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segunda-feira, junho 30, 2008

 

O trigo e o joio

Na vida, seja qual for a actividade que se exerça, há que saber distinguir o trigo do joio!
Por vezes, porém, tal não se consegue e as ervas daninhas acabam por prejudicar a boa sementeira.
Na política, vai acontecendo o mesmo, esquecendo-se os melhores valores para haver uma certa acomodação apenas ao interesses de momento.
Compreende-se que nem sempre se deve estagnar obedecendo a princípios que têm que se adaptar ao que, de novo, vai surgindo e que não se compadece com práticas políticas demasiadamente rígidas.
Mas isso é uma coisa, outra bem diferente é apagar pura e simplesmente as matrizes essenciais que caracterizam grupos políticos ou programas de acção.
É difícil, nos tempos de hoje, conciliar o que deve ser básico e o que não o é; difícil é, na verdade, distinguir o trigo do joio.
Mas é preciso, muito preciso mesmo que as adaptações que se fazem quanto a certas situações não destruam as raízes do que nos levou, um dia, a abraçar esta ou aquela ideologia ou a tomar conscienciosamente esta ou aquela posição.
E para isso há que apelar ao bom senso e à fidelidade a princípios e valores, que devem ser as traves mestras do edifício político e social que se quer construir.

 

Surpresa!...

O PS na Assembleia Municipal realizada hoje propôs um voto de congratulação pelas importantes obras que o actual governo está a levar a efeito na região da Figueira da Foz.
E com surpresa os deputados social-democratas dividiram-se, vindo tal proposta a ser aprovada!
E esta?!
Foi descuido ou o PSD quis ser, desta vez, sincero?!
Há já quem diga que os deputados do PSD que tomaram a posição que permitiu a aprovação da proposta vão ser chamados à pedra.

 

Acesso ao portal da Unidade de Saúde Familiar de São Julião

Tivemos agora conhecimento de ser possível colher muitas informações através deste portal e sem sair de casa.
É realmente de muitas vantagens o que lá encontramos e sem dispêndio de tempo.
Consultas já feitas, diagnósticos anteriores, medicamentação aconselhada, marcação de novas consultas, etc, tudo isso está disponível em www.usfsaojuliao.com
Regozijamo-nos com esse utilíssimo serviço prestado aos utentes e felicitar aqueles que o estruturaram, mormente, o médico José Luis Biscaia, meu muito estimado primo.

 

Afinal, o que vem a público, tem influência

O governo está agora (só agora) preocupado com as listas de espera para as cirurgias oftalmológicas.
Em Beja, o Primeiro-Ministro lançou o programa de intervenção em oftalmologia, com o qual se pretende reduzir muito aquelas listas, evitando-se que os doentes tenham de ir ao estrangeiro, principalmente a Cuba, para serem operados.
Foi quando os jornais começaram a chamar a atenção para a situação de cirurgias daquela natureza que se tratou a sério dessa situação.
No entanto, quanto dinheiro não ficou lá fora com operações às cataratas e outros tratamentos.
Ainda há quem duvide do poder da comunicação social e foi esta, na verdade, quem levantou o problema e agora se está a pretender resolver.
Mais vale tarde do que nunca!

 

Os sindicatos dos polícias

Como é possível que um Bastonário da Ordem dos Advogados tivesse dito que o Sindicato dos Polícias exerce uma influência perniciosa.
Falando de insegurança, aquele advogado chegou a esse ponto!...
Como se a falta de agentes fosse culpa do Sindicato!
Será que o responsável máximo daquela Ordem não simpatiza com os sindicatos?
O que move o Dr. Marinho Pinto para atacar o Sindicato dos Polícias e não antes os políticos aos quais se deve exigir que dêem às forças policiais os meios precisos para melhor cumprirem as suas funções.
Se há, presentemente, muitos casos de violência e de insegurança não é, evidentemente, só às polícias que se deve responsabilizar.
Por exemplo, nos tribunais não há câmaras de vídeo-vigilância e nem há permanência frequente de agentes policiais.
E não é ao respectivo Ministério da Tutela que se devem essas faltas?
Por fim, não foram explicadas as razões (que nos parecem não haver) porque se disse que o Sindicato dos Polícias está a exercer influências perniciosas.
Francamente, há que haver bom senso e não precipitação no que se diz.

 

As eleições no Zimbabué

A vontade do ditador Mugabe cumpriu-se.
Realizou-se a segunda volta das eleições presidenciais em que apenas aquele foi candidato.
Apesar das vozes internacionais que se ergueram contra a falta de liberdade e o ambiente de intimidação existente naquele país, Mugabe teimou e aí está ele para mais um mandato como presidente.
Pouco se importa de ter participado numa tremenda farsa eleitoral em que colaboraram as milícias ao seu serviço, as quais no próprio dia da eleição andaram de porta em porta a pressionar à votação, ameaçando de graves consequências quem não fosse às urnas!
O Secretário –Geral da ONU já condenou esse acto eleitoral, considerando-o como ilegítimo.
Mas o certo é que Mugabe, já empossado à pressa como presidente, está a participar na Cimeira da União Africana e, até agora, apesar de forte censura o Zimbabué continua até como membro daquela organização e também das Nações Unidas!
Durante quanto tempo a situação se manterá?
Quem quer pactuar com o feroz ditador que já disse que “ só Deus o pode afastar do poder”?

 

A Espanha campeã europeia de futebol

Com todo o mérito, a selecção espanhola, ganhando ontem o jogo com a Alemanha, venceu o Euro 2008.
Passou o campeonato sem sofrer qualquer derrota.
O futebol espanhol saiu muito prestigiado e tal ficou a dever-se, sem dúvida, ao brio e talento dos jogadores mas também ao seleccionador Luis Aragonés que sempre soube conceber, jogo a jogo as tácticas mais eficazes.
E sempre se conduziu com simplicidade, humildade mesmo, não precisando de exibicionismos nem de espectáculo ou “ show-off”.
A equipa alemã, de notável preparação física e com um futebol rectilíneo, prático e frio não conseguiu superar um futebol espanhol, bonito, inteligente, sempre com jogadas muito bem estruturadas.
Parabéns aos seleccionados espanhóis e ao seu muito competente treinador.
Viva a Espanha!

 

Para ler e meditar

“ Um populista e rei do politicamente incorrecto na cadeira de bastonário de advogados é a última coisa de que precisava um país em que os juízes são agredidos e em que 90% dos tribunais não tem policiamento permanente”.
(Editorial do Diário de Notícias de sábado)

sábado, junho 28, 2008

 

As empresas de cobrança de créditos

Continua a ter-se conhecimento e a divulgar publicamente a forma incorrecta, mesmo ilegal, como estão a agir as empresas que se destinam a cobrar créditos. Vale tudo para pressionar os devedores a fazerem os pagamentos: ameaças directas ou pelo telefone, insultos e a seus familiares, o recurso constante à intimidação de levar ao conhecimento público as dívidas, algumas esperas, etc, etc.
Trabalho não falta a essas empresas, pois cada vez mais há os chamados créditos mal parados.
Mas o certo é que não deverá aceitar-se a maneira como são “ abordados” os devedores.
É ao fim e ao cabo, uma violência e um meio anormal de cobrara dívidas fora dos tribunais!

 

Grandes prejuízos na TAP

O Presidente do Conselho de Administração da TAP deu a conhecer que esta empresa já tem, em relação a seis meses, um prejuízo de 102 milhões de euros.
E prevê que até final deste ano o prejuízo se eleve a mais de 200 milhões!
Fernando Pinto, que conseguiu ainda não há muito tempo a recuperação financeira da TAP terá agora de utilizar um plano de emergência, no sentido de levar a transportadora aérea a uma normal situação.
Quer dizer que em vez da TAP fechar o ano com lucros, como foi previsto, fechará, sim, com um enorme rombo!
E a desculpa é, como não podia deixar de ser a escalada do aumento do preço dos combustíveis.
Conseguirá Fernando Pinto continuar a merecer os elogios que lhe têm sido dirigidos como gestor?!
Milagres não há para estes casos...

 

Exigência ou facilitismo?!

Pelo que foi já noticiado a Directora da Direcção Regional de Educação do Norte terá dado instruções aos Conselhos Executivos no sentido de não escolherem os professores mais exigentes para a correcção das provas de exame!
É que, segundo ela, o que “ honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos”.
Na verdade assim é, mas o que deve importar é o sucesso com base numa boa preparação.
Para que servirá obter-se o sucesso escolar apenas por se facilitar os resultados dos exames?!
Se assim for, não tardará que se tenham nas universidades cada vez mais maus estudantes que ali chegaram “ ao colo” de um inaceitável facilitismo...
Parece ser propósito do Ministério apresentar ao mundo uma boa estatística quanto ao sucesso escolar. Só que, na verdade, tal será uma falsidade, com consequências graves para os que foram passando como que administrativamente!
A ser exacto o que consta da acta de uma reunião entre os responsáveis da DREN e dos Conselhos Executivos deve o Ministério, se não tiver “ culpas no cartório”, como costuma dizer-se, tomar as medidas que se impõem, corrigindo de imediato a sua situação.

 

Brincadeira de mau gosto?!

Ontem, foram disparados alguns tiros contra o pavilhão, em Portimão, onde decorria um jantar-comício de socialistas e onde discursou o Engenheiro José Sócrates.
Este saíra já daquele local há meia hora quando os disparos foram feitos.
A Governadora Civil de Faro apressou-se a desdramatizar a ocorrência, considerando-a ser brincadeira de mau gosto!...
E, claro, que deve ser assim.
É que ninguém pode acreditar que se tivesse havido o propósito de atentar contra a vida do Secretário-Geral do PS o autor dos disparos só tivesse agido tempo depois daquele ter abandonado o local.
Mas o certo é que se, efectivamente, foi brincadeira de muitíssimo mau gosto, torna-se necessário que se averigúe na verdade o que se passou.
O nosso país, felizmente, é de brandos costumes e assim deverá continuar pois em democracia nada há que justifique a violência por mais razões que se tenham para discordar das políticas implementadas, para fazer reivindicações, para manifestações de protesto perlo que se considera injusto.

 

Uma muito valiosa Exposição no Museu Municipal

As comemorações do bicentenário da Guerra peninsular estão a realizar-se com muito brilho. Hoje, foi inaugurada no Museu santos Rocha uma excelente Exposição que os figueirenses e não só devem visitar. Ali estão referenciados os principais factos relacionados com a Guerra Peninsular, a qual este concelho ficou para sempre ligado. Notável a colecção de armas da época, a bibliografia e um conjunto de fotografias. O bom gosto impera naquela Exposição. De aplaudir também os documentos de apoio distribuídos aos visitantes.
Congratulamo-nos com mais este meritório serviço prestado à Cultura e, com sinceridade, saudamos e felicitamos a Drª Isabel Henriques e a Dr.ª Ana Paula Cardoso, bem como toda a equipa que com elas trabalhou para o êxito incontestável deste evento.

sexta-feira, junho 27, 2008

 

O bicentenário da Guerra Peninsular

Foi notável a sessão comemorativa do 200º aniversário da Guerra Peninsular que se realizou hoje no salão nobre da Câmara.
Presidiu o Dr. Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República e na mesa de honra, para além do Presidente da Assembleia Municipal e do Presidente da Câmara, estiveram o General Chefe do estado Maior do Exército e o General Director da Sociedade de História Militar.
O Coronel Américo José Henriques teve uma muito brilhante intervenção, fazendo a história da primeira invasão francesa.
Falando de improviso, durante cerca de uma hora, com uma voz que não precisou de microfone e revelando conhecimentos profundos sobre o evento histórico que lhe foi destinado, cativou, com a sua eloquência e entusiasmo, a assistência que, no final o aplaudiu de pé.
A outra oradora foi a Professora Doutora Ana Cristina Araújo da Faculdade de Letras de Coimbra que igualmente foi brilhante na sua exposição centrada principalmente no Batalhão Académico de Coimbra, comandado por Zagalo, que conquistou o Forte de Santa Catarina, expulsando os militares franceses.
Após o discurso do Engenheiro Duarte Silva que fez agradecimentos protocolares e se referiu também ao significado do evento histórico que se está a comemorar na Figueira, finalizou a sessão o Dr. Jaime gama, que revelou um conhecimento profundo do período das invasões francesas.
Esta sessão constituiu um bom começo do valioso e variado programa comemorativo da Guerra peninsular.

 

Café Nau

Depois de grandes obras de beneficiação, abriu ontem ao público, totalmente remodelado o Café Nau.
O espaço melhorou muito, tudo se apresentando com muito bom gosto e com uma bela esplanada de mobília bem escolhida.
O Café Nau é como que uma extensão do “Papão” na Avenida marginal, o que é uma garantia de um bom serviço e de excelente pastelaria e gostosos salgados.
O Largo Dr. Nunes, onde se situa o Café Nau ficou, sem dúvida, muito valorizado.

 

Novo Presidente do Rotary Clube da Figueira da Foz

Ontem, em jantar convívio, realizado no Grande Hotel entrou em funções o novo Conselho Director do Clube Rotário da nossa cidade.
O Engenheiro Carlos Vieira preside aos destinos daquele Clube, que há já 70 anos tem prestado relevantes serviços à comunidade figueirense.
A sessão foi muito participada, nela estando representados o Rotary Clube de Motemor-o-Velho, o de Leiria, o Kiwanis Clube da Figueira, o Lions Clube de Santa Catarina e o Lions Clube da Figueira.
Estiveram também presentes dois governadores assistentes e muitos membros do Rotary Clube da Figueira.
Também presente esteve a Drª Teresa Machado que representava a Câmara.
O Engenheiro Ribeiro Cadilhe, Presidente cessante, como é habitual fez um relato das actividades rotárias, que foram muito valiosas quer no campo social quer no cultural.
O Engenheiro Carlos Vieira, novo Presidente, terminou a sessão expondo o que é sua intenção realizar neste ano rotário.

 

O bom senso de Ramos Horta

Este Prémio Nobel da Paz decidiu já manter-se como Presidente da República de Timor.
Recusou, pois, o convite para se candidatar ao cargo de Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, o que lhe daria mais prestígio internacional.
Ramos Horta ponderou e bem, que a sua renúncia à Presidência da República determinaria eleições antecipadas, as quais poderiam levar alguma agitação ao país, quando o povo timorense está agora a gozar um período de acalmia, bem preciso para a melhor consolidação da democracia e para o progresso de Timor.
Ramos Horta sacrificou assim, a sua natural ambição de se afirmar como político conceituado na cena política internacional.
Foi mais um serviço, e muito meritório, que o povo timorense lhe ficou a dever.

 

A insegurança nos Tribunais

Os Juízes e os Procuradores da República no tribunal de Santa Maria da Feira decidiram suspender os julgamentos de processos criminais por falta de condições de segurança.
Para além do que se passou naquele tribunal em que dois juízes foram agredidos por um arguido, também ontem no tribunal de Vila Real um outro arguido injuriou uma juíza, tentou agredi-la e chegou mesmo a rasgar a farda a um polícia que estava na sala.
O Ministro da Justiça já disse que está disposto a facilitar a utilização de salas de tribunais de comarcas limítrofes.
Mas como se farão as deslocações de todas as pessoas que têm que intervir nos julgamentos?
Aos magistrados e aos funcionários poderá ser o Ministério a encarregar-se de possibilitar tais deslocações.
Porém, sucederá o mesmo quanto a todos os intervenientes (arguidos e testemunhas) nos processos?
É que há tribunais que distam uns dos outros alguns quilómetros.
Mais um problema que afecta a boa administração da justiça, problema que poderá ter consequências graves.
E isto porque não se tem feito a tempo a inspecção às instalações dos tribunais e quanto a alguns houve a devida chamada de atenção a quem de direito para as más instalações.

 

Por que não?!

Seria interessante saber-se, no final, de cada ano parlamentar, quantos deputados ali estiveram “ mudos e quedos”, sem qualquer intervenção limitando-se a votar de acordo com a disciplina partidária. E também se devia dar a conhecer quantos deputados mantiveram ligações frequentes com os eleitores dos seus respectivos círculos.
Aqueles que não apresentassem uma certa percentagem quanto ao desempenho activo das suas funções, deviam ser “ sancionados” quanto mais não fosse relativamente às remunerações.
Poderá dizer-se: a melhor sanção para os deputados “ preguiçosos é não voltarem a ser eleitos.
Mas não é assim.
É que, mesmo sem trabalharem ou revelarem qualquer interesse pelos muitos problemas que são discutidos no parlamento, esses deputados vão sendo tratados com igualdade de proventos com outros que exercem bem as suas funções e o certo é que aqueles vão somando “ pontos” digamos assim, para uma reforma que não é nada má!
Causa, na verdade, tristeza ver que a maioria dos parlamentares são inoperantes, nada de útil produzindo...
Claro há as comissões, mas quantos deputados as integram com regularidade?
Os partidos são também culpados porque não “ puxam” por alguns dos seus representantes na Assembleia da República.
Deviam dar-lhes com frequência tarefas, não os deixando “ adormecer” incumbindo-os, sim, de uma contribuição eficaz na defesa de princípios e valores importantes quanto a vários sectores da sociedade.
Por que não proceder-se à divulgação pública das presenças, das intervenções em plenário ou em comissões?
Será que bastará a alguns deputados serem vistos na televisão, a lerem o jornal, em amena cavaqueira, a passear nos Passos Perdidos ou a andarem atrás das figuras mais conhecidas dos seus partidos para melhor serem captados pelos meios da comunicação social?!
Há que prestigiar a democracia, saber cumprir e dignificar os cargos políticos e há também que renovar quadros.
Para isso, devem criar-se condições para que surjam novas figuras que na cena política se distingam por uma sua intervenção activa, responsável e cuidada.
Quando é que os deputados se convencerão que a sua eleição aumenta as suas obrigações para com os eleitores e para com a comunidade?!

quinta-feira, junho 26, 2008

 

Para ler e meditar

“ Há políticos para os quais é pouco, muito pouco, o castigo de uma derrota nas eleições”
(João Paulo Guerra, no “Diário Económico”, de ontem)

 

O Ministro Vieira da Silva

Mesmo que não se concorde com todas as alterações ao Código do Trabalho, a verdade é que o Ministro Vieira da Silva, mais uma vez, foi feliz quanto à sua habitual forma dialogante de resolver os problemas.
Vieira da Silva tem sabido exercer as suas funções com descrição mas com eficácia e inteligência, sem preconceitos quando tem de rever posições e aceitar as de outros que julga serem justas por parte dos seus interlocutores.
É a humildade com que se deve exercer o poder.

 

Ramos Horta nas Nações Unidas?

O Presidente da República de Timor, prémio Nobel da Paz, foi convidado para o cargo de Alto Comissário dos Direitos Humanos na ONU.
Prometeu que só amanhã anunciará a sua decisão, pois está, como é natural, a consultar várias personalidades políticas e governos, colhendo opiniões.
O Dr. Ramos Horta faz falta em Timor, já que ali goza de enorme prestígio e tem exercido com êxito a mais alta magistratura naquele jovem país.
Mas, por outro lado, é aliciante para a sua maneira de ser e enriquecedor do seu curriculum político aceitar o alto cargo internacional que lhe é oferecido.
Aguardemos a opção de Ramos Horta.

 

Ministro sofre...

Agora, foi o Ministro da Agricultura, que sofreu uma desautorização de José Sócrates, que o vai substituir nas negociações com os agricultores.
Jaime Silva, porém, não entende que foi desautorizado, revelando que tudo foi combinado com o Primeiro – Ministro.
Combinadas não foram, de certo, as declarações infelizes que prestou acerca das reivindicações da CAP e da CNA, considerando-as “ manobradas” por partidos de extrema-direita e de extrema-esquerda!...
É evidente que aparecendo o Primeiro – Ministro a tomar a liderança nas referidas negociações, houve efectivamente uma retirada de poder a Jaime Silva.
Só que para este está tudo bem, não tendo a coragem de tomar a posição que se impunha: deixar o governo.
Aliás, há já muito que o Ministro tem tido atitudes polémicas, como sucedeu com as pescas.
Enfim, há quem se acomode a tudo!

quarta-feira, junho 25, 2008

 

Nem nos Tribunais há segurança!

Caso insólito o que ontem se passou com dois juízes no Tribunal da Feira!
No final de lerem uma sentença, dois dos arguidos condenados às penas mais graves dirigiram-se inesperadamente àqueles Magistrados e agrediram-nos a murro e a pontapé.
O julgamento realizou-se no salão do quartel dos Bombeiros Voluntários, que está provisoriamente a ser utilizado com Tribunal pelo facto do edifício próprio estar em risco de ruir.
E não houve o cuidado de arranjar instalações temporárias com condições de funcionamento e de segurança.
E se os Magistrados se recusarem a exercer funções?!
Se assim decidirem poderão, porventura, ser considerados como os “ maus da fita”?!
Os Tribunais são locais em que se deve exercer actividade judicial nas melhores condições, mesmo no que respeita a instalações.
É que a Justiça deve ser prestigiada, não só pelos agentes que a aplicam.

 

Para ler e meditar

“ As crises múltiplas e as terríveis dificuldades que trazem consigo para encontrarem qualquer solução e não desaguarem no caos ou em revoltas sangrentas vão obrigar ao regresso em força da política e dos grandes ideais humanistas”
(Mário Soares, in “ Diário de Notícias” de ontem)

 

Mugabe sozinho...

Desta vez, a violência venceu!
O ditador Mugabe, que foi o derrotado na primeira volta das eleições desencadeou uma vaga de tantos e graves actos de perseguições, prisões e espancamentos que naturalmente fez instalar a insegurança dos grupos políticos que se lhe opõem.
E, sobretudo, o chefe da oposição, vencedor na primeira volta desistiu já de disputar uma segunda volta.
É que o ditador chegou a dizer que “ só Deus poderá tirá-lo do poder” ameaçando, assim, sujeitar o povo a um genocídio.
O líder da oposição para tal evitar abdicou da sua posição de candidato à presidência e até se refugiou na Embaixada da Holanda.
Enquanto Mugabe, apesar da sua provecta idade, está agarrado ao poder como lapa à rocha, Tsvangirai preferiu salvar o seu país e o seu povo de uma guerra civil de consequências desastrosas.
É a diferença entre quem não é democrata e quem o é.
É a diferença entre quem tem uma defeituosa noção da política e quem quer unicamente servir com ela o interesse comum e fazer consagrar os princípios democráticos.

 

Quem trava esse homem?

Alberto João Jardim pensa de noite o quer há-de dizer de dia para ter protagonismo!
E são já muitas as suas atitudes gravemente censuradas, que revelam um político que só serve para menosprezar a democracia que temos!
A sua verborreia não tem limites e tudo o que lhe cheira a políticos do continente tem merecido dele constantes e injustificadas críticas.
Jardim julga-se o mais inteligente, o maior de todos, o mais conceituado democrata...
E insulta, ninguém da chamada classe política tem escapado à sua sempre contundente apreciação, o que lhe importa é dar nas vistas!
Agora atreveu-se a chamar ao Primeiro-Ministro o Mugabe da Europa!...
Sabendo-se quem é o ditador do Zimbabué com aquela maldosa comparação Jardim diz mesmo injuriar Sócrates.
Ele não devia ter, há já muito, a cobertura do seu Partido lhe tem dado, e até o Presidente da República devia tomar uma posição quanto ao comportamento antidemocrático e cívico do senhor Jardim.
Há que “ travar” quem, embora eleito pela maioria do povo madeirense, dá constantemente uma má imagem de como, naquela região, o chefe do governo se conduz.

 

Acordo quanto ao Código de Trabalho

Hoje, o governo, as associações patronais e a União Geral dos Trabalhadores chegaram a acordo relativamente às alterações da legislação laboral.
Houve cedências de parte a parte, sendo de realçar que o governo desistiu da sua proposta inicial quanto à inadaptação do trabalhador como justa causa de despedimento.
Merece também referência especial que as convenções colectivas do trabalho passarão a poder ser juristas de 5 em 5 anos, quando a princípio se propunha de 10 em 10 anos, e os contratos a prazo apenas poderão vigorar por 3 anos, não podendo serem renovados até aos 6 anos.
No ovo Código de Trabalho são consagradas várias medidas, especialmente de natureza fiscal, para combater a precariedade dos empregos.
Pelo que se sabe já, houve, na verdade, um vencimento muito significativo por parte dos sindicatos, não se percebendo bem a recusa da CGTP em assinar o acordo!
Só se foi por passar a poder haver horários de trabalho acordados entre entidade patronal e trabalhador, para além do presente período do horário de trabalho.

 

Maus exemplos

Quer em empresas quer em instituições de vária natureza há cada vez mais gestores que usam e abusam da sua autoridade, mal tratando por palavras e atitudes os que ali prestam serviços, sofrendo inclusivamente humilhações e sendo vítimas de constante má educação.
Não se respeitam os direitos dos trabalhadores, não se tratam com civismo, procurando, si, rebaixá-los e provocando um ambiente de medo e de intimidação.
A ética para esses gestores é esquecida, a humildade não existe, preferindo colocarem-se em pedestais inaceitáveis.
Mas o que mais choca é quando se sabe que os que exercem funções directivas e procedem daquela maneira são membros de grupos, associações, e partidos políticos que defendem a solidariedade, a tolerância, a justiça social, a igualdade, o respeito pelos direitos humanos fundamentais, a devida valorização do trabalho e a dignificação de quem o presta.
São, na verdade, muito maus os exemplos que dão sobretudo a quem deviam considerar como indispensáveis colaboradores e não como “ súbditos”!
Pior ainda quando no local de trabalho fazem discriminações, privilegiando os que lhes dizem “ sim” a tudo o que querem!...
Quando é que neste país se iniciará a tão necessária revolução das mentalidades?!Quando não se confundirá autoridade com prepotência, vaidade, despotismo?!

terça-feira, junho 24, 2008

 

Para ler e meditar

“ Penso que não há períodos de nojo que substituam o carácter e a ética das pessoas”
(Carlos Tavares, in “Diário de Notícias”de ontem)

 

Sempre as mesmas desculpas…

A propósito dos protestos dos agricultores, mais uma vez o Ministro da Agricultura fez declarações públicas acusando-os e às suas organizações de estarem a ser manobrados por certos Partidos.
Vai sendo hábito que os responsáveis políticos procurem atribuir a dirigentes partidários a responsabilidade por manifestações de descontentamento e de reivindicações em vários sectores.
Ora, uma coisa é não se estar de acordo com tais atitudes, outra é apontar-se como “ maus da fita” aqueles que estão à frente dos partidos.
Não ficaria mal ao referido Ministro que rebatesse as pretensões das organizações dos agricultores, explicando da sua falta de razão (se é que não a têm) sem, porém, chegar a tomar uma posição contra órgãos que representam um importante sector profissional, eleitos democraticamente.
Será que não se aceita já que haja opiniões diferentes?!
Será boa prática não dar o direito de outros tomarem livremente posições de reivindicação.

 

Só se for doida!

Foi o que já disse a Dr. Manuela Ferreira Leite, nova líder do PSD, sobre a possibilidade de vir a fazer um governo de coligação com o PS.
Mas se o interesse do país aconselhar a tal?!
Se por mera hipótese o PS não vier a obter, no próximo acto eleitoral, a maioria absoluta, não se justificará tal coligação entre os dois Partidos?!
É evidente que ainda há diferenças entre eles mas para governar ou para uma incidência parlamentar poderá haver um pré-acordo quanto às principais políticas a desenvolver.
E com o BE, estará o PS disposto a uma aproximação no governo ou só no Parlamento?!
Também são muitas as diferenças esses, principalmente, como se sabe, quanto à UE, mas seria mais natural esse entendimento do que com o PSD, agora mais do que nunca situado numa direita liberal.
O futuro dirá…
Porém, há declarações que os políticos não devem fazer sob pena de virem a ser responsabilizados mais tarde na praça pública.
E a nova líder do PSD não tinha necessidade de dizer o que disse…

 

As festas S. Joaninas

Como é tradicional, na Figueira festeja-se o S. João.
Na noite, houve arraiais em vários locais da cidade, muita música, bailaricos e comes e bebes com a predominância da sardinha assada.
Na Avenida 25 de Abril desfilaram as marchas populares (este ano foram 6), seguindo-se uma sessão de fogo de artifício reduzida mas com qualidade.
Hoje foi o momento religioso das festas com a procissão e a bênção do mar.
As iluminações são fraquinhas, revelando a falta de recursos financeiros, mas quem não tem dinheiro não pode ter luxos!
Na Praça da Europa, a partir do próximo dia 26, haverá a Feira das Freguesias com tasquinhas onde se serve comida regional.
Seja como for, na Figueira, o S. João não é esquecido e aqui mais uma vez se verificou o ditado “pobretes mas alegretes”.

domingo, junho 22, 2008

 

Para ler e meditar

“ A nossa crise social está na classe média. É uma pobreza envergonhada, desiludida, revoltada”
( João César das Neves in Diário de Notícias)

 

O Congresso do PSD

Finalizou o 31º Congresso do maior partido da oposição. Foram três os discursos principais: o de Passos Coelho, o de Santana Lopes e, claro, o de Manuela Ferreira Leite, nova presidente do PSD. As listas que esta apresentou obtiveram uma maioria dos lugares para os órgãos nacionais, sendo certo que, porém, Passos Coelho viu bem marcada a sua posição no Partido através de apoiantes seus eleitos para aqueles órgãos. Ao contrário de Santana Lopes que, apesar de muito ovacionado no seu discurso – o qual, quanto a nós, esteve até abaixo do que lhe é habitual -, não conseguiu fazer eleger para os órgãos nacionais um número significativo dos seus apoiantes. Viu até que alguns desses apareceram no Congresso integrando outras listas. O discurso final de Manuela Ferreira Leite, embora formalmente bem elaborado, foi, sem dúvida, um repositório de generalidades. Na análise que fez, aliás demasiadamente negativista sobre a actual realidade portuguesa não apontou sequer uma única medida concreta em relação a qualquer sector. Claro que poderá dizer-se que não era no Congresso que a líder social-democrata teria que apresentar um programa de governo. Mas impunha-se que em relação a alguns dos problemas que hoje existem e a que se referiu esboçasse, pelo menos, algumas das soluções que preconizasse. Seja como for Manuela Ferreira Leite enunciou algumas das opções que terá no seu futuro como presidente do PSD e possível Primeira-Ministra. Só não compreendemos qual a razão que a levou a não revelar o seu pensamento quanto à política laboral que, hoje, está a preocupar, e com muita razão, grande parte dos trabalhadores. Foi um simples e incaracterístico parágrafo que destinou ao sector laboral. Será só a classe média que merece a atenção da presidente do PSD? E será com a nova presidente social-democrata que o partido encontrará a pacificação que se deseja? Manuela Ferreira Leite não terá, quanto a isso, tarefa fácil. Aliás pareceu-nos que ela no Congresso não recebeu um apoio entusiástico dos congressistas que foram parcos nos aplausos. Já Passos Coelho saiu, decerto, satisfeito do congresso, porque pôde constatar a simpatia dos delegados. De registar que foram eleitos para os órgãos do PSD vários dos seus membros mais antigos e que. Há já tempo, estavam afastados da política activa.

 

Como Alberto João Jardim trata o seu partido!

O chefe do governo da Madeira não foi ao 31º Congresso do PSD. Estava no seu direito, não pode ser censurado por isso. Mas já é de estranhar e criticar que ele tivesse prestado declarações menosprezando o valor dessa reunião magna do seu partido!...
Disse ter tido uma semana muito intensa de trabalho, tratando de assuntos muito importantes e que não queria brincar aos partidos! E não se ficou por aí: disse ainda que sofre de varizes e a sobrecarga das viagens pode causar-lhe problemas vasculares!...
Nem o seu partido escapa às suas excentricidades, mesmo às suas diatribes...
Quem, com bom senso, é capaz de o considerar um político a sério?

 

Decréscimo dos certificados de aforro

Noticiou-se que os portugueses cada vez mais não investem as suas poupanças em certificados de aforro. As alterações introduzidas recentemente quanto às condições de rentabilidade daqueles títulos não são de molde a cativar quem possa investir. Mas mais do que essa razão está a de que não há, efectivamente, poupanças que possam ser aplicadas nos certificados de aforro. Que poupanças é possível fazer aos portugueses que tenham rendimentos médios? As necessidades essenciais absorvem os ganhos e, por vezes, não chegam. E os que auferem remunerações acima da média preferem, claro, aplicar as suas poupanças em títulos mais rendosos que os Bancos vão oferecendo. Não admirará, pois, que com o gravoso nível de vida os certificados de aforro venham a ficar sem que haja quem os queira.

 

O Verão aí está

Mais uma época estival vai começar e oxalá a Figueira venha a receber muitos turistas. A praia já está limpa e bem, mas são várias as ruas e muitos os passeios que estão em mau estado, com pedras soltas e ervas. Já que nada poderá fazer quanto à degradação de muitos prédios, ao menos que se tenha em atenção as más condições das ruas, levando até elas os melhores cuidados de limpeza. A figueira sempre primou em ser uma cidade muito asseada.

sábado, junho 21, 2008

 

Para ler e meditar

“ O projecto europeu tem vindo a estiolar – e a perder força – porque os cidadãos europeus estão cada vez mais distantes dos seus dirigentes. Dirigentes ousados, corajosos e lúcidos precisam-se”
( Mário Soares in última Visão)

 

As consequências das dívidas do Estado

Os preços de mais de uma centena de medicamentos vão subir. E, apesar de entre as razões indicadas pelas empresas farmacêuticas para a justificação desse aumento não estar a dívida do Estado a essas empresas no montante de 700 milhões de euros, o certo é que isso serviu, sem dúvida, para pressionar o governo a aceder à solicitada subida do preço dos medicamentos. Mais: segundo o próprio Secretário de Estado da Saúde já disse foram aquelas empresas que “ impuseram” esse aumento. Tal imposição, porém, encontrou a sua força no muito que o Estado deve às farmacêuticas e, é claro, será muito mau que outras situações de dívida existentes em relação a vários fornecedores do Estado o levem a ajoelhar perante as suas pretensões que poderão interferir significativamente nas políticas do governo. Por que será que o Estado é um dos grande s devedores a quem lhe prestas serviços ou fazem obras públicas? Por que será que não falta dinheiro para certas iniciativas de menor importância, mas que, algumas vezes, são precisas para “ dar nas vistas”?! Há, na verdade, que gerir bem as prioridades...

 

Ainda o “ não” da Irlanda

O Tratado de Lisboa foi, como se sabe, rejeitados pelos irlandeses, e isso, claro, veio provocar uma crise na UE. A votação vitoriosa no “ não” tem como consequência que o Tratado não pode para já vigorar, dada a regra da unanimidade dos Estados-membros actualmente exigida. É, pois, de alguma perplexidade e preocupação o futuro de tal Tratado, que, pelo menos por enquanto, não poderá suceder ao Tratado de Nice que se mantém mas que não satisfaz já um melhor funcionamento da UE. Perante o impasse criado pelo resultado do referendo irlandês, parece haver acordo entre os Estados, que já aprovaram o Tratado de Lisboa por votação parlamentar de que terá que ser a Irlanda a encontrar solução. Mas como?! Um novo referendo, a marcar para o próximo ano, traria a vitória do “ sim”? Dada a grande complexidade do texto do Tratado e a alteração significativa das instituições da UE, será muito difícil obter aquele resultado. Quer-nos parecer que terá, sim, de se proceder a uma reanálise do texto, assinado pelos 27 Estados-membros, de forma a tornar compreensível ao cidadão comum o que até agora é de difícil entendimento mesmo pelos cidadãos mais qualificados. Além de que poderá também ter que se rever e ponderar bem sobre o esquema institucional que decorre do Tratado de Lisboa. Há já quem avente a hipótese de uma reanálise passe a ficar a constar de anexos àquele Tratado algumas medidas que agradem aos irlandeses. Porém, estes mesmo assim aceitarão? E quais medidas? É certo que a Irlanda fazendo “ finca pé” na sua posição inicial correrá o risco de ser excluída da UE. Será isso suficiente para mudar de atitude? É que a Irlanda foi dos países que melhor soube aproveitar os fundos comunitários e tem já um muito significativo desenvolvimento global. Poderá e quererá prescindir já dessa ajuda?! Uma coisa é certa: tão cedo não será resolvido o impasse suscitado pelo “ não” irlandês e também não se antevê possibilidade de na Irlanda se alterar a exigência constitucional do referendo. O Primeiro-Ministro daquele país foi, ontem, à cimeira europeia pedir um prazo (até Outubro) para tentar conseguir uma solução. Quer dizer que até lá o Tratado de Lisboa e os políticos que o apoiam vão de férias.

 

Lições de moral?!

Já alguém me disse que me repito no que escrevo e dou demasiadamente “ lições de moral”! Não tenho essa pretensão, apenas transmito ao papel o que sinto, agindo com total sinceridade. Ganharei alguma coisa com a pedagogia dos bons princípios e das melhores regras de conduta? Talvez não, mas o que realmente desejo é levar aos outros o meu pensamento e principalmente o meu sentimento. E fazê-los meditar! A vida, por vezes, é tão agitada que pouco tempo resta para parar e fazer uma análise dos procedimentos que adoptamos a respeito de certas situações e problemas, sejam de que natureza forem. Ora, a simples leitura do que outros, como eu, já com uma longa experiência de vida (que é a melhor sabedoria), vão escrevendo, ajudará a “ arrepiar caminho” se for caso disso, e a encontrar o rumo certo. É isso somente o que me move e mesmo correndo o risco de ser mal interpretado, continuarei até que possa transmitir...a minha alma! Eu próprio serei beneficiado com tal.

sexta-feira, junho 20, 2008

 

Para ler e meditar

“ Não há Europa sem respeito pela diferença. Não há Europa contra os cidadãos”
( Manuel Alegre in Diário de Notícias de ontem)

 

O 200º aniversário da Guerra Peninsular

Este aniversário vai ser comemorado no nosso concelho com pompa e circunstância, tendo sido elaborado um valioso e variado programa, que se estende de 27 do corrente a 24 de Agosto. À sessão solene a realizar no próximo dia 27, pelas 17 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho presidirá o Presidente da Assembleia da República sendo oradores a Doutora Ana Cristina Araújo e Coronel Américo José Henriques. De realçar, desde já, que o Forte de Santa Catarina voltará a ser utilizado como espaço emblemático em relação à Guerra peninsular para a realização de vários eventos.

 

Tertúlias do Casino

Na passada terça-feira, realizou-se mais uma sessão das Tertúlias do Casino. Intervenientes: As presidentes das câmaras de Leiria, Vila Franca de Xira e Nisa. Moderador: Dr. José Pereira Leite, Director do Jornal de Notícias. Foi um encontro muito proveitoso, em que aquelas autarcas apresentaram, com muito brilho, as suas ideias sobre vários problemas relacionados com o poder local. A Lei das Finanças Locais, a transferência de competências do governo para as câmaras, a regionalização, a desertificação de certas zonas do país, a falta de recursos financeiros, etc, foram alguns temas focados pelas intervenientes, que quiseram também fazer um relato exaustivo das realidades dos seus concelhos, quer referindo os problemas comuns às suas autarquias quer os específicos. Pertencendo a partidos políticos diferentes, aquelas presidentes de câmaras não hesitaram em mostrar-se de acordo sobretudo quanto às dificuldades financeiras, ao grande desequilíbrio entre os municípios do litoral e os do interior do país e também quanto à necessidade de o poder central respeitar mais a autonomia dos órgãos autárquicos e dar-lhes mais meios que possam desenvolver melhor as suas funções. Daqui saudamos o Dr. Domingos Silva, Administrador do casino, por mais esta iniciativa que mereceu, com justiça, o aplauso das próprias intervenientes.

 

As dívidas à EDP

Também o Ministro da Economia não concorda com o que a EDP pretende fazer: cobrar de cada um dos consumidores o que alguns lhe devem e não conseguiu cobrar. Na verdade, não podia ser outro o entendimento do governo pois a pretensão daquela empresa é manifestamente injusta e insólita, além de poder ser considerada como ilegal. Só faltava que a EDP quisesse descobrir uma nova forma de cobrar dívidas!...

 

Condecorações a pedido?!

Será aceitável alguém pedir ou mesmo apenas sugerir que merece ser condecorado?! Será que pode ter-se inveja dos que recebem do Presidente da República uma qualquer comenda?! Segundo foi noticiado, o Dr. Santana Lopes atreveu-se a manifestar o seu pesar por não ter sido lembrado para ser condecorado no 10 de Junho. Não é crível que tal seja verdade, pois aquele político apresar de se julgar injustiçado não procederia assim. Se as notícias são verdadeiras, Santana Lopes teria até puxado dos seus “ galões” políticos, do seu passado para justificar que devia ter sido condecorado: foi Secretário de Estado, Presidente das Câmaras da Figueira da Foz e de Lisboa e Primeiro-Ministro. Mas, salvo o devido respeito fez mal em fazer recordar o seu passado político, porque, na verdade, a memória nem sempre é curta e, efectivamente, não foi boa a sua prestação nos lugares que ocupou. Francamente, fica mal a Santana Lopes ter-se mostrado chocado por não estar entre os que foram condecorados no 10 de Junho. Mas, as notícias sobre o assunto serão mesmo exactas? O certo é que não foram desmentidas!

 

A nossa selecção de regresso a casa!...

Acabou, ontem, o sonho que muitos acalentavam de ganhar o campeonato europeu de futebol. E não se pode dizer que Portugal perdeu mal com a Alemanha, que apresentou um futebol vigoroso, inteligente e táctico. Os nossos craques não se mostraram, nem Ronaldo que é considerado o melhor jogador do mundo. Quanto a nós, só escaparam no “ desastre” o Deco (sem exuberâncias como lhe é habitual mas sempre muito activo e eficaz), o Bosingwa (trabalhador do princípio ao fim, exibindo uma boa preparação física e uma boa visão do jogo) e Nani muito certinho no tempo que esteve em campo. A defesa foi muito frágil com dificuldades na recuperação e em travar a velocidade dos atacantes alemães. O guarda-redes Ricardo, em que Scolari sempre apostou, esteve, mais uma vez, mal nas saídas e foi culpado no terceiro golo dos adversários. Enfim, Scolari diz adeus a Portugal sem lhe dar um título internacional. E foram muitos os anos de que dispôs para preparara a selecção que orientava. Sai de cabeça baixa, infelizmente! Teve, porém, de saber mobilizar a grande maioria dos portugueses num entusiástico apoio à selecção. E foi mestre no espectáculo, no “ show-off” como que “ narcotizou” os adeptos do futebol! Sempre estive de “ pé atrás” com os proclamados méritos de Scolari! Acabou, ontem, o “ ópio” que o nosso povo absorveu durante alguns anos, fazendo-o ter sonhos lindos a respeito de futebol “ de alta-roda”. Os portugueses residentes na Suiça é que não foram compensados do muito apoio e carinho que dispensaram à selecção. Acabou, pois, o período em que o futebol fez esquecer a muitos portugueses a actual e grave crise económica e social que se instalou no nosso país. Agora, já há que enfrentar a realidade, onde são muitos e sérios os problemas a resolver.

segunda-feira, junho 16, 2008

 

A PJ foi rápida e eficaz

Deve merecer elogios a acção da PJ do Porto que, em apenas quatro horas, localizou o recém-nascido que foi raptado do hospital de Penafiel. As câmaras de video-vigilância, instaladas naquele estabelecimento hospitalar, e um telefonema anónimo a dar conta do rapto ajudaram, claro, a encontrar a criança. Apesar disso, o caso foi bem orientado e com a celeridade e eficácia pela PJ do Porto, de que é responsável máximo o Dr. Baptista Romão que foi Procurador da República na nossa cidade. A autora do rapto foi, segundo já se soube, motivada pelo desejo de ter um filho, tendo simulado durante meses uma gravidez perante a família.

 

Scolari de saída...

Já há tempo que se dizia que ao actual seleccionador nacional, Luís Felipe Scolari, seria o próximo treinador do Chelsea. Ele não confirmava nem negava. Mas já se sabe agora que no dia 1 de Julho, data em que termina o seu contrato com a Federação Portuguesa de Futebol, será apresentado à equipa daquele clube inglês. Não sem sofrer algumas críticas quanto à sua acção como orientador dos seleccionados portugueses, o certo é que Scolari conseguiu mobilizar, e de que maneira, um grande apoio popular à nossa equipa. Tem de se reconhecer que ele se esforçou muito não só para valorizar a nossa selecção como tentou impô-la ao respeito e simpatia do público. Merece que, n hora da despedida o saudemos, até com gratidão pelo que fez no futebol português. E, como ele disse, com 60 anos de idade terá que pensar mais nos poucos anos que lhe restam para poder exercer a sua actividade, e, por isso, terá que aproveitar as melhores condições financeiras que lhe sejam oferecidas. Só foi pena que, embora já não houvesse perigo de não se passar aos quartos de final do europeu a nossa selecção não terminasse os jogos do seu grupo sem derrotas. E temos que dizer que é nossa opinião ( e não estamos sós) que não seria necessário fazer entrar a equipa que ontem jogou e foi derrotada pela Suiça tantas segundas opções ( e foram 8). A derrota de ontem foi, ao fim e ao cabo uma certa humilhação para as nossas cores nacionais e naturalmente provocou a tristeza e desilusão para os portugueses que na Suiça e cá têm dispensado à selecção um entusiástico apoio.

 

Os telemóveis são prejudiciais à saúde?

Cientistas de várias nacionalidades (franceses, holandeses, italianos e norte-americanos) alertaram, mais uma vez, para a possibilidade de o uso prolongado do telemóvel ser perigoso para a saúde, podendo provocar doenças cancerosas. Não há ainda uma certeza quanto a essa maléfica consequência, mas aqueles cientistas aconselham, com base em estudos feitos em vários casos, a evitar a utilização de telemóveis, principalmente quanto a menores de 12 anos. É que, efectivamente, cada vez mais há uma dependência das crianças e dos jovens em relação aos telemóveis. E também o mesmo se vai verificando quanto aos adultos. Segundo já foi noticiado, a Organização Mundial de Saúde está a realizar um estudo internacional que envolve 13 países. Bom será que as conclusões surjam com brevidade. Mas, à cautela, não se deve facilitar a menores o uso do telemóvel.

 

Os pedófilos e a adopção

Desta vez, apoiamos a iniciativa legislativa do CDS/PP, que propõe que não desapareça do registo criminal a condenação de quem sofreu uma pena por crime de abuso sexual de menores. Até agora as condenações dessa natureza eram automaticamente “ apagadas” do respectivo registo criminal, ao fim de 5 ou 10 anos. E, se decorrido esse período, o registo criminal ficava “ limpo”, nada obstando a requerer e obter a adopção de menores. Ora, o que mais deve importar numa adopção é o interesse e a protecção do menor a adoptar. Mas quem, alguma vez, foi condenado por pedofilia, mesmo depois de cumprir a pena que lhe foi imposta, não poderá estar recuperado e, pelo contrário pode continuar com essa tendência criminosa. E, atendendo a essa circunstância é perfeitamente justificável que, acima de tudo, se protejam as crianças que esperam a adopção. Não sabemos, nesta altura, qual vai ser a deliberação do Parlamento, mas a proposta do CDS/PP merece na verdade apoio.

domingo, junho 15, 2008

 

Para ler e meditar

“ O grande problema nacional é a mediocridade e a resignação à mediocridade”
( José Saramago em entrevista no Público de hoje)

 

Tertúlias no Casino

No próximo dia 17, pelas 22 horas, realiza-se mais uma sessão das Tertúlias do casino, iniciativa de incontestável valor que, tem interessado a comunidade figueirense e não só.
Essa sessão tem o tema “ o poder autárquico na próxima década” e como intervenientes no debate estarão três presidentes de câmaras: a Drª Isabel Damasceno, de Leiria, a Engenheira Mª Gabriela Tsukamoto, de Nisa e Maria da Luz Rosinha, de Vila Franca de Xira.
Será moderador o Director do Jornal de Notícias, Dr. José Leite Pereira.
O tema é oportuno, pois, como se sabe, em 2009 haverá eleições autárquicas.

 

Mais um golpe em Bush

O Supremo tribunal de Justiça dos USA pronunciou-se no sentido de permitir que os prisioneiros de Guantanamo possam recorrer à justiça civil para contestar a sua prisão.
Quer dizer que o que a administração Bush sempre recusou vem agora a ser obrigada a respeitar os direitos consignados na Constituição norte-americana.
Naquela prisão, localizada na ilha de Cuba, mais de duas centenas de homens têm sofrido como já é do conhecimento público, maus-tratos, torturas e humilhações de toda a ordem.
Pode ser que, a partir desta decisão (corajosa mas justa) do STJ dos USA a situação em Guantanamo se modifique.
Para já, o sr. Bush que está de saída da presidência, embora revelando o seu desacordo com tal decisão, tem mesmo que “ a engolir”!

 

O ditador Mugabe

“ Enquanto eu viver a oposição nunca terá o poder neste país”.
Quer dizer que se enganaram aqueles (não nós) que acreditaram que Mugabe aceitaria o resultado das recentes eleições no Zimbabué.
Depois de conseguir – não se sabe através de que meios – que houvesse uma segunda volta, o ditador logo começou a exercer violência sobre os seus principais opositores.
O líder do maior partido da oposição foi e continua a ser sucessivamente detido e as sedes partidárias foram já objecto de actos de violência.
E a promessa de fazer a guerra se, porventura, a oposição for a mais votada nas eleições, é constante.
Mugabe serve-se da intimidação, das perseguições e prisões para conseguir manter-se no poder, que, além do mais, lhe tem trazido uma enorme fortuna.
Para alguns, na política só isso vale, ficando o interesse comum e o bem-estar do povo para secundaríssimo plano.

 

Mas que é isto?!

Não queria acreditar no que estava a ser dito na televisão: a EDP vai cobrar os 12 milhões de euros que lhe são devidos através de todos aqueles consumidores que sempre pagaram a conta da electricidade.
Mas o que é isto, Santo Deus?! Como é possível pensar-se sequer em tal solução como meio de cobrança de dívidas?!
Como dizia e bem um comentador a falar sobre o assunto: não é pelo possível insignificante aumento nas contas mensais dos consumidores; é, sim, pelo princípio em si, que não pode conformar-se com tamanha injustiça!
A EDP, que tem tido já há muitos anos, o monopólio na distribuição da electricidade e que tem lucros elevadíssimos, não tem o direito de impor aos seus clientes cumpridores o que não conseguiu cobrar dos incumpridores. Em que país se vive? Como poderá aceitar-se um comportamento tão estranho e censurável?
Haja quem ponha cobro a tanta insensatez, a tanta arbitrariedade!

sábado, junho 14, 2008

 

Reunião de curso

Hoje, em Coimbra, reuniram-se, mais uma vez, os “ sobreviventes” do Curso Jurídico de 1945 – 1950 (já lá vão 58 anos!).
Cada vez somos menos, claro, mas não queremos deixar de, enquanto pudermos, encontrarmo-nos na nossa faculdade de Direito.
Houve como é habitual, cumprimentos ao Reitor da Universidade e ao Director da nossa faculdade.
Este Curso tem um Boletim mensal, graças à boa-vontade e dedicação do colega Ernesto Moura Coutinho, de Lisboa. Esse Boletim é um elo de ligação entre os membros do Curso, sendo através dele que sabemos uns dos outros.
Cremos que mais nenhum Curso da Universidade de Coimbra dispõe de algo semelhante.
É, na verdade, uma iniciativa que devia ser exemplo para outros Cursos.

 

Umas atrás das outras...

Acabam os protestos de um sector económico ou social e logo surgem outros. Foram os pescadores, foram os camionistas e, agora, já se anunciam mais protestos por parte de agricultores, de taxistas e dos reboques. E tudo se relaciona com os elevados preços dos combustíveis, que não param de subir. Um dos maiores armadores de pesca de Aveiro já declarou que irá cessar a sua actividade, ficando mais de 200 pescadores no desemprego, parando uma valiosa frota!
Se os grandes empresários não se aguentam o que acontecerá aos modestos?!
Trata-se realmente de uma questão muito complicada, muito grave.
E o certo é que as gasolineiras continuam a ter lucros fabulosos e o Estado arrecada também muitos milhares de impostos que incidem sobre os produtos petrolíferos.

 

Na Irlanda, o “ Não” venceu

No respectivo referendo a maioria dos irlandeses rejeitaram o Tratado de Lisboa. E agora o que vai acontecer? Pelo que já foi dito por alguns responsáveis políticos europeus a ratificação do Tratado terá de continuar a fazer-se nos países que ainda não se pronunciaram. E para já foram 18 os países cujos Parlamentos aprovaram o Tratado. Será que o governo irlandês se dispõe a promover um segundo referendo? Como a votação no “ Não” foi superior a 50%, o que determina o resultado do referendo como vinculativo, como será possível voltar a repetir esse referendo?! Depois, não haverá condições para um segundo referendo senão se verificarem alterações ao Tratado, que tenham capacidade para “ seduzir” os eleitores. Uma coisa é para já clara: o nosso Primeiro-Ministro considerou o resultado do referendo na Irlanda como uma sua derrota política. Mas tal não diremos, considerando apenas que o muito trabalho e empenho do Primeiro-Ministro quanto ao Tratado de Lisboa não foram compensados pelo que agora se passou no referendo da Irlanda. Sócrates e a equipa portuguesa que teve a responsabilidade nas muitas reuniões que antecederam a assinatura do Tratado ( e foram os 27 Estados Membros da UE que o assinaram) podem sim falar em decepção, frustração!

 

A favor da democracia

Há quem continue a pensar que um bom tribuno político é aquele que usa uma linguagem dura, agreste, por vezes mesmo insultuosa em relação aos que se lhes opõem.
Mas não é assim. Pelo contrário os nervos a mais, a irritação incontrolada, a intolerância, o propósito de ferir ou amesquinhar o adversário, não favorecem os políticos que utilizam essa postura no seu discurso.
E quando, felizmente, a nossa democracia está consolidada, mais se deve exigir que os que têm a maior responsabilidade da política saibam comportar-se com civismo, com correcção, mesmo que os outros assim não procedam.
Custa mas tem que ser, pois nunca é demais dar exemplos da melhor conduta democrática.
Será isso que impõe, que prestigia quem está na vida política.
Haja contenção na linguagem usada, haja aceitação de ideias e posições diferentes, haja o desejo firme de valorizar sempre a democracia e de respeitar, a todo o momento os seus princípios básicos, entre os quais estão a tolerância e o civismo.
Alguém argumentar com muita convicção e com firmeza é uma coisa, outra bem diversa é exibir uma vaidade tola, considerando-se como dono de toda a verdade e dirigindo aos outros interventores numa discussão palavras impróprias ou tratando-os como cidadãos de segunda!
Não se faça de um local de confronto político um “ ringue de luta livre em palavras”.

quinta-feira, junho 12, 2008

 

Para ler e meditar

“ Portugal anda muito maldisposto, Portugal está zangado, Portugal não pode esperar mais: os portugueses precisam de trabalho justamente remunerado, precisa de pão na sua mesa, precisa de ver respeitados os seus direitos.”
( D. Manuel Martins da Silva in Notícias Magazine)

 

Misericórdia – Obra da Figueira

Com a presença do Dr. Mário Ruivo, responsável da Segurança Social, do Provedor e membros daquela prestimosa instituição, do Presidente da União das Misericórdias e de várias entidades figueirenses, realizou-se ontem uma visita guiada ao novo edifício onde funcionarão: um Jardim-de-Infância, uma Creche e ATL.
Tais instalações são excelentes, pela sua funcionalidade e pelo requinte, do gosto dos acabamentos e equipamentos.
Os serviços de apoio às crianças constituirão mais uma importante valência da Misericórdia – Obra da Figueira.
À “Casa da Infância” foi já atribuído o nome do meu saudoso pai, António Biscaia, que durante cerca de 50 anos foi director da Obra da Figueira mantendo, por vezes com muitas dificuldades, um Asilo de velhos e outro de crianças, como então se designavam.
A inauguração oficial do novo edifício realizar-se-á em breve.

 

Horário de trabalho de 65 horas semanais?!

A União Europeia quis e conseguiu que o horário de trabalho possa passar de 65 horas semanais!
Dos 27 países apenas os Ministros do Trabalho de Espanha, Grécia, Hungria, Chipre e Bélgica discordaram da proposta da UE abstendo-se de a votarem.
A Confederação Europeia dos Sindicatos logo reagiu contestando tal decisão, enquanto, claro, o patronato a aplaudiu!...
Quer dizer que foi posta em causa uma das principais e antigas reivindicações dos trabalhadores, e essa decisão também contraria, e de que maneira, os conceitos próprios de uma Europa social.
É certo que o aumento do horário semanal deve merecer o acordo entre empresários e trabalhadores.
Mas qual será o empregador que deixará de querer esse aumento e senão conseguir o acordo dos trabalhadores o que sucederá a estes?
Não constituirá isso mais uma possibilidade de despedimento?

 

O discurso de Cavaco Silva

Desta vez, francamente não gostámos do discurso proferido pelo Presidente da República na cerimónia comemorativa do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades.
Embora, como é habitual, tal discurso fosse formalmente correcto, a verdade é que o seu conteúdo foi inócuo, não fazendo a mínima referência à conflitualidade social que, neste momento, preocupa os portugueses.
Mais: Cavaco Silva preferiu abster-se de trazer ao seu discurso qualquer dos problemas graves que há a enfrentar.
E não houve qualquer “ recado” que quisesse deixar aos responsáveis políticos.
Bem poderia tê-lo feito, referindo-se às crises económica e social que, infelizmente, se sentem no nosso país.

 

Terminou, enfim!

A paralisação dos camiões das empresas transportadoras terminou ontem à noite.
E felizmente porque, na verdade, eram já enormes os prejuízos em vários sectores económicos e se os bloqueios se mantivessem poderiam levar à ruptura de muitas actividades comerciais e industriais, agravando-se substancialmente a crise em que já vive o país.
Foi com a ANTRAN que o governo dialogou (ainda que tardiamente) e o certo é que o acordo a que se chegou não agradou a todos os empresários de transporte de mercadorias.
A tal comissão formada à revelia da ANTRAN, não entrou nesse diálogo e daí que às primeiras horas de hoje ainda estivessem paralisados cerca de mil camiões.
Mas tudo acabará por se resolver.
Não gostámos de ouvir na rádio o Ministro da Economia dizer estar satisfeito com o fim dos bloqueios, acrescentando porém que o governo não fez cedências.
Para quê acirrar, em momento tão grave a questão?!
Bastava congratular-se com a forma como se chegou a um consenso.
Até porque nalguma coisa o governo cedeu, como, por exemplo, a adopção de certas medidas fiscais, a redução do preço das portagens, etc.

segunda-feira, junho 09, 2008

 

Para ler e meditar

“ Não se é de esquerda por se ser socialista, é-se socialista por se ser de esquerda”
( Clara Ferreira Alves in Única)

 

Barack Obama

Este candidato à presidência dos USA venceu Hillary Clinton nas eleições primárias do partido democrático. No início da campanha, poucos analistas políticos previam essa vitória.
É que Obama é negro, a sua antagonista dispunha de uma máquina muito forte e dispendiosa a trabalhar na sua campanha e ostentava o nome do seu marido, cujo mandato de presidente agradara, de uma maneira geral, aos norte-americanos. Mas Obama orientou muito bem a sua campanha soube resistir a vários e até inesperados ataques, foi muito coerente e corajoso no seu discurso, cativando pela sua postura e passado impoluto, as camadas mais jovens (além da numerosa comunidade africana) e defendeu com muita inteligência e persistência o principal tema da sua campanha, ou seja, “trabalhar pela mudança em, muitos sectores da política norte-americana”.
Hillary Clinton custou a reconhecer a derrota, mas a tal foi forçada, não se sabendo ainda se, porventura, ela será ou não convidada por Obama para a vice-presidência, o que nos parece não ser muito possível ela aceitar.
A Casa Branca vai, agora, ser disputada entre Obama e o candidato apresentado pelo Partido Republicano; McCain.
Este será decerto um herdeiro da política muito contestada mesmo nos USA, de Bush.
Obama representará o propósito firme de dar uma reviravolta nessa política, defendendo mais justiça social, menos desigualdade, mais respeito pelos direitos humanos fundamentais.

 

A Procuradoria-Geral da República e o Casino de Lisboa

Foi, agora, dado a conhecer publicamente um parecer do Conselho Consultivo da PGR sobre o polémico assunto da entrega do edifício Casino Lisboa para a Sociedade Estoril-Sol, no final da concessão do jogo. E esse parecer foi de molde a concluir que terá havido, por parte do governo de Santana Lopes, um procedimento ao arrepio do que, até então, era o normal, ou seja, os imóveis dos casinos revertiam a favor do Estado, quando acabasse a concessão.
Aquele governo, pelo que se diz, em tal parecer, fez adaptar a lei do jogo à pretensão da Sociedade Estoril-Sol quanto a poder ficar proprietária do edifício casino Lisboa.
Claro que, segundo parece, apesar disso porque na lei foi introduzido esse preceito, não haverá forma de legalmente alterar o que foi feito.
Ficará, porém, registada a estranha atitude do governo santanista mais precisamente do Ministro do Turismo Telmo Correia!

 

Soma e segue

Infelizmente, a conflitualidade social não diminui.
Os protestos vindos de vários sectores, as greves, as manifestações nas ruas, etc, continuam em crescendo.
Agora, é o que acontece com os empresários de transportes de mercadorias que, fizeram parar centenas de camiões, ao longo de todo o país.
E também, hoje, mais uma greve nos CTT.
Realmente a situação do governo é mesmo complicada.
A ter que enfrentar e resolver da melhor maneira possível os muitos problemas que têm surgido.
Já ninguém de boa fé e de bom senso pode ignorar ou ficar indiferente ao clima de crispação, de indignação e mesmo de revolta que existe em grande parte dos portugueses.
E não poderá dizer-se que tudo o que se está a passar é fomentado apenas por certos Partidos, apostados a dar razão ao “ quanto pior, melhor”!
Claro que a agitação intensa e quase diária verificada em muitos sectores económicos e sociais tiram ao governo a possibilidade de, com tranquilidade, ponderação e firmeza, tentar dar continuidade às reformas em que diz estar empenhado.
Mas, também é certo que os que se sentem injustiçados quanto às suas precárias situações pensam não ter outro caminho para obterem soluções senão trazer para as ruas o seu descontentamento e a sua frustração quanto às difíceis condições de vida.
E o que está a acontecer é que, pela primeira vez, não são só os trabalhadores a protestarem mas, sim, os empresários.
Os armadores da pesca e agora os donos das empresas de transportes, estiveram e estão em luta a par com os trabalhadores.
Está provado já o diálogo sério e sem reservas de alguma espécie é a melhor forma de encontrar soluções.
Talvez a muitos custe, decerto, aceitar esse diálogo, mas tem que ser com urgência.

 

Desta vez, respondo!

Não costumo responder a escritos de anónimos, porque entendo que os cobardes não merecem sequer que se lhes ligue importância!
Mas, desta vez, lendo no blogue Amicus Ficaria um comentário a um texto meu intitulado “ solidariedade partidária” não resisto a responder.
Não que me interesse o que o anónimo de mim pense mas, pelo respeito que devo a quem me lê, impõe-se esclarecer:
è Nunca pertenci à União Nacional. Desafio seja quem for a provar o contrário (talvez por isso o tal anónimo não assinou para fugir às responsabilidades).
è Fui, sim, vereador de uma Câmara presidida pelo Engenheiro Muñhoz de Oliveira
(meu amigo de juventude e que, por sinal, nunca pertenceu também à União Nacional).
No entanto, pus condições para aceitar esse lugar de vereador, condições que se relacionavam com a minha identificação política com a Oposição Democrática. Essas condições foram, aceites e da acta da sessão da Câmara em que me despedi – sessão a que assistiu um agente da PIDE – ressaltam as razões porque aceitei aquele lugar. Mesmo como vereador nunca tomei parte em qualquer manifestação política de então, apenas me motivando trabalhar pela minha terra. Não hesitei em ser apoiante declarado do General Humberto Delgado, intervindo activamente na sua campanha à eleição da Presidência da República.
è Saí do PPD juntamente com mais 40 deputados daquele partido na Assembleia Constituinte, os quais não concordavam com os desvios e os responsáveis máximos do referido partido estavam a fazer ao programa que era de autêntica social-democracia, programa a que aderi.
è Nunca pertenci à ASDI.
è Com outros, participei na criação do MSD (Movimento Social-Democrata) porque era e sou um defensor de uma social-democracia perfeita, recusando que nela se introduzam práticas neo-liberais. Tal Movimento foi extinto, não sendo pois verdade que eu tenha saído dele.
è Depois de cerca de 15 anos sem filiação partidária, mas sempre assumindo posições de esquerda democrática, entrei, como independente, no elenco camarário liderado pelo falecido Engenheiro Aguiar de Carvalho. Acabei mais tarde por me filiar no PS.
è Estou neste partido por fidelidade às matrizes essenciais que caracterizam o seu programa, mas tenho, claro, o direito de as defender quando entendo que estão a ser esquecidas ou mesmo contrariadas. Creio que o PS ainda é um partido plural, que permite aos seus militantes expressarem livremente as suas ideias.
E aqui está o que se me impunha dizer a respeito do que o tal anónimo quis trazer a este blogue. Mais: sem vaidade mas porque sinto ser verdade, felizmente, não preciso que ele ou outros me dêem lições de coerência e de seriedade na minha já longa vida política, em que sempre procurei defender e lutar, desde os meus 18 anos pela Liberdade, pela Democracia, Igualdade de Oportunidades e Justiças Social.
Já agora um conselho a esse tal anónimo: mude de agulha porque a mim a sua mentira, a sua maldade e animosidade não me atingem.

sábado, junho 07, 2008

 

Para ler e meditar

“ Em Portugal é muito difícil uma pessoa ser rica, na base do trabalho”
( André Gonçalves Pereira, in Jornal de Negócios)

 

Encontro de coros

No auditório do Museu Municipal realiza-se no próximo dia 14, pelas 17 horas o 20º Encontro de Coros da Figueira da Foz, iniciativa já antiga do Grupo Coral David de Sousa.
Participarão: este grupo, o Coral Polifónica de Porto de Sôr e o grupo Coral Polifónica “ La Salle” (Santiago de Compostela).
Será mais um evento cultural de valor na nossa terra.

 

A ASAE é ilegal?

Esta entidade foi criada pelo governo através de um seu Decreto-lei.
Mas, sendo-lhe atribuída a competência policial podendo proceder a apreensões de vários produtos, deter pessoas, encerrar actividades, etc, vários juristas já se pronunciaram no sentido de que tal entidade precisaria de ser aprovada no Parlamento, o que não aconteceu, sendo, por isso, ilegal ou inconstitucional.
O governo já disse não ser preciso o estatuto da ASAE ser analisado e deliberado na Assembleia da República, porque tal entidade resultou tão somente da fusão de várias entidades já existentes.
Parece-nos, porém, que essa circunstância não é de molde a dispensar a ida do respectivo diploma à Assembleia.
É que o que resultou dessa fusão foi uma entidade nova, com estatuto próprio o qual permite uma acção policial, que contendo direito e liberdades fundamentais consagradas na Constituição, era no Parlamento que deveria ser discutido e votado um diploma dessa natureza.
Às vezes, a pressa com que se legisla ou como se quer resolver situações é no que dá!

 

Até que enfim!

Um Tribunal Arbitral condenou a General Motors a entregar ao Estado o montante de 17,7 milhões de incentivos fiscais recebidos com a instalação no nosso país da fábrica Opel, na Azambuja, que encerrou um ano antes de finalizar o contrato.
É certo que o pedido do Estado português era de 132 milhões de euros (94,3 milhões por danos patrimoniais e 20 milhões por danos de imagem).
Mas a verdade é que foi esta a primeira vez que uma multinacional sofreu uma condenação por não ter cumprido o contrato pelo qual poupara muitos encargos fiscais.
Ainda bem que agora o nosso Estado teve vontade e possibilidade legal de, pelo menos, ser indemnizado de todos os benefícios de ordem fiscal que tinha conseguido àquela empresa para laborar no nosso país.
É, pois, de assinalar esta atitude em relação a uma multinacional que, só olhando aos seus interesses, não teve em conta os dos seus trabalhadores e os do Estado que a acolheu e lhe deu boas condições de laborar.

 

O Euro 2008 veio mesmo a propósito!...

Os responsáveis políticos, a contas com manifestações de protesto, com greves em vários sectores, com muitos focos de conflitualidade social devem “ abençoar” o Campeonato Europeu “ que hoje se iniciou.
É que, na verdade, os portugueses serão agora mais mobilizados pelo futebol, pelos resultados da nossa Selecção e, pelo menos temporariamente, vão abrandando na sua crispação, no seu mal-estar, nas suas reivindicações...
E isso fará acalmar a vida política que tão agitada tem andado.
Poderá dizer-se que os problemas económicos e sociais estarão em “ stand by” por uns tempos.
E quem tem a responsabilidade da governação gozará, decerto, com mais sossego um período que por sinal antecede as férias estivais!
“ Abençoado” Euro 2008, que vem travar a grande contestação que tem havido em vários sectores governamentais.

sexta-feira, junho 06, 2008

 

Para ler e meditar

“ Vivemos numa época de hipertrofia do discurso dos direitos, sem cuidar dos custos dos direitos (muito menos sem pensar em deveres)”
Prof. Dr. Vital Moreira, in “ Diário Económico”

 

José Lello versus Manuel Alegre

O dirigente nacional do PS José Lello acusou publicamente Manuel Alegre de ter ido aos Açores apresentar um seu livro, patrocinado pelo Governo Regional dos Açores sendo as despesas dessa deslocação pagas pelo Grupo Parlamentar socialista.
Afinal, porém, tal acusação veio a ser desmentida pelo director regional da Cultura daquele arquipélago, o qual esclareceu que aquelas despesas foram, sim, suportadas pela Presidência do governo açoriano, que fez o convite a Manuel Alegre.
É lamentável que um responsável político tenha querido atingir com uma mentira um seu camarada, cuja ética é reconhecida com toda a justiça.
O que José Lello fez já não é uma mera crítica política, é, sim, um deplorável ataque à dignidade pessoal de um histórico do seu Partido, que há muito tem uma exemplar postura política e ética.
É caso para José Lello pedir desculpas públicas pelo seu precipitado e censurável procedimento, que revela, sim, falta de ética!

 

A nova líder do PSD impôs-se já

Numa reunião muito breve a Dr.ª. Manuela Ferreira Leite fez com que Santana Lopes concordasse em que a eleição da direcção do grupo parlamentar só se realizasse após o Congresso.
Quer dizer que, neste primeiro “ round”, venceu a presidente do Partido, ou não fosse ela a “ dama de ferro”, como é conhecida!
A senhora terá muito que fazer para conseguir pacificar os seus companheiros do Partido ou para lhes impor a sua vontade!...

 

200 mil na manifestação de Lisboa

Foi já calculado em 200 mil o número dos participantes na manifestação de protesto contra o novo Código do Trabalho.
Os trabalhadores que nela estiveram são os principais interessados em que não vão por diante alguns preceitos do novo diploma laboral.
Esta manifestação foi, pois, muito significativa, revelando a vontade dos que com tal diploma, se fora provado, mais serão atingidos dos seus legítimos direitos e regalias.
Há, por isso, que ponderar bem quanto às razões com que de parte a parte se pretendem justificar as alterações propostas.
Com tanta conflitualidade social já existente deve haver dos responsáveis políticos o maior cuidado em não a agravar.

 

O diálogo pode e deve ser proveitoso

Há quem pense que o diálogo não traz com a brevidade desejável as melhores soluções dos problemas.
Porém, nem sempre é assim.
Quando as partes em confronto vão para o diálogo com boa fé, com flexibilidade, sem teimosias exageradas, sem preconceitos injustificáveis é possível obter-se o consenso.
Principalmente quando não há de qualquer das partes o propósito firme de querer sair vencedora quanto aos contornos das questões que motivaram o diálogo.
Parece que foi o que aconteceu nas negociações entre o governo e os armadores e pescadores.
A greve, que estava a ter consequências graves, de natureza económica e social, acabou por ser suspensa às 24 horas do dia 4.
Mas tal solução não agradou a muitos dos grevistas e os de Olhão só vieram a suspender a greve às 2 horas da manhã do dia 5.
É que as propostas do governo (isenção da Segurança Social durante um período e uma linha de crédito bancário de 40 milhões de euros), ora acabando por ser aceites, não deram plena satisfação aos grevistas, que exigiam a diminuição dos preços da gasolina, do gasóleo.
Cremos que a solução encontrada demonstra a boa vontade dos pescadores em não quererem prolongar por mais tempo o que estava a prejudicar não só aqueles mas muitas outras pessoas e actividades ligadas à pesca.
Poderá dizer-se que o diálogo não tem resultados?!

quarta-feira, junho 04, 2008

 

Para ler e meditar

“ É pena que a herança do 25 de Abril, sobretudo a que se enredou em dicotomias fáceis, tenha excluído uma das palavras que mais ajudaram a sustentar as maravilhas ( e também os excessos) da Revolução dos Cravos. Essa palavra é “ povo”.”
( João Lopes, no Diário de Notícias de ontem)

 

As “ birras” começaram no PSD

A nova Presidente deste partido entende que a eleição para a direcção do grupo parlamentar deverá realizar-se depois do Congresso.
Santana Lopes, porém, entende que tal acto deve fazer-se desde já, no próximo dia 11.
Esperava-se que a Drª Manuela Ferreira Leite tivesse dificuldades em gerir o partido mas, pelos vistos, as “ birras” começaram já!
E, claro, com o Dr. Santana Lopes a querer continuar no centro das atenções.
Foi, na verdade, difícil para ele ser derrotado nas eleições internas!
No futuro, a que se assistirá mais naquele partido?!

 

Não houve combinação na fixação dos preços dos combustíveis?

Foi essa a conclusão do relatório da Autoridade para a Concorrência, apresentado no Parlamento.
No entanto, também ali se diz que embora não tenha havido a prática de um cartel, terá havido um certo paralelismo por parte das gasolineiras quanto aos sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis!
Ora, um cartel ou se faz às claras (o que não é normal) e então pode provar-se, ou se tal não acontecer é muito difícil ou mesmo impossível a sua verificação.
Mas o que é isso de “ paralelismo” de posições das gasolineiras?!
Não foram os preços da gasolina e do gasóleo aumentados praticamente à mesma hora dos mesmos dias?!
Foi pura coincidência?
É, na verdade, muita coincidência...
Será que em cada empresa de combustíveis há “ bruxos” que prevejam, com certeza, o que se vai passar nas outras empresas?...

terça-feira, junho 03, 2008

 

Censurável...

Soube-se agora que a Federação Portuguesa de futebol vai cobrar bilhetes a todos os que desejam ver o treino da nossa Selecção.
É, quanto a nós, simplesmente censurável essa tomada de posição.
Os milhares de portugueses que receberam em ambiente de apoteose e de patriotismo, a nossa embaixada desportiva na Suiça mereciam que fossem “recompensados” permitindo-se-lhes que assistissem gratuitamente ao treino.
Muitos desses nossos compatriotas não arranjaram bilhetes para os jogos do Euro 2008 ou, então, não podem comprá-los.
E não é justo que não se lhe dê a oportunidade de verem “ os craques” do futebol português.
Aliás, pelo que se sabe, só em relação à nossa Selecção é que os assistentes a treinos têm que pagar bilhete!

 

Fisco avisa devedores pelo telefone!

O Ministério das Finanças vai adoptar uma singular medida para cobrança de dívidas fiscais!
Pelo telefone ou por e-mail os funcionários contactarão os contribuintes devedores e lembrar-lhes-ão que têm de proceder aos pagamentos.
Não será decerto um simples aviso, mas, na prática, haverá uma certa pressão sobre os faltosos para liquidarem o que devem ao Estado.
Quer dizer que os funcionários, embora à distância, serão como que “ os cobradores de fraque”, que algumas empresas já utilizam para tentar receber o que lhe é devido.
Francamente não se vê qualquer vantagem na medida agora tomada.
Não será um telefonema ou um e-mail que levará os contribuintes a cumprir as obrigações fiscais.
Poderá haver, sim, uma pressão de tal forma forte e incorrecta por parte de alguns funcionários menos prudentes e cuidadosos, o que não é aceitável.
Onde foi o Ministério das Finanças buscar essa ideia?!
É que, quase sempre, importa-se o que se faz lá fora e nem sempre é bom.

 

A solidariedade partidária

A solidariedade dos militantes em relação a qualquer partido não pode ser absoluta, sem limites.
Principalmente quando o programa partidário não está a ser cumprido com rigor pelos respectivos responsáveis.
É, nesse caso, desejável até, que alguém erga a voz e, com coragem, se manifeste com o objectivo de no Partido se reflectir, levando-o a regressar à suas raízes essenciais.
Um partido não é, não deve ser, um repositório de pessoas que só abanem a cabeça em sinal de concordância com o rumo tomado, mesmo que se afaste das suas matrizes.
É que, se se quiser alterar na prática quotidiana o que se contém no programa partidário, então que se mude este.
Poderá dizer-se: o militante que não aceita os desvios da linha programática tem como solução sair do partido.
Mas, salvo o devido respeito não é assim.
O partido não tem “ culpa” de os seus responsáveis nem sempre agirem de acordo com os princípios e valores que o caracterizam, que são as suas traves mestras.
É a fidelidade a tais princípios e valores que mais deve importar.
Daí que seja legítimo que num partido haja os que se propõem conduzi-lo a essa fidelidade.
A tal solidariedade, que alguns reclamam, não pode ser cega, não pode exigir que se aceitem desvios do programa de um partido.
É, na verdade, desejável e benéfico que surjam vozes a ser motivo pelo menos de reflexão, a qual pode determinar mudança de rumo.

segunda-feira, junho 02, 2008

 

Para ler e meditar

“ A democracia exige uma certa cultura, com valores como o respeito pela lei e a convivência pacífica entre pessoas e grupos com ideias e crenças diferentes. É um acordo para discordar, sem violência”.
( Francisco Sarsfiel Cabral em artigo in Público de hoje)

 

Operários qualificados, onde?!

Um responsável de um sindicato da construção civil mostrou já preocupação quanto ao facto de estar a verificar-se a saída do país de muitos operários da construção civil, sobretudo para Espanha onde ganham salários mais altos dos que lhes pagam aqui.
E o pior é que os que vão trabalhar para fora de Portugal são, geralmente, operários qualificados, ficando entre nos os indiferenciados.
A preocupação daquele sindicalista, que prestou declarações na RTP1 é maior quando o governo tem anunciado grandes obras, como pontes, barragens, auto-estradas, etc, sobretudo no Norte.
Onde se irá encontrar operários com qualificação para trabalhar nessas obras?
É que com os salários baixos praticados em Portugal, os que estão fora não regressarão.
Mais um problema sério que o governo terá que resolver se quiser que as obras programadas (algumas delas com início já marcado) sejam realizadas dentro das melhores regras da construção civil.

 

Bastião Santanista?!

No distrito de Coimbra, foi apenas no nosso concelho que o Dr. Santana Lopes conseguiu a vitória nas eleições directas do PSD.
Quer dizer que os social-democratas figueirenses continuam fiéis àquele polémico político, podendo dizer-se que a nossa cidade, no âmbito do país, foi um bastião santanista naquelas eleições.
Porquê?
Os que votaram nele vêem-no com um mérito político superior aos outros? Ou foi apenas por uma questão afectiva que ele soube angariar e cimentar enquanto foi presidente do município figueirense.
Santana Lopes deixou aqui amizades que, agora, mesmo à distância tem preservado e o certo é que, segundo dizem os seus mais próximos, ele sabe mesmo ser amigo dos seus amigos!
Isso é uma virtude.
Assim ele a tivesse também quanto à sua vida política, que não lhe tem corrido bem...
E mesmo quanto à sua acção como Presidente da Câmara da Figueira há quem teime em enaltecer sem limites o que não merece.
Basta lembrar a difícil situação financeira que levou à Câmara que lhe sucedeu.
Isso é alvo de negativo da sua passagem pela Figueira.

 

A Selecção a caminho do Euro 2008

Os portugueses animam-se sempre com o futebol!
E esquecem por algum tempo a vida difícil que têm na actual crise económica e social.
Sempre foi assim, o povo precisa de, por vezes, se distrair dos muitos problemas que tem de enfrentar...
Só que há muitos que nem o futebol conseguir afastá-los de sentir a sua triste situação.
Mas, decerto, não deixarão de vitoriar a nossa Selecção se ela for bem sucedida em tão importante competição de futebol, como é o europeu.
Pelo que se viu, foi, como era de esperar, muito significativa a saída dos nossos representantes, aos quais alguns milhares quiseram manifestar o seu afecto, a sua solidariedade, o seu desejo de uma boa prestação desportiva na Suiça e na Áustria.
Tomaram alguns políticos sentir da parte dos seus adeptos o apoio que à Selecção foi manifestado.
E foi notável a recepção na Suiça por parte também de milhares de portugueses que ali trabalham e residem.

domingo, junho 01, 2008

 

Para ler e meditar

“ O grande défice português é o social “
( Manuel Alegre na última Visão)

 

Dia Mundial da Criança

Se todas as crianças merecem, neste dia que lhe é consagrado um pensamento especial, não há dúvida que não podemos esquecer sobretudo as que mais sofrem.
E em todo o mundo são muitos milhões as crianças que passam fome, que morrem sem a devida assistência médica, que não têm as mínimas condições de higiene, que não têm casa, que são vítimas de maus-tratos e violências de toda a ordem.
A televisão, que traz até nós, diariamente, essa lamentável realidade terá de provocar uma reflexão séria e o propósito de, pelo menos, dispensar às crianças que estão perto de nós mais uma atenção constante para que mais facilmente se possam ajudar nas suas necessidades.
É que, na verdade, entre nós há ainda muitas crianças com uma vida difícil, de grande sofrimento.
Encontremos, pois, neste Dia Mundial da Criança, a disponibilidade precisa para, por várias formas ao nosso alcance contribuirmos para melhorar as condições de vida das crianças, que são o futuro das sociedades.

 

Assim não!

Quem viu na televisão o que, ontem, se passou em Matosinhos com a inutilização de uma enorme quantidade de peixe, teve que se indignar.
Os pescadores, em greve, quiseram impedir que os comerciantes vendessem peixe vindo de Espanha e que se encontrava nos armazéns. Mas tentou-se que os comerciantes o entregassem em instituições de solidariedade, o que eles não aceitaram.
Foi, então, que os grevistas entraram em confrontos com a PSP que estava no local, acabando os grevistas por inutilizarem o peixe.
Os pescadores consideraram como censurável que o peixe de Espinho pudesse vir a furar a greve, o que os comerciantes pelos vistos não acharam mal comprar esse peixe.
Claro que causou pena que tanto peixe fosse destruído, quando há muita fome no nosso país.
Mas também é de lamentar que os comerciantes tivessem recusado a oferta do peixe a instituições que podiam distribui-lo pelos carenciados.
O que há a retirar do episódio violento de Matosinhos é que a crise do sector das pescas está a agravar-se. E também já se percebe a afirmação do Ministro da Agricultura e Pescas quando referiu que apesar da greve não faltará peixe nas bancas de venda.
Ele aparecerá vindo de fora!

 

Má saída

Luís Filipe Menezes saiu mal da liderança do PSD!
Em declarações prestadas no final do acto eleitoral não se conteve e revelou a sua animosidade para com alguns seus companheiros de partido que, segundo disse, lhe tornaram muito difícil, mesmo impossível a sua acção política.
E chegou a chamar-lhes “ canalha”!...
Menezes que, pelo menos aparentemente, tinha demonstrado ser uma pessoa calma e educada perdeu agora “ as estribeiras”!
Teve, pois, uma má saída, imprópria de quem está num partido democrático.
Mas será por muito tempo que ele e outros se manterão no PSD?
O futuro o dirá...

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