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quinta-feira, maio 19, 2005

 

A política caseira

É pena que entre nós a política se resolva como no futebol, na “secretaria”!

Por mais que o público berre, reclame, e se manifeste por vários modos, o certo é que, acaba por se o “árbito” a resolver como quer.

As eleições autárquicas, pela sua natureza especial, quanto à sua proximidade dos eleitores, deviam ter em conta as opiniões destes e não de quem está num pedestal longínquo, quantas vezes “envenenado” por uns e por outros, mas que tem o poder de decidir!

Só em casos muito difíceis de resolver a nível das bases dos Partidos, é que os orgãos nacionais deveriam avocar a decisão última.

A liberdade de escolher aqueles que se querem ver num orgão autárquico devia ser completa, com eleições directas e secretas, ou pelo menos, deviam respeitar-se as indicações dos respectivos Secretariados.

Avocar por princípio, e antecipadamente à resolução dos orgão locais, a escolha deste ou daquele é, sem dúvida, uma forma estranhíssima, para não se lhe dar outra classificação, de passar por cima de simples regras que deviam existir em partidos democráticos.

Enfim, formas enviesadas de interpretar os Estatutos.


Luís de Melo Biscaia

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