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sábado, outubro 14, 2006

 

O Ministro Manuel Pinho

Nem mais nem menos: “ a crise acabou”!
A frase, tão curta mas tão significativa trouxe a admiração, a surpresa, aos portugueses, sobretudo àqueles – são mesmo muitos – que ainda sentem nas suas vidas, no seu dia a dia que foi uma “ balela” o que o Ministro quis anunciar.
Ou foi uma sua leviandade e um desejo de querer tornar-se realidade, ou foi um efeito de tal declaração ter sido feita numa sexta-feira, dia 13, que costuma considerar-se dia de azar!
Depois de mais de 70 mil portugueses se terem, na véspera, manifestado nas ruas de Lisboa, em sinal de protesto contra a política do Governo que não resolve as muitas dificuldades ainda existentes nas vidas dos portugueses, surge aquele “ disparate” do Ministro.
Aliás, poucos dias antes já outra manifestação, com o mesmo sentido tinha havido e várias greves estão já anunciadas e é curioso e sintomático que o Prémio Nobel da Paz
tenha galardoado, com toda a justiça, alguém que tem dedicado grande parte da sua vida a proporcionar à classe mais pobre o micro-crédito que ajuda quem a ele recorre par montar um pequeno negócio, não precisando de dar garantias e pagando um juro quase simbólico.
Quer isto dizer que, mesmo no mundo, e não só em Portugal há muitas pessoas que não dispõem, por si, de um mínimo de condições de sobrevivência e é esse micro-crédito, que os ajuda.
O Ministro português diz decretar que a nossa crise já acabou e só ele, decerto, ficou satisfeito.
Que estranha forma de gerir a economia nacional: só porque têm aumentado as importações, pronto, tudo se resolveu!

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