.comment-link {margin-left:.6em;}

sexta-feira, junho 30, 2006

 

Menos deduções no IRS

O Governo está a pensar em não serem consideradas dedutíveis no IRS as despesas com a educação e com a saúde.
Se assim vier a acontecer, é essa uma forma encapotada de, ao fim e ao cabo, agravar esse imposto.
O que contraria evidentemente, o que o Governo tem dito no sentido de não aumentar mais os impostos.
Acresce que os encargos que, agora, se querem não deduzir no IRS são dos mais importantes relacionados com os filhos, não devendo mexer-se-lhes!
Mas, manda quem pode e obedece quem deve...

 

A lei da rolha

O Presidente da Câmara do Porto tem assinado vários protocolos com entidades daquela cidade, em que estas passarão a receber subsídios, obrigando-se, porém, a não criticar alguns aspectos da gestão camarária.
Como é possível que tal aconteça nesta nossa democracia, em que está constitucionalmente consagrada a liberdade de expressão?!
Volta-se à lei da rolha?
Para onde se caminha?!

 

Alteração no Governo

O Professor Doutor Freitas do Amaral deixou o Governo, alegando motivos de saúde.
Na verdade, já há muito que ele vinha queixando-se e dando a entender que não aguentaria decerto continuar a exercer as suas funções ministeriais, que o obrigavam a constantes viagens.
Sabe-se agora que, já na segunda-feira próxima Freitas do Amaral submeter-se-á a uma intervenção cirúrgica à coluna onde tem lesões.
Freitas do Amaral na carta que dirigiu ai Primeiro-Ministro fez questão de dizer que é apenas a sua doença que o faz afastar do Governo, reiterando-lhe a sua solidariedade política.
Foi já indicado ao Presidente da República o nome do Dr. Luís Amado, até agora Ministro da Defesa, para substituir Freitas do Amaral.
Para a Defesa irá o Professor Doutor Nuno Severiano Teixeira, que já ocupou uma pasta ministerial no Governo de António Guterres.
Nuno Teixeira é uma individualidade muito conhecedora em assuntos da Defesa Nacional, da Segurança, sendo ainda especialista em Relações Internacionais.
Freitas do Amaral, sem dúvida uma relevante figura de Estado e que, a nível internacional já ocupou a Presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde alcançou justo prestígio e como Ministro dos Negócios Estrangeiros cumpriu, na generalidade, bem a sua missão.
Parece-nos que quer Luís Amado quer Nuno Teixeira são bons valores.

 

Notável decisão do Supremo Tribunal de Justiça Americano

A fundamentação da decisão daquele Tribunal, a respeito da ilegalidade da prisão de Guantánamo, é, realmente, notável, não só conceitualmente, mas pela frontalidade e coragem como os juízes concluíram por tal ilegalidade e pelo abusos de poderes do senhor Bush.
Invocando as Convenções de Genebra sobre os direitos humanos e fazendo referência aos maus tratos infligidos aos detidos naquela prisão, bem como alguns julgamentos sumários feitos por Comissões de militares, a que chamam tribunais militares especiais, a maioria dos membros do Supremo americano optou claramente por censurar o que se tem passado em tal prisão.
A representante da Amnistia Internacional nos EUA, perante a decisão referido, comentou “ os julgamentos simulados que têm ocorrido sob o disfarce de crimes de guerra, acusando pessoas por crimes que nem sequer são crimes de guerra terão de acabar”!
E, embora a decisão do Supremo americano não determine o encerramento dessa tenebrosa prisão, o certo é que os advogados e activistas dos direitos humanos têm, agora, esperança de que tal venha a acontecer.
Quando é que não se prevê.

 

O FestiMaiorca

De 7 a 12 de Julho, realizar-se-á o 32º Festival Internacional de Folclore de Maiorca.
É a maior manifestação folclórica não deste concelho mas da região centro e que tem, ano após ano, tido grande êxito mercê do trabalho e muita dedicação de um conjunto de pessoas, sendo de destacar, com toda a justiça António Maia Cardoso que, desde o início do Festival lhe dá o melhor do seu saber e esforço.
Que o deste ano venha a ser mais um êxito, até porque se anuncia que este FestiMaiorca será o mais internacional.

 

A Figueira sem unidades militares

Foram cem anos que a Figueira teve unidades militares, chegando a ter duas.
Agora, com o encerramento hoje da Escola Prática de Serviços de Transportes a nossa cidade sofre uma grande perda, quer populacional, quer económica, pois aquela escola, além dos muitos militares que acolhia, fazia aqui residir grande parte das famílias daqueles, sendo importante o valor económico das mercadorias que eram fornecidas àquela unidade militar.
Esta sempre teve uma forte empatia com a sociedade civil figueirense e daí os relevantes eventos culturais que realizou, merecendo a colaboração dos artistas plásticos da nossa cidade.
Foram, realmente, muitos os encontros e os convívios lai realizados, juntando militares e civis, que tiveram o privilégio de apreciar valiosas exposições e outras actividades culturais.
É, na verdade, com muito pesar que vemos desaparecer da nossa terra uma unidade militar, que tão bem exerceu as suas funções e tão bem soube inserir-se na vida figueirense.

quinta-feira, junho 29, 2006

 

A política precisa de novos valores

Ainda não há muito tempo, um meu dedicado e velho amigo, que na vida política já ocupou lugares de muito relevo, me dizia, entristecido, que, infelizmente, poucos jovens se têm revelado como agentes políticos de valor.
Há, sim, uma mediocridade que conduz a uma incapacidade para o melhor estudo dos problemas e para uma eficaz contribuição para as suas funções.
E é verdade que em todas as instituições políticas o nível tem baixado e hoje quase não se vê ninguém dos novos a defender, com firmeza e brilho, convicções e posições políticas em que dizem acreditar.
O que, agora, se vai notando, isso sim, é o desejo de os mais novos lutarem, por qualquer meio, pela ascensão rápida a lugares que possam dar prestígio, mordomias e também, claro, interesses económicos.
A classe política, a seguir ao 25 de Abril, estava sem dúvida melhor preparada e defendia-se, com seriedade e coerência, aquilo que, mesmo no tempo da ditadura, já se defendia.
Mas, pouco a pouco, os que têm detido o poder foram esquecendo as matrizes essenciais das famílias políticas a que pertencem.
Embora se tenha que aceitar que, dada a evolução das situações que foram surgindo no país e que levaram a não cumprir, por vezes, com rigor os programas partidários, o certo é que nunca se deverá dar um divórcio entre o que consta desses programas e o que vai acontecendo, dia a dia, na prática.
Por isso, muita gente se sente “ baralhada” sem saber o que, na verdade, quer este ou aquele Partido, quando afinal em muitos pontos eles parecem confundir-se.
Se tivesse havido uma boa renovação nos agentes políticos, renovação com fidelidade aos princípios programáticos, se tivesse havido o aparecimento de novos elementos com valor que se mantivessem firmes nas suas convicções, não chegaríamos, decerto, a tanta mediocridade que por aí lavra.
A culpa tem várias origens, mas está também nos Partidos, que se têm furtado a fazer uma pedagogia política, parecendo só existirem quando se aproximam as eleições.
Sem a revelação de novos valores na cena política, para onde irá este país?!

 

A prisão de Guantánamo

O senhor Bush está a aguardar uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça que se pronunciará sobre a continuação ou não daquela prisão de alta segurança, para onde os EUA têm mandado os detidos que considera inimigos da nação e onde lhes são infligidos violentos maus tratos.
São já vários os que ali morreram e a maior parte dos presos não chegam sequer a ser julgados e os libertados são muito poucos, sendo certo que ainda recentemente, um deles relatou publicamente o tratamento tormentoso que lai sofreu, declarando inclusivamente que até lhe davam injecções para o enlouquecerem!
Um país que alardeia a sua democracia tem, afinal, pecados como aqueles ocorridos na tal prisão de alta segurança em que se desrespeitam diariamente os mais básicos direitos humanos!
Será que o Supremo Tribunal de Justiça americano tenha a coragem de mandar acabar com aquele foco de torturas?!
Última hora: acabámos de saber que o Supremo considerou ilegais as prisões especiais para presos terroristas, concluindo também que Bush abusou dos seus poderes ao dar luz verde a tais prisões, instaladas fora do país norte-americano.

 

Afinal a nova lei do arrendamento urbano ainda não está em condições de ser aplicada

Já aqui tínhamos chamado a atenção para o facto de as leis regulamentares da nova lei de arrendamento urbano ainda não terem sido promulgadas
Hoje, soube-se que os referidos diplomas estão na Presidência da República e que haverá 40 dias para serem ou não promulgados.
Quer dizer pois, que por enquanto há um impasse quanto ao novo regime do arrendamento urbano.
E será que os necessários decretos regulamentares passarão na Presidência da República onde se encontram?!
É o que estamos para ver.

 

Emprego pela Internet

Começou ontem a funcionar um site na Internet em que se oferecem, para já, 2500 empregos de várias empresas.
E àquelas ofertas logo houve inúmeras respostas.
Claro que havia de ser assim, quando existe tanto desemprego, não se sabendo, por vezes, qual a porta a que se deve bater para encontrar colocação.

 

As circunscrições judiciais

Estamos na época dos agrupamentos, como sucede com as escolas, unidades hospitalares, etc.
Agora, vai chegar a vez aos Tribunais.
E fala-se em circunscrições judiciais que, pelos vistos, agruparão aquelas comarcas em que seja pouco o movimento de processos.
Como é que isso vai acontecer, ainda não se sabe.
Só ontem, em reunião com advogados, magistrados e funcionários judiciais, o Ministro, ou alguém por ele, deu algumas indicações sobre o assunto.
E como já se noticiou, o Ministério da Justiça tinha encomendado ao Observatório sobre a Justiça um estudo a respeito da reforma a fazer na organização judicial, mas mesmo antes desse estudo ter sido apresentado, o Ministro decidiu-se pela antecipação, talvez para apalpar o pulso dos vários intervenientes na administração da justiça.
Vamos, então, aguardar mais essa reforma que já se anunciou com pompa e circunstância.

quarta-feira, junho 28, 2006

 

Mais uma exposição no Museu

Já o dissemos e não nos cansamos de repetir: tem sido notável a actividade cultural desenvolvida no Museu Municipal.
Desta vez, é mais uma exposição designada por “ 100% C.Caleia – lavar em água fria “ em que será mostrada a sensibilidade artística da Professora Conceição Caleia, docente da Escola Infante D.Pedro em Buarcos.
A respectiva inauguração será no próximo dia 4 de Julho pelas 16 horas.

 

A crise timorense

Afinal, apesar de Alkatiri ter já pedido a demissão o certo é que ainda ontem teve a seu favor uma grande manifestação de apoio!
E só o ex-Primeiro-Ministro conseguiu evitar que os manifestantes entrassem em Dili o que podia provocar mais distúrbios e violências.
No próprio parlamento as coisas não vão bem, pois há quem queira que Alkatiri regresse como deputado e isso não deve estar nos planos de Xanana Gusmão e do grupo de políticos que estão com ele.
Quer dizer que o que, há dias parecia dar possibilidade de solucionar a crise, complicou-se, não se sabendo quando ela efectivamente terminará.
E isto tudo só tem prejudicado, a todos os níveis, a jovem democracia timorense.

 

O “ rei” da Madeira!

Alberto João Jardim e o PSD, que comanda, está-se, mais uma vez “ marimbando” para o que é decidido a nível do Estado Português.
Agora, é o protocolo que fez com que a Madeira não acate as prioridades definidas, à revelia do protocolo do Estado.
E, como já é habitual, a posição do representante da república (antigo Ministro da República) naquela região autónoma vai ser, cada vez mais, minorizada.
No entanto, a Igreja Católica manterá o seu lugar na lista protocolar na Madeira.
Não há dúvida que ali se teima em ser território à parte, afirmando com muita frequência esse seu desejo!

 

A escola Prática de Serviço de Transportes

Como já se sabe, esta unidade militar vai desaparecer da Figueira, onde muitos anos esteve sediada.
A ela se fica a dever uma louvável preocupação de colaborar com frequência, em vários acontecimento locais, prestando significativos serviços logísticos à Câmara Municipal e a outras instituições.
Merece também uma referência muito especial a sua acção em prol da cultura figueirense, promovendo exposições e muitos convívios de artistas.
Cremos, pois, que será de elementar cortesia e justiça que o nome daquela unidade militar seja perpetuado numa rua desta cidade.
Aqui fica a sugestão à Comissão Municipal de Toponímia e à Câmara.

 

Nuno Maurício renunciou

Eleito para vice-presidente da Naval Primeiro de Maio, Nuno Maurício relevante investigador da Polícia Judiciária renunciou agora, àquele cargo.
Pelo seu dinamismo, pelas suas qualidades de trabalho e de inteligência daria um excelente dirigente navalista.
Mas entendemos que fez bem ao tomar a posição que tomou, pois, estando ainda a correr o processo conhecido como o do Apito Dourado, com investigações feitas e a fazer ainda pela PJ, e em que, porventura, poderão ser inquiridos responsáveis da Naval.
Além de que também está a ser investigado o Presidente da Académica e algumas relações entre a Câmara de Coimbra e empreiteiros.
Daí a razão de a direcção da PJ não autorizar que Nuno Maurício exerça o cargo para que foi eleito na última Assembleia Geral da Naval Primeiro de Maio.
Nuno Maurício revelou, mais uma vez, bom senso ao acatar, sem demora, aquela posição da direcção da Polícia que tem servido com brilho.

 

Atitude censurável

Fernando Ruas, Presidente da Câmara de Viseu, também Presidente da Associação Nacional de Municípios, teve uma estranha e incorrecta atitude quando, numa reunião pública, incentivou um presidente de uma junta e a população “ acorrer à pedrada” os fiscais do ambiente.
Confessamos que não contávamos que aquele autarca, que durante tantos anos já tem gozado de prestígio e da simpatia de quem o tem escolhido em sucessivas eleições, usasse daqueles termos, que são graves, mais a mais vindos de um responsável político.
Fernando Ruas já tentou explicar essas suas palavras, dizendo que tinha sido uma “ força de expressão”, não devendo ser levadas a sério...
Porém, os cargos que desempenha impediam-no de chegar ao ponto de incentivar outrem a perseguir os fiscais que apenas, claro, só estariam a exercer as suas funções!
Foram nervos a mais? A experiência de Fernando Ruas exigia um outro seu comportamento.

 

A greve dos enfermeiros

Ontem, houve uma greve dos enfermeiros que, em todo o país, teve uma muito considerável adesão.
Segundo os sindicatos essa adesão ultrapassou os 70%; o Ministério da Saúde não se pronunciou sobre isso, pois segundo disse não queria entrar numa “ guerra de números”!
Mas é sintomática essa atitude do Ministério, porquanto se, na verdade, a adesão tivesse sido muito inferior não deixaria, decerto, de lhe dar publicidade.
No hospital da Figueira a greve foi bem aceite por uma significativa percentagem d enfermeiros, entre os 60 e os 70 % , segundo nos constou.
O que está em causa é a justa luta dos profissionais de enfermagem por direitos que, há muito, já deviam ter sido reconhecidos, como, por exemplo, os que se referem à progressão na carreira.
Será desta vez que essa utilíssima classe profissional será ouvida?!

terça-feira, junho 27, 2006

 

A nova Lei do Arrendamento Urbano

Como pode esta nova lei entrar já em vigor amanhã, dia 28, conforme foi afixado, sem a publicação dos decretos regulamentares sobre várias matérias dessa lei?
Há, na verdade, algo que está mal e que não foi devidamente acautelado.
Será que aqueles decretos regulamentares são publicados no Diário da República mesmo amanhã?!
É incrível esta precipitação, quando se trata de um novo regime de arrendamento urbano, com muitas matérias ainda sem regulamentação, pelo que não podem ter para já aplicação.

 

Dia Mundial Anti-Droga

Passou, ontem o Dia Mundial Anti - Droga.
Serviu, decerto apenas para que em algumas instâncias sociais se reflectisse um pouco mais sobre as políticas de prevenção e de combate à droga.
Mas, de concreto, não se adiantou nada nem se alteraram para melhor essas políticas.
O grave problema da droga, que afecta muitos milhões de homens, mulheres e também jovens, é, na verdade, complexo, mas ninguém pode duvidar que ele está intimamente ligado às precárias condições em que muitos seres humanos têm que viver, ou melhor, têm de sobreviver e muito mal.
Quer dizer que, sem desistir de dar o apoio necessário aos que já são toxicodependentes, há que fazer um esforço enorme, se necessário, para melhorar essas condições de miséria, de desemprego, de fome, de qualquer tipo de exclusão social, etc, estão na base do início da procura da droga para, embora com um falso juízo, fugir aos efeitos de uma vida tormentosa.
E isso só se conseguirá quando houver uma melhor distribuição da riqueza para superar as profundas desigualdades que vão existindo nas sociedades, de forma a que cada um possa usufruir de um mínimo decente para viver.
Essa luta será difícil porque o egoísmo e a ganância impedem um olhar sequer sobre a miséria alheia, mas é uma luta que, em todos os países deve ser feita com firmeza e adoptando políticas bem pensadas, planeadas e concretizadas.
É que, se não for assim, continuará a crescer e muito o número de toxicodependentes, com todas as suas nefastas consequências físicas, sociais e até económicas.

 

Os maiores!

Por vezes, os que pouco valem humana e intelectualmente pretendem suprir esse défice com atitudes de arrogância, autoritarismo, de menosprezo pelos os outros.
E parecem os maiores a falar!
Têm descontracção a mais e também quase sempre falta de educação, agindo com sobranceria e sem respeito pelas regras da boa convivência.
Quando as coisas não correm como querem barafustam, ralham quantas vezes com alguém que não tem culpa, pedem malcriadamente satisfações por tudo e por nada.
Desconhecem o que é a humildade e a correcção, desrespeitam os direitos alheios e puxam de galões que, afinal, não têm...
Isto é o que vai acontecendo nesta época em que domina, infelizmente, a mediocridade e a ausência dos bons princípios.
Os que se julgam os maiores são, ao fim e ao cabo, os menores, aqueles que pouco ou nada valem procurando disfarçar isso mesmo com o uso e abuso de atitudes exaltadas, nevróticas e histéricas, não se coibindo de ofender e amesquinhar os outros!
O certo, porém, é que alguns desses, e não são poucos já, é que vingam numa sociedade em que a inversão de valores se acentua cada vez mais.
É triste, mas é assim.
Vai sendo tempo de dar, sobretudo aos mais novos porque deles é o futuro a noção exacta das regras de conduta, da melhor convivência social e da necessária valorização pessoal e intelectual.
Urge evitar que os maus exemplos dos mais velhos, sejam quem forem proliferem!

segunda-feira, junho 26, 2006

 

A unidade militar vai acabar

Já há muito que se dizia que a unidade militar sediada na Figueira seria extinta.
Agora há a certeza de que assim sucederá, encerrando as portas muito em breve.
Quer dizer que não se conseguiu evitar essa decisão do Governo que, pelos vistos, mais vai parecendo uma “ comissão liquidatária” de certos serviços!
Acabam-se com escolas, com maternidades, com serviços médicos de urgência, com institutos, com instalações e equipamentos militares, etc.
Foi pena que, em relação à Escola Prática de Serviços de Transporte, à volta da qual faziam a sua vida talvez mais de trezentas pessoas ( militares, seus familiares e fornecedores), não se tenham feito diligências para que aquela unidade militar permanecesse na nossa cidade ou, se se fizeram essas diligências, não tiveram, infelizmente, êxito.
A área que vai ficar desocupada é de grande dimensão o que poderá render elevada quantia quando da sua venda, que é, decerto, o que se pretende.
Nesta hora em que está a deixar-nos a unidade militar que esteve aqui durante tantos anos, há que render homenagem à sua acção cívica e cultural que desenvolveu e agradecer a colaboração que sempre deu aos eventos mais importantes da nossa cidade.

 

A Fifa devia castigar

Em primeiro lugar, o árbitro do jogo Holanda - Portugal que, apesar dos muitos cartões amarelos ( 16 ) e quatro vermelhos mostrados pondo as equipas a jogar com nove elementos, não teve “ pulso “ para segurar a violência e o anti-desportivismo dos holandeses!
O árbitro russo foi, na verdade, uma “ nódoa”, deixando-se desorientar, marcando faltas ao contrário, com prejuízo geralmente para a equipa portuguesa.
Depois, a Fifa deve castigar também a selecção holandesas que entrou a “ matar”, jogando mais ao homem do que à bola e tendo comportamento anti-desportivo e desleal.
Os nossos jogadores foram, na verdade, “ heróis “ para conseguirem chegar ao final do jogo defendendo o magnífico golo marcado por Maniche.
Muitos sacrifícios, grande força de vontade e muito saber na defesa, tudo isso houve na nossa equipa.
E chegou-se, no final da “ batalha campal ” em que os holandeses transformaram o jogo, aos quartos e final onde se defrontará com a Inglaterra.
Vai ser difícil, mas a nossa equipa não deixará ficar mal as cores que defende.

 

Dr. José Manuel Alves

Apenas com 44 anos, faleceu em Coimbra o Dr. José Manuel Alves, que durante alguns anos foi Presidente da Comissão de Turismo da Região Centro, vindo a ser também Presidente da empresa municipal Figueira Grande Turismo.
Pelas suas qualidades gozava de grande simpatia de todos os que com ele privavam e era um bom conhecedor dos problemas de turismo, mormente do turismo da Região Centro.
Foi, ainda, deputado à Assembleia da República pelo PSD.
Sempre bem-humorado, homem tolerante e muito educado, sempre com vontade de se valorizar profissionalmente, deu um impulso relevante em certas acções turísticas ocorridas nesta região.
Muito havia ainda a esperar dele, senão tivesse sucumbido a uma doença oncológica.
Tinha por José Manuel Alves estima, consideração e um bom relacionamento pessoal, pelo que muito me penalizou a sua morte.

 

Alkatiri demite-se

Com a demissão, hoje anunciada, do Primeiro-Ministro timorense será mais fácil haver um acordo quanto à formação de novo governo.
Resta, agora, saber quem será aceite como sucessor de Alkatiri.
Venceu o prestígio de Xanana Gusmão que continua a ter consigo a maioria do povo.
Bastou ele ameaçar com a sua resignação para se abrir caminho a uma resolução da crise.
Oxalá ela surja com brevidade, para que se volte à normalidade naquele jovem país.

 

A limpeza na cidade

Temos ouvido várias pessoas queixarem-se da falta de limpeza nas ruas da cidade e dos maus cheiros que vêm dos contentores.
A Figueira, durante muitos anos, foi sempre considerada como cidade muito limpa, havendo com frequência lavagem das ruas e dos passeios, bem como dos contentores quando eles apareceram.
Agora, na verdade, não se vê um carro de rega nas ruas, nem se verifica a lavagem e desinfecção dos contentores, que são unicamente despejados.
Para além da falta de dinheiro, também a Câmara não poderá dispor de água suficiente para proceder à limpeza?!
E a desinfestação das árvores quando será feita?

 

A competência e a cunha

Há realmente lugares para os quais se devem escolher os mais competentes, pondo de parte as recomendações, os favores pessoais ou políticos, enfim as chamadas “ cunhas”!
É que nesses lugares têm que estar os mais capazes de os desempenharem com rigor e com êxito, porque dependem essencialmente de conhecimentos técnicos ou de uma já afirmada experiência de vida.
Por isso, em ordem ao interesse público e ao melhor para a comunidade, há que saber escolher, com isenção, com imparcialidade de que natureza for, aqueles a quem se reconheça mais eficiência e mais capacidade de realização.
Claro que outros lugares há que são mais de confiança política do que outros para os quais se requerem mais habilitações e méritos profissionais.
Mas, mesmo naqueles impõe-se uma atenta e cuidadosa ponderação, não valendo apenas que os escolham apenas pelo facto de serem ou daquela cor política.
Há sempre que exigir as melhores condições para o desempenho dos lugares que vão ocupar.
Nem sempre assim tem sucedido, infelizmente.
E os Partidos hoje estão a transformar-se em agências de empregos, havendo mesmo “ guerras” no seu interior na corrida aos lugares!
Está por fazer aquilo a que chamaríamos a cultura da utilidade, que a cada um levará a reconhecer ou não a sua utilidade para trabalhar pelo bem comum.
E é preciso que isso aconteça e, para isso acontecer, é necessário que se tenha a humildade de cada um se conhecer bem a si próprio, não querendo ir além das suas possibilidades.

 

Carta aberta e quase íntima à Ministra da Educação...

Texto recebido no meu e-mail:

Minha Cara Maria de Lurdes Reis Rodrigues

Nos tempos que correm, você é, digamos, a face visível do meu patrão, oMinistério da Educação. Não me sinto, porém, "seu" empregado; sinto-me seu igual. Sou também, como você, professor (há mais de duas décadas), tenho, devida, alguns anos a mais do que você (para infelicidade minha), escrevo epublico poesia (e sempre gostei de partilhar poesia com os meus alunos, apesar de não ser professor de Português ou de Língua Portuguesa) e, talvezdiferentemente de você, quando entrei para a Faculdade, não planeava serprofessor, mas jurista. E, antes de ter optado por ser professor, fiz outras coisas na vida: fui tradutor, fui assessor jurídico, fui advogado, fuijornalista, fui gestor comercial. E tenho três filhos, dois dos quais estãoainda no ensino básico e em escolas "públicas", quero dizer, escolas "do Estado". Tenho pensado, escrito e publicado "alguma coisa" sobre educação,currículo que, infelizmente, não lhe reconheço.Não sei, por isso, francamente, entre nós, quem terá mais autoridade para falar de educação e de ensino. Claro: você é a Ministra da Educação: temautoridade política. Mas não era desta "autoridade" (circunstancial) que eufalava. Referia-me a outra: aquela que decorre da reflexão, da experiência e do interesse (não profissional, corporativo ou político, mas"civilizacional").Tenho, diante dos meus olhos, um Despacho assinado por si, datado de 7 deJunho (ou seja, de anteontem). Está para publicação no Diário da República. Estabelece (transcrevo-o) " regras e princípios orientadores a observar, emcada ano lectivo, na elaboração do horário semanal de trabalho do pessoaldocente" (...), "bem como na distribuição do serviço docente correspondente". Define ainda " orientações a observar na programação eexecução das actividades educativas que se mostrem necessárias à plenaocupação dos alunos dos ensinos básico e secundário durante o período de permanência no estabelecimento escolar".Não quero discutir consigo o conteúdo do Despacho. É, simplesmente, mais umDespacho, uma fórmula legislativa que os episódicos governantes deste pobrepaís gostam muito de usar para dar a entender (coitados!) que sabem e que podem. Não leve a mal que a desiluda: de Despachos Ministeriais (bem ou malintencionados) está o inferno (e Portugal) cheio. Em mais de duas décadas,não sei de nenhum Despacho que tenha, efectivamente, contribuído para mudar a qualidade das aprendizagens dos nossos alunos (quero dizer: dos nossosfilhos).Você sabe tão bem quanto eu: precisamos de professores qualificados,profissionalmente autónomos e responsáveis e motivados. Mas não acredite que os crie por Despacho. E com Despachos como este, e com todas as declaraçõesque tem vindo a fazer sobre os professores (e não discuto sequer se comrazão ou sem ela), só tem conseguido, liminarmente, uma coisa: humilhar e desmotivar os professores em geral, os competentes e todos os outros.Escolheu, imprudentemente, o caminho errado. Porque você ainda não percebeuque não basta ter autoridade política para "mandar" e para "mudar". É preciso suscitar a paixão, o entusiasmo, a clarividência, o pundonor. E,nesta arte, você tem-se revelado, lamento muito escrevê-lo, completamenteincompetente. Conseguiu apenas fazer-se odiar (pelas melhores e pelas piores razões). Não vejo, sinceramente, como o ódio que, actualmente, osprofessores lhe devotam poderá contribuir para a felicidade dos meus filhos.Lamento muito (repito) escrever isto, porque até comecei por simpatizar consigo. Continuo a considerá-la uma pessoa bem intencionada. Mas,porventura mal aconselhada, errou o método e o alvo. E agora já é muitotarde para voltar atrás e reganhar a confiança daqueles que deveriam ser os seus principais aliados.Com toda a franqueza e com toda a frontalidade, entre colegas, permita-meque lhe diga: acho que deveria demitir-se e dar o lugar a outro. Talvez aoAntónio Nóvoa, agora o seu Reitor, se ele estivesse disponível para colar os cacos que deixou (infelizmente, não acredito que quisesse). Pena que, emdevido tempo, não se tivesse aconselhado com ele...
Posted by ademar.santos at junho 9, 2006 10:45 PM

sábado, junho 24, 2006

 

A noite de S. João

Pelo que se ouviu não agradou ao público, que foi muito.
As marchas, mais de fora do que da Figueira apresentaram-se como se estivessem numa revista do saudoso Parque Mayer (com abundância de cetins e sem exibir nada que fosse popular, próprio destas festas).
O fogo de artifício não teve nível, sendo muito repetitivo e curto na duração, o que, aliás, já tinha sido anunciado.
Enfim, há que repensar estas festas e, sobretudo, as marchas, que ou representam certos costumes e tradições de vários lugares do nosso concelho ou não vale a pena insistir nelas!
Só que para conseguir trazer à Figueira marchas que sejam genuínas há que desenvolver muito trabalho, durante muito tempo, além de saber cativar as boas vontades dos grupos em participar no desfile das marchas.
Este ano, foi um S. João muito fraquinho, não justificando talvez o dinheiro que se gastou nas festas ainda que com algum a contenção.

 

Solidariedade bonita!

Os trabalhadores da General Motors em Saragoça fizeram, há dias, uma greve de solidariedade com os trabalhadores da fábrica opel da Azambuja.
Mais: aqueles trabalhadores espanhóis anunciaram já que se, porventura, a general motors pretender fazer deslocalizar os equipamentos daquela fábrica, recusar-se-ão em Saragoça, a produzir o modelo que actualmente é produzido em Azambuja.
Bonita posição, não é?!
Se assim reagissem todos os sectores sociais que, por serem prejudicados, praticando uma solidariedade sem fronteiras, seria mais fácil, sem dúvida, alcançar melhor êxitos.
Grande lição de solidariedade a dos trabalhadores da GM em Saragoça!

 

Alqueva vai, afinal, servir mais a imobiliária do que a agricultura

A barragem do Alqueva, que tanta polémica provocou quanto à sua utilidade e ao seu elevado custo, mas que acabou por realizar-se, vai, pelo que já se diz, servir mais a especulação imobiliária, com edifícios para 20 mil e tal camas, do que para beneficiar a agricultura e ser uma reserva de água para anos de seca.
Um dos argumentos, que basearam a concretização de uma das maiores obras públicas do nosso país e até da Europa, foi o de irrigar cerca de 420 mil hectares do Alentejo, tornando-o mais produtivo e, portanto, mais desenvolvido, combatendo a sua desertificação já de há anos.
Mas, agora, só se pensa em aproveitar os terrenos junto à barragem para a construção civil, para apartamentos e hotéis de luxo, campos de golfe, estando na barra o projecto do chamado Alqueva-turístico.
E tudo isso será prejudicial à função inicial de aproveitamento de água para a irrigação.
A agricultura, essa ficará, mais uma vez, esquecida ou, pelo menos, passará a um segundo ou terceiro plano.
E o Alentejo bem precisava que o apetrechassem para nele se poderem desenvolver uma agricultura capaz.
Só que, na verdade, estamos numa época do cimento armado e dos luxos!
Miguel de Sousa Tavares já denunciou – e bem – num seu artigo no “Expresso” o engano, o embuste em que caímos afinal todos nós, que contribuímos com os nosso impostos para a barragem do Alqueva...
Para, agora, se descobrir que o que mais importa, nos dias de hoje é fazerem-se grandes fortunas à custa da especulação imobiliária, mandando às ortigas a primeira e mais justa finalidade daquele grande empreendimento público e que era essencialmente a valorização da região alentejana.
Estamos, na verdade, num país em que se dá o dito por não dito com a maior facilidade, desfaçatez e em que os planos mudam à vontade do freguês!
Entretanto, soube-se agora que a água do Alqueva está poluída.
Agora, irão para a frente os projectos turístico e urbanístico que estavam previstos?
E como se vai tratar da poluição existente?
Um empreendimento daquela envergadura merecia outra sorte, ou melhor, um maior cuidado!

 

A opel sempre fecha!

A notícia já foi dada e, decerto, caiu como uma bomba nos trabalhadores da opel.
A general motors já decidiu encerrar a fábrica da Azambuja no final de Outubro.
Serão uns milhares os que vão ficar no desemprego.
O Governo, pelos vistos, não conseguiu influenciar a admin9istração daquela empresa no0 sentido de permanecer em Portugal.
Mas o Ministro da Economia já fez saber que terão de ser restituídos ao Estado todos os apoios que foram concedidos quando da instalação daquela empresa na Azambuja.
Claro que seria bem melhor que ela desistisse de sair do nosso país, mas, se tal não se conseguir então que se exija o pagamento do que o Estado abonou em apoios vários.

quinta-feira, junho 22, 2006

 

Em Coimbra um Gabinete de Mediação Familiar

O Ministro da Justiça anunciou que, até ao final deste ano, começará a funcionar em Coimbra um gabinete de Mediação familiar, isto é, um Serviço destinado a mediar conflitos ou litígios relativamente à regulação do poder paternal.
Esse Serviço será gratuito.
Foi a Câmara de Coimbra que propôs àquele Ministro a instalação de tal gabinete, oferecendo-lhe os meios necessários para o seu funcionamento (como, além do edifício o custo da água e da luz, da limpeza, da comunicação e ainda a remuneração de um técnico administrativo).
Ao Ministério da Justiça competirá suportar os encargos remuneratórios com um coordenador e um mediador familiar.
Além do Julgado de paz, já existente em Coimbra esta cidade ficará, em breve, com um Gabinete que prestará relevantes serviços, retirando dos tribunais muitos processos sobre a regulação de poder paternal, resolvendo-os com mais celeridade.
Coimbra está a trabalhar bem quando diligencia pela instalação naquela cidade de Serviços úteis à comunidade.

 

A crise em Timor

Alkatiri, Primeiro-Ministro timorense ainda não se decidiu a afastar-se do Governo, o que já deveria ter feito para abrir caminho à resolução da crise, que pode tornar-se ainda mais grave.
E Xanana Gusmão viu-se obrigado a publicamente anunciar que se demitirá se aquele governante mantiver a sua posição.
Ora, a verdade é que, Xanana é muito mais preciso ao povo timorense do que Alkatiri, o qual não goza da simpatia geral, estando a ser “ aguentado” apenas pelo partido da Fretilin.
Amanhã é o dia D em Timor, pois é amanhã que Xanana pedirá a demissão ou não em face da atitude que Alkatiri vier até lá a tomar.
É preocupante o que se está a passar em Timor, que ainda há pouco tempo alcançou a independência e em que estava a tentar-se a consolidação da democracia.
Tenhamos esperança que o bom senso entre na cabeça de Alkatiri e que ele voluntariamente se demita.

 

Um certo alívio para as autarquias

O Governo na nova Lei das Finanças Locais vai permitir que as autarquias possam cobrar 5% da receita do IRS cobrado nos municípios (2% de parcela fixa e mais 3% de parcela variável fixada anualmente pelo Município).
Esta medida irá constituir uma significativa ajuda nas depauperadas finanças da generalidade das Câmaras.
Não será, decerto, suficiente tal é o endividamento das autarquias, mas sempre será uma ajuda.
Mas, como se anuncia também que os Municípios deverão receber também novas competências nas áreas da saúde e segurança social, donde virá o suporte financeiro para mais essas competências.

 

A consonância de Cavaco Silva com o Governo

O Presidente da República esteve agora, nos roteiros que escolheu a dar atenção à Ciência e Tecnologia.
E contactou com vários cientistas, investigadores e empresários, tendo para com todos palavras e congratulação pelo trabalho que vêm desenvolvendo, incitando-os a prosseguir e fazendo um apelo no sentido de uma maior colaboração entre as universidades e as empresas.
Mais uma vez, Cavaco Silva elogiou o Governo, considerando como uma sua aposta correcta o Plano Tecnológico.
Até quando o Presidente da República revela estar com o Governo, dizendo que foram oportunas e certas as suas opções?!
Até no seu veto da lei da paridade ele foi cauteloso em relação ao Governo!
Noutro dia, o Presidente da República elogiou também os planos de prevenção e combate aos fogos florestais, elaborados sob a égide do Governo.
A oposição não gostará muito desses aplausos, mas Cavaco Silva “soma e segue” num charme de simpatia!

 

Futebol a mais!

É claro que ninguém pode negar que um campeonato do mundo é um evento de muita importância desportiva.
Talvez mesmo o de maior relevância.
E também é claro que estando o nosso país representado nessa prova se deve dar-lhe o devido destaque e dar à nossa selecção um grande apoio.
Mas, quanto a nós, as televisões têm abusado e os programas sobre o campeonato têm sido mesmo muitos!
Transmitir os jogos de Portugal e até alguns outros de interesse, justifica-se.
Porém, as quatro estações televisivas, para além disso, repetem e tornam a repetir reportagens, entrevistas, durante dias.
Os comentadores são muitos, uns estando na Alemanha outros cá e temos que “ gramar” opiniões diversas e mesmo doutrinais que não nos interessam nada!
Ontem, por exemplo, as nossas quatro estações de TV estiveram ao mesmo tempo e durante muito tempo, a tratar de futebol e futebol!
E até mais de metade dos telejornais é ocupada com futebol...
Assim, francamente é demasiado!
Acresce que não concordamos nada com a onda de histeria futebolística que se instalou em quase todas as pessoas.
As bandeiras, os cachecóis, os lenços, as músicas, aos milhares tornaram-se numa loucura colectiva!
Não, assim é, na verdade, demais!

quarta-feira, junho 21, 2006

 

Chegou o Verão

Dia 21. E mais um Verão começará.
A Figueira transformar-se-á, regurgitará de gente, sobretudo, comum é habitual nos fins-de-semana.
A agitação dominará, acabando com a tranquilidade que os figueirenses tanto apreciam.
Haverá ruídos a mais, abundantes festas, noitadas prolongadas, difíceis estacionamentos para os carros, filas em restaurantes, etc.
Enfim, a população triplicará, decerto, e oxalá que sim, para bem do comércio local tão precisado de movimento.
E que o clima ajude a gozar os belos dias de Verão.

 

Mais uma vitória de Portugal

Com uma boa primeira parte, a selecção nacional venceu os mexicanos por 2-1.
Mesmo sem utilizar os melhores jogadores, Portugal obteve mais uma vitória, ficando invicto no seu grupo.
Porém, na segunda parte e apenas jogando contra dez ( Luis Perez foi expulso por acumulações de cartões) a nossa selecção desceu muito de nível e, pelo contrário, os mexicanos avantajaram-se e podiam, pelo menos, ter empatado o jogo, senão desperdiçassem algumas boas oportunidades de golo inclusive uma grande penalidade.
No futuro a nossa selecção tem mesmo que tentar melhorar entregando-se mais ao jogo, não descansando quando está na posição de vencedor.
Agora, aí estão os oitavos de final!
Que haja vontade de vencer e sorte!

 

Menos 5 minutos no fogo de artifício!

O Presidente da Figueira Grande Turismo veio informar que o espectáculo de fogo de artifício terá menos 5 minutos de duração!
Não valia a pena ter-se dado essa informação, pois a redução não seria de molde a dar-se por ela...
Claro que Manuel Fernandes Thomaz queria, decerto, significar que também no fogo de artifício haverá contenção de despesas, mas pensamos que não será naquela tão diminuta redução do fogo que se poupará o suficiente numa época em que a Figueira Grande Turismo tem que “ deitar contas à vida” se quiser sobreviver!
Não era melhor que em vez de prejudicar os eventos, se ponderasse bem sobra as despesas com o pessoal dirigente e outras despesas de funcionamento daquela empresa?!

 

Que será feito de uma auditoria à Figueira Grande Turismo?!

Já lá vão vários meses que foi requerido e aprovado que se procedesse a uma auditoria àquela empresa municipal.
Até agora, porém, que se saiba, não houve seguimento de tal assunto.
O que se passa?!

 

A demissão da Comissão de Festas de S. João

Como reacção pouco cordial como foi tratada a substituição de Nuno Encarnação na Figueira Grande Turismo parece que, pelo que nos chegou, a Comissão de Festas de S. João pediu a demissão em bloco, com excepção de um membro, funcionária da Câmara.
Tal Comissão que tem prestado colaboração àquela empresa municipal, não gostou, pelos vistos, de como tudo se passou quanto à substituição de Nuno Encarnação por Ana Redondo.
E, agora, quem vai trabalhar nas festas?

 

A nova Administração da Figueira Grande Turismo

Nuno Encarnação pediu a demissão do cargo de administrador daquela empresa municipal.
Embora, segundo consta, ele tivesse já pedido há um mês ao Presidente da Câmara que o substituísse, porque queria dar novo rumo à sua vida, o certo é que só na última sessão camarária Duarte Silva deu disso conhecimento aos Vereadores. E logo indicou a Drª Ana Cristina Calado Redondo, licenciada em Química Industrial, que já exerceu funções na administração do Centro Comercial Foz Plazza, nesta cidade.
Não foi consensual a escolha desta nova administradora pois quer Paulo Pereira Coelho quer Paz Cardoso votaram contra, sendo da opinião de que, nos quadros da autarquia, haveria, decerto, quem desempenhasse bem essas funções e com memos custo.
Vítor Sarmento, do PS, absteve-se ( por não conhecer o perfil de Ana Redondo e por não ser capaz de avaliar a sua aptidão para o cargo).
Mas o certo é que a Drª Ana Redondo, que segundo se diz foi indicada ao Presidente da Câmara pelo próprio Nuno Encarnação foi votada.
Não nos parece correcto que o nome dessa senhora, desconhecida nos meios camarários, políticos e também da generalidade dos figueirenses, surgisse de surpresa na sessão da Câmara, sem que anteriormente houvesse, pelo menos, uma troca de impressões com os Vereadores sobre a escolha do senhor Presidente.
É que o cargo em causa é de importância para o turismo da Figueira, pelo que devia ter havido uma melhor ponderação ao avançar com o nome da referida senhora.
Enfim, desejamos-lhe bons êxitos.
E que consiga, para além da actividade própria da Figueira Grande Turismo, agir de forma a tentar reduzir o passivo da empresa que já é actualmente de 7,3 milhões de euros!

 

O porto da Figueira

Pelo que foi já dito pelo Presidente do Instituto Portuário, o porto da Figueira não ficará, como chegou a pensar-se, “ submetido” à jurisdição do porto de Aveiro.
Isso agradará, decerto, aos operadores que contestaram essa posição, mas, com o muito que há a fazer para melhorar as condições do porto da Figueira, torna-se necessário que a pessoa que seja indicada para o gerir seja muito competente e venha a ter um bom relacionamento não só a nível governamental, como também a nível local, com a autarquia dos operadores portuários.
A escolha tem, pois, que ser bem ponderada, já que o melhor funcionamento do nosso porto dependerá muito das qualidades de quem deva dirigir as actividades portuárias.

 

É tudo para ajudar!

Uma tempestade de granizo que, há dias, durou cerca de 20 minutos, destruiu por completo não só as uvas mas as próprias videiras numa grande área do Douro.
As pedras de granizo eram do tamanho de ovos e nada escapou ao seu violento embate nas vinhas e noutras produções agrícolas.
Realmente, Portugal parece estar fora das graças de Deus, nada ajudando a uma necessária recuperação económica.
A agricultura está, há muito, de Rastos, as principiais indústrias fogem daqui (como agora parece vir a acontecer com a fábrica da Opel na Azambuja), o comércio é fraco
(com excepção dos estabelecimentos de supermercados), a taxa de desemprego continua alta, o endividamento vai aumentando, etc.
Só o futebol vai fazendo esquecer as tristezas e os problemas, mas isso também acaba rapidamente!
Este é um país muito difícil de governar e quem tem essa obrigação, seja de que cor política for, merece efectivamente admiração!
Quem vai valer aos muitos produtores de vinho do Porto, que neste ano, vão sofrer enormes prejuízos provocados por aquela intempérie?
Por que não têm eles seguros?
É que, não os havendo, será ao estado que todos vão pedir subsídios.
E com que dinheiro pode o Estado fazer a “vontade” aos que sofreram os danos?!

 

O castelo Engenheiro Silva

Quando se viu cobrir esse edifício com um tecido transparente e com os desenhos do castelo, sempre se julgou que, em breve, começariam as obras de beneficiação tão necessárias.
Afinal, foi rebate falso porque tudo continua na mesma.
E é uma pena que naquele local se mantenha tal edifício em tão mau estado de conservação!
Para quando, pois, as obras no referido castelo?!
Aliás, a Figueira está a “ primar” por muitos edifícios degradados a precisarem de uma rápida intervenção.

 

A limpeza do oásis

O Vereador do Ambiente, José Elísio de Oliveira disse publicamente há dias que irá ser feita uma intervenção de fundo no oásis da praia, tornando-o sobretudo limpo e aprazível.
Já não era sem tempo porque, na verdade, aquele local quase estava transformado numa “ lixeira” !
Os pobres patos que ali tinham a sua “ residência” vinham, com frequência, até aos canteiros da avenida para comerem pelo menos relva!
E o cheiro que, por vezes, vinha das águas existentes no oásis era nauseabundo...
Ainda bem pois que a Câmara procure, agora, beneficiar aquele local, que custou imenso dinheiro e que tão pouco uso tem tido.
Alguém pensou erradamente que o nosso clima era tropical e que aguentaria um empreendimento daqueles!
Só que, estando feito, há que valorizá-lo o mais possível.

 

Morreu Joaquim Miranda

O mais antigo euro-deputado português, Dr. Joaquim Miranda faleceu com apenas 53 anos.
Este político, a princípio filiado no PCP fez depois parte do Movimento Renovador Comunista.
Licenciado em económicas era detentor de grande inteligência e muito conhecedor dos meandros do Parlamento Europeu.
Era também pessoa muito afável, europeísta convicto, gozando da estima e consideração dos euro-deputados portugueses, bem como, de uma maneira geral, de todos os seus companheiros naquele Parlamento.
Com a sua morte, desaparece um valor de muito mérito dos meios europeus.

 

Aniversário de o “ Figueirense”

Com o último número publicado de “ O Figueirense” foi comemorado mais um aniversário do jornal, de que é actual director António Jorge Lé.
É valiosa a folha de serviços que aquele semanário tem prestado, ao longo dos anos, ao nosso concelho.
Embora atravessando fases diversas e também, claro, dificuldades que sempre surgem, o certo é que tem sabido sobreviver e marcar boa posição na imprensa regional.
Felicitamos o seu director e nosso estimado amigo bem como todos os que trabalham naquele jornal, fazendo votos pela continuação do êxito.

sábado, junho 17, 2006

 

O PS vai acatar o parecer de Cavaco Silva

O Presidente da República vetou a lei da paridade, principalmente por achar excessivas as sanções para o incumprimento da regra de 1/3 de mulheres nas listas de candidatos a cargos políticos.
Em vez de serem rejeitadas as listas o PS vai agora propor como sanção, ou a aplicação de multas ou cortes na subvenção do Estado aos partidos ou diminuição da comparticipação estatal para as campanhas eleitorais.
Conseguirá o PS os 2/3 de deputados que são precisos para as alterações propostas serem aprovadas?
Pelo que já se diz aquele partido para obter as condições para a aprovação, poderá ainda vir a “condescender” em mais alguma coisa!
Não há dúvida que Cavaco Silva “ acertou em cheio “ com este veto fazendo recuar quem fizera a proposta de lei!
Será sempre assim?!

 

Não acreditamos

Segundo noticiou o “ Independente” de ontem, o actual Ministro da Saúde e a ex-Ministra Maria de Belém estão, com outros, a ser inquiridos num processo criminal, como suspeitos de abuso de poder, falsificação de documentos e corrupção.
Conheço bem ambos: a Drª Maria de Belém que foi uma muito valiosa colaboradora no Governo de Maria de Lurdes Pintasilgo, precisamente no Ministério do Trabalho em que fui Secretário de Estado; o Dr. Correia de campos foi também Secretário de Estado naquele Governo.
E, pelo muito que contactei com eles, apercebi-me com facilidade que eram senhores de excelentes qualidades morais e dotados de muitos méritos profissionais.
Apesar de, agora, discordar da decisão do Ministro da Saúde em encerrar algumas maternidades, mormente a da Figueira, isso nada modifica a amizade pessoal que tenho por ele, não acreditando que tivesse alguma vez agido ilicitamente.
De Maria de Belém também penso o mesmo pois sempre a tenho visto, desde que em 1979 a conheci, como defensora acérrima da legalidade, do rigor e honestidade dos procedimentos.
Não acreditamos pois, no que consta da denúncia feita contra aqueles políticos.
Infelizmente, quem, neste país, não está sujeito a falsidades?!

 

A mudança do Conselho de Administração do Hospital

Ontem, foi o último dia em que a actual Administração do nosso hospital esteve em funções.
A partir de segunda-feira, novos elementos tomarão conta da gestão daquela unidade hospitalar.
Do Conselho que cessa a actividade apenas a Drª Isabel Alves Bento permanecerá no novo órgão e ainda bem porque, na verdade, ela é uma muito competente, dedicada e experiente gestora hospitalar.
O futuro Presidente do Conselho é o Dr. Vítor Leonardo, que tem estado como vogal na Administração do Hospital de Leiria.
Para Director Clínico e Enfermeiro Director não se sabe ainda quem substituirá o Dr. José Couceiro e o Enfermeiro António Simões, que agora faziam parte do Conselho de Administração, sempre prestando a sua colaboração com muito interesse, saber e dinamismo.
O Dr. Fausto de Carvalho, que Presidiu à Administração, agora de saída, mostrou-se sempre à altura das suas funções, cumprindo-as exemplarmente com o propósito firme de melhorar o funcionamento do hospital, quanto ao qual se introduziram algumas oportunas alterações.
Pelo que conheci do Dr. Fausto Carvalho fiquei a saber ser possuidor de um excelente conjunto de qualidades morais e profissionais, além de um louvável espírito de humanidade e de solidariedade.
Saúdo os Administradores que deixam os seus cargos, dizendo que é com pena que os vejo afastarem-se.
Ao novo Presidente do Conselho de administração cumprimento desde já, e, como figueirense que sou, faço votos para que tenha êxito nas suas funções, de que resultará o prestígio do nosso hospital

 

Grande encontro de ginasistas

Hoje, no Pavilhão Galamba Marques realizou-se um almoço-convívio que reuniu cerca de 700 antigos e actuais atletas, técnicos e dirigentes do Ginásio Clube Figueirense.
Na mesa de honra estiveram o Dr. Nunes Liberato, presentemente chefe da Casa Civil do Presidente da República e que, na ocasião da construção do Pavilhão exercia funções governativas na área do desporto; O Presidente da Câmara Municipal, Engenheiro Duarte Silva; o Presidente da Direcção do Clube, Engenheiro Tomé; o Sócio número um Joaquim da Silva Viana; o Presidente da Junta de Freguesia de S.Julião; o Dr. Joaquim de Sousa, coordenador da comissão organizadora desse grande encontro de ginasistas.
Foram lembrados cinco notáveis na vida do Ginásio: José Bento Pessoa, José Augusto Ferreira,António Biscaia, Severo Biscaia e Jorge Galamba Marques, cujas as fotos em grandes dimensões estavam expostas e foram uma a uma referenciadas logo no início do almoço.
Estavam ginasistas de muitas partes do país, alguns que já não se viam há muito tempo e que tiveram oportunidade de se abraçar e recordar a sua juventude e os seus feitos desportivos.
De registar o “ reaparecimento” do Ginásio Jazz ( com existência de 1935 a 1945) que se deve a Eduardo Coronel.
Foi esse agrupamento musical que tocou o hino do Ginásio, a Marcha do Vapor e várias melodias.
O protocolo foi conduzido, como sempre com mestria, por Alice Mano Carbonnier e não faltaram também as palavras bem sentidas de José Rolinho Sopas e os seus incomparáveis “ Vai d’Arrinka “.
Distribuíram-se faixas de campeões a muitos atletas actuais, não se esquecendo porém os que, noutros tempos também souberam angariar louros para o clube.
O único discurso que houve foi o do Presidente do Ginásio que revelou, mais uma vez, a grande fé clubista que o anima, garantindo que a nova piscina do ginásio virá a ser uma realidade.
Há muito tempo já que no Ginásio não se fazia nada de semelhante a este grande encontro que a todos agradou muito e serviu para reforçar o desejo de que o glorioso Ginásio Clube Figueirense continue a prestigiar-se e à Figueira.
Felicitamos vivamente a Comissão que teve a seu cargo a organização deste simpático evento.

sexta-feira, junho 16, 2006

 

Carta Aberta à Sr.ª Ministra da Educação

Texto enviado para o meu e-mail

Esta carta, que será divulgada também na comunicação social, tem como objectivo contribuir para a reflexão acerca da Qualidade da Educação do nosso país.Neste sentido, e ao invés de contestar ponto por ponto a sua proposta de alteração ao Estatuto da Carreira Docente, os docentes deste país ficam-se pelas suas consequências, o tal efeito prático que a Sr.ª Ministra prefere dissimular num jogo falacioso e perigoso, atirando-nos, pais e professores, uns contra os outros.Embora tenha surgido como o maior engodo – o de chamar os pais à escola - da história da Educação deste país, na verdade, a avaliação dos Docentes pelos Pais e Encarregados de Educação, representa apenas uma ponta da ponta de um iceberg, uma linha de texto num documento de 54 páginas. Interessa apenas a quem se limita a promover manobras de diversão facilmente identificáveis,parecendo ignorar que nenhum professor sério irá temer se for avaliado de forma séria. É vergonhoso, até para nós que somos portugueses, verificar o calculismo e a facilidade com que a Sr.ª Ministra aborda a questão complexa,como é a de avaliar os desempenhos dos professores, sem o mínimo de profundidade, preferindo, sem olhar a meios, o populismo fácil e barroco.Recorrendo a meras hipóteses, se o novo estatuto fosse, numa eventualidade pouco inteligente, aprovado, o docente teria um número fechado de vagas para Muito Bons e Excelentes. Assim, perguntamos nós: e se, num acaso, os professores de uma escola excederem o número premeditado de Excelentes?Escolher-se-iam os melhores dos melhores e passar-se-iam os outros para Muito Bom e os que tinham a dita nota para o Bom? Ou, numa outra eventualidade, rasurar-se-iam as notas, de forma a não se levantarem polémicas no seio de uma escola que se quer unida e sempre controlada?Talvez se vislumbre uma resposta se se conhecerem melhor os dezasseis pontos em que o hipotético docente será avaliado, previsto no artigo 46º do hipotético novo estatuto:.. o professor será avaliado pelos resultados escolares dos alunos. Explicar-nos-á a Sr.ª Ministra como pode um professor de uma má escola, e em muitas "má" será sempre um doce eufemismo, ter o mesmo nível de qualidade na sua avaliação de um colega seu numa boa escola? Será então que os professores têm as mesmas medidas e oportunidades de uma boa avaliação? Ou,por outro lado, bastará que se avalie positivamente os alunos,independentemente da realidade?.. o professor será avaliado pelas taxas de abandono escolar? Certamente que no Ministério ainda andam à procura de uma resposta coerente a esta pergunta Imaginemos que existe uma comunidade de etnia cigana numa escola ou que em determinada localidade, e não são assim tão poucas, os pais querem retirar os filhos da escola para que trabalhem com eles. Como pode o professor ser penalizado por uma situação como esta onde a responsabilidade não lhe cabe? Não se deveriam criar medidas coerentes para um mundo real? Neste caso como seria, então? Seriam penalizados todos os docentes daquela escola ou apenas daquela turma? Não será esta uma medida oportunista, em que se acusam os professores da incompetência, de um governo que não cria segundas verdadeiras opções para os jovens que abandonam o ensino ou que simplesmente querem mais? Não será esta medida economicista, visto que, deste modo, os professores ficam limitados na sua avaliação, o que prejudica seriamente a sua progressão e,naturalmente, os impede de subir de escalão e vir a auferir um melhor salário?.. apreciação do trabalho colaborativo do docente? O que significa exactamente trabalho colaborativo? E para colaborar com o quê? Ou com quem? Terá a Sr.ª Ministra intenção de instigar ao mau ambiente na sala deprofessores ou a de tornar menos transparentes algumas avaliações? Haverá aqui uma vontade de tornar ambíguo o que se quer simples e preciso? Talvez, na sua visão, "dividir para reinar" faça um sentido que não cabe nestaprofissão!.. apreciação realizada pelos pais e encarregados de educação. Consegue a Srª Ministra avaliar com a exacta certeza uma pessoa que nunca viu e cuja imagem foi construída apenas por uma criança ou pelos comentários de outras? Serão todos os pais capazes de avaliar os professores através de quase nada? É essa a avaliação que pede aos professores, quando se trata de avaliar os seus alunos? Avaliar com pouco? Mas sempre num nível positivo, de forma anão transtornar os pais? A Sr.ª Ministra quer que nós acreditemos que uma avaliação realizada desta forma irá ser objectiva e transparente? Muito embora cada um dos pontos tenha um peso, que ainda não se conhece, talquestão parece-nos irremediavelmente condenada ao fracasso, pelo menos se observada de um ponto de vista sério e rigoroso... avaliação através da observação de aulas? Quais são os critérios adoptados pela Sr.ª Ministra? Imaginemos que decorre a avaliação de dois docentes distintos em dois locais diversos. Cada um dos quais está a ser medido por um hipotético professor titular. Imaginemos que são duas escolas em meios diferentes. Encontra-se a Sr.ª Ministra capaz de nos assegurar que ambas as avaliações serão correctas ou que, sendo invertidos os lugares, os docentes manteriam a mesma qualificação ou quase? Nestas contas entram factores demasiado subjectivos. Numa mesma escola, o mesmo professor pode obter dois níveis diferentes, se for avaliado, por exemplo, por titulares de distintas sensibilidades. Suponhamos, por outro lado, que a aula corre mal, porque o professor está engripado ou porque os alunos vieram de uma visitade estudo. Será sério avaliar todo um ano escolar com três visitas à sala?Será sério fazer depender a progressão na carreira desta forma? Os docentes passariam a ser avaliados em dezasseis pontos ou itens declassificação como lhe chama a Sr.ª Ministra. Destes, quinze são perfeitamente subjectivos, e um deles, o que respeita à assiduidade, o único preciso porque se trata de um número, a Sr.ª Ministra trata-o com aligeireza que parece ser o seu maior dom.A Sr.ª Ministra não se nega a coarctar aos docentes qualquer esperança,ainda que infeliz, de poderem assegurar o seu desempenho se caírem doentes numa cama. O professor passa, assim, a ser obrigado a cumprir 97% do seu serviço lectivo, se quiser progredir na carreira. À priori, esta medidaparece ser finalmente a resposta aos pedidos dos pais e encarregados de educação dos nossos alunos. Será assim tão óbvia e tão simples esta leitura? Três por cento de faltas como máximo, representa cinco dias de faltas por ano? Explique-nos, por favor, a Sr.ª Ministra como justifica o facto de não poder estar doente. Fazemos notar que não falamos apenas de nós próprios,aqui também cabe a assistência à família. Repare a Sr.ª Ministra que osprofessores lidam com crianças, cerca de vinte e cinco por cada uma das cinco turma (em média, claro está), e que estas mesmas crianças adoecem e se constipam e nos constipam. E nós sabemos que às vezes mais vale ficar um dia em casa e recuperar a saúde, do que prestar um mau serviço público. Os docentes têm um grande respeito pela sua profissão. Nenhum professor sério falta para ficar a dormir.Teremos que "contagiar" toda uma escola necessariamente, em nome da graduação profissional, uma vez que só serão devidamente justificadas as doenças em regime ambulatório.Por outro lado, repare Sr.ª Ministra, pois talvez ainda não o tenha feito,que a grande maioria dos docentes está deslocada da sua casa, longe dos seus familiares. Esta enorme massa humana que se desloca pelo país, em milhares de quilómetros mensais, aos princípios e fins-de-semana, em veículo próprio,e que entrega dinheiro ao estado nos impostos de combustíveis, está muito sujeita a ter contratempos na estrada ou com a mecânica do seu automóvel, e que, a partir de agora, estes mesmos cidadãos manterão esta distância durante três e depois quatro anos!No que diz respeito às mães ou futuras mães, não compreendemos como pode aSr.ª Ministra querer avançar com um estatuto que as espartilhará – a maternidade é um direito protegido pela Constituição da República Portuguesa É-nos dito que, no decorrer desse ano, a docente não será avaliada, pelo que a mãe terá nesse ano a mesma classificação que lhe for atribuída no seguinte, ou seja, bastar-lhe-á faltar seis dias para que não progrida na carreira dois anos. Saberá a Sr.ª Ministra o complexo que é cuidar de uma criança durante os primeiros meses e anos de vida? Numa primeira fase, a do período do parto, o novo estatuto salvaguarda as mães para depois as deixar desamparadas numa segunda fase, como se a maternidade se esgotasse no acto de "dar à luz".Contempla alguns destes dados na sua proposta, Sr.ª Ministra, ou prefere tratá-los com a distância da sua demagogia? Como quer a Sr.ª Ministra estabilidade docente, aquela que tanto aclama, convencendo apenas quemignora a realidade do que é ser educador, se qualquer uma das acções que toma vai no sentido de criar instabilidade e insatisfação? Como quer a Sr.ªMinistra docentes produtivos e colaborativos se instiga ao fascismo redutor,como se lidasse com gente disposta a rebaixar-se aos seus pés sem que lhe fosse levantado um par de olhos? Como quer a Sr.ª Ministra um alto nível de rendimento escolar e uma enorme qualidade para a Educação quando atira medidas laças para cima de uma mesa, onde se discute o futuro?Este é um assunto sério, Sr.ª Ministra, nenhum professor está aqui para brincar! À Sr.ª Ministra interessa ter os pais do seu lado,independentemente dos meios, o que lhe interessa são os fins economicistas,cada vez mais sublinhados por cada medida que assina.Pretende convencer os professores deste país que um tecto ao fim de doze anos de carreira é um objectivo para quem tem que ser avaliado e classificado todos os anos? As demagogias criadas para iludir a opinião pública são os instrumentos de trabalho utilizados pelo estado, mas do tempo da outra senhora, quando a Sr.ª Ministra ainda tinha a esperança de viver numa democracia – se é que teve…Parece-nos que todas estas medidas foram lançadas ao ar para justificar o trabalho de alguns caciques que há muito não leccionam e que pululam de gabinete em gabinete na esperança, certamente vã, de lhe apresentar algum trabalho, uma vez que, somente quando já não tiver professores no seu ministério, vossa Senhoria ficará plenamente satisfeita.
Junho de 2006
Um grupo de Professores desrespeitados

quinta-feira, junho 15, 2006

 

Exmo Sr Presidente da República Portuguesa

texto enviado para o meu e-mail

Está V. Exª ciente de que a educação dos nossos jovens é de importância fundamental para o progresso de Portugal. Por isso ousamos dirigir-nos a si, neste momento, para lhe darmos conta de algumas situações que, em nosso entender, seria útil merecerem da parte de Vª Exª alguma atenção.Assiste-se neste momento a uma estratégia política governativa que, para facilitar a implementação de medidas concretas no domínio do sistema educativo ( e não interessa para já ver se elas são correctas ou não, deixaremos isso para outra ocasião) recorre sistematicamente a um processo público, mais ou menos insidioso, de denegrir aos olhos da opinião pública, a actuação concreta dos professores concretos das nossas escolas. São frases proferidas pela titular da pasta da educação e divulgadas pela comunicação social, algumas como as que a seguir transcrevemos: -"os professores não estão preocupados com o insucesso dos seus alunos, fazem as reuniões apenas porque elas estão marcadas no calendário"; -"desde há muitos anos que as escolas secundárias estão a dormir junto à lareira"; e muitas outras poderiam ser transcritas!·Ao mesmo tempo, procura fazer-se crer à opinião pública que o trabalho docente é tão fácil que qualquer encarregado de educação está em condições de o avaliar; procura fazer-se crer à opinião pública que qualquer professor está habilitado tanto para estar à frente duma turma de 9º ano, como do 1º ano duma escola do 1º ciclo, ou seja, faz-se crer que o trabalho docente é simples, executável, afinal, sem grande exigência de conhecimentos teóricos ao nível da didáctica e da pedagogia específica dos diferentes grupos etários. Toda este posicionamento político, populista, seguramente contribui para facilitar a imposição aos docentes de políticas educativas com as quais eles discordam, isolando-os dos outros sectores da população.... Mas será que tal postura política, bastante "produtiva" no curto prazo não terá resultados bem deletérios para a educação dos portugueses no médio-longo prazo? Será possível conseguir a disciplina e o respeito dentro duma sala de aula, quando na praça pública e todos os dias os professores são denegridos? Será possível um bom ambiente relacional numa sala de aula, quando os alunos diariamente ouvem as mais variadas críticas aos seus professores? Será possível a um professor na sua sala de aula ter um grau de exigência compatível com o que se espera da aprendizagem escolar, quando os alunos ouvem que são os seus próprios pais que irão avaliar os professores que os estão a avaliar a eles? O ambiente sociológico gerado pela Srª Ministra da Educação, permite já que um determinado economista se atreva a publicar num jornal de grande expansão, o artigo de opinião que me atrevo a juntar a esta carta, pois ele é bem ilustrativo do clima sociológico relativamente aos professores que foi gerado por este governo e que tem consequências diárias no respeito, consideração e dever de obediência que os alunos cada vez mostram menos nas salas de aula. Sr Presidente, os professores não têm a capacidade mediática dos polícias, ou a capacidade mobilizadora dos juízes....Mas têm um papel fundamental na construção do futuro deste país. Sr Presidente, esse papel fundamental está a ser inviabilizado pela postura continuada de caluniamento público da função docente. Esta situação é, Sr Presidente, de extraordinária gravidade para o nosso País. Vossa Exª saberá certamente melhor do que ninguém como melhor agir face a esta situação e esperamos sinceramente que o faça e o quanto antes melhor. Com os nossos melhores cumprimentos,

Em anexo o artigo de opinião antes referido:
"AS NOSSAS QUERIDAS PROFESSORAS
Não posso deixar de vir aqui publicamente expressar a minha profunda indignação pelo ataque que está a ser infligido às nossas queridas professoras, no sentido de as obrigar a cumprir o horário de trabalho. Trata-se de enorme violência para as próprias, para os alunos, suas famílias e população em geral. Sim, porque não são só as professoras que sofrem com esta despudorada medida, que lhes coarcta o legítimo direito a dar umas voltinhas pelo shopping para espairecer de terem de aturar a cambada de energúmenos que se sentam nas carteiras das salas de aula e lhes limitam fortemente a possibilidade de desenvolver acções de formação permanente mediante o visionamento na televisão de vários programas instrutivos e outros que espelham bem o sentir da sociedade em que nos inserimos, como é o caso das telenovelas e dos concursos onde os docentes iam actualizando os seus conhecimentos. Aos alunos a medida também não agrada, já que o grau de irritação dos professores tende a aumentar exponencialmente, diminuindo o nível de tolerância às graçolas e aumentando a repressão que sobre eles se abate. A população em geral tem também vindo a sofrer as consequências, já que não há família em Portugal que não tenha no seu seio uma prima ou uma tia pertencente à prestimosa classe docente que lhes seringa constantemente os ouvidos com a injustiça que sobre eles recaiu. Toda a gente sabe que a grande motivação para passar uma vida a aturar miúdos malcriados era a possibilidade de ter umas férias decentes e de não gastar mais do que meio dia nas aulas ficando com o resto do tempo por conta. Se querem agora obrigar os desgraçados a picar o ponto de sol a sol lá se vai o interesse da função. Uma das grandes preocupações das professoras em relação a este novo regime que as obriga a ficarem na escola para além das aulas é não saberem muito bem como é que poderão ocupar aquelas horas, já que, como é óbvio, ninguém está interessado em usá-las a trabalhar, quanto mais não seja por pirraça e para chatear o ministério. Para minorar a sua dor, posso dar aqui algumas sugestões para o melhor uso do tempo disponível. A actividade mais apropriada é a de curtirem com outros professores do sexo oposto, que também andam por ali sem saber o que fazer. As escolas são em geral pródigas em recantos escuros e salas vazias que propiciam o desenvolvimento da prática. O único óbice resulta do reduzido número de homens, pelo que a coisa só pode ser feita em regime rotativo ou fica reservada só para as mais dotadas, com exclusão dos camafeus e das que esgotaram o prazo de validade. Uma outra actividade a que se podem dedicar é ao jogo da lerpa. Para além de ser de fácil aprendizagem, propícia um grau de excitação próximo da sugestão anterior com a vantagem de o sexo dos jogadores ser irrelevante. Para os que não são capazes de uma coisa nem de outra posso alvitrar umas sessões de espiritismo com uma roda de professoras efectivas à volta de uma mesa pé-de-galo, a estabelecerem comunicação com almas penadas vindas do além.
Manuel Ribeiro, Economista Notícias Magazine (JN, edição impressa de domingo, 23 de Abril de 2006)"

 

E esta?!

Confesso que foi surpresa saber que familiares do Primeiro-Ministro timorense andaram a fornecer armas a grupos, para fomentarem a violência e a desordem.
A surpresa não foi, decerto, apenas da nossa parte ela existiu, sem dúvida, em Xanana Gusmão, Ramos Horta e outros políticos daquele país.
Teriam de motu próprio ou para colaborarem com quem ainda não perdeu a esperança de vir a ganhar interesses económicos valiosos em Timor?!
É isso que importa averiguar tomando-se posições duras contra aqueles que, mais do que a democracia, lhes importa os seus próprios benefícios.
Será que, desta vez, o Primeiro-Ministro abandonará o governo?
É o que se impõe, para que a tranquilidade e a ordem voltem ao território timorense.

 

A Opel da Azambuja

Afinal, parece que a General Motors está mesmo na disposição de encerrar a fábrica da Opel na Azambuja.
O Ministro da Economia já disse que tem pouca manobra de intervenção nesse assunto, pois é uma questão que diz respeito a uma empresa privada.
Quer dizer que teriam que ser os operários e os sindicatos a tentarem tudo por tudo chegar a um acordo com a administração para que se evite o encerramento de tão importante unidade industrial.
Nem que seja um acordo a prazo pois pode ser que, entretanto, a decisão da General Motors venha a alterar-se perante os bons resultados que poderão advir desse acordo.
E, é claro, o Governo não poderá ficar parado: tem que, pelo menos, exercer a sua influência junto de quem de direito para que seja possível a sobrevivência daquela fábrica, que tem cerca de 2000 postos de trabalho directos e indirectos.

 

O Banco de Portugal deu luz verde à OPA do BCP sobre o BPI

É já conhecido o perecer do nosso Banco Central a respeito daquela referida OPA. E esse parecer é positivo.
Quer dizer que está dado o primeiro passo para ser possível a aquisição do BPI pelo BCP.
Agora, falta o parecer da Alta Autoridade para a Concorrência que não irá, pensamos nós, levantar dificuldades àquela grande operação financeira.
Poderá vir a ser mais uma concentração no sector bancário.

 

Até quando?!

Foram já 346 os portugueses que morreram em acidentes de viação desde o início deste ano.
Além, claro, de algumas centenas de feridos, de que não há notícia do seu estado ou da morte entretanto ocorrida.
Quando é que os cidadãos que conduzem se apercebem que têm nas mãos um aparelho extremamente perigoso que precisa de redobrados cuidados no seu manejamento?
Até quando eles agem, nas estradas, com civismo, com respeito pelo seu próprio direito à vida e o dos outros?
As campanhas têm sido já tantas e os resultados quase negativos.
Não será, evidentemente, nas escolas de condução que tudo se aprende. Podem memorizar-se as regras de trânsito e, na prática, não as utilizar!
Pensamos que o civismo se deve aprender desde as escolas primárias, civismo que abranja o comportamento nas estradas.
Até quando tantos e graves acidentes de viação, que poderiam e deveriam ser evitados?!

 

A manifestação dos professores

Claro que há, agora, como é habitual, a guerra dos números, em que os sindicatos falam numa adesão à greve de mais de 60% e o Ministério, como lhe compete, apenas fala em 30%!
O que se pode dizer é que em Lisboa, apesar das más condições climatéricas reuniram-se uns milhares (entre 7 mil e 10 mil professores) o que é significativo e que é bem elucidativo da força da manifestação.
Aliás, nem todos os docentes que fizeram greve tiveram presentes em Lisboa.
Foi a terceira manifestação de protesto em relação à política desta Ministra da Educação.
Se há quem apoie e até elogie a acção desta Ministra e as reformas que ela pretende levar por diante, é bom que não se esqueça que nada deve ou pode fazer-se contra os professores ou sem os ouvir ao menos como aconteceu até agora.
E os professores e os seus sindicatos não precisam de estar “ cativos de partidos políticos” (como já se atreveu a Ministra a dizer) para defenderem a dignidade profissional de uma classe, que tem sido ultimamente humilhada e ofendida dia a dia, por quem parece apostada em menorizá-la.

 

Fogo de vista

Há quem tudo faça para aparecer nos órgãos da comunicação social.
Não só por vaidade, mas para se fazer lembrado principalmente quando se está a tratar de obter um lugar!
Normalmente são os desconhecidos, os medíocres, os balofos, que precisam de agir assim, para se porem em bicos de pés, sem o que continuariam a passar despercebidos.
Quem tem valor, quem tem já obra produzida, quem já se afirmou como elemento válido neste ou naquele sector, não necessita de “ propaganda” recomendada ou paga, basta-lhe aguardar serenamente a sua vez de chamada para ocupar esta ou aquela posição.
É certo que, nos tempos de hoje, infelizmente, a vida está para os atrevidos, para aqueles que nada ou pouco valem, mas que se mostram e fazem a festa por tudo e por nada só para dar nas vistas.
No entanto, se alguma vez esses chegam ao “comando” não demorará muito que se espalhem e exibam, à saciedade, a sua pequenez intelectual, profissional ou política.
Virá o tempo em que se fará, com facilidade, a distinção entre os que merecem e não merecem subir a pirâmide do poder?
Virá o tempo em que alguns sejam bem escolhidos, podendo mostrar as suas qualidades de mérito, trabalhando com vontade, com honestidade, com espírito solidário, com inteligência, bom senso e dedicação, com fidelidade a ideologias e princípios firmes, com o desejo intenso de respeitar os direitos sociais e a dignidade os outros, contribuindo para uma sociedade com mais justiça?
Estamos em crer que sim.
Desde que cada um, no seu canto, seja sincero com o que diz defender, seja coerente na sua actuação do dia a dia e tenha, principalmente uma conduta honrada, exemplar em todos os sectores da sua vida.
Demorará, talvez. Mas valerá sempre a pena não deixar de lutar pela concretização desses objectivos.

quarta-feira, junho 14, 2006

 

Onde está a segurança nas escolas?!

Em Almada uma professora que já lecciona há 17 anos foi agredida, na sexta-feira passada, dento da escola, por familiares de um aluno a quem aquela professora chamou a atenção para não deitar papéis no chão.
O aluno logo desapareceu da escola e pouco depois ali apareceram familiares ( que não eram os pais, segundo se noticiou) daquele aluno que agrediram com violência a professora, atirando-lhe à cabeça com vários objectos, inclusivamente metálicos.
O Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros decidiu fechar o estabelecimento de ensino.
E todos os docentes foram solidários com essa tomada de posição.
Onde estava a segurança naquela escola e onde está em tantas outras?!
Quem diz que tudo vai bem no sector da educação?
Quem diz que, na verdade, é útil a avaliação, ainda que como contributo minimalista, dos professores pelos pais?
Onde está, na generalidade, um bom nível de civismo por parte dos pais?!

 

Notas soltas

No último programa televisivo o Dr. António Vitorino disse algo que estranhei e me espantou vindo de alguém que admiro e respeito pelas suas qualidades intelectuais e esclarecida inteligência.
Para defender a participação dos pais na avaliação dos professores, deu como exemplo que, numa escola em Bruxelas, em que andaram os filhos, ele e outros pais tinham reuniões frequentes com o corpo docente e numa dessas reuniões chegou-se a um consenso que considerou importante: a fixação de um tecto para as mesadas a dar aos filhos!
Francamente Dr. António Vitorino se isso foi importante em Bruxelas, aqui, em Portugal, não teria qualquer relevância, até porque muitos dos pais dos que andam numa escola não têm sequer possibilidade de dar aos filhos uma mesada!
E não será esse assunto o que mais interessará para o que agora se discute: a avaliação pelos pais, embora não sobre a competência mas quanto à conduta docente dos professores.
Que é útil, claro, que os pais vão com regularidade às escolas e procurem cada vez mais intervir nas suas acções, é de aceitar.
Mas, terem o privilégio de opinarem quanto ao comportamento e qualificação dos professores, não pode ser!
Sobretudo, por enquanto em que o nível educacional dos pais deixa, infelizmente, muito a desejar!

 

António Guterres, Alto-comissário da ONU para os refugiados

António Guterres deu ao jornal “ Público” uma grande entrevista em que revela, mais uma vez, o entusiasmo e o propósito firme de cumprir bem as funções que agora exerce no âmbito das Nações Unidas.
Não pode ele deixar de lamentar a falta d recursos necessários para socorrer uma larga franja da humanidade, que sofre com a carência do mínimo para sobreviver.
Por maior que tenha sido o esforço desenvolvido por Guterres neste primeiro ano de mandato, o certo é que as muitas visitas já feitas aos países com mais recursos financeiros não têm resultado bem, ou melhor, não tem havido as doações que se esperavam.
Contudo, António Guterres, dizendo-se mais uma vez estar a ocupar um lugar que lhe agrada, apesar das muitas preocupações que lhe traz, mostra-se ainda optimista e com a vontade férrea de prosseguir a sua acção que é essencialmente humanitária.
Gostámos, com franqueza, de ler a referida entrevista, em que, inclusivamente, Guterres dá a conhecer novas estratégias e a definir novas acções.

 

Uma jovem de 25 anos de Elvas perdeu o seu bebé no Hospital de Portalegre

Uma jovem grávida, sentindo-se mal, com dores, não foi atendida no hospital de Elvas, sendo remetida em ambulância para a maternidade de referência de Portalegre.
Julgamos que a maternidade de Elvas continua encerrada, talvez porque ainda não foi notificada ao Ministérios da Saúde a decisão da providência cautelar que suspendeu tal encerramento.
A jovem foi examinada no hospital de Elvas por um médico de clínica geral na falta de médico obstreta (dado o encerramento da maternidade) o qual optou por enviar a grávida para o hospital de Portalegre.

Na ambulância, apenas o bombeiro condutor e uma amiga da jovem e uma hora de caminho!
Em Portalegre a jovem chegou já na fase expulsiva e o feto saiu morto.
Pergunta-se: a espera, a demora na viagem, os solavancos próprios de uma ambulância em movimento, a natural ansiedade da jovem grávida, o seu sentir que na ambulância não havia ninguém com competência que a pudesse ajudar se o parto ocorresse ali, tudo isso não poderia ter contribuído para a morte do feto?
Se a jovem tivesse logo sido assistida na maternidade de Elvas, ter-se-ia dado aquela morte?
Claro que os médicos, pelo menos os que levaram o Ministro a determinar o encerramento de maternidades, que funcionaram sempre com todos os meios de segurança virão dizer que o que se passou com a jovem grávida em Portalegre poderia ter acontecido em Elvas!
Só que àquela jovem ficará sempre a suspeita e a dor de que assim não seria se assistida na maternidade de Elvas. E o que irá suceder por esse país quando outras parturientes se tiverem de sujeitar-se a não ter os seus partos nas maternidades, onde sempre foram assistidas no período de gravidez, e a terem de suportar deslocações apressadas para outros locais, onde as esperam ambientes que não conhecem?!

 

Assim não, Sr. Presidente

Cavaco Silva em declarações que prestou ontem a jornalistas disse que deixassem trabalhar a Ministra da Educação para se conseguir uma melhoria no sector que ela tutela!
Entendemos que o Presidente da República não tinha que se pronunciar, numa altura destas, a favor de uma Ministra que, pelos vistos, tem estado a trabalhar mal, muito mal mesmo.
Quanto mais não seja tomando medidas atentórias da dignidade dos docentes, não respeitando o seu futuro, sem sequer os ouvir ou os sindicatos seus representantes.
São medidas muito graves para a generalidade dos professores e que até foram antecipadas pela Ministra, que, anteriormente, tinha falado noutro prazo para entrarem em vigor!
Porventura, o Presidente da República tentou, ao menos, esclarecer-se junto dos organismos que representam os professores?
Que se saiba, não o fez.
Portanto, falou com parcialidade e, decerto, sem estar dentro de todos os pormenores do que a Ministra pretende determinar.
Assim não, Sr. Presidente!

 

Resposta a uma carta

Não quero deixar de responder a uma carta, ontem recebida pelo correio.
E devo dizer que me sensibilizaram muito as referências que nela se fazem à minha pessoa.
Bem gostaria que todos pudessem chegar à minha idade com a consciência tranquila quanto a condutas pessoais, profissionais e políticas, como eu posso felizmente, não devendo ainda hoje “ a cabeça a ninguém” e nunca deixando de expressar livremente as minhas opiniões, sejam a favor ou contra quem forem!
A frontalidade, algumas vezes, traz consequências desagradáveis mas isso nada é em relação à satisfação que sinto em poder ser o que sou: um homem livre.
Muito obrigado pelas suas palavras.
É sempre gratificante encontrar quem nos compreenda.

segunda-feira, junho 12, 2006

 

Os discursos do 10 de Junho

Temos que reconhecer que o Presidente da República foi feliz nos discursos que proferiu nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
A sua primeira alocução sobre defesa nacional foi equilibrada e, embora puxasse algumas vezes pelos seus galões de Chefe das Forças Armadas, não pôs em causa a política que vem sendo desenvolvida a respeito do funcionamento e acção daquelas nem do seu necessário reequipamento, quanto ao qual tem sido feito um significativo esforço.
A parada militar, realizada na Foz, que há já 10 anos se realizava, deu luzimento a esse ponto das comemorações do 10 de Junho.
Na cerimónia ocorrida na Alfândega do Porto destinada à condecoração de várias entidades é de destacar o discurso de João Bernard da Costa, Presidente da Comissão Nacional para as Comemorações, foi, na verdade, de grande valor.
Também nessa sessão usou da palavra o Professor Cavaco Silva que, mais uma vez, leu um bem urdido discurso, que abrangeu vários sectores da vida nacional, destacando-se o parecer que emitiu quanto a não dever esperar-se que seja o Estado a resolver todos os problemas, apelando, sim, para o civismo de cada cidadão para que se instale na sociedade civil, mormente nos que dirigem as empresas uma mentalidade moderna e dinâmica.
O ambiente, a educação, os direitos sociais, a exclusão, foram alguns dos temas abordados nesse discurso.
A cerimónia das condecorações foi igual a muitas outras, apenas se devendo frisar a atribuição, que consideramos tardia, da Ordem da Liberdade a Óscar Lopes, que sempre foi um indefectível lutador contra a ditadura salazarista.
Temos que registar que notámos muitas filas de cadeiras vazias, o que não se estava habituado a verificar.

 

A maternidade de Elvas não fechou ainda!

Era, hoje, às 8 horas da manhã que a Maternidade de Elvas devia encerrar.
Mas, uma segunda providência cautelar proposta no Tribunal Administrativo de Castelo-Branco veio suspender esse encerramento, dando para já razão àqueles que contestaram a decisão ministerial.
Agora, o Ministério da Saúde tem 15 dias para responder e o Tribunal virá a decidir.
A população de Elvas, que luta pela manutenção da Maternidade naquela cidade, pôde fazer frente, ainda que não definitiva!
E também, para já, se verificou que o entendimento daquela Ministério não é pacífico, havendo, pelo menos, um Tribunal que parece não concordar com ele.

 

O Governo deve ouvir mais o PS

O Ministro Vieira da Silva disse que o Governo antes de tomar certas medidas, devia discuti-las e “ escrutiná-las” no Partido que o sustenta.
Aplaudimos a coragem desse Ministro, porque também assim pensamos.
O Governo afasta-se demais do seio do PS e não procura coordenar com os seus órgãos responsáveis as políticas a seguir neste ou naquele sector.
E alguma vezes tem acontecido que o Partido do Governo é apanhado de surpresa perante os anúncios quanto a certas medidas.
Claro que ao Governo compete governar, mas talvez só ganhasse se tivesse a humildade e o bom senso de ouvir mais os órgãos partidários, colhendo a sua opinião.
Não nos parece bem que se verifique um “ divórcio” entre o Governo e o Partido que o sustenta.
E, pelos vistos, também pelo menos o Ministro Vieira da Silva assim o pensa.

 

Portugal ganhou mas não jogou bem

Contra a selecção angolana, estreante no campeonato do mundo, a equipa portuguesa, recheada de bons valores, não foi além de uma vitória tangencial ( 1-0).
A equipa entrou bem no jogo, com velocidade e entusiasmo o que valeu, aos 4 minutos, um golo apontado por Pauleta, depois de grande jogada de Luís Figo.
A posse de bola foi mais da nossa equipa, mas o certo é que não se rematou com êxito.
Na segunda parte, os portugueses pareceram cansados, pesados, trocando demasiadamente a bola mas sem progressão e ataque.
Enquanto que os angolanos foram “ acertando” e mostrando uma boa combinação, além de boa preparação física.
O guarda-redes português teve que fazer duas excelentes defesas para evitar golo.
Também é de realçar a boa actuação de João Ricardo, guarda-redes angolano.
Pelo que já vimos a nossa selecção tem que jogar muito mais contra as outras equipas do grupo se quiser ter êxito.

 

As Festas de St. António

A Misericórdia-Obra da Figueira iniciou, no dia 10, as festas a St. António.
A Igreja, com boa decoração, esteve exposta e no pátio de St António houve um jantar regional, com a participação de muitas pessoas, houve tasquinhas, quermesse e baile.
E as festas vão continuar até à noite de 13.

 

Vai mudar o Conselho de Administração do Hospital?

É, na verdade, o que consta.
E é pena, porque, pelo que sabemos, o Presidente Dr. Fausto de Carvalho e os restantes membros do Conselho estavam a ser bem aceites, sendo-lhes reconhecidos o seu propósito e a sua acção no sentido de melhorar as condições de funcionamento daquela Unidade Hospitalar.
Havia já projectos pensados com cuidado e competência e havia também um louvável entusiasmo em prosseguir na realização desses projectos.
A equipa dirigente, desde o início, mostrou-se coesa e com vontade de trabalhar com afinco.
Veremos, a concretizar-se o que por aí consta se os que vêm serão capazes, oxalá que sim, de continuar o que estava na mente dos actuais Administradores.
Há, pelo menos, uma técnica muito competente, Drª Isabel Alves, que faz parte do actual Conselho que seria muito útil permanecer no seu lugar, pois tem muita experiência e competência na gestão hospitalar.

sexta-feira, junho 09, 2006

 

Homenagem ao Arquitecto Isaías Cardoso

No Rotary Clube da Figueira da Foz todos os anos se presta homenagem a um profissional.
Desta vez o escolhido o Arquitecto Isaías Cardoso, que, ontem, num jantar-convívio em que participaram muitos rotários e outras personalidades, foi distinguido com tal honra.
Aquele Arquitecto, autor de muitos projectos nesta cidade, na região centro do país, foi sempre um profissional competente e honesto dando aos seus trabalhos um inconfundível traço de beleza e de modernidade.
Foi o projectista da piscina praia, com a sua elegante e arrojada para a época torre de saltos que infelizmente já não existe e do edifício do Museu e Biblioteca Municipais.
Esta obra mereceu da Fundação Gulbenkian e mormente do seu Presidente, o já falecido Dr. José de Azeredo Perdigão os maiores e justos elogios.
Cidadão benquisto nesta cidade, exemplar na sua conduta profissional e pessoal, José Isaías Cardoso merece a distinção que lhe foi atribuída pelo seu clube rotário.
A Drª Isabel Henriques, Directora do Museu, apresentou um excelente trabalho sobre a vida e obra do homenageado com projecção de fotos, trabalho que exigiu uma cuidadosa investigação e recolha de elementos.
Foram vários os oradores, todos eles unânimes em exaltar as qualidades morais e profissionais do Arquitecto José Isaías Cardoso que, no final, agradeceu visivelmente comovido.
A Câmara fez-se representar pela Vereadora, Drª Teresa Machado.
Uma sugestão: esta homenagem foi uma manifestação que reconheceu o incontestável valor do Arquitecto José Isaías Cardoso e foi também de gratidão pelo que ele ao longo da vida, fez pelo urbanismo da Figueira e como cidadão sempre interessado e colaborante no Associativismo Figueirense.
Mas falta ainda a homenagem da cidade, que a Câmara pode prestar através duma medalha de mérito.

 

O protesto dos polícias

Embora os organizadores desse protesto, ocorrido em Lisboa, tenham estado prestes a cancelá-lo, pelo facto de grupos da extrema direita quisessem também desfilar com eles, o certo é que os representantes da Frente Nacional e do Partido nacional Renovador acabaram por aceder ao pedido para não se integrarem na manifestação.
Houve bom senso por parte dos responsáveis da organização, pois não quiseram de forma alguma politizar a sua manifestação!
Esta reuniu uns milhares de participantes que, mais uma vez, reivindicaram os seus interesses e o respeito pelos seus direitos, tantas vezes prometidos e nunca concretizados.
Um dirigente sindical, entrevistado no local, chegou a dizer que os polícias estão, hoje, pior do que há vinte anos!
É que foram-lhes retirados certos benefícios quanto à saúde, continuam a faltar os meios próprios para uma actuação eficaz, o equipamento é antiquado e não oferece segurança, além de que se discorda do que o Governo pretende quanto ao aumento da idade para a reforma.
Ora, as forças policiais são essenciais para que numa sociedade haja tranquilidade e segurança.
Daí que, na verdade, seja tempo de o Ministério que tutela aquelas forças atente devidamente no que há a fazer, solucionando os problemas, já antigos, existentes nas corporações da PSP e da GNR.

 

Alves Barbosa vai ser condecorado

Por unanimidade, a Câmara Municipal decidiu condecorar o grande ciclista figueirense Alves Barbosa.
Já distinguido a nível nacional ( Medalha de Mérito Desportivo) e também por várias Câmaras faltava, efectivamente, a consagração pela sua própria terra.
É de toda a justiça que, agora, o Executivo Camarário atribua a um dos mais notáveis desportistas figueirense a Medalha da Cidade.
Alves Barbosa não só se prestigiou no nosso país, mas também no estrangeiro, mormente na volta à França.

 

Scolari é o terceiro a ganhar mais

O seleccionador da equipa portuguesa ganha nada mais nada menos do que 2,15 milhões de euros/ano!
É, na verdade, muito dinheiro!
Acima dele apenas auferem mais Eriksson da Inglaterra ( 6 milhões de euro/ano) e Lippi da Itália ( 2,2 milhões de euros).
Onde se vai arranjar tanto dinheiro para o futebol?!
Se ao ordenado de Scolari se juntarem o dos seus assessores técnicos e os dos jogadores, quanto somará isso?!
E o que se gasta nas campanhas de publicidade à volta do campeonato do mundo?!
Santo Deus, o futebol é o que está a dar neste país!

 

As Festas de Santo António

A Misericórdia -Obra da Figueira vai, de novo, realizar as tradicionais festas de St. António.
Decorrerão no Pátio em frente da Igreja e do Lar, apesar, claro, de haver também alguns actos religiosos na Igreja de St.António.
Haverá arraial, tasquinhas e a actuação de artistas entre os quais o popular Quim Barreiros.
É realmente uma tradição que a Mesa Administrativa daquela Instituição não quer deixar de continuar e que tanto agrada aos figueirenses.

 

O Dia de Portugal

Amanhã, dia 10, será no Porto que se realizarão as cerimónias comemorativas do Dia de Portugal.
Além de um desfile militar em que participarão os três ramos das Forças Armadas, haverá a habitual sessão solene em que o Presidente da República condecorará várias entidades.
De realçar que sete delas são cidadãos que fizeram parte da organização da campanha eleitoral do Professor Cavaco Silva.
Em todo o mundo, onde houver emigrantes portugueses, este dia será lembrado com várias realizações.

 

A Celbi foi vendida

Paulo Fernandes, Presidente da Altri, assinou ontem, em Londres, com a Stora Enso, um contrato de compra e venda da Celbi.
Depois de se falar em vários interessados nesse negócio, foi aquele empresário quem ganhou a corrida.
A Celbi tem ainda 345 colaboradores e, já foi afirmado, não será intenção da Altri proceder a despedimentos.
Durante mais de 30 anos prestei serviços de consultadoria jurídica à Celbi, desde a sua fundação sempre tive de todo o pessoal que ali trabalhava a melhor colaboração.
Nesse tempo, na Celbi havia como que um “ espírito familiar, sendo muitas boas a s relações de convivência.
Aquela empresa, agora vendida, foi, quando se instalou na Figueira o principal industrial que proporcionava muitos postos de trabalho.
Como a Altri já tem no seu activo a Caima, a Portucel Tejo e a F.Ramada,vai ver aumentada consideravelmente a área florestal a explorar.
Que a Altri tenha êxito na Figueira.

 

Há limites

Há quem pense que numa democracia se pode fazer o que se quiser, com a maior liberdade e com a aceitação de tudo e de todos!
É evidente que na democracia não se pode consentir que se instalem, desenvolvam grupos que têm como essencial finalidade a destruição da própria democracia.
O respeito que se deve a opiniões plurais não pode ir ao ponto de aceitar aqueles que existem apenas para defender valores e princípios totalmente opostos ao que estão na base de um sistemas democrático.
É o caso dos que desejam e estão até dispostos até a lutar, por qualquer meios, por uma ditadura, por um regime em que se violem os direitos e liberdades fundamentais e em que se use e abuse da repressão e da opressão.
Daí que não possa haver quem se queixe de que, afinal, a democracia não aceita e até condena grupos fascistas, racistas, inimigos de uma sociedade solidária, tolerante, respeitadora da dignidade humana.
Para vingar um regime democrático há que “ travar” a acção dos que estão dispostos a combatê-lo, com o propósito de impor um regime ditatorial, sempre arrogante e violento.
Há, pois, limites quanto à aceitação que em democracia deve existir em relação aos que têm opiniões e posições diferentes, o que s e só se justifica desde que sintam e vivam o espírito democrático.

 

Afinal como vão ser as férias judiciais?

Embora já determinado pelo Ministro da Justiça que as férias judiciais de Verão serão apenas no mês de Agosto, a verdade é que, segundo já se apurou, é impossível que os Magistrados cumpram essa decisão.
É que os Magistrados têm, por lei, direito a 25 dias úteis de férias e no mês de Gosto eles só poderão gozar 22 dias úteis!
Foi algo a que não se atendeu oportunamente tendo havido precipitação ao fixar as férias apenas em Agosto.
Além de que, como nas férias têm que haver turnos de Magistrados e funcionários, alguns há que não podem fazer as férias a que têm direito no mês de Agosto.
Afinal como vai ser?!
Sabe-se já que, em muitos tribunais, o serviço está a ser marcado para depois de 15 de Setembro.
Quer dizer que os processos e os papéis darão entrada nos tribunais, mas só serão despachados após aquela data.
Haverá, portanto, uma maior acumulação de serviço.

 

A reportagem sobre a extrema-direita

Foi elucidativa essa reportagem e por ela se ficou a saber o que tem sido a acção da Frente Nacional.
A acção não só aqui em Portugal, mas também no estrangeiro, onde os seus dirigentes têm colaborado em comícios de grupos nazis!
A “ Europa só para brancos” nacionalismos exacerbados, fanatismo quanto a certos valores, descriminação de raças, elogios a ditadores, saudações nazis, cartazes com a cruz suástica, etc, tudo isso é defendido acerrimamente pelos membros daquela Frente Nacional, que tem o apoio do Partido Nacional Renovador.
Nessa reportagem, Mário Machado, um dos dirigentes dessa Frente, deu a cara com coragem ( há que reconhecer) e falou o que pretende o seu grupo.
Chegou-se a dizer que a organização dispõe de armas e que quando se entender ser necessário as usarão nas ruas!
A atitude desse dirigente da Frente Nacional mereceu-lhe a imediata detenção, embora já neste momento tenha sido libertado, apenas com termo de identidade e residência.
Uma coisa é certa: na verdade, temos neste país grupos organizados que, mais do que uma ideologia de direita ainda que radical, defendem algo que é proibido pela nossa Lei Fundamental, além de também poder merecer uma sanção criminal.

 

2,5 milhões de euros deitados fora!

É verdade: a Câmara de Lisboa, segundo já se anuncia, vai arquivar o projecto do arquitecto Frank Guery para a remodelação do Parque Mayer.
Foi, como se sabe, Santana Lopes quem encomendou tal projecto, que já custou àquela Câmara 2,5 milhões de euros!
E...para nada, pois esse projecto não vai ser executado.
Enquanto neste país houver megalómanos, só haverá desperdício de dinheiro quando ele faz tanta falta noutras coisas...
A falta de bom senso, a inadaptação às possibilidades económicas, a não resistência a um protagonismo ganho à custa do erário público, o despesismo, etc, deviam ser motivo para responsabilizar os seus autores.

terça-feira, junho 06, 2006

 

Responsabilidade criminal a partir dos 14 anos?

Vai ser proposto no Parlamento um projecto de lei em que é reduzida a idade penal, de 16 para 14 anos.
Esse é um assunto de difícil aceitação ou não.
Se por um lado se sabe que hoje um jovem de 14 anos é normalmente mais evoluído, tomando atitudes próprias de pessoa adulta, também é certo que, na generalidade, ainda assim não é felizmente. Mesmo os que, aos 14 anos, cometem um crime são quase sempre a isso influenciados por outros mais velhos, os quais, muitas vezes, se servem deles para obterem o que querem, fugindo à sua própria responsabilidade.
Há que ter, pois, muito cuidado e a maior ponderação com a nova lei que se pretende fazer aprovar.
É que condenar um jovem de 14 anos a uma pesada pena de prisão efectiva é, na maior parte das vezes, condená-lo a nunca mais poder ter uma vida normal nem dar-lhe a possibilidade de uma recuperação, sempre desejável.
Se a reinserção social dos delinquentes funcionasse bem, o que ainda não acontece agora, então talvez se aceitasse melhor o que vai ser proposto na Assembleia da República.
Doutra forma é um risco grande que se corre: o de fazer de adolescentes uns revoltados, sem perspectivas de poderem demonstrar que, no futuro, poderão ainda ser úteis à sociedade.
Também no referido projecto-lei se pretende que não seja aplicável o regime penal especial para jovens de 21 anos, mas apenas para os que tiverem 18 anos.
Ora, aquela legislação existente para jovens de 21 anos vai toda ela essencialmente no sentido de atender às circunstâncias que, ponderando bem, valorizam devidamente a pouca idade e a pouca mentalidade de um jovem que pratica um crime.
Acresce que a detenção d menores entre os 12 e os 14 anos, hoje só é possível em regime aberto, nos chamados centros educativos.
Pretende-se, agora, que o juiz tenha a possibilidade de aplicar o regime fechado da detenção a menores a partir dos 12 anos.
O que se irá discutir na Assembleia da República requer muita meditação, tendo sempre em atenção a recuperação de um jovem que chegou ao crime, muitas vezes influenciado pelas precárias condições sociais e económicas em que vive e outras porque há quem se aproveite deles!
Em nosso entender, nunca deverá aplicar-se a tal jovem uma pena que o “ mate” para a vida!
Difícil, pois, vai ser a discussão e a decisão no Parlamento quanto a tão importante e sensível matéria.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?