-se, sim, que uma maioria parlamentar votou favoravelmente a lei.

E o Tribunal Constitucional não achou qualquer inconstitucionalidade no diploma que foi sujeito à sua apreciação.

É claro que pode admitir-se que haja a liberdade de adoptar a tendência sexual que se entender, pode admitir-se que haja uniões de facto entre homossexuais, pode admitir-se que a essas uniões se atribuam certos direitos.

Porém, institucionalizar essas uniões dando-lhes a qualidade de “ casamentos”, isso é diferente e pode ter consequências sociais graves.

Para muitos portugueses terá sido, sim, um retrocesso absolutamente dispensável no regime em que vivemos, em que se devem respeitar certos valores morais e costumes sociais.


sexta-feira, maio 14, 2010

 

Para ler e meditar

“ Infelizmente os inimigos da igreja não estão fora dela mas dentro”
( Papa Bento XVI aos jornalistas no avião que o trouxe a Portugal)

 

O aumento dos impostos

Ainda não há muito tempo, o Primeiro-Ministro afirmou no parlamento que não haveria aumento da carga fiscal, bastando para a redução do défice público as medidas constantes do PEC. Mas, logo a seguir o Ministro das Finanças veio admitir que poderia ter que haver reforço dessas medidas, possivelmente com um aumento de impostos. E a verdade é que Bruxelas que a princípio elogiou o PEC apresentado pelo nosso governo, veio agora, afinal, exigir medidas mais drásticas.
Assim, Sócrates, em reunião com Passos Coelho, conseguiu que o PSD desse o seu acordo para ser possível que, no parlamento, “ passe” um aumento de vários impostos.
O IVA passará no escalão mais alto de 20% para 22%, haverá um imposto sobre os salários ( com exclusão dos salários mínimos) outro imposto de 5%, chamado de crise sobre as remunerações dos gestores públicos, dos políticos, incluindo os autarcas, e um imposto de 2,5% sobre os lucros dos Bancos e sobre os das grandes empresas.
Fala-se também na redução do subsídio de Natal. Uma coisa é certa: tudo se prepara para que os portugueses “ apertem ainda mais os cintos”, mas terão estes mais furos para tal?
Outra coisa é também certa: de novo falhou a previsão inicial quanto às medidas precisas para se conseguir a necessária redução do défice.
E foi pena, porque com demasiado optimismo se criou uma expectativa nos portugueses que, afinal, não vai concretizar-se.

 

O Papa com representantes das instituições sociais da igreja

Bento XVI reuniu-se ontem, em Fátima, com sete mil pessoas que se têm dedicado a acções sociais da igreja católica. E foi aí que o seu discurso abordou problemas candentes que existem na sociedade actual. Com base na doutrina social da igreja, o Papa realçou os seus princípios essenciais, defendendo a justiça social, a promoção e valorização da pessoa humana, a fraternidade e a mais eficaz e caridosa ajuda aos carenciados, a fidelidade às regras da ética, a não aceitação do que possa contribuir para a destruição da vida, como o aborto e a eutanásia.
Falou numa civilização do amor como forma de alcançar um mundo melhor e disse que a crise mundial existente não é só de natureza económica mas principalmente da falta de valores morais que se têm vindo a perder.
E também se manifestou contra os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Finalizou o seu conceituoso discurso com uma exortação aos presentes para que continuem com o maior empenho a sua acção social tão necessária nos dias de hoje.
No Porto, onde esteve neste dia, Bento XVI foi novamente acolhido com um enorme entusiasmo de muitos milhares de pessoas.
E dessa cidade regressou a Roma, decerto satisfeito com a recepção que teve em Portugal e também deixou nos portugueses, que tiveram o privilégio de o ver e de o ouvir uma imagem de bondade humana e de simpatia.

quarta-feira, maio 12, 2010

 

Para ler e meditar

“O Papa não fala só para os crentes, pois defendendo os valores da civilização europeia está a defender um mundo melhor”
(José Manuel Fernandes, no Público de 7 do corrente)

 

E os gestores vão ganhando!

As assembleias-gerais da EDP e da PT, realizadas recentemente, não aprovaram a proposta do Estado no sentido de serem congelados os prémios e bónus aos respectivos gestores.
Quer dizer que estes foram indiferentes ao que se tem dito quanto ao verdadeiro escândalo que é o que ganham naquelas empresas.
Não tiveram a coragem e o bom senso de prescindir desses ganhos tão chorudos e, quem sabe, até se movimentaram para se conseguir a votação dos accionistas para rejeitarem a posição assumida pelo accionista Estado.
Numa situação tão difícil como a do nosso país, em que muitos, cada vez mais, passam fome e em que tantos, também cada vez mais, estão desempregados, ainda há quem não se envergonhe de arrecadar chorudos ganhos em bónus e prémios, para além das igualmente chorudas remunerações mensais!

 

Conversinhas entre Sócrates e Passos Coelho!

Mais uma reunião entre o Primeiro-Ministro e o Presidente do PSD, o maior Partido da oposição.
Não será de estranhar que o governo queira, agora, aproximar-se de quem pode ajudá-lo a vencer a crise, que tudo indica estar longe ainda de uma solução positiva.
Mas os outros Partidos não terão nada a dizer e a sugerir sobre o melhor combate à crise?!
A não ser que esteja a preparar-se mais um Bloco Central entre o PS e o PSD, o que não será o bom caminho.
Numa ocasião como esta que se está a viver em Portugal, o governo precisa, sim, de conhecer e considerar as achegas que todos os Partidos podem dar.
Para mais, o que poderá o líder do PSD, de reconhecida simpatia por políticas liberais, ajudar, quando a crise resultou em grande parte de se terem adoptado medidas próprias do neoliberalismo?!
Não deve criticar-se as reuniões entre o Primeiro-Ministro e Passos Coelho, mas tem de desejar-se que aquele ouça também os responsáveis pelos outros Partidos.

 

A História e as mentiras

Por vezes, a História faz-se com mentira, realçando-se eventos de somenos importância, elogiando quem não merece ou atribuindo-se honras e louvores aos que procedem apenas com mera normalidade, sem actos que determinem destaque.
Inventam-se factos ou dá-se-lhes pompa e circunstância que, a serem verdadeiros, seriam relevantes para os que neles intervieram, usa-se e abusa-se da mentira.
E vai sendo frequente, nestes nossos dias, que políticos primem pela inércia e pela passividade nas instituições em que participam, acabando, porém, por ser incensados por quem precisa de eventuais favores ou apadrinhamento para as suas pretensões.
É assim que há, na verdade, alguns deputados que passam os seus mandatos no Parlamento “mudos e quedos”, limitando-se a participar nas votações.
E o certo é também que alguns desses nem sequer aproveitam a sua qualidade política e o facto de estarem em Lisboa para diligenciarem junto dos Ministérios ou departamentos públicos ali sediados, pela solução de problemas que existem em localidades dos círculos que os elegeram!
Mas, vai havendo sempre amigos que não regateiam louvaninhas a esses “mandriões” da política, que estão nela apenas para se servirem…

 

O Papa está em Portugal

Bento XVI pisou, ontem, o solo português.
Visita um país, cujo povo é tradicionalmente católico.
Vem como peregrino a Fátima, altar do mundo como é há muito conhecida onde, aliás, já esteve quando ainda não era Sumo Pontífice.
Para além de ser recebido com as devidas honras de Chefe de Estado e de ter oportunidade de estar com as mais altas personalidades políticas e da Igreja portuguesa, foram muitos milhares de pessoas que, com entusiasmo, o saudaram nas ruas de Lisboa por onde passou e no Terreiro do Paço, que encheu, realizando-se ali uma missa.
De registar a participação de milhares de jovens, que ouviram do Papa palavras amigas e de incitamento para contribuírem para um mundo melhor, falando-lhes de esperança e amor.
Mas quer nos discursos que já teve de proferir quer na homilia da missa, essencialmente doutrinária, não fez referências significativas aos graves problemas sociais, económicos, políticos e éticos, que afectam a generalidade dos países.
Pediu, porém, um maior empenho dos católicos na política, na economia, na cultura, na família.
Do que ouvimos ao Papa não podemos deixar de estranhar que tivesse feito uma referência especial ao Cardeal Cerejeira, “de boa memória” como disse, sabendo como decerto sabe que este Cardeal foi um fiel colaborador do regime ditatorial de Salazar.
É certo que o Papa também fez uma referência ao centenário da República Portuguesa.
No Centro Cultural de Belém, Bento XVI encontrou-se com 1300 agentes culturais, sendo aí saudado por Manoel de Oliveira, em representação dos presentes (escritores, artistas, músicos, etc.), tendo aquele cineasta de 101 anos feito um discurso valioso, sob o tema a religião e a arte.
Hoje, o Papa está já em Fátima para presidir às celebrações do 13 de Maio.

sábado, maio 08, 2010

 

Para ler e meditar

“ Um dos sinais da crise da democracia é a emergência do fascismo social”
( Boaventura Sousa Santos in Visão)

 

Porquê senhor Procurador-Geral da República?

Este Magistrado recusa-se a mandar para o juiz instrutor da comarca de Aveiro os despachos de arquivamento das certidões relativas às escutas das conversas telefónicas entre o Primeiro-Ministro e Armando Vara.
E entre os dois Magistrados está a criar-se uma situação muito desagradável, em que estão em confronto duas posições antagónicas, pois cada um dos intervenientes se abonam em razões jurídicas.
Só que, na verdade, há que encontrar uma solução, até porque as certidões que o PGR se recusa a entregar são precisas para o melhor andamento do processo que está a correr termos em Aveiro.
Mas porque é que tais certidões não podem ser entregues ao Magistrado de Aveiro mesmo sob confidencialidade?
Pelo menos para alguns leigos, sem formação jurídica parece que está a adoptar-se um procedimento que poderá ser de molde a prejudicar a melhor instrução do processo conhecido por “ face oculta”.
Mas também até professores de Direito já se pronunciaram no sentido de que os despachos judiciais são públicos logo que os respectivos processos transitem em julgado ( com acusação, sentença ou arquivamento).

 

2 mil milhões de euros para a Grécia

Os Ministros das Finanças da zona euro decidiram contribuir para a “salvação” da Grécia
Com 110 mil milhões de euros.
Destes, a quota parte de Portugal ascende a 2 mil e 60 milhões de euros.
No entendimento daqueles ministros é necessário e urgente conceder esse auxílio à Grécia para vencer o ataque que se está a fazer ao euro.
Além, claro, de que tal auxílio é justificado pela solidariedade que deve existir entre todos os países da comunidade europeia.
Só que, estando os estados da zona euro com “ a corda no pescoço”, para darem a mão à Grécia precisam de contrair empréstimos para poderem emprestar àquele país!
E quanto representará para os portugueses em encargos o auxílio que vai prestar?
O Ministro das Finanças disse que o dinheiro que vai ser emprestado será recuperado.
Mas o certo é que não explicou como e quando.

 

Palmas, porquê?

Numa reunião do grupo parlamentar do PS em que, por acaso ou não, não estava presente o deputado Ricardo Rodrigues, este teve palmas dos seus pares!
Quer dizer que, pelo menos os que estavam presentes nessa reunião, manifestaram apoio ou solidariedade a Ricardo Rodrigues pela sua conduta perante dois jornalistas do Sol que estavam a entrevistá-lo e que foram desapossados por aquele deputado dos seus gravadores.
Em vez de censura, houve aplausos por um procedimento intolerável!
Assim vai a nossa classe política.

 

Uma Ministra condenada por desobediência!

A actual Ministra da Educação que, a princípio parecia querer fazer uma política diferente da sua antecessora, dispondo-se a resolver com o diálogo o bom senso e o respeito pelos direitos dos que dependem da sua tutela, afinal cedo adoptou a maneira como se faz política neste governo, a política do “ quero, posso e mando”.
Teve, é certo, um período de “estado de graça” mas não durou muito e, recentemente, até foi condenada por desobediência à decisão de uma providência cautelar proposta por professores quanto a concursos.
É pena que a Ministra esteja a tomar caminhos que não devia trilhar…
Soube-se, porém, hoje que a Ministra, afinal, irá cumprir o que se decidiu judicialmente.

 

Uma Ministra condenada por desobediência!

A actual Ministra da Educação que, a princípio parecia querer fazer uma política diferente da sua antecessora, dispondo-se a resolver com o diálogo o bom senso e o respeito pelos direitos dos que dependem da sua tutela, afinal cedo adoptou a maneira como se faz política neste governo, a política do “ quero, posso e mando”.
Teve, é certo, um período de “estado de graça” mas não durou muito e, recentemente, até foi condenada por desobediência à decisão de uma providência cautelar proposta por professores quanto a concursos.
É pena que a Ministra esteja a tomar caminhos que não devia trilhar…
Soube-se, porém, hoje que a Ministra, afinal, irá cumprir o que se decidiu judicialmente.

 

As contradições aumentam…

Não resta dúvida de que vão havendo notórias contradições mesmo entre responsáveis políticos a nível do governo.
Hoje, afirma-se uma coisa, amanhã diz-se outra, quando não é apenas com a diferença de minutos!
Agora, foi o que aconteceu com a privatização que vai ser feita da companhia aérea Ana, que se garantiu não estar incluída no amplo plano de privatizações do governo.
Também, agora, o ainda governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, veio apoiar aqueles que consideraram ser necessária uma reanálise quanto à realização das grandes obras públicas, adiando-as por não serem, neste momento, oportunas por carência de recursos financeiros e por determinarem necessariamente um aumento substancial do já muito grande endividamento público.
O próprio Ministro das Finanças que, a princípio tomou a defesa de que o chefe do governo quer quanto a realizar aquelas obras públicas, já se tem calado relativamente a essa iniciativa admitindo até uma necessária reponderação quanto a essa questão.
Enfim, é a desorientação a instalar-se nos próprios responsáveis políticos numa ocasião em que deviam, sim, agir em consonância e respeitando o bom senso e a melhor análise dos problemas graves que se enfrentam.
E, sobretudo, tendo a humildade de pôr de parte teimosias e o desejo de levar por diante o que não é possível para já concretizar, por se ter, entretanto, agravado a situação económico-financeira do nosso país.

 

Avançar, palavra de ordem do governo

Contra muitas vozes autorizadas que aconselharam a uma reponderação das grandes obras públicas programadas pelo governo, este, na sua habitual determinação avançou mesmo para a assinatura, hoje realizada, do primeiro contrato do projecto para o TGV, que vai iniciar-se com o troço Poceirão-Caia.
O governo demonstrou assim que continua a não estar disposto a ouvir conselhos ou avisos venham de onde vierem e por mais oportunos e aceitáveis que sejam.
Enfim, está lançada a primeira parte do projecto do TGV e quem o vai executar preveniu-se, decerto, com chorudas indemnizações se porventura houver recuo ou incumprimento por parte do Estado quanto ao contrato agora assinado.
Com tantas divergências e dúvidas que tem havido relativamente ao investimento público em grandes obras, é natural que haja a máxima cautela por parte das empresas quer vão concretizar o projecto do TGV.
Parece que o governo está já disposto a repensar e adiar os projectos do novo aeroporto de Lisboa e da nova ponte sobre o Tejo. Por que não fez o mesmo quanto ao TGV?
O futuro dirá da bondade ou não da posição já tomada pelo governo quanto ao comboio de alta velocidade.
Não irá esse acto do governo agravar a situação em que nos encontramos e aumentar a já enorme dívida pública?
E se assim for, não haverá que pedir responsabilidades?

quinta-feira, maio 06, 2010

 

Para ler e meditar

“A Constituição, das mais avançadas da Europa, nunca foi, nem é obstáculo a uma boa governação”
( Manuel Alegre no seu discurso de formalização da candidatura à Presidência da República)

 

Sim ou não?

Uma outra agência internacional norte-americana ai analisar a crise do nosso país concluiu que, senão se tomarem medidas drásticas e urgentes, Portugal descerá mais dois níveis no rating até ao Verão.
Quer dizer que é mais uma indicação de que não se deve gastar o que não se tem, ou seja, não será realmente oportuno avançar com as grandes obras públicas anunciadas pelo governo e quanto às quais se teima em concretizar.
Será que volta agora a dizer-se que também esta agência internacional não merece crédito? E todos aqueles, inclusive Presidente da República, que consideram que deve haver sim uma reponderação quanto às tais grandes obras públicas?
Não será arriscado ou mesmo muito perigoso avançar com a sua realização o que poderá levar à hipoteca do país ou mesmo a uma situação de rotura, com graves consequências económicas e sociais?
O momento é mesmo decisivo para ser tomada a melhor posição, usando do bom senso e da melhor prudência e não de ligeireza e vaidade para apresentar obra feita.
Mesmo a UE e o FMI também referem números divergentes dos que têm sido indicados pelo governo quanto à situação actual do nosso país.

 

Atitude insólita de um deputado

Ricardo Rodrigues, deputado do PS, ao ser entrevistado por dois jornalistas, não gostou das perguntas que estavam a ser feitas e, sem mais, apossou-se dos gravadores pertencentes àqueles jornalistas, metendo-os no bolso e retirando-se do local.
Um comportamento censurável que um deputado da Nação não devia ter.
O mínimo que se pode exigir a um deputado é civismo, boa educação, postura sempre digna.
E tal não sucedeu com Ricardo Rodrigues.
Aliás, quem vê na televisão o que se passa na Comissão parlamentar de inquérito verifica que aquele deputado está sempre com um sorriso provocador, arrogante, inaceitável.
O que ocorreu, agora com os jornalistas foi, na verdade, impróprio e muito lamentável.
E não chega para apagar tão insólita atitude que o deputado Ricardo Rodrigues tenha, numa declaração que leu após esse seu comportamento, reconhecido que procedeu irreflectidamente.
Não houve, porém, um pedido de desculpa nem sequer a devolução dos gravadores que não lhe pertencem.
Não pode deixar de estranhar-se que o líder da bancada parlamentar do PS, Francisco Assis tenha vindo manifestar a sua solidariedade à conduta, sem dúvida muito reprovável daquele deputado.
A solidariedade deve ter limites e deve, sim, haver a humildade quanto a erros cometidos.

 

Manuel Alegre é candidato à Presidência da República

Em Ponta Delgada, aquele político formalizou já a sua candidatura à Presidência da República. E o discurso, que ali proferiu, além de grande e habitual rigor e beleza formal, foi muito conceituoso, transmitindo com exactidão o que pensa dos poderes presidenciais e como devem ser exercidos, tendo a este respeito feito veladamente críticas a Cavaco Silva. Afirmando, mais uma vez, a sua qualidade de homem da esquerda democrática, disse estar convencido e esperar a votação de todos aqueles que se situam naquela área política tenham ou não filiação partidária.
Referindo-se à séria crise económico-financeira, agora agravada com o que também, como outros, considerou ser uma campanha especulativa contra o euro promovida por agências internacionais de rating, de pouco crédito, disse ter a convicção de que tal crise será vencida, a exemplo de outras, acontecidas no nosso país. E só de maneira indirecta se referiu à política do governo, defendendo até, que se deve avançar com a realização das grandes obras públicas, como investimento no sentido de reduzir o desemprego.
Criticou, sim, a actuação da UE ao decidir-se tardiamente a contribuir para o auxílio à Grécia.
Deixou uma mensagem de simpatia e um veemente apelo aos jovens no sentido de se interessarem pela política, manifestando, sempre que necessário, a sua indignação, protesto e corajosa censura quando for útil para uma melhor governação.
Por fim, de salientar que Manuel alegre, desta vez, não fez críticas ao PS, saudando até expressamente os seus dois máximos responsáveis, Almeida Santos e Sócrates.
Essa sua posição compreende-se (é-lhe importante cativar o apoio do PS), embora se estranhe dado o que tem sido o comportamento muito critico quanto a certas políticas implementadas pelo governo e sustentadas pelo PS.

domingo, maio 02, 2010

 

O Dia da Mãe

Com toda a justiça, consagrou-se, há já muito, um dia às Mães.
Elas são, geralmente, os fortes sustentáculos da boa convivência familiar.
Por mais direitos que tenham conquistado, ao longo dos tempos, a Mãe ainda é a mais sacrificada nas tarefas domésticas, muitas vezes realizadas depois de um dia intenso de trabalho fora de casa.
E sempre, mesmo fatigada a Mãe não se escusa de ter palavras e gestos de carinho para os que fazem parte do seu agregado familiar.
Há mesmo Mães que são verdadeiras heroínas ao terem que ultrapassar, por amor aos filhos, injustificados maus-tratos dos maridos.
É claro que, presentemente, as mulheres que são Mães já podem dispor de meios para fazer valorizar e respeitar a sua dignidade.
E, felizmente, que assim sucede dando o devido mérito às Mães.
Só que, ainda em várias partes do mundo, a mulher, mesmo sendo mãe continua a ser “ escrava” não lhe sendo atribuídos e respeitados os direitos de pessoa humana.
A Mãe é normalmente exemplo constante de afectividade, de bondade e compreensão, dos maiores sacrifícios em prol dos seus filhos, de dedicação e de amor inigualáveis.
Neste dia, lembro todas as Mães do mundo sobretudo as sofredoras.
E eu que tive o privilégio de ter uma Mãe amantíssima tenho-a naturalmente mais presente no meu pensamento, mandando para onde ela esteja em espírito um muito terno e grato beijo.

 

Para ler e meditar

“ O PS está obrigado a apoiar Manuel Alegre e não tem hipótese alternativa. Qualquer outra solução seria arriscada, suicida, tonta ou tudo ao mesmo tempo”
( Ricardo Costa in Expresso)

 

As manifestações do 1º de Maio

O Dia do Trabalhador foi ontem assinalado de norte a sul do país. Mas, em Lisboa, foram muitos milhares aqueles que participaram nas marchas de protesto, promovidas pela UGT e a CGTP. Além de faixas e slogans com frases de crítica à política do governo, os dirigentes daquelas sindicais, nos seus discursos revelaram o desejo dos trabalhadores em que se tome um novo rumo político que faça pagar a crise a quem a provocou e não a outros que têm sido, há já muito, os grandes sacrificados.
Foi já anunciada uma greve geral para o próximo dia 29.

sábado, maio 01, 2010

 

1º de Maio

Esta data, em que se celebram várias e importantes conquistas dos trabalhadores em ordem à sua dignificação e valorização, merece, sem dúvida, ser festiva. Só que essa festa, desta vez, é ensombrada, tal a grave situação em que, a nível nacional e internacional, se encontra a classe trabalhadora. Desemprego a aumentar significativamente por toda a parte, baixos salários, falta de perspectiva de esperança para o futuro quanto à alteração da situação, que tem arrastado muitos para a miséria, as desigualdades sociais a crescerem. E, apesar disso, está a preparar-se um conjunto de medidas políticas que vão recair sobre os trabalhadores mesmo atingindo os desempregados pois pretende-se reduzir o respectivo subsídio, dizendo-se que tal obrigará a uma mais eficaz procura de emprego, parecendo, porém, desconhecer-se que, na verdade, não há mercado de trabalho. Enfim, embora sentindo as muitas provações e privações impostas aos trabalhadores ( são já mais de 500 mil desempregados) e às suas famílias, o 1º de Maio deve continuar a celebrar-se quanto mais não seja como oportunidade dos trabalhadores, em clima de solidariedade e fraternidade, mostrarem publicamente a sua força e a justiça das suas legítimas reivindicações.

 

Manuel Alegre formaliza a sua candidatura às presidenciais

Foi já anunciado que Manuel Alegre formalizará, nos Açores no próximo dia 4 de Maio, a sua candidatura À Presidência da República. Até agora, apenas o BE já lhe manifestou o seu apoio, mas estamos em crer que, desta vez, o PS não cometerá o mesmo erro que cometeu nas últimas eleições e estará com Manuel Alegre nesta sua candidatura.
E terá também, decerto, outros apoios, vindos inclusivamente daqueles que, embora sem filiação partidária, se situam na área da esquerda democrática.

 

Encontro entre Sócrates e Passos Coelho

Foi o primeiro encontro entre os dois líderes dos maiores partidos. Ao fim de quase duas horas, ambos prestaram conjuntamente declarações aos órgãos de comunicação social, revelando um entendimento no sentido de o PSD se dispor a colaborar e ajudar o governo a vencer a crise, através de medidas do PEC aprovado e do seu reforço, se for necessário.
Passos Coelho teve já ocasião de dizer que não se trata de caminhar para o bloco central mas apenas de, atendendo ao interesse nacional, haver um maior diálogo com o governo em ordem a resolver este período negro da situação económico-financeira existente no nosso país. Será só isso?

 

A apresentação de Paz Cardoso

Este candidato à presidência da Comissão Política Concelhia do PS local fez a sua apresentação numa sessão a que assistiram muitos militantes do partido, muitos jovens e também muitos simpatizantes, que encheram a sala. Ali se viam elementos desse partido que têm andado afastados da actividade partidária, por não concordarem com a maneira como se tem agido nos órgãos concelhios, nos quais se tem notado uma lamentável apatia.
Na referida sessão, falaram a mandatária para as mulheres, a mandatária para os jovens, e o mandatário da candidatura de Paz Cardoso. Os seus discursos foram no sentido de ser preciso dar um novo rumo ao PS local, respeitando as suas matrizes essenciais e o seu posicionamento político na área da esquerda democrática, e reconquistando, pelas suas iniciativas, o lugar de relevo que já teve no nosso concelho.

 

O 117º aniversário da Naval 1º de Maio

Esta prestimosa Associação comemora mais um seu aniversário. É já o 117º em que sempre prestou bons serviços ao desporto figueirense e mesmo nacional. Foram muitas as actividades a que se dedicou na sua já longa existência: futebol, basquete, ténis de mesa, remo, voleibol, tiro – em todas essas modalidades a Naval teve períodos áureos com relevantes êxitos. E também, em tempos já muito recuados, foram notáveis as suas iniciativas culturais. É marcante o passado histórico da Associação aniversariante, bem como o presente, embora com actividades reduzidas, em que se destaca o futebol.

 

O centenário da Biblioteca Pública Municipal Pedro Fernandes Tomás

São vários os eventos com que se celebra, a partir de hoje, o centenário da Biblioteca da nossa cidade. Realiza-se, pelas 16 horas no Auditório Municipal uma sessão solene comemorativa daquele efeméride. O programa elaborado é muito variado e valioso, podendo dizer-se que o referido centenário é assinalado com muita dignidade.

 

Para ler e meditar

“Portugal não conseguiu cumprir o que o 25 de Abril a todos prometeu. Por leviandade de uns, por egoísmo de outros, por incompetência de muitos”
( Vítor Serpa in Bola)

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