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quarta-feira, maio 31, 2006

 

A violência nas escolas

Sobre este premente assunto houve ontem, na RTP, um programa em que esteve presente o Secretário de Estado Adjunto da Educação, uma professora universitária, uma professora do ensino secundário e um psicólogo.
Para além de uma chocante reportagem mostrada naquele programa, em que se vêem a indisciplina e a violência numa escola (que o Secretário de Estado adjunto veio a localizar na periferia de Lisboa) violência inclusive praticada por alunos em professores.
Foi dito nesse programa pela professora universitária que há já muito os docentes vêm sendo desautorizados e desconsiderados, agravando-se essa situação comas medidas que este governo pretende agora implementar.
E, é claro, da violência, que tem criado um ambiente de medo no meio escolar, houve referências a contribuição dos pais na avaliação d comportamento dos docentes.
O Secretário de Estado Adjunto tentou defender tal proposta, dizendo que essa contribuição será apenas um dos critérios a considerar, o que, evidentemente, não satisfaz quem a isso se opõe, porque, na realidade, dando essa “ força” aos pais desautoriza-se nitidamente os professores!
E não e pode esquecer que essa contribuição conta para a progressão ou não na carreira docente!
Enfim, este assunto merecia, na verdade, que houvesse a coragem (que nem sempre tem havido!) de os professores protestarem com veemência promovendo inclusivamente uma greve geral, que obrigasse a Ministra a ponderar melhor.

 

Dia Internacional da Criança

As responsáveis do nosso Museu, sempre atentas aos eventos importantes vão promover a comemoração do Dia Internacional da Criança com várias realizações nos dias de amanhã e depois.
Que crianças irão ao Museu? Decerto os das escolas.
Só que não deviam esquecer-se as crianças mais pobres, que passam o ano, muitas vezes sem serem lembradas.
E se pensar bem, haverá um conjunto de realizações que poderá oferecer-se a essas crianças.
E que no Dia da Criança se lembrem, pelo menos, que perto ou longe há muitas crianças sem o mínimo de qualidade de vida ou que morrem minuto a minuto com fome.

 

O Dia do Antitabagismo

Hoje, mais uma vez, dedicou-se o dia ao antitabagismo.
E, felizmente, que se pode anunciar que os fumadores têm diminuído no nosso país, embora ainda em pouco significativa percentagem.
Tem, sim, aumentado e bem a venda de produtos farmacêuticos que dizem ajudar a deixar o cigarro.
Tudo isso é bom. Mas, digam o que disserem a força de vontade é, na verdade, a solução com mais êxito na luta contra o tabagismo.
E não venham dizer que não se consegue acabar com essa dependência.
Há que experimentar com força, com determinação.
Eu já conheci a vitória dessa experiência, ao fim de 50 anos de fumador!
Vá, deixe hoje de fumar.

 

A Ponte dos Arcos

Foi, enfim, consignada a construção da nova Ponte dos Arcos, que dado seu fluxo de trânsito já há muito não servia.
O final desta construção está previsto para inícios de 2008 e a da nova ponte constarão quatro faixas de rodagem.
A Figueira virá, então, a ficar com melhores acessos, o que mereceu já do Presidente da Câmara e do Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro palavras de muita satisfação.
Aliás, todos nós, figueirenses, devemos comungar de tal satisfação.

 

Armadores e pescadores unidos na greve

Os que vivem da pesca, armadores e pescadores, estão pela primeira vez solidários na greve que, hoje ocorreu com 100% de aderentes!
A falta de apoios por parte do Governo foi o motivo dessa greve.
Apesar da subida dos preços dos combustíveis e do aumento doutros encargos relacionados com a actividade da pesca, armadores e pescadores não recebem os apoios que, por exemplo, existem em Espanha e em França.
Daí este protesto conjunto, que deixou em terra milhares de pescadores do Norte a Sul do país, ficando as lotas sem peixe para vender.

 

Ainda a maternidade da Figueira

Na reunião há dias realizada em que esteve presente o prof Dr. Jorge Branco, defensor ( por ser o seu principal autor) do relatório apresentado ao Ministro da Saúde e em que se propõe o encerramento, entre outras, da maternidade do hospital da Figueira, aquele senhor, pelo que já se noticiou exaltou-se demasiadamente, ultrapassando mesmo os limites da boa educação quando respondia a uma observação de uma médica!
Não será assim, com tanta crispação e fanatismo, revelados por aquele senhor noutras intervenções, que melhor se poderá defender aquele projecto.
Sobretudo nunca o Dr. Jorge Branco devia esquecer-se de que falava com colegas seus e outros profissionais da saúde, nunca aquele “ nervoso” senhor se devia esquecer que era um participante na reunião, impondo-se-lhe responder com correcção a todas as muitas questões que lhe foram postas.
Mas, para além desse facto insólito e censurável, na referida reunião as posições naturalmente estremaram-se, com a revelação da não concordância de muitos dos presentes ou o que defendia o Dr. Jorge Branco.
Se é só a questão da segurança das parturientes e dos nascituros que está em causa veremos o que acontecerá com o índice de mortalidade se o que pretende o Ministério for por diante!
Temos que dizer mais isto: se no tempo da Ministra Leonor Beleza se encerraram muitas maternidades e o índice de mortalidade diminui substancialmente, por que é que desde esse tempo não houve o cuidado de apetrechar as maternidades existentes com melhores recursos humanos e com melhores equipamentos?!
E Leonor Beleza esteve no Ministério há já muitos anos.
Não, a concentração que se pretende e que não olha a riscos de vária ordem ( com deslocações, com mudança abrupta de médico assistente, com a espera que por vezes tem que haver nos hospitais centrais, etc) é apenas motivada por um critério economicista, embora tal se negue.

 

Porquê a demora?

Do Conselho de Estado de Timor, reunido durante dois dias, resultou apenas, segundo aprece o afastamento de dois Ministros, o da Defesa e o do Interior, e não a demissão do Primeiro-Ministro Alkatiri.
E é este que os revoltosos querem ver fora do governo para que seja possível chegar-se a algum acordo que restitua a paz ao território.
Pelo que chegou a público Alkatiri está a querer fazer um “ braço de ferro” com Xanana, não colaborando com a sua demissão numa necessária remodelação governamental.
Não se percebe bem porquê a demora em se tomar uma atitude contra aquele governante.
Há, na verdade, que tudo fazer para que Timor volte à paz e a trabalhar pelo seu progresso.
E isso doa a quem doer.

terça-feira, maio 30, 2006

 

Xanana Gusmão impôs-se

Depois de dois dias de reunião do Conselho de Estado, o Presidente da República de Timor, como comandante supremo das Forças Armadas chamou a si todos os poderes para garantir a ordem e a segurança daquele país.
Foi também comunicado que os Ministros da Defesa e do Interior serão afastados já que são esses os mais contestados pelo povo.
Quanto ao Primeiro-ministro ainda não se sabe se ele se demite ou não.
Bastará para acalmar os ânimos a substituição de dois Ministros?!
Quer-nos parecer que sem o afastamento do Primeiro-ministro e uma remodelação profunda do governo os revoltosos não se contentarão.
É que conhecem-se as más relações que o major Reinado, comandante daqueles revoltosos, tem com o Primeiro-Ministro.
Entretanto na noite de hoje a violência continuou em Dili, sendo incendiadas mais de 30 casas algumas delas onde estavam instalados serviços públicos.
Quando em Timor parecia que tudo estava a correr bem, consolidando-se o seu regime democrático, eis que surgem estas perturbações sociais e políticas, que terão, decerto, também consequências económicas.
Aguardemos, porém, a acção das Forças Internacionais que se deslocaram para Timor, a fim de que seja retomada a ordem.

 

Blog “ Necessário Dizer”

Não posso deixar de me associar ao que foi escrito neste blog, acerca da reunião que ontem se realizou sobre a maternidade da Figueira da Foz.
Não tive possibilidade de estar presente, mas creio já ser bem conhecida a minha posição em relação a tal problema.
Porém, aqui estou a corroborar o que consta naquele blog.

 

Breve história de vida

Há uns anos já conhecemos a D.Micas, como era tratada.
Ficara viúva com pouco mais de trinta anos e com um filho a seu cargo.
Era já uma mulher que revelava no rosto, sempre triste, muito sofrimento.
Tinham sido alguns anos de prostituição a degradá-la física e psicologicamente.
Não tinha habilitações e porque desejava dar ao filho um curso, deixou alguns trabalhos inferiores, penosos e mal pagos, para entrar na prostituição, que lhe diziam ser mais fácil ganhar dinheiro.
Essa sua fase de vida, que veio afinal a considerar terrível pelo muito a que se sujeitou, pelas humilhações e até maus-tratos, passou, porém, logo que o filho se colocou e começou a manter a casa.
E acabou também o que muito a atormentava: ter que mentir ao filho, para lhe encobrir a vida que levava!
Mas, a D.Micas conseguiu superá-la e o trabalho que foi arranjando como mulher-a-dias, empregada de limpeza em vários armazéns, ajudava-a a reabilitar-se.
Mais do que isso: integrou-se num grupo que prestava assistência a jovens prostitutas.
E a sua vida servia de exemplo àquelas que, por dificuldades grandes e várias, não resistiam à tentação de caírem no mesmo erro dela, a prostituição.
Dizem-me que a acção da D.Micas foi muito valiosa e dedicada nesse grupo de que fez parte durante uns anos.
Tivemos há pouco a notícia da sua morte.
E esta história da sua vida veio à nossa memória, quando ainda há dias lemos uma reportagem sobre prostituição.
É uma história que, infelizmente, tem ainda actualidade, embora muitas vezes sem um final feliz.

segunda-feira, maio 29, 2006

 

A avaliação dos professores

Enquanto que o Director do jornal “ Público” na sua editorial de ontem apoiava estranhamente as medidas da Ministra da Educação, inclusivamente aquela que poderá vir a permitir aos Encarregados de Educação pronunciarem-se quanto à competência ou incompetência dos professores já Eduardo Prado Coelho num artigo hoje publicado naquele mesmo jornal se manifesta frontalmente contra aquela medida, que considera absurda e demagógica.
O título desse artigo é “ Quem avalia quem?” e nele, depois de se afirmar que “ devem ser raríssimos os pais que, do ponto de vista científico estão em condições de avaliar os professores” e que, “ segundo o ponto de vista pedagógico os pais apenas se podem basear nos relatos dos filhos”.
Mas, dizemos nós não são esses que usam e abusam de comportamentos absolutamente censuráveis em relação aos professores, não revelando o mínimo de educação, de respeito e consideração por eles?!
Muitos casos se conhecem de atitudes reprováveis dos “ meninos” que, infelizmente, ficam sem punição, ou porque os professores receiam já as reacções futuras dos pais ou porque o próprio Ministério não toma ou não deixa tomar as sanções adequadas.
Como pode pensar-se sequer que, no momento actual, um professor se veja desautorizado por um pai de um aluno a quem este se queixou mentirosamente?!
Como pode pensar-se que, no momento actual a grande parte dos pais tem capacidade para avaliar o comportamento docente de um professor?!
Se muitos já fogem de ser professores, conhecendo-se o mau ambiente nas escolas e a própria insegurança que existe com a “ fiscalização” que se pretende atribuir aos pais, não tardará que a escola fique sem professores!
E essa avaliação, para mais poderá concorrer para a progressão ou não na carreira docente.
Será isso que a Ministra realmente quer?

 

Novos e velhos

Vai-se verificando por parte de certos jovens – e já não são poucos – uma atitude de indiferença e até, por vezes de más palavras e condutas em relação aos idosos.
“ Já fizeram a vida deles “, “ têm que dar lugar a outros”, “ estão com os pés para a cova”, “ os valores deles não são como os nossos”, “ estão taralhoucos” – é frequente ouvir-se isto quanto aos mais velhos.
A experiência da vida e a sensatez e sabedoria que dela resultam, que é sempre um valioso trunfo, não representam nada para esses jovens que, com a sua ambição desmedida, o seu desejo de protagonismo rápido e, quantas vezes, a sua má formação moral, desdenham dos mais velhos.
Os que hoje são novos não se lembram sequer que a vida corre num ápice e que, mais cedo do que julgam serão eles os mais velhos.
Sobretudo, choca-nos imenso quando constatamos a forma fria, agressiva mesmo como alguns jovens tratam os idosos doentes, muitas vezes mesmo seus familiares, aos quais lhes devem tudo o que são!
A geração destes jovens, que assim pensam e procedem, não poderá nunca vingar como elementos capazes e sólidos de grandes transformações na sociedade.
Olham, sim, apenas para o seu egoísmo e para o seu desejo de subirem na vida.
Mas o balão que sobe no ar desaparece e acaba por rebentar!

 

Como vão as Câmaras governar-se

O Ministro da Finanças deu, ontem, a conhecer que o Governo criará sanções financeiras para as autarquias despesistas.
Câmaras que não cumpram o que está estabelecido quanto a endividamento, contratação e despesas com pessoal virão a receber menos dinheiro no ano seguinte.
Se já são muitas as dificuldades financeiras que grande parte das Câmaras tem que enfrentar, como será a sua gestão se diminuir o dinheiro do Estado?!
E quem sofre com isso são os munícipes que não vêem realizadas obras essenciais.
Quer-nos parecer que as sanções anunciadas são demasiado graves, com reflexos injustos no desenvolvimento das comunidades.
Poderá o Governo fazer responsabilizar doutra maneira as Câmaras que não cumpram as restrições impostas quanto ao endividamento.
Talvez que o Conselho de Ministros que, em breve, vai analisar e pronunciar-se sobre a proposta do Ministro das Finanças encontre outras medidas para quem não cumpre o que está determinado mas de molde a não prejudicar ainda mais os interesses da comunidade.
A própria Associação Nacional de Municípios logo reagiu desfavoravelmente à solução preconizada pelo Ministro das Finanças.

 

Fundação Dr. Fernando Vale

Este ilustre cidadão, distinto médico e indefectível democrata, vai ter o seu nome perpetuado através de uma fundação.
Os seus filhos quiseram, assim, corresponder à vontade de seu pai, que sempre demonstrou o desejo de pôr à disposição da população da terra em que viveu, Arganil, a sua valiosa biblioteca e outros elementos do seu património.
Falecido com 104 anos, o Dr. Fernando vale foi um exemplo de rectidão, de honestidade, de coerência, de fidelidade à Causa da Liberdade, Democracia e Justiça Social.
Foi sempre e é, ainda, uma notável referência para todos os que lutaram contra a ditadura de Salazar e de Caetano.

 

O Campeonato Europeu dos sub-21 foi-se

A selecção portuguesa, na verdade, não parecia a mesma que disputou a fase da classificação!
E, no entanto, ela continua recheada de jogadores considerados de muito bom nível.
Só que, desta vez, não praticaram o futebol que lhes é habitual e ficaram pelo caminho...
A vitória tangencial que tiveram sobre a Alemanha não serviu para nada e até nesse jogo, tirando o “ golão” de Coutinho, a nossa selecção jogou pior que os alemães.
Agora, claro, vai haver muita discussão para se tentar responsabilizar alguém pelo fiasco verificado.

 

Abalo sísmico em Java

Depois do Tsunami, ocorrido em 2004 que provocou tão graves consequências de novo a Indonésia sofreu um terrível acidente natural.
No sábado, um sismo fez milhares de mortos (diz-se que serão já mais de 5 mil), milhares de feridos e pelo menos 200 mil desalojados.
A ajuda internacional já começou a chegar àquele país, mas para uma tragédia desta dimensão é sempre pouca essa ajuda.
No entanto, de assinalar a onda de solidariedade que está a verificar-se e que é de aplaudir.
Mas, a Natureza continua a agravar a situação pois em Java tem havido chuvas torrenciais.

domingo, maio 28, 2006

 

Henrique Granadeiro

Este novo presidente da PT demonstrou muita coragem quando “ despediu” 60 administradores nas várias empresas do grupo.
Quer dizer que eles não serviam para nada de útil e ocupavam esses lugares talvez por favores políticos ou por amizades!
Se em todas as grandes empresas públicas se fizesse uma “ limpeza” idêntica, poupar-se-ia muito dinheiro, tão preciso para ser aplicado com critério e atendendo às finalidades dos objectivos a atingir.
Que o exemplo de Henrique Granadeiro seja seguido, doa a quem doer!

 

A marcha cor-de-rosa

Foram 5 mil mulheres que, com camisolas cor-de-rosa participaram na marcha com que se pretendeu angariar fundos para as campanhas da luta contra o cancro da mama.
Uma simpática manifestação de solidariedade, em que não faltaram as nossa campeãs de atletismo e pessoas de todas as idades, desde de bebés em carrinho até idosas.
A prevenção do cancro da mama quando bem e atempadamente feita pode causar o êxito na cura.
Daí que, quanto a uma das doenças que mais traumatiza a mulher, possa e deva haver os maiores meios para a combater e, para isso, tem que haver dinheiro e boa vontade de com ele contribuir para campanhas preventivas e de rastreio.

 

Não há dinheiro?

Há quem diga isso, mas o certo é que para determinadas diversões o dinheiro aparece, mesmo que tal implique privações de vária natureza.
Ainda agora os dois Festivais de Música realizados ao mesmo tempo em Lisboa tiveram muitos milhares de espectadores.
E os bilhetes de acesso eram caros.
Na TV foi entrevistada uma senhora que tinha comprado bilhetes para os dois festivais, bilhetes para ela, marido e dois filhos.
Custa a admitir que se gaste tanto dinheiro em eventos como aqueles, quando o país est
Á a atravessar uma grave crise, quando há tantos desempregados, quando em tantos lares não há o mínimo para a sobrevivência.
Enfim, a vida é feita de contrastes, de injustas desigualdades.
E porque queremos, não é?!

 

Gangs de jovens em Timor

Ontem, foi o dia em que muitos grupos de jovens, armados sobretudo com catanas, facas e outros objectos levaram a violência às ruas de Dili.
Essa capital esteve, durante algum tempo à mercê daqueles “ meninos” que, além de provocarem feridos, principalmente polícias, incendiaram muitas casas.
Quem mandará esses jovens procederem com enorme violência, espalhando o terror na população timorense.
Valeu a actuação determinada e estratégica das forças militares australianas que tomaram as posições precisas para a defesa das casas de Xanana Gusmão, dos Ministros e de outras entidades oficiais.
O que se está a passar em Timor não será já o começo de uma guerra civil?
Oxalá que não, que tudo se componha e a paz e a tranquilidade voltem com brevidade àquele país que já foi mártir e parece que ainda o é.

 

O trabalho infantil

Entre nós não há trabalho infantil?
Há e muito, calculando-se em 48 mil crianças as que trabalham, talvez não nas empresas mas nas suas casas.
Em Felgueiras, por exemplo, foram “ apanhadas” muitas crianças a coser sapatos, com fio de nylon o que lhes causa ferimentos nas mãos.
E, segundo se apurou esse trabalho sem horário, é pago a 20 cêntimos o sapato!
Claro que há, infelizmente, zonas do país, sobretudo no norte onde o desemprego é muito e por isso, todos numa casa têm que trabalhar para se manterem, mesmo que esse trabalho seja muito penoso.
O que sentirão uns pais que têm que socorrer-se do trabalho de um filho menor que o vêem com as mãos feridas e a ter que continuar a trabalhar mesmo pela noite dentro!
Quando se poderá evitar o trabalho infantil que tem que ser feito quando os pequenos trabalhadores deviam, sim, ter as brincadeiras próprias das suas poucas idades!

 

Não lembraria ao diabo!

Será possível que seja verdade o que ouvimos, logo de manhã, na televisão e já lemos nos jornais?
Noticiou-se que o Ministério da Educação pretende que os Encarregados de Educação fiscalizem o trabalho dos professores.
Os paios dos “ meninos” terão o direito de pronunciar-se sobre a competência ou incompetência dos professores.
Se um aluno tiver más notas ou reprovar, o respectivo professor terá de se haver com o Encarregado de educação.
Isto é mesmo o cúmulo da desautorização dos docentes, que tão pouca consideração têm tido por parte do Ministério.
Talvez que se queira que os professores para não terem “ chatices” resolvam passar todos os alunos sem o merecerem.
E assim estatisticamente não haverá insucesso escolar!...
Já alguém disse, e com razão, que a Ministra da Educação desencadeou mais uma guerra com os professores e, desta vez, a mais terrível até agora.
Porque, efectivamente, é impossível aceitar que, com o nível de grande parte dos Encarregados de Educação eles possam ser chamados a avaliar a competência dos docentes.
Que há bons e maus professores, que os há interessados na escola e os que apenas pretendem ganhar o ordenado ao fim do mês.
Mas, não é com uma medida meramente calculista que a Ministra vem, no futuro, a ter professores mais dedicados às suas funções lectivas.
Corre-se, sim, o risco de se praticarem graves injustiças quando os Encarregados de Educação, por animosidade, por “ révanche” ou por crédito demasiado nos que lhes é referido com mentira pelos filhos.
A alteração do Estatuto da Carreira Docente, em que são modificados os critérios de avaliação para progressão na carreira, as obrigações dos docentes, etc, vai agora ser discutido com os sindicatos e estes não deixarão de rebater que incompetentes, mal preparados ou mal informados entrem no processo de avaliação dos professores.
Seria uma verdadeira Inquisição a perseguir o professorado, com julgamentos parciais e com poucas ou nenhumas possibilidades de defesa por parte dos “ acusados” !
De uma Ministra a quem nunca se viu um sorriso ou uma cara de boa disposição, que nunca, pelo menos em público, tratou os professores com a consideração que merecem, não poderia, na verdade, sair uma proposta diferente.

sexta-feira, maio 26, 2006

 

Nova política sobre as farmácias e os medicamentos

No debate mensal de hoje, o Primeiro-Ministro levou à Assembleia da República um tema que mereceu, como era de esperar grande discussão.
Anunciou um pacote de medidas que vão ser implementadas, respeitantes à política sobre os medicamentos e sobre as farmácias.
Assim, propriedade das farmácias passará a ser liberalizada, isto é, qualquer pessoa poderá montar, adquirir e explorar, como negócio, uma farmácia.
Quer dizer que deixa de existir a restrição legal, que durou muitos anos, de só os farmacêuticos poderem ser proprietários de farmácias.
Para além dessa medida vai ser possível a instalação e funcionamento de farmácias nos hospitais, que estarão abertas 24 horas por dia e durante os 365 dias do ano.
A gestão dessas farmácias, embora pertencentes aos hospitais será atribuída a privados por concessão, através de concursos públicos, nos quais se dará preferência às farmácias já existentes na zona.
Também a questão dos genéricos foi abordada informando o Governo que, no futuro, tais medicamentos só poderão ser substituídos quando na receita médica isso for autorizado, não tendo o farmacêutico a faculdade de fazer essa substituição.
Ainda nesse pacote de medidas é incluída a possibilidade de os preços dos medicamentos poderem ser diferentes de farmácia para farmácia, embora seja fixado um tecto máximo.
Este pacote de medidas, que, aliás, foi aceite pelo líder do PSD mereceu, algumas objecções por parte do PCP e do Bloco de Esquerda, que revelaram o seu receio de que quer a liberalização das farmácias quer a gestão das que funcionarão nos hospitais possam vir a cair nas mãos das multinacionais!
Pelo que respondeu o Primeiro-Ministro pareceu-nos que tal hipóteses está devidamente acautelada.
De registar: a anuência da Associação Nacional de Farmácia às medidas que serão implementadas, o que foi conseguido depois de muitas e complexas negociações entre aquela Associação e o Governo.
Daí o elogio que José Sócrates dirigiu àquela Associação.

quarta-feira, maio 24, 2006

 

No Ginásio Clube Figueirense, grande encontro de atletas, técnicos e dirigentes de todas as épocas

No dia 16 de Junho, o Ginásio realizará um grande encontro e convívio de atletas, técnicos e dirigentes de todas as modalidades e todas as épocas.
Nesse dia e no sábado dia 17 haverá a recepção e credenciação, no Pavilhão Galamba Marques e, na sexta-feira, dia 16, pelas 18 horas haverá missa na Igreja de St. António por alma de todos os ginasistas já falecidos.
O almoço-convívio será no sábado dia 17, naquele Pavilhão.
As inscrições deverão ser feitas até 31 do corrente mês de Maio pelo telefone 233418765.
É uma simpática iniciativa em que, decerto, a família ginasista se reunirá em grande número numa afirmação de fé clubista e para reviver um pouco da gloriosa história do clube.

 

A reabilitação de prédios

O Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território anunciou que o Governo irá tomar uma medida importante: as autarquias poderão financiar a reabilitação de prédios degradados sem que as verbas a despender contem para os limites do endividamento impostos pelo Governo.
Tal medida vai, assim, possibilitar “ a requalificação e reabilitação urbana”.
O que é preciso é que as autarquias saibam aproveitar bem os financiamentos destinados àqueles fins.
E a Figueira, infelizmente, tem muitos prédios degradados e em locais que deviam estar sem essas verdadeiras “ manchas”.

 

Portugal entrou mal no campeonato europeu do sub-21

Perdeu, e bem, com a equipa de França que se mostrou, ao longo do jogo, mais possante, melhor organizada e com maior velocidade.
A vitória francesa foi tangencial ( 1-0), mas chegou para averbar os pontos respectivos e, decerto, criar certo desânimo na nossa equipa.
Aguardemos, porém, os próximos jogos e façamos força para que os nossos jogadores tenham mais sorte.

 

Agravada a tensão em Timor

Os militares revoltosos, comandados por Alfredo Reinado, atacaram nesta madrugada o quartel-general das forças fiéis ao governo.
Houve troca de tiros, um morto e vários feridos.
O Presidente da República e o Governo de Timor pediram já auxílio internacional à Austrália, Malásia, Nova Zelândia e a Portugal, além das Nações Unidas.
José Sócrates depois de conferenciar com o Professor Cavaco Silva respondeu já afirmativamente àquele apelo, dispondo de um contingente da GNR para, com outras forças e de acordo com o Conselho de Segurança da ONU, ser assegurada a ordem naquele território timorense.
Dili e arredores têm sido os mais atingidos pelas perturbações e ataques provocados pelos revoltosos.
E o próprio comandante destes já se pronunciou no sentido de que só com a intervenção das forças militares internacionais poderá haver diálogo com o governo, afim de voltar a existir a paz e a tranquilidade no país.
Claro que o auxílio pedido deve ser o mais rápido possível, para que se evite um maior agravamento da situação.
Anunciou-se já que amanhã mesmo a Austrália enviará para Timor 1000 a 1300 militares.

terça-feira, maio 23, 2006

 

Programa radiofónico sobre o encerramento da maternidade

A Rádio Foz do Mondego deu, ontem, voz a quem tem opiniões diferentes sobre o já anunciado encerramento do bloco de partos do nosso hospital.
Não vamos aqui analisar o que ouvimos, porque, sabendo-se, como já se deve saber, o que pensamos sobre o assunto, poderíamos, mais uma vez, manifestarmo-nos com parcialidade a favor dos que discordam dessa resolução do Ministério da Saúde.
Apenas queremos salientar o seguinte:
- o Director Cínico do hospital e membro do Conselho de Administração, que conhece bem as condições existentes na maternidade em causa, foi, sem dúvida, corajoso em tomar posição pública contra a decisão governamental. Felicitamo-lo, embora não estranhemos essa sua coragem, bem própria dele;
- se, como foi dito naquele programa virá, em breve, à Figueira alguém que pode justificar o encerramento, aguardemos que esse alguém não deixe de visitar localmente a maternidade e diga, claramente, o que falta ali que não garanta a segurança das parturientes e dos nascituros.

 

O Cabo Mondego

No programa televisivo “ Portugal Directo”, de ontem fez-se uma reportagem sobre o Cabo Mondego em que intervieram a professora universitária Doutora Isabel Henriques e vários estudantes do ensino superior que, no próprio local falaram sobre a grande importância geológica daquela zona.
Mais uma vez, foi dito que, mundialmente, é o Cabo Mondego o local de maior interesse para o estudo do período jurássico.
Mas o que é pior é que esse valor não está a ser protegido, antes vandalizado, estando a ser destruído pelo Cimpor para a exploração de cal!
No entanto, desde 1994 que já se encontra no Instituto de Conservação da natureza um valioso dossier com muitos pareceres de entidades, inclusive estrangeiras, demonstrativos da necessidade daquela zona do Cabo Mondego ( que diga-se é onde existe o maior número de pegadas de dinossauros e de fósseis) vir a ser protegida e classificada como monumento natural.
Não se compreende que há mais de uma década não tenha ainda sido decidida tal classificação.
Não pode o Executivo Camarário deixar “ morrer” este assunto, não só porque ele se reveste de muita importância histórica mas ainda porque poderá vir a ser uma atracção turística.
Presentemente, já são muitos os estudiosos, nacionais e estrangeiros que se deslocam ao Cabo Mondego e ali fazem as suas observações, revelando sempre o seu grande interesse por tão valiosos património histórico.
Porquê, portanto, deixá-lo destruir?!

 

Um relatório impressionante

O relatório actual da amnistia internacional foi agora apresentado publicamente e, como sempre, é exaustivo e impressionante quanto à violência e crimes em vários países.
Relativamente a Portugal conclui-se que, no ano passado, morreram 33 mulheres, vítimas de maus-tratos domésticos!
E continua a dizer-se nesse relatório que é, infelizmente, muito significativo o número de menores que sofrem violências de toda a ordem por parte dos seus familiares.
O que é, na verdade, muito estranho e censurável é que a China, país onde mais se violam os direitos e liberdades individuais, tenha recentemente sido admitida como membro do Conselho dos Direitos e Liberdades da ONU!
Isso é, efectivamente, revoltante!

 

Parece ser um falso alarme

Na unidade fabril de Saint-Gobain, na Iria de St.Azóia, chegou a espalhar-se a notícia de que a empresa tinha o propósito de se deslocar para a Roménia.
Afinal, parece ter sido alarme falso, pois o representante em Portugal daquela firma já desmentiu o que não teria passado de boato.
Boato que chegou a preocupar, e com razão, os trabalhadores daquela fábrica.
Enquanto é só boato, tudo bem!

 

A violência em Dili

Infelizmente ainda não terminou a violência em Timor, mormente na capital.
Um grupo de rebeldes, comandados por um tal Alfredo Renado, que está alojado nas montanhas próximas de Dili continua a resistir às forças militares do Governo.
E, apesar de os responsáveis políticos apelarem à calma naquela capital, não há movimento, a não ser a deslocação dos próprios militares que, a mando do governo, tentam impor a ordem.
Estas perturbações que não se esperavam vão decerto determinar um certo atraso na vida normal de Timor, quanto essencialmente ao desenvolvimento e tranquilidade que são tão necessários.

 

Uma “descoberta” de Marques Mendes

O líder do PSD, embora reconhecendo que há necessidade de fazer “ emagrecer” o funcionalismo público avançou com a proposta de o Governo português negociar com a Comissão Europeia o pagamento das indemnizações pelas rescisões amigáveis dos contratos, que vierem a acontecer.
Foi uma “ descoberta” de Marques Mendes que ele atirou para o ar sem procurara saber se tal é viável.
Mas, é claro, como seria o Governo que teria de pôr o problema na Comissão Europeia era o Governo que ficaria com o ónus de não se conseguirem os necessários fundos comunitários!
E o certo é que alguém responsável da Comissão Europeia disse já não poder ser dada cobertura a uma pretensão dessa natureza.
E agora Dr. Marques Mendes?!
Que lhe sirva de lição para que, não estudando bem os assuntos não crie expectativas impossíveis de concretizar.

 

Montenegro, novo país da Europa

Por referendo os montenegrinos decidiram separar-se da Sérvia e constituir um país independente.
Embora com uma área pequena e tendo apenas pouco mais de 700 mil habitantes, o novo país tem possibilidades de uma sobrevivência próspera, pois confina com o Mar Adriático, o que poderá ser bem explorado através de várias actividades.
Os montenegrinos vencedores do referendo alcançaram, no entanto, uma pequena margem (55,4%).
Oxalá essa divisão entre o povo de Montenegro não traga, de futuro, perturbações sociais e políticas naquele pequeno país, até porque houve Partidos que se opuseram à separação da Sérvia.

segunda-feira, maio 22, 2006

 

Jorge Coelho e José Luís Judas ilibados

Por vezes, na Justiça também se pode aplicar o dito popular “ a montanha pariu um rato”!
É que vai sendo frequente fazer-se espalhar publicamente que houve um procedimento ilícito e criminoso de A ou B quando, afinal, pouco tempo depois quem de direito anuncia que não se colheram quaisquer provas que se mandaram arquivar os respectivos processos.
Foi o que agora sucedeu com o ex-Ministro Jorge Coelho e José Luís Judas ex-Presidente da Câmara de Cascais.
Tanto “ barulho” se fez à volta deste caso, tantas diligências a PJ realizou, aliás com conhecimento público, tanto alguns comentaristas políticos se aproveitaram do caso para vazarem a sua animosidade contra os visados e, agora, têm que aceitar que, na verdade, as investigações feitas quanto às polémicas permutas de terrenos realizadas entre o Município de Cascais e o construtor civil Américo Santo não conseguiram quaisquer provas quanto ao que se dizia ser crimes de corrupção, de administração Danosa e outros.
Jorge Coelho que nunca foi sequer constituído arguido, viu a sua casa ser devassada por uma busca da PJ, onde se procurava “ prendas” do referido construtor civil àquele político.
E, afinal, nada se provou.
Porém, houve, sem dúvida, um incómodo público por parte dos investigados, o que já não é caso único, pelo que deve haver muito cuidado em fazer chegar à praça pública questões que ainda estão a ser investigadas.

 

O projecto do campo de golfe de novo “ chumbado”?

Parece que sim.
O ministério do Ambiente e a Direcção Geral de Turismo deram já a conhecer aos promotores daquele empreendimento na Lagoa da Vela a sua intenção de ser dado um parecer negativo.
E isso fará com que o consórcio “ Quinta do Lago” e “ Grupo Amorim” possam a vir a desistir de tal empreendimento.
Será que este projecto é mais um que não avançará?
Tanto que tem “ falhado” nesta cidade...

 

A posse da Comissão Política Concelhia do PS local

Na Assembleia Figueirense e com uma sala repleta de assistência ( na qual esteve Vítor Pais, Presidente da Assembleia Municipal que não quis, e bem, deixar de aceder ao convite feito), decorreu no passado sábado o acto de posse da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista a que Preside António João Paredes.
Esteve presente o Dr. Vítor Baptista, Presidente da Federação Distrital daquele Partido.
O Deputado Socialista João Portugal foi o coordenador da sessão e o primeiro discurso foi proferido por Vítor Batista, do qual se destacou, além de várias considerações políticas uma sua referência elogiosa ao já falecido Engenheiro Aguiar de Carvalho que, segundo ele, realizou uma obra notável durante os seus mandatos como Presidente da Câmara da Figueira.
É sempre tempo de se prestar justiça a quem, nem sempre, mereceu o louvor mesmo dos seus correligionários.
António João Paredes fez uma crítica cerrada à gestão do actual Executivo Camarário, focando com conhecimento de causa e oportunidade vários problemas existentes na Figueira.
Foi guardado um minuto de silêncio em memória dos falecidos Engenheiro Aguiar de Carvalho e Drª Natércia Crisanto.

 

Zapatero e a ETA

O Primeiro-Ministro espanhol anunciou que, em Junho, iniciará as conversações com a ETA para se tentar levar a paz ao país basco.
Quer dizer que Zapatero não foge ao diálogo, mesmo quando se antevê difícil, quando está em causa uma melhor convivência e um ambiente de maior tranquilidade entre o povo espanhol.
Para que esse diálogo tenha êxito, há necessariamente que esquecer muita coisa do passado, como a violência e mesmo as mortes ocorridas.
E há que olhar para o futuro com optimismo e como um desejo intenso de fomentar uma comunidade espanhola coesa, unida.
A atitude que Zapatero de decidiu a tomar é corajosa, mas oportuna e dominada por um melhor propósito que acabar com a intranquilidade dentro do seu país.
Talvez que muitos conflitos noutras partes do mundo se tivessem acabado e resolvido se os responsáveis políticos se dispusessem ao diálogo!

 

O Congresso do PSD

Foi a consagração de Marques Mendes, recentemente eleito pelas bases!
Foi, portanto, um Congresso morno, sem chama, sem entusiasmo.
Por parte do líder, porém, houve algo que merece realce: o propósito de, através de várias medidas que propôs, se demarcar do PS, chegando-se à direita.
A ponto de um responsável do CDS que esteve no Congresso dizer que, afinal, as medidas políticas preconizadas por Marques Mendes eram as que aquele Partido há muito defendia.
Para o PS não foi mau esse “ afastamento” do PSD, pois para grande parte daquele partido a política dele não pode confundir-se com a direita.
Muito embora, claro, nas circunstâncias actuais e perante a crise que se instalou no país, tenha tomado, como já tomou, posições que além de impopulares se aproximam de posições da direita!
Porém, sempre o PS não tem deixado de considerar o social como mais importante, na política global que tem que fazer.

sábado, maio 20, 2006

 

A Conferência Rotária

Iniciou-se, ontem, nesta cidade, a 23ª Conferência Rotária do Distrito 1970, de que é actual Governador João Barbosa.
Nela participam mais de 300 membros de vários clubes e a organização pertenceu, desta vez, ao clube da Figueira da Foz, que se esforçou para que esse evento máximo do movimento rotário alcance o maior êxito.
Aliás, é timbre do Rotary Clube da Figueira saber organizar realizações como esta que está a decorrer, pois já organizou, com assinalável agrado dos participantes mais três Conferências, em 1956, 1982 e 1988.
Nesta Conferência, além de serem debatidos assuntos internos e de se procederem à análise e votação de vários documentos respeitantes à Fundação Rotária e à eleição para vários cargos, foi apresentado, hoje, o tema “ Água fonte de vida” pelo Engenheiro A. Tenuissen do Rotary Clube da Figueira e sobre o qual intervieram: a Drª Teresa Leitão do Lnec, o Engenheiro Pedro Cunha Serra, Presidente de Águas de Portugal, Dr. José Manuel Martins, Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro e ainda o Dr. João Pato do Instituto de Ciências Sociais.
A Conferência terminará amanhã com uma sessão de encerramento, pelas 12 horas no CAE com alocuções de vários responsáveis do movimento rotário do nosso país.

 

“Desta Varanda do Mar”

Este livro, da autoria do Dr. José Pires de Azevedo colige muitos factos e referências a pessoas que fazem parte da história do Rotary Clube da Figueira da Foz.
Com uma boa apresentação e com mais de 300 páginas Pires de Azevedo actualmente dos mais antigos membros daquele clube, revela, mais uma vez, o seu habitual cuidado na investigação e coordenação de elementos importantes quanto à vida do movimento rotário da nossa cidade, desde que aqui se fixou até aos nossos dias.
É uma obra de muito bom nível que dignifica o seu autor, registando os momentos mais altos do rotarismo na Figueira, as muitas e valiosas acções realizadas e os nomes daqueles que desde 1938 até agora tiveram a responsabilidade de dirigir o clube.

 

A Opel fica na Azambuja?

A General Motors está, na verdade, a analisar a situação de algumas das suas fábricas em vários países, ponderando sobre o seu encerramento ou não.
Mas, pelo que lemos hoje, essa análise será demorada, não se esperando que venha a ser tomada com brevidade uma decisão sobre a permanência da Opel na Azambuja.
Prevê-se que, antes de 2009, aquela fábrica não venha a sofrer qualquer alteração na sua laboração.
Seja, porém, como for, deve o Governo acompanhar de perto este assunto e fazer as diligências que entenda necessárias, antes de ser tomada uma decisão.
Aliás, os sindicatos já fizeram saber isso mesmo ao responsável governamental.

 

Quem é arrogante, intolerante e inculto?

O discurso daquele que parece gostar de ser o “ bobo” do PSD, Alberto João Jardim foi próprio dele, foi próprio de quem não se conhece e que não sabe respeitar a democracia, como tantas vezes já revelou.
Chegou, na sua intervenção, a chamar ao PS comuna-socialista, intolerante, arrogante e inculto!
Não há dúvida que o “ homenzinho” continua perturbado e o seu desejo de protagonismo é tal que chega a cair no ridículo.
Não será com Alberto João Jardim e outros como ele que o PSD, infelizmente, tem, não é com o radicalismo que sempre demonstram que o partido da oposição poderá cumprir bem a sua missão.
Alberto João Jardim ainda se atreveu no Congresso a decorrer neste fim-de-semana a avisar o Presidente da República que há já indícios sérios de que não existe um bom funcionamento das instituições democráticas.
Isto talvez com a ideia de justificar uma dissolução do Parlamento!...
E não deixará, decerto, de vir a criticar a atitude do seu companheiro de partido Luís Filipe Menezes de ter ido receber na Câmara de Gaia o Secretário-Geral do partido comunista dispensando-lhe um bom acolhimento próprio de um bom democrata.

 

Timor independente há quatro anos

Hoje, Timor celebrou o quarto aniversário da sua independência.
Independência que custou muitos sacrifícios e muitas mortes ao povo daquele país, primeiramente enquanto foi colónia portuguesa e depois no período da ocupação pela Indonésia.
Mas foram superadas todas as situações de violência e de humilhação e, em vinte de Maio de 2002, Timor pôde ver desfraldada a sua própria bandeira, sinal da sua independência.
E os seus heróis foram vitoriados. Xanana Gusmão, Bispo Ximenes Belo e Dr. Ramos Horta mereceram a confiança e gratidão que o povo de Timor lhes manifestou.
E com a ajuda de Portugal e das Nações Unidas, principalmente, acabou, com algumas grandes dificuldades, por se instaurar naquele país um regime democrático, em cujas primeiras eleições livres participou massivamente o povo.
Ultimamente, tem havido perturbações sociais graves, provocadas por um grupo que, a mandado de alguém, espalha o terror, fazendo com que grande parte da população de Dili tenha fugido para as montanhas.
Mas, segundo parece, o clima de violência já acabou e, em breve, os timorenses poderão continuar a trabalhar pela consolidação da sua democracia e pelo progresso do seu país.
Só que os responsáveis políticos terão de saber prevenir e contrariar a apetência que os países vizinhos, incluindo a Austrália, demonstram pelo petróleo timorense.
E terão esses responsáveis de saber, sim, aproveitar o melhor possível essa riqueza de que dispõem para promoverem o desenvolvimento do seu país.
Se assim acontecer e acontecerá, decerto, Timor poderá vir a celebrar festivamente como merece depois de tanta dor e sofrimento, muitos e muitos aniversários da sua independência.

sexta-feira, maio 19, 2006

 

A remodelação do Casino Oceano

Mantendo, e bem, a sua traça exterior, o edifício do emblemático Casino Oceano acabou de sofrer uma grande remodelação.
Sobre a história deste imóvel e a referência às muitas actividades ali realizadas ao longo dos anos, com uma memorável animação do bairro novo, escreveu no último número de o “ Figueirense” um bom artigo o seu actual Director, António Jorge Lé, cuja leitura recomendamos.
Chegando a estar em muito mau estado d conservação, a Sociedade Figueira Praia decidiu, há já um ano, proceder às necessárias obras de remodelação em que foram gastos 700 mil euros!
Mas qual o aproveitamento que se vai fazer daquele bonito espaço?!
Claro que, nesta altura, já está decerto pensado o que ali vai funcionar.
Nós só desejamos e esperamos que não venha a ser uma extensão do muito jogo que já existe no Casino Peninsular!
O remodelado Casino Oceano pode e deve sim, vir a ser um pólo de animação no “ morto” bairro novo!

 

Os 170 anos da ACIFF

A Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz comemora o seu 170º aniversário.
Esta já vetusta Instituição, que tem congregado muitos comerciantes e industriais e pela gerência da qual passaram figueirenses ilustres, tem sabido, com maior ou menor dificuldade, cumprir a sua missão.
Tem colaborado em muitas e valiosas iniciativas da nossa terra podendo dizer-se que, de certo modo, está, desde que existe, ligada à história da Figueira.
O aniversário deste ano, embora deva ser festejado, tem, contudo, algo que deve deixar entristecidos os actuais dirigentes da ACIFF.
É que, como já se sabe, por falta de apoios financeiros, inclusive da Câmara, não se realizará a tradicional Feira de Actividades Económicas do Concelho cuja iniciativa pertencia àquela Associação.
Durante já muitos anos, a Câmara contribuía para esse evento importante com apoio logístico e financeiro.
Enfim, algo mais que desaparece da nossa cidade!
Que esse lamentável facto não reduza o dinamismo e a boa vontade dos actuais responsáveis da ACIFF.
Felicitamo-la por este seu 170º aniversário.

 

As bandeiras azuis nas praias

Atendendo aos critérios com base nos quais se atribuem as bandeiras azuis, sinal de que as praias que as têm são de boa qualidade, a Figueira que este ano “ conquistou” cinco dessas bandeiras está de parabéns.
Os critérios são rigorosos e têm em conta a qualidade da água, a educação e gestão ambiental, os equipamentos destinados ao lixo, limpeza de sanitários, qualidade da areia, etc.
As cinco praias da Figueira com direito a bandeira azul são as do relógio, Quiaios, Cova-Gala, Costa de Lavos e Leirosa.
Sabendo, como sabemos, as dificuldades que por vezes se levantam para as respectivas candidaturas à bandeira azul obterem bom resultado, estamos como figueirenses, satisfeitos com o êxito deste ano, pois a bandeira azul é como que um atestado oficial das boas condições para as praias que as têm o que, evidentemente, interessa ao turismo local.

 

Um gesto a destacar

A Direcção do Ginásio Clube Figueirense resolveu, na sua última reunião, aprovar um voto de congratulação pela Naval ter conseguido permanecer na Super Liga.
É um gesto bonito, de aplaudir, sobretudo numa época em que a rivalidade muitas vezes faz esquecer a justa tomada de posições.
Aqui fica o destaque para um acto que só dignifica o Ginásio.

 

O Ginásio vencido com honra

No terceiro jogo da final do campeonato de basquetebol. O Ginásio voltou a perder com a Ovarense a qual se sagrou assim campeão.
A equipa figueirense, que tinha feito uma prova muito boa, afastando o Benfica e o Porto não conseguiu a vitória com a Ovarense.
Ontem, perdeu apenas por quatro pontos e foi um digno vencido.
O próprio treinador da Ovarense, Henrique Vieira reconheceu ter sido muito difícil vencer o Ginásio, prestando homenagem ao seu mérito.
Este ano os jogadores ginasistas podem sentir-se bem com a forma competente e entusiasta como se bateram sempre.
Embora sem a vitória final, merecem, na mesma, os parabéns.
São os vice-campeões, o que já é valoroso!

 

Menos desempregados

Em Abril, houve, felizmente, uma queda significativa na taxa do desemprego, o que se verificou em todas as regiões do país.
Segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional aquela quebra foi de 2%.
Isto quer dizer que, a manter-se a situação agora verificada, se poderá contar, com certo optimismo é certo, com uma baixa da taxa de desemprego, do que resultará benefícios para a economia do país.

 

Jorge Sampaio

O ex-Presidente da República foi nomeado por Kofi Annan, Secretário Geral da Onu, enviado especial do programa designado “ Acabar com a Tuberculose”.
É uma honra para Jorge Sampaio ser escolhido para uma missão de ordem social e muito importante, missão que, decerto, lhe agradará muito pela contribuição que poderá dar relativamente a um problema, que nos tempos de hoje, tanto tem preocupado muitos sectores da população mundial.
Jorge Sampaio e António Guterres são dois portugueses a quem a ONU reconhece bons méritos, para a colaboração em muito sensíveis sectores sociais.

 

De registar

A Ordem dos arquitectos apresentou ao Parlamento uma petição pública para aprovação de uma lei que revogue parcialmente o Decreto-lei 73/73, que permite que projectos possam ser assinados por não arquitectos.
Registe-se que é esta primeira iniciativa popular, com um documento com mais de 35 mil assinaturas, para que a Assembleia da República legisle sobre o que lhe é requerido através de uma petição pública.

 

Nova fábrica da Portucel

Mais uma boa notícia para a tão necessária recuperação económica.
A Portucel vai construir uma outra fábrica em Setúbal, o que criará mais postos de trabalho.
Será uma unidade fabril com as mais modernas condições e que valorizará muito a indústria no sector da pasta de papel.
Ainda bem que vão aparecendo novos investimentos, o que representa a confiança dos empresários no futuro da economia do nosso país.

 

E a Feira de Actividades não se faz!

A Associação Comercial e Industrial já anunciou que este ano não se realizará, nas festas do S. João, a Feira de Actividades do Concelho.
Razões: aquela Associação não pode sozinha suportar os encargos daquele certame e a Câmara não dá o apoio financeiro necessário!
E tudo, pouco a pouco vai desaparecendo na nossa cidade que está cada vez mais “ morta”!
A Feira de Actividades era um evento importante, para o comércio e indústria do nosso concelho, sendo muito visitada e ali se fazendo muitos negócios.
Enfim, muitas das realizações que há muito pertenciam ao historial da nossa terra vão ficando apenas na memória e saudade dos figueirenses.

 

Casa das Artes em Famalicão

Nesta novel cidade, existe a Casa das Artes onde tem sido desenvolvida uma meritória acção cultural.
Ali tem havido muitos bons espectáculos, sempre com muito público.
Tem sido política seguida em Famalicão proporcionar a cultura algumas vezes sem entradas pagas e outras a preços muito módicos.
É um exemplo que temos de registar, até porque o que se está a fazer no CAE é bem diferente, sendo quase sempre muitos altos os preços.
Embora se reconheça que, dada a categoria dos espectáculos que têm vindo à Figueira, não se poderá exigir a sua gratuitidade ainda porque esses espectáculos são trazidos por empresas que arrecadam naturalmente boas quantias.
Mas, a cultura deve ser efectivamente, acessível a toda a gente e não discriminatória quanto ao que custa!

 

A política local

Já se fala em nomes de futuros candidatos à Câmara e até, segundo se diz, já há sondagens.
Sobretudo, claro, em relação ao PS e ao PSD.
Não achamos mal que se vá pensando no problema pois o tempo passa depressa e quem se dispuser a ser candidato tem que diligenciar por uma cuidada preparação, colhendo elementos quanto ao que se poderá contar relativamente às finanças locais, e mostrando-se, desde já, às populações com as quais é preciso um contacto directo e assíduo, para se interessar pelas suas mais prementes preocupações.
Mas deve contar-se com uma difícil disponibilidade de concorrer à Câmara., tão má é a sua actual situação financeira, conforme é do conhecimento público.
E isso poderá naturalmente impedir alguém, que queira fazer uma boa gestão camarária, de se dispor a avançar.
Porém, os partidos principais não deixarão de ter o cuidado de, com tempo, arranjarem boas equipas que venham a trabalhar, com muita dedicação e amor, pelo progresso da nossa terra.

 

Comissão Política Concelhia do PS

Na Assembleia Figueirense, no próximo dia 20 às 17 horas, realiza-se o acto de posse da Comissão Política da Figueira da Foz e respectivas secções.

quarta-feira, maio 17, 2006

 

Dr. Carlos Estorninho

Só hoje, pela revista “ Portugal Rotário” tomei conhecimento da morte deste meu grande amigo Dr. Carlos Augusto Gonçalves Estorninho que tinha 93 anos.
Há já muito que sentia por ele uma grande simpatia e admiração, pois era um cidadão com um conjunto de excelentes qualidades humanas, como rectidão, honestidade, fidelidade aos princípios democratas e de justiça social.
Indefectível oposicionista ao regime ditatorial de Salazar e Caetano, foi sempre corajoso nas posições que tomou na sua actividade política.
Natural de Macau, mas casado com uma Senhora figueirense, granjeou nesta cidade, onde passava longos períodos, muitas e boas amizades.
Foi um Rotário notável, chegando a exercer as funções de Governador do Distrito 176, revelando sempre grande dedicação ao Movimento que serviu durante muitos anos e em que se distinguiu como homem de superior craveira intelectual e pela sua acção solidária.
A Figueira sua cidade por adopção perdeu um grande amigo e os muitos figueirenses que tiveram o privilégio de contactarem com ele perderam também alguém que com toda a justiça muito estimavam e admiravam.
A sua viúva Dona Alice e a seu filho Dr. José Carlos Correia Estorninho apresentamos, embora tardiamente sentidas condolências.

 

A Protecção do Cabo Mondego

Na última sessão camarária o Presidente Duarte Silva informou que o Instituto de Conservação da Natureza vai mandar para a Secretaria de Estado do ambiente a proposta da classificação do Jurássico do Cabo Mondego como monumento natural nacional.
Até que enfim se resolverá um assunto que dura há anos, sem a solução devida.
Há razão, pois, para o Executivo Camarário estar satisfeito dado que depois de tal classificação não poderá a Cimpor continuar a destruir as falésias Jurássicas da Serra da Boa Viagem.
Sabe-se que a Câmara já encetou negociações com a fábrica de cal da Cimpor, a fim de ser desactivada.
Essas negociações irão continuar e, com a classificação requerida, haverá mais espaço de manobra no sentido de se obter o desejado.

 

Belo espectáculo na inauguração do “ novo” Campo Pequeno

Filipe La Féria foi quem montou o fabuloso espectáculo com que ontem se inaugurou a remodelação do Campo Pequeno.
Como sempre, aquele extraordinário artista, que o é, foi muito feliz no que apresentou aos mais de 7 mil espectadores que encheram a Praça daquele edifício, agora com destino a várias manifestações culturais pois já não serve apenas para a tauromaquia.
Ficou demonstrado que ali se pode fazer um conjunto variado de espectáculos, além de, por debaixo do redondel da Praça, haver um centro comercial, com 40 lojas, dois cinemas e vinte restaurantes.
É realmente uma obra que valoriza muito a capital e onde se pode fazer ópera, canto, dança, teatro, festivais folclóricos, festivais equestres, touradas, etc.
A inauguração do “ novo” Campo Pequeno ficou marcada com um belo espectáculo, memorável para sempre nos muitos milhares de portugueses que o viram directamente ou através da televisão.
Filipe La Féria ao ser justamente chamado ao redondel foi muito aplaudido de pé e era um homem feliz.
Este verdadeiro artista, se estivesse noutro país do mundo, seria, decerto, consagrado como um grande valor do espectáculo.
Claro que, como ele disse ao ser entrevistado, por detrás de Filipe La Féria está um enorme grupo de actores, cantores, dançarinos, etc, de muito mérito, que contribuíram sem o mais pequeno deslize para um grande e valioso espectáculo.

 

A fábrica da Azambuja vai fechar?

A General Motors está a proceder à análise da situação de várias unidades fabris entre as quais a da Opel na Azambuja, a fim de concluir pelo encerramento ou não.
Mais um problema para preocupar os trabalhadores, que poderão estar em risco de ficarem desempregados.
Antes, porém, da decisão da General Motors deve o Governo junto daquela empresa proceder às diligências precisas para tentar a manutenção daquela fábrica.
É que, depois de tomada a decisão será mais difícil, senão impossível uma mudança de posição.

terça-feira, maio 16, 2006

 

O último prós e contras

Este programa da RTP1 foi dedicado ao encerramento de algumas maternidades.
Presentes: o Ministro da Saúde, um obstreta pertencente à Ordem dos Médicos, o Deputado do PSD Dr. Luís Negrão e a Drª Blandina, médica obstreta da maternidade de Barcelos.
Na assistência estiveram muitos médicos, entre eles, claro, os responsáveis pelo Relatório apresentado ao Ministro, Enfermeiros, os Presidentes das Câmaras de Barcelos, de Lamego e Elvas, e muitas pessoas destes concelhos.
Não houve novidades por parte do Ministro nem do principal responsável daquele relatório; mas houve, sim, forte contestação dos argumentos que têm servido para justificar a decisão quanto ao encerramento de algumas maternidades.
Impressionou-me o depoimento isento e até corajoso de uma enfermeira do hospital de Braga que, revelando estar em princípio a favor de se promover uma melhor segurança para as parturientes e os nascituros, colocou a dúvida se, na verdade, fazendo transportar algumas vezes à pressa, as grávidas para outros hospitais, não poderá isso criar nelas uma natural ansiedade e até certas preocupações psicológicas, com consequências nos partos.
Por outro lado, houve quem defendesse e bem que se deveria ter averiguado no local se os blocos de parto em causa tinham ou não condições de segurança, o que não foi feito.
Nem sequer houve qualquer diálogo com os médicos responsáveis pelas maternidades. A decisão surgiu abruptamente, sem também serem ouvidos os autarcas locais.
A questão dos transportes foi também abordada, sendo dito que as ambulâncias nem o seu pessoal estão preparados para em caso necessário, se proceder a um parto com condições de segurança.
Estranhámos que ninguém tivesse colocado um problema que consideramos importante: é que como aqui já dissemos, as grávidas que são acompanhadas durante o período de gravidez por este ou aquele médico estabelecem com ele uma relação de confiança e, na hora do parto, será outro médico, que nunca conheceram sequer a prestar-lhes assistência numa maternidade, depois de, numa ambulância terem de ser percorridos alguns quilómetros por estradas nem sempre boas!
Contribuirá isso para a segurança de que tanto se fala?!
Segundo o Ministro continua a afirmar não foi um critério economicista nem um critério meramente quantitativo (os tais 1500 partos/ano) que o levaram a decidir como decidiu.
Então, se foi só o zelo pela segurança, por que não se manda averiguar por peritos competentes e isentos, caso a caso, as condições existentes nas maternidades em causa?!

 

A violência em S. Paulo

Está apurado que foi um grupo de delinquentes, designado por Primeiro Comando da Capital ( PCC ) que desencadeou o surto da violência que, há já dias provocou quase meia centena de mortos e dezenas de feridos, além de incêndios em muitas prisões do Estado de S. Paulo e em pelo menos noventa autocarros.
A polícia e os militares só agora, segundo parece, conseguiram pôr cobro aos muitos distúrbios e actos revoltosos, que se alargaram a outras cidades.
A população de S. Paulo tem estado a viver sob um ambiente de pânico e a cidade tem estado praticamente paralisada.
Até quando isto poderá durar, perguntam os paulistas, que não esquecem, decerto, o período longo que durou a “revolta” dos estudantes, a que se associaram os sindicatos e trabalhadores em Paris!
O Presidente Lula tem razão quando diz que será a melhoria do sistema educativo do Brasil que poderá acabar com o aparecimento dos “ bandidos” ( sic).
Mas será, decerto, não só a educação mas ainda as melhores condições sociais e económicas do povo brasileiro que poderão levar a uma digna qualidade de vida, que ainda grande parte daquele povo não tem!
É, na verdade, a pobreza, as diferenças sociais, a carência de um mínimo para sobreviver, que conduzem, mais dia menos dia a uma “ explosão” de indignação e à revolta contra um poder que não sabe ou não quer governar com base na solidariedade e na criação das condições precisas para aumentar o nível cultural, social e económico do povo.
Até quando, perguntam os paulistas e nós também, durará a violência no Brasil, país que tem tudo para que nele não haja guerra.

 

Dia Internacional dos Museus

No próximo dia 18, pelas 21 horas, no Museu Municipal Dr. Santos Rocha, comemora-se o Dia Internacional dos Museus.
Este evento merece que os figueirenses lhe dêem o devido valor.

 

A OCDE dá boa notícia

Esta Organização Internacional anunciou, recentemente, que a economia portuguesa está mesmo a recuperar.
Claro que essa recuperação tem sido lenta, mas vai-se afirmando ainda que com valores mais baixos do que seria de desejar.
Só esperamos que esta notícia venha a confirmar-se no futuro e com maior relevo.

 

Brucelose em Leiria

Alguns trabalhadores do Matadouro de Leiria apareceram com os sintomas da brucelose, o que levou a entidade sanitária a promover o exame médico de todos os outros funcionários, a fim de se averiguarem as suas condições de saúde.
Sabendo-se que aquela doença se adquire através do contacto com animais infectados, será que naquele matadouro houve abate de animais doentes?
Como antes do abate, há sempre uma fiscalização veterinária, como se compreende o que se passou no referido matadouro?
E teriam entrado no circuito comercial animais doentes, abatidos em tal matadouro?
É estranho e mesmo preocupante, não é?!

segunda-feira, maio 15, 2006

 

Correcção

Por lapso ao escrevermos sobre o assassinato da menor Mónica ocorrido há dias, dissemos que já tinha sido noticiado que era um tio dela o suspeito.
Porém, foi, agora, dado conhecimento público que o suspeito era um outro homem, o qual já confessou os factos e está em prisão preventiva.

 

“ Os Príncipes do Nada !”

Neste programa televisivo, Catarina Furtado tem-nos mostrado o trabalho e a dedicação de muitos voluntários, que deixam as suas casas, as suas famílias, as suas comodidades e vão para terras africanas e asiáticas ajudar, sobretudo, crianças a terem, além de afecto uma melhor qualidade de vida.
São crianças cujos pais morreram ou as abandonaram, valendo-lhes agora apenas a acção muito meritória desses voluntários, raparigas e rapazes ainda muito jovens.
No último programa, foi-nos ainda mostrado que uma senhora de S. Tomé e Príncipe, mãe biológica de três crianças, recolheu mais trinta, sendo auxiliada por voluntários portugueses.
Também nesse programa Catarina Furtado entrevistou uma jovem portuguesa, licenciada em psicologia, que prestava serviços, como voluntária na Indonésia!
Nem tudo é mau neste mundo-cão!
Ainda há, felizmente, quem saiba e se preocupe em praticar a verdadeira solidariedade.

 

Mais investimentos para Portugal

Hoje, o Primeiro-Ministro anunciou que a empresa Eurozinc irá investir 76 milhões de euros, na reactivação das minas de Aljustrel, encerradas há já 14 anos.
Prevê-se que seja possível a criação de 400 postos de trabalho.
Esta iniciativa terá boas consequências para o Alentejo e para a economia do país, pois serão aumentadas as exportações dos minérios extraídos das referidas minas, principalmente o zinco, o cobre e o chumbo.
Haverá, pelo que se anuncia, mais um pacote de investimentos cujo conhecimento será divulgado em breve.
Ainda bem.

 

O Ginásio voltou a perder

No segundo jogo disputado no campo da Ovarense, o Ginásio voltou a perder embora apenas por seis pontos.
A equipa figueirense que esteve, durante algum tempo, a desfrutar de uma considerável vantagem mas, pouco a pouco, a Ovarense foi-se recompondo, vindo a alcançar a vitória.
O terceiro jogo realiza-se na Figueira e se o Ginásio conseguir repetir o que fez com o Benfica e o Porto pode suceder que ainda venha a ganhar esse jogo e os mais dois precisos para ser campeão.
Mas, seja como for, a equipa ginasista já revelou ter merecimento para estar nesta final.
Que os figueirenses ginasistas ou não apoiem a equipa no jogo que vai realizar-se na Figueira.

 

O FCP fez a dobradinha!

Ganhou o campeonato nacional da I Liga e ganhou a Taça de Portugal, vencendo, ontem, no Estádio Nacional o Vitória de Setúbal por 1-0.
O FCP revelou-se, na verdade, como a melhor equipa deste ano e mereceu as duas vitórias.
Na final da Taça mesmo não jogando bem fez o bastante para alcançar a vitória à tangente sobre um Setúbal que demonstrou receios e cautelas a mais.
O Estádio esteve repleto de público, a maioria do Porto.
E logo no final do jogo se fez justa festa, que se prolongou na cidade nortenha após a chegada ali da equipa portista.

 

Cada macaco no seu galho!

É uma expressão popular com que se pretende dizer que cada um deve ocupar o lugar para que está habilitado.
Mas é este um conselho que, infelizmente, não está a ser seguido entre nós...
Quantos por razões políticas, por influências ou amizades, são nomeados para exercerem funções fora do âmbito dos seus conhecimentos ou mesmo da sua experiência de vida.
Então, no que se refere a assessores, a conselheiros, secretários, etc, é uma “ chusma” os que se vão “ passeando” pelos ministérios, pelas Câmaras, empresas públicas, vários serviços do Estado, etc.
Há mesmo aqueles que se vêem nos locais onde deviam estar mas só aparecem ali para receberem o cheque no fim do mês, o qual é, quase sempre, de montante volumoso.
Se se fizerem as contas ao que ganha toda essa gente, seriam, decerto, muitos milhares de euros que se poupariam todos os meses e que poderiam ser aplicados no que fosse mais proveitoso!
Se é certo que estamos convencidos de que, com os critérios deste Governo, se reduziram muito esses lugares, há que reconhecer que ainda não foi o bastante.
Sendo propósito mexer nos quadros da função pública o que levará, decerto, ao afastamento do activo de muitos funcionários, seria bom também que se “ desse uma volta” pelos ministérios e outros serviços do estado acabando, com determinação, com muitos inúteis que por ali andam!
É que, na verdade, muitos deles não sabem sequer qual o é o “ galho” em que hão-de poisar!...

domingo, maio 14, 2006

 

Dois centenários a não esquecer

Se fosse vivo, no passado dia dois, D.António Ferreira Gomes que foi Bispo do Porto comemoraria o centenário do seu nascimento.
Foi figura marcante na Igreja e na política portuguesa, aquele distinto Prelado, possuidor de uma fulgurante inteligência, vasta cultura, e revelou sempre a maior abertura à melhor prática religiosa e aos problemas da justiça social.
Com posições corajosas em oposição à ditadura de Salazar, viu-se perseguido e forçado a abandonar a sua diocese e mesmo o país.
Célebre a carta que escreveu a Salazar, em que lhe expôs, com a maior frontalidade, os principais erros, injustiças e os muitos males do regime totalitário, que subjugava os portugueses.
D. António ferreira Gomes foi um padre conciliar antes do Consílio do Vaticano II, em que veio a participar e onde gozou de muita admiração pela sua determinação e também bom senso como fez a suas intervenções, todas elas no sentido de uma Igreja aberta ao mundo, com maior aproximação aos mais necessitados e espoliados.
D. António Ferreira Gomes fez escola em grande parte do clero português, dando um grande impulso para uma Igreja moderna, mais humilde, compreensiva e mais de acordo com os seus princípios iniciais.
Só no tempo de Marcelo Caetano e mercê de um abaixo-assinado com milhares de assinaturas, D. António regressou ao Porto onde continuou a fazer uma notável acção apostólica, nunca deixando de defender os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.
Aquele Bispo ficará para sempre na história da Igreja portuguesa e mesmo na História Contemporânea de Portugal como figura de muito relevo.


Amanhã, completaria cem anos o General Humberto Delgado que ficou conhecido como o General sem medo, tão valente foi na luta contra o regime de Salazar.
A campanha eleitoral que fez contra o candidato do Estado Novo Almirante Américo Tomás foi feita com muita coragem e, se não fossem as “ falcatruas” que a União Nacional, partido único que apoiava o candidato do regime, o general teria ganho as eleições.
Mas, na verdade, tudo valeu (votos em papel diferente, votos de mortos, “chapeladas de votos”, etc) para, embora ilegalmente, dar Humberto Delgado como vencido.
Ficou célebre a resposta dada por ele a um jornalista quando este lhe perguntou o que faria a Salazar caso ganhasse as eleições: “ obviamente demito-o”.
O General Humberto Delgado que começou por servir o regime de Salazar veio, porém, a convencer-se que efectivamente esse regime se baseava numa propaganda mentirosa e falsa, verificando, sim, que o povo não tinha a mínima liberdade e era vítima de frequentes injustiças e perseguições, e violências da maior gravidade.
E o certo é que, aderindo à Oposição Democrática, Humberto Delgado foi-lhe fiel até ao seu assassinato pela polícia política em Badajoz.
O general sem medo provocou com a sua atitude enérgica e determinada um primeiro “ abanão” que fazer o regime ditatorial.
Foi uma figura que entrou, por mérito próprio, na História do país e que deve ser lembrado sempre com muito respeito e admiração pelos portugueses amantes da democracia.

 

Novo futuro para as empresas municipais?

Esteve nesta cidade, no Seminário Nacional da Associação de Empresas Municipais, o Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, o qual afirmou que a nova lei sobre as empresas municipais lhes dará “ maior autonomia, uma estratégia de descentralização, mas também uma maior responsabilização, profissionalização, transparência e rigor a nível local”.
Mas também afirmou ser necessário responsabilizar as autarquias pelos resultados daquelas empresas municipais.
Aliás, claro, de serem as próprias autarquias que devem proceder aos estudos de viabilização das empresas e só avançar com a sua constituição quando tal se justifique.
É que, até agora, as empresas municipais têm proliferado pelo país, tem servido apenas para fins relacionados com uma maior mobilidade de dinheiros das autarquias.
Ora, as empresas municipais, pelo que é a ideia actual do Governo, passarão a ser mais controladas pelas autarquias, às quais passará a pedir-se responsabilização.
De acordo.

sábado, maio 13, 2006

 

Menina violada e assassinada

Mais um caso muito impressionante em que foi vítima uma menina de 12 anos.
O Tribunal de Menores do Barreiro tinha retirado a Mónica à tutela dos pais, entregando-a a uma casa de acolhimento.
Mas, permitiu que os pais vissem a menor nos fins-de-semana.
Porém, a instituição onde a criança estava autorizou que ela passasse a noite de quinta para sexta-feira em casa da mãe, a fim de neste último dia ir a uma consulta médica.
O pai esperou-a muito tempo á porta do médico e a filha não apareceu.
Foi um tio quem telefonou para a polícia avisando que tinha encontrado a Mónica esfaqueada e morta!
E também violada.
Para além do horror que estes factos têm que causar, o que mais importa, agora, é lamentar que, tendo o Tribunal chegado á conclusão que a Mónica não devia continuar entregue aos pais, por razões fortes, decerto, que foram averiguadas, e tendo-a entregue aos cuidados de uma casa de acolhimento, como se compreende que esta permitisse a saída da menor sem autorização do Tribunal?!
O que se passou é muito grave e vem, mais uma vez, demonstrar que algo corre mal em relação à protecção devida a menores que nos seus ambientes familiares estão em risco ou são maltratadas!
Será que este triste caso vai merecer o apuramento das responsabilidades, não só quanto ao autor do crime ( que segundo se noticiou será o próprio tio da menor) mas ainda quanto à instituição que permitiu a saída da menor, não cumprindo, decerto, o que foi determinado pelo Tribunal?
É a morte violenta de uma inocente e indefesa criança que está em causa e quanto à qual é preciso fazer justiça!

 

Maldito vício

Há anos que o conhecia.
Homem bom, simpático, dinâmico e interessado pelas Causas da solidariedade.
O seu emprego dava-lhe para viver bem, com certo desafogo, era até solteirão.
Tinha, porém, o vício do jogo. Tudo lhe servia para apostar, para arriscar.
E, apesar de muitas vezes avisado por amigos e familiares de que ninguém enriqueceu com os ganhos do jogo ele foi teimando, endividou-se e, agora, já com sessenta e tal anos via-se aflito para viver e muitas vezes, recorreu a amigos para fazer face aos seus mais prementes encargos.
Não tinha nada de seu, apenas uma pequena pensão de reforma.
Ele, que enquanto pôde ajudou os outros, via-se agora forçado a pedir emprestado aos mais chegados, os quais sabiam de antemão, que o que lhe entregavam era dado.
Mas, o que mais custava é saber que o que lhe davam, embora pouco, o ainda o jogava nas máquinas!
Maldito vício que tanta degradação tem trazido a famílias inteiras!
Maldito vício que só tem trazido avultados lucros a quem explora as casas de jogo!
E ainda há quem autorize que se multipliquem esses antros do vício!
E é nas crises que o jogo mais atrai na mira de se ganhar o que não pode ganhar-se com o trabalho!
Aquele que eu há muito conhecia, acabou há dias com a sua vida!

 

A Escola Nacional de Saúde Pública e o encerramento das Maternidades

Esta Escola emitiu já a opinião de que há maternidades que mereciam muito mais serem encerradas do que as que já foram seleccionadas!
As que foram escolhidas “ têm até um baixo ou mesmo nulo índice de mortalidade quer quanto às mulheres grávidas quer quanto aos filhos.
Então, pode e deve perguntar-se: afinal que critérios foram seguidos para se decidir o encerramento das maternidades em causa, inclusivamente a da Figueira?
Mesmo o bastonário da Ordem dos Médicos disse na TV que, em princípio, concorda com a necessidade, por carência de várias condições de segurança de se proceder à concentração de algumas maternidades. Só que também disse que há que averiguar caso a caso o que cada maternidade pode oferecer quanto a segurança.
Isto é, há que apreciar o que há quanto a médicos, a enfermeiros, a anestesistas, a equipamentos, a cuidados post-parto, de neo-natologia, de pediatria.
E não deve atender-se apenas ao critério do número de partos/ ano, com o que aliás, o próprio Ministro concorda, que também tem negado ser um critério economicista que o determinou na sua decisão.
Então o que teria levado a comissão nacional a propor ao Ministro o encerramento da maternidade da Figueira?
Se ela tem as condições de segurança precisas, se tem prestado os melhores serviços a parturientes e filhos, se tem tido um muito baixo índice de mortalidade para quê obrigar as grávidas a irem ter os partos a Coimbra ou a Leiria, quando durante o período da gravidez são assistidas no hospital da Figueira mantendo com o pessoal médico e de enfermagem uma boa relação de confiança?!
A mudança brusca, na hora do parto, poderá até ser psicologicamente inconveniente!

 

Cultura

Tem sido muito meritória a acção cultural desenvolvida principalmente através do Museu Dr. Santos Rocha.
As exposições ali realizadas têm versado sobre vários temas e são sempre muito bem apresentadas.
Maio é o mês dos Museus e, para mais, o aniversário da fundação do nosso Museu foi em 6 desse mês de 1894.
Duas razões fortes para justificar mais uma exposição exemplar, desta vez dedicada, e muito bem, à mostra de como s organiza, no interior, o Museu as suas actividades, as suas áreas, as tarefas ali desempenhadas por técnicos, conservadores, investigadores, os quais têm revelado, ao longo dos anos, competência, dedicação e muito profissionalismo.
Quer dizer que, para além do que normalmente está à vista (e é muito tão valiosas são as suas colecções) , esta posição, designada “ Para lá da vitrine” revela muitas das acções precisas mas ocultas, para pôr de pé um qualquer certame.
Uma outra exposição que está presente no Museu, organizada pela Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas composta por um conjunto de belas fotografias, aquelas que foram seleccionadas entre 253 num concurso realizado sobre o mar e a vida que nele existe.
Estas duas exposições têm entrada gratuita e merecem, na verdade, a atenção de um público interessado na cultura.
Daqui saudamos com amizade e admiração os responsáveis do Museu Dr. Santos Rocha, todo o pessoal e técnicos que ali trabalham e também a Vereadora Drª Teresa Machado que tem acompanhado com muito interesse e incentivando a acção cultural daquele Museu.

 

O Verão

Não tarda já muito que a Figueira tenha de acolher os que aqui vêm passar a época de Verão.
E a recepção, dadas as qualidades humanas dos figueirenses é normalmente boa; há, no entanto, que oferecer-lhes uma cidade limpa, com ruas e jardins arranjados, com prédios bem conservados, com restaurantes que saibam valorizar a gastronomia regional e possam disponibilizar um bom acolhimento, com praias com segurança, com um bom e reforçado policiamento, enfim, uma cidade em que se tenha gosto em estar e desperte o interesse em regressar.
Além, é claro, de se apresentar um cuidado programa de diversões mas em que não se abuse, como infelizmente é habitual, dos foguetes, dos barulhos pois quem aqui passa férias precisa também de sossego e calma.
Noutros tempos as Câmaras diligenciavam logo a partir de Abril/Maio de encarregar grupos de funcionários que percorriam a cidade e indicavam superiormente o que consideravam estar mal, a precisar de arranjo ou qualquer alindamento.
E isso dava resultado, pois, por vezes, eram pequenas coisas que, no entanto, requeriam intervenção.
O que não havia então, é certo, eram tantos prédios degradados até em locais nobres da cidade e artérias com maus pisos.
Seja como for, o actual Executivo Camarário não deixará, decerto, de fazer o justificado esforço no sentido de a cidade surgir aos olhos de quem a visita como uma terra que tem as melhores condições para se estar a passar férias.

 

O apoio judiciário

É um preceito constitucional ( artº 20) que a justiça não pode ser denegada por insuficiência d e meios económicos, consagrando-se em tal preceito que o0 acesso ao direito e aos tribunais, deve ser a todos garantido, para que seja possível a qualquer cidadão a defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos.
E esse princípio é fundamental para que se posa falar de igualdade na defesa de direitos, não devendo fazer-se discriminação entre ricos e carenciados para aqueles efeitos.
Porém, para o apoio judiciário que é preciso obter para se ser dispensado das custas judiciais para a nomeação de advogado oficioso, foram, pela lei nº 34/2004, feitas maiores exigências, sobretudo em relação à situação económica do requerente.
Este só em situações de verdadeira precariedade consegue que lhe seja cedido o apoio.
Enquanto ao abrigo da anterior Lei nº 30-E/2000, para a concessão se tomava em consideração o rendimento individual de quem pedia o apoio, contentando-se para se concluir pela insuficiência económica os rendimentos mensais iguais ou inferiores a uma vez e meia o salário mínimo nacional.
Agora, com a referida lei em vigor, a insuficiência económica é apreciada não tendo já em consideração o rendimento individual mas o do agregado familiar, que tem que ser: menor ou igual a um quinto do salário mínimo nacional; ser superior a um quinto e igual ou menor a metade do salário mínimo nacional; ser superior a metade e igual ou menor do que duas vezes o salário mínimo nacional, conforme se queira o apoio total, parcelar ou do pagamento diferido das custas.
Quer dizer que actualmente está muito dificultada a obtenção do apoio judicial nas suas várias modalidades.
E o certo é que a crise económica tem-se agravado e, seguindo-se os critérios para apreciação de insuficiência económica para efeito de apoio judiciário aos requerentes tem sido muitas vezes indeferidos os seus pedidos!
Ora, importa que a lei do apoio judiciário seja revista profundamente, sob pena de se avolumarem as discriminações entre os que tem posses para litigar e os que não as têm nem conseguem o apoio judiciário.
E o preceito constitucional do artigo 20º deixará de ter aplicação prática, quando devia, sim, ser respeitado.

quinta-feira, maio 11, 2006

 

“ Desta varanda do mar: notas breves sobre pessoas e coisas da Figueira e do Mundo”

No próximo dia 15, pelas 18h30m na Casa do Paço, realizar-se-á a sessão de lançamento do livro cujo título é o indicado acima.
É o Rotary Clube da Figueira da Foz o responsável por esse lançamento, sendo o livro apresentado pelo Dr. Joaquim Barros de Sousa.

 

Os empatas

Em toda a parte há quem não faça nem deixe fazer!
Há quem esteja sempre pronto a criticar mas não em apresentar obra sua.
Na vida política, então, isso é corrente, infelizmente.
Mesmo que, na verdade, não tem importância de maior serve de motivo para se dizer mal, para fazer comentários por vezes deselegantes, para se apontarem erros que, ao fim e ao cabo, não terão grande relevância.
Mas, por exemplo, escrever sobre isto ou aquilo não é com eles, porque, efectivamente, é mais fácil criticar, lançar “ umas bocas”...
Sabem que um escrito seu pode sofrer comentários, o que fere sempre o seu orgulho, pois sentem-se senhores de toda a verdade, não aceitando opiniões diversas.
Não têm poder de adaptação, são inflexíveis e agarrados apenas às suas ideias que consideram intocáveis e irrebatíveis!
É a tal humildade que em muitos vai faltando.
E é o hábito que em muitos vai havendo de fazer o menos possível, fugindo, inclusivamente, ao confronto, ao debate escrito, pois é mais cómodo não produzir nada e criticar o que outros produzem, expondo-se aos comentários públicos.
Como tudo seria melhor, se mesmo criticando, se apresentassem outras possíveis soluções para discussão!

 

A ambição

Muitas vezes tanto se quer que se perde tudo!
A ambição de bens materiais leva certas pessoas a arriscar, mesmo não conhecendo bem aquilo em que arriscam.
As promessas de lucro rápido e fácil são suficientes para aliciar quem quer ganhar sem trabalho!
E, por vezes, a coisa sai furada, ou seja, um negócio que parecia bom – tanta era a sua propaganda – acaba mal e o que nele se investiu fica sem retorno!
Nos tempos actuais quase todos os dias se dá notícia de “ contos do vigário”, de pessoas vigarizadas ou prejudicadas por empresas (da maior respeitabilidade segundo publicitam!) que prometem “ mundos e fundos” e, de repente, fecham as portas...
E lá se vão as poupanças duma vida!
Se não houvesse tanta ambição, tanta ganância que outros sabem tão bem explorar, não haveria casos como esse a que, hoje a imprensa se refere e em que estão envolvidas duas empresas a “ Afinsa” e o “Forum Filatético”, encerradas já em Espanha.
Neste caso de negócio de selos estão em risco de serem muito prejudicados milhares de portugueses, além de espanhóis também.
Quem diria que os selos serviam para tais negócios?!
O que é de lamentar é que estejam portugueses envolvidos como administradores de tais empresas!

 

E os nossos deputados não tomam posição quanto ao encerramento da maternidade?!

Ainda nenhum dos deputados, que são figueirenses, falou na Assembleia da República sobre a decisão governamental de encerrar a maternidade do nosso hospital!
Não sabemos, claro, qual é a sua posição quanto a este já muito polémico assunto, porque, até agora, só Miguel Almeida, que eu saiba, se integrou na manifestação de protesto, realizada no domingo passado, revelando com a sua presença a sua posição.
Julgo, porém, que, seja qual for a cor política de um deputado, há um interesse para a figueira a defender.
Até porque, como já se referiu várias vezes neste espaço, nenhum dos argumentos do Ministro da Saúde é de molde a convencer da justeza da sua decisão, pelo menos em relação à maternidade da Figueira.
Não deve importar se Correia de Campos é deste ou daquele partido, se está a servir um governo do PS, o que deve importar é a defesa do que mais convém à Figueira e à sua população.
Embora tendo com Correia de Campos um bom relacionamento pessoal e até admiração pelas suas qualidades intelectuais e profissionais, não hesitei em logo me pronunciar publicamente contra a sua resolução de encerrar a maternidade da Figueira ( e só dessa falo), porque só essa conheço.
Uma coisa é, na verdade, a amizade e até a solidariedade ou disciplina partidária e outra é não se submeter a certas decisões que contrariam o nosso pensamento, a nossa maneira de ser e de sentir!
Portanto, se o nosso concelho tem figueirenses como deputados, ainda que alguns não eleitos pelo círculo de Coimbra, não lhes ficará mal, antes pelo contrário levarem à Assembleia a sua voz em defesa do interesse da Figueira.

quarta-feira, maio 10, 2006

 

Timor pede auxílio a Portugal

O governo timorense já solicitou a Portugal o envio rápido de militares da GNR para ajudar a repor a ordem naquele país.
E isso, naturalmente, porque a polícia e os militares de Timor, não serão suficientes, decerto, para controlar a situação que existe no território e que se pode ainda agravar.
Portugal não deixará de aceder ao pedido mas, dadas as dificuldades financeiras, pretende que a GNR venha a ser integrada numa força internacional.
Embora desmentindo a possibilidade de vir a eclodir uma guerra civil e acusando a comunicação social de dramatizar a situação, o certo é que o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor fez já, como aliás já prevíramos, aquele apelo para se evitar uma maior dimensão do que ali se está a passar e que preocupa sobretudo a população, receosa de que se volte a um passado de violência e de grandes perturbações sociais.

terça-feira, maio 09, 2006

 

O Ginásio na final da Liga Profissional de Basquetebol

Hoje, no quinto jogo realizado em Lisboa, integrado no play off, o Ginásio venceu o Benfica.
Venceu e convenceu, demonstrando ter uma boa equipa.
E foi, diga-se com justiça, muito bem orientado.
O jogo foi de nervos, mas os jogadores revelaram calma e sabedoria.
Agora será a final da Liga em que o Ginásio terá que defrontar a forte equipa da Ovarense.
Parabéns Ginásio.
Força e sorte para a final.

 

O Deputado Pereira da Costa no Diário de Coimbra

Aquele deputado do PSD fez publicar hoje, no Diário de Coimbra, um artigo de opinião sobre o problema da urbanização da Ponte do Galante.
E, depois de criticar, e bem, a aprovação pelo Governo do Plano de pormenor daquela zona nobre da nossa cidade, propõe que se faça um referendo em que os figueirenses sejam chamados a manifestar o seu parecer sobre o assunto.
A “ monstruosidade” urbanística que se pretende para aquele lugar merece, na verdade, que a população figueirense se manifeste, já que as respectivas entidades responsáveis quiseram deixar “ passar” tamanho erro, dando cobertura ao que ficará marcado com cor muito preta na urbanização da Figueira.
Será que há coragem de se avançar com um referendo?
Duvido porque os interesses em causa são volumosos, mas quem sabe?!

 

O encerramento das maternidades nos Tribunais

A Câmara de Barcelos interpôs no Tribunal Administrativo de Braga uma providência cautelar com o objectivo de ser suspenso o encerramento da maternidade do hospital daquela cidade.
Tribunal idêntico de Castelo Branco aceitou já uma providência daquela natureza com o mesmo objectivo, proposta pela Câmara de Elvas.
E a Câmara de Santo Tirso agiu da mesma maneira junto do Tribunal Administrativo do Porto.
Quer dizer que, como era de esperar, este já muito polémico assunto chegou aos Tribunais!
Só que o Ministro da Saúde ao abrigo do disposto no artigo 128º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos, emitiu uma resolução fundamentada em que procura “ travar” as providências cautelares já requeridas dizendo que da suspensão do encerramento das maternidades poderia decorrer grave risco para a saúde das mães e recém-nascido, pois as maternidades em causa não têm condições de segurança.
O que irá dar tudo isto?
Para já, um deputado de Barcelos, Fernando Santos Pereira, rebateu com veemência a posição do Ministro, dizendo que não é este mas sim um juiz quem tem de decidir quanto ao invocado interesse público em que Correia de Campos baseia essa sua resolução.
Ontem, ouvimos o Ministro dizer que houve 400 mortes de parturientes e nascituros, podendo, com o encerramento das maternidades em causa reduzir-se essas mortes a 200!
Mas, não disse em quais maternidades ocorreram tais mortes e, quanto a nós, o mal é generalizar o que não se deve!
Há, sim, se é que é só a segurança que interessa, que averiguar, caso a caso, as condições de cada um dos blocos de partos.
Que, segundo se diz, não foi feito!

 

O Dia da Europa

Em 27 capitais europeias, comemorou-se hoje o Dia da Europa.
Bem preciso é que se aproveite a ocasião para uma reflexão profunda quanto à Europa que se deseja.
Uma Europa não só de comunhão de interesses económicos mas uma Europa efectivamente solidária em que o social predomine.
Uma Europa que se importe e diligencie eficazmente para que não haja exclusão social, para que se adoptem políticas capazes de enfrentar e resolver o grave problema do emprego, para que, com vontade colectiva, não se deixem acentuar as desigualdades sociais, para que haja uma intensa dedicação pela formação profissional e se viva com melhor qualidade, etc.
Uma Europa, enfim, que não se submeta a critérios meramente economicistas, mas que acima destes se equacionem e se encontrem os meios necessários para resolver os problemas sociais!
Sem essa preocupação a Europa surgirá como que “ uma sociedade capitalista”, à qual interessa apenas a sobrevivência material.
Neste Dia da Europa muito se falará sobre ela e sobre os objectivos da Comunidade Europeia, impondo-se que se faça um balanço isento das suas actividades, arrancando-se, com entusiasmo, para novas políticas que tragam mais prosperidade e justiça social.

 

A situação em Timor

O Primeiro-ministro timorense acabou de dizer que os ex-militares que se manifestaram fazendo algumas reivindicações foram aproveitadas por grupos políticos e querem combater a democracia.
Já tínhamos adivinhado isso mesmo!
É que, em relação aos ex-militares foi logo anunciado que iria ser resolvido pelo Governo o que eles reclamavam.
Mas o certo é que os distúrbios continuaram, provocando o medo na população de Dili
Que em grande parte se refugiou nas montanhas.
A situação resolver-se-á?!
Bom seria que Xanana Gusmão interviesse com o seu prestígio, para que o funcionamento da democracia se fizesse com normalidade, sem sobressaltos e perturbações sociais que só acabarão por a fragilizar.

 

A Refinaria de Sines...foi-se!

Afinal, o anúncio tão “ badalado” da instalação e funcionamento de uma Refinaria em Sines não vai concretizar-se.
Veio, agora, a saber-se que a poluição, com o CO2 que resultaria dela seria muito prejudicial ao meio ambiente e até a futuras indústrias que na zona quisessem laborar.
Anunciou-se sem ter em conta todos os efeitos que adviriam da Refinaria e isso é inaceitável dando uma má ideia de quem superintendeu no referido projecto!
O Ministro Manuel Pinho está a ser criticado e, desta vez, com razão.
Ele próprio, aliás, já teve a humildade de reconhecer - valha-nos isso – que houve erro na avaliação do projecto a que estava ligado o milionário Patrick Monteiro Barros.
Dizemos nós: foi o intenso desejo de anunciar vários investimentos importantes, entre os quais o da Refinaria, que levou à precipitação do Governo!
É pena. Bom será que na próxima vez, haja mais cuidado.

segunda-feira, maio 08, 2006

 

Estudantes mal comportados

A garraiada da Queima das Fitas trouxe à Figueira muitos estudantes, que, desde manhã cedo já andavam nas ruas da nossa cidade.
Sobretudo, à hora do almoço os cafés e os restaurantes encheram, fazendo bom negócio.
Mas houve casos em que grupos de estudantes se conduziram mal, não só usando linguagem obscena, mas provocando danos e levando abusivamente objectos que não lhes pertencia.
A cerveja foi muito vendida e até no café restaurante Cais, recentemente remodelado com muito gosto, os proprietários recusaram vender mais cerveja, pois já era notório o mau estado alcoólico de alguns estudantes que ali estavam.
Isso deu origem a reclamações e ralhos dos estudantes, a ponto de os donos do Cais terem de chamar a PSP.
Felizmente nem todos os jovens estudantes se comportam mal!

 

Marcelo Rebelo de Sousa e o encerramento das Maternidades

No seu último programa televisivo, o Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa pronunciou-se sobre o já muito polémico assunto do encerramento de algumas maternidades.
Aquele Professor e comentador disse que já no tempo de Leonor Beleza, como Ministra da Saúde. Se realizou uma grande concentração de unidades de saúde e de serviços hospitalares.
Mas, se em princípio está de acordo quanto a essa concentração, mormente quando está em causa uma melhor qualidade da prestação de cuidados médicos, o certo é que, do Despacho do Ministro da saúde e do relatório da Comissão Nacional que propôs o encerramento de algumas maternidades não se descortina que não seja outra a razão para tal encerramento senão um critério quantitativo quanto ao número de partos realizados.
E foi proposto tal encerramento relativo às maternidades em que se faziam menos de 1500 partos / ano.
Ora, quando o Ministro da saúde diz que não é um critério economicista nem quantitativo em relação ao número de partos, mas, sim, o desejo de maior segurança quanto às vidas das parturientes e dos nascituros, então afirma Rebelo de Sousa, havia que no Relatório da tal Comissão Nacional a que ele teve acesso se indicar o défice de segurança relativamente a cada uma das maternidades. E isso não consta do Relatório.
Pela sua especificidade e até melindre esta questão merece muita ponderação e que, na verdade, para convencer d justeza da decisão, se apontasse que na maternidade A não há isto ou aquilo, na maternidade B falta este ou aquele equipamento, a C carece de pessoal, etc.
Quer dizer, portanto, que Rebelo de Sousa como aliás nós, entende ter havido precipitação e também ausência de valorização precisa que justifique o encerramento.
Ainda ontem ouvimos o Ministro dizer que o que mais lhe interessa é a segurança nas maternidades, podendo poupar-se vidas quer nas parturientes quer nos filhos.
Pois bem: na maternidade da Figueira não há falta de pessoal médico especialista, não há falta de enfermeiros especializados, não há carência de equipamentos adequados, não há falta de anestesistas, não há um deficiente serviço de pediatria e neo-natal, antes pelo contrário!
O que não existe então na maternidade do nosso hospital que determine o seu encerramento por causa da segurança?!
O índice de mortalidade tem sido ínfimo, abaixo mesmo do dos hospitais centrais!
Estamos em crer que a referida Comissão Nacional que apresentou um Relatório ao Ministro não veio sequer averiguar as condições existentes na maternidade da Figueira.
Ter-se-á limitado a atender ao número de partos que são 700 (e já foram 1200) e não 1500.
Mas isso não bastou ao Ministro para decidir como decidiu, como aliás ele próprio já disse.
Como o Professor Marcelo Rebelo de Sousa dizemos também: se o Relatório é incompleto, induzindo o Ministro em erro, há que revê-lo e alterar a decisão.

 

Vítor Baptista à frente da Federação do PS

Vítor baptista e Luís marinho foram os concorrentes à presidência da Federação de Coimbra do partido Socialista.
Foi aquele quem ganhou, com uma votação de sessenta e tal por cento, permanecendo, assim, no lugar que já ocupava.
Luís Marinho, ex-deputado europeu, com uma votação de cerca de 40%, disse-se satisfeito, pois concorrer ao lugar em causa dispondo do aparelho do partido é uma coisa e outra é não dispor dele.
Os militantes do PS, do distrito de Coimbra vão agora aguardar a forma como Vítor Baptista exercerá as suas funções, dado que há, na verdade, que diligenciar por uma maior mobilização, cativando os socialistas para acções válidas, variadas, concretas e de interesse efectivo para a comunidade.
Além, claro, de ser necessário uma maior aproximação dos militantes e promover realizações de pedagogia política que nunca serão demais.

 

O Ginásio recuperou

Depois de ter perdido dois jogos no “ play off” com o Benfica, o clube figueirense recuperou, ganhando o último jogo por 77 – 73 e obrigando assim à disputa de um quinto confronto.
O basquetebol ginasista impôs-se, mostrando a sua actual e incontestável valia.
Vamos então aguardar o quinto jogo e oxalá os ginasistas dêem aos seus adeptos a grande alegria de poderem festejar mais um triunfo.

 

Parabéns Naval

A equipa figueirense, embora jogando no campo do Penafiel, venceu e permaneceu na I Liga!
Os navalistas e os figueirenses devem sentir justificada alegria pela posição alcançada pela Naval.
Foi mais um grande feito na história centenária da Associação Naval 1º de Maio.
Houve, decerto, muito sacrifício, esforço e vontade por parte dos dirigentes, técnicos e jogadores navalistas.
Mas valeu a pena!
E quando vale a pena tudo de difícil esquece, para se sentir apenas o bom sabor do êxito.
Bem merecida foi a recepção, com fogo de artifício, dos jogadores à chegada à Figueira.

domingo, maio 07, 2006

 

A Marcha Branca

Circunstância estranha à minha vontade impediu-me de participar, como era meu propósito, na Marcha de protesto contra a decisão governamental de encerrar, no final deste ano, a maternidade do nosso hospital.
Embora não aguentasse já fazer todo o percurso da marcha sempre faria uma parte.
Logo tive, porém, quem me informasse que essa manifestação foi um êxito, reunindo entre 2.500 e 3.000 pessoas.
E agradou-me saber que o Presidente da Câmara e o Deputado do PSD Miguel Almeida estiveram presentes, além de muitas outras pessoas de vários quadrantes políticos.
Quer dizer que a organização da marcha está de parabéns pela mobilização que conseguiu, estando nós convencidos de que não foi muito difícil, dado que a grande maioria dos figueirenses está contra o que se pretende fazer quanto à maternidade.
Há já muito que, como figueirense, sempre interessado em lutar pelo que mais importa à nossa comunidade, escrevo neste blog, rebatendo com frontalidade os argumentos usados para explicar a decisão do Governo.
Tenho cumprido, pois, o meu dever de cidadão que nasceu nesta terra e que deseja que muitos, muitos outros tenham a oportunidade de aqui nascerem!
E, para isso, reafirma-se que a maternidade do nosso hospital oferece, na verdade, as condições necessárias para prestar da melhor maneira os seus serviços.
A Figueira não deve ficar-se pela marcha que hoje se realizou.
As chamadas forças vivas da cidade devem fazer diligências directas junto do Ministro da Saúde, no sentido de o fazer ponderar sobre o erro em que, pelos vistos, deseja permanecer!

 

O medo

Em algumas empresas e até em organismos do Estado, vai havendo já medo de falar ou de tomar certas posições em relação a situações que merecem críticas.
É que, efectivamente, nesses e noutros locais de trabalho violam-se, por vezes, os direitos dos trabalhadores, mas estes, receando perseguições ou outras atitudes dos “ chefes”, calam o seu desespero natural, a injustiça de que são vítimas.
Ora, em democracia, não deve haver por parte de quem manda condutas prepotentes ou desrespeitadoras dos direitos dos subordinados e, quando tal suceder, não devem estes ter medo de criticar e reclamar, para que seja reposta a legalidade.
O medo é próprio dos regimes autoritários não dos regimes democráticos em que cada um tem o direito de defender as suas justas e legais prerrogativas, sem que tenha de sofrer quaisquer consequências.
E nestes regimes, o medo é cobardia.

 

Uma linda prenda

Para comemorar os 32 anos da Assembleia Constituinte, o actual Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama, teve a ideia de mandar fazer e oferecer a todos os constituintes uma linda peça da Vista Alegra na qual estão inscritas todas as assinaturas dos que colaboraram na Constituição de 1976.Foi realmente uma excelente ideia, com que se quis homenagear os deputados constituintes, o que, decerto, muito lhes agradou.

 

Ribeiro e Castro de novo líder do CDS/PP

O Congresso deste partido terminou com a vitória de Ribeiro e Castro como era de esperar.
Mas, o representante da juventude popular, João Almeida teve uma boa prestação, conseguindo a moção que defendeu 40% dos votantes.
Ribeiro e Castro obteve 57%, o que quer dizer que se verificou neste Congresso uma fracção importante no seio do partido, que poderá vir a ter consequências futuras.
É que João Almeida teve com ele alguns notáveis do CDS/PP.
Apesar da maioria conseguida pelo líder, este terá de contar com certa oposição interna.
Será Ribeiro e Castro líder a curto prazo?!

sábado, maio 06, 2006

 

Saber amar

Uma mãe de nove filhos, num programa televisivo: “ não basta dizer-se que se ama um filho, é preciso saber amá-lo”.
E saber amá-lo é aceitar com paciência as suas “ perrices” enquanto bebé, acompanhá-lo com dedicação nas suas doenças, é saber dar-lhe carinho nas noites em que não dorme, é, mais tarde, orientá-lo o melhor possível nos seus estudos, é proporcionar-lhe um ambiente caseiro, calmo de diálogo e de amor.
Saber amar um filho é perdoar-lhe, mesmo que custe, fazê-lo distinguir o bem do mal, é respeitá-lo sempre como um ser humano, é dar-lhe exemplos de modéstia e de humildade.
Nesse programa em que falou essa mãe foi imensamente gratificante ouvir também três das suas filhas, já adolescentes referirem-se-lhe: “ ela é e sempre foi extraordinária, na entrega, no amor que nos dispensou, nos exemplos que nos tem dado”.
Na verdade, é fácil dizer que se ama um filho, comprar até mais do que necessita, exibi-lo como o mais bonito, fazer-lhe, a toda a hora, “ tegatés “, para, infelizmente reagir mal logo que qualquer coisa não agrade.
Mas, saber amar um filho é efectivamente muito mais do que isso, é abdicar, quando preciso, de si próprio, de alguns dos seus prazeres e hábitos, é fazer sacrifícios, para se dar por inteiro ao que é carne da nossa carne, sangue do nosso sangue.
O testemunho daquela mãe tão modesta na aparência, mas tão rica nos seus sentimentos maternais foi, sem dúvida, algo que marcou decerto, quem o ouviu.

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