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sexta-feira, outubro 30, 2009

 

Os novos Órgãos Municipais

Tomaram, hoje, posse aqueles que o eleitorado escolheu para gerir os órgãos locais autárquicos.
Embora se preveja, em face dos resultados eleitorais, que lhes está destinada uma acção muito difícil, o nosso concelho precisa de muita dedicação, de muito profícuo trabalho, de muita vontade em o fazer progredir. Assim, que as dificuldades venham a ser vencidas e que a Figueira consiga, com a brevidade possível, a posição de relevo que merece. Que a dúvida que temos nesse sentido se desvaneça.
E, então, agora, que já se sabe que o candidato do PS à presidência da Assembleia Municipal foi derrotado na eleição que ali se fez, mais um desaire sofreu aquele partido, que poderá ter consequências graves na gestão camarária.
Assim, Tovim só tem uma atitude correcta: renunciar ao cargo, porque está em jogo, digam o que disserem, a sua credibilidade pessoal e não só política, porque desta muito pouco ou nada se conhece.

quinta-feira, outubro 29, 2009

 

Traidores, quem são?

Alguns meninos e até responsáveis políticos atrevem-se a chamar, por vezes, traidores àqueles que continuam fiéis aos princípios doutrinários e às matrizes essenciais que os partidos a que pertenceram ou ainda pertencem, mas que já não se revêem na prática desses partidos, dadas as políticas adoptadas e em discordância com tais matrizes.
Quais são, na verdade, os traidores: aqueles que permanecem por várias razões pessoais ou interesseiras subservientes a quem vai adulterando os partidos a que pertencem ou aqueles que lhes continuam fidelíssimos, criticando embora o que se vai fazendo no interior dos seus partidos e verificando que, afinal, esses partidos estão a perder, a abandonar as suas características próprias, aquelas para que foram fundadas e pelas quais é preciso lutar por todos os meios?
A crítica é livre e, quando justificada não deve ser abafada em prol de outros interesses, sejam quais forem e causando os prejuízos que causarem?
Vai havendo quem dentro dos partidos, prefira uma conduta acomodatícia e até não se importe que o partido a que pertencem chegue a mudar de nome ou mesmo a defender novas políticas bem diferentes das que constam do seu programa.
A esses que, infelizmente, por obediência cega, falta de cultura política e por vezes também por maldade, o que se lhes há-de chamar?
Onde está o ideal que, um dia, os uniu e os fez lutar por Causas nobres?

 

Para ler e meditar

“O Factor social não é um factor de custo, mas de desenvolvimentos.”
(Helena André, actual Ministra do Trabalho)

 

Ler e Meditar

“Na Justiça, um dos piores”buracos” do país, Alberto Martins tem de adoptar uma das máximas do Maio de 68: sou realista, quero o impossível”
(José Carlos de Vasconcelos, na última “Visão”)

 

A Posse dos novos Órgãos Municipais

Amanhã, pelas 18 horas, no Salão Nobre da Câmara Municipal, realiza-se a sessão em que serão empossados os cidadãos que mais foram votados nas recentes eleições autárquicas.
Como se sabe, o PS terá na Câmara quatro Vereadores, o PSD três, e o Movimento Figueira 100% dois.
Na Assembleia Municipal, como o PS também não obteve a maioria absoluta, terá que haver acordos com os outros grupos concorrentes.

quarta-feira, outubro 28, 2009

 

Para ler e meditar

“ O novo governo, apesar de oito novos Ministros passou a ideia de que não houve capacidade de renovação e que vai haver cada vez mais Sócrates”
(Editorial do Expresso de 24 do corrente)

 

Dia do Idoso

Em muitas localidades do país, realizaram-se iniciativas diversas, dedicadas à comemoração do Dia do Idoso.
E com justiça, porque, na verdade, aqueles que, durante uma longa vida deram á comunidade o melhor do seu trabalho e á família o seu maior amor, devem ser lembrados e de alguma forma homenageados, pelo menos uma vez por ano.
Claro que seria bom, que todos os dias, se tivessem para com eles as atenções, a afectividade, a solidariedade, e o apoio material e espiritual de que muitos deles carecem.
Aida tal não sucede, e quantos há que se vêem abandonados por aqueles a quem tanto bem fizeram.
Hoje, para muitos os idosos são um pesado fardo, a não ser quanto há dinheiro a herdar!
Há muita falta de respeito pelo idoso, havendo quem diga até, com lamentável desprezo que “já passaram o prazo de validade, e que bem podiam ir andando”.
Poucos se lembram que, num ápice, entram no número dos idosos, começando a precisar de melhores cuidados e sobretudo, de muito carinho e bondade.
Comemore-se, pois, o Dia do Idoso, como preito de homenagem a quem nos deu o ser e nos acompanhou com desvelo pela vida fora!

terça-feira, outubro 27, 2009

 

Os Ziguezagues na política

Francisco Lousã, chamou ao novo governo, um governo de “ziguezague”!
Quis dizer, claro, que terá que jogar á direita e á esquerda, para conseguir esta ou aquela votação…
E será que o conseguirá sempre?! E se não conseguir, o que resta a este governo?!
O Primeiro Ministro, no seu discurso de posse, ao contrário de que alguns acharam, não se mostrou muito disposto a entrar em entendimentos com os outros partidos, de que precisa para fazer aprovar os diplomas no Parlamento.
Na verdade, como será isso possível se Sócrates continua a insistir no rumo político que tem adoptado e que tem provocado tanta contestação.
Terá mesmo que fazer ziguezague se quiser “vingar” durante uma legislatura de quatro anos.
Mas, o que se passa em relação ao Governo, passa-se também em muitas localidades do país, quanto a órgãos municipais.
Vão ser forçados a jogar com outros grupos concorrentes às últimas eleições.
E quer-nos parecer não aceitável qualquer ligação com quem não se tem a mínima identidade política, nem um programa de acção eldorado conjuntamente.

 

Os Discursos na posse do 18.º Governo

O do Presidente da República, foi, quanto a nós, o melhor, pois, além de doutrinário – chamemos-lhe assim -, indicou com frontalidade as dificuldades de um governo minoritário, como este, apelando a um maior diálogo e procura de entendimentos com outros partidos, diálogo aberto, não preconceituoso, sincero e sem quaisquer subterfúgios.
Prometeu, como lhe competia, continuar uma boa colaboração institucional com o novo governo.
Não falou com pessimismo quanto á situação actual do país, que, aliás, considerou grave, e tentou, mas uma vez, convictamente, mobilizar todos os portugueses para serem solidários nas diligências necessárias, para resolver a crise.
E apontou, com toda a justiça, o que se está a passar com a juventude que, em varias organizações de voluntariado, têm colaborado com eficiência, referindo-se também ao que, pelo seu talento, muitos jovens têm prestigiado o país como bolseiros ou investigadores.
Temos que reconhecer que Cavaco Silva fez um bom discurso, focando muitos dos problemas, não só económicos, que afectam presentemente os portugueses.
Sócrates, porém, não trouxe nas sua palavras, qualquer novidade quanto á acção do seu novo governo, mostrando-se até, mais uma vez com o seu propósito de não mudar de rumo na estratégia politica que até agora tem adoptado.
Falou, enfim, com um ar triunfante, como se desconhecesse o sentido dos recentes resultados eleitorais.
E, também mais uma vez, não quis deixar de fazer um relato do trabalho feito, como que se glorificando com a actividade do governo cessante.
Será que está verdadeiramente satisfeito com todo o trabalho desenvolvido?!
O certo é que há muita coisa nova a fazer, erros a corrigir, e verdadeira mudança no rumo político.
Para finalizar: á saída da cerimónia, a nova Ministra da Educação disse a um jornalista que “iria resolver bem o problema dos professores”. O quererá ela dizer com isso?!

sábado, outubro 24, 2009

 

Para ler e meditar

" O novo governo deve ter como prioridade absoluta a acentuada diminuição das terríveis desigualdades sociais"
( José Carlos de Vasconcelos in última Visão)

 

Só em Março!

Manuela Ferreira Leite declarou, ontem, no Conselho Nacional do PSD que serão marcadas eleições internas em Março, isto é, após a discussão do Orçamento de Estado.
No entanto, depois de ouvir fortes críticas de Paços Coelho não disse se se candidataria ou não!
Mas até Março o que acontecerá no maior partido da oposição.

 

Para quê tanta polémica?

José Saramago é como é, sempre disse frontalmente o que pensa, nunca teve receio de revelar publicamente a sua opinião.
Agora, a respeito do que disse da Bíblia – usando talvez de uma expressão forte demais! – como um “ manual de maus costumes” levantou-se uma polémica que ainda dura.
Claro que a Igreja tem, também, i pleno direito de o contrariar, embora haja decerto muitos católicos que não entendam bem o que se relata no Velho Testamento. E não acontecerá o mesmo com o próprio Saramago?
Só que, conhecendo-se há muito a falta de crença desse distinto escritor, que tem com frequência tecido críticas à religião, para quê, então, dar-lhe desta vez tanta importância?
Ele já disse que respeita quem pensa e sente de maneira diferente da dele e deve bastar a qualquer cristão, que tem que ter sobretudo aceitação.
Há quem diga que esta polémica resultou numa venda extraordinária do novo livro Caim, de Saramago.
Mas não acreditamos que o nosso nobel da literatura precisasse dessa publicidade.

 

Algumas notas sobre o novo governo

Foi dado já a conhecer o elenco governativo e, por ele, que Sócrates ainda não teve a coragem de seguir o que os resultados eleitorais lhe aconselharam.
Preferiu “ jogar” à direita e à esquerda, mantendo inclusivamente o chamado “ núcleo duro” não fosse precisar dele no futuro!
Da renovação, destaca-se Alberto Martins, como Ministro da Justiça que, apesar dos muitos anos como líder parlamentar do PS, conhece bem os problemas graves que estão a ocorrer na Justiça.
Espera-se dele a determinação de repensar todos esses problemas, resolvendo-os, como se impõe, isto é, com Justiça.
A Ministra do trabalho é alguém que tem a experiência sindicalista, sendo Secretaria-geral da Confederação Europeia dos Sindicatos. Tem, por isso, obrigação de saber que “ voltas” há a dar ao novo Código do Trabalho no sentido da dignificação dos trabalhadores e da defesa dos seus legítimos direitos.
Isabel Alçada, nova Ministra da Educação foi delegada sindical dos professores e tem de resolver, com urgência, sobretudo a revisão do Estatuto da Carreira Docente e acabar com o actual sistema de avaliação. Se assim não for, será uma seguidora de uma política desastrosa da sua antecessora e sofrerá, decerto, imediatas e graves consequências que não abonarão o governo.
Isabel Alçada, segundo se diz, é pelo menos mais dialogante e melhor conhecedora da situação a que se viram reduzidos os professores.
Jorge Lacão, agora Ministro dos Assuntos Parlamentares, acabará com o “ reinado” de Augusto Santos Silva, que só soube acirrar os ânimos entre o governo e a oposição. Lacão, pelo que conhecemos dele, é mais ponderado, cordato e um experiente político bem diferente do seu antecessor, o qual foi recrutado para a pasta da Defesa, onde os militares poderão pô-lo na ordem!
Vieira da Silva foi, quanto a nós bem escolhido para o Ministério da Economia, tendo a seu favor não só a aceitação quase geral dos patrões e sendo também respeitado pelos trabalhadores, dialogante como é.
Da Ministra da Cultura nada se conhece que possa servir para a sua já apreciação, sendo certo que a Cultura que tem estado praticamente abandonada, é muito importante, havendo muito a fazer nesse sector.
A agricultura, outro sector que exige muito trabalho a fazer foi entregue a um professor catedrático de Évora, mas que é actualmente Director Hospitalar!
Há que aguardar a sua acção...
Estranha-se, porém, que Rui Pereira continue na Administração Interna, pois a sua acção tem sido muito contestada na área em que superintende.
Mas, é claro, ele, Silva Pereira, Augusto Santos Silva e Vieira da Silva são do tal núcleo duro!
Nas Obras Públicas foi-se buscar um economista, de quem pouco se sabe mas que, para já, se conhece a sua adesão aos projectos das grandes obras públicas.
Ana Jorge, Ministra da Saúde, mantém-se e bem porque tem feito uma boa prestação governativa.
Dulce Pássaro ficará no Ambiente, pois desde há muito que tem para com Sócrates uma grande amizade e fidelidade.
Luís Amado está certo nos Negócios Estrangeiros, desempenhando, como até aqui, esse lugar com eficiência.
Por fim, Mariano Gago foi reconduzido na pasta da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, onde tem sido, geralmente bem aceite.
Sócrates vai ter, mesmo com este novo governo dificuldades na governação, pois terá que conseguir, se for hábil, acordos parlamentares.
E este novo governo não garante que sejam possíveis tais acordos.Mas se Sócrates continuar a ter a humildade, que há já tempos vem apregoando

quinta-feira, outubro 22, 2009

 

Ler e Meditar

“O PSD tem ligado cada vez menos ao seu programa e à ideologia política.
O seu cimento foi um pouco enfraquecido”
(Rui Machete, no último número da “Visão”)

 

Contestação em Espinho acerca das eleições autárquicas!

José Mota, Presidente da Câmara de Espinho, há já muitos anos (é um dos dinossauros municipais!) perdeu, agora as eleições autárquicas.
Mas, não se ficou e queixou-se já de ter havido várias irregularidades nas votações: existência de votos com frases e que foram considerados válidos, transporte de urnas em automóveis particulares e pagamentos por votos ao PSD!
As irregularidades denunciadas referem-se a cinco freguesias e, se vierem a ser aceites pelo Tribunal, poderá haver modificação nos resultados eleitorais.
José Mota não desiste “às primeiras”, gostando, pelo que parece, continuar no lugar, cuja acção tem sido muito contestada.

 

O Caso Freeport

Os documentos, que estavam em poder da investigação feita em Inglaterra, chegaram já, enfim, a Portugal!
E, pelo que já se noticiou, dão indicações úteis sobre o rasto do dinheiro utilizado nessa operação para pagamento de “luvas”.
Agora, está a PJ em condições de ultimar o respectivo processo, em que ficará averiguada toda a verdade.
Já não é sem tempo!...

 

Projecto-Lei sobre a Educação

Cumprindo compromissos eleitorais, o PCP, o BE e o “os Verdes” apresentaram já um Projecto-Lei, requerendo a suspensão do actual sistema de avaliação dos professores e a revisão do Estatuto do Docente.
Outros partidos, como o PSD e o CDS-PP também tomaram esses compromissos na campanha eleitoral, pelo que, em breve tomarão posições idênticas.
E quem ocupar a pasta do Ministério da Educação o que irá fazer?!
É este um assunto, que pelas repercussões que já teve e poderá ainda vir a ter, criará decerto muitas dificuldades ao novo governo.

 

Com quem o PS local fará acordo!?

O que acontece a nível nacional, também se verifica aqui, no nosso concelho!
É que o PS, para governar com estabilidade terá que se aproximar dos outros partidos que, em conjunto detêm a maioria.
Na Figueira, com quem o PS se entenderá para poder fazer a melhor gestão camarária?!
Com o PSD que tem 3 vereadores ou com o Movimento Figueira 100% que tem 2.
Se for escolhido o PSD, o que pensarão aqueles que, por convicção antiga, votaram PS?!
No Movimento Figueira 100% há mais socialistas que, não se revendo no PS local actual, resolveram formar uma lista de independentes.
A decisão para João Ataíde e seus colaboradores será difícil, pois não terá qualquer vantagem em criar conflitos, que surgiram decerto, se o acordo vier a ser feito com o PSD.
O que, necessariamente, não agradará mais a militantes socialistas!

 

Que se faça boa escolha!

O Primeiro Ministro está ainda em período de reflexão quanto à formação do novo Governo.
E, realmente, com todos os problemas que há a resolver e bem, é necessária muita ponderação para ser possível a melhor e a mais estável governação.
Sabendo já com o que pode contar com os partidos da oposição, que todos eles recusaram coligações e mesmo acordos parlamentares quanto a questões em que, desde há muito, existem divergências profunda entre eles e o governo liderado por Sócrates, há, na verdade, que saber usar de muita cautela e bom censo para que seja possível que o novo governo se mantenha até ao fim do mandato.
A Educação, a Justiça, a Agricultura, a Segurança, a Legislação Laboral, a Cultura, o Combate á Pobreza e à Corrupção - tudo isso, merece que sejam tomadas posições que agradem aos principais destinatários.
Governar contra as pessoas não levará a nada de bom!
A humildade que Sócrates tem, ultimamente, apregoado, precisa que se traduza em actos, não se ficando apenas por palavras, tão fáceis de dizer…
E há milhões de portugueses que aguardam a futura actuação do novo governo, para que seja possível a estabilidade e a pacificação social.
Daí que tenha, na verdade, que saber-se escolher os melhores para se conseguirem esses fins, há que saber quem seja capaz de, em vez de teimosia e arrogância, fazer cedências ou entendimentos quando tal se imponha.
Mudar os nomes e serem feitas as mesmas políticas não servirá para nada de válido!
Que Sócrates tenha, pois, muito cuidado na escolha que está a fazer dos novos Ministros, não se esquecendo que o povo votou à esquerda e que ele próprio é o líder de um partido da esquerda democrática.

terça-feira, outubro 20, 2009

 

Para ler e meditar

“ É intolerável que a classe política não seja o exemplo e não mostre que a democracia é sinónimo de cultura”
( Francisco Moira Flores in Correio da Manhã de 18 de Outubro)

 

João de Deus Pinheiro

Este político, que foi cabeça de lista do PSD em Braga nas recentes eleições legislativas, escreveu, há dias, que a Drª Manuela Ferreira Leite fez um programa eleitoral que parece feito por um engenheiro. E o certo é que ele foi eleito, logo pedindo a renúncia por motivos pessoais. Estranha atitude essa de um dos chamados notáveis do PSD...
Estranha e incompreensível porque se, porventura, não concordava com aquele programa eleitoral, não devia ter aceite o lugar que a direcção do seu partido lhe ofereceu e que ocupou durante a campanha.
E não foram motivos de saúde que podem justificar esse procedimento, pois sabe-se que vai fazendo a sua vida normal e desportiva como entusiasta do golfe.
Quer dizer que afinal limitou-se a emprestar o seu nome para ser usado na campanha eleitoral, pois a sua renúncia ao lugar que ganhou surgiu sem demora, não chegando a tomar posse de deputado.
Enfim, há quem se julgue já com o estatuto de poder fazer tudo o que quer.
Mas também ainda há quem tenha o direito de criticar os que assim procedem.

 

A mudança de liderança no PSD

Marcelo Rebelo de Sousa, justificadamente um dos maiores valores do PSD, revelou, agora, que entende que deve realizar-se uma cimeira para se promover uma mudança na liderança daquele partido e para uma melhor e actual elaboração do respectivo programa.
Será já na próxima quinta-feira que se realizará o Conselho Nacional Social Democrata e dele, tudo indica sairá a marcação de eleições directas internas.
E, embora Marcelo rebelo de Sousa ainda não tenha dito estar interessado em substituir Manuela Ferreira Leite o certo é que, dentro do partido, há já uma significativa corrente de militantes que o querem ver à frente dos destinos do PSD.
Para além dos inesperados e maus resultados dos actos eleitorais, a actual líder já desvendou que espécie de oposição irá fazer ao novo governo, parecendo que, pelo menos em relação ao Orçamento de Estado, nem todos estejam de acordo quanto ao que ela pensa.
Quer dizer que Manuela Ferreira Leite está já a sofrer ataques vindos de várias partes do partido, que censuram a forma como tem feito a sua liderança.
Mais uma guerra no PSD, tão pródigo em lutas internas.

 

Os que já visitaram este blog

É animador saber que, até agora, foram já 100.210 os que leram este blog. Não é qualquer ponta de vaidade, aliás, injustificável que me leva a referir aqui essa indicação, mas apenas não posso deixar de me entusiasmar que, tendo começado o Lugar para Todos em Maio de 2005 verifique que já se ultrapassou, nestes últimos dias mais de cem mil os que vieram até nós. Apesar de algumas críticas (a que nem sequer tenho respondido), quase todas anónimas e feitas noutros blogues, a verdade é que tenho tido o cuidado de manter um certo nível de isenção, adoptando a verdade, exprimindo livremente o meu pensamento e tomando as posições que julgo serem as apropriadas, principalmente aquelas em que acredito. E tenho também a convicção de que têm sido variados os temas ou assuntos, aqui tratados, quer a nível local quer a nível nacional, bem como me tem movido o propósito firme e inabalável de defender a todo o custo atitudes e princípios de defender, uma democracia autêntica, plena, o que talvez tenha incomodado alguns que se contentam com uma “ democraciazinha” meramente formal.
Por tudo isto, sinto-me satisfeito em, já com uma idade avançada, continuar a ser igual ao que sempre fui desde muito novo.
E, enquanto puder continuarei, sujeitando-me por vezes a críticas malévolas, pois nunca me faltou a coragem quanto à coerência e persistência como se deve lutar pela democracia, liberdade e justiça social, por uma sociedade igualitária, solidária e de melhor bem-estar.

sábado, outubro 17, 2009

 

Para ler e meditar

“ Sócrates terá sempre uma arma absoluta: a apresentação ao parlamento de uma moção de confiança ou novas eleições, se a não conseguir”
( Mário Soares in Diário de Notícias de 29 de Setembro)

 

Anabela Vaz

Faleceu, com apenas 43 anos, aquela que, durante mais de vinte anos, foi uma tenta, oportuna e competente jornalista regional. De grande simpatia, de exemplar trato, desgostosa e com razão com alguns procedimentos que tiveram para com ela enquanto exerceu o jornalismo, era, agora empresária.
Sempre lhe devemos um bom acolhimento e sempre admirámos a coragem como exerceu a profissão que adorava.
Prestamos sentida homenagem à sua memória, apresentando condolências à sua Exmª família.

 

Um não dos partidos ouvidos

O Primeiro-Ministro indigitado não foi feliz na ronda que teve que fazer por todos os partidos parlamentares. Ofereceu coligação de governo ao PSD e isso foi-lhe negado, pediu acordos parlamentares e apenas lhe foi dito que aquele partido faria uma oposição responsável.
O mesmo sucedeu com o CDS/PP e o mesmo também com os partidos da área da esquerda.
É que, na verdade, Sócrates continua a querer impor o programa do PS, não se mostrando disposto, apesar da sua invocada humildade, a fazer concessões e arrisca-se a que no parlamento venha a ter dissabores, sendo natural uma moção de censura, de consequências graves.
Nesta altura ele precisa mais dos outros partidos, tendo fatalmente, se quiser governar, que ceder quanto a certos pontos como por exemplo na política que a sua então maioria impôs quanto à Educação e à Política Laboral. Já na Justiça, a precisar de reformas profundas como de “ pão para a boca” será talvez mais fácil conseguir um pacto de regime.
E o resto como poderá qualquer governo liderado por Sócrates governar com normalidade?
É que não basta promover o diálogo, é necessário que ele se faça sem preconceitos e teimosias.
De outra forma, será difícil, senão impossível, governar este país nestas circunstâncias.
No entanto, Sócrates já anunciou que irá diligenciar para formar um governo PS.
Como será ele?

 

Protocolo autárquico

É este o nome de um livro que Lídio Lopes lançará no próximo dia 20, pelas 18h30, no Sweet Atlântico Hotel e Spa, cuja apresentação está a cargo do Dr. Fernando Ruas, Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

 

Última sessão camarária agitada

Quando alguém está na “ mó de baixo” todos sentem prazer em “ bater-lhe”. O que não é correcto e muito menos em democracia, que é o regime por excelência da tolerância, do respeito mútuo, da crítica elevada. Pois, na última sessão da Câmara presidida por Duarte Silva, o que ali se passou foi simplesmente uma vergonha!
Um vereador, que já não aparecia na Câmara há muito tempo, veio de propósito para “ zurzir” quando para tal não tinha qualquer autoridade. Conflitos pessoais ou talvez partidários que de forma alguma justificam certos comportamentos...

 

Previa-se, mas...

Muitos não acreditavam quando se dizia que as listas apresentadas pelo PS para as eleições autárquicas não eram de molde a conquistarem uma vitória expressiva.
E, afinal, assim sucedeu, porque, na verdade, embora vencendo mantendo o mesmo número de vereadores, o PS para governar a Câmara precisa de fazer acordos com o PSD ou com o Movimento Figueira 100%.
Quer dizer que os eleitos pelo PS estão “ reféns” de outros para poderem exercer a sua melhor gestão camarária.
Não foi, pois, uma grande vitória a obtida nas últimas eleições.
E isso porque, efectivamente não houve o devido cuidado em escolher ou aproveitar os socialistas com mais mérito, experiência e com os melhores conhecimentos dos problemas das populações do concelho.
Houve quem previsse tal situação, mas ninguém lhe deu ouvidos.
E, agora, oxalá que todos os eleitos, socialistas ou não, se decidam a agir com responsabilidade e pondo acima de tudo os interesses da comunidade figueirense que lhes compete servir.
Só que cada grupo político concorrente às recentes eleições tem naturalmente o seu programa, a sua própria dignidade, o seu desejo de se impor e isso vai decerto dificultar qualquer entendimento.

terça-feira, outubro 13, 2009

 

Para ler e meditar

“ O poder a qualquer preço é detestável, no plano da ética e credibilidade políticas, acho que é tempo de os partidos se deixarem de hipocrisias”
( Marques Mendes in 24 Horas de 6 do corrente.

 

Défice excessivo

O próprio INE informou Bruxelas de que o défice do nosso país ronda os 6%. E alguns categorizados economistas já disseram mesmo que o défice pode vir a subir até aos 9%. Vai, pois, ser instaurado contra Portugal um procedimento promovido pela Comissão Europeia, o que poderá trazer sérias dificuldades a Portugal.
É este mais um problema grave com que terá de debater-se o novo governo.

 

E o desemprego não pára

Em 2010 prevê-se que a taxa de desemprego subirá a 11%! Quer dizer que, então, haverá mais de 700 mil portugueses sem trabalho. É verdadeiramente preocupante esse futuro, pois com o desemprego, para além das muitas e básicas necessidades nas famílias, haverá, decerto, consequências mais graves como o aumento da criminalidade ( mesmo a mais violenta), suicídios, mau ambiente familiar, divórcios, etc.
E como vai poder pagar-se os subsídios de desemprego a tantos que deles precisam?
Avizinham-se maus tempos, que é preciso enfrentarem-se com coragem, determinação e até com imaginação quanto ao que será necessário e urgente fazer para, pelo menos, amenizar a situação grave que aí vem.

 

Sócrates, indigitado Primeiro-Ministro

Conhecidos os resultados finais das eleições legislativas, o Presidente da República, como lhe competia, indigitou já José Sócrates como Primeiro-Ministro, o qual deve formar governo.
Não tendo a maioria parlamentar, Sócrates terá que redobrar de cuidados no sentido das escolhas que irá fazer dos seus ministros, de forma a não criar, desde logo, “ atritos” com os restantes partidos com assento no parlamento.
Sócrates, à saída do Palácio de Belém, onde falou com Cavaco Silva declarou aos jornalistas que não deixará de ouvir todos esses partidos procurando ter com eles um diálogo sereno, tolerante e dominado pela humildade, de forma a encontrarem-se as melhores soluções.
Que assim seja, para que se evitem conflitos partidário-políticos.

 

Nas eleições a nível nacional a vitória foi repartida.

Mais Câmaras ganhas para o PSD e mais votos e mais mandatos para o PS. Daí que se possa concluir que nem um nem outro desses partidos possam “ deitar foguetes” por uma vitória.
Dos que concorreram como independentes Isaltino Morais e Valentim Loureiro tiveram êxito, o que não aconteceu talvez inesperadamente com Fátima Felgueiras e Ferreira Torres, que provaram o amargo da derrota. A CDU e o BE não foram felizes nestas eleições autárquicas, tendo, por exemplo, a Câmara de Beja, há muito já governada pela CDU, passado para o PS.
Maiorias absolutas para Rui Rio no Porto e para António Costa em Lisboa, o qual venceu Santana Lopes, aquele que continua a dizer que anda por aí. E Leiria há já 12 anos nas mãos do PSD, transferiu-se agora para o PS, até porque Isabel Damasceno teve contra ela a actuação dos respectivos órgãos locais, sendo imposta pela Direcção Nacional, o que não foi bem aceite.
Coimbra ainda não foi desta vez que deixou o seu “ afecto” ao PSD, muito embora no distrito o PS tivesse ganho 3 Câmaras.
Em Faro, houve a mais renhida disputa eleitoral, fazendo vencimento Macário Correia do PSD por poucas décimas ao candidato do PS.
Enfim, o povo votou e como sempre a sua sabedoria voltou a aparecer, optando com a habitual sensatez dividindo as preferências.

 

Devolução de dinheiro à UE!

Portugal terá que devolver à Comissão Europeia uns largos milhões de euros que foram indevidamente gastos. Esses fundos comunitários vieram com destino a determinados fins e, afinal, foram, sim, desviados para outros destinos…
Como será possível que tal tenha acontecido?
Não haverá quem oficialmente controle os dinheiros que nos chegam de Bruxelas?
Foram muitos os milhões com destino a apoios à agricultura que não foram aproveitados pelo nosso governo e, agora, ainda teremos de devolver muitos milhões por mau uso.
É verdadeiramente censurável.

segunda-feira, outubro 12, 2009

 

A Câmara voltou ao PS

Os leitores do nosso concelho regressaram, ao fim de alguns anos, a confiarem no PS, dando-lhe a vitória nas eleições de domingo.
E foi preciso recorrer-se a vários independentes para encabeçarem e formarem as listas concorrentes que vieram a obter o êxito eleitoral.
João Ataíde das Neves será o novo presidente da Câmara e Luís Tovim será o novo presidente da Assembleia Municipal se vier, como é possível a ser eleito por aquele órgão.
Venceram algumas contrariedades iniciais, dadas as suas antigas opções políticas, não sendo conhecidos até no interior do partido e nas populações do concelho, nunca tendo, apesar de desde que independentes, tomado quaisquer posições de acordo com os princípios e valores do PS.
Mas, o certo é que os militantes ou adeptos desse partido não quiseram, desta vez, deixar de penalizar a ineficaz gestão da equipa camarária, presidida por Duarte Silva, preferindo que se tomasse novo rumo na nossa edilidade.
Porém, o PS, ainda que vencedor, não obteve a maioria, dispondo apenas de 4 elementos na Câmara, enquanto o PSD ficou com 3 e o Movimento Figueira 100%, apenas formado há 4 meses por independentes, terá 2 vereadores na Câmara o que, sem dúvida constitui um valioso resultado.
O grande vencido foi o PSD. O Movimento Figueira 100% estreou-se bem, pois estando representado no Executivo com dois membros conseguiu ainda eleger 5 deputados municipais.
Terminou, assim, 12 anos da gestão PSD.
Agora, os figueirenses esperam, naturalmente, que quem passa a comandar o nosso concelho o saiba fazer com competência, dinamismo, com bons conhecimentos dos problemas locais, com muito bairrismo, com uma forte reivindicação, quando necessário, da Administração Central proporcionando à Figueira a prosperidade e a posição de relevo que merece e já teve, não lhe faltando boas potencialidades.
Que os acordos que os socialistas da Câmara terão que fazer para governar sejam sempre tendo em boa conta os melhores interesses da comunidade figueirense.

quarta-feira, outubro 07, 2009

 

Para ler e meditar

“Para poder governar em minoria, é necessário que o PS tenha maleabilidade para se entender com todos os outros Partidos”
(Mário Soares, aos jornalistas na apresentação do livro “A Maçonaria e a Implantação da República”)

 

O encontro de todos os líderes

O que, ontem, ocorreu no Salão do Casino não foi um debate, foi mais um interrogatório feito pelo moderador a cada um dos líderes das listas concorrentes às próximas eleições.
O modelo escolhido traduziu-se numa sessão “mole”, sem vivacidade pois faltou o confronto directo entre os interlocutores.
Ficou, é certo, a saber-se o que cada um deles queria fazer pela Figueira e ao candidato do PS não faltaram até gráficos para melhor exemplificar aquilo a que referiam as perguntas.
Não pode, pois, pela forma serena como decorreu a sessão (com excepção de alguns remoques contra Duarte Silva feitos por Javier de Vigo que, aliás, foi pródigo em mandar despropositados beijinhos às senhoras presentes na sala) dizer-se que houve um vencedor…
Mas, estranhou-se o ar tristonho como esteve Duarte Silva, que não foi capaz de mostrar convicção no que ia dizendo.
Silvina Queiroz sempre aguerrida e bem preparada em contraste com a candidata do CDS/PP (que parecia “morta” por sair dali!), o representante do BE com boa postura, João Ataíde, do PS, com boa preparação mas com pouco à-vontade e, como é habitual, nervoso a falar, e Daniel Santos defendendo-se bem e revelando convicção nas ideias expostas.
Enfim, as pessoas que encheram por completo a sala pouco “aprenderam”, porque talvez a grande maioria delas estivesse já definida quanto ao voto de domingo.

 

Outras eleições à porta!

Com a aproximação do acto eleitoral que se realiza já no próximo domingo, todos os concorrentes redobram, como é natural, de esforço, de visitas aqui e ali, de diálogo com as populações do concelho, tentando cativar para as suas hostes os que ainda estão indecisos.
Nestas eleições autárquicas, estão em causa as soluções necessárias e urgentes para as principais questões da Figueira, soluções que podem ser conseguidas através de meios diferentes.
O que será preciso é que, seja quem for o vencedor dessas eleições, se entregue “de alma e coração” a promover a prosperidade da comunidade figueirense, levando-a a ocupar, pelo menos, a posição de relevo que já teve.
A Figueira oferece grandes potencialidades para se desenvolver, principalmente no Turismo e Indústria.
Há que saber “agarrar” essas potencialidades e fazê-las render.
Sabe-se que a grave situação financeira da Câmara condicionará, sem dúvida, o trabalho do novo Executivo Camarário, mas impõe-se atrair o interesse do governo para esta nossa região e saber aproveitar os fundos comunitários de alguns programas que existem.
Além de que há, na verdade, certas iniciativas, pouco custosas, mas que servem o prestígio e a propaganda da Figueira, iniciativas que, aliás, já aqui se realizaram com êxito durante alguns anos.
Pois bem: aguardemos com serenidade, democraticamente e com o maior civismo o resultado das eleições, cujo vencedor terá, decerto, o maior cuidado em fazer progredir o nosso concelho, tendo a melhor atenção para o interesse comum e não para quaisquer outros.

 

Má decisão do Presidente da República

Cavaco Silva resolveu, este ano, não fazer o habitual discurso sobre a República, na Câmara de Lisboa, local emblemático donde foi anunciada aos portugueses a implantação do regime republicano.
Não quis, segundo alegou, que, com esse discurso, fosse acusado de interceder na campanha eleitoral em curso.
Mas, é claro, tudo estava em limitar-se, nessa sua alocução, a referir-se aos princípios e valores republicanos, exaltando-os como merecem e apelando a que se imitassem nos tempos de hoje a honradez, a dignidade e a ética política, como fizeram política, a humildade no exercício do poder, o desenvolvimento da solidariedade, a liberdade e a democracia, o respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos – como agiram sempre os homens da primeira República.
Tanto podia o Presidente da República retirar da história republicana, falando das reformas profundas e importantes para o país que se fizeram em vários sectores, como na Educação, na Justiça, na Assistência Social, etc.
E não seria necessário que, desta vez, Cavaco Silva tivesse deixado “recados” ao governo, como tem acontecido noutros anos.
Como Presidente da República, Cavaco Silva devia, sim, ter estado na Câmara de Lisboa.
Acresce que, afinal, ele discursou no Palácio de Belém, comemorando a República que, em 2010, fará o seu centenário, e apelou a que todos os portugueses possam viver e sentir os ideais, princípios e valores republicanos.

domingo, outubro 04, 2009

 

Viva a República

Comemora-se amanhã mais um aniversário da Revolução de 5 de Outubro de 1910, que implantou o regime republicano em Portugal.
Pela sua importância e consequências, deve esse facto marcante da nossa História Pátria ser sempre recordado, não por mero e estéril saudosismo, porque devemos ter sempre uma visão objectiva e dinâmica da história.
Um povo sem memória torna-se amorfo, conformado com o quotidiano, incapaz de retirar do passado as lições que podem ajudar a lutar por um presente e um futuro melhores.
A Revolução de 5 de Outubro de 1910 trouxe aos portugueses a conquista da cidadania e a consagração dos direitos fundamentais tão postergados nos últimos tempos de uma monarquia caduca e desprestigiada. Com a Revolução de 1910, rompeu-se com uma estrutura anquilosada e injusta da sociedade portuguesa.
É, na verdade, em República que mais se pode acentuar uma participação directa, mais consciente e activa do Povo na vida política do País. É em República que não pode haver castas sociais e ridículos privilégios. É em República que mais se pode obter a igualdade e desenvolver a solidariedade entre todos os cidadãos. É em República que melhor pode haver uma autêntica vivência democrática.
Basta atentar na muita, oportuna e avançada legislação dos governos da 1ª República para concluirmos que eram muito nobres, generosos os ideais de então. E se nem todos foram concretizados certo é que eles existiam como programa e muitos ficaram para sempre radicados na alma do Povo Português. E foi com essa alma que, mais tarde, se lutou contra o regime totalitário do mal chamado Estado Novo, e foi também com essa alma que se fez a libertadora Revolução de Abril, que nos trouxe de novo a Liberdade a Democracia em que vivemos.
Digam alguns o que disserem, o certo é que a República veio para ficar e será sustentada, sempre e a todo o transe, pela esmagadora maioria dos portugueses.
Nunca será de mais lembrar a coragem, o patriotismo e a fidelidade ao ideal democrático dos valorosos homens do 5 de Outubro de 1910, bem como os seus precursores que a prepararam.
Foram muitos e relevantes os seus exemplos de dignidade, honradez e verticalidade, foi firme o seu desejo de fazer de Portugal um país efectivamente livre, mais próspero, mais solidário e mais respeitado na Comunidade Internacional.
É, pois, nosso imperioso dever recordar sempre os homens da 1ªRepública, exaltando o seu ideal de puro republicanismo.

 

Os líderes no Casino

No próximo dia 6, pelas 22 horas, realiza-se no salão do Casino um debate em que intervêm todos os líderes das listas concorrentes às eleições autárquicas.
Esse encontro, em que vão ser conhecidas as ideias que cada um tem em relação à Figueira e ao seu futuro, deve atrair muitos figueirenses da sede do concelho e das freguesias.

 

Já lá vai o tempo!

Sim, já lá vai o tempo em que mesmo com o risco de represálias pela polícia politica de então se realizava, todos os anos, nesta cidade, um jantar comemorativo da Revolução de 5 de Outubro de 1910, com a presença de muitos republicanos figueirenses e de outras personalidades de relevo, sobretudo do distrito.
Depois do 25 de Abril ainda se fizeram alguns desses convívios, promovidos quase sempre pelo PS.
Mas agora, que se saiba, já tal não acontece, o que é lamentável, pois a Implantação da República constitui um evento marcante da nossa história.
Enfim, sinal dos tempos…
Mas, os republicanos figueirenses vão, decerto, reagir associando-se às comemorações do centenário da República, que passará no próximo ano.
Para isso, está já a pensar-se na constituição de uma comissão local.
Ainda bem.

sexta-feira, outubro 02, 2009

 

Para ler e meditar

“Espero que haja mudança de atitudes e as políticas sejam corrigidas. O PS tem de pensar no que o levou a perder a maioria absoluta”
(Manuel Alegre, no Público)

 

Onde está a razão?!

As críticas que vão abundando em relação àqueles que, continuando fiéis aos princípios e valores defendidos por um Partido, mas que não dão, porém, o seu apoio a quem por razões insondáveis, chegam a ocupar posições de relevo em funções partidárias, são manifestamente injustas.
Será que estes que têm agora responsabilidades partidárias leram pelo menos o programa básico do Partido, onde se encontram as suas matrizes essenciais?! Será que conhecem as exigências para serem coerentes com aquelas matrizes?! Ou chegaram a esses lugares por qualquer conveniência própria ou doutrem?!
Uma coisa é certa: salvo raras excepções muito poucos desses sentem a ideologia que o seu Partido consagra!
Esperemos que se adaptem e, no futuro, venham a ser responsáveis e coerentes na defesa do ideal do Partido, onde estão.
Mas, até lá, até à prova que precisam de dar para convencer, não têm o direito de chamar infiéis a quem não os acompanha por duvidarem da sua boa intenção política.
É caso para perguntar: infiel é ou não o que nunca se integrou ou deu testemunho dos princípios e valores partidários, não os conhecendo sequer profundamente e nem sempre os perfilhou?!

 

O Ministério da Educação perdeu mais um recurso

O Tribunal Central Administrativo do Norte decidiu desfavoravelmente àquele Ministério quanto a um recurso que interpôs, relacionado com a suspensão de tomada de posse de Director do Agrupamento de Escolas de Castro, em Coimbra.
Dos vários recursos daquele Ministério, apenas um fez vencimento!
É sintomático, não é?!

 

A democracia exige tolerância e respeito

Vimos, há dias, alguém que sempre julgámos ser democrata convicto (pelo menos sempre assim se disse) aceitar um panfleto de propaganda a um Partido que não era o seu, e rasgá-lo logo na frente de quem o tinha entregue!
Além, claro, de fazer comentários impróprios em relação a todos os que não apoiavam o seu Partido nas próximas eleições.
Chocou-nos essa atitude, entristecendo-nos até vindo de quem vinha, pessoa que estimávamos e considerávamos.
Os seus apregoados princípios democráticos ficaram logo ali definidos e pelo pior!
Na verdade, ou não aceitava o panfleto, o que estava no seu direito, ou, aceitando-o não o lia, mas rasgá-lo e fazer comentários mal-educados é que não é ser tolerante, nem ter ao menos respeito e civismo!

 

Nem a compra dos submarinos escapou à ganância!

São, para já, 14 os arguidos (empresários portugueses e alemães) num processo de investigação acerca da compra de dois submarinos, feita na Alemanha, enquanto foi Ministro da Defesa Paulo Portas.
É que tal compra importou em muitos milhões de euros e a verdade é que, segundo se apurou naquele processo, cerca de 35 milhões teriam “desaparecido”, o mesmo acontecendo, pelo que parece, até ao respectivo contrato!
Os arguidos, entre os quais nenhum é, segundo afirmações de Paulo Portas, responsável pelo CDS, e estão indiciados por falsificação de documentos e burla qualificada.
Num outro processo a correr ainda, relacionado com o mesmo assunto, estão a averiguar-se crimes de corrupção, branqueamento de capitais e de gestão danosa, não se conhecendo ainda os envolvidos neste processo, que está em segredo de justiça.
Todos os dias temos, infelizmente, notícia de casos resultantes de ilicitudes, sobretudo de enriquecimento indevido ou melhor dizendo de “roubalheiras”!
E se nem todos esses actos chegam a provar-se, a verdade é que muitos deles correspondem à realidade e são cometidos por pessoas que deviam dar exemplo de honestidade e de observância da lei.
A ética, nos tempos de hoje, em que há a ânsia de ganhar bem e depressa, sejam quais forem os meios usados, é custosa, mas é absolutamente necessária.

 

Baixa Política! ...

Apareceram na cidade numerosos cartazes em que se usam as fotos dos candidatos Duarte Silva e Daniel Santos, com uma inscrição, acusando-os de serem os culpados por a Figueira ter parado!
E, claro, essa censurável iniciativa, partiu de uma outra força política que concorre às eleições autárquicas.
Ora, não é lícito que se tivessem usado as imagens daqueles outros candidatos sem o seu conhecimento ou autorização, nem é aceitável que se utilize esse género de política.
Seja como for, esses cartazes representam um meio de fazer baixa política, que quase sempre revela desespero por parte de quem se decide a usá-la.
Além de que é de lamentar que os cartazes em causa sejam impróprios dos que se dizem defensores da democracia, ou pelo menos, estão a lutar por um Partido que sempre foi, pelas suas matrizes essenciais, que alguns, infelizmente, vamos esquecendo, democrático, respeitador da ética, da tolerância e do civismo.
Por vezes, porém, esses actos de baixa política têm efeito contrário ao que desejam aqueles que os praticam.
Há ainda que lamentar que, sendo um Magistrado, o actual líder da lista que se pretende favorecer com os tais cartazes, deixe chegar-se a tão censurável prática, competindo-se-lhe, se dela não tivesse tido conhecimento antecipado, ordenar a retirada imediata dos cartazes.

Foi mais um mau serviço prestado a um Partido que não merece.

quinta-feira, outubro 01, 2009

 

Ler e meditar

“O PS ganhou, é certo. Mas levou uma moral da história. Os portugueses querem um PS menos tirano e mais democrático”

(Joana Amaral Dias, no “Diário Económico”, de 28 de Setembro)

 

Os figueirenses candidatos a deputados!

De três desses candidatos só Maria do Rosário Cardoso Águas, do PSD, tem o seu assento parlamentar já conseguido.
João Portugal, do PS, para entrar no Parlamento precisa que algum dos candidatos colocados antes de si venha a desistir.
Miguel Almeida, do PSD, também para já, ficou de fora.
Quer dizer que a Figueira, que é a segunda mais importante cidade do distrito, apenas poderá vir a ter um deputado.

 

Hugo Chavez felicitou Sócrates

Foi um dos primeiros senão mesmo o primeiro Chefe de Estado a felicitar o Secretário Geral do PS pela vitória deste Partido nas eleições de domingo.
Pena é que aquele político, que tem da democracia uma noção muito deturpada, tenha boas relações com Sócrates, que é chefe de um governo de um país democrático, mas, é claro o culpado foi o “Magalhães”, que Sócrates foi vender à Venezuela, para manter decerto boas relações com o país do petróleo.

 

Não está bem!

Quem viu a televisão, na noite eleitoral, ficou a saber que Sócrates antecipou o início da campanha das eleições autárquicas.
É que, depois de falar aos militantes, á porta do hotel Altis, sobre as eleições legislativas, o Secretário Gera do PS deu logo ali uma “mãozinha” a António Costa, candidato socialista à Câmara de Lisboa, fazendo-lhe referências muito elogiosas.
E António Costa, com o microfone que lhe foi passado por Sócrates, logo naquele local, começou a sua campanha.
Enfim, parece que tudo vai sendo possível neste país.

 

Agrava-se o conflito entre o Presidente e o Governo!

A comunicação, feita há dias pelo Presidente da República, veio, sem dúvida, agravar as já tensas relações institucionais com o Governo.
É que, dessa comunicação, ambígua quanto a alguns factos e pouco esclarecedora relativamente a certas dúvidas que existiam, ficou, pelo menos, uma acusação ao Partido do Governo que, segundo Cavaco Silva, teria tentado através de alguns de seus destacados diligentes, imiscui-lo na campanha eleitoral, encostando-o ao PSD.
O Presidente considerou que se ultrapassou o que é tolerável e decente, razão porque decidiu dispor-se a explicar publicamente o que se passou quanto ao polémico caso das escutas, das quais, aliás, nunca falou, dizendo apenas que teria de mandar proceder a uma análise dos sistemas de segurança quanto aos Serviços de Belém.
Mas, porque só agora Cavaco Silva veio denunciar a tentativa de manipulação que diz ter existido?!
Uma situação dessa natureza, devia ter sido logo dada a conhecer, não o sendo, preferindo o silêncio, o Presidente, ao fim e ao cabo, deixou intrometer-se no confronto partidário e prejudicando o PSD, com a ocultação que fez, do que disse ser intolerável e não decente da parte por PS.
Enfim, Cavaco Silva no nosso entender, andou mal neste caso, revelando, até, uma inaceitável ignorância quanto à possibilidade de qualquer sistema informático ser vulnerável…
Uma coisa é certa: a chamada colaboração institucional entre o Presidente e o Governo tornou-se mais difícil e, francamente, como será possível que, depois deste incidente grave, revelador de, pelos menos, levar a uma suspeita, e de elevado grau, vir a ser nomeado um Primeiro Ministro, que não deverá merecer já a total confiança do Presidente.
O PS já veio negar que tivesse feito através de seus dirigentes qualquer manipulação.
O caso, porém, não morrerá por aqui e a própria posição de Cavaco Silva pode ser posta em causa, havendo já quem opine no sentido da renúncia.
Mais uma vez, Cavaco Silva não foi feliz ao adoptar a decisão que tomou.

 

Governar… mas como?

É, sem dúvida, de grande dificuldade, conseguir-se um entendimento entre os partidos.
O CDS-PP já recusou qualquer coligação com o PS, mantendo-se assim fiel ao que foi dito na sua campanha.
O BE, idem, idem.
A CDU o mesmo, e até o PSD, se quiser cumprir o que prometeu aos seus militantes, não dará a sua colaboração ao PS.
Governo só com base em acordos pontuais, é sempre arriscado e não dará á governação a desejada estabilidade.
E se os partidos da oposição da Direita á Esquerda, se resolvem a propor uma noção de censura?!
É por isso que muitos já põem em dúvida que este governo dure a legislatura de 4 anos!
E o diálogo que Sócrates tem que realizar com todos os partidos dará qualquer resultado positivo?
Sócrates, pouco habituado a não querer dialogar, estará disposto agora a mudar tanto a sua maneira de ser, ganhando humildade, tolerância, compreensão, paciência e disposição para criar pontes de entendimento?!
Vejamos!

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