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segunda-feira, janeiro 30, 2006

 

O aniversário da Casa do Pessoal do Hospital

No jantar-convívio da Casa do Pessoal do HDFF participaram cerca de 500 pessoas, num ambiente muito simpático e acolhedor.
Houve discursos: o do Enfermeiro Celso Morais, presidente cessante daquela Casa, que relatou as muitas actividades realizadas e manifestou a esperança de que, no futuro, se continue com êxito a acção valiosa daquela Casa; o do Presidente do Conselho da Administração do Hospital, Dr. Fausto Carvalho, que se congratulou com o 30º aniversário que estava a ser comemorado, felicitando os dirigentes da Casa do Pessoal pelo dinamismo e acerto com que têm exercido as suas funções, promovendo a solidariedade e o melhor relacionamento entre os associados; o da Drª Teresa Machado, em representação da Câmara, que, além das saudações que se impunham, prometeu o apoio camarário sempre que preciso e possível às iniciativas da Casa do Pessoal do HDFF.
Foi lançada a medalha comemorativa deste 30º aniversário, muito bem concebida, e foram entregues prémios àqueles que ganharam um concurso destinado a estudantes.
Foram ainda feitas referências especiais e chamados ao palco vários amigos da Casa do Pessoal, como António Alves Barbosa, Dr. José Luís Ribeiro, José Carlos, Mário Silva e outros.
O jantar foi animado com uma excelente exibição do Rancho das Salineiras de Lavos e com música ao vivo.

 

Bill Gates

O homem, que segundo dizem, é o mais rico do mundo está aproximar-se de Portugal, anunciando vir realizar aqui alguns dos seus projectos sempre de grande monta.
Não há dúvida de que o nosso país está a atrair grande capital dos que querem promover significativos investimentos.
O que é preciso é saber aproveitar bem esta “ maré” da tendência dos milionários estrangeiros em desejarem aplicarem em Portugal o seu dinheiro.
Mas há que controlar o que pretendem fazer, aceitando o que, efectivamente, importa à nossa economia e recusando o que apenas poderá importar aos interesses de tais capitalistas.
Precisamos, é certo, que sejam criados muitos postos de trabalho, mas, evidentemente, não a qualquer preço!
Tenhamos esperança que o nosso governo se preocupe em saber escolher bem.

 

“Revolta” na Fatah

Porque perderam as eleições na Palestina, os militantes da Fatah não aceitaram tal resultado negativo e “ revoltaram-se” contra os principais responsáveis do seu partido, exigindo a sua demissão imediata. As ruas encheram-se, muitas das pessoas com armas e gritando palavras de ordem contra os que, até há pouco, eram os seus chefes políticos respeitados.
Quer dizer que o receio de que a Hamas, que teve ganho nas eleições criasse problemas, sobretudo por ser contra a paz com Israel, afinal foi a Fatah que começou a provocar questões embora a nível interno.
Enfim, será muito difícil, por uma razão ou por outra, que naquela zona do Médio Oriente deixe de haver complicações políticas e também violência!

 

Um nevão na Figueira

Na nossa cidade, durante cerca de duas horas viu-se um espectáculo invulgar e, na verdade, muito lindo: a neve caiu, cobrindo de branco o extenso areal da praia, os verdes dos jardins e das árvores e os carros.
Nevou a princípio pouco mas, depois, chegou mesmo a nevar com certa intensidade.
Há cerca de 20 anos que não sucedia nevar nesta terra com tanta intensidade.
É bem certo que estão alteradas as condições climáticas.
O nosso planeta já não é o mesmo, não se conhecendo ainda as consequências que advirão das mudanças que, quase dia a adia se vão verificando.
Será que a Figueira da Foz virá a ser uma estância de turismo de Inverno, como um bela pista de neve na nossa praia!?

sexta-feira, janeiro 27, 2006

 

Os processos executivos

Para aliviar os Tribunais, o legislador prescreveu um outro formalismo para os processos executivos.
E foi então que apareceu a figura do solicitador da execução!
A intenção talvez fosse boa, mas não tem dado resultado, pelo contrário, são enormes os atrasos na resolução desses processos.
Não é já só nos hospitais que há listas de espera para solucionar casos clínicos. Também agora as execuções crescem aos montes nos tribunais à espera que alguém as faça andar!
Ainda há pouco tempo soubemos que numa comarca de província de cerca de 2 mil processos executivos em 2005, apenas terminaram 40!
E em Lisboa ou Porto como será?
Os advogados vão tendo de lidar com o descontentamento e mesmo indignação dos seus patrocinados, que estão anos a aguardar o que lhes é devido e já foi fixado em sentenças que, infelizmente, não são cumpridas.
Impõe-se, na verdade, que se estude com urgência como será possível acabar com o verdadeiro “ escândalo” que está a acontecer com os processos executivos.
É que a situação actual é mais um facto que leva à descredibilização da Justiça ainda que sem culpa dos Magistrados, dos advogados e dos funcionários judiciais.

 

Más condições do porto da Figueira

Os operadores do porto queixam-se de que os barcos de mais calado estão a desviar-se da Figueira, indo para Aveiro, porque, segundo dizem, estão a piorar as condições do nosso porto.
E, é claro, isso traz prejuízo àqueles profissionais e à própria economia da nossa cidade.
Parece que são precisas dragagens, as quais, decerto, não têm sido feitas por falta de verbas.
Não será por negligência que esses trabalhos não se realizam pois quem está à frente da Delegação na Figueira do Instituto dos portos não tem deixado com certeza de diligenciar junto de quem de direito no sentido de lhe serem dados meios para melhorar as condições do porto.
Este é, porém, como se sabe, um elemento importante para a economia local, pelo que deve dar-se-lhe a possibilidade de bem cumprir a sua finalidade.

 

A Associação Nacional dos Jovens Advogados e a Universidade Internacional

A referida Associação, através da sua Delegação nesta cidade, ontem empossada, e o pólo da Universidade Internacional assinaram um protocolo de colaboração e cooperação, em que esta facilita àquela um espaço para funcionar, além de em conjunto promoverem colóquios, conferências, cursos de formação, etc.
Foi um bom passo dado no sentido de se poder vir a ajudar os jovens advogados a superar certas dificuldades e quase sempre sentem no início do exercício da sua profissão.
E é de louvar a boa vontade e compreensão demonstradas pela Universidade Internacional.

 

A Biblioteca de Luís Cajão

Encontram-se já na nossa Biblioteca Municipal os muitos livros que o nosso conterrâneo e escritor Luís Cajão doou há já anos à Câmara.
Foi a pedido dele que a sua biblioteca veio para a Figueira, antes mesmo do seu falecimento como constava da escritura de doação.
Mais um figueirense ilustre que quis enriquecer o património cultural da nossa terra.
Não só por esta dádiva valiosa, mas pelo seu mérito como escritor, devia o nome de Luís Cajão figurar na toponímia figueirense.
Aliás, já há muito que tal sugerimos.

 

Há 250 anos nasceu um génio da Música

Foi em Salzburgo, Áustria, que há 250 anos nasceu Wolfang Amadeus Mozart, que apenas com cinco anos começou a compor música e a tocar piano.
Naquela cidade está já a realizar-se um vasto e muito valioso programa comemorativo da efeméride, que atrai melómanos de todo o mundo.
Não só haverá concertos variados, como também exposições, colóquios, etc.
Mas também em Portugal Mozart será lembrado através da sua música que vai ser tocada na Casa da Música no Porto, no teatro de S. Carlos, na Gulbenkian, na Fundação António de Almeida e no Colombo.
Mozart foi pródigo na sua produção musical ficando-se-lhe a dever inúmeros concertos para piano e cordas, música sacra, óperas (22), sinfonias, serenatas, sonatas.
Foi, sem dúvida, um expoente máximo da Música, que ainda hoje permanece admirado, respeitado e muito ouvido através das suas composições melódicas.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

 

Casa do Pessoal do Hospital Distrital da Figueira da Foz

No próximo dia 28, pelas 21h30m, a Casa do Pessoal do nosso Hospital vai promover um Sarau comemorativo do 30º aniversário, no Teatro Caras Direitas.
Amanhã, dia 27, num restaurante da zona industrial, realiza-se integrado no programa desse aniversário, um jantar-convívio.
Conhecendo as actividades já exercidas ao longo dos anos da sua existência, a Casa do Pessoal do HDFF merece, sem dúvida, as melhores felicitações, pois, além dos êxitos já obtidos em vários eventos, tem sabido congregar a grande família de profissionais de saúde que trabalham naquela unidade hospitalar, fomentando a aproximação e a amizade entre eles.

 

Associação de Jovens Advogados

A Associação Nacional dos jovens advogados portugueses ( ANJAP) fez instalar nesta cidade uma delegação, que será presidida pela jovem advogada Dr. ª Maura Azevedo que, decerto, com os seus habituais dinamismo e empenho conseguirá cumprir bem as suas funções.
O objectivo essencial daquela Associação é, evidentemente, a defesa dos interesses dos jovens advogados.
A abertura da Delegação referida é assinalada hoje, com um jantar-convívio num hotel desta cidade.

 

Sócrates na Auto-Europa

O Primeiro-Ministro visitou hoje aquela fábrica, para se inteirar da montagem dos novos modelos produzidos ali e ainda para experimentar um desses modelos, que lhe mereceu bons elogios.
Mas mais do que isso importa frisar que esta visita teve como finalidade principal manifestar à administração e aos trabalhadores de tal empresa a sua satisfação pela maneira consciente e correcta como resolveram os problemas laborais que existiram, encontrando-se por um louvável acordo a possibilidade de tão importante pólo industrial continuar a sua laboração.

 

As eleições palestinianas

Contra o que chegou a ser noticiado, foi o partido Hamas que ganhou as eleições palestinianas, ontem realizadas.
Fatah que tem estado no poder e que era o esperado vencedor, afinal perdeu e o primeiro-ministro já pediu a demissão, para, segundo disse, facilitar a formação de um novo governo.
O Hamas, porém, também já fez saber que está disposto a organizar um governo em que participem elementos do Fatah.
E mostrou-se disponível para através de conversações, e não da violência tentar resolver as questões com Israel.
Será que isso vai acontecer?
O Hamas tem levado frequentes ataques ao país vizinho, sendo considerado pelos responsáveis israelitas como um grupo de terroristas!
Daí que seja difícil ainda desta vez ser solucionada a questão naquela zona do médio-oriente.
Ariel Sharon afastado, por doença, da vida política faz, agora falta pois parecia estar, enfim, convencido a fazer a paz.

 

A primeira encíclica do Papa Bento XVI

Pela maneira insistente como o actual Papa tem falado do ecumenismo, esperava-se que a sua primeira encíclica tratasse de tal tema.
Mas não. Intitula-se tal documento “ Deus é Amor” e nele desenvolve essencialmente a caridade, a justiça, a acção social, o amor humano e o amor divino.
Como alguém já disse esta encíclica é bem um programa de pontificado, em que o Papa reafirma o que desde o Consílio Vaticano II tem sido os seus princípios teológicos e os seus ensinamentos.
Porém o Papa não deixará, decerto, de concretizar o que tem dito ser a sua prioridade primeira: a reaproximação entre cristãos.
Positivo é que nesta primeira encíclica, Bento XVI tenha desejado um maior empenhamento da igreja na justiça e caridade ( a que chama sintomaticamente social ).

terça-feira, janeiro 24, 2006

 

E agora?

Muito embora já se saiba que o Secretário Geral do PS já revelou o seu propósito, o seu desejo de que não haja no interior do Partido qualquer retaliação contra Manuel Alegre, quer-nos parecer que será agora sempre diferente a posição deste no futuro.
É que a sua conduta quanto às últimas eleições provocou “ mossas” em grande parte dos socialistas, chocados naturalmente com o facto de dois camaradas, velhos e grandes amigos, durante já muitos anos referências importantes como democratas e socialistas, aparecessem como rivais na corrida eleitoral!
Ainda se se soubesse claramente o que ocorreu que justificasse tal circunstância...
Mas não. Nunca se soube como procederam os responsáveis máximos do PS relativamente aos convites feitos ( se é que houve convites) até surgir como candidato oficial do Partido o Dr. Mário Soares.
Antes dele houve quaisquer outros compromissos?
Houve quebra de algum que tenha havido, mormente em relação a Manuel Alegre?
Houve apenas simples abordagens?
Impunha-se, na verdade, ter esclarecido já o que se passou e veio a determinar as candidaturas dos dois socialistas.
Como nada se esclareceu, continuando no “ segredo dos deuses” é legítimo que se façam conjecturas, umas beneficiando um, outras tomando posição contrária!
E não é nada bom para o PS que se acabem por solidificar facções que levem a divisões.
O “ preto no branco” relativamente ao caso Soares-Alegre facilitaria talvez um entendimento e a retoma da precisa unidade.
Como irá agora José Sócrates a vida interna do Partido?
Será preciso muito bom senso, muita reflexão, boa vontade e também paciência para tentar unir o que, porventura, ande separado.
O PS precisa de ter força e esta vem essencialmente da sua unidade.
Até porque não se sabe ainda se a colaboração do novo Presidente da República com o governo vai ser ou não fácil e um partido do governo forte e coeso é sempre importante!

 

Ainda as Comissões de Protecção de Menores e Jovens em Risco

O presidente da Comissão Nacional foi a Viseu manifestar a sua solidariedade à Comissão local, que tão criticada tem sido por um caso de maus tratos que levou uma bebé ao hospital, em estado grave.
Não sabendo ainda as conclusões do inquérito que está a decorrer, não podemos, claro, pronunciarmo-nos em definitivo, mas quer-nos parecer que houve uma certa precipitação na atitude daquela individualidade.
E se se vier a averiguar que efectivamente houve culpa ou, pelo menos, negligência por parte da referida Comissão Viseense?!
Sabe-se que os membros das Comissões de protecção de Menores e Jovens são, quase sempre, pessoas bem intencionadas mas que não se dedicam a tempo inteiro às tarefas dessas Comissões.
São como que voluntários que se interessam por questões sociais e é certo também que não dispõem dos recursos humanos e financeiros suficientes para um bom desempenho das suas funções.
E, segundo tem sido já noticiado, mesmo os técnicos que prestam serviços naquelas Comissões fazem-no em “ part-time”.
Ora tais Comissões são demasiadamente importantes porque a elas compete zelar ou prevenir pelos direitos das crianças, promovendo, sendo caso disso, a sanção de quem os desrespeitar ou violar.
Daí que o presidente da Comissão Nacional numa entrevista à “ Visão” reclama a profissionalização de quem integrar as Comissões desta natureza e um mais completo corpo de técnicos.
E também o Ministro da Solidariedade Social se pronunciou já no sentido de serem precisas reformas urgentes nesse sector, de forma a garantir melhor a protecção dos menores, quantos deles ainda de tenra idade e, por isso, manifestamente indefesos.
Que este assunto seja tratado com rapidez e eficácia, para que o nosso país deixe de estar também na cauda da Europa, quanto a agressões, violências e abusos sexuais em crianças e jovens!

 

Os investimentos voltam a Portugal

O Ministro da Economia deve, com toda a razão, sentir-se satisfeito, pois são de elevados montantes os investimentos que algumas empresas estrangeiras resolveram fazer no nosso país.
São muitos milhares de euros que vão ser aplicados em várias indústrias, onde são criados muitos postos de trabalho, não menos de dez mil.
Capitais malásios, espanhóis, americanos e portugueses valorizarão a nossa economia.
Manuel Pinho já falou de verdadeira “ onda de investimento” o que, decerto, vem ao encontro do desejo do governo que, assim, poderá ter mais confiança no desenvolvimento futuro.

 
Ontem, neste espaço, escrevi que Cavaco Silva tinha ganho as eleições em todos os distritos.
Houve, porém, um lapso, porque em Beja quem ganhou foi Jerónimo de Sousa.
Aqui fica a correcção.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

 

Sobre as eleições

Cavaco Silva, embora por uma diminuta margem (não chegou às seis décimas), conseguiu ser eleito, à primeira volta, Presidente da República.
A sua demorada preparação (de anos!) para estas eleições e a sua cuidada e bem apoiada campanha, a que se associou, é inegável, a boa prestação eleitoral do candidato, deram a vitória, pela primeira vez, depois do 25 de Abril, a um representante da direita!
São várias as razões que, quanto a nós, podem explicar tal êxito:
1ª - A esquerda não conseguiu apresentar-se unida ( o PS foi convidado a tal !);
2ª – No próprio partido socialista houve divisão, com duas candidaturas, a de Mário Soares ( o escolhido pelo partido) e Manuel Alegre que, sentindo-se talvez injustiçado pelo seu partido de sempre, impulsionou aquilo a que chamou um movimento de cidadania, com a participação não só de socialistas, mas de pessoas de outras áreas políticas;
3ª – As últimas medidas do governo, embora necessárias, foram impopulares e contrárias até às promessas do respectivo programa, criando-se um descontentamento quase generalizado, sendo certo que a grave crise permanece ainda;
4ª – Cavaco silva não se cansou de repetir que poderia, como Presidente da República, ajudar a resolver tal crise;
5ª – Cavaco Silva é Economista e Professor e até essa sua qualificação teria tido influência na sua escolha por parte do eleitorado.
6ª - Acresce que, com sinceridade ou não, ele sempre prometeu garantir a estabilidade política, a boa colaboração com o actual legítimo governo;
7ª – Nos seus discursos, mostrou-se como um autêntico social-democrata, defensor do diálogo para prevenir e resolver conflitos sociais, da justiça social, da economia ao serviço do social, da preservação dos sectores estratégicos da economia nacional, do combate ao desemprego e à pobreza e exclusão, do desenvolvimento e competitividade, etc;
8ª – Enfim, Cavaco Silva não teve relutância em usar uma linguagem de esquerda, chegando a afirmar numa entrevista ainda recente que, hoje, era um homem diferente que tinha, de certa maneira, evoluído;
9ª – Para além disto tudo deve ainda considerar-se que Manuel Alegre, segundo classificado na corrida eleitoral, não teve apoios partidários, trabalhou sozinho e “ sem rede”, apenas a ele e aos que o acompanharam nesta aventura política se ficou a dever o mérito da posição alcançada;
10ª – A Mário Soares faltou ( e notou-se muito) um maior empenhamento do PS, confiando-se demais no valor da sua personalidade e do seu justo prestígio. Ele fez o possível e quase o impossível, foi muito generoso na sua acção eleitoral, foi acarinhado por onde andou, revelando, para ultrapassar o estafado argumento da sua idade todas as suas capacidades físicas e intelectuais, toda a sua experiência política. Mas, não chegou!
A idade é, na verdade, para alguns um posto, para outros é um “ contra”!
Custa ver um dos mais notáveis políticos portugueses sair de cena desta maneira pois a gratidão que merece de todos os portugueses não lhe foi devidamente manifestada, na hora da verdade, pelo voto!

De tudo isto, é legítimo concluir que alguma esquerda tem culpas, e grandes, em facilitar a vitória, embora sofrida, de Cavaco Silva, que, diga-se, não só colheu os votos da direita, do centro direita, mas também do centro esquerda e até de franjas da esquerda!
Em todos os distritos a vitória foi dele e a vitória não foi mais folgada porque Manuel Alegre teve maior percentagem do que se contava.
Mas, agora, pergunta-se: o que acontecerá no partido socialista em relação à posição tomada por Alegre?
Pertencendo a esse partido, é aceitável que alguém crie um movimento cívico, chamado de cidadania, combatendo o próprio candidato escolhido para representar tal partido?
É evidente que a democracia não se esgota nos partidos, podendo quem a tal se disponha a fazer política e a concorrer a eleições através de meros movimentos cívicos.
Só que, quer-nos parecer, se já se tem uma filiação partidária não será curial que, paralelamente, se resolva a liderar um movimento para, no jogo eleitoral rivalizar com o seu partido!
Mas, claro, tudo o que aqui se escreve é somente uma opinião pessoal.
Para finalizar: o povo é, sem dúvida, quem mais ordena e, por isso, as suas opções são legítimas.
Daí se tenham, agora, os olhos postos no novo Presidente da República e no desempenho que vier a fazer das suas altas funções

sexta-feira, janeiro 20, 2006

 

No final da campanha

Sejam quais forem os resultados eleitorais do próximo domingo pode, desde já, analisar-se, embora com brevidade os comportamentos dos candidatos.
Todos eles, desde os debates televisivos da pré-campanha até às várias e esgotantes acções no terreno, foram incansáveis para fazerem passar as suas diferentes mensagens. Foi uma campanha mobilizadora, que atraiu a todas as realizações eleitorais muitas pessoas, que deram largas ao seu entusiasmo e à afirmação das suas preferências e convicções políticas.
Mário Soares, revelou, a todo o momento, a sua grande experiência nestas “andanças”, quer nos debates da pré-campanha quer nos contactos com os populares quer ainda nos comícios e outras reuniões em que fez discursos vigorosos e conceituosos na sua luta contra o representante da direita.
Percorreu, como aliás, todos os outros candidatos o país de Norte a Sul, do Litoral ao Interior e ainda às regiões Autónomas e Brasil.
E sempre se mostrou com inegável força física e grande pujança intelectual.
Mário Soares cumpriu bem.
Igualmente Manuel Alegre fez uma campanha muito aceitável, sobretudo se se tiver em conta que não teve apoio de qualquer estrutura partidária. A sua campanha foi, sim, um movimento de cidadania (como ele lhe chamou) sem dúvida valioso, que congregou muitos apoiantes de várias áreas políticas e independentes.
Não tão bom nos debates televisivos, foi, porém, bem nos actos de rua e nos comícios e jantares-convívio, em que, mais uma vez, se revelou um grande orador.
Cavaco Silva, quanto a nós, começou mal, não conseguindo apresentar-se sem a sua habitual arrogância, com pouco à vontade e com dificuldade de comunicação abusando do seu ar professoral.
Mas, o certo é que, pouco a pouco melhorou e, mesmo nas acções de rua, mostrou-se receptivo e colaborante às grandes manifestações de bom acolhimento que teve.
Ficou, contudo, por explicar como é que ajudaria o governo a resolver a crise existente, como tantas vezes repetiu, conhecendo, como deve conhecer, quais os poderes presidenciais.
Jerónimo de Sousa foi, sem dúvida, a grande revelação nesta campanha eleitoral, tendo sempre uma nota muito positiva em todos os actos em que interveio.
Não lhe faltou simpatia, afabilidade, modéstia, entusiasmo e firmeza de convicções, adaptando-se muito bem aos meios que visitou. Fez uma campanha alegre, dinâmica, com estrita coerência quanto aos valores que defende. Foi o melhor de todos os candidatos comunistas que concorreram já a eleições.
Francisco Louçã exibiu, quer nos debates televisivos quer em todos os actos da campanha, a sua brilhante inteligência, a sua boa preparação política, o seu discurso fluido e acessível e também a sua natural simpatia.
Garcia Pereira foi um candidato sozinho, esforçado como sempre, que foi até discriminado nos debates televisivos. É notável a sua persistência em marcar a posição do seu partido em todas as eleições.
Mas também desta vez serão poucos os seus apoiantes, dado o radicalismo que defende.
Está feita esta esgotante corrida eleitoral.
A meta está à vista, mas só no domingo se saberá qual é o vencedor.
Para já foi a democracia que venceu e isso já é bom!

quinta-feira, janeiro 19, 2006

 

Votar

Votai em 22 do corrente.
Votar é um dever cívico que não deve deixar de ser cumprido.
É altura de escolher um novo Presidente da República, que saiba prestigiar num mundo o nosso país, que saiba dialogar e prevenir ou resolver sem perturbação os conflitos sociais que surjam, que saiba conviver com todas as forças políticas, garantindo a estabilidade e o melhor funcionamento das instituições democráticas.
É altura de escolher quem tenha experiência política, determinação para se opor, quando necessário, a lei injustas, inconstitucionais ou capazes de penalizar sem razão os mais carenciados.
É altura de escolher quem se preocupe constantemente com a defesa da justiça social e procure evitar descriminações de qualquer natureza.
Votai, votai em consciência, utilizai bem o voto livre que tendes e que a Revolução de 25 de Abril nos proporcionou.

 

Os advogados públicos

Serei talvez dos poucos que, neste país defendem a criação de um corpo de advogados públicos, que dêem assistência jurídica gratuita a quem precisa dela.
Não me repugna, pelo contrário, aceito que tais advogados prestem os seus serviços recebendo uma remuneração do Estado, desde que disponham de um estatuto próprio que garanta a liberdade e independência no exercício da sua profissão, tal, como, aliás, agora acontece com os advogados oficiosos.
Com a vantagem de estarem mais aptos para orientarem os processos que lhes forem destinados, pois esses advogados públicos para o serem, teriam de submeter-se a um curso ou estágio num Centro dependente da Ordem de Advogados, saindo daí com a preparação precisa para darem com competência a assistência jurídica.
Em cada comarca haveria um número desses advogados considerado suficiente em relação ao número de habitantes ou à média de números de processos e, logo que alguém fosse detido, seria obrigatório chamar um desses profissionais se, porventura, o detido não tivesse já ou não preferisse um outro advogado privado, digamos assim.
A presença de um advogado público logo no acto e local da detenção, asseguraria o cumprimento da lei e a observância dos direitos fundamentais do detido.
Claro que esse corpo de advogados públicos precisaria de um bem pensado e elaborado regulamento.
Quer-nos parecer que a Justiça seria melhor servida com aqueles advogados do que com os advogados estagiários, tal como hoje são feitos os estágios, e quem se visse privado da sua liberdade ficaria melhor assistido.

 

Uma fábrica em Montemor-O-Velho

Uma grande unidade fabril para produção de pilhas de hidrogénio vai ser instalada em Montemor-O-Velho.
Serão mais e 200 postos de trabalho, alguns deles a exigir certa qualificação.
Para além deste importante investimento industrial, prevê-se a criação de um centro de investigação e desenvolvimento na área do biogás e na valorização da biomassa.
É um grupo da Malásia que vem investir em Portugal, investimento este de valor muito elevado.
Montemor-O-Velho está de parabéns por ter ganho este importantíssimo benefício para a sua economia.
Sem qualquer ponta de inveja, o certo é que bem gostaríamos que a Figueira fosse também contemplada com instalações industriais semelhantes.
Bem era preciso!

quarta-feira, janeiro 18, 2006

 

A Sociedade de Instrução Tavaredense

Foram já 102 anos de existência os que aquela prestimosa Colectividade comemorou com a realização de uma sessão solene em que foi orador oficial o Eng. Daniel Santos.
A Sociedade de Instrução Tavaredense cuja alma, durante muito tempo, foi José da Silva Ribeiro que dirigiu com muita competência o grupo de teatro tem sabido manter o muito prestígio alcançado no passado.
Àquela casa de Tavarede têm-se dedicado homens e mulheres de grande vontade e com o firme propósito de continuar uma obra cultural de muito mérito.
Vítor Medina que permanecerá a liderar a Colectividade anunciou os seus projectos futuros e as suas necessidades.
Vítor Medina é autor de duas valiosas obras sobre a História de Tavarede e das suas Colectividades, tendo, segundo se sabe, já pronto mais um livro.
José Elísio de Oliveira como Vereador das Colectividades discursou no final da sessão, tecendo justos louvores à aniversariante e prometendo o apoio da Câmara às prementes obras de que o edifício precisa.
Daqui felicitamos vivamente a Sociedade de Instrução Tavaredense, evocando com saudade e emoção a memória de José da Silva Ribeiro de quem fui sempre grande amigo e admirador.

 

A morte do Dr Leonardo Ribeiro de Almeida

Fomos surpreendidos hoje com a notícia do falecimento do Dr. Leonardo ribeiro de Almeida
Conhecemo-nos no período dos trabalhos da Assembleia Constituinte e, entre nós, estabeleceu-se uma boa amizade.
Era um homem recto, coerente com os princípios e valores que defendia, muito estimado e considerado por todos os deputados daquela Assembleia.
Social-democrata autêntico, foi um dos que primeiramente aderiu ao então PPD, agora PSD, e nele se manteve sempre.
Embora, há muito em campos políticos diferentes, sempre a nossa amizade pessoal perdurou.
Foi Presidente da Assembleia da República e Ministro da Defesa num governo de Cavaco silva.
Aqui lhe presto homenagem à sua memória.

 

Os 50 anos da Fundação Gulbenkian

Esta importante Fundação que veio influenciar muito a sociedade portuguesa, em múltiplos aspectos (artístico, cultural, científico, educativo) vai comemorar meio século de existência.
Está a ser organizado um vasto e valioso programa de realizações, que se estenderá até 2007.
Claro que não será esquecido o Dr. José de Azeredo Perdigão, que foi residente vitalício daquela Fundação e que a desenvolveu e prestigiou, administrando-a com a maior eficácia e proporcionando-lhe os meios para que cumprisse integralmente as suas finalidades.
A Fundação Gulbenkian deve-se, evidentemente, ao grande magnate do petróleo Calouste Gulbenkian que, a certa altura da sua vida, escolheu o nosso país para residir e aqui acabar os seus dias.
Mas deve-se também, em grande parte, ao advogado Dr José de Azeredo Perdigão, que aquele capitalista incumbiu de pôr de pé a sua ideia de dotar Portugal com uma Fundação.
Azeredo Perdigão que casou com a figueirense com a Drª Madalena Biscaia de Azeredo Perdigão, teve nela uma valiosa e entusiástica colaboradora, a qual criou na Fundação a “ ACARTE” e foi, durante muitos anos, uma dinâmica e competente directora do departamento de música.
A Azeredo Perdigão e, decerto, por influência de sua Mulher ficou a dever-se o Edifício do Museu e Biblioteca da nossa cidade construído a expensas da Fundação.
No programa do seu 50º aniversário, colaboram figuras grandes, nacionais e estrangeiras, nas artes, na cultura, na ciência, na política, etc.
Os muitos eventos que farão parte do programa serão, com certeza, de molde a prestigiar ainda mais a Fundação aniversariante.

terça-feira, janeiro 17, 2006

 

Aos indecisos

São muitos ainda os portugueses que, neste momento, não tomaram uma decisão quanto ao seu voto nas eleições de 22 do corrente?
Essa indecisão não deve manter-se, não se deve preferir não votar a procurar esclarecer-se.
Tal esclarecimento pode obter-se lendo os jornais, ou quem não saiba ler deve trocar impressões com outros melhor informados.
Aliás, as televisões diariamente transmitem reportagens sobre as acções eleitorais dos vários candidatos.
E o certo também é que alguns dos que agora disputam as eleições são já bem conhecidos do povo português ou já com provas dadas.
Enfim, os agora ainda indecisos têm que procurar todos os meios ao seu alcance para na altura própria saberem votar em consciência naquele candidato que considerem ter as melhores qualidades para exercer as altas funções de Presidente da República.
Continuar-se indeciso até ao fim da campanha é que não é aceitável, pois só quem quis “ voltar as costas” ao que nela se tem passado poderá optar por não se definir a favor deste ou daquele candidato.
Mas, atenção: a eleição é para escolher o Presidente da República e não para o Primeiro-Ministro, e a este compete governar e não àquele.
O Presidente da República tem, sim, podres específicos constantes da Constituição e poderá exercer a chamada “ magistratura de influência”, dialogando com o governo e com as forças políticas, emitindo opiniões ou pareceres.
E pode também, em certos casos, vetar as leis da Assembleia da República e mesmo em situações muito graves dissolver o Parlamento.
Não podem pois confundir-se os poderes do Presidente com os do governo, como alguns pretendem fazer crer, indo prometendo a resolução da grave crise que existe, sabendo de antemão que quem for Presidente não pode cumprir só por si tais promessas.
Enfim, assim como não é admissível a abstenção também não o é que se permaneça na indecisão, depois de uma pré-campanha e campanha que, desta vez, foram esclarecedoras.
A propositada abstenção é uma recusa de um direito que custou a conquistar, o voto livre; a indecisão que se quis manter, é, ao fim e ao cabo, também uma atitude que em democracia não é aceitável.

 

Cavaco recusou um último debate

De todos os candidatos, Cavaco Silva foi o único a recusar participar num debate televisivo a seis, que se realizaria na próxima sexta-feira.
Razão por ele invocada?
“ Não quer degradar a democracia; não estamos no terceiro mundo mas num país ocidental e nesses os debates são acordados entre todos os candidatos antes da campanha; não quer agora descredibilizar a nossa democracia”.
Mas, se, na verdade, todos os outros candidatos se disponibilizaram para aquele debate final, porquê a sua recusa? Em que é que a nossa democracia seria afectada?
Um debate final seria, sim, útil, quanto mais não fosse por duas razões: seria a forma de colmatar a descriminação de que foi vítima Garcia Pereira e, pois, esse debate poderia complementar o que até agora foi dito pelos candidatos.
O que poderia era o confronto com os seus adversários não correr bem a Cavaco Silva...
Por exemplo, poderia ser “ obrigado” a esclarecer como é que ele resolveria, como tem dito, certos problemas que preocupam os portugueses.
O que estará no seu propósito que tem sido tabu (em que Cavaco Silva é pródigo), para as afirmações que tem feito quanto à resolução da crise?!
A dissolução da Assembleia para cair o governo, tentando com novas eleições, que a direita se instale no poder?!

 

Soares: o passado, o presente e o futuro

É este o título de um excelente artigo do Dr. José António Pinto Ribeiro, ilustre advogado em Lisboa e meu Amigo.
Nele, se aduzem as razões essenciais, com base nos notáveis passado e presente de Mário Soares, para que ele seja o candidato à Presidência da República que mais convém e maiores e seguras garantias oferece a Portugal.
E também nesse texto, publicado no “ Público “ de hoje, o autor demonstra que, no futuro, só Soares pode cumprir bem os poderes presidenciais, de que, aliás já tem a experiência e não Cavaco Silva que anda a iludir os portugueses quando diz que “ vai tratar de nós, do país, das reformas e da boa governação”.
Cavaco sabe perfeitamente que não pode cumprir o que vem prometendo, que não pode absorver as actividades e os poderes do governo.
E quando isso não se verificar e começarem a pedir-lhe contas do que prometeu, defender-se-á, decerto, dizendo que o governo não presta, não trabalha bem, tem políticas erradas, etc.
Além da crise económico-financeira, criará a instabilidade política e agravará a social.
“ Com Soares, pelo contrário, seremos livres e responsáveis e poderemos, com o seu exemplo de persistência e com a sua lucidez estratégica e, sobretudo, com a nossa mobilização e com o nosso esforço, ser ricos e justos, se assim quisermos.
E se não quisermos só teremos de nos queixar de nós mesmos”.
Assim termina o referido artigo de opinião cuja leitura aconselhamos.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

 

A Navalfoz precisa de ajuda

Esta empresa tem presentemente cem empregados e são várias as encomendas em carteira, provenientes da França, Espanha, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Brasil, além de Portugal.
Para continuar a sua actividade precisa, com urgência, que lhe seja concedido um crédito bancário, que não tem conseguido dado que as suas instalações estão em terreno do domínio público marítimo concedido anualmente.
O banco exige hipoteca, mas esta, por aquela razão, não pode ser feita.
E o certo é que, para trabalhar e poder satisfazer as encomendas que tem, a Navalfoz necessita da ajuda do governo, mormente do Ministério da Economia.
Pelo que já foi noticiado a eurodeputada Ilda Figueiredo que visitou aquela empresa e se inteirou da sua situação, escreveu a Manuel Pinho solicitando a sua intervenção rápida junto da Caixa geral de Depósitos para que esta faça o empréstimo necessário para ser possível o investimento e a manutenção dos postos de trabalho.
Entendemos, porém, que também a Câmara, se já não o fez, devia interessar-se pelo assunto, procurando evitar que desapareça uma empresa da construção naval e caiam no desemprego os seus trabalhadores.

 

Disparates e mais disparates!

Num programa da SIC (onde havia de ser?!) nesta altura da campanha eleitoral, fez-se hoje um inquérito para averiguar quais dos que entraram nesse programa estavam ainda indecisos quanto à votação do dia 22.
E o resultado foi o de que apenas 10% ainda não se tinham decidido.
Mas o que censuramos é o que ouvimos a alguns participantes dando vazão ao seu “ódio” e relação aos candidatos de esquerda, fazendo a apologia de Cavaco Silva como economista e portanto aquele que o país precisa para ser “ posto na ordem”!
Mais do que esse disparate foi uma senhora considerar Mário Soares como o Pinochet de Portugal, afirmando ainda que ele foi um homem da CIA no PREC!
É o cúmulo da injustiça fazer tais apreciações relativamente a quem, como Mário Soares, pode ser considerado como o “ pai da nossa democracia”, lutando como sempre fez no seu passado pela Liberdade, pela Democracia e pela Justiça Social, mesmo depois do 25 de Abril!
Há, na verdade, ainda portugueses de memória muito curta, esquecendo o que devemos a Mário Soares, inclusivamente quanto ao prestígio internacional que granjeou para o nosso país.
Cada um tem o direito de votar em quem quiser mas não tem o direito de insultar (e de que maneira) quem não merece. Isso é próprio de fanáticos, tolos ou extremamente maldosos!
Sem a actuação de Mário Soares, depois da Revolução dos Cravos, o que seria hoje o nosso país?!
Outra senhora que também entrou no tal programa atreveu-se a dizer que só a Cavaco Silva ficou a dever-se a obra das auto-estradas, a barragem do Alqueva, etc.
Então e os fundos vindos da União Europeia, com que se modernizou Portugal, ficaram a dever-se a quem?
A Cavaco silva, não porque ele, a princípio nem era defensor da adesão ao União Europeia.
Por essa adesão, lutou e muito Mário Soares.
Porquê tanto desconhecimento (será mesmo desconhecimento?) e tanta ingratidão para com quem não a merece?
Que haja juizinho, sobretudo naqueles que anseiam pela vitória de uma direita retrógrada, arrogante, autoritária, ditatorial.
Alguém naquele referido programa ainda chegou ao ponto de dizer que se Cavaco Silva for o futuro Presidente da República, como chefe máximo das Forças Armadas poderá utilizá-las para o que der e vier!
Francamente, tanto disparate e tanta raiva se ouviu na SIC (onde havia de ser?!).

domingo, janeiro 15, 2006

 

Haverá surpresas?

Jerónimo de Sousa, que tem feito, com a sua simpatia, coerência e experiência uma boa campanha, encheu o Pavilhão Atlântico com mais de 15 mil pessoas e muitas, muitas outras tiveram que ficar fora do local do comício.
Mário Soares, que tem revelado uma enorme determinação e uma excelente forma física e intelectual, tem tido a satisfação de ver a crescer os seus apoiantes.
Nos comícios de Coimbra e do Porto, Soares, com discursos notáveis, conceituosos e entusiasmantes, mostrou, mais uma vez, todas as suas qualidades de político.
Manuel alegre vai cumprindo bem e igualmente vê apoiarem-no com mais afecto, convicção e em maior número.
Louçã, sempre inteligente e esforçado na defesa dos seus valores, tem tido altos e baixos, com bom acolhimento nalguns locais e menos bom noutros.
Pode dizer-se que os candidatos de esquerda têm sido dignos e fortes lutadores nas suas campanhas e à volta deles vai crescendo uma onda de adesões cada vez maior, que poderá determinar uma segunda volta.
Aliás, o próprio candidato de direita já vai falando na hipótese de uma segunda volta, o que não há pouco tempo admitia sequer.
Cavaco Silva nunca teve, como agora, uma postura de esquerda: não lhe custa cantar a “ Grândola Vila Morena”, diz com frequência que “ é o povo que mais ordena”, fala mais dos direitos sociais e de diálogo, diz não apoiar privatizações de sectores estratégicos da economia, elogia a Administração Pública, chegou já também a afirmar que o problema da idade das reformas poderá não ser assim como sequer, etc, etc.
Estamos em crer, porém, que os portugueses que já conheceram o chamado “Cavaquismo”, com todas as suas más consequências (económicas, sociais, e mesmo políticas) irão, até ao dia 22, reflectir bem e acabar por não se deixarem cair no engodo do Senhor Professor!
Se a concentração de votos se der à esquerda haverá, decerto, surpresas, pelo menos para permitir uma segunda volta e nessa iremos ver como é!

 

Escravatura na Holanda?!

O que se tem visto na televisão e lido nos jornais a respeito do tratamento dado a trabalhadores portugueses na Holanda tem de impressionar-nos e de nos surpreender.
É que sempre tivemos daquele país a ideia de que havia ali civilidade e respeito pelos direitos humanos.
Mas, infelizmente, também há patrões holandeses que “ escravizam” quem trabalha para eles.
Vivem em condições sub-humanas, não lhes é pago o que é devido, não têm horário, passam fome, foram enganados com promessas que não se cumprem, etc.
O Consulado Português não lhes tem valido e só através de funcionários da nossa Embaixada em Haia têm conseguido alguns dos nossos compatriotas resolver certos problemas.
Pelos vistos, a exploração, mesmo em países civilizados e ricos, ainda existe, infelizmente.
Ainda há ambição a mais, desejo de lucros ilícitos à custa do desrespeito dos direitos fundamentais dos cidadãos, sejam quem forem!

sábado, janeiro 14, 2006

 

O comunicado do Procurador da República não chega!

Apesar de o Presidente da República ter dito àquele Magistrado que queria que se averiguasse com urgência, o que se passara com as escutas telefónicas, não é evidentemente, possível que, poucas horas depois, dessa reunião em Belém, a Procuradoria-Geral da República estivesse apta a emitir um comunicado afirmando ser falsa a notícia do jornal “ 24 Horas” !
Fez-se ou não um inquérito aprofundado para que Souto Moura pudesse chegar àquela conclusão?
O referido jornal já voltou a considerar como exacta a notícia, apontando elementos importantes, que, até agora, não foram contestados.
Mário Soares, e não só disse ontem mesmo que este insólito caso é sintoma de que a nossa democracia está doente.
Será bom que o Procurador-Geral da República o considere de grande gravidade e saiba assumir a sua responsabilidade demitindo-se.

 

Mário Soares em Coimbra

Este candidato teve no Grande pavilhão ( a que a SIC chamou apenas sala!) da ACIC em Coimbra um entusiástico acolhimento de milhares de pessoas que enchiam aquele local.
Foram vários os oradores desse jantar-comício, mas, sem dúvida, o discurso de Mário soares foi excelente, revelando, mais uma vez a sua boa forma física e intelectual.
O candidato mostrou-se visivelmente satisfeito, levando-o a considerar aquele comício como “ a prova da sua vitória nas eleições “.
Falta ainda uma semana para o final da campanha e muita coisa pode ainda suceder.

 

Manuel Santos – imagem de um talento

Um compromisso a que não podia faltar impediu-me de estar presente ontem na inauguração da Exposição dedicada ao grande fotógrafo amador Manuel santos, organizada pela Divisão Cultural, no Museu Dr. Santos rocha.
Mas, a Drª Teresa Machado, Vereadora da Cultura, com a sua habitual gentileza fez-me já chegar o catálogo dessa Exposição.
É um catálogo muito bem elaborado, donde consta, além de várias e interessantes notas sobre a vida de Manuel Santos, um conjunto de valiosas fotografias e sua autoria e que bem dão uma visão da Figueira antiga e de algumas das suas actividades.
Manuel Santos foi, na verdade, um excelente fotógrafo a quem se ficou a dever também filmes/ documentários sobre a Figueira.
A exposição com que se pretende homenageá-lo que visitarei em breve, até porque conheci bem Manuel Santos dispensando-lhe amizade e admiração é mais uma importante iniciativa da Divisão Cultural da nossa Câmara, tendo competido a respectiva pesquisa para o catálogo a Ana Paula Cardoso, Guida Cândido, Clara Silva, Guilhermina Ferreira e Madalena Neto, as quais merecem, com toda a justiça, as melhores felicitações.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

 

O país sob escuta!

A notícia do dia: o jornal" 24 horas" noticiou que estiveram já sob escuta cerca de 300 telefones, sendo ouvidas setenta e tal mil conversas!
E com os telefones em escuta estiveram ( não estarão ainda?) altas figuras do Estado, não escapando sequer o Presidente da República.
Quem deu a autorização judicial para serem efectuadas essas escutas e os respectivos registos?
Tudo isso ocorreu, segundo se diz durante o período longo da investigação do processo Casa Pia.
O Procurador Geral da República foi, hoje, logo de manhã, chamado a Belém e à saída disse aos jornalistas que ia ordenar um inquérito profundo para apurar responsabilidades.
Mas serão apuradas?
E o que sucederá aos resaponsáveis?
Uma coisa é certa: aquele Procurador Geral, que tutela o Ministério Público, parece que de nada sabia, o que é muito estranho!
Ou melhor, já não deve estranhar-se, pois aquele Magistrado anda sempre um pouco afastado do que lhe diz respeito!
Se se averiguar que se procedeu ilicitamente às escutas, será que Souto Moura, como responsável máximo, não tirará daí a consequência que se lhe impõe?!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

 

A posse dos novos corpos sociais da Misericórdia – Obra da Figueira

É amanhã, pelas 18 horas que tomarão posse os novos dirigentes daquela prestimosa instituição.
O Dr. Joaquim Barros e Sousa será, de novo, o Provedor, podendo, assim, continuar a sua obra valiosa, que, neste seu mandato, terá como vice-Provedora a Drª Virgínia Gonçalves Pinto que já tem prestado bons serviços naquela casa.

 

Solução feliz na Auto-Europa

Houve, hoje acordo entre trabalhadores e a administração daquela empresa.
Foi difícil mas., mais uma vez, se verificou que o diálogo e o bom senso são sempre úteis para alcançar um entendimento.
Cada trabalhador receberá um prémio anual de 300 euros e o aumento dos salários cifrou-se em 2,5 %.
E assim se salvou um pólo importantíssimo na indústria portuguesa.
Ainda bem!
O que se passou na Auto-Europa deve servir de exemplo em muitas outras empresas em que há problemas laborais.

 

Será desta vez?

O campo de golf, velha aspiração desta cidade, parece estar em vias de ser autorizado.
O respectivo projecto, integrado num empreendimento turístico a construir no Bom Sucesso pertence à Imofoz e decorre o prazo para a apreciação pública.
Não surgirão agora mais obstáculos à realização de uma ambição dos figueirenses que muito iria valorizar a nossa oferta turística?
Oxalá que tudo corra bem e em breve a empresa interessada possa começar as obras.

 

Jorge Coelho na Associação do Turismo de Lisboa

Segundo já foi noticiado, este deputado do PS e figura marcante desse partido, ex-Ministro dos Transportes no Governo do Engenheiro Guterres, foi agora contratado pela Associação do turismo de Lisboa.
A sua principal função será, pelo que se diz na notícia, “ coordenar o plano estratégico de marketing”.
E sendo ele um grande adepto do projecto do aeroporto da Ota, claro que lhe competirá encontrar soluções que, pelo menos, suavizem quaisquer consequências negativas da saída do aeroporto da Portela do centro de Lisboa.
Tarefa, sem dúvida, difícil mas que Jorge Coelho, com a sua experiência, não deixará de cumprir com êxito.
Alguns “ lhe saltarão em cima” por ter aceite mais este cargo.
Mas, ele pode bem com isso.

 

O árbitro deu a vitória ao FCP

Não há dúvida que “ os grandes” do futebol têm sempre muita sorte com os árbitros!
Desta vez, quando a Naval estava empatada com o Porto, jogando de igual para igual e quando já se previa ter que haver prolongamento para se decidir quem seguia em frente na Taça, o árbitro, que primeiramente marcou pontapé de canto, resolveu afinal depois de consultar o juiz auxiliar marcar uma grande penalidade contra a Naval!
E estava feito o segundo golo do Porto.
A televisão mostrou três vezes a jogada e viu-se perfeitamente que a bola tocou apenas no peito do jogador navalista e não na mão.
Enfim, “ coisas” do futebol!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

 

É preciso votar!

O voto é a arma do povo.
É com ele que se participa na vida política nacional, escolhendo quem queremos que nela ocupe os lugares cimeiros.
E o voto custou a conquistar, foi precisa uma luta de muitos anos para que os portugueses alcançassem a liberdade e a democracia em que o voto é um dos sustentáculos.
Por isso, com a aproximação das eleições presidenciais impõe-se que todos usem daquele privilégio que é o voto livre e consciente.
A abstenção é a renúncia lamentável de um direito por que tantos e tantos sofreram, na carne ou no espírito para conquistar.
A abstenção é uma cobardia cívica, é voltar as costas à liberdade de escolha.
Quem a usar não poderá jamais protestar contra o mal que acontecer neste país, nos campos político, social e económico.
Votar é de certa forma, partilhar o poder democrático que foi oferecido aos portugueses no 25 de Abril de 1974.
Há, pois, que votar, fazendo a que julga ser a melhor opção.
Até ao próximo dia 22 que cada um faça uma séria reflexão, um completo exame de consciência, vindo a decidir-se.

 

Sarilhos institucionais

Não se sabendo a que propósito o Dr Pedro Santana Lopes foi convidado a ir ontem à SIC Notícias, para falar sobre as eleições presidenciais.
Embora não esclarecendo o seu sentido de voto revelou, porém, que continua a não ter simpatia por Cavaco Silva, não perdoando que este tivesse mandado retirar a sua imagem do cartaz de propaganda nas eleições legislativas disputadas por Santana Lopes.
E disse, respondendo a uma insistência do locutor, que se Cavaco Silva for o futuro Presidente, poderá haver sarilhos institucionais com o Governo.
Efectivamente dizemos agora nós, com a sede de Cavaco Silva se intrometer na governação, é natural que, a certa altura, o Primeiro-Ministro não aceite isso e, então, poderá haver complicações, havendo, inclusivamente, um choque de personalidades quanto ao efectivo exercício do poder.
Santana Lopes não perdoa e, desta vez, até pode ter razão quanto àquele seu pensamento.

 

Sobre a Ministra da Cultura

Isabel Pires de Lima está, agora, no banco dos réus da opinião pública.
Tem contra ela das mais gradas individualidades da cultura a propósito da substituição do Director do Teatro Nacional D.Maria, que não lhe poupam críticas sobretudo pela forma como foi “ despedido” aquele Director.
Estará talvez a fazer substituições a mais e isso cria sempre polémicas.
Mas, o que mais impressiona foi a Ministra sugerir que os livros best sellers deviam ter um IVA de 20% e os outros livros de 5%!
Na verdade, a deputada Zita Seabra, agora na bancada do PSD tem razão em censurar que se faça tal sugestão num país em que não se lê!
E Zita Seabra sabe do que fala pois até há bem pouco tempo foi responsável por editoras.
Por outro lado, também o que se refere ao património, aos museus, ao apoio às artes, e a uma política cultural bem estruturada, estão a ser postos em causa, sendo certo que a Ministra na conferência de imprensa que deu, juntamente com o seu Secretário de Estado não convenceu, não aproveitando a ocasião para não só falar do caso do Teatro D.Maria, mas expor os seus projectos para o futuro da nossa Cultura.

 

A defesa dos guardas da PSP e da GNR

Têm ocorrido ataques a guardas daquelas duas Corporações, alguns deles provocando não só ferimentos mas mesmo mortes.
E vêm dizendo os responsáveis da PSP e da GNR que lhes faltam meios de defesa, já que são obsoletas as armas de que dispõem, quando, afinal os criminosos, quanto a armamento, estão normalmente bem apetrechados com o que há de mais moderno e eficaz.
Quer dizer que aqueles elementos da autoridade não têm condições para se lhes oporem, incapazes, portanto, de bem cumprirem a sua missão.
Nem sequer podem defender-se convenientemente quando atacados!
Há, na verdade, que exigir dos agentes da autoridade qualidades de coragem, de determinação, de boa formação profissional, mas a isso deve proporcionar-se-lhes os meios mais adequados para actuarem, quando precisam.
É, pois, urgente e premente que tal se faça, pois os agentes da autoridade merecem que quem de direito cuide da defesa da sua integridade física.

 

Afectuosa recepção a Manuel Alegre em Coimbra

Quer na baixa daquela cidade onde teve um entusiástico acolhimento, quer no Teatro Gil Vicente, cheio de público, que foi o local escolhido para a realização do comício da noite, Manuel Alegre sentiu-se decerto bem em Coimbra.
Emocionou-se até, várias vezes, com os testemunhos de amizade e apoio que lhe foram dados.
À tarde esteve na Figueira e em Buarcos onde houve uma sardinhada.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

 

O Festival de Cinema

Será que é neste ano que volta a realizar-se na nossa terra um Festival de Cinema?
Não há muito, falou-se na imprensa que o cineasta António Pedro de Vasconcelos seria convidado a ser director de um Festival de Cinema, talvez em moldes diferentes do que se realizou na Figueira durante muitos anos.
Mas o certo é que nunca mais se falou nisso...
É pena que do programa cultural da Figueira não faça parte um Festival dessa natureza o que valorizaria ainda mais tal programa.

 

E a Gala dos Pequenos Cantores?

Está mesmo posta de parte?
Era, quanto a nós, uma iniciativa com muito interesse, que trazia à Figueira pequenos cantores de vários países, atrás dos quais vinham os pais e até os representantes daqueles países em Portugal.
A Gala era, depois transmitida nas televisões estrangeiras, mostrando não só o espectáculo mas os actos de recepção e bom acolhimento aos pequenos cantores.
Quer dizer que a Figueira aparecia em muitos canis de televisão o que era, sem dúvida nenhuma, uma sua boa propaganda.
Com a colaboração da nossa televisão, das Embaixadas e com, é bom sempre lembrá-lo, o muito e dedicado trabalho das funcionárias dos Serviços de Turismo de então, mas que ainda hoje exercem funções na Empresa Municipal Figueira Grande Turismo, não seria difícil nem muito dispendioso voltar a realizar a Gala dos Pequenos Cantores, que, durante muitos anos, levou o nome da Figueira a muitas partes do mundo.

 

Festival de Música Madalena de Azeredo Perdigão

Ao Festival de Música de que foi director o grande pianista, de renome internacional, Sequeira da Costa, foi dado o nome de uma figueirense, Drª Maria Madalena Biscaia de Azeredo Perdigão, que se distinguiu na música e nas artes.
Esse Festival onde tiveram participação os melhores músicos de então, sabiamente escolhidos por aquele pianista, deixou de realizar-se e numa altura em que já estava consagrada como um dos mais valiosos Festivais do nosso país.
Demorou, é certo, a fazer desse Festival um pólo atractivo para os amantes da música, mas precisamente quando o fizeram terminar tinha já bastante público a frequentá-lo.
E não havia então, na Figueira, boas salas para a sua realização!
Agora, dispõe-se do CAE e nele ficaria muito bem voltar a organizar aquele Festival como acontece, aliás, em várias partes do país.
É verdade que naquele espaço tem havido bons espectáculos mas o Festival de Música dava-lhe ainda mais valor.

 

Exposição “ Manuel Santos – a imagem de um talento”

No Museu Municipal Santos Rocha, será inaugurada em 13 do corrente, pelas 18 horas, uma exposição dedicada a Manuel santos, fotógrafo amador que com tanta arte e bom gosto publicitou através de belas fotos a nossa terra.
É de toda a justiça que este verdadeiro artista seja lembrado e distinguido com esta exposição pois a Figueira muito lhe deve.
Durante muitos anos, colaborou gratuitamente com a antiga Comissão de Iniciativa e Turismo, oferecendo-lhe lindas colecções de fotos tiradas por si e que eram, depois, utilizadas em vários documentos de propaganda e editados por aquele departamento de turismo.
Grande amigo de meu pai e de toda a minha família, desde muito novo me habituei a admirar a arte de Manuel Santos e também a sua vasta e eclética cultura. Era, na verdade, um encanto a sua conversa!
A “ imagem de um talento” é um título muito apropriado para esta exposição.

 

Os fogos florestais

Está já averiguado: mais de metade dos fogos florestais do ano passado foram provocados por mão criminosa!
Apesar de nesse ano haver mais recursos para combater os fogos, o certo é que muitos milhares de hectares arderam.
E foram enormes os prejuízos sofridos, quer a nível patrimonial quer mesmo pessoal.
Muitos dos incendiários estão presos preventivamente e serão julgados, esperando-se que as respectivas sentenças venham a ser exemplares, capazes de demover outros aa cometerem tão censuráveis crimes!

 

Morreu Cárceres Monteiro

Há muito que tinha por Carlos Cárceres Monteiro muita admiração como cidadão íntegro e notável jornalista, autor de muitas reportagens de grande valor e também escritor de duas obras de ficção com muito interesse.
Cárceres Monteiro morreu, há dias, apenas com 57 anos, quando ainda havia muito a esperar dele.
Esteve ligado, como colaborador e responsável a vários jornais e revistas, desde a “ Flama” até à “ Visão”, passando pelo “Século Ilustrado”, “A Capital”, “O Jornal”, que fundou juntamente com outros jornalistas.
Foi, sem dúvida, o mais valiosos repórter dos nossos tempos, percorrendo grande parte do mundo, indo ao encontro de factos e acontecimentos que mereciam ser contados, mesmo quando havia perigo iminente para a sua vida.
A sua acção como jornalista e repórter trouxe-lhe, com toda a justiça dois prémios importantes: prémio Gazeta de Reportagem, concedido pelo clube dos jornalistas e prémio do Clube Português de Imprensa.
Outra vertente explorada por Cárceres Monteiro foi a análise política, sempre feita, como era de seu timbre, com seriedade, bom senso e inteligência.
Morreu alguém que foi uma personalidade de muito mérito e prestígio no jornalismo português.

 

Paulo Pereira Coelho no “Público”

O que se tem passado na nossa Câmara já deu motivo a declarações do Dr. Paulo Pereira Coelho no jornal “ O Público”
E nelas, este Vereador voltou a emitir a opinião de que não é boa a actual gestão camarária, pois dada a gravíssima ( o termo é dele) situação financeira existente no município figueirense, devia haver mais rigor e contenção nas despesas.
É evidente que aquele autarca tem direito às suas opiniões, mas custa ver passar para a imprensa nacional as questões já debatidas na nossa Câmara que já tiveram consequências lamentáveis.

 

Fraude no subsídio de desemprego

Foram já mais de 1000 os que foram apanhados a receber subsídio de desemprego e a trabalhar.
Como alguém já disse o trabalho é um direito mas pode também motivar uma fraude!
E ter uma ocupação laboral e receber do estado subsídio de desemprego é, na verdade, uma fraude.
Quem a comete não se lembrará que está a prejudicar outros, reduzindo a possibilidade de o subsídio de desemprego ser pago a quem, efectivamente, está desempregado?
Quando é que se instala na nossa comunidade o respeito pela honestidade?
Claro que, perante o que a fiscalização descobriu o governo já anunciou nova legislação que permita sobretudo prevenir quem prevarica ou sancioná-lo devidamente

 

Alterações nas Comissões de Protecção de Menores

O Governo vai agora ( só agora!) introduzir 10 medidas para alterar a composição daquelas Comissões e dar-lhes os meios para se tornarem mais eficazes e cumprirem melhor a sua finalidade.
Quase sempre, no nosso país, as transformações surgem tarde, sendo preciso que se verifiquem certos casos lamentáveis para que elas aconteçam.
Agora que se chegou à conclusão de que aos hospitais chegam diariamente crianças maltratadas, vítimas de agressões físicas ou de abusos sexuais, quantas vezes por parte de familiares próximos, havia, na verdade, de dar às referidas Comissões mais condições para actuarem com prontidão e também para conseguirem prevenir situações graves.
Mas, o que é preciso também é que todos aqueles que tenham conhecimento de actos atentatórios de frágeis crianças os denunciem a quem de direito.
É que, se assim não for pode-se agir já tarde de mais!

sábado, janeiro 07, 2006

 

Audi de Santana em hasta pública

O título é do “Expresso” quanto a uma notícia de que Santana Lopes, enquanto Presidente da Câmara de Lisboa comprou um Audi top de gama por 115 mil euros!
Era um carro blindado (de quem teria ele medo?!) que gastava 17,5 litros de gasolina aos 100 km.
Mas, o actual Presidente da edilidade lisboeta, mais modesto dispensou tal carro e este vai agora a hasta pública pelo preço base de 62 mil e 500 euros.
Santana Lopes teve sempre as manias das grandezas e não olhava a dinheiro para as ter como se fossem brinquedos caros mas indispensáveis.
Na Câmara da figueira também logo começou por adquirir um carro novo (sem necessidade, diga-se) porque o que encontrou ao serviço da Presidência estava em boas condições), além de uma grande frota para contemplar vários departamentos municipais.
E se fossem só essas grandezas!...

 

“ Mais Cavaquismo só por cima do meu cadáver”

Ainda não há muito Alberto João Jardim assim falava em relação ao Prof. Cavaco Silva.
E não o designou sequer, então, por Professor ou Doutro Cavaco Silva, referindo-se-lhe apenas por Senhor Silva.
Agora, recebeu-o com pompa e circunstância, quando o candidato a Belém esteve no Funchal.
E os elogios foram muitos!
Os tempos e as circunstâncias mudam, foi o que o “reizinho” da Madeira respondeu quando lhe lembraram o mau relacionamento que existia entre os dois políticos.
Em poucos meses, Jardim, cata-vento como é, atreveu-se a mudar de opinião!
E assim vão alguns dos nossos políticos.
Faz pena!

 

Mário Soares e a comunicação social

Embora não gostemos que Soares se abespinhe tanto e com frequência em relação à comunicação social, temos, porém, que concordar que, na verdade, ele e não só, tem sido mal tratado por certa dessa comunicação social.
Esta, efectivamente, partiu desde o princípio de que as eleições presidenciais eram “ favas contadas” para Cavaco Silva!
E tem-no apoiado descaradamente, deixando os outros candidatos sozinhos a lutar no terreno.
O princípio da igualdade no tratamento dos candidatos não tem sido respeitado, mas a comunicação social é, como se sabe, um forte poder constituído, ao qual é permitido tanto exaltar como destruir personalidades.

 

Prof Doutor Joaquim de Carvalho

Foi um figueirense notável, eminente Professor da História da Filosofia, na Faculdade de Letras de Coimbra e sempre indefectível democrata.
O seu nome já está numa Avenida desta cidade, numa escola e, com toda a justiça, também está perpetuado numa estátua.
Porém, a casa onde viveu e aonde, mesmo residindo habitualmente em Coimbra, vinha passar vários períodos do ano, está em muito mau estado de conservação.
Situa-se na zona do pinhal, na Rua Dr Mendes Pinheiro.
Não sabemos se essa casa pertence ainda a todos os filhos ou se já pertence apenas a um.
Mas, impõe-se que a Câmara diligencie na aquisição de tal prédio, faça nele as obras de beneficiação e o adapte a Casa-Museu Joaquim de Carvalho.
Estamos em crer que os herdeiros colaborarão e se se pudesse instalar nessa Casa-Museu pelo menos parte da valiosa biblioteca daquele Professor, seriam muitos os estudiosos, não só nacionais mas estrangeiros que ali passariam o seu tempo.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

 

Ariel Sharon, homem de paz?

Agora que aprecia que o Primeiro-Ministro de Israel estava ,enfim, disposto a colaborar num processo de paz entre o seu país e a Palestina, eis que adoeceu gravemente, estando , neste momento, entre a vida e a morte!
O “falcão” da guerra, que faltou a tantos compromissos tomados a nível internacional e que chegou ao ponto de mandar erguer um alto muro que impedisse os palestinianos de passarem para Israel, imitando o “ muro da vergonha” alemão, estava agora, empenhado em fazer a paz com o país vizinho e há tanto tempo inimigo.
Seria desta vez Ariel Sharon sincero nos seus propósitos? Ou, de novo, cederia às muitas pressões existentes nos responsáveis israelitas para que não se fizesse a paz.
Claro que, se ele vier a morrer ou a ficar impedido de tomar conta do governo (como parece ser já a opinião dos médicos) a questão complicar-se-á muito.
E aquela região ficará, sabe-se lá por quanto tempo mais em pé de guerra, massacrando povos vizinhos, a que não faltam condições para progredirem e se tornarem dois grandes países!

 

A requalificação da ilha da Morraceira

Uma iniciativa da Câmara que deve merecer apoio.
É que, com a requalificação daquela ilha poderá nela desenvolver-se um importante pólo de turismo.
Uma equipa da Universidade de Coimbra está já a proceder ao estudo dessa requalificação a vários níveis como agroturismo, ecoturismo e turismo cultural, principalmente.
Pelo que se leu no “ Figueirense” haverá intervenções no Moinho de Maré das Doze Pedras, facilitar-se-á o acesso ao Ecomuseu de Sal e às próprias salinas, construir-se-ão uma ciclovia e trilhos, para pé ou de bicicleta, dar-se-ão a conhecer as actividades sócio-económicas actuais e antigas, etc.
Mas, para isso, é preciso muito dinheiro, tendo a Câmara que recorrer a apoios oficiais e privados.
Oxalá eles apareçam.

 

Pobretes mas alegretes...

Os jornais locais deram a conhecer, com elucidativas fotos, a muita (como nunca dizem alguns) animação como ocorreu a passagem de ano.
Não faltou o espumoso, as cervejas venderam-se “a rodos”, a música estridente puxou à dança até de manhã, a gritaria nas ruas foi enorme, o Casino encheu e também alguns restaurantes que fizeram a ceia, enfim, a alegria ( pelo menos momentânea e não sabemos se fictícia) jorrou!
É caso para dizer: pobretes, mas alegretes!
Sim, porque muitos dos que andaram na festa eram decerto pessoas que vivem o dia a dia com dificuldades!
Como, aliás, acontece com grande parte dos portugueses.
Mas, pelo menos que haja um dia de festa, não é?!

 

Figueira Grande Turismo

Lemos há dias, num jornal local, um artigo do agora Vereador Dr. António Tavares sobre a actividade da empresa municipal “ Figueira Grande Turismo”.
Artigo muito bem conseguido e conceituoso, em que procura demonstrar que, afinal, aquela entidade não tem uma acção própria, servindo-se, sim, da contratação de empresas intermediárias para trazer à Figueira certos eventos festivos ou culturais.
Antes da sua existência eram os próprios serviços camarários que promoviam aqueles eventos, não se gastando o que a referida empresa municipal gasta anualmente.
Os números indicados no artigo de António Tavares colhidos nos documentos oficiais não enganam!
Aliás, já há muito quer púnhamos em dúvida a necessidade e a utilidade de se ter criado a “ Figueira Grande Turismo”!

 

Dr. Ledesma Criado

Um aplauso muito sincero para a proposta feita, na última reunião da Câmara pelo Presidente Duarte Silva no sentido de ser dado o nome do Dr. Ledesma Criado, advogado salmantino e poeta que durante muitas décadas fez da Figueira a sua segunda terra, amando-a muito e estando sempre presente nos actos mais significativos da vida figueirense.
Muitos dos seus escritos foram dedicados à nossa cidade, da qual sempre fez uma sentida e entusiástica propaganda.
Tinha aqui muitos amigos, entre os quais me honro de ter sido um deles.

 

Jantar – Comício com Mário Soares

No dia 13, pelas 20h, realizar-se-á um jantar-comício daquele candidato a Belém, no pavilhão do parque de exposições da ACIC, no Alto da Relvinha, em Coimbra.
As inscrições devem ser feitas para a sede da candidatura, sita na Avenida Fernão de Magalhães, 484, 1º, 3000-173 Coimbra, ou pelo telefone 239837187 ou do fax 239837186.

 

O Hino Nacional na publicidade

Várias pessoas e entidades contestaram já que na publicidade da PT a música de fundo seja o nosso hino nacional.
É evidente que têm razão, pois o hino é um símbolo nacional que só deve ser usado em actos oficiais.
Num spot publicitário nunca, visto que é equiparar o hino a uma música de uma banda rock ou outra semelhante.
Há, na verdade, símbolos nacionais, como a bandeira e o hino, que têm que ser respeitados.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

 

Negligência de uma Comissão de Protecção de Menores

Os dois inquéritos feitos por entidades diferentes quanto ao que se passou com a bebé de cinco meses, ainda internada no Hospital Pediátrico de Coimbra, concluíram por uma lamentável negligência da Comissão de Protecção de menores de Viseu.
Os técnicos desta Comissão não exerciam sequer as suas funções a tempo inteiro e, apesar de serem já conhecidos os maus tratos infligidos à criança pelos pais, não agiram com a eficácia que se impunha.
Uma responsável daquela Comissão, ouvida ontem na televisão, disse que os elementos mandados à casa onde vivia a criança com os pais nunca se aperceberam sequer de indícios de maus tratos.
A verdade, porém, é que a bebé chegou ao Hospital em muito mau estado, com visíveis lesões no corpo consideradas graves.
Felizmente a criança está já fora de perigo, embora continuando entregue à guarda do Hospital Pediátrico.
E há que dar-lhe um rumo, longe do ambiente familiar que infelizmente não lhe é propício a viver com segurança e paz.

 

Todos dizem que ajudam

Os candidatos à Presidência da República têm dito que, mesmo não sendo governo, podem ajudar a resolver a crise que existe no nosso país.
Uns afirmam que estão limitados a sugerir ou a aconselhar o Primeiro-Ministro a tomar certas medidas, outros que querem, sim, ter uma posição activa e ir às últimas consequências se for necessário.
Ora, a Constituição define claramente o que são os poderes presidenciais, que, na verdade, pouca margem de manobra permitem ao Presidente para ser ele próprio a interferir na acção do governo.
Contudo, quer-nos parecer que grande parte da crise poderá ser resolvida no campo internacional, quer influenciando os governos de outros países quer organismos públicos mesmo privados, tudo no sentido da necessária ajuda a Portugal.
Quer isto dizer que dos candidatos o que tiver melhor curriculum internacional estará em melhores condições para fazer aquele trabalho.
E, sendo assim, não há dúvida que Mário Soares é de todo o mais cotado internacionalmente, pois mesmo após ter saído da Presidência da República não deixou nunca de manter o melhor relacionamento com altas personalidades de todo o mundo, de participar com grande frequência em conferências e colóquios, de escrever sobre os mais prementes problemas da actualidade, de intervir em missões de paz, etc.
Mário Soares é inegavelmente quem possui melhor curriculum internacional e é, lá fora, um político ainda muito considerado e respeitado.
Por isso, está efectivamente, em melhores condições para conseguir, com a sua justa influência a ajuda precisa para o nosso país.
Além, claro, de ser também aquele candidato que melhor conhece a realidade portuguesa e o que tem mais experiência política.

 

Cavaco Silva na sua terra

Este candidato teve, naturalmente, na terra onde nasceu, uma calorosa recepção.
Escusava, porém, de, no seu discurso, cair na lamechice de lembrar o seu tempo de uma infância difícil e os muitos sacrifícios que teve de fazer para chegar onde chegou.
Lembrou-nos um chefe do governo do antigamente que muitas vezes se referia também ao que passou para conseguir ser professor universitário.
Em vez do passado, era tempo de Cavaco Silva falar do futuro, de como poderá ajudar o Governo a resolver a crise, como repetidamente diz.
Ajudar como?
É o que ainda não explicou.

 

Há fome nas escolas!

Temos sabido de vários casos em que jovens alunos vão para as escolas com fome.
A última situação de que tivemos conhecimento foi a de um rapaz sempre muito calado e triste que só depois de muito instado contou a sua história.
Um pai alcoólico que diariamente agride a mulher e o filho, a mãe “ apoucada” e sem meios para fazer a comida.
Muitas vezes o rapaz vai para a cama sem comer!
Passa frio, pois não tem roupa, por isso anda na escola sempre com a mesma.
Como pode esse rapaz de treze anos, ter um regular rendimento escolar?
Como pode ele participar nas brincadeiras e mostrar a alegria de muitos dos seus companheiros?
E que vergonha tem de contar o que sofre!
Mas alguém conseguiu que ele desabafasse e verificada a sua triste história, logo se arranjou o que poderia transformar a vida daquele infeliz rapaz.
Apareceram roupas, os materiais escolares que não podia comparar, um cabaz de alimentos para levar para casa, a autorização de tomar as refeições na escola, etc.
E era de ver então a alegria daquele jovem, que, decerto, encontrou, sem esperar na bondade dos que o ajudaram, a esperança dum futuro melhor.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

 

Até que enfim!

As Comissões de Protecções de Menores vão ser reforçadas com mais 140 técnicos.
Há já muito que temos vindo a reclamar que a tais Comissões sejam dados mais meios para ser possível uma sua actuação mais pronta e eficaz.
É que sem isso falha a função essencial daquelas Comissões que, infelizmente, nos tempos de hoje tão precisas são.
Tais técnicos não serão recrutados na Segurança social mas em empresas e organizações não governamentais e terão contratos e prestação de serviços.
O respectivo concurso deve estar a iniciar-se.
Até que enfim que o Governo revela preocupar-se com um assunto de tanta importância social.

 

O financiamento da campanha de Cavaco Silva

Este candidato a Belém tem repetido insistentemente que a sua campanha não tem qualquer ajuda financeira dos partidos PSD e CDS/PP, que o apoiam.
É caso para perguntar: então donde lhe vem o dinheiro para uma campanha dispendiosa como é a dele?
Ou lhe sai do bolso e então ele é, na verdade, muito rico, ou são os grandes capitalistas e industriais que pagam a campanha e esses integram, com efeito, a sua Comissão de Honra.
E isso é mesmo mau, porque essa gente quer sempre receber “ elevados juros” do capital que investem na política!

 

E o candidato Garcia Pereira?!

Não terá ele direito a ir à televisão?
A igualdade de direitos é ponto essencial da democracia e, por isso, justificada razão tem Mário Soares quando reclama que, durante o período da campanha eleitoral haja mais debates entre os candidatos, dando a Garcia Pereira a oportunidade de neles intervir.
Se assim não acontecer, este sentir-se-á e com toda a razão lesado na sua cidadania.

 

O 111º aniversário do Ginásio Clube Figueirense

Esta prestigiosa Colectividade, cuja vida há muito anda ligada à vida figueirense, comemorou, no passado dia 1, o seu 111º aniversário.
Nesse dia, foi o sócio nº1 Joaquim da Silva Viana quem hasteou a bandeira do Clube, repetindo um acto praticado por Pedro Augusto Ferreira, em 1 de Janeiro de 1895, data do nascimento do ginásio.
O actual Presidente da Direcção, José Tomé, usou da palavra para se referir à importância da Colectividade aniversariante como um dos mais válidos pólos desportivos da nossa terra, e para anunciar as festividades do aniversário, que decorrerão até Junho Próximo em que se realizará um grande almoço-convívio.
Felicitamos o glorioso Ginásio Figueirense, que em várias modalidades desportivas tem prestigiado a Figueira e também o país.
Não deve esquecer-se que ao referido Clube fica a dever-se igualmente uma meritória acção cultural, através dum orfeão, do teatro e até de escolas para analfabetos que manteve durante muitos anos.
Parabéns, Ginásio.

 

A paz entre eles!

A atitude firme do Engenheiro Duarte Silva, retirando a confiança política ao Dr. Paulo Pereira Coelho teve como consequência que, ontem, na reunião da Câmara, este Vereador fizesse uma declaração, dizendo, em suma, compreender aquela posição do Presidente e que com ele continua solidário e a ser leal.
Mesmo sem pelouros e sem a vice-Presidência Pereira Coelho continuará na Câmara, apenas como Vereador.
Quer dizer que a paz foi restabelecida entre ele e o Presidente!
Mas, na sessão, houve uma “ escaramuça” de palavras entre Pereira Coelho e Lídio Lopes.
A paz, afinal, não é total!

 

Clube Celbi

Este clube, com sede na Rua de S. Tomé, nº1, nesta cidade, vai continuando a sua acção cultural, valiosa a todos os títulos.
Desta vez, no próximo dia 10, às 18h30m, na Assembleia Figueirense, realizar-se-á o lançamento do livro “ Clube Celbi – 20 anos de história, de 1979 a 1989” de que é autor Carlos Alberto de Jesus Lima.
É uma iniciativa para comemorar o 306º aniversário do referido clube.

 

Os Hospitais, Sa, já passaram a Entidades Empresariais Públicas

Pelo Decreto-Lei nº 233/ 05, a partir de 31 de Dezembro de passado os Hospitais Sa transformaram-se em Entidades Públicas Empresariais.
Aconteceu isso com 31 Unidades de Saúde entre as quais o Hospital desta cidade.
O capital estatutário das E.P.E. é “ detido pelo Estado e pode ser aumentado ou reduzido por Despacho Conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde”.
O capital atribuído ao hospital da Figueira é de 19 milhões 950 mil euros.
Além dos administradores executivos poderá ainda o Ministro da Saúde nomear um não-executivo, sob proposta do Município onde se situa a sede da E.PE.
É criada a figura do auditor interno, o qual “ deve fornecer ao Conselho de Administração análises e recomendações sobre as actividades revistas para a melhoria do funcionamento dos serviços e propor a realização de auditorias por entidades terceiras”.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

 

Centro Geriático Luís Viegas do Nascimento

Há dias, visitei pela primeira vez aquele Centro, onde fui ver um grande amigo que ali se encontra internado.
Ia a contar, claro, com boas instalações, como, aliás, são as de todas as obras da Fundação Bissaya Barreto.
Mas, confesso, o que ali encontrei superou as minhas expectativas!
É, na verdade, algo que prestigia significativamente aquela Fundação e os que a dirigem.
O Professor Doutor Bissaya Barreto tem, e ainda bem, quem o siga na sua valiosa obra social, não só no bom gosto que ele imprimia aos edifícios mas sempre tendo em conta a sua melhor funcionalidade e utilidade.
O Centro, situado perto da Praia do Cabedelo, honra a Fundação pelas suas magníficas instalações, mas também pelos bons serviços que ali são prestados.

 

As aulas recomeçaram hoje

É a primeira vez que as aulas, depois das férias do Natal, recomeçaram no dia 2 de Janeiro.
Quer dizer que quem tenha que passar as férias em terras distantes daquelas onde vivem, para fazerem uma visita natural a seus familiares, ainda ontem tiveram que fazer a viagem de regresso...
Qual a vantagem, Senhora Ministra, desta decisão?!
O normal era que esse recomeço se fizesse no dia 3, mas neste ano houve uma injustificada pressa e parece que tenha havido o propósito lamentável de impedir que pais, alunos e professores gozassem mais alguns breves dias de férias.
Tiveram sim que fazer a viagem de regresso no próprio dia 1 e os professores tiveram que recomeçar o seu trabalho logo no dia seguinte.
Francamente, não está certo!
Será que esta decisão governamental trouxe alguma mais valia aos conhecimentos dos alunos?!

 

O Voluntariado

São muitas as pessoas que, com louvável generosidade, prestam serviços de voluntariado no nosso hospital.
A sua acção, discreta mas valiosa, tem sido muito bem aceite pelos doentes e também, claro, por todo o pessoal que ali exerce funções.
Para esse pessoal é sempre uma boa ajuda, revelando junto dos doentes que visitam um espírito de humanidade que, por vezes, ameniza o seu sofrimento.
Só que esses dedicados voluntários não têm ainda um regulamento, donde constem
as principais regras de actuação que a tornem mais eficaz.
Por outras palavras: impunha-se dar ao voluntariado existente uma certa organização.
É isso que, actualmente, os responsáveis pela gestão do nosso hospital estão a procurar tratar.
Estamos em crer que a organização agradará quer aos voluntários quer àqueles a quem eles prestam assistência.

 

A Liga dos Amigos do Hospital da Figueira da Foz

Já, em tempos, se tentou criar uma Liga desta natureza, mas não chegou a formalizar-se.
Ora, um organismo como este pode e deve ser um elo de ligação do Hospital à sociedade civil.
É uma possibilidade de fazer interessar os figueirenses pelo Hospital, apoiando-o nos seus projectos e realizações, defendendo os seus planos, nas estâncias superiores e contribuindo até para se conseguirem os meios precisos para melhor desenvolver a sua acção.
A Liga será também uma forma de solidariedade não só com os doentes mas com todos os profissionais da saúde que, com tanta dedicação, trabalham no Hospital
Enfim, a Liga é algo que pode ser muito útil e que deve, na verdade, ser crida.
Este actual Conselho de Administração do Hospital tem nos seus propósitos diligenciar por essa criação, o que sem dúvida, merece aplauso.
Oxalá, tal venha a concretizar-se.

 

Os 20 anos na União Europeia

Portugal em boa hora, entrou na União Europeia e já lá vão 20 anos.
Foi a partir daí que o nosso país deu um significativo salto na modernização, no desenvolvimento, na convivência internacional e no mais intenso relacionamento comercial com outras Nações.
Foram muitos milhões de contos que vieram para Portugal e, embora nem sempre bem aproveitados, o certo é que muito se fez de útil e se melhorou muito a qualidade de vida dos portugueses.
Se chegou a haver cépticos ( como Cavaco Silva) quanto às vantagens que adviriam da nossa adesão à Europa, cedo se chegou à conclusão que, além de ser a única saída para acabar o prejudicial isolamento do nosso país durante o período negro da ditadura que essa posição assumida era, na verdade, vantajosa.
Alguns defendiam então ( e ainda há quem fale nisso!) que a nossa entrada na Comunidade Europeia representaria uma perda da soberania nacional.
Ora, há, sim, uma partilha de soberania entre os vários países que aderiram a essa comunidade.
Mas a identidade nacional mantém-se, podendo e devendo afirmar-se sempre que necessário na defesa dos interesses específicos portugueses como, aliás, tem acontecido.
Portugal, depois de estar na Comunidade Europeia transformou-se para melhor, isso é inegável.
Mas, a verdade é que ainda continuamos na cauda da lista dos países comunitários, pelo que há muito a fazer, nas políticas internas, que nos aproxime dos mais desenvolvidos e prósperos.
Seja, porém, como for os 20 anos na União Europeia merecem que se celebrem.

 

A mensagem do Ano Novo do Presidente da República

Como é habitual, o Presidente da República dirigiu aos portugueses a sua mensagem de Ano Novo.
Só que, desta vez, foi a última de Jorge Sampaio, como Magistrado Supremo da Nação, já que, com as eleições do próximo dia 22 ele abandonará o Palácio de Belém.
Sempre as alocuções do ainda actual Presidente feitas ao longo dos seus mandatos, foram muito bem concebidas, todas com muito nível.
Ontem, Sampaio fez um balanço realista do que tem ocorrido no país, referiu-se à crise instalada, que é preciso enfrentar e resolver e, mais uma vez, disse ser preciso que, com urgência, se realizem as necessárias reformas políticas, económicas e orçamentais.
Como não podia deixar de ser, mostrou a sua preocupação com “ os muitos portugueses que enfrentam grandes dificuldades no seu emprego e na sua vida”, referiu-se também à crise da justiça, quanto à qual diligenciou por evitar “ os seus piores efeitos, vincando a importância do primado do direito”.
Para além de saudar os emigrantes portugueses espalhados por todo o mundo, saudou também os estrangeiros que se acolheram ao nosso país e que aqui trabalham, contribuindo para a economia nacional.
E não deixou ainda de manifestar a sua solidariedade para com os militares que estão em vários países em missão de paz.
Sendo do parecer de que é muito importante a próxima eleição do Presidente da República, fez um apelo veemente no sentido de vir a haver uma grande votação.

 

E cá estamos em 2006!

Com festa rija, em quase todo o país e em quase todo o mundo entrou o 2006!
Esqueceram-se as dificuldades, os muitos problemas existentes por toda a parte, tudo isso foi substituído pelo champanhe, pela dança, pelo fogo de artifício, etc.
Houve quem festejasse, com mais modéstia nas ruas, e houve quem não olhasse a despesas e escolhesse os casinos, os grandes hotéis, os locais mais sofisticados, mais tradicionais e caros, claro!
Na Figueira, a maior animação ocorreu na festa da Avenida Marginal em que actuavam os Da Weasel, com que deliraram os jovens. Foram, na verdade, muitos milhares de pessoas que festejaram ali a entrada de 2006, apesar do muito frio que se fez sentir.
Mas, também no Casino, no Hotel Mercure e em vários restaurantes da cidade houve a comemoração da passagem de ano.
Enfim, depois da festa vem a normalidade do dia a dia que, muitas vezes, se apresenta difícil – para alguns mesmo tormentosa!

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