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terça-feira, outubro 31, 2006

 

A Figueira e Santana Lopes

Lemos, há dias, num jornal da nossa terra que alguém, que por sinal muito estimamos, afirmava que Santana Lopes tinha sido, depois do 25 de Abril, o melhor presidente da Câmara da Figueira.
Só a boa vontade e a amizade pessoal entre quem tal disse e Santana Lopes podem justificar tamanho elogio!
É que, na nossa opinião, ele não deixou na Figueira qualquer obra estruturante, a não ser o CAE e mesmo esse, como se sabe, com a muita ajuda material do governo socialista de então.
Pouco custou ao município.
De resto, gastou, sim, muito dinheiro sem qualquer retorno válido, já que o seu mandato foi quase todo de festas, de fogo de artifício, de actos de mediatismo, em que é mestre, conseguindo pôr na televisão a Figueira.
Comprou o edifício do Convento de Seiça que estava e está ainda em ruínas, comprou o Palácio de Maiorca que não tem tido qualquer utilização regular, fez algumas piscinas em freguesias ( que estão a danificar-se, pelo menos algumas delas), mandou pôr um portal feio, piroso à entrada da cidade ( onde se gastaram uns milhares). Remodelou a frota automóvel do município por completo.
Mas, disso o que ficou a valorizar com carácter de permanência o nosso concelho?
Foram uns fugazes dias que a Figueira se viu com mais gente, mas, depois da festa, nada de válido e de definitivo.
Obras estruturantes, onde estão elas feitas no tempo de Santana Lopes?
E depois dele, tem-se notado algum salto de qualidade na vida figueirense?!
Gastar, gastou ele e à grande, criando à Câmara seguinte uma situação financeira grave, o que aliás, é habitual por onde passa.
Agora mesmo os que o defendiam com muito entusiasmo, estão já a reconhecer que, afinal, Santana Lopes foi um “ furacão” que passou por aqui e que, ao fim e ao cabo, arrasou não só as finanças mas até certas tradições e festas da Figueira.
Dotou, porventura, a Figueira de uma piscina municipal?
Modificou esteticamente a nossa cidade?
Conseguiu a melhoria dos meios de comunicação?
Soube atrair indústria?
E contribuiu para o desenvolvimento do comércio?
E os campos de golfe e o aeródromo de que já então se falava e que só agora, felizmente parece irem avante?
Mesmo os eventos desportivos e culturais que, durante o seu mandato se realizavam continuaram os mesmos, menos os que se perderam (o Festival de Música, a Gala dos Pequenos Cantores, o Festival de Cinema, o Mundialito, etc).
Onde está pois a validade da obra de Santana Lopes na Figueira?
Não me move contra esse Senhor qualquer animosidade, mas o que há é que dizer as coisas como elas aconteceram.
E não “ branquear” a sua acção!
Já várias vezes tenho aconselhado a lerem o livro que Aguiar de carvalho editou no final do seu mandato intitulado “ 20 anos de Poder Local”, onde, com efeito, aí está espelhada uma obra verdadeiramente válida, porque estruturante, das Câmaras Socialistas.
Não havia, então, tantos “ fogachos”, tanto fogo de vista, mas o certo é que havia a preocupação de fazer e gastar no que mais era necessário no interesse da população,
É por tudo isto que não estou de acordo com quem, recentemente, fez tantos elogios à “ obra” de Santana Lopes.
Teve, sem dúvida, muito mais valor a actuação de quem agora o elogiou, enquanto foi Presidente da Câmara antes do 25 de Abril.
Refiro-me, evidentemente, ao Engenheiro José Coelho Jordão.
O seu a seu dono!

 

A Ministra quer melhorar as aulas de substituição

Em Vila do Conde, a Ministra da Educação foi alvo de um significativo protesto, em número e em ruído!
Os alunos estavam e estão contra as aulas de substituição que não têm servido para nada não ser para brincar.
A Ministra recebeu os elementos de uma comissão de alunos, acabando por dizer que tais aulas, na verdade, têm que ser reestruturadas para terem melhor qualidade e alcançarem os seus objectivos.
É que, até agora, as referidas aulas são encaradas como “ meros espaços para jogos”!
Os alunos não têm beneficiado nada com elas, apenas são uma perda de tempo para eles e para quem os vigia.

 

A escola do sr. Jardim

Um deputado do PSD de quem nem decorei o nome teve, ontem, na Assembleia da Madeira, uma intervenção manifestamente infeliz, imprópria de um político que mereceu a eleição para aquela Instituição.
É a escola do sr. Jardim a proliferar!
Disse aquele deputado, em tom quase colérico, que o Governo central está a tratar a Madeira pior que as ex-colónias ( isto a propósito dos cortes das transferências).
Mais disse ainda que o Governo e o PS é que estão a agir para fomentar o apoio de estímulo de quem pensa na independência daquela Região.
Fantástico e altamente censurável!
Mas pior ainda é o que tem dito, quase todos os dias o presidente do governo regional!

 

Dia de finados

Os cemitérios enchem-se agora de pessoas que, junto dos jazigos de familiares e amigos depositam flores.
Não é que isso seja bastante para uma maior lembrança dos nossos mortos.
Essa, mesmo sem flores deve permanecer sempre connosco.
Mas esse acto já tradicional e simbólico é algo com que se pretende assinalar mais a devoção que, mesmo depois da morte, dedicamos a quem já nos deixou.
Para uns tal é folclore, é um bom negócio para quem vende as flores!...
Para outros, porém, representa, sim, um sentido acto de amor, que talvez nem sempre soubéssemos dar aos nossos.
É uma dádiva respeitosa e afectuosa para com aqueles que viveram junto de nós e nos souberam ajudar em todas as ocasiões, dando-nos o seu muito carinho, a sua compreensão e tolerância.
No dia de finados, a 2 de Novembro, devemos lembrar mais os que já nos deixaram!

 

Rotary Clube da Figueira da Foz

Neste Clube de Serviço realiza-se, no próximo dia 2, pelas 21h30, no Hotel Mercure, uma palestra pelo Past-Governador Teixeira Carneiro, de Aveiro, sobre o tema “ Uma aproximação geopolítica do Atlas de Pedro Teixeira, de 1634.
Na cartografia de Pedro Teixeira são invocadas três localidades da Figueira da Foz: Buarcos, Lavos e Tavarede.
Não só pelo valor do palestrante, mas pelo tema que vai desenvolver, este evento terá todo o interesse.

segunda-feira, outubro 30, 2006

 

Inspector Varatojo

Com 80 anos, morreu ontem o Dr. Artur Varatojo, mais conhecido do grande público como o inspector Varatojo.
Foi figura muito relevante através da televisão, da rádio e escreveu em muitos jornais sendo ainda autor de vários livros.
Era um excelente comunicador e sempre revelou o seu grande espírito e humanismo.
Na história da criminologia portuguesa foi um elemento muito válido, pondo sempre a sua experiência e a sua inteligência ao serviço da investigação, embora nunca tivesse pertencido a qualquer Polícia.
Licenciado em economia e finanças e também em direito, a grande paixão do Dr. Varatojo era, na verdade, a criminologia, ficando célebres alguns dos seus programas televisivos.
Morreu um português de valor.

 

Registo dos crimes mais prioritários

Do “ Correio da Manhã” retiramos a lista dos 29 crimes que constam no esboço da Lei de Política Criminal, em que participou activamente o conhecido e competente penalista Rui Pereira.
Aí estão esses crimes:
Homicídio, ofensas à integridade física graves, crimes sexuais contra crianças, violência doméstica, maus-tratos, violação das regras da segurança, roubo com ameaças de arma, discriminação, falsificações de documentos e moeda, condução sobre a influência de álcool, poluição, danos contra a natureza, incêndios florestais, corrupção, tráfico de influência, branqueamento, contrabando, introdução no consumo, tráfico de armas, tráfico de pessoas, tráfico de droga, crimes contra as forças de segurança, crimes associados ao vandalismo, a sabotagem, o terrorismo, associação criminosa, certos furtos qualificados, imigração ilegal, burlas modernas e crimes informáticos.

 

O conselho de Marcelo Rebelo de Sousa

Este comentador político pronunciou-se já no sentido de que, antes de Portugal assumir a presidências da União Europeia, que é já próxima, será conveniente proceder a uma remodelação do Governo.
É que, segundo diz, o estado de graça de Sócrates já lá vai e torna-se preciso incutir no Governo uma maior dinâmica.
E até indicou os Ministros que deviam sair: o da Economia, a da Educação, a da Cultura, o da Justiça.
Enfim, seria uma remodelação quase geral, o que nos parece ser um exagero e até perigoso, dadas as reformas, algumas acertadas, em curso.
Mas que ele tem razão quanto a alguns governantes, isso é verdade!

 

Lula venceu mesmo!

E venceu por margem que não deixa dúvidas!
A grande maioria dos brasileiros soube separa a campanha d corrupção em que se viram envolvidos alguns dos colaboradores de Lula dele próprio.
E os eleitores acreditaram na honradez, nos méritos, nas qualidades humanas de Lula. Sobretudo, acreditaram que ele continuará a preocupar-se em melhorar as condições da classe mais carenciada do Brasil.
Acreditaram, enfim, que Lula será fiel aos princípios que, desde sempre, defendeu e que, decerto, jamais abandonará.
Que seja feliz neste seu novo mandato, levando o Brasil a ser cada vez mais um grande país, o país do futuro.

 

A justiça da Ordem dos Advogados

Com o extraordinário aumento de advogados, muitos deles, licenciados “ à pressa e por favor”, digamos assim nas universidades particulares a Ordem tem de ser cada vez mais rigorosa na sua acção disciplinar.
É que a ética profissional não é coisa a que alguns ligam muito e os casos de negligência e de desonestidade vão-se acumulando!
Como é uma profissão por onde passa muito dinheiro, há a tentação de arrecadar depressa sem justificação dinheiro que a outros pertence.
Claro que há quem cumpra bem os seus deveres de advogado, não só quanto à sua competência profissional mas também quanto às suas remunerações que devem ser justas e ainda quanto à correcção e honestidade que devem aos clientes.
Mas, o que vai acontecendo noutros sectores também na advocacia, infelizmente, se verifica, por vezes, a tentação de ganhar muito e depressa.
É à Ordem que compete “ travar” a acção dos que não têm condições para exercer a profissão, que mais do que tudo deve prestar um serviço à comunidade, colaborando, com honradez e saber, na administração da Justiça.
Daí que a Ordem ainda agora tenha aplicado a dois advogados a pena de expulsão, que é a mais grave.
E daí também que a Ordem esteja a ser mais rigorosa na apreciação das qualidades dos que fazem os exames de estágio.
É que é preciso dignificar cada vez mais a profissão de advogado, que é incontestavelmente uma profissão nobre.

domingo, outubro 29, 2006

 

A Naval empatou na Madeira

Com o Nacional a naval empatou 1-1 e a vitória deveria ter-lhe sorrido, porque era justa.
Fez, pois, boa figura num campo em que é sempre difícil de jogar.
Só foi pena Paulão ter sido expulso.

 

Jardim não desiste!

Na sessão comemorativa do aniversário do Clube Marítimo da madeira, Alberto João Jardim mais uma vez aproveitou a ocasião ( aproveita todas, aliás) para “ zurzir” no Governo.
E repetiu as mesmas coisas de sempre: “ os senhores de Lisboa não mandam aqui, são uma cambada” , “ não me impedirão de ajudar este Clube ou quem eu quiser”, “ Sócrates prometeu mas não cumpre”, “ os cortes das transferências serão resolvidos através de uma nossa engenharia financeira”!
Já enjoa ouvir aquele homem, que se diz democrata, mas que afinal tem demonstrado ser um autoritário, um intolerante, um soberbo.
Até quando o deixam continuar a ser assim?!

 

O Tarrafal

Há 70 anos, o Governo de Salazar fez abrir a Colónia Penal do Tarrafal, em Cabo Verde. E foi ali que muitos antifascistas foram torturados e morreram.
Ficou aquele local conhecido como “ o campo da morte lenta”!
Além de um Colóquio organizado pelos Institutos de História Moderna da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de letras do Porto, realizado na Torre do Tombo sob o tema “ Salazarismo, Tarrafal, História e Memória 70 anos depois”, a união de resistentes antifascistas portugueses realizou, hoje, uma homenagem aos prisioneiros do Tarrafal no cemitério do Alto de S. João.
E foi convidado o historiador António Borges Coelho que esteve preso no Tarrafal a discursar.
É bom que jamais possa desaparecer - como alguns parece quererem – a memória do tenebroso período da ditadura salazarista, que não tem branqueamento possível!

 

Mais um recuo do Governo!

A Ministra da Educação veio já dizer não haver a intenção de acabar com as pausas lectivas no Natal, no Carnaval e Páscoa, contrariando o que antes deu a conhecer aos Sindicatos.
Estes afirmam que houve, efectivamente, mais um recuo da Ministra...
Vamos ver em que se fica. Mas o que é certo é que dá uma má imagem do Governo o que já, por algumas vezes, tem acontecido: diz-se hoje uma coisa e amanhã outra!

 

A votação para Secretário-Geral do PS

Como era de esperar, José Sócrates foi, de novo, votado para aquele lugar.
Vai ter, pois, a oportunidade de continuar a dirigir o PS e, claro, o Governo.
O certo é que quer ali quer aqui ele tem que repensar muito seriamente quanto ao que, até agora, tem feito ou tem deixado fazer em vários sectores, como por exemplo e mormente na Educação, em que a Ministra, com o maior à vontade e unilateralmente, vai retirando direitos adquiridos há muito e tem menosprezado a dignidade dos docentes, querendo até fazer destes como que “ babysiters “ dos filhos dos outros!
O programa eleitoral do PS tem, por vezes, sido desvirtuado, sendo certo, pelo que se tem visto, que o Governo tem dado mais preferência em números a critérios meramente tecnocráticos e economicistas do que às pessoas.
Sabe-se que é preciso reduzir despesas, mas nunca se deve deixar de pensar em situações das pessoas, a quem se pede somente sacrifícios, impondo-se-lhes contra o programado aumentos vários!
Não se tem com frequência dado a atenção devida ao muito trabalho, ao estudo e dedicação que muitos fazem para alcançarem certas posições.
Na verdade, num Governo socialista há que cumprir a lei respeitante a direitos adquiridos e há que ter sempre em atenção a vertente social que, por vezes, é esquecida.
Que Sócrates saiba aproveitar melhor as suas qualidades de inteligência, de determinação e a sua preparação política no sentido de mais satisfazer o povo, sem o qual é difícil governar.
Se Sócrates, como já disse, pode bem com as manifestações de protesto como as que têm havido muito significativas em número e volume será sempre perigoso ter a opinião pública contra.
Mesmo dentro do PS vão crescendo as críticas, quanto ao afastamento que se verifica nas suas matrizes essenciais.
As vozes de socialistas categorizados, como Jorge Coelho, António Vitorino, Manuel Alegre, Manuel dos Santos, João Cravinho e outros, têm surgido a exigir mais coerência com os ideais do PS e a criticar certas medidas neo-liberais que o Governo não tem sequer explicado bem.
E Sócrates que não se fie muito nas boas sondagens que lhe são favoráveis porque as sondagens mudam de um momento para o outro!
Acreditamos, porém, que Sócrates e o seu Governo tomem as posições que prometeram no seu programa eleitoral, sem terem de fazer grandes concessões a outras forças políticas, que só pretendem desvirtuar o ideário próprio do PS.

sábado, outubro 28, 2006

 

Amor de pais

Foi um pai sorridente, revelando grande satisfação que me contou:
Um dia, o filho, de seis anos, começou a sentir dores nas pernas e, apesar de logo o levarem aos médicos e a vários hospitais, deixou mesmo de andar.
E um enorme e natural desgosto bateu à porta daquela família e trouxe aos pais da criança um desânimo muito grande perante a opinião médica de que nada havia a fazer.
A família, embora vivendo apenas do trabalho do pai, como operário, quando lhe disseram que na Alemanha tinha já havido casos de cura, desfez-se do pouco que tinha aqui e abalou com o filho para aquele país.
E começou a “ via sacra” da criança a andar de médico em médico, de hospital em hospital.
Diziam que era uma doença rara, com um nome muito esquisito que o pai já nem soube referir-mo.
Ali estiveram três anos a contas com um sofrimento grande e também com miséria e até fome, pois o que o pai ganhava não dava para o que era essencial.
Porém, um médico que se interessou pelo caso e pelo rapazinho deu, enfim, a esperança de que ele viria a andar.
E assim foi!
Ao fim de quase quatro anos de muita dor aqueles pais tiveram a alegria de ver o filho a andar e até a correr.
Hoje ele é um homem perfeito.
Se não fora a persistência dos pais, a sua fé na cura que foram procurar fora do país, onde tinham sido desiludidos, a então criança andava agora talvez numa cadeira de rodas.
A família está naturalmente feliz.
Só é pena que ainda se tenha de ir lá fora para encontrar a cura de certas doenças.
Apesar da evolução incontestável da nossa medicina, ou por falta de meios, ou algumas vezes por falta de investigação e estudo, quantos vão ficando aleijados ou morrem mesmo!

 

Quadros da vida

Em tempos já recuados, colaborei no jornal local “ O Dever” com textos que intitulei “ quadros da vida”.
Neles, contei várias situações verídicas, mas é claro, sem nunca referir nomes.
Parta que ninguém pudesse vir a “ adivinhar” quem eram os protagonistas dessas situações de infelicidade, romanceei um pouco tais textos, mas o fundo era verdade.
É que passavam por mim, nessa altura, muitos, mesmo muitos casos de miséria material e moral, de humilhação, de pobreza envergonhada, de vaidades e soberba, de maus tratos domésticos, de famílias desavindas, de violência e ódio, que eu sentia na obrigação de servindo-me delas, embora “disfarçando-as”, desabafar na escrita o que me traziam à alma e sempre com a preocupação que pudessem levar outros a reflectir e a não seguirem tais maus exemplos.
Foi, acreditem, uma época, que durou ainda uns anos, em que me enriqueci muito espiritualmente.
Ainda hoje, sinto a tentação de, por vezes, voltar aos “ quadros da vida” e é por isso que neste meu blog escrevo alguns textos, também com base em factos verídicos, procurando sempre que se retire deles uma lição, uns momentos de reflexão.
Sei que alguns não apreciam isso, mas a verdade é que este espaço é meu e a ele levo o que me agrada, sujeitando-me, já sei, a críticas.
Claro que não tenho abusado, mas de vez em quando sabe-me bem escrever os “ quadros da vida”.

 

Professores sem férias do Natal, Carnaval e Páscoa e o mais que se verá!

Uma nova proposta da muito azeda Ministra da Educação é no sentido se os docentes deixarem de ter as pausas do Natal, do Carnaval e da Páscoa, ficando apenas com férias 22 dias úteis no mês de Agosto.
Será que alguma vez aquela senhora, que deve sofrer de um trauma qualquer, deu aulas?! Não saberá que o trabalho dos professores não se limita aos períodos das aulas, mas, sim, à preparação das lições, à revisão dos testes, o que representa muitas horas de ocupação? E será que sabe essa senhora que nem sequer alguma vez esboça um sorriso e que se compraz em maltratar, não só com medidas absurdas, mas verbalmente até os professores, saberá ela que a docência é uma profissão desgastante e cada vez mais difícil, dado o comportamento geralmente de má educação e por vezes até de violência dos alunos?
Saberá a Ministra que a permanência dos professores nas escolas abrange também as várias e demoradas reuniões (Conselhos Pedagógicos, de Departamento, Grupo, Turma, Directores de Turma, etc) , o atendimento dos pais, por vezes bem difícil e também prolongado?
Quer dizer que, não contando com as horas passadas na escola, há que contar com o tempo que os professores dedicam à sua profissão, ficando com pouco tempo para os seus próprios afazeres familiares?
Se em vez de se preocupar tanto com os professores, que aprecem ser seus “ inimigos”, bom seria que o Ministério se preocupasse, sim, com os manuais escolares, que estão longe de satisfazer e contribuir para uma instrução e cultura melhores.
Bom seria que o Ministério se preocupasse com o ensino gratuito, com a melhoria das cantinas, com as instalações de algumas escolas.
Mas, não. O que parece ser mais importante para a Ministra e o Governo que a apoia é: aumentar o horário de trabalho dos professores, é fazer deles “ a companhia” dos meninos enquanto os pais trabalham, é criar distinção entre professores de primeira e de segunda (titulares e não titulares), é pôr na rua muitos dos professores que algumas escolas vierem a encerrar.
Os professores para esta Ministra são o mal de tudo que se passa na Educação e, por isso, há que dar-lhes para baixo!
Não pode, não deve ser assim!
As reformas da Ministra, de uma maneira geral, não melhoram a Educação, estão, sim, a prejudicá-la, como o futuro se encarregará de dizer.
Para já, levam à falta de estímulo dos docentes, que davam o melhor de si mesmos à Escola e à Educação.

sexta-feira, outubro 27, 2006

 

Última Hora

Tivemos agora mesmo a notícia de que a empresa “ Castros”, que há anos fornecia as iluminações do Natal para esta cidade, intentou uma acção contra a Figueira Grande Turismo no valor de 60 mil contos.
Decerto, que este ano não será aquela firma a tratar das iluminações de Natal mas outra qualquer a quem não se deva nada!

 

A visita do Governador ao Clube Rotário

Álvaro Gomes, Governador do distrito rotário 1970, visitou, ontem, o clube da Figueira da Foz.
Depois de uma reunião de trabalho, que durou grande parte da tarde, realizou-se um jantar de convívio em que esteve presente o Vereador Dr. Lídio Lopes, em representação da Câmara.
Falaram os Rotários que representavam os clubes de Leiria, Montemor-O-Velho e Pombal, todos elogiando a acção do actual Governador e tecendo judiciosas considerações sobra as finalidades do rotarismo.
Para além do Presidente do Clube local que fez, resumidamente, o destaque dos actos mais importantes do seu mandato, discursou o representante da Câmara, que fez referência à antiguidade do Clube da Figueira e às muitas manifestações de solidariedade que promoveu ou em que participou.
Encerrou a sessão o Governador rotário que, com alguma extensão se referiu aos objectivos do Movimento, que, neste clube da Figueira tem sido validamente cumpridos.

 

Se não fosse o “ todo-o-terreno”!

Foi, com efeito, a concentração e as provas que os muitos veículos de todo o terreno 8 fala-se em meio milhar) que se fizeram na nossa cidade, que conseguiu que se retirassem da praia os restos de areia que ficaram das construções ali feitas há muito.
E isso deve-se – o seu a seu dono – ao Vereador Lídio Lopes que mandou aproveitar essa areia nos obstáculos precisos para as provas.
Assim se deu alguma utilidade ao que só estava a “ conspurcar” a nossa praia.
Enfim, sempre é bom insistir para que se remedeie o que está mal.
Já agora quero informar que a placa que reservava um lugar de estacionamento ao Intep foi, enfim, retirada.

 

Lula não pode responder por crimes de outros!

Houve já quem dissesse isso com toda a razão!
E tudo o que se descobriu que é, sem dúvida, ilegal ou mesmo criminoso nada tocou a honra e dignidade do actual Presidente do Brasil.
Por isso, ele vencerá as próximas eleições presidenciais e dele o seu país tem muito a esperar, principalmente no que se refere fazer para minorar a miséria e as desigualdades sociais.
O Brasil é um país do futuro, com enormes potencialidades que lhe darão, cada vez mais, uma pujança económica.
Vindo de uma classe pobre, vivendo exclusivamente do seu baixo salário de operário, lutando sempre com a maior coragem pelos direitos dos mais carenciados, Lula merece efectivamente que os eleitores brasileiros o deixem continuar a obra que já empreendeu.

 

Mais prémios para António Augusto Menano

Este nosso querido amigo e laureado poeta e escritor figueirense vai, com toda a justiça claro, acumulando prémios literários.
Agora, ganhou o prémio “ Olívia Guerra 2006”, em Sintra, concorrendo com o seu livro de poesia “ Bazar Íntimo”.
Ainda não há muito, recebeu uma menção honrosa no Prémio Literário Editora Universitária de Lisboa.
A sua produção literária tem sido, realmente, um merecido sucesso, o que o honra e à nossa terra.
Saudamo-lo com muita amizade e admiração.

 

Uma decisão judicial contra a Câmara

O Tribunal Central Administrativo do Norte decidiu julgar desfavoravelmente à Câmara da Figueira um processo quanto ao concurso público para a concepção e construção do Parque Desportivo de Buarcos.
A empresa Manuel Rodrigues Gouveia SA tinha sido excluída de tal concurso e aquele tribunal entendeu, agora, que foi ilegal essa tomada de posição, obrigando a Câmara a readmitir essa empresa no concurso, o qual deve voltar à sua fase inicial.
Três soluções têm a Câmara perante a sentença do referido Tribunal: ou interpõe recurso ( o que é admissível pela lei) ou anula o concurso público ou cumpre a sentença e readmite ao concurso a empresa que foi ilegitimamente excluída.
Mais: segundo se noticia, tal sentença “ prevê mesmo a readmissão das quatro concorrentes em disputa no início do concurso”, a Somague, a M.R.G. e os consórcios Ramos Catarino/ Abrantina e Jaime Ribeiro e Filhos / Cordovil.
Estes consórcios tinham oportunamente protestado contra a decisão do concurso.
Será, decerto, mais um compasso de espera, que se prevê seja longo, para que possa vir a ser construído o Parque Desportivo de Buarcos que, abrangeria um complexo com um Centro de Estágio de futebol, campo de Golfe e outras valências desportivas.
Mas, com o empreendimento turístico na Quinta de Foja ainda será de pensar em mais campos de Golfe na nossa cidade?

 

Acabaram as capitais nacionais da Cultura

Isabel Pires de Lima, Ministra da Cultura, decidiu acabar, repentinamente, com as capitais nacionais da Cultura. Razões apontadas: as já realizadas não alcançaram a finalidade desejada, não passando “ de um programa de animação cultural, não influenciando consumo cultural em termos de formação e largamento de públicos”, sendo certo que as cidades não se renovaram na cultura.
É evidente que essas razões se verificaram. Mas por culpa de quem?!
O próprio Ministério limitou-se a financiar ou, em conjunto com as autarquias, soube dar o devido relevo às manifestações culturais de forma a que tivessem o impacto necessário?
Isso era o que mais importava averiguar.
Porque acabar por despacho para poupar mais algum dinheiro ao Estado é fácil!

 

O primeiro programa de “ Os grandes portugueses”

Não gostámos, francamente.
A Maria Elisa, apresentadora de tal programa, esteve mal: nervosa, inquieta com as respostas que iam sendo dadas, revelando certo abatimento quando alguém se pronunciava contra o valimento do programa, etc.
Com uns anos afastada da televisão, Maria Elisa mostrou mesmo insegurança na condução do programa.
Aliás este é, na verdade, difícil de despertar e cativar o interesse.
Houve muita discussão quanto à sua finalidade e, é claro, houve quem dissesse que entre a lista das sugestões que a RTP apresentou quanto a individualidades votáveis, existe uma disparidade enorme quanto aos “ feitos” de cada um.
Quando muito, o programa que imita o que passou na BBC ( não haveria outros com mais interesse?!) e noutras estações conhecidas, poderá “ Os grandes portugueses” levar as pessoas a reflectir sobre certas actividades que foram exercidas com relevo, não só com consequências na História de Portugal, como, por exemplo, na política, no desporto, nas artes, etc.
Três intervenções no debate são de realçar: a do Professor Doutor Reis Torgal, a do Doutor Eduardo Lourenço e do Doutor Fernando Nobre que, tendo dúvidas quanto ao interesse do programa falaram dos valores que é preciso que os portugueses readquiram e que sejam postos à prova na democracia em que vivemos.
O Doutor José Hermano de Saraiva, visivelmente debilitado, pouco ou nada adiantou quanto ao programa, apenas se ouviu defender, embora sem o seu ênfase habitual as qualidades de Salazar como cidadão.
Fernando Nobre foi, sem dúvida, aquele que mais disse sobre a ditadura de Salazar, os direitos fundamentais que então eram postergados, a violência, a repressão e opressão utilizadas.
Pareceu-nos que os jovens que estavam a assistir apoiaram a posição assumida por Fernando Nobre, ainda que chamassem a atenção para o facto de à juventude, que não viveu em ditadura se lhe dê melhores conhecimentos dessa época.
Dados os termos em que se pede uma votação em quem não tem paralelismo na sua actuação, não votarei e muitos portugueses farão, decerto, o mesmo.
Uma jovem disse e bem: ainda se a votação fosse por sectores especializados!...
Mas, conforme o programa quer, recuso-me a votar entre um desportista, um herói guerreiro, um cientista, um artista plástico, um político, uma figura religiosa, etc.
Será uma grande salganhada que, quanto a mim, fere de morte este programa

quinta-feira, outubro 26, 2006

 

A Justiça que se tem...

Foi, agora, posto em liberdade um cidadão já condenado em 19 anos de prisão por crimes de pedofilia e sexuais, por ter sido averiguado pelo Tribunal ter sido excedido o prazo da prisão preventiva!...
Quer dizer que, embora já condenado pelos crimes de que foi acusado, o certo é que o período de prisão preventiva foi ultrapassado.
Para qualquer leigo é difícil perceber, mas é essa, na verdade, a lei.
Como o cidadão que foi até assessor da Câmara de Odivelas, recorreu da sentença condenatória, aguardará, agora, em liberdade a decisão desse recurso.
Se se mantiver a condenação terá, então, de voltar à prisão.
Coisas da nossa Justiça!

 

Lula vai vencer!

A poucos dias das eleições presidenciais brasileiras, Lula aparece nas sondagens com uma considerável percentagem de avanço sobre o outro candidato.
Apesar de várias circunstâncias em que foram protagonistas colaboradores de Lula no governo ou no Partido, o certo é que a maior parte dos eleitores não deixará que tal se confunda com o actual presidente, que tem por si a classe pobre, a qual tem muitos milhões de pessoas e a quem o presidente tem ajudado muito, com medidas oportunas e acertadas.
Estamos em crer que Lula será mesmo o próximo Presidente do Brasil!

 

Os 150 anos do comboio

Em 1856, foi inaugurado o comboio que fez a sua primeira viagem entre Lisboa e o Carregado, sendo D. Pedro V quem presidiu a esse acto.
E a partir daí, não mais parou de se progredir num meio de transporte, considerado então excelente.
Apareceram as linhas nacionais e as que ligavam a Espanha, o que levou a um maior movimento de pessoas e mercadorias.
Depois, os caminhos-de-ferro conheceram situações de altos e baixos no seu desenvolvimento mas sempre, apesar da competição com outros mais modernos meios de transporte se mantiveram, procurando e conseguindo satisfazer, com muitas modificações sofridas as maiores e mais exigentes necessidades dos utentes.
Então tardará muito que os comboios de alta velocidade cheguem ao Norte e a Madrid!

 

Como fazer oposição?!

Nos tempos correntes, deve ser, na verdade, difícil fazer oposição às políticas do governo.
É que, efectivamente o que vai sendo feito, através das reformas governamentais, agrada, na generalidade, ao maior partido da oposição.
Há no P.S.D. quem “ puxe” por Marques Mendes para que seja mais activo e violento na oposição. Mas como se há tão pouco a dizer, contrariando a conduta do governo?!
Isto quer dizer que terão de ser os Partidos de esquerda a tomar mais posições, criticando a acção governativa.Críticas que, por vezes, são demasiadamente exageradas e demagógicas.

 

Vigília de protesto contra o encerramento da Maternidade

Na próxima terça-feira, pelas 21, 30 horas, na Praça 8 de Maio, realizar-se-á uma vigília contra o encerramento da Maternidade.
É mais uma oportunidade de os figueirenses mostrarem o seu desacordo quanto à decisão governamental de encerrar a Maternidade do nosso hospital no final deste ano.

quarta-feira, outubro 25, 2006

 

Dr. Ledesma Criado

Cremos que o Vereador Lídio Lopes vai propor à Comissão de Toponímia a atribuição do nome do Dr. António Ledesma Criado a uma Praça desta cidade.
É inteiramente justa essa homenagem a quem durante tantos anos da sua vida e apesar de ser salamantino dedicou sempre à Figueira grande amor e dedicação, considerando-a, como muitas vezes lhe ouvimos dizer, uma das suas grandes paixões.
Ledesma Criado, advogado em Salamanca era com muita frequência que estava na Figueira, onde tinha casa, mesmo em qualquer altura do ano. Colaborou e participou em vários eventos culturais aqui realizados e soube angariar muitos amigos.
Inspirado poeta, com muitos e belos poemas dedicados à nossa terra, escreveu também em jornais figueirenses e espanhóis sobre a nossa cidade.
Grande amante do folclore, sempre marcou presença no Festival de Maiorca, foi frequentador do Festival de Música, enquanto este existiu, e esteve sempre em todas as manifestações de arte e lúdicas aqui realizadas.
Para além de tudo isto, sabemos, com conhecimento de causa que Ledesma Criado foi como que um embaixador da Figueira em Salamanca e sua região, não regateando esforços quanto à propaganda da nossa terra.

 

O Museu de Salazar

Um grupo de saudosistas do ditador vai promover que a sua casa de família se transforme em Casa-Museu.
E parece que não demorará muito que isso seja realidade, dando a Santa Comba dão mais um atractivo sobretudo para aqueles que colaboraram ou pelo menos, sentiram admiração por aquele governante durante cerca de meio século impôs aos portugueses uma violenta ditadura.
Quer dizer que, enquanto um homem como Salazar vai já ter a sua Casa-Museu ( para lembrar o quê?) a resistência oposicionista ao seu regime autoritário, de repressão e opressão, continua a não ter uma Casa que simbolize para sempre o sofrimento de muitos que lutaram contra a ditadura.
E a Casa onde esteve instalada a polícia política, onde tantos maus-tratos se praticaram, vai ser destinada, segundo se diz, a um hotel de luxo, quando devia ser utilizada, sim, como Museu da Resistência!
Um povo sem memória é sempre um povo amorfo, um povo menor!

 

O lançamento de um livro

Dr. Eurico Silva, que há muito vem dedicando-se à história deste concelho, é o autor do livro “ Casa Nossa Senhora do rosário – 75 anos de solidariedade”, que foi lançado ontem no Hotel Mercure.
A apresentação dessa obra foi feita, como sempre com brilho, por António Augusto Menano.
O novo livro revela o que tem sido a acção apostólica, educativa e caritativa das Irmãs Doroteias, sobretudo na nossa cidade, onde essa acção tem sido muito relevante.
Felicitamos o Dr. Eurico Silva por mais este seu livro e esperamos que continue, com o seu habitual estudo e rigorosa investigação, a dar a conhecer factos, obras e pessoas relacionadas com a história da Figueira.

 

A violência em Timor

Está a agravar-se a situação em Timor.
Raro é o dia em que não se verificam violências, desordens e confrontos entre grupos.
O que estará por detrás disso?!
Quando tudo parecia estar a voltar à normalidade, eis que a população ocupou ainda ontem inclusivamente o aeroporto, em sinal de protesto contra a actuação da polícia australiana.
Quem terá interesse em provocar, de novo, a instabilidade social em Timor?!
Faz pena ver que já nem Xanana Gusmão tem a influência precisa para impor o respeito e a ordem.
O que será, então, o futuro de Timor?

 

Teixeira Santos e a banca

O Ministro das Finanças fez ontem declarações importantes: vai pôr a banca a pagar tanto como as outras empresas.
Isto é irá fazer aproximar “ as taxas efectivas de tributação da banca à taxa média das restantes empresas”.
Será que o Ministro terá essa coragem?!
Já não seria sem tempo!

 

Os dólares de Angola

Afinal, o Banco Suíço onde se disse que o Presidente de Angola Eduardo dos Santos tinha uns largos milhares de dólares depositados, veio agora desmentir através dum jornal de Genebra.
Ainda bem que assim é!
Na verdade com tanta miséria naquele país não se aceitaria que o seu Presidente tivesse podido acumular tanta riqueza.

 

Visita do Governador Rotário

É já amanhã que o Rotary Clube da Figueira da Foz receberá a visita anual do Governador do Movimento em Portugal.
Haverá, além de outros actos como uma recepção na Câmara e uma ida à Cruz Vermelha um convívio dos Rotários figueirenses num jantar no Hotel Mercure.
O Governador, Álvaro Gomes, estará acompanhado pela sua Mulher Maria Lúcia.

 

Uma explicação

Recebi hoje um telefonema do Engenheiro Daniel Santos, em que teve, mais uma vez a amabilidade de me explicar o seguinte:
Como Presidente da Comissão de Toponímia propôs, entre outros, o nome de Luís Cajão para uma rua, o que naquela Comissão foi aceite por unanimidade.
Porém, como se estava já no final do mandato da Câmara a que aquele Engenheiro pertenceu não foi sequer colocada qualquer placa nem se fez, como era seu propósito, a cerimónia de homenagem devida no acto da inauguração da rua com o nome daquele escritor figueirense.
Quer dizer que está tudo em aberto e esta Câmara pode e deve dar continuidade a essa homenagem, cumprindo a deliberação já tomada pela Comissão de Toponímia.
É isso, então, que se sugere como medida de inteira justiça.

terça-feira, outubro 24, 2006

 

Correcção

Por amável informação do meu prezado e amigo Engenheiro Daniel Santos, que foi Vereador da última Câmara, vim só agora a saber que, afinal, o escritor figueirense Luís Cajão tem já o nome numa rua sita na urbanização da Quinta da Borloteira.
O certo, porém, é que tal acto de homenagem àquele nosso ilustre conterrâneo não teve o devido relevo, tornando-se desconhecido do grande público.
Ora, um acto daquela natureza merecia ser assinalado com maior grandeza ou dignidade!
Contudo, aqui fica a correcção devida por um erro involuntário.

 

O Procurador-Geral da República sofreu o primeiro desaire

O novo Procurador-Geral da República viu não ser aceite o magistrado que indicou para seu vice-Procurador.
Foi um mau começo!
Com efeito, escolhido com base na confiança que merecia ao Procurador-Geral, o Conselho Superior da Magistratura “ chumbou” essa opção, alegando até algumas razões que não se relacionam com a competência do magistrado escolhido.
Só a boa vontade, a tolerância ou os compromissos já tomados com o poder político terão levado o novo Procurador-Geral a não tomar uma posição que bem poderia ter tomado!
Aguardamos, agora, quem será a segunda escolha, sempre difícil de obter.

 

Até que enfim!

Foram retirados os restos da areia com que, há já muito, alguns artistas construíram verdadeiras “ obras de arte”.
Até que enfim!
É que o que se deixou ficar na praia durante tanto tempo, dava, pelo menos a ideia de um grande desleixo.
Desta vez houve dinheiro, decerto, para fazer o trabalho que já devia ter sido feito há muito...

 

O debate sobre energia

No programa “ Prós e Contras” de ontem, todos os intervenientes foram claros e falou-se sobre as várias formas de energia que podem ser utilizadas.
Mas, já nem todos defenderam o mesmo tipo de energia a instalar e a ser consumida no nosso país.
A do carvão? A eólica? A nuclear? A do fuel?
Todas elas foram lembradas e discutidas, apontando-se as vantagens e desvantagens de cada uma.
As intervenções foram com nível técnico e mostraram com clareza que é preciso que, com urgência, em Portugal comece a pensar-se a sério na energia a utilizar no futuro.
Realçamos a maneira serena, esclarecida e os termos simples usados pelo Engenheiro José Penedos, actual Presidente da Administração da REN que se comportou neste debate com muito brilho, tendo ainda na discussão havida todos os convidados oportunidade de demonstrarem os seus méritos quanto à competência na matéria em causa.

 

Gonçalo Cadilhe

Este “ caminheiro” do mundo continua a, com certa frequência, estar presente, pelo telefone no programa “ Portugal no Coração”.
Desta vez, falou de África que há sete meses está a percorrer.
E, quando o apresentador daquele programa lhe perguntou se, quando regressar ( e a viagem está a acabar), se sentiria mais rico.
Ele imediatamente respondeu: sim mais rico, mas também cada vez mais humilde!
É que o Gonçalo que tem, na verdade, andado por todo o mundo utilizando todos os meios de transporte, muitos de boleia, fica a conhecer os problemas sérios e graves nalgumas partes com muita miséria e doenças, perante tudo o que tem visto leva-o, decerto a sentir a humildade e a solidariedade.
Gonçalo Cadilhe cujos pais vivem há muito na Figueira, deixou, como se sabe, de exercer as suas habilitações académicas, como licenciado em economia, para melhor conhecer a Humanidade.
E, pelo que já tem viajado, deve ser dos que melhor a conhecem.
Saudamo-lo, mais uma vez, desejando-lhe a felicidade que bem merece.

 

As contas dos partidos

Todos os partidos cometeram irregularidades nas contas que tiveram que ser apresentadas no Tribunal Constitucional, relativamente às últimas eleições legislativas.
E é pena que assim tenha acontecido, pois os partidos deviam dar o exemplo quanto ao cumprimento da lei.
Claro que deverão ser notificados os prevaricadores para corrigirem os erros ou as faltas.
Mas quem é que, neste país, não procura furtar-se à lei?!

 

Mais investimentos

Hoje, na Feira Internacional de Lisboa José Sócrates assistiu ao nascimento de 139 projectos de pequenas e média empresas.
O investimento ronda mais de 100 milhões de euros e deverá empregar cerca de 600 pessoas.
No seu discurso, Sócrates mostrou-se, mais uma vez, optimista quanto ao futuro da nossa economia.
Deve aproveitar-se para dizer que pelo grupo Sueco Ikea vão ser construídas 3 fábricas em Paços de Ferreira, vindo a criar mais de 1500 postos de emprego, directos e indirectos.
Esta são boas notícias que importa registar pois o investimento nacional e internacional é essencial para o progresso do nosso país.

 

A Naval merecia ganhar

Principalmente, pela boa segunda parte que fez, a Naval merecia bem a vitória sobre o Sporting de Braga.
Os ataques à baliza do clube visitante forma muitos, falhando apenas a pontaria doa navalistas e sendo duas bolas defendidas pela trave da baliza bracarense.
A Naval está, de jogo para jogo a mostrar-se mais coesa, mais madura e com uma táctica bem definida.
Se continuar assim, como esperamos, vai marcar boa presença neste campeonato.

 

Ai Milu, Milu…

Texto recebido por e-mail

O sistema educativo não estava famoso, mas não precisava, Senhora Ministra da Educação, de aparecer para estragar o resto! Vem, V/ Exa., perguntar agora o que estão 30 professores a fazer numa sala de professores? Sabe que também me coloco essa questão muitas vezes? E sabe o que estão lá a fazer? O que V/ Exa. mandou: a cumprir horário! Não aumentou a carga horária dos docentes? Esqueceu, foi? Como vê os professores são obedientes! V/ Exa. manda e os professores obedecem! Não têm alternativa, não é verdade? Pode, portanto, V/ Exa. orgulhar-se dos resultados obtidos! Eles são a consequência da sua reforma! Mas não se preocupe pois vão piorar! Com o escabroso Estatuto da Carreira Docente que V/ Exa. inventou, os resultados só podem, com certeza, piorar! Nenhuma reforma, nunca, se conseguirá impor por decreto-lei nem contra a vontade da maioria dos envolvidos! E, muito menos, com cara má! Os professores, obedientemente, cumprem e cumprirão sempre as suas ordens! Contrariados…muito contrariados…mas cumprirão! Não lhes pode é pedir que, apesar de tudo, as cumpram de sorriso nos lábios, felizes, contentes e totalmente envolvidos com as suas orientações! Isso já seria pedir demais! Cumprirão e ponto final! Não se pode V/ Exa. portanto queixar! Continue a mandar assim e verá a tal curva de crescimento já não uma linha plana, mas em queda absoluta em direcção ao abismo! Não pode V/ Exa. pedir que se cumpram 35 horas de serviço na escola e se venha para casa preparar fichas de trabalho…apontamentos…actividades…estratégias…visitas de estudo…grelhas…avaliações…relatórios…currículos alternativos…programas adaptados…trabalhos em equipa…etc…etc…etc. V/ Exa. tem família? Saberá, porventura, o que é a dor de um pai que se vê obrigado a negligenciar a educação e o crescimento do seu próprio filho para acompanhar os filhos dos outros? Esquece V/ Exa. que os professores também são pais? Também são pais, Senhora Ministra! Pais!! Que estabilidade emocional pode um professor ter se V/ Exa. resolve, 30 anos após o 25 de Abril, impedir os professores de acompanhar os seus próprios filhos ao médico …à escola…aos ATLs? Não têm os pais que são professores os mesmos direitos dos outros pais? Conhecerá V/ Exa. a dor de uma mãe que se vê obrigada a abandonar o seu filho prometendo-lhe voltar dali a uma semana? Quer V/ Exa. motivação natural? Com a vida familiar desfeita? Não é do conhecimento público que os professores são os maiores clientes dos psiquiatras? E que é entre os professores que se encontra a maior taxa de divórcios? Porque será, Senhora Ministra? Motivação? Motivação como se V/ Exa. obriga os professores a fazer de auxiliares de acção educativa? Motivação como se V/ Exa. obriga os professores a estar na escola mesmo sem alunos? Motivação como se V/ Exa. obriga a cumprir 35 horas na escola mesmo não tendo esta os meios essenciais para que se possa trabalhar? Motivação como se temos que pagar tinteiros para as impressoras da escola…canetas…papel? Motivação como se o clima é de punição e de caça aos mais frágeis? Motivação como se lava as mãos como Pilatos e deixa tudo à deriva passando toda a responsabilidade para as escolas? Não é função de V/ Exa. ajudar a resolver os problemas? Não seria mais produtivo trabalhar ao lado dos professores? Motivação como se a cada palavra que diz tenta virar toda a sociedade portuguesa contra a classe? Motivação como se toda a gente percebe que o seu objectivo é dividir em vez de unir? Motivação como se V/ Exa. tem feito de tudo para isolar os professores dos alunos, dos pais, dos sindicatos, da sociedade em geral? E fica V/ Exa. admirada com os resultados? Não eram estes os resultados que esperava obter quando tomou,iniciou a sua cruzada contra os professores? A sua estratégia, permita-me, é a mesma daqueles professores que V/ Exa. acusa de não estarem preocupados com os resultados escolares dos seus alunos! Sabe, Senhora Ministra da Educação, o sucesso não depende do manual…como não depende do decreto-lei! O sucesso depende do envolvimento que o professor consegue com os seus alunos! Depende da capacidade de motivar! Depende da capacidade do professor ir ao encontro dos interesses dos seus alunos. Depende da relação professor-aluno! A tal que V/ Exa. quer agora que seja avaliada por alguém de fora da escola! A mesma que se fosse feita a V/ Exa. teria nota zero!

segunda-feira, outubro 23, 2006

 

Querer ser o que não se é!

Há quem julgue que “ o hábito não faz o monge”!
E é bem verdade. Não são os luxos que afirmam uma pessoa.
São, sim, os dotes morais e intelectuais, que antes são os valores com capacidade de impor alguém com carácter permanente.
A “ encadernação” ou seja o vestuário, carro ou outro sinal de riqueza são efémeros, não levando quem os exibe a estar com certa estabilidade no topo do que desejavam.
O que importa é o mérito que se tem, alcançado através do estudo, do trabalho, da cultura, de reflexão, da análise séria e constante das questões de relevo.
Sem isso, tudo é fogo de vista, que rapidamente desaparece!
Mas, na nossa sociedade de hoje, infelizmente, abrem-se muitas vezes as portas daqueles que gostam do que é supérfluo mas agrada à vista, mas não se aceitam aqueles que, mostrando-se com modéstia têm efectivo valor.
Aqueles que apenas pela aparência querem ser o que não são acabam por ser conhecidos e ter a sorte que não desejavam.

 

Plano Nacional para a Inclusão

O Governo aprovou um Plano para combater eficazmente a pobreza, nos seus vários aspectos, afectando às actividades a exercer no âmbito de tal Plano, uma considerável verba, de muitos milhares de euros.
Cerca de 2 milhões de portugueses vivem no limiar da pobreza e quase 1 milhão passa já fome.
Por isso era tempo, na verdade, de o Governo fazer algo de importante no sentido de acudir aos muitos carenciados que existem no nosso país.
A tarefa a desenvolver é muito trabalhosa e difícil mas há muito que se impunha, tal a necessidade de combater a exclusão.
Oxalá que esse Plano nacional venha a ter bons executores para que os dinheiros públicos sejam bem aplicados.

 

E esta?!

No Ministério da Saúde está a pensar em que os doentes com cancro ou com sida em ambulatório, possam vir a ser tratados nas farmácias!
Parece, porém, que a ordem dos farmacêuticos e a ordem dos médicos não concordam com tal absurda medida.
E quem, com bom senso, poderá concordar?
Por vezes, as surpresas são mesmo muitas.

 

As casas de penhores

Têm aumentado significativamente as licenças para a abertura de casas de penhores.
E isso é um mau sintoma: o da dificuldade económica ou mesmo da pobreza que vai alastrando.
Pelo que se vê noticiado essas casas até já são visitadas por pessoas que empenham casacos de vison, grossos cordões de ouro e outros objectos valiosos, etc.
Quer dizer que a crise é mais profunda do que se pensa?
Ou houve desorientação quando se comprou o que não se devia?!

 

“ Quase Memórias”

É um livro da autoria do Dr. António Almeida Santos, e, cujo primeiro volume já saído, relata com pormenor e com uma prosa excelente, como lhe é habitual, factos ocorridos logo após a Revolução do 25 de Abril em que teve intervenção e que devem ser do desconhecimento de grande parte do público.
É uma obra, em que se faz, com rigor e verdade, a história do período logo anterior e posterior àquela libertadora Revolução, em que Almeida Santos teve uma acção relevante, primeiramente em Moçambique onde era advogado e grande figura da oposição democrática, e depois no continente em que desempenhou relevantes cargos no Governo e na Assembleia da República.
“ Quase Memórias” é um livro que deve ser lido, sobretudo por quem se interessa saber a verdade de alguns acontecimentos políticos.

 

Zé Penicheiro

Este laureado pintor figueirense, já com 85 anos, está a comemorar os 40 anos de actividade artística, com uma excelente exposição na sua sala do CAE, exposição que intitulou como “ Mar Patrio”.
A este nosso amigo de há muitos anos, por quem temos grande estima e admiração desejamos boa saúde e ainda muitos anos de produção artística para agrado dos que a apreciam.

 

Grande acto de amor

Nos hospitais da Universidade de Coimbra, um homem de 48 anos deu parte do seu fígado a um filho de vinte e poucos anos que sofre da chamada “ doença dos pezinhos”.
Foi, na verdade, um acto de abenegação e amor que se deve louvar e registar, até porque não é vulgar.
Este pai soube demonstrar a grande afeição que lhe merece um filho.
Saudamo-lo com admiração, desejando que pai e filho vivam com saúde e, agora, mais ligados do que nunca.

domingo, outubro 22, 2006

 

Pedro Vieira Alberto

Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra foram os autores do ais potente computador científico português.
Foi baptizado com o nome de Milfeia e sucede a um outro computador o Centopeia, instalado no departamento de Física daquela Universidade.
Um dos investigadores é Pedro Vieira Alberto, filho do engenheiro Emanuel vieira Alberto, que, durante muitos anos, exerceu funções na Celbi e da Drª Maria Irene que foi professora da Escola Joaquim de Carvalho.
Por este êxito científico, felicitamos o Pedro e os seus pais.

 

Luis Cajão

É um dos escritores figueirenses ainda vivo e tem uma obra literária de mérito, que tem merecido já valiosos prémios.
Além disso doou à Câmara Municipal os seus muitos livros, que já se encontram na Biblioteca Municipal, pois fez questão de que viessem para a Figueira antes da sua morte, muito embora na respectiva escritura de doação se tivesse clausulado que só depois do seu decesso os livros viriam para a nossa Biblioteca.
Foi funcionário superior e muito categorizado da antiga emissora nacional, foi um bom pianista e também compositor.
Este ilustre figueirense, já com mais de 80 anos continua sem que a sua terra natal lhe preste a homenagem devida, atribuindo-lhe a Medalha da Cidade e uma rua com o seu nome.
Lembrámos já isto várias vezes, mas as sugestões vindas de alguns parecem não terem eco nos poderes públicos.

 

Os bares das praias

Desde 2000 que, em virtude do Plano de Ordenamento da Orla Costeira, que se diz que os bares da praia da figueira e de Buarcos vão desaparecer por desrespeitarem tal Plano.
E desde então têm sido avisados os donos desses bares de que terão de ser demolidos.
Só que, agora, já houve mesmo notificações, vindas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do centro, para que se obedeça àquele Plano.
O presidente da Câmara tem feito diligências de quem de direito para se evitarem as demolições dessas estruturas, que dão apoio aos utentes das praias.
Sobretudo agora, em que a praia da figueira alargou tanto, há, sem dúvida, que ter em conta essa nova circunstância e procurar manter os bares ainda que se lhes exija as melhores condições de higiene.
E há que ter em atenção que nem todas as praias são iguais, umas pela sua pouca largura, não precisarão decerto de apoios de bares ou restaurantes, mas outras, sim, não se lhes devem retirar tais apoios.
Por isso, há, na verdade, que encontrar uma solução que se coadune com o POOC e o interesse turístico que as praias têm e que não deve ser afectado

 

As feiras de emprego

Por vezes, organizam-se, e bem, as chamadas feiras de emprego em que quem está desempregado pode analisar e concorrer a propostas de vários lugares.
A ideia é realmente boa, mas o certo é que, como já foi dito, para os licenciados, até com mestrados, não há nada!

 

Querem que os velhos morram depressa?!

Ontem, numa manifestação em Montemor-o-Novo, de protesto contra o encerramento do serviço de urgências daquela terra ouvimos uma mulher dizer: fazer os idosos irem das suas terras para hospitais que distam quilómetros é mesmo querer que eles morram depressa no caminho!
Será, realmente, isto que se quer?!
Haveria poupanças nas reformas...

 

O Orçamento do Estado é legal e constitucional?

Alguns professores constitucionalistas já se pronunciaram no sentido de que este orçamento para 2007 é, pelo menos, ilegal, pois faz referência a leis que ainda não foram sequer promulgadas!
Vital Moreira e Marcelo Rebelo de Sousa são dessa opinião.
O Governo, no entanto, vai dizendo que não.
Quer dizer que se o Orçamento chegar à Presidência da República tal qual está, cavaco Silva tem um sério problema a resolver.
Em que ficaremos?

 

Os lucros fabulosos dos bancos

Algumas instituições bancárias bateram o seu recorde quanto a lucros!
Para além do muito dinheiro mal parado, isto é, incobrável...
Já há muito que há quem defenda, e bem, que uma percentagem desses lucros poderia servir para aliviar a crise porque o país está a passar.
Mas parece que há um certo receio de “ mexer “ com os bancos e a verdade é que eles continuam, sim, a usufruir de injustificáveis benefícios fiscais.
Ainda se os bancos investissem bem os lucros que vão tendo, dando oportunidade a um maior desenvolvimento industrial ou comercial!
Mas, não. Nem os depositantes ganham mais dividendos, que se mantêm praticamente iguais há muito nem, efectivamente, os bancos procuram os melhores investimentos para os seus lucros.

sábado, outubro 21, 2006

 

Saudação amiga ao Quinto Poder

Congratulamo-nos com o facto de ter voltado a aparecer entre os blogs figueirenses o Quinto Poder, do meu antigo e muito amigo Saraiva Santos.
Com este seu renascer do seu blog, onde sempre com muita clareza e coragem, são tratados problemas de vária ordem, ficará, de novo mais enriquecido o panorama blogosférico da nossa terra.
Um abraço amigo, pois.

 

A Ministra da Educação não valoriza o ranking das escolas

Na verdade, avaliar-se como melhor ou boa escola, aquela em que os alunos têm as notas mais altas, sobretudo em Matemática e em Português, não é correcto.
A escola é, efectivamente, mais do que isso: é o comportamento dos alunos, a competência e assiduidade dos professores, o ambiente de boa e salutar convivência, o melhor e mais saudável aproveitamento do tempo, etc.
Avaliar-se só pelas notas não corresponde a algo de verdadeiro e mais profundo, pois acontece que a massa estudantil varia de escola para escola sendo umas frequentadas por alunos de melhores meios sociais e outras não.
E não há dúvida que entre uns alunos e outros há sempre uma diferença quanto à possibilidade de aprendizagem.
É essa a razão, decerto, porque aparecem à frente da listagem feita os melhores colégios particulares a que só podem aceder quem vem de sectores não só mais ricos mas também mais evoluídos intelectualmente.
Para quê, então, continuar com uma avaliação que nem sempre traduz a realidade, dependendo muito de factores variados

 

Como se há-de lidar com o Ministério da Educação?!

Não será chantagem que esse Ministério faça sobre os sindicatos dos professores que só se estes acabarem com os seus protestos é que poderá continuar a dialogar-se sobre o estatuto da carreira dos professores?
Já foi dito que não é chantagem, é apenas colocar certas condições para que esse diálogo continue.
Mas, francamente, se se põem obstáculos a este diálogo se os professores não acabarem com a suas legítimas manifestações, o que é isso?
É, pelo menos, uma forma inaceitável de oposição a um direito que, em democracia, se pode expressar e defender livremente.
A tutela, porém, achará que não?!

 

Será escandaloso!...

Uma notícia do “ Correio da Manhã” tornou público que os elementos do Governo aumentaram 6,1% os seus ordenados!
Quando se propõe para os salários dos funcionários públicos apenas um aumento de apenas 1,5% e um aumento de um cêntimo para o subsídio de alimentação, será realmente escandaloso que o Governo, sobretudo numa época de crise tenha o atrevimento de se aumentar a si próprio 4 vezes mais o que propôs para os funcionários.
Ainda ontem, neste blog, se aplaudiu a posição do governo italiano, que, para dar exemplo de poupança, reduziu os seus ordenados 30%!
Francamente, ainda não acreditamos que o nosso Governo se atreva, num momento como este, a fazer o que o citado jornal noticia.
Mas se tal vier a acontecer, será muito censurável e terá de levar-se até à conta de lamentável provocação essa atitude, em relação ao que se está a passar com os funcionários públicos.

 

A GNR no edifício da EPST

Afinal sempre é verdade: as instalações, onde durante anos, esteve a EPST foram já entregues à GNR.
Ali se farão cursos de formação para novos efectivos da GNR e de especialização para os que já pertencem a essa Corporação Militar.
Segundo o comandante da GNR as novas e espaçosas instalações servirão para melhor corresponderem às necessidades verificadas noutras unidades em que não seria possível realizar-se o que se pretende fazer na Figueira: a valorização dos elementos da GNR.
Ainda bem que aquele espaço não foi vendido para a imobiliária (como chegou a constar) pois assim aqui virão fixar-se várias famílias que contribuirão para a economia figueirense.

 

Grande empreendimento turístico na Quinta de Foja

O Conselho de Ministros suspendeu, por dois anos, o PDM da Figueira, para ser possível fazer-se na Quinta de Foja um importante empreendimento turístico, que irá beneficiar a Figueira e Montemor-o-Velho.
O projecto contempla dois campos de golfe, um de 18 buracos e outros de 9, um centro hípico, um hotel de luxo e edifícios para apartamentos.
Duarte Silva já manifestou a sua satisfação que é, aliás, bem justificada.
Ainda há pouco tempo dizíamos que a nossa terra só poderia vir a ser um centro de turismo de 1ª categoria se nela viessem a existir bons equipamentos, com potencialidades de atrair turistas. Isso, em conjugação com as belezas naturais com que, felizmente, a Natureza nos beneficiou e ainda com bons meios de comunicação poderá, decerto, dar à Figueira aquele progresso que muito necessita, saindo do marasmo em que se encontra.
Também, claro, não se poderá descurar o desenvolvimento industrial, tendo sempre o cuidado de escolher indústrias não poluentes, o que constituirá um complemento importante para fazer do nosso concelho uma valiosa e próspera região.
Oxalá o projecto em causa para a Quinta de Foja se realize e com brevidade.

sexta-feira, outubro 20, 2006

 

O exemplo italiano

Confessamos que nunca julgámos assistir a que um Governo se decidisse a reduzir em 30% as remunerações auferidas pelos seus elementos.
Vindo o exemplo da Itália ainda mais nos admirámos, pois havia a ideia que naquele país, como em muitos outros, os lugares dos governantes serviam apenas para ganhar bom dinheiro!
E por que se tomou essas atitude?
Apenas para dar um exemplo, vindo de cima, de que é preciso poupar, reduzir as despesas, as dívidas públicas.
Esses exemplos e não outros é que devíamos seguir, mostrando a dignidade, o espírito de serviço e a honestidade como se deve exercer a política.

 

O Presidente Angolano com 100 milhões de dólares na Suiça

Num país como Angola, com enormes potencialidades mas que continua com muita miséria e fome conheceu-se, agora, que o Presidente Eduardo dos Santos tinha só num banco Suíço 1000 milhões de dólares que foram congelados numa operação chamada “ operação de limpeza” realizada na Confederação Helvética.
E é claro que não será apenas na Suiça que aquele chefe de Estado, como aliás outros tem dinheiro!
Entretanto, a miséria em Angola alastra e os senhores do dinheiro naquele país continuam a amealhar, a fazer vida faustosa e a ser indiferentes ao agravamento das desigualdades sociais.

 

De mal...o menos

O Governo já anunciou que, afinal, o aumento das tarifas do consumo da electricidade não atingirá os 15,7% mas ficar-se-á pelos 6 %.
Claro que, em relação aos salários ganhos tal aumento ainda pesa no orçamento doméstico.
É que se fosse só isso a subida de preço mas não é: há-de ser a água, os transportes públicos, os produtos alimentares, etc.
Mas, para já, quanto à electricidade, do mal...o menos.
Que haja mais recuos desses por parte do Governo porque os portugueses agradecerão.

 

Os crimes sexuais chegam a toda a parte!

Mesmo as personalidades mais categorizadas na vida pública são, por vezes, tentadas a comportar-se mal, não resistindo à sedução pelo sexo.
Agora, é o Presidente de Israel que está em “ maus lençóis” , pois parece ter caído numa armadilha e violado uma rapariga!
E, é claro, está, segundo se diz, prestes a pedir a demissão e senão a pedir poderá ser compelido a ela.
Pelo menos, desacreditado está ele e num país em que principalmente pelo seu credo religioso não se desculpam actos indignos como o que aquele político praticou.
É que para se ser político é preciso, antes de mais, ter qualidades humanas e seguir com rigor as regras da ética.
Há, no entanto, quem pense que, pelo facto de ter poder político, pode fazer o que quiser, desrespeitando os outros, servir apenas os seus próprios interesses, aproveitar-se da sua posição para se impor aos sentimentos dos que andam na sua órbita!
E, então, para esses vêm os abusos, as arbitrariedades e, se preciso for, até a violência, porque o que vale é a sua vontade.

 

A maternidade do nosso hospital

O Prof. Doutor Fernando Regateiro voltou a afirmar que, efectivamente, a maternidade do hospital da Figueira encerrará no final do ano, admitindo até que tal seja antecipado.
De nada tem servido as diligências feitas, a vários níveis, para que isso não aconteça.
E a Figueira ficará sem mais um Serviço hospitalar que, segundo nos dizem tem tido as melhores condições de funcionamento. E se não tivesse, mais fácil e aceitável seria dar-lhe essas condições, do que retirar desta cidade, que é centro de turismo, a maternidade.
Além de que essa maternidade servia todo o concelho e já tem uma significativa população.
Enfim, mais alguma coisa que vai deixar a Figueira, que poderá trazer complicações às grávidas do nosso concelho, que na hora do parto têm que ser deslocadas para Coimbra ou para Leiria.

 

O referendo sobre o aborto

O Parlamento aprovou ontem que se realize um referendo sobre tão polémico assunto.
A proposta, como já se esperava, partiu da bancada do PS, sendo certo que a deputada Matilde Sousa Franco votou contra e outras duas, Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda optaram pela abstenção.
O voto contra do PCP foi apenas porque, desde sempre, esse partido entendeu não ser preciso referendo e que devia ser a própria Assembleia da República a legislar admitindo a despenalização do aborto.
O CDS ficou-se pela abstenção.
Temos para nós que a questão depende, antes de mais, da consciência de cada mulher grávida, além de que tem importância a sua posição religiosa.
Para outros, e não devem ser poucos, a actual lei já prevê as circunstâncias várias e suficientes parta não ser punível a interrupção da gravidez.
Mas, quer-se ir mais longe, dando-se liberdade à mulher de decidir, até às 12 semanas de gravidez, sobre se quer ou não fazer o aborto. E, em caso afirmativo, poderá fazê-lo numa qualquer unidade hospitalar.
O certo, porém, é que a sociedade portuguesa está ainda muito dividida quanto à questão em causa, pelo que é imprevisível o resultado do referendo.
Para que este possa ser realizado é necessário que o Presidente da República dê seguimento à proposta aprovada no Parlamento.

quinta-feira, outubro 19, 2006

 

Querem acabar com os tribunais?!

Entrou já em vigor o chamado regime processual civil experimental ( Decreto-Lei nº 108/06, de 8 de Junho) em quatro tribunais.
Juízos de Competência Especializada Cível de Almada e do Seixal e os Juízos Cíveis e de Pequena Instância Cível do Porto.
E este regime é aplicável às acções declarativas cíveis a que não correspondam processo especial, às acções especiais para cumprimento de obrigações pecuniárias emergentes de contratos e aos procedimentos cautelares propostos a partir de 16 de Outubro de 2006.
A intenção deste Diploma é o descongestionamento dos tribunais.
Só que efectivamente o que nele se preceitua, embora a título experimental é, quanto a nós, algo que irá contribuir para uma maior desacreditação dos tribunais e da Justiça.
Por exemplo, compreende-se que nos procedimentos cautelares se deixe à vontade do Juiz fazer logo um juízo definitivo sobre a causa principal?! Para quê então a existência das providências cautelares?
Mais valia acabar com elas!
Admite-se a apresentação conjunta da acção pelas partes. Quer dizer que as partes podem propor em conjunto os articulados e admite-se também que as partes possam, de acordo, ouvir as testemunhas arroladas, fazendo-se uma acta, que será depois apresentada em tribunal.
Quer dizer que, agora, os advogados, ao contrário de até aqui, podem ouvir as testemunhas nos seus escritórios, embora, claro, de acordo com os seus colegas e na presença deles.
É algo de muito importante que não se retire de uma melhor apreciação do juiz que terá sempre que basear a sua decisão de acordo com a convicção que obtenha do exame da prova produzida na presença dele.
Mais: pode requerer-se pelas partes ou oficiosamente a agregação de processos para a prática de certos actos da secretaria, a audiência preliminar, a audiência final, despachos e sentenças.
De tudo isto é de molde a tirar trabalho aos Juízes, é um facto.
Mas que descredibiliza a Justiça, também é verdade.
Com os Julgados de Paz que a recente mediação penal já se facilitaria a actividade dos tribunais em muitos casos.
Se, agora, o regime processual civil experimental preconizado no citado Decreto-Lei, passa a ser generalizado é evidente que não tardará a acabar-se com os tribunais!
Que ficará para os magistrados?!

 

Os nomes...

Já se vão falando por aí em vários nomes de pessoas que querem concorrer à Câmara da Figueira.
Ainda será cedo para, com certa segurança, começar-se a atirar nomes para o ar, a não ser que se queira “ aniquilá-los logo a princípio!
Mas que se fala, fala, e isso só pode prejudicar os indicados e os próprios partidos.
Uma coisa é certa: quem vier a ocupar lugares numa futura Câmara irá enfrentar uma situação financeira muito crítica que impedirá de fazer-se válida.
E essa circunstância bem conhecida publicamente, dificultará que alguém se disponha a entrar na corrida para a Câmara.
Só que essa tem que continuar a existir, terá que encontrar quem fique a seu cargo com uma difícil gestão.
Sejamos, porém, optimistas, desejando que apareça quem saiba e possa trazer à Figueira mais progresso.
Que se deixem as vaidades pessoais, mesmo dos que sabem não ter condições para exercer cargos camarários, e que avancem, na realidade, os mais competentes e conhecedores dos problemas figueirenses.

 

O Congresso do PS

Claro que nessa reunião magna do PS não está em causa qualquer disputa quanto ao lugar de Secretário-Geral.
Isso já se sabe há muito, pois ninguém pensa em perfilar-se para concorrer com José Sócrates.
Mas tal reunião servirá, decerto, para que haja algum confronto entre os militantes que estão totalmente satisfeitos com a política adoptada pelo Governo, liderado pelo PS e os que, ao contrário continuam a defender com firmeza, sem exageradas concessões as principais matrizes socialistas e, sobretudo, as que se relacionam com o sector social e também com a política económica.
Gostaríamos que fosse um Congresso vivo e não morno, como se tudo estivesse bem e não fosse preciso tomar posições diferentes quanto a certas questões.
É evidente que se aprecia a determinação de Sócrates e se conhecem as dificuldades herdadas por este Governo.
Mas, com maior diálogo com outros intervenientes políticos e parceiros sociais, com uma mais eficaz afirmação da fidelidade dos princípios do partido e, sobretudo, considerando mais as pessoas do que os números e os critérios meramente economicistas – isso são realidades que precisam de ser mais respeitadas.
O PS é, tem sido, um partido plural, querendo isto dizer que há que ouvir as opiniões dos outros e discuti-las com elevação, correcção e solidariedade.
Que assim aconteça no próximo Congresso do PS.

quarta-feira, outubro 18, 2006

 

A falta de amor

Com a falta de amor vem o isolamento, a solidão, a tristeza, o desânimo e, por vezes, até a vontade de não viver.
Ouvimos ontem, na televisão, o depoimento de uma mulher de sessenta e tal anos que nos impressionou muito. Aos 4 anos ficou sem mãe, o pai nunca o conheceu e os filhos que tem não lhe ligam qualquer importância, dando-a a completo desprezo.
Com aquela pouca idade de 4 anos, foi entregue a uma vizinha de quem tem más recordações, pois em vez de afecto só recebeu dela maus-tratos.
Com apenas 10 anos andou a pedir pelas ruas, não para ela mas para com quem a recolhia.
Corou lágrimas e sangue – disse ela - durante a sua juventude.
Teve fome, sofreu frio, muitos ralhos injustificados e pancada!
Aos 12 anos viu-se sozinha na vida, após a morte repentina de quem com ela vivia.
Começou a dar dias, fazendo em várias casas os mais pesados (para a sua pouca idade) trabalhos domésticos.
Nunca chegou a casar-se mas juntou-se e a sua vida não melhorou, pelo contrário: teve que aturar bebedeiras, insultos e “ muita porrada”, como disse.
Depois ele desapareceu e ela ficou sozinha, residindo num quarto paupérrimo e sofrendo a solidão, até porque só com muito sacrifício podia já descer as escadas íngremes e altas da casa (uma siática afectou-lhe a marcha).
Tem-lhe valido o apoio material e também moral que um grupo de universitários lhe te, dado, visitando-a, falando com ela, procurando distraí-la e fazer rir, dando-lhe carinho, arrumando o quarto e levando-lhe comida quente.
E isso acontece todos os dias ao entardecer, momento esperado com muita ansiedade pela pobre mulher solitária.
São grupo de voluntários idênticos que vão, felizmente, aparecendo para atenuar muitas e tristes situações como a daquela mulher que somente, quase no fim da vida, está a sentir o que é o amor.

 

As taxas de internamento nos Açores

O Governo da Região Autónoma doa Açores já fez saber que não fará aplicar as novas taxas de internamento.
E as outras taxas chamadas de utilização?

 

O orçamento do Estado

Para 2007, o Governo já entregou na Assembleia da República o orçamento, com o qual se pretende reduzir o défice, como lhe compete perante a UE.
Só que pelo que se pode verificar, essa intenção faz-se à custa de alguns sectores que são importantes para a qualidade de vida dos portugueses: a Saúde ( em que houve a preocupação principal de pôr em prática um critério economicista); a redução do investimento público, com o que não haverá oportunidade de emprego; a redução de gastos com os funcionários públicos e os respectivos cortes já anunciados; o aumento da carga fiscal, como por exemplo, a actualização de alguns escalões do IRS.
Da análise global deste Orçamento, antevê-se claramente que, em 2007, os portugueses continuarão a ter de apertar o cinto!
Se daí resultar que, logo no ano seguinte se poderá viver melhor, mais este sacrifício agora pedido merece a pena!
De registar: o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior foi aquele que ficou com mais dinheiro.
Assim seja bem aproveitado, pois, na verdade, bem precisa o país de se desenvolver nas áreas tuteladas por aquele Ministério.

 

Para já três Scuts com portagens

Afinal, o Governo vai fazer agora o que nunca quis fazer antes.
E assim vai ao encontro do que a oposição de direita há muito exigia e que agora, logo aplaudiu!
Mais uma promessa eleitoral do PS, que tanto defendeu a ficar sem cumprimento.
Alguns dos autarcas, cujas regiões serão afectadas pela nova política governamental quanto às portagens nas Scuts, já se manifestaram negativamente.
É pena, com efeito que mais esse recuo do PS venha a verificar-se!
O que será bom é que não se anuncie ou prometa o que não pode fazer-se!

 

Grande exibição do FCP

A equipa portista, jogando contra o Hamburgo, fez ontem uma exibição de luxo, vencendo por 4-1.
Mostrou-se uma equipa moralizada, coesa, entusiasmada, capaz de ir longe na Liga dos Campeões que está a disputar e em que poderá honrar, mais uma vez, o futebol e o nome de Portugal.

 

Benfica continua a perder!

A equipa Benfiquista voltou a perder 3-0 na Liga dos Campeões, contra o Celtic da Escócia.
Os jogadores do Benfica ainda não se encontraram. A defesa comete erros incríveis, o ataque não se vê e quando aparece falha sempre a pontaria!
Assim, o Benfica nem a nível nacional nem internacional irá longe.

 

Por que será?

Não se justifica já que o INTEP continue a ter um lugar de estacionamento reservado na Rua Fernandes Tomás quando o Centro de Formação Profissional está já a funcionar no antigo edifício do matadouro municipal, onde há muito espaço para estacionamento de veículos.
Por que será então que o INTEP continuará a usar o privilégio de estacionamento próprio naquela rua?!

 

O arranjo de ruas

A Rua junto ao mercado que foi empedrada sofreu agora algum arranjo que, para já, melhora o piso. Mas o trabalho estará feito em definitivo?
A rua da República essa continua com as irregularidades no seu leito, pelo que já lhe chamam, como aqui já dissemos, Rua do Mar Alto!
Será que quem fez as obras naquela via não simpatiza com a República ou será mesmo Monárquico?!

terça-feira, outubro 17, 2006

 

A Naval voltou a ganhar

E fora de casa, no estádio do Boavista.
Embora beneficiando de um autogolo, o certo é que os navalistas mereceram a vitória, pois voltaram a jogar bem, principalmente na segunda parte.
A Naval está já a ser a surpresa deste campeonato e bem desejamos que assim continue a acontecer.
Para o bom nome desse prestigiosos clube como também para o da nossa terra.

 

Sim e não!

A apresentação do primeiro programa “ Grandes Portugueses”, feita por Maria Elisa, foi interessante.
Falou-se um pouco da nossa história, de algumas das mais ilustres personalidades, antigas e modernas, houve depoimentos valiosos de várias pessoas ( historiadores, cientistas, universitários, políticos, artistas, etc) e foram pertinentes os temas abordados.
Assim, sim.
Mas, daí até fazer deste programa “ um concurso” em que, pelo voto se vai escolher o maior português, vai uma grande distância.
E assim, não.
É que os sectores de actividade em que se distinguiu este ou aquele português são tão diferentes que, na verdade, a votação nunca dirá nada de verdadeiro, de certo.
Será muito mais interessante e até valioso que, a seguir a esta apresentação se fizessem uns documentários sobre várias figuras e foram muitas as faladas neste primeiro programa.
Grande parte dos portugueses desconhece a História do seu país e é de aplaudir tudo o que a televisão, que é um grande palco público desse a conhecer mais vezes factos e personalidades dessa História.
Agora, sujeitar-se um Vasco da Gama a uma votação com um desportista, por melhor que ele seja, francamente achamos que tal é ridículo, não contém nenhum interesse válido.

 

A época dos encerramentos

Agora calhou a vez à polícia judiciária!
Segundo já se anunciou, no Ministério da Justiça está já uma proposta para encerrar, no próximo ano, seis Departamentos da Investigação Criminal da PJ em todo o país.
Em Portimão, Setúbal, Leiria, Guarda, Aveiro e Braga serão, em princípio os abrangidos por tal decisão.
Numa altura em que se diz – e com muita razão – ter que haver melhores e mais eficientes meios de combate ao crime, o Governo vai reduzi-los em certas zonas do país, acabando com aqueles Departamentos e colocando os respectivos agentes noutros lugares.
Falta de dinheiro será a razão.
Só que há que se impor ao Governo saber distinguir as prioridades e a segurança dos cidadãos e o contributo para a ordem e a pacificação da sociedade são, sem dúvida, prioridades essenciais.
Enfim, será mais uma decisão do Governo que consideramos errada.

 

A greve dos professores

A greve dos professores, de protesto essencialmente contra o novo estatuto da carreira que o Ministério lhes quer impor, está a ter uma muita significativa adesão.
Em todo o país houve algumas escolas em que a totalidade dos docentes faltaram e noutras verificou-se, pelo menos, 80% de faltosos.
Na verdade, não só pelo novo estatuto que prevê professores de “ primeira e de segunda” mas ainda por muitas outras medidas tomadas que até desrespeitam a dignidade dos docentes, esta greve teve, quanto a nós muita razão de ser.
Esta foi uma greve como meio naturalmente forte de reacção contra o Ministério da Educação.

 

No Dia Internacional da Alimentação

Ontem, comemorou-se esse dia.
A obesidade é hoje um mal que está a atacar cada vez mais pessoas, desde muito novas
(já há 450 milhões de crianças obesas).
Por que se come muito e sem atentar nos alimentos que são mais adequados.
E da obesidade resultam doenças graves, como as de coração, a diabetes, etc.
Enfim, a uns a obesidade prejudica a outros (e são mais de 800 milhões!) a fome mata diariamente.
A uns a barriga cresce por alimentos a mais e a outros cresce por subnutrição!
Lamentáveis contradições do nosso tempo, que seria susceptíveis de resolver.
Bastava que, no mundo houvesse uma melhor distribuição da riqueza e políticas que a impusessem.

domingo, outubro 15, 2006

 

REGISTO PARA MEMÓRIA FUTURA

Texto recebido por e-mail

Nos últimos vinte anos, de 1986 a 2006, a política educativa portuguesa, dirigida pelos dois partidos do bloco central, foi orientada por doze ministros da educação: João de Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Diamantino Durão, António Couto dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo, Guilherme d’Oliveira Martins, Augusto Santos Silva, Júlio Pedrosa, David Justino, Maria do Carmo Seabra e Maria de Lurdes Rodrigues. Todos decidiram inúmeras medidas, reformas, experiências, alterações, melhorias, alterações e inovações, apoiadas em centenas ou milhares de leis, decretos-lei, despachos, circulares, informações, alterações de currículos, de horários e das mais variadas e bem intencionadas orientações. Todos constituíram centenas ou milhares de comissões de trabalho, de equipas de investigação, de experiências pedagógicas, de grupos de estudos, comissões partidárias, políticas, pedagógicas, científicas, comissões constituídas por personalidades de altíssima relevância, grupos de acompanhamento, projectos inovadores apoiados por centenas de reputados e conceituados especialistas. Escreveram livros, realizaram congressos e organizaram debates até à exaustão total. Jornais, televisões, rádios e revistas debateram, recorrentemente, este assunto, sempre com o apoio de reputados políticos e pedagogos, garantindo assim os desejados níveis de audiências. Enquanto isso, os funcionários do Ministério da Educação cumpriam as ordens e as indicações e aplicavam as medidas adoptadas. Ano após ano as estratégias iam sendo alteradas. Os funcionários obedeciam à entidade patronal.
Nos últimos vinte anos, de 1986 a 2006, a política educativa portuguesa, dirigida pelos dois partidos do bloco central, foi orientada por doze ministros da educação: João de Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Diamantino Durão, António Couto dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo, Guilherme d’Oliveira Martins, Augusto Santos Silva, Júlio Pedrosa, David Justino, Maria do Carmo Seabra e Maria de Lurdes Rodrigues.
Portugal suportou trezentos anos de Inquisição (com as consequências óbvias) e cinquenta anos de Estado Novo (com as consequências óbvias). Há cem anos, nos países nórdicos quase não existia analfabetismo. Nessa época, os portugueses eram quase todos pobres e analfabetos. Só em 1956 estabelecemos a escolaridade obrigatória de quatro anos (apenas para os rapazes). Só em 1960 se tomou idêntica decisão para as raparigas. Só em 1964 é que aumentámos a escolaridade obrigatória para seis anos. Só em 1986 (há apenas vinte anos) é que essa escolaridade foi aumentada para nove anos (em Itália, Inglaterra, Holanda, França, Espanha e Eslováquia, por exemplo, a escolaridade obrigatória varia entre os dez e os doze anos). Em 1950, cerca de 50% dos portugueses eram analfabetos. Em 1960, cerca de 40% dos portugueses eram analfabetos. Em 1990, cerca de 11% dos portugueses eram analfabetos.
Ao longo do século XX (para não irmos mais longe, pois no início do século XVIII, por exemplo, a corte portuguesa era considerada como uma das mais atrasadas e incultas de toda a Europa), a maioria dos portugueses preocupava-se essencialmente em não morrer de fome e em encontrar a melhor maneira de ter um nível de vida minimamente condigno com a sua condição de ser humano (daí a emigração maciça, que hoje tanto criticamos aos outros).
Nos últimos vinte anos, de 1986 a 2006, a política educativa portuguesa, dirigida pelos dois partidos do bloco central, foi orientada por doze ministros da educação: João de Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Diamantino Durão, António Couto dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo, Guilherme d’Oliveira Martins, Augusto Santos Silva, Júlio Pedrosa, David Justino, Maria do Carmo Seabra e Maria de Lurdes Rodrigues.
Os bodes expiatórios são bodes como os outros, só que além de serem bodes também expiam. Expiam pecados. Habitualmente dos outros. São bodes que expiam.
Há milhares de anos, no Médio Oriente, os povos autóctones tinham por hábito, uma vez por ano, escolher um bode a quem eram atribuídos todos os males e todos os pecados cometidos por aquela comunidade. Depois de escolhido o animal, efectuavam um ritual público que terminava com o lançamento do bode para uma ravina. Simbolicamente, ao estatelar-se no fundo do penhasco, o bode libertava todas aquelas pessoas dos males e dos erros cometidos (dos pecados também). No ano seguinte repetiam a cerimónia. Ano após ano. Não era fácil, a vida (e a morte) dos bodes expiatórios.
Existe igualmente uma história relacionada com mexilhões (que são mais pequenos do que os bodes). Nos rochedos da orla marítima, quando a maré está a encher, as ondas batem fortemente nos mexilhões, que são uns moluscos bivalves da família dos mitilídeos. Quando o mar está bravo, os mexilhões sofrem mais.
PMC

 

Desabafo de uma professora...

texto recebido por e-mail

NÃO TÊM O DIREITO DE NOS TRATAR ASSIM! " Sinto-me insultada, humilhada." - ouvi colegas dizerem repetidamente nos últimos tempos .É em nome dos muitos docentes que partilham esta mágoa e no meu próprio que quero expressar a minha opinião. Costumo dizer que, de tanta pancada, me sinto dolorida. " Eles " , leia-se, Ministra e o Governo que a apoia, NÃO TÊM O DIREITO DE NOS TRATAR ASSIM. Sempre me senti orgulhosa e honrada por, através da minha profissão, colaborar com as Famílias na formaçãodos seus filhos e meus alunos e contribuir para que eles se tornassem cidadãos responsáveis e participativos nas comunidades em que se viessem a integrar. Agora apontam-me o dedo acusatório e fazem-me sentir culpada do falhançocultural de um país?Senhora Ministra, V. Ex.a. que é professora, quantos anos exerceu funçõesdocentes? Que Portugal percorreu, com malas e filhos às costas até conseguir instalar a sua vida num local definitivo e finalmente poder proporcionar alguma estabilidade à sua família? Durante quantos anos o seu local de trabalho foi em locais remotos,com buracos no chão e no tecto, com o frio a tolher-lhe os movimentos? Quantas vezes teve alunos a necessitar, muito mais do que aprender a ler, de uma refeição quente, ou de um colo onde encontrar o afecto que lhe faltava em casa? Não sei a sua resposta, mas se o seu percurso profissional não se revê no que eu acabo de descrever, então Sra. Ministra, desculpe, mas não admito que decida o que quer que seja, em meu nome e sem me ouvir!Tenho 34 anos de serviço e apesar de me ter quase sempre sentido desconsiderada pelos sucessivos governos do meu país, nunca desisti dos meus alunos e fui professora, enfermeira, mãe, psicóloga, assistente social e colmatei todas as situações em que as obrigações dos governos iam falhando.Obviamente, tendo iniciado funções docentes em 1972, assisti a inúmeras tentativas falhadas dos governos de introduzir medidas reformadoras no ensino,sem nunca pararem para fazer uma avaliação credível e sempre ao sabor da orientação dos Ministros que se foram sucedendo, quase sempre fingindo que ouviam os professores. E agora hábil e maquiavelicamente a Ministra faz, num total desrespeito pelos docentes deste país, passar a mensagem de que a culpa do insucesso governativo na área da educação é dos professores.Assisto ao ataque mais violento que desde o regime fascista foi feito à minha condição de Docente e de Mulher, com as medidas que aMinistra propõe no novo ECD. Poderia exemplificar com inúmeras histórias de mulheres professoras que conheço mas vou falar do meu caso que representa uma faixa etária de quem,pensando até há pouco tempo estar em fim de carreira, se assombra e ainda não acredita no injusto e violento abanão que o país pela voz da Ministra lhe está a infligir:- Com o meu tempo de serviço passarei a Professor Titular destacando-me dos meus colegas que serão APENAS Professores ou ainda menos, candidatos a professores e assim poderão ficar indefinidamente porque o sistema de avaliação é tão repressivo que muito dificilmente poderá progredir mesmo que tenha um desempenho exemplar, porque as quotas fixarão o número de professores bons que uma escola pode ter.- Sendo Coordenadora de Departamento terei de avaliar os meus colegas com todos os problemas pessoais que daí podem surgir e serei avaliada pelos pais dos alunos com todo o tipo de pressões e conflitos que inevitavelmente ocorrerão.- Terei de assistir à repressão prevista para se abater sobre as minhas colegas, Mulheres em idade fértil, que tiverem a péssima ideia de quererem realizar-se como Mães porque nesse ano não serão avaliadas e nos anos seguintes se precisarem de faltar mais de cincodias, serão castigadas com a avaliação de Insuficiente, correndo o risco de serem afastadas da carreira!!!!! Inacreditável! Uma mulher que pretende penalizar outras mulheres por estes motivos não andou na Faculdade de Letras em Lisboa nos aos 70-74, a ser perseguida e a levar bastonadas da polícia de choque Marcelista que nos espancava, mesmo em estado de gravidez adiantada até nos fazer abortar. O meu discurso parece exageradamente dramático? Não é!!!O que é DRAMÁTICO é a maneira injusta e cruel como a opinião pública está a julgar e crucificar em praça pública os professores deste país,deixando-se influenciar pelos habilidosos discursos de quem sabe que o elo mais fraco do sistema educativo são os docentes , sendo estes portanto o alvo ideal para o povo descarregar a sua frustração e raiva pelo rumo que o país está a tomar, em viagem vertiginosa para outra ditadura.
Lúcia Maria de Mello Serpa

 

Os independentes estão fora da carroça do PS?!

Para a DREC (Direcção Regional de Educação do Centro) foi, agora, nomeada a Drª Engrácia Castro, que é politicamente independente e que, segundo estou informado tem um bom currículo.
Mas essa nomeação provocou uma grande celeuma nas hostes socialistas de Coimbra pelo facto de tal senhora ir substituir um militante do PS!
Desconhecemos as razões dessa substituição mas, francamente, estamos em crer que ela não foi feita levianamente.
E o facto da agora nomeada ser independente será porventura obstáculo a exercer bem as suas funções?!
Não é o PS que, com frequência, chama os independentes para lhe prestarem colaboração?
Claro que com o que escrevemos não desejamos pôr em causa a competência do socialista que foi substituído.
O que se põe em causa é que umas vezes o PS diz que pretende que os independentes estejam com ele e outras vezes não os querem aceitar!

 

Praça da Alegria

O último programa da “ Praça da Alegria” foi inteiramente dedicado a imigrantes, que, no nosso país trabalham em várias actividades.
Mais uma vez, viemos a saber que alguns deles – e não são poucos – com cursos superiores (médicos, engenheiros, professores, etc) têm que sujeitar-se à construção civil, embora na generalidade se mostrem satisfeitos pois ganham mais aqui do que se exercessem as suas profissões nos países de origem.
Só é pena que Portugal esteja a aproveitar tão mal as aptidões dessas pessoas de nível intelectual superior.
Mas, naquele programa foi-nos dado ver os que foram entrevistados estarem satisfeitos, ainda que, naturalmente, com algumas saudades dos familiares de que estão afastados.

 

Mais de mil pessoas no jantar de socialistas em Coimbra

Foram cerca de 1200 os socialistas que quiseram estar com o Secretário-Geral José Sócrates, ontem, em Coimbra.
E o jantar decorreu com muito entusiasmo e fé partidária, constituindo uma bela jornada de convívio socialista.
Sócrates, porém, conseguiu evitar uma manifestação, talvez de uma centena de pessoas, contra ele e o Governo.
Ontem, Coimbra deu uma boa imagem de apoio às políticas do PS.

 

Adriano Moreira na RTP 1

Ouvimos uma longa entrevista com Adriano Moreira.
E, embora não estejamos de acordo com algumas das posições que expôs, apreciámos, contudo, a sua sinceridade e até coragem (o que não é vulgar nos tempos de hoje) como falou da sua actuação em governos de Salazar.
Ele, segundo disse, foi alguém a quem desde a instrução primária foram incutidos valores e princípios morais, que manteve durante toda a sua vida pública e privada.
Por isso, não hesitou, depois de ter percorrido quase todas as nossa ex-colónias ( o que Salazar nunca fez) em relatar ao chefe do governo de então o que ali viu e não gostou, tal a miséria, as desigualdades e a violência existentes nesses territórios.
E dispôs-se a elaborar, como aconteceu, um novo Estatuto para os indígenas ( como então se lhes chamava), em que surgiram os primeiros direitos fundamentais dos povos colonizados.
É certo que Adriano Moreira foi Ministro do Ultramar na época salazarista mas nunca abdicou da sua maneira de ser e de pensar, manifestando pelo que revelou, a sua discordância quando alguma medida os contrariava.
Adriano Moreira apareceu nessa entrevista como um homem são, ligado a valores que formam um carácter íntegro que, embora dentro do sistema político que então vigorava várias vezes manifestou a discordância que a sua consciência lhe impunha.

sábado, outubro 14, 2006

 

O Ministro Manuel Pinho

Nem mais nem menos: “ a crise acabou”!
A frase, tão curta mas tão significativa trouxe a admiração, a surpresa, aos portugueses, sobretudo àqueles – são mesmo muitos – que ainda sentem nas suas vidas, no seu dia a dia que foi uma “ balela” o que o Ministro quis anunciar.
Ou foi uma sua leviandade e um desejo de querer tornar-se realidade, ou foi um efeito de tal declaração ter sido feita numa sexta-feira, dia 13, que costuma considerar-se dia de azar!
Depois de mais de 70 mil portugueses se terem, na véspera, manifestado nas ruas de Lisboa, em sinal de protesto contra a política do Governo que não resolve as muitas dificuldades ainda existentes nas vidas dos portugueses, surge aquele “ disparate” do Ministro.
Aliás, poucos dias antes já outra manifestação, com o mesmo sentido tinha havido e várias greves estão já anunciadas e é curioso e sintomático que o Prémio Nobel da Paz
tenha galardoado, com toda a justiça, alguém que tem dedicado grande parte da sua vida a proporcionar à classe mais pobre o micro-crédito que ajuda quem a ele recorre par montar um pequeno negócio, não precisando de dar garantias e pagando um juro quase simbólico.
Quer isto dizer que, mesmo no mundo, e não só em Portugal há muitas pessoas que não dispõem, por si, de um mínimo de condições de sobrevivência e é esse micro-crédito, que os ajuda.
O Ministro português diz decretar que a nossa crise já acabou e só ele, decerto, ficou satisfeito.
Que estranha forma de gerir a economia nacional: só porque têm aumentado as importações, pronto, tudo se resolveu!

 

Ainda o micro-crédito

Desde 1976 o micro-crédito estendeu-se a vários países e hoje contempla já mais de 500 mil pessoas, que dele beneficiam.
Do jornal “ O Público” hoje transcrevemos o seguinte que importa saber:
O que é o micro-crédito?
- É a concessão de empréstimos de valor muito reduzido a pessoas que, por vários factores, como ausência de património ou bens que possam servir como garantia, preconceitos sociais, religiosos e outros, estão excluídos do sistema bancário tradicional.
Quem são essas pessoas?
- São os muito pobres, os desempregados e, em grande medida as mulheres. “ Fizemos como regra ( no Grameen Bank ) que metade dos nossos devedores deviam ser mulheres”, disse Yunus ao Público em Janeiro, mas hoje em dia 97% dos clientes daquele banco são mulheres.
Qual é o valor de um micro-crédito?
- Varia muito de acordo com os países ou instituições. O valor médio dos empréstimos é 309 dólares ( 247 euros), em Portugal o limite máximo dos micro-créditos concedidos pela Associação Nacional do Direito ao Crédito é 5 mil euros.
Os micro-créditos são usados para quê?
- Para todo o tipo de actividades mas essencialmente para pequenos negócios ligados à agricultura, ao comércio e serviços básicos.
O micro-crédito é só para países pobres?
- Não. “Um país pode ser rico e mesmo assim haver muita gente sem acesso aos serviços financeiros, diz Yunus”
Há micro-crédito em Portugal?
- Sim. Até meados de 2006 foram concedidos 615 empréstimos que criaram 711 empregos.
O Ministro do Trabalho prometeu em Janeiro “ alterar” o enquadramento fiscal para introduzir estímulos ao micro-crédito.

 

Figueira 21

Na discoteca Vinyl realizou-se ontem o lançamento da nova revista Figueira 21.
Falou o Director da Revista Fernando Rodrigues que, em breves palavras saudou os presentes e explicou a razão e a finalidade da nova Revista.
Falou, depois, o Dr. Lídio Lopes, que representava o Presidente da Câmara, congratulando-se com o aparecimento da Figueira 21 que vem, decerto, valorizar o meio jornalístico figueirense e contribuir para que haja mais um espaço par exprimir ideias sobre os problemas locais.
O Dr. Lídio Lopes, Vereador da Câmara e há muito um bom conhecedor dos dossiers camarários e das realidades do nosso concelho, finalizou as suas palavras desejando que a Figueira 21 se mantenha cada vez com mais nível.
O número 1 da referida Revista tem uma variada e boa colaboração, que nos faz antever um seu futuro promissor.
Cumprimentamos com amizade a equipa que, com tanta dedicação, deu vida a esta Revista.

sexta-feira, outubro 13, 2006

 

Jorge Sampaio, Director de “ O Correio da Manhã” por um dia

O ex-Presidente da República é actualmente o enviado especial das Nações Unidas na luta contra a tuberculose.
Foi nessa qualidade que desempenhou as funções de director no número de hoje ( nº 10 mil) do Correio da manhã que destinou várias das suas páginas artigos, reportagens e depoimentos relacionados com a tuberculose.
Esta doença que durante algum tempo, quase desapareceu em alguns países, voltou agora a existir sobretudo nos lugares mais pobres da terra.
É no combate a tal doença que está empenhado Jorge Sampaio, por incumbência das nações Unidas.
De registar: metade das recitas do Correio da Manhã de hoje destinam-se a esse combate.

 

Uma nova revista na Figueira

Hoje, pelas 23 horas, na discoteca Vinyl, sita no Centro Comercial FozPlazza será lançada uma nova revista intitulada Figueira-21.
São vários os colaboradores e diversos também os temas abordados, com prioridade claro, para os problemas da Figueira.
E mais por enquanto não há que dizer sobre a nossa terra que parece ter “ hibernado”!

 

O banqueiro dos pobres

O prémio Nobel da Paz foi atribuído ao economista de Bangladesh Muhammad Yunus
e ao seu banco Grameem pelos muitos esforços realizados para tirar milhões de pessoas da pobreza.
O agora laureado, que foi professor universitário e advogado nos EUA, abandonou essas suas actividades e escolheu o seu país para aí lançar um novo tipo de banco, em 1986 inventando o microcrédito, um sistema que possibilita a pessoas pobres explorarem pequenos negócios sem garantia bancária.
Yunus tem vivido preocupado com as classes mais baixas oferecendo-lhes condições económicas para virem a viver melhor, com o seu próprio trabalho e o certo é que os que recorrem ao microcrédito têm cumprido.
Tem por lema que a paz duradoura não pode ser alcançada a menos que grandes grupos populacionais decidam romper efectivamente com a pobreza e o microcrédito é um desses meios.
Prémio Nobel bem merecido!

 

Mais de 600 mil mortos no Iraque

Desde a invasão do Iraque, já teriam morrido mais de 600 mil pessoas.
E este número não foi desmentido ainda pelas forças invasoras.
É grande parte de uma Nação que já desapareceu, sem que, até agora, esse lamentável facto tivesse resolvido o caso iraquiano, continuando ali a não haver nem democracia nem paz.
Pelo contrário, a guerra, com todas as suas atrocidades, dá-se todos os dias.

 

Sempre vale a pena!

Afinal o preço do almoço para comemorar os 30 anos do Conselho da Europa acabou por ser renegociado – de cerca de 150 euros/pessoas em bufete, custou 72 euros/pessoa em almoço servido à mesa.
Sempre vale a pena falar a tempo do que está mal, não é?!

 

A entrevista do Ministro da Saúde

O Dr. Correia de Campos foi entrevistado por Judite de Sousa, na RTP1.
E, francamente, não gostámos ficando até mais convencidos de que “ a revolução” que está a ocorrer no sector da Saúde é, sim, mais por imposição economicista do que por qualquer outra razão, como aquela que diz respeito a melhores cuidados médicos!
Ao fim e ao cabo, em todos os pontos que Judite de Sousa acusou o Ministro falou apenas de...dinheiro, embora dissesse que o que queria era valorizar o Serviço Nacional de saúde.
Chegou a dizer que para quem sofre um enfarte cardíaco, embora assistido no 112, meia hora não é muito para chegar a um Serviço de Urgência!
Oxalá o Ministro nunca tenha necessidade de esperar tal demora, quando se sentir doente...
Também disse que as urgências não são para os idosos!
Cremos, porém, que as urgências são, sim, para todos os que se sentem mal de saúde.
Não será assim?!
Contra o que esperávamos e conhecíamos da maneira de ser do Dr. Correia de Campos, pareceu-nos que, agora, está a tratar dos assuntos do seu Ministério com demasiada frieza, ligando apenas importância ao aspecto económico.
Quanto ao aumento das taxas moderadoras (a que preferiu chamar agora taxas utilizadoras), que também vão pagar por intervenções cirúrgicas e pelos internamentos clamou o Ministro: há que arranjar dinheiro para se poderem melhorar os cuidados médicos.
Quer a ele quer a outros Ministros diremos: que se gaste menos nos seus gabinetes, que não se tenham tantos assessores e secretários, que não se comprem tantos carros top de gama, que se acabem com festas e refeições faustosas, que se ponha cobro a reformas milionárias (calculadas, quantas vezes, apenas com poucos anos de descontos, etc).
Tudo somadinho seria bom dinheiro que se economizaria e que poderia ser melhor aproveitado no que é essencial e a Saúde é, sem dúvida, um sector essencial.
Que haja, pois, mais comedimento nas despesas públicas e, para isso, é preciso que os responsáveis políticos sejam eles quais forem, pensem mais em servir a comunidade nas suas necessidades do que nos seus...luxos!

 

Mais de 70 mil na manifestação de protesto contra a política do Governo

A própria PSP forneceu esse número quanto às pessoas que se concentraram em Lisboa, na anunciada manifestação de protesto.
Segundo se disse, foi a maior manifestação de sempre, o que traduz, sem dúvida, o descontentamento dos trabalhadores e não só quanto às medidas económicas, sociais e políticas do Governo de Sócrates.
Foram muitas as palavras de ordem gritadas, algumas delas muito duras!
No entanto, Sócrates, como lhe é habitual, já disse que continuará determinado a fazer o que, segundo ele, tem que ser feito, para ser possível um país mais moderno e progressivo.
Uma coisa é certa: tem sido já várias a s medidas tomadas a nível governamental que, efectivamente, são de molde a causar a indignação daqueles que mais sofrem com elas!
Outras, porém, tinham mesmo que ser postas em prática, para que seja possível a sustentabilidade de uma melhor governação.
Mas o que há é que saber distinguir as prioridades, o que nem sempre tem acontecido.

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