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domingo, junho 27, 2010

 

Para ler e meditar

“Os actuais líderes da Europa não estão à altura da situação existente, neles há demasiada mediocridade e falta de coragem, preocupando-se apenas na defesa do euro e não de tudo o resto como essencialmente as pessoas”
(Mário Soares, em entrevista radiofónica à TSF)

 

Manuela Moura Guedes vs José Sócrates

Aquela jornalista moveu ao Primeiro-Ministro um processo pelo crime de difamação com base em afirmações que ele teria feito numa entrevista televisiva, com as quais a referida jornalista se sentiu ofendida na sua honra e dignidade.
Agora o juiz de instrução criminal de Lisboa solicitou à Assembleia da República que retirasse a imunidade a Sócrates para que fosse ouvido naquele Tribunal.
Mas a Comissão de Ética, à qual compete a decisão em casos dessa natureza, entendeu não dever pronunciar-se porque Sócrates não é deputado e mesmo que fosse aquela comissão apenas poderia tomar posição se já houvesse acusação formulada ou julgamento marcado.
Quer dizer que se o juiz de instrução criminal entender que deve inquirir o Primeiro-Ministro terá que o notificar, não precisando de recorrer ao Parlamento, como fez.
Qual será o desfecho deste processo?!
A lei protege os que ocupam cargos políticos que nestes processos-crime poderão só ser ouvidos depois de terminado o seu mandato.
E só se nesses processos ao crime denunciado corresponder pena de prisão superior a 3 anos.
Estamos, pois, em crer que Manuela Moura Guedes não conseguirá o julgamento do Primeiro-Ministro.

sexta-feira, junho 25, 2010

 

Cada vez mais sozinho?!

O Primeiro-Ministro disse aos jornalistas, à saída da sala do Parlamento onde decorreu mais um debate quinzenal, que se sentia cada vez mais sozinho na sua tentativa de levar os portugueses a terem confiança no futuro e a acreditarem que o governo está no caminho certo no combate à crise.
Foi mau esse desabafo de Sócrates, pois, na verdade, sozinho não pode convencer a que se tenha optimismo quanto à resolução da muito grave situação em que está o país.
E não é, na realidade, com demasiado optimismo que se conseguirá essa resolução.
Quem, no dia-a-dia, tem que enfrentar muitas dificuldades, quem conhece o país real e os seus muitos problemas já lhe custa a aceitar palavras e mais palavras de apelo à confiança do futuro, exigindo, sim, actos que, efectivamente, contribuam para uma melhoria do nível de vida.
Durante muito tempo, preferiu-se, como aliás noutros países aconteceu, adoptar políticas erradas, baseadas no neoliberalismo, sempre de consequências nefastas.
Claro que ao Primeiro-Ministro compete não desistir de afirmar a sua confiança na solução da crise e quanto a essa postura é mau sentir-se sozinho, como disse.
Mas não pode deixar-se de admitir que poucos aceitem já o que vão ouvindo dizer aos responsáveis políticos!
Sobretudo, quando se verifica que, no ano passado, surgiram mais 600 novos milionários no nosso país, enquanto os desempregados quase atingem já 600 mil, o que quer dizer que se acentuaram mais as desigualdades sociais.
Ora, mais do que palavras de confiança e de optimismo, que há muito se ouvem, é preciso que se faça uma reflexão profunda sobre as causas da crise, que já vêm de trás (algumas resultantes do atraso de reformas estruturais), e, com determinação, se adoptem políticas novas, criativas, inovadoras, arrojadas, em vários sectores, tendo sempre como finalidade o bem comum, as pessoas e não apenas os números, quantas vezes adulterados.

quarta-feira, junho 23, 2010

 

Se o PSD for governo…

O Secretário-Geral do PSD, Miguel Relvas, em declaração pública, definiu já a política do Partido se vier a ser governo: conta com o CDS/PP e Paulo Portas!
Quer dizer que dessa “aliança” resultará naturalmente uma política de direita, pondo de parte o PSD a sua própria ideologia de autêntica social-democracia, que se situa na área do centro-esquerda.
Mas, há já muito que o PSD tem vindo a abandonar as matrizes essenciais que basearam os princípios doutrinários e programáticos que já teve no seu início.
E agora ficámos, então, a saber o que nos espera se o PSD vier a ser governo, mesmo com maioria absoluta, como disse Miguel Relvas.
Será que ainda há naquele Partido verdadeiros sociais-democratas?!

terça-feira, junho 22, 2010

 

Mário Soares distinguido na Figueira

No passado dia 19, no Salão Nobre da Câmara, realizou-se a cerimónia para entrega da Chave de Honra da cidade ao Dr. Mário Soares.
A sessão decorreu com a devida dignidade, tendo o Presidente do Município João Ataíde proferido um discurso muito bem elaborado justificando as razões dessa distinção conferida ao ex - Presidente da República.
Referiu-se à sua notável acção cívica e política, ao seu prestígio internacional e também ao seu valioso contributo para a realização de obras importantes para o nosso concelho, como a da regularização do Baixo Mondego e a Ponte Edgar Cardoso.
Mário Soares agradeceu a distinção, lembrando alguns factos da sua juventude ocorridos na Figueira, à qual sempre se sentiu ligado com muita dedicação.
Quem teve a seu cargo o protocolo da sessão leu o valioso curriculum vitae de Mário Soares, e conduziu correctamente os trabalhos da sessão.
A Câmara cumpriu um dever de gratidão para com tão notável personalidade, a quem se deve em grande parte a Liberdade e a Democracia no nosso país.

quinta-feira, junho 10, 2010

 

Para ler e meditar

“ Ser democrata é hoje, talvez, a atitude mais inconformada que há. O conformismo é que está hoje – se não foi sempre – anti-democrata por natureza”
( Rui Tavares in Público de 31 de Maio)

 

Sim…mas!

Na última reunião do eurogrupo, embora apreciando e té elogiando nas medidas de austeridade já fixadas pelo governo português, reconheceu-se que há que introduzir novas reformas estruturais que contribuam para a redução do défice público. Quer dizer que, decerto, em 2011 os portugueses terão de apertar ainda mais o cinto, exigindo-se-lhes mais sacrifícios. Mas se tal se vier a verificar o que mais se pode fazer-se para cumprir aquela recomendação?
Para já, essas reformas estruturais deverão recair no sistema da segurança social e nas leis laborais, no sentido de maior flexibilidade. Afinal, a previsão oficial de que não haveria até 2013 alterações às medidas já tomadas não se confirmaram.
Diga-se que o Ministro da Economia parece divergir do Ministro das Finanças, pois aquele diz que Portugal já fez o que devia ser feito, enquanto Teixeira dos Santos admite que tenha que haver, depois de 2011, mais medidas de austeridade.
Quem manda, pode.

 

O “ salto” do 8º para o 10º ano

O governo prepara-se para aprovar um diploma que permite que alunos com mais de 15 anos “ saltem” do 8º para o 10º ano sem frequentarem o 9º, fazendo apenas os respectivos exames. E isto será mais um passo para vir a formar-se, no nosso país, uma geração de ignorantes! E isto porque parece que o que mais interessa é a redução de custos e o facilitismo para efeitos das estatísticas internacionais…
Enfim, os disparates somam e seguem.
Que sociedade viremos a ter?

 

O primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo

Foi há dias que, em Lisboa, duas mulheres celebraram ao abrigo da nova lei o seu casamento civil. Ficarão na história como protagonistas da mudança de ancestrais costumes e da ruptura com certos princípios jurídicos e valores éticos. Eis os nomes dessas mulheres que há já anos vinham lutando pela alteração da lei permitindo o casamento entre homossexuais: Teresa Pires e Helena Paixão. Entrou-se numa nova época a respeito da instituição do casamento e oxalá não venha a verificar-se consequências nefastas além, claro, do ser naturalmente possível uma significativa redução demográfica.

 

A fome em crianças

Foi agora noticiado que, no mundo, que em cada segundo morrem seis crianças de fome! E, em Portugal, são já quase cem mil as crianças que têm uma mínima alimentação ou não a têm mesmo. Porém, felizmente, que se vão multiplicando as instituições ou movimentos de solidariedade social que estão atentas a essa situação, procurando com várias iniciativas angariar os meios necessários para, pelo menos, a suavizar. É o caso, por exemplo, do Banco Alimentar que há dias promoveu a realização de uma marcha contra a fome, em que participaram uns milhares de pessoas contribuindo, cada uma com cinco euros. Além da recolha de donativos em géneros com periodicidade, equipas de voluntários fazem os supermercados e outros espaços. Ainda bem que assim sucede, pois embora não resolva a situação sempre ameniza os seus efeitos.

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