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segunda-feira, junho 29, 2009

 

Para ler e meditar

“Desde 1976 – com uma única excepção – que a história do PS é em Portugal a história do bombeiro”
(Vasco Pulido Valente, no Público de hoje)

 

Da secção “Sobe e desce”, no Público de hoje

“O PSD Madeira quer transformar as legislativas num plebiscito a um projecto de revisão constitucional relacionado com as autonomias.
Mas, para ter projecto teve de o encomendar a constitucionalistas. Nada haveria a opor se fosse o PSD a pagar a iniciativa. Como foi a Assembleia Regional o que está em causa é mais um claro abuso de poder”

 

Política local – CDS/PP apresentou Francisca Geraldes

A psicóloga, Francisca Geraldes, foi já apresentada por aquele Partido como candidata à Presidência da Câmara da Figueira.
E como candidato à Assembleia Municipal foi apresentado o médico Dr. Trindade Constante.
Á freguesia de S. Julião, concorrerá José Ataíde, não havendo, como disse o presidente da Concelhia Local, condições para o Partido concorrer a outras freguesias.

 

Política local – A lista dos independentes

O Movimento que apresentará uma lista de independentes nas eleições autárquicas, deu já a conhecer, além do mandatário Prof. Doutor José Bernardes e do candidato à Assembleia Municipal Eng.º Nogueira Santos, os nomes dos elementos para o Executivo.
E são eles: Vítor Coelho, Albertina Maia, Ilda Baltazar, José Figueira, Rosa Baptista, Mauro Correia, Vítor Guedes.

 

Prof. Doutor José Cardoso Bernardes

Este professor universitário e figueirense ilustre é o mandatário da lista de independentes liderada pelo Eng.º Daniel dos Santos.
Foi, sem dúvida, uma boa opção escolher para “padrinho” daquela lista alguém com incontestável mérito profissional e cívico.

 

Engenheiro Moreira dos Santos distinguido

Na última sessão do Lions de Santa Catarina, o engenheiro Manuel Joaquim Moreira dos Santos foi distinguido como “Cidadão Figueirense” por relevantes serviços prestados à comunidade, pela forma exemplar como sempre exerceu a sua profissão e pela sua conduta cívico-política, sempre séria e vertical.
Foi muito justa essa homenagem, à qual nos associamos, felicitando aquele nosso bom amigo engenheiro Moreira dos Santos.

 

À espera…

São muitas as pessoas que me têm dito que estão a aguardar a divulgação pelos Partidos da composição das listas concorrentes nas próximas eleições autárquicas.
Não querem definir as suas posições ou opções políticas, somente com o conhecimento dos que lideram tais listas, cujos nomes já foram tornados públicos.
E compreende-se que assim seja pois “apenas uma árvore não faz a floresta”!
É que por muito fiáveis ou bem intencionados que sejam os propósitos dos líderes das listas, o conjunto que vier a compor o Executivo que seja eleito, é que poderá determinar os eleitores a aderir àquelas pessoas que consideram com mais competência, dinamismo, seriedade e bairrismo para trabalhar pelo progresso da Figueira.
O exemplo da actual Câmara, com o verificado mal relacionamento entre os seus membros da maioria, aconselha a que se tenha cuidado com as equipas que se apresentem a sufrágio, no dia 11 de Outubro.
Ora, a verdade é que, até agora, só se conhece a lista dos independentes.
E é mais do que altura que os Partidos concorrentes indiquem também a composição das suas listas, se tal composição já existir.
Mas, se não existir, deverá com brevidade envidar-se os melhores esforços para as melhores opções.
Os eleitores precisam também, com tempo, de definirem as suas posições e, em eleições autárquicas, não é indiferente a escolha das pessoas a quem se quer entregar a gestão camarária.
Por vezes até mais do que a simpatia e a fidelidade a Partidos, valem mais as pessoas que eles conseguem para integrar as suas listas.
Quer dizer que as eleições autárquicas têm uma característica especial, sendo, sem dúvida, eleições muito personalizadas.
Que não se faça, pois, esperar muito a divulgação da composição integral das listas concorrentes.

domingo, junho 28, 2009

 

Para ler e meditar

“Qualquer governo seria feliz, se não houvesse mais imprensa do que o Diário da República”
(Rui Ramos, no Correio da Manhã, de ontem)

 

Do “Sobe e desce”, no Público de hoje

“A ministra da Educação, que sempre defendeu a imposição de quotas para diferenciar os bons dos maus professores vem agora dizer que estas podem, afinal, deixar de existir. Um relatório em que Portugal aparece como o único de cinco países europeus em que o mérito pode não chegar para progredir na carreira fê-la mudar de ideias”

 

A morte do Rei da Pop

Com 50 anos, morreu inesperadamente Michael Jackson, considerado há já muito o Rei da música Pop.
Foi um ataque cardíaco, sofrido quando estava em casa, o motivo da morte.
E logo que se teve conhecimento desse infausto acontecimento as televisões e rádios de todo o mundo começaram a dedicar àquele músico e cantor programas que ocuparam muitas horas.
Além, claro, das televisões mostrarem imagens directas da casa do falecido e da multidão que logo ali se juntou.
Jackson, na verdade, teve períodos áureos no meio musical, mas também teve na sua vida comportamentos pelo menos polémicos.
Porém, os seus muitos e dedicados fãs nunca deixaram de o incensar, fazendo dele o seu herói.
E, na verdade, o que se passou nas televisões foi próprio do mais notável herói.
Foram horas e horas de reportagens, de testemunhos e de retrospectivas!
Enfim, por vezes, exaltam-se pessoas como Michael Jackson, deixando-se na penumbra outros que se notabilizaram na vida em áreas como a ciência, a política, investigação, etc.

 

A Fundação para as Comunicações Móveis

Foi “descoberta” esta Fundação!
E, claro, logo a oposição acusou o governo de que, afinal, essa Fundação não passa de um “saco azul” com que se fazem despesas e pagamentos sem ter que prestar contas nem serem precisos concursos públicos.
O custo de muitos milhares dos computadores “Magalhães”, que o governo tem distribuído foi ou há-de ser ainda liquidado através dessa Fundação, fornecimento que foi feito por ajuste directo.
Vai ser o Ministro das Obras Públicos, Mário Lino, a dar explicações no Parlamento, justificando a razão de ser de tal Fundação, que o governo considera legal, mas que, inclusivamente, foge a qualquer desejável controlo.
Enfim, mais um “berbicacho” que surge numa má ocasião para o governo.
E que poderia e deveria ter sido evitado!

sábado, junho 27, 2009

 

Assim não vai longe!

A líder do PSD disse há dias, numa entrevista televisiva, que, se vier a governar, “rasgará” todos os acordos feitos pelo actual Executivo, rompendo com todas as políticas do governo do PS.
Quer dizer que para Manuela Ferreira Leite nada há que se aproveite do mandato socialista.
No seu entender, há que voltar à estaca zero!
Mas aonde iríamos parar se assim acontecesse sempre que se mudasse de governo?!
Ainda dizem que aquela senhora não é radical…
Com a política do “bota abaixo” nada de útil se consegue e as declarações amplamente negativistas de Manuela Ferreira Leite (a que escapou a política adoptada para a Segurança Social) não lhe renderão, decerto, votos!

 

As eleições estão marcadas

O governo escolheu o dia 11 de Outubro para a realização das eleições autárquicas.
O Presidente da República, em comunicado ao país, anunciou a data de 27 de Setembro para as eleições legislativas.
Está, pois, desfeita a expectativa em que se estava quanto ao que Cavaco Silva iria fazer: ou optar pelas duas eleições na mesma data ou em datas diferentes.
Todos os Partidos, com excepção do PSD, transmitiram-lhe a opinião de que não deviam juntar-se as duas eleições e o Presidente assim fez.
E fez bem, porque, na verdade, as respectivas campanhas são de características diversas e a votação num só acto eleitoral levaria, decerto, a confusões, com várias listas a terem que ser utilizadas.
Agora, com as datas fixadas, é altura de “as máquinas Partidárias” começarem a aquecer, desdobrando-se em trabalhos no sentido de cativar os eleitores.
E muito têm que fazer: a escolha dos membros das listas, a elaboração dos programas, a preparação dos tempos de antena na televisão, a marcação dos melhores lugares para comícios, a escolha do mais atractivo marketing, etc.

sexta-feira, junho 26, 2009

 

Para ler e meditar

“ A história das ideias que mostra que aqueles que reivindicaram a totalidade da verdade foram sempre contra a democracia”
( João Cardoso Rosas in Público de hoje)

 

Política local

- o CDS/PP vai apresentar uma senhora como candidata à presidência da Câmara. Trata-se de Francisca Geraldes, que estará na sede daquele partido, no próximo domingo pelas 15h30
- o candidato do PS, João Ataíde, disse ser do seu programa criar o lugar de Provedor do Município. Há muito já que em escritos meus, foi dada essa ideia que nunca ninguém aproveitou. Mas, desta vez, será e ainda bem
-quer Duarte Silva quer Ataíde das Neves nos seus discursos manifestaram o propósito de, em caso de eleição, governar tendo em atenção as pessoas e os seus legítimos direitos. Isso será, na verdade, essencial, não sendo benéfico o divórcio, que tantas vezes ocorre entre as Câmaras e os munícipes.

 

O governo veta o negócio PT – TVI

Como accionista da PT o governo anunciou hoje, pelo próprio Primeiro-Ministro, que vetará a compra da TVI pela PT pois não quer que haja qualquer suspeita de estar interessado “ em calar a voz” àquela estação televisiva.
O negócio em causa foi discutido no parlamento, chegando a dizer-se que o governo sabia dele e que o deixaria ultimar, vendo-se, assim, em breve livre das constantes críticas feitas na TVI.
Agora, há quem diga que só depois da PT ter dado a conhecer que o director geral da TVI, José Eduardo Moniz, mesmo fazendo-se o negócio não seria dispensado, o governo decidiu não apoiar a transacção que estava em curso.
Aliás, já Cavaco Silva se tinha pronunciado sobre o assunto desejando que não se pusesse em causa a liberdade e o pluralismo na comunicação social. Fez, pois, bem o governo em acabar com a pretensão negocial da PT em relação à TVI. Assim, não poderá haver mais suspeitas!

 

Até que enfim, houve acordo!

Custou, mas foi…
O PS e o PSD chegaram hoje a acordo quanto ao candidato a Provedor de Justiça que há-de ser votado no parlamento por dois terços dos deputados. Há um ano que o Dr. Nascimento Rodrigues terminou o seu mandato sem que houvesse consenso daqueles partidos quanto ao seu substituto. Foi talvez preciso que o Presidente da República tivesse, em declarações públicas demonstrado desagrado quanto à situação criada à volta do problema para que os maiores partidos se decidissem agora a indicar quem irá ser o novo Provedor de Justiça. E é um distinto magistrado, Juiz Conselheiro, Dr. Alfredo José de Sousa que, dentro de dias, será votado no parlamento. São bem conhecidas as qualidades de competência, isenção e descrição, capazes de lhe permitirem exercer com acerto as importantes funções em que será investido.

 

Lugares bem pagos…sem nada fazer

A grande maioria dos resultados passam a legislatura “ sem abrir a boca”!
Pelo Diário da Assembleia da República podem contar-se aqueles que não tiveram uma única intervenção, mesmo que fosse no período antes da ordem do dia.
Limitam-se a levantar ou não nas votações…
Nas bancadas, vêem-se muitas vezes deputados desatentos aos trabalhos parlamentares, a dormitarem, a lerem os jornais ou em amena conversa com o colega do lado. Fogem das comissões mesmo que sejam convidados, pois o tempo que nelas perderiam faz-lhes falta para, fora do parlamento, exercerem as suas profissões ( os que as têm, claro).
Enfim, não são só os gestores que ganham muito bem, os deputados auferem também muitos bons ordenados e não têm sequer a responsabilidade e o trabalho dos gestores de empresa.
Há, realmente, quem faça do seu lugar de deputado apenas um modo de obter dinheiro.
Talvez por tudo isso, segundo se diz já, vai haver “ uma limpeza” por parte das direcções nacionais dos partidos, que aproveitarão somente os que, como deputados, apresentaram trabalho e vontade de serem verdadeiros responsáveis políticos. Se assim for, ainda bem!

quinta-feira, junho 25, 2009

 

Ler e meditar

”Há razões políticas, razões éticas, razões económicas, razões de liberdade e pluralismo, e razões de simples vergonha na cara para que o negócio (da compra da TVI pela PT) não se concretize”

(José Manuel Fernandes, em editorial do “Público” de hoje)

 

Os Candidatos à Assembleia Municipal

Depois de se conhecer o candidato do PCP à Assembleia Municipal, Nelson Fernandes, foram agora noticiados nos nomes daqueles que também vão concorrer a esse lugar: Nogueira Santos na lista dos independentes e Vítor Pais, que se recandidata pelo PSD.

Mas quanto á formação dos Executivos ainda nada há de novo!

E a escolha dos elementos para aqueles órgãos é essencial, devendo haver a preocupação por parte dos líderes das listas de conseguirem formar equipas coesas, solidárias, dinâmicas e com grande amor á Figueira.

Além de deverem ser constituídas por pessoas conhecidas e com simpatia em todo o concelho, (não só na cidade) e conhecedoras dos problemas figueirenses.

É que só os primeiros nomes das listas não são tudo! ...

 

O 5.º Aniversário da morte da Eng.ª Maria de Lurdes Pintasilgo

Em 10 de Julho faz já 5 anos que faleceu aquela grande Senhora que, em 1979, foi Primeira-Ministra de Portugal.

Foi elaborado um programa com vários eventos culturais e políticos, com que se pretende lembrar a memória daquela que liderou um governo de iniciativa presidencial, que durou apenas 100 dias.

Mas foi um Executivo que governou bem, deixando na vida do país uma forte marca.

Maria de Lurdes Pintasilgo era detentora de uma vasta cultura e de conhecimento ecléticos, além, de convicções políticas centradas na solidariedade, no progresso e no respeito pelos direitos humanos fundamentais.

Ainda hoje, quem ler todos os diplomas emanados desse governo (e foram muitos) verificará que neles se teve sempre em atenção aqueles princípios norteadores.

Porque tive a honra de colaborar nesse governo e porque, desde aí, a acompanhei na sua vida política, é com toda a justiça e saudade que recordo sempre Maria de Lurdes Pintasilgo como alguém que dedicadamente serviu da melhor maneira o nosso País.

 

Jorge Miranda desistiu!

O eminente constitucionalista e um dos principais “pais” da Constituição de 1976 desistiu da sua candidatura ao lugar de Provedor de Justiça.

Tem sido, na verdade, uma “vergonha” o que se tem passado no Parlamento a propósito da eleição para aquele importante cargo.

E o atraso nessa eleição deve-se, principalmente, aos dois maiores Partidos que não foram ainda capazes de se entender e chegar a um consenso.

Agora, com o justificado mas bem lamentável abandono do Prof. Doutor Jorge Miranda resolverão o caso?!

Perder tão valioso elemento para exercer as relevantes funções que competem ao Provedor de Justiça foi uma grande irresponsabilidade, que ficará a marcar quem a cometeu, isto é o PSD.

Jorge Miranda teve toda a razão para “bater com a porta” e sair da corrida, pois não aguentou a frieza, arrogância, e mesmo a malquerença do Partido Social Democrático.

Nem aquele Professor de Direito tinha necessidade de se sujeitar a tanto…

 

Ainda a Noite de São João

A Figueira, naquela, noite teve uma enchente de forasteiros são-joaninos.

Houve quem dissesse que foram menos que no ano passado, mas que foi uma enchente foi…

Só que, a condizer com a pobreza das iluminações, estiveram as marchas e o fogo-de-artifício.

Este chegou a ser assobiado pelos que a ele assistiam, em sinal de desagrado.

Foi por uma contenção forçada das despesas ou foi por má escolha?!

Noutros tempos, os grupos que vinham participar nas marchas eram acompanhados pela organização, durante os meses que antecediam a noite de São João, a fim de os aconselhar, quando preciso, para ser possível uma melhor apresentação, havendo para isso muitas reuniões.

Será que ainda se faz assim?!

terça-feira, junho 23, 2009

 

Para ler e meditar

“ É necessário ( o governo) estar próximo da sociedade civil a explicar que estamos do seu lado e não contra as pessoas”
( Ana Jorge, Ministra da Saúde in Correio da Manhã de 21 de Junho)

 

O candidato PS – Coimbra

No próximo sábado, a comissão política de Coimbra irá escolher o candidato do PS à Câmara de Coimbra.
Mas tal escolha deverá ser confirmada pela Direcção nacional daquele partido.
Está posta de parte a hipótese do actual Governador Civil Henrique Fernandes ser o candidato.

 

Engenheiro Nogueira Santos

Este quadro superior da Celbi aceitou ser candidato à Presidência da Assembleia Municipal pela lista dos independentes.

 

Apresentação do candidato do PSD Duarte Silva

Ontem, o actual Presidente da Câmara António Duarte Silva fez no Hotel Mercure a apresentação da sua recandidatura como líder independente nas listas do PSD às eleições autárquicas.
Segundo a comissão concelhia noticiou, foi perante cerca de 300 pessoas que Duarte Silva discursou e antes dele falaram Lídio Lopes, Presidente da Concelhia, Pedro Machado Presidente da Distrital e o vice-Presidente do PSD nacional Paulo Mota Pinto.

 

A mudança no Irão?!

As manifestações populares, que continuam muito numerosas, revelam, que dia a dia, a corajosa luta dos que se opõem ao que foi declarado vencedor nas eleições presidenciais daquele país.
E a violência da repressão sobre os manifestantes é cada vez maior já com muitos mortos e muitos feridos.
É que Almidinejad, segundo já foi apurado, recebeu, em várias mesas de voto mais votos do que os eleitores!...
E até o chamado Conselho dos Guardiães já reconheceu isso mesmo.
No Irão, país em que ainda se pode aplicar a sanção de morte por lapidação a quem comete adultério e aos condenados por roubo podem ser cortadas as mãos, soou a hora da mudança.
E se aqueles castigos estão já a ser revistos, a mudança requer uma profunda alteração do regime que tem estado em vigor.
É por essa mudança que se luta nas ruas, luta em que os jovens estão mais empenhados.

 

Ensino Superior mais caro!

As propinas a pagar naquele ensino vão aumentar para 996 euros / ano.
E, assim, decerto muitos alunos serão obrigados a desistir de frequentar os estabelecimentos de ensino superior. A oportunidade para tal aumento foi realmente muito má, pois em plena crise e com muito desemprego, poucos pais poderão suportar o custo dos estudos dos filhos.
E o governo tem ajudado e muito bancos e empresas a subsistirem, não seria, então, de pelo menos não proceder àquele aumento das propinas e pôr à disposição das universidades os fundos precisos para fazerem face às suas despesas, se for caso disso?
Parece, porém, que a Cultura de que fazem parte a instrução e a qualificação superior, continua a não merecer a devida atenção do governo, o que se lamenta.

segunda-feira, junho 22, 2009

 

Para ler e meditar

“Ao baixar o nível de exigência cria-se a ilusão de que estamos a formar alunos mais bem preparados, quando é o inverso o que está a suceder. Basta conversar com professores que dêem aulas nos primeiros anos do ensino superior para comprovar como sentem que recebem estudantes cada vez mais mal preparados”
(José Manuel Fernandes, no Editorial do Público, de hoje)

 

O exame de matemática

Segundo um responsável da Sociedade de Matemática, o exame hoje realizado foi demasiadamente fácil, levando até alunos que disseram que “foi de borla”!
E de matemática pouco tinha o ponto, na opinião daquele responsável.
Quer dizer que, mais uma vez, se decidiu pelo facilitismo, o que deve preocupar, porque o futuro contará, decerto, com jovens mal preparados, com um lamentável défice de conhecimentos.
Quando é que o Ministério da Educação se aperceberá disso?!
Quando será que o que mais importa é trabalhar para a melhor formação dos alunos e não trabalhar para as estatísticas?!

 

Abusos sexuais

Segundo foi noticiado pelo Ministério da Justiça, em 2008 houve 1189 condenações por abuso sexual de menores!
E os autores desses crimes servem-se de inúmeras situações e de condições pessoais, em muitos casos elementos do agregado familiar dos menores abusados.
Mas não só, também a superioridade hierárquica, qualquer forma de dependência pode facilitar a prática dessa natureza de delitos.
Ainda há pouco, se teve conhecimento de que um professor, membro de uma comissão de protecção de crianças e jovens foi detido por abuso sexual de um jovem que estava a seu cargo!
Quer dizer que até para um organismo daquela natureza se deve ter muito cuidado em escolher os elementos que o compõem.
O crime de abuso de menor é de grande gravidade, constituindo um desrespeito dos direitos fundamentais.
E no menor que é abusado fica para sempre uma marca presente e demasiadamente vincada para toda a sua vida.
Há, pois, que sancionar severamente esse tipo de crimes, quando descobertos, claro.
Muitos infelizmente, ficarão na sombra.

 

A apresentação de candidatos

Daniel Santos e João Ataíde nas sessões de apresentação como candidatos à Câmara, tiveram “casas cheias”.
Aquele, que lidera uma lista de independentes e este candidato do PS têm razão para estarem satisfeitos, porque se viram rodeados de muitas pessoas nos seus primeiros actos de pré-campanha para as próximas eleições autárquicas.
E, caso curioso, segundo veio a saber-se, entre os que marcaram presença naquelas sessões viam-se algumas pessoas conhecidas como apoiantes e até filiados em vários Partidos políticos.
Claro que tal não quer significar que Daniel Santos e João Ataíde possam, desde já, contar com todos aqueles que estiveram nas referidas sessões de apresentação.
Mas, pelo menos esses revelaram que estão interessados em conhecer as posições e pensamento dos candidatos relativamente a problemas da Figueira.
Esse interesse é, pelo menos, um bom sinal, querendo dizer que desejam votar em consciência, devidamente esclarecidos, no candidato que mais possa promover o progresso do nosso concelho.

 

Haverá quem saiba?!

Em várias partes do país, as câmaras estão a tentar conhecer o número de desempregados nas suas áreas, a fim de lhes prestar ajuda.
E, felizmente, são diversos programas de solidariedade que estão em andamento.
A Figueira, pelo que se sabe, não é das localidades em que há, até agora, muito desemprego, até porque não é aqui muito significativa a indústria ou as grandes e médias empresas.
Mas haverá, decerto, quem esteja a passar mal, a contas com grandes dificuldades, precisando de auxílio.
E não apenas de vez em quando, mas, sim, com regularidade.
Terá havido já o cuidado de proceder a uma averiguação dos mais necessitados no nosso concelho, sobretudo daqueles que, pela já muita idade ou por doença, não possam angariar meios de subsistência?
E o que se tem feito por eles?
Numa época de grave crise, impõe-se, na verdade, que se reforce a vertente social a todos os níveis.
Se tem havido vários movimentos, grupos e instituições de natureza privada a desenvolverem uma profícua acção em prol dos mais carentes, não devem os organismos oficiais, como as câmaras, deixarem também de contribuir para amenizar as situações difíceis em que muitos vivem.

 

Noite de S. João

Amanhã, a noite na Figueira vai ser de festa rija.
Se o clima ajudar, como se espera, haverá mais uma enchente na nossa cidade.
As marchas populares são sempre um número de muita beleza, e atrai muitos espectadores.
O fogo de artifício, lançado após as marchas, servirá, decerto, para”arregalar os olhos”…
E raro é o restaurante que não recebe quem muito gosta de bons petiscos.
Os que podem gozarão a noite de S. João na Figueira, “porque tristezas não pagam dívidas”!
Até porque as marchas e o fogo de artifício são de borla…
Para além disso há ainda a feira com uma gama de aliciantes divertimentos.
E já agora deixem-me dizer que foi pena que não houvesse a lembrança de fazer uma exposição de todos os cartazes das festas de s. João, o que seria fácil e muito interessante.

domingo, junho 21, 2009

 

Para ler e meditar

“É longa a lista de investimentos públicos com política a mais e estudo a menos, com muita demagogia e pouca ciência”
(António Barreto, no Público de hoje)

 

Quadro da vida - De porta em porta...

Diante de mim estava um homem, com 50 e tal anos, de bom aspecto, mas muito modestamente vestido.
Pediu-me desculpa de incomodar e disse ao que vinha: quando ficou sem emprego viu-se na necessidade de vender livros de porta em porta.
Livros, porém, da sua autoria!
E mostrou-me três: um romance, um de poesia e uma monografia da sua terra natal, bem ao norte do país.
Manifestei-lhe a minha estranheza dele andar a vender livros seus, de porta em porta.
Disse-me, então, que, desde novo, nunca deixara de se interessar por cultura e de ler muito, procurando instruir-se o mais possível.
E começara a escrever prosa, poesia e até a compor música.
Surpreendido com o que estava a ouvir, ainda perguntei: não tem uma editora, que distribua e ponha à venda os seus livros?
Baixou os olhos e com voz quase sumida respondeu: ninguém quer editar um autodidacta, um autor desconhecido e, como preciso de sobreviver, aqui ando por todo o país a vender, embora com alguma vergonha, os meus livros.
Fiquei com um romance, no qual me apôs uma amável dedicatória.
E aquele homem continuou o seu caminho, batendo a mais portas, que oxalá não se lhe fechem, porque ele precisa mesmo de ajuda.

 

O Verão entrou bem

Na Figueira, neste primeiro de Verão, esteve muita gente, animando já as praias (principalmente a de Buarcos), restaurantes e cafés.
Houve um tempo excelente, até talvez com calor a mais.
Os parques de estacionamento e as ruas cheias de automóveis, e também os espaços relvados e jardins foram procurados por muitos em busca de frescura.
Só que, na verdade, ao fim da tarde foi a debandada geral, de regresso às suas casas.
Mas este dia foi apenas o começo do Verão…
Tenhamos esperança de que venha a haver quem esteja na Figueira não só umas horas mas com uma maior permanência.

 

A violência no Irão

Mesmo contra a muita violência que está a ser usada pelas forças do Estado, continuam as manifestações populares a favor do candidato que, naquele país, foi vencido nas eleições presidenciais.
É que grande parte do povo iraniano não acredita que os resultados eleitorais sejam verdadeiros.
E a recontagem dos votos, que já foi admitida, não satisfaz a Oposição, que reclama, sim, nova eleição.
As fraudes podem não estar no acto eleitoral realizado, mas no que se passou anteriormente, através de perseguições, intimidação e ameaças aos eleitores.
E, apesar de já haver mortos e muitos feridos provocados nas manifestações que têm reunido muitos milhares de participantes (fala-se mesmo em 2 milhões), os que defendem uma mudança política no seu país têm, efectivamente, mostrado muita coragem.
Mas, onde irão parar as graves perturbações sociais e políticas do Irão?!

 

Homenagem aos mortos!

Durante a vida de alguns que ocupam lugares de relevo, há quem os critique com frequência, atribuindo-lhes incompetência, desonestidade, etc.
Esses comprazem-se em apenas dizer mal, em fazerem acusações, quase sempre infundadas.
E o que é de admirar é que tudo isso advém, quantas vezes, de “amigos” ou de companheiros neste ou naquele grupo.
É normalmente a inveja e a sua má formação moral que os leva à maledicência.
Porém, após a morte dos que são visados, vítimas das críticas, passam já na boca de quem os denegriu a merecer elogios.
A sua hipocrisia leva-os a prestar homenagem àqueles de que sempre disseram mal e puseram pelas “ruas da amargura”!
E essa homenagem ocorre quando é preciso ganhar a simpatia daqueles que sempre votaram amizade e admiração aos falecidos.
A hipocrisia é algo impróprio, que deve merecer a repulsa das pessoas de bem.

sábado, junho 20, 2009

 

Para ler e meditar

“A terceira via traduziu-se num compromisso com o neoliberalismo, numa posição acrítica do novo capitalismo globalizado numa leitura errada das sociedades europeias”
(Ana Benavente, no Público do dia 17)

 

E o Verão aí está…

É já no domingo que se inicia o Verão.
Com ele, as terras que vivem do turismo animam-se, com festas variadas, procurando acolher e cativar bem os que as visitam ou nelas passam férias.
Os hotéis alindam-se e os restaurantes esmeram-se nas ementas e nos serviços.
Mas, o turismo de hoje é muito exigente e está atento à conservação das ruas, dos jardins, dos prédios, aos barulhos nocturnos, à sinalética que aponte caminhos e locais de cultura e de diversão.
Era por isso que, noutros tempos, na Figueira, nesta altura do ano, já tinha havido o cuidado de bem cuidar e tratar a cidade em especial da sua limpeza.
Agora, francamente, tem-se descorado tudo isso e já não se ouve dizer que a Figueira é das terras mais limpas e bem tratadas do país.
E é pena, porque isso enchia-nos de orgulho e era motivo para que os turistas viessem sempre em maior número.
As belezas naturais não desapareceram, mas não são suficientes para, por si só, atrair gente.
Seja, porém, como for, o verão aí está e com a crise que se enfrenta irá ressentir-se a afluência de veraneantes?!
Oxalá que não.

 

A apresentação da candidatura de Duarte Silva

É já na próxima segunda – feira, no Hotel Mercure, que o actual presidente do município, Eng.º Duarte Silva, se apresentará como candidato independente, nas listas do PSD à Câmara.
Vai disputar, pois, com candidatos de outros Partidos, um seu terceiro mandato.
Foi a líder daquele Partido, Dr.ª Manuela Ferreira Leite, quem convidou directamente Duarte Silva a recandidatar-se, vindo a receber a confirmação da Comissão Política Concelhia.

 

Novas Vilas do nosso Concelho

Tavarede, São Pedro, Marinha das Ondas e Lavos passam a ser Vilas.
Foi o Conselho de Ministros do passado dia 12 que aprovou essa nova categoria daquelas localidades.
Daqui saudamos as populações das novas Vilas, desejando-lhes o maior progresso.

 

Um louvor

A comissão parlamentar que tem tratado do caso BPN fez um bom trabalho, o que não é muito normal em comissões dessa natureza.
Ouviu quem devia ouvir, os deputados intervenientes esforçaram-se, na verdade, por averiguar os factos, revelando uma boa preparação nas suas actuações.
A presidente daquela comissão orientou bem os trabalhos, o que foi difícil dada a crispação por vezes existentes entre inquiridos e inquiridores.
Maria de Belém mostrou-se à altura do lugar que desempenha e conseguiu evitar ou travar o nervosismo que se instalou no ambiente da comissão.
Ainda não se conhece o respectivo relatório, mas não faltarão muitos elementos colhidos para ser bem elaborado.

 

Até os deputados

Alguns deputados do PS, na sua reunião parlamentar, pediram ao líder do seu Partido que fossem mais ouvidos pelo governo quanto a assuntos importantes que têm que ser discutidos no Parlamento.
E fizeram críticas ao governo, que não tem sabido manter a necessária ligação com o grupo parlamentar o que, por vezes, prejudica a sua actuação.
Alberto Martins, que lidera os deputados socialistas, falou mesmo em que é urgente que o governo ouça mais os que têm que defender no Parlamento os diplomas do governo.
E ouve até quem dissesse que “o PS se tornou um “partido-comité”.
É de registar a coragem de quem fez essas críticas, revelando uma nova fase de comportamento dos responsáveis do PS.

 

E o facilitismo continua!

O Ministério da Educação já deu a conhecer o seu agrado quanto aos bons resultados nas Provas de Aferição.
Mas os professores de Português e de Matemática voltaram a falar ter havido um facilitismo na elaboração dos respectivos pontos, revelando o seu descontentamento com tal facto, que não quer dizer que tenha havido melhoria nos conhecimentos dos alunos.
Enfim, o que parece interessar àquele Ministério são os números para a estatística.
Acresce, porém, que em relação ao ano passado os resultados de tais provas foram até piores…

quinta-feira, junho 18, 2009

 

Para ler e meditar

“O PS tem de mudar de estilo, de forma, não tanto para agradar aos eleitores, como por tal corresponder a uma mudança de fundo”
(José Carlos de Vasconcelos, na Visão de hoje)

 

Morreu Carlos Candal

Advogado muito competente e combativo, com escritório em Aveiro, orador de grande mérito, fundador do Partido Socialista, corajoso elemento da Oposição Democrática no tempo da Ditadura, Carlos Candal morreu com 71 anos.
Foi, na Assembleia Constituinte que mais nos aproximámos, reforçando a amizade que, aliás, já existia.
Naquela Assembleia, comportou-se sempre com frontalidade, fazendo intervenções muito valiosas.
Contribuiu dedicadamente para a organização do Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro, o regime então vigente.
Foi, com muito pesar que soubemos da morte do Carlos Candal, querendo aqui prestar justa homenagem à sua memória.

 

Como o tempo passa!...

Como há muito vem sucedendo, no próximo sábado reúne-se, em Coimbra, o Curso Jurídico 1945-1950.
São já 59 anos que 30 e tal jovens (foram os que se licenciaram) deixaram a Lusa-Atenas, para cada um seguir a sua vida.
Foi sempre um curso unido, que ainda hoje mantém e cultiva a amizade, principalmente através de um Boletim mensal, em que surgem as notícias uns dos outros.
Esse Boletim, obra dedicada do nosso colega Ernesto de Moura Coutinho, que há já muitos anos nos dá a conhecer o que se passa com cada um: os louvores, as doenças, os filhos ou netos que nascem, e também as mortes.
Não sabemos de mais algum curso que disponha de um Boletim dessa natureza.
No sábado, ainda vai encontrar-se em Coimbra um grupo do referido curso, que tem vindo a diminuir de ano para ano.
Os que já partiram serão, porém, lembrados na missa celebrada na Capela da Universidade.
E, claro, haverá um almoço de fraterna convivência.
Para o próximo ano quantos poderão ainda comemorar o 60º aniversário do nosso curso?!
Como o tempo corre depressa, santo Deus.

 

Encontro da grande família Ginasista

No próximo dia 20, o Ginásio Clube Figueirense conta vir a reunir cerca de mil sócios, antigos e actuais desportistas e adeptos, vindo de muitas partes do país, os quais serão brindados com vários inventos desportivos e culturais.
E haverá, no Pavilhão Jorge Galamba Marques, saudoso e notável dirigente do clube, um almoço de confraternização, que servirá, decerto, para lembrar o passado e reforçar a fé clubista.
O primeiro encontro de gerações Ginasistas ocorreu em 2006, mas, desta vez, conta-se com um mais elevado de participantes.

 

Bastará?

Ontem, o Primeiro - Ministro teve dois comportamentos diferentes.
No debate parlamentar, em que esteve em causa a moção de censura ao governo apresentada pelo CDS-PP, Sócrates foi igual ao que tem sido, respondendo com crispação e mesmo agressividade às interpelações feitas pelos Partidos da oposição, da direita à esquerda.
Voltou a defender as políticas que têm sido seguidas pelo governo e fazendo a apologia do seu acerto.
Mas, na entrevista na SIC, o Primeiro - Ministro foi outro: mais calmo, mais “melodoce”, mais humilde, despindo-se da sua habitual arrogância.
Foi paciente nas explicações que havia a dar e reconheceu, enfim, que o governo cometeu alguns erros, como por exemplo na Educação quanto aos critérios demasiadamente rigorosos da avaliação dos professores (esquecendo, porém, o estatuto da carreira docente que há muito é contestada).
Disse ainda que o governo não prestou a devida atenção à Cultura.
No entanto, Sócrates considerou-se satisfeito com a sua própria actuação e, de novo, manifestou a intenção de não se dispor a mudar de rumo político.
Quer dizer que Sócrates, pelo menos, no estilo parece querer mudar!
Mas será isso suficiente para recuperar os votos perdidos?!

 

Um novo Partido?!

Descontentes com o facto de Manuel Alegre não ter saído do PS e dispor-se a liderar um novo Partido, muitos dos seus apoiantes decidiram transformar em Partido o Movimento em que estavam reunidos.
Os promotores desse novo Partido, que se chamará Nova Esquerda, são, para já, 200 militantes do PS, que se desvinculam deste Partido e que irão recolher as assinaturas necessárias para o registo do novo Partido no Tribunal Constitucional.
Já o dissemos e repetimos: Manuel Alegre fez bem em manter-se no PS, onde poderá continuar a ser uma voz autorizada e crítica, reclamando do seu Partido que não se afaste da matriz da esquerda democrática.
O novo Partido poderá vir a ser mais uma divisão na esquerda, no caso de alcançar qualquer representação no Parlamento, o que será muito difícil.
Teríamos apreciado mais que o chamado grupo alegrista se mantivesse unido e com uma acção cívica e política como Movimento.

 

Eleições legislativas e autárquicas

Há quem defenda que tais eleições devem realizar-se no mesmo dia.
Discordamos, porque, para um melhor esclarecimento dos eleitores, as respectivas campanhas têm que ser diferentes, numa há que tratar e discutir problemas nacionais, noutra são os problemas locais que importa analisar.
Assim, não deve aceitar-se que, num só dia, os eleitores sejam confrontados num único acto eleitoral com várias e diferentes listas, o que poderão levá-los a uma indesejável confusão.
E se as duas eleições são importantes, embora a níveis diversos, há que dar a cada uma a dignidade que merece, evitando que possam misturar-se “alhos com bugalhos”!
Há então que aguardar a marcação de tais eleições, competindo a das autárquicas ao governo e as legislativas ao Presidente da República, esperando-se que venham, efectivamente, a realizar-se em datas distintas.

quarta-feira, junho 17, 2009

 

Ler e meditar

“A derrota do PS é consequência das políticas cada vez mais afastadas da matriz do socialismo democrático.”

(Ana Benavente, no “Público” de hoje)

 

A apresentação do candidato do PS à Câmara

João Ataíde das Neves fará a apresentação oficial da sua candidatura no dia 19 no Auditório da Misericórdia – Obra da Figueira, pelas 21h30m.

Nessa sessão, que está a despertar muito interesse quer em socialistas que em independentes, João Ataíde fará, decerto, uma exposição em que dará a conhecer o seu pensamento para o progresso futuro do nosso concelho.

Não será ainda um programa detalhado, mas sim, um conjunto de algumas ideias-chave daquele candidato.

 

A “Moda” dos doutoramentos “Honoris Causa”

Segundo notícia recente vai caber agora a vez de Américo Amorim ser distinguido com um doutoramento daquela natureza por uma universidade americana.

Não interessa, pelos vistos, só o dinheiro, que é muito, apesar da crise!

Há pouco tempo, uma distinção idêntica foi atribuída ao engenheiro Belmiro de Azevedo.

Os méritos académicos vão sendo dispensados para dar lugar a outros valores!

 

Solidariedade

A televisão mostrou uma reportagem sobre mais um novo Centro de Apoio a quem precisa de ajuda, principalmente de comida e roupas.

E ali acorrem muitos desempregados recentes e via-se que eram pessoas que fugiam a ser filmadas.

Mas, um dos homens que lá estava foi ouvido.

Com evidente emoção, disse que nunca passara fome, mas que, agora, já sabia o que isso era, razão porque estava ali a comer, agradecendo muito a solidariedade que estava a ser-lhe prestada.

E ainda desabafou: a minha mulher, coitadita, é que teve vergonha de vir, mas eu, confesso não aguentei mais.

A pessoa que estava a atendê-lo não o deixou sair sem lhe entregar um recipiente com comida para a mulher.
A pobreza envergonhada é, na verdade, a que mais deve custar!

E tanta vai havendo agora no nosso país…

 

O programa eleitoral do PS

António Vitorino foi escolhido para elaborar o programa eleitoral do PS para as legislativas.

Aquele responsável socialista, que é presidente da Fundação RES Pública, não deixará decerto que, nesse programa, fique bem claro que o seu Partido é, na verdade, da esquerda democrática, rejeitando políticas ou medidas neo-liberais, que foram adoptadas pelo governo cujo mandato está a terminar.

Mas é bom lembrar que António Vitorino foi também o autor do programa de Sócrates em 2005!

Estamos em crer que, desta vez, Vitorino não deixará portas abertas para políticas que se afastem da matriz do socialismo democrático.

 

Tínhamos razão…

Ainda há poucos dias escrevemos um texto intitulado “A caça aos lugares” e já hoje viemos a saber que há realmente muitos que fazem pressões para entrarem nas listas concorrentes à Câmara.

Pior do que isso, é a “chantagem”, é o termo que se atrevem a fazer, dizendo que se forem aproveitados, garantem grandes parcelas de votos e até a transferência de partido de quem tem ocupado até agora lugares em órgãos autárquicos.


É o cúmulo da desfaçatez para não lhe chamar outra coisa mais grave.

Há, pois, que não ceder a esses “trânsfugas” que só querem governar-se e não governar com isenção e com observância de princípios éticos.

Quando será que todos os que fazem política passam a exercê-la com honestidade, rigor e dignidade?!

terça-feira, junho 16, 2009

 

Ler e meditar

“Caso não exista, por parte do PS e do Governo, um arregaçar de mangas, pode existir um efeito favorável ao PSD”

(Manuela Arcanjo, no “Jornal de Negócios”)

 

O TGV adiado

O Ministro das Obras Públicas já admitiu que a adjudicação da construção do TGV poderá ser adiada para depois das eleições legislativas.

Quer dizer que será o próximo governo a tomar a decisão definitiva sobre o que tem sido tão polémico problema.

Era já em Julho que se devia adjudicar a um de dois concorrentes dessa obra.

Mas, o governo reflectiu e foi prudente.

Será indicação de que alguma coisa está já a mudar na acção do governo, abandonando posições demasiadamente rígidas e autoritárias?!

Se essa muito dispendiosa obra do TGV for, pelo menos adiada, o PSD poderá “deitar foguetes”.

Mas o que deve importar acima de tudo é o interesse nacional, mesmo que se tenha que recuar em posições iniciais.

 

Até que enfim!

Foi proveitosa a reunião da Comissão Política Nacional do PS, ontem realizada.

Na verdade, da análise da derrota eleitoral, resultou a boa intenção de uma inversão no comportamento político de alguns responsáveis daquele Partido, a começar pelo seu secretário geral.

Reconheceu-se um desgaste do governo e ter havido erros deste que se tentarão corrigir, falou-se de humildade no exercício do poder e fez-se o propósito de recuperar a acção do Partido e do Governo para o campo da esquerda democrática.

Que assim seja!

Houve, porém, algo que esfriou o nosso entusiasmo quanto às conclusões daquela reunião: é que voltou a afirmar-se que as políticas do governo vão continuar como até aqui.

Quer-nos parecer que há uma contradição entre um PS da esquerda democrática e um governo que permaneça “agarrado” ao centro-direita, à pratica de políticas e algumas medidas neo-liberais, o que tem sido repudiado por grande parte do nosso povo.

E não pode o governo deixar de admitir, se quiser ler com correcção os resultados das recentes eleições, que nelas houve uma clara votação de protesto.

Para que nas eleições legislativas se verifique mais apoio ao PS, levando-o a uma desejada vitória, é preciso, sem dúvida, que, com brevidade e sinceridade, o governo socialista mude de rumo aproximando-se mais das suas matrizes essenciais.

À saída da referida reunião, Sócrates disse ser seu desejo que haja no próximo parlamento “uma maioria parlamentar que dê condições para governar”.

Isso pode querer significar que o PS já não pede uma maioria absoluta, formada apenas pelos seus deputados, abrindo a possíveis coligações?!

Ou continuará o PS a reclamar do eleitorado uma maioria absoluta para governar sozinho?!

 

Para ler e meditar

“A polémica da Educação está agora na nomeação dos directores de Escola, com um caso em que o Ministério impôs um docente contra uma decisão judicial e alguns outros sob suspeita de interferência política a nível autárquico. Em ano de eleições locais, a baixa política fica ainda mais à solta, inquinando um processo que devia ser conduzido pelo mérito”
(No “Sobe e Desce”, no Público de ontem)

 

A campanha eleitoral já começou

Nas festas do Pátio de Santo António tiveram já 3 candidatos à Câmara: Daniel Santos, Ataíde das Neves e Duarte Silva, este ainda na sua qualidade de Presidente do Município.
Cada um com a sua “antourage” esforçando-se por se mostrar, cumprimentando os presentes e mostrando simpatia.
Foi um começo da campanha para as eleições autárquicas, apesar destas ainda estarem longe.
Mas daqui a dias teremos os festejos a S. João e lá estarão de novo os candidatos fazendo a luta pelos votos!
Mas, claro, como eles devem já saber, as eleições não se ganham apenas na cidade, sendo, sim, importante que os candidatos cativem as populações das freguesias do concelho.
E não bastam sorrisos, pancadinhas nas costas, beber uns copos nas adegas, comer umas febras ou umas sardinhas.
Preciso é que os que concorrem aos órgãos locais expliquem, com clareza e simplicidade, os seus programas de acção e neles muito há a considerar.

 

O problema grave com a Coreia do Norte

O governo daquele país teima em produzir armas nucleares e até proceder a enriquecimento de urânio.
Foi essa a reacção à decisão das Nações Unidas em não aceitar tal atitude coreana.
E as medidas e sanções adoptadas naquele organismo internacional não demoveram a Coreia do Norte de prosseguir na sua política nuclear.
Razão porque se admite já uma intervenção militar para impedir essa intenção.
Quer dizer que em mais uma região poderá estar eminente um conflito grave.
É que a Coreia do Norte tem um potencial militar muito poderoso.
A diplomacia não terá já a força para se obter uma resolução pacífica da situação?
Bom seria para se evitarem actos bélicos que poderão envolver vários intervenientes.

 

Onde está o espírito democrático?!

Paulo Rangel, vencedor das europeias, queixou-se que não recebeu na noite eleitoral qualquer telefonema do seu mais directo adversário, Vital Moreira, a cumprimentá-lo e a felicitá-lo.
Ora, seria não só um acto de boa educação mas o espírito democrático exigia, na verdade, essa atitude do adversário vencido.
Em democracia, vence-se e ganha-se, não sendo aceitável que os que disputam eleições se tratem com azedume, com inimizade ou rancor.
A política deve ser exercida com inovação e com respeito pelos adversários.
Se assim não for, melhor seria, por ser mais espectacular, que os políticos resolvessem as suas questões num ringue de boxe!...
A democracia requer civismo, dignidade, boa educação, aceitação de opiniões contrárias.
Por isso, não pode deixar de entristecer-nos verificar que um representante de um Partido democrático, como o PS, se tivesse comportado censuravelmente em relação a quem foi seu adversário nas recentes eleições.

 

A “caça” aos lugares…

Em ano de eleições, são muitos os que pedem a influência dos seus Partidos para ocuparem lugares!
O mérito põe-se de lado, só o interesse político vale…
E não são só os lugares de maior relevo que importa alcançar, mesmo a nível local disputam-se posições.
Tal agrada aos interessados que podem vir a dispor de melhores remunerações e consideração social, mas convém também aos Partidos que reforçam, através dos seus “homens de mão”, o seu poder.
O que se está a passar com as nomeações dos directores de Escola e que já foi noticiado é sintomático e lamentável.
E não será apenas no sector da Educação, os lugares são muitos e as máquinas dos Partidos estão já atentas para agir quando lhes importe valorizar aqui ou ali a sua influência.
É a “caça” aos lugares, em que não se olha a meios para atingir os fins.
Promete-se fidelidade incondicional aos Partidos e à política que representam, diz-se sim a tudo o que eles querem, a subserviência é a atitude que mais convém.
É triste que assim seja, mas a verdade é que isso sucede, pondo-se de lado, com demasiada frequência, o mérito, o valor dos que o têm e favorecendo-se os que não o têm!

sábado, junho 13, 2009

 

Para ler e meditar

“É importante que o PS retire as lições que lhes permitam recuperar a confiança dos eleitores, ouvindo-os, compreendendo-os e respeitando-os”
(Maria de Belém, na Visão de 11 do corrente)

 

Valha-nos Santo António

Nesta época dos chamados Santos Populares, há muitos (os que podem, claro) que esquecem as muitas dificuldades actuais.
Ontem, a noite de Santo António em Lisboa foi talvez a terra em que houve mais festas, destacando-se as marchas, com muitos grupos a desfilarem na Avenida da Liberdade, oferecendo um belo espectáculo de cor e música.
E noutras terras (incluindo a nossa, no Pátio de Santo António e promovido pela Misericórdia-Obra da Figueira, houve bons petiscos, dança e canto) e um pouco por toda a parte do país houve arraiais em honra do Santo Milagreiro!
Numa época tão negra para muitos portugueses, valha, de vez em quando, a possibilidade de momentos de alegria, ainda que de pouca duração e muitas vezes a disfarçar mal a dor que se vai sentindo.
Que Santo António, São João e São Pedro se decidam a fazer o milagre de, em breve, melhorar a presente situação.

 

Até o Ministério Público se engana

Recentemente, foi atribuída a Jorge Sampaio, enquanto Presidente da Câmara de Lisboa a entrega ilegal de dois fogos camarários em 1990.
Afinal, agora chegou-se à conclusão de que tal não foi verdade, pois a concessão irregular dessas casas realizou-se ainda na parte final do mandato de Krus Abecassis…
E uma Procuradora da República mandou já corrigir o despacho do MºPº no respectivo processo de atribuição de casas da Câmara.
E foi ordenado que se apresentassem desculpas formais a Jorge Sampaio.
É sempre bom reconhecer e emendar os erros praticados, mas o certo é que há que ter muito cuidado quando se trata de atribuir irregularidades que podem “manchar” o bom nome ou a actuação de quem, afinal, não as cometeu.

 

Negócios escandalosos no futebol

Pelos vistos, hoje vale sim a pena treinar os filhos para serem bons jogadores de futebol, pouco importando a instrução…
É que, como vai agora acontecer com Cristiano Ronaldo, quem neste mundo consegue ganhar 30 mil euros por dia?...
Onde se irá parar com o verdadeiro escândalo nos negócios do futebol?
Escândalo que contrasta com a miséria de muitos milhões de seres humanos.
Em Espanha, há já muitas reacções negativas quanto ao referido negócio, pois naquele país não se pode esquecer que há já vários milhões de desempregados!
Não haverá ninguém que controle o que se está a passar na compra e venda dos jogadores?!

 

Não há controlo?!

O Tribunal de Contas encontrou em 5 obras públicas derrapagens nas contas no montante global de 241 milhões de euros.
Apesar de ter sido criado um organismo de controlo para os custos de obras de natureza pública aquele ainda não começou a funcionar.
E é assim que se vai gastando o dinheiro dos contribuintes ou seja de todos nós!
O tal organismo está já no papel, quando seria bem melhor estar já a actuar…


 

É tudo instrumentalização?!

Estamos numa época em que alguns políticos dizem que as manifestações, os protestos, as greves, as reacções públicas de certas classes profissionais, etc – tudo isso é obra de uma instrumentalização de Partidos políticos, Sindicatos ou de outras instituições.
Não admitem que assim não seja e, então desvalorizam o que realmente devia ser considerado pelo que representa.
Desta vez, foi o tão criticado Ministro da Agricultura que, em face de mais uma manifestação dos agricultores se permitiu acusar a CAP de estar a politizar essas posições dos agricultores!
Quer dizer que não há a disponibilidade por parte daquele ministro de poder saber as reivindicações concretas que se fazem em público e de dialogar com os interessados, procurando resolver os problemas, e são muitos, que estão em causa.
É, na verdade, mais fácil atirar as culpas para um lado ou para o outro, sem haver o empenho sério de procurar discutir as questões com quem as levanta.
A arrogância e a prepotência não são aceitáveis no exercício do poder.

 

No PS, reacções internas aos resultados eleitorais

Além de Manuel Alegre que, logo na noite eleitoral, disse que o mau resultado obtido pelo PS obrigava a ponderação quanto ao rumo político que tem sido seguido pelo governo, outros socialistas já se têm manifestado no mesmo sentido.
Assim, Vítor Ramalho, Paulo Pedroso, João Cravinho e outros aconselham a que o PS deve ser mais fiel ao seu ideário, ao reforço das causas, aos valores, transparência e rigor, procurando recuperar a ideologia e abandonando a tentação de ser o partido-centro do sistema equidistante da direita e da esquerda, lutando antes por ser o partido-âncora da esquerda.
E chegou-se já a dizer que a manutenção do rumo será “suicida”!
Mas o certo é que Sócrates apressou-se, logo na noite das eleições, a afirmar que nada mudará no futuro rumo político do governo!...
Alinhamos com aqueles socialistas que entendem que, a fim de se reverter a actual má posição eleitoral do PS, há, na verdade, que fazer um esforço sério para a recuperação da sua identidade ideológica.
E sobretudo impõe-se uma reflexão profunda sobre o verdadeiro significado das muitas manifestações populares e de outros actos de protesto contra as políticas do governo, que este tem, evidentemente, desvalorizado, não tirando as devidas lições!
Mais: há que ter sempre presente que as reformas não podem ser feitas contra as pessoas e sem ter com s interessados um diálogo sério e de boa fé, sem posições preconcebidas.

quinta-feira, junho 11, 2009

 

Para ler e meditar

“A filosofia da governação tem que se reger pelo serviço ao cidadão e não por um registo impositivo e imperioso que já dura há demasiado tempo. Basta do estilo “temos razão e não se discute”.
Já devia ter havido mexidas no governo. O PS tem de restaurar o entendimento com grupos sociais, como os professores, uma imagem de marca do Partido, que muito se degradou”
(Medeiros Ferreira, na última Visão)

 

Legitimidade tem, mas…

Ainda que o Partido que sustenta o governo tenha alcançado um mau resultado nas recentes eleições, é evidente que continuará a ter legitimidade para governar.
Mas, nesta altura do seu mandato prestes a terminar há, sem dúvida, que redobrar de cuidado e fazer uma séria ponderação antes de se lançarem projectos novos e obras dispendiosas, que possam vir a comprometer, sob o ponto de vista económico-financeiro, o futuro do país.
O governo não pode, evidentemente, ficar de braços cruzados até às próximas eleições legislativas, não deve limitar-se a uma mera gestão de assuntos correntes.
Mas, se a sua intenção, aliás louvável, de criar postos de trabalho, combatendo o desemprego, deve o governo limitar-se a obras públicas de médio custo e destas as mais prioritárias, como a modernização do parque escolar, as barragens cujos projectos foram já aprovados, a recuperação ou apenas a reparação de tantos monumentos em mau estado de conservação, algumas e mais necessárias estradas, etc.
Mais do que isso é criar problemas futuros que poderão pôr em muita dificuldade e por muitos anos o novo governo que resultará das próximas eleições.

 

Duarte Silva recandidata-se

Depois de um longo período de silêncio, talvez estratégico, a Comissão Política Concelhia do PSD anunciou já que o seu candidato à Câmara é Duarte Silva, que assim se recandidata a um terceiro mandato.
Depois de convidado directamente pela líder do seu Partido, Duarte Silva viu agora a sua escolha confirmada por aquela Comissão, a qual lhe deu a liberdade de optar pelos elementos que desejar para formar a lista que encabeçará.

 

O décimo veto do Presidente

Cavaco Silva vetou o diploma que foi aprovado, apenas com um voto contra de António José Seguro, na Assembleia da República relativo ao financiamento dos Partidos e das campanhas eleitorais.
O Presidente, por várias razões que indicou, entendeu não ser oportuno nem justo promulgar tal lei, que vai ser devolvida ao Parlamento para ser reapreciada.
Essencialmente, foram o deficiente controlo e fiscalização quanto aos financiamentos, podendo haver falta de transparência, assim como não será aceitável que as campanhas eleitorais possam dar lucros!
Há, agora, que aguardar as posições que os Partidos vão assumir perante o veto presidencial, que é o décimo, sendo oito quanto a diplomas do Parlamento e dois quanto a decretos-lei do governo.

quarta-feira, junho 10, 2009

 

Obras no Hospital da Figueira

Foi já assinado o contrato de empreitada e construção do novo edifício onde funcionarão os serviços de urgências e de consultas externas.
Presente esteve o Secretário de Estado da Saúde que, nas palavras que proferiu, reconheceu ser absolutamente necessário esse novo edifício, o qual estará pronto em 2010 e gostará quase 4 milhões de euros.
O Presidente do Conselho de Administração do Hospital, Dr. Sousa Alves, além de se congratular com essa mais valia deu a conhecer alguns dos projectos de um já elaborado programa de acção, como a implementação do Plano de Emergência contra incêndios, a criação de uma unidade de cirurgia do ambulatório, referindo-se ainda à recente instalação de um aparelho de Tomografia axial computorizada.
Quer dizer que no Hospital se está a trabalhar para que nele haja as valências necessárias e as melhores condições para servir os utentes.

 

O protesto dos polícias

Ainda que seja legítimo que os elementos da PSP se manifestem publicamente contra o seu Estatuto Profissional que o governo lhes quer impor, é, porém, desajustada a forma como agiram, lançando os bonés para a rua junto da casa do Primeiro-Ministro!
Entendemos ser uma falta de respeito pela farda que usam e quanto à qual têm o dever de a conservar bem.
Foi uma má conduta que não ajudou à justiça das reivindicações daqueles agentes da PSP.
Quando se quer e há razão para protestar, deve ponderar-se nos melhores meios a usar, o que, infelizmente, não sucedeu desta vez.
Mas também há que censurar que uma delegação dos manifestantes (eram cerca de mil) não conseguisse ser recebida pelo Primeiro-Ministro ou por alguém que o representasse!
É o diálogo que vai faltando…

 

Dia de Portugal, Camões e das Comunidades

Este ano, foi em Santarém que se realizaram as habituais comemorações do Dia de Portugal, Camões e das Comunidades.
O Presidente da República começou o dia prestando justa homenagem à memória do capitão de Abril Salgueiro Maia, depondo uma coroa de flores junto ao respectivo monumento.
Na presença de todos os ramos das Forças Armadas, Cavaco Silva proferiu um discurso em que exaltou as valiosas acções dos militares portugueses em missões internacionais e fez considerações oportunas sobre a organização, funcionamento e recursos das Forças Armadas, referindo-se à nova Lei da Defesa Nacional, esperando-se que as Forças Armadas venham a dispor dos meios necessários para melhor exercerem as suas funções.
Depois de um desfile militar, realizou-se uma sessão solene, da qual salientamos os dois discursos sem dúvida notáveis de António Barreto, Presidente da Comissão das Comemorações do 10 de Junho, e de Cavaco Silva.
Na verdade, Barreto fez, quanto a nós, uma excelente locução, mesmo a melhor que desde sempre ouvimos no Dia de Portugal, não se limitando a referências, embora relevantes, da nossa história, mas fazendo uma oportuníssima, corajosa e clarividente apreciação da situação que se vive no país e à profunda crise de valores e ética que teima em estender-se mesmo aos mais responsáveis em vários sectores sociais e políticos (transcrevemos neste blog o discurso completo, que merece uma profunda reflexão).
Formalmente impecável, como é hábito de António Barreto, o seu discurso teve um conteúdo muito rico de conceitos e reflexões, pronunciando-se no sentido de ser o exemplo o mais importante para se afirmar uma tão desejável credibilidade de quem exerce o poder, seja qual for.
Exemplo de rectidão, verticalidade, verdade, transparência e estrita honestidade nos procedimentos.
Aos portugueses o exemplo dos seus maiores e melhores vale mais do que discursos inflamados ou sermões.
O discurso do Presidente da República também primou pelo rigor formal e pela clareza como se referiu às suas actuais e grandes preocupações, desde a indiferença dos portugueses quanto às recentes eleições europeias, à ausência de ética por parte de quem é dirigente, à falta de sobriedade e ao consumismo demasiado que se vão verificando, à carência de humildade quanto a reconhecer erros que impõem uma nova visão estratégica, à possível mudança de rumo, à não transparência ou inverdade como se age, etc.
Mas, apesar de tudo o que de negativo se passa no país, Cavaco Silva voltou a evidenciar a sua confiança nos portugueses e num melhor futuro que saberão construir.
E terminou dizendo que a palavra de ordem deve ser, neste momento, a esperança!
Foram 37 as personalidades condecoradas, por se distinguirem em vários ramos de actividade.

 

Discurso de António Barreto


Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades
Santarém, 10 de Junho de 2009
António Barreto


Senhor Presidente da República,
Senhor Presidente da Assembleia da República, Senhor Primeiro-ministro,
Senhores Embaixadores,
Senhor Presidente da Câmara de Santarém,
Senhoras e Senhores,

Dia de Portugal... É dia de congratulação. Pode ser dia de lustro e lugares comuns. Mas também pode ser dia de simplicidade plebeia e de lucidez.

Várias vezes este dia mudou de nome. Já foi de Camões, por onde começou. Já foi de Portugal, da Raça ou das Comunidades. Agora, é de Portugal, de Camões e das Comunidades. Com ou sem tolerância, com ou sem intenção política específica, é sempre o mesmo que se festeja: os Portugueses. Onde quer que vivam.

Há mais de cem anos que se celebra Camões e Portugal. Com tonalidades diferentes, com ideias diversas de acordo com o espírito do tempo. O que se comemora é sempre o país e o seu povo. Por isso o Dia de Portugal é também sempre objecto de críticas. Iguais, no essencial, às expressas por Eça de Queirós, aquando do primeiro dia de Camões. Ele afirmava que os portugueses, mais do que colchas às varandas, precisavam de cultura.

Estranho dia este! Já foi uma "manobra republicana", como lhe chamou Jorge de Sena. Já foi "exaltação da raça", como o designaram no passado. Já foi de Camões, utilizado para louvar imperialismos que não eram os dele. Já foi das Comunidades, para seduzir os nossos emigrantes, cujas remessas nos faziam falta. E apenas de Portugal.

Os Estados gostam de comemorar e de se comemorar. Nem sempre sabem associar os povos a tal gesto. Por vezes, quando o fazem, é de modo desajeitado. "As festas decretadas, impostas por lei, nunca se tornam populares", disse também Eça de Queirós. Tinha razão. Mas devo dizer que temos a felicidade única de aliar a festa nacional a Camões. Um poeta, em vez de uma data bélica. Um poeta que nos deu a voz. Que é a nossa voz. Ou, como disse Eduardo Lourenço, um povo que se julga Camões. Que é Camões. Verdade é que os povos também prezam a comemoração, se nela não virem armadilha ou manipulação.

Comemora-se para criar ou reforçar a unidade. Para afirmar a continuidade. Para reinterpretar o passado. Para utilizar a História a favor do presente. Para invocar um herói que nos dê coesão. Para renovar a legitimidade histórica. São, podem ser, objectivos decentes. Se soubermos resistir à tentação de nos apropriarmos do passado e dos heróis, a fim de desculpar as deficiências contemporâneas.

Não é possível passar este dia sem olharmos para nós. Mas podemos fazê-lo com consciência. E simplicidade.

Garantimos com altivez que Camões é o grande escritor da língua portuguesa e um dos maiores poetas do mundo, mas talvez fosse preferível estudá-lo, dá-lo a conhecer e garantir a sua perenidade.

Afirmamos, com brio, que os portugueses navegadores descobriram os caminhos do mundo nos séculos XV e XVI e que os portugueses emigrantes os percorreram desde então. Mais vale afirmá-lo com o sentido do dever de contribuir para a solidez desta comunidade.

Dizemos, com orgulho, que o Português é uma das seis grandes línguas do mundo. Mas deveríamos talvez dizê-lo com a responsabilidade que tal facto nos confere.

Quando se escolhe um português que nos representa, que nos resume, escolhe-se um herói. Ele é Camões. Podemos festejá-lo com narcisismo. Mas também com a decência de quem nele procura o melhor.

Os nossos maiores heróis, com Camões à cabeça, ilustraram-se pela liberdade e pelo espírito insubmisso. Pela aventura e pelo esforço empreendedor. Pela sua humanidade e, algumas vezes, pela tolerância. Infelizmente, foram tantas vezes utilizados com o exacto sentido oposto: obedientes ou símbolos de uma superioridade obscena.

Ainda hoje soubemos prestar homenagem a Salgueiro Maia. Nele, festejámos a liberdade, mas também aquele homem. Que esta homenagem não se substitua, ritualmente, ao nosso dever de cuidar da democracia.

As comemorações nacionais têm a frequente tentação de sublinhar ou inventar o excepcional. O carácter único de um povo. A sua glória. Mas todos sentimos, hoje, os limites dessa receita nacionalista. Na verdade, comemorar Portugal e festejar os Portugueses pode ser acto de lucidez e consciência. No nosso passado, personificado em Camões, o que mais impressiona é a desproporção entre o povo e os feitos, entre a dimensão e a obra. Assim como esta extraordinária capacidade de resistir, base da "persistência da nacionalidade", como disse Orlando Ribeiro. Mas que isso não apague ou esbata o resto. Festejar Camões não é partilhar o sentido épico que ele soube dar à sua obra maior, mas é perceber o homem, a sua liberdade e a sua criatividade. Como também é perceber o que fizemos de bem e o que fizemos de mal. Descobrimos mundos, mas fizemos a guerra, por vezes injusta. Civilizámos, mas também colonizámos sem humanidade. Soubemos encontrar a liberdade, mas perdemos anos com guerras e ditaduras.

Fizemos a democracia, mas não somos capazes de organizar a justiça. Alargámos a educação, mas ainda não soubemos dar uma boa instrução. Fizemos bem e mal. Soubemos abandonar a mitologia absurda do país excepcional, único, a fim de nos transformarmos num país como os outros. Mas que é o nosso. Por isso, temos de nos ocupar dele. Para que não sejam outros a fazê-lo.

Há mais de trinta anos, neste dia, Jorge de Sena deixou palavras que ecoam. Trouxe-nos um Camões humano, sabedor, contraditório, irreverente, subversivo mesmo.

Desde então, muito mudou. O regime democrático consolidou-se. Recheado de defeitos, é certo.
Ainda a viver com muita crispação, com certeza. Mas com regras de vida em liberdade.

Evoluiu a situação das mulheres, a sua presença na sociedade. Invisíveis durante tanto tempo, submissas ainda há pouco, as mulheres já fizeram um país diferente.

Mudou até a constituição do povo. A sociedade plural em que vivemos hoje, com vários deuses e credos, com dois sexos iguais, com diversas línguas e muitos costumes, com os partidos e as associações que se queira, seria irreconhecível aos nossos próximos antepassados.

A sociedade e o país abriram-se ao mundo. No emprego, no comércio, no estudo, nas viagens, nas relações individuais e até no casamento, a sociedade aberta é uma novidade recente.

A pertença à União Europeia, timidamente desejada há três décadas, nem sequer por todos, é um facto consumado.

A estes trinta anos pertence também o Estado de protecção social, com especial relevo para o Serviço Nacional de Saúde, a segurança social universal e a escolarização da população jovem. É certamente uma das realizações maiores.

Estas transformações são motivo de regozijo. Mas este não deve iludir o que ainda precisa de mudança. O que não foi possível fazer progredir. E a mudança que correu mal.

A Sociedade e o Estado são ainda excessivamente centralizados. As desigualdades sociais persistem para além do aceitável. A injustiça é perene. A falta de justiça também. 0 favor ainda vence vezes de mais o mérito. O endividamento de todos, país, Estado, empresas e famílias é excessivo e hipoteca a próxima geração. A nossa pertença à União Europeia não é claramente discutida e não provoca um pensamento sério sobre o nosso futuro como nacionalidade independente.

Há poucos dias, a eleição europeia confirmou situações e diagnósticos conhecidos. A elevadíssima abstenção mostrou uma vez mais a permanente crise de legitimidade e de representatividade das instituições europeias. A cidadania europeia é uma noção vaga e incerta. É um conceito inventado por políticos e juristas, não é uma realidade vivida e percebida pelos povos. É um pretexto de Estado, não um sentimento dos povos. A pertença à Europa é, para os cidadãos, uma metafísica sem tradição cultural, espiritual ou política. Os Estados e os povos europeus deveriam pensar de novo, uma, duas, três vezes, antes de prosseguir caminhos sem saída ou falsos percursos que terminam mal. E nós fazemos parte desse número de Estados e povos que têm a obrigação de pensar melhor o seu futuro, o futuro dos Portugueses que vêm a seguir.

É a pensar nessas gerações que devemos aproveitar uma comemoração e um herói para melhor ligar o passado com o futuro.

Não usemos os nossos heróis para nos desculpar. Usemo-los como exemplos. Porque o exemplo tem efeitos mais duráveis do que qualquer ensino voluntarista.

Pela justiça e pela tolerância, os portugueses precisam mais de exemplo do que de lições morais.
Pela honestidade e contra a corrupção, os portugueses necessitam de exemplo, bem mais do que de sermões.

Pela eficácia, pela pontualidade, pelo atendimento público e pela civilidade dos costumes, os portugueses serão mais sensíveis ao exemplo do que à ameaça ou ao desprezo.

Pela liberdade e pelo respeito devido aos outros, os portugueses aprenderão mais com o exemplo do que com declarações solenes.

Contra a decadência moral e cívica, os portugueses terão mais a ganhar com o exemplo do que com discursos pomposos.

Pela recompensa ao mérito e a punição do favoritismo, os portugueses seguirão o exemplo com mais elevado sentido de justiça.

Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo. Exemplo dos seus maiores e dos seus melhores. O exemplo dos seus heróis, mas também dos seus dirigentes. Dos afortunados, cujas responsabilidades deveriam ultrapassar os limites da sua fortuna. Dos sabedores, cuja primeira preocupação deveria ser a de divulgar o seu saber. Dos poderosos, que deveriam olhar mais para quem lhes deu o poder. Dos que têm mais responsabilidades, cujo "ethos" deveria ser o de servir.
Dê-se o exemplo e esse gesto será fértil! Não vale a pena, para usar uma frase feita, dar "sinais de esperança" ou "mensagens de confiança". Quem assim age, tem apenas a fórmula e a retórica. Dê-se o exemplo de um poder firme, mas flexível, e a democracia melhorará. Dê-se o exemplo de honestidade e verdade, e a corrupção diminuirá. Dê-se o exemplo de tratamento humano e justo e a crispação reduzir-se-á. Dê-se o exemplo de trabalho, de poupança e de investimento e a economia sentirá os seus efeitos.

Políticos, empresários, sindicalistas e funcionários: tenham consciência de que, em tempos de excesso de informação e de propaganda, as vossas palavras são cada vez mais vazias e inúteis e de que o vosso exemplo é cada vez mais decisivo. Se tiverem consideração por quem trabalha, poderão melhor atravessar as crises. Se forem verdadeiros, serão respeitados, mesmo em tempos difíceis.

Em momentos de crise económica, de abaixamento dos critérios morais no exercício de funções empresariais ou políticas, o bom exemplo pode ser a chave, não para as soluções milagrosas, mas para o esforço de recuperação do país.

segunda-feira, junho 08, 2009

 

Para ler e meditar

“A Europa é também um grande derrotado das eleições europeias. Não apenas por ter estado em boa medida ausente das campanhas eleitorais, mas porque uma maioria de eleitores decidiu não ir votar”
(Teresa de Sousa, no Público de hoje)

 

Eleições diferentes?!

Foi dito e bem que as naturezas das eleições europeias e legislativas são diferentes.
Mas os resultados decepcionantes para o PS nas europeias, como se lhes referiu o próprio Sócrates, foram, ninguém de boa fé pode duvidar um protesto contra o governo e as suas políticas.
Por isso, há que saber preparar, desde já, as legislativas, que se realizam daqui a poucos meses, porque dessas sairá o próximo governo.
E essa preparação tem que passar por uma profunda ponderação sobre o que haverá a mudar ou melhorar.
No PS não se deve continuar a trilhar o mesmo caminho, se se quiser modificar o resultado eleitoral de agora.
E, quanto a nós, mais se deve marcar a sua fidelidade às matrizes da esquerda democrática.
E não será altura de “refrescar” o governo?!

 

As eleições para o Parlamento Europeu

Desmentindo a totalidade das sondagens feitas, o PSD venceu as eleições ontem realizadas, derrotando por significativa margem o PS, seu mais directo concorrente.
O mérito de Vital Moreira, inegavelmente distinto docente universitário, não chegou para vencer o seu adversário Paulo Rangel.
O cabeça de lista do PS cometeu erros que o comprometeram e ao Partido que representa, não revelando habilidade para as “andanças” eleitorais!
E sobre os problemas europeus muito pouco disse, refugiando-se nas questões nacionais e nos ataques, por vezes demasiadamente violentos, aos outros candidatos, principalmente a Paulo Rangel.
Acresce que nem ponderou que tomou posições diferentes das defendidas pelo próprio PS, o que causou confusões evitáveis.
Enfim, a aposta de Sócrates em Vital Moreira, que, a princípio parecia valiosa, falhou, na verdade!
Daí que ele tenha, com humildade e com a tristeza espelhada no rosto, assumido pessoalmente a derrota.
Só que José Sócrates também teve idêntica posição, no seu discurso na noite das eleições, culpando-se igualmente da derrota.
E isso impunha-se porque o Secretário-Geral do PS, talvez com a boa intenção de suprir a má prestação de Vital, foi demasiadamente em seu socorro, expondo-se mais do que devia.
Não conseguiu, porém, ter êxito, decerto porque muitos dos portugueses estão “zangados” com ele e com a sua forma de fazer política, sempre com muita sobranceria, altivez e sem humildade no exercício do poder.
Os professores, os agricultores, os pescadores, s polícias, os trabalhadores por conta de outrem, os funcionários públicos, e outras classes profissionais já tinham dado sinais – e de que maneira, com manifestações de muitos e muitos participantes – do seu descontentamento, e nestas eleições quiseram, mais uma vez, mostrar ao governo a sua insatisfação.
E o PS perdeu, em relação às europeias de 2004, 600 mil votos, o que é muito importante.
Votos brancos foram quase 5% e a abstenção fixou-se na elevada percentagem de 62,5%!
Mas, apesar de tudo isso, Sócrates no seu discurso da derrota, continuou a dizer que o governo vai manter o mesmo rumo político, que não haverá remodelações, etc, etc.
Enfim, ele lá sabe se tal é correcto ou se é altura de repensar a sua acção política.
É certo que não pode esquecer-se que estas e as outras eleições que se seguirão ocorrem em época difícil, de grave crise económica que, com prioridade deve ser combatida.
E isso reflecte-se, quer se queira quer não, na posição do governo.
Mas, o que também é certo é que o PS terá, desde já, de saber agir com vontade, bom senso, servindo-se até de um melhor conhecimento do país real, o que nem sempre tem acontecido.
De realçar a subida ao terceiro lugar na “classificação Partidária”, conseguindo eleger 3 eurodeputados, ultrapassando, assim, a CDU, que elegeu apenas 2.
O CDS também teve melhor percentagem do que é habitual, contrariando as sondagens. Terá Nuno Melo e Diogo Feio como eurodeputados.
Que cada Partido saiba interpretar devidamente o que estes resultados eleitorais quiseram dizer!
E venham as seguintes!

sexta-feira, junho 05, 2009

 

Para ler e meditar

“ Podem os europeus acreditar numa Europa que, ao manter Barroso, mostra mais dificuldades em se libertar da herança Bush que os EUA?”
( Boaventura de Sousa Santos in Visão de 4 do corrente)

 

O Festival de Maiorca

De 17 a 23 de Julho, vai realizar-se a 35ª edição do Festival Internacional de Folclore em Maiorca. O Festimaiorca graças ao esforço de um grupo de pessoas ( e neste momento lembramos a memória de Maia Cardoso grande impulsionador desse Festival) tornou-se ano a ano, uma das mais importantes concentrações de grupos folclóricos nacionais e estrangeiros.
Nesta edição estarão presentes seis grupos estrangeiros e dez portugueses.
O Festimaiorca é ainda um bom elemento de propaganda da Figueira pois tem trazido até nós o folclore de várias regiões do mundo, sendo os grupos sempre muito bem recebidos aqui, levando as melhores recordações da nossa terra.
Este evento merece, efectivamente, o melhor apoio oficial.

 

As Festas de Verão

A empresa municipal Figueira Grande Turismo já anunciou um programa das Festas de Verão que, desta vez, decorrerão num período mais prolongado.
Ou não fosse ano de eleições.
Seja, porém, como for, o certo é que desse programa resultam alguns eventos interessantes e de valia turística além, claro, de outros já tradicionais.
Mas com uma situação financeira difícil, que aquela empresa tem e que exige da Câmara entrada de muito dinheiro, os festejos neste ano não tiveram qualquer contenção de despesas, antes, pelo contrário, vão ser gastos mais dez mil euros do que no ano passado, sendo certo que esses festejos foram orçados em 155 mil euros.
Realmente, as eleições têm, pelo menos, o condão de não se olhar a gastos para que os votos apareçam.
Só que em tempo de grave crise, impunha-se uma maior ponderação quanto às despesas, sob pena de qualquer dia se verificar “ um estoiro”!...

 

Campanha muito fraca

É já no domingo próximo que se realizarão as eleições europeias. A campanha foi de uma grande pobreza quanto a ideias e propostas para a Europa que se pretende mais coesa e social.
Os candidatos, revelando lamentável impreparação relativamente a esses assuntos refugiaram-se na discussão dos problemas nacionais e, como já é habitual, em guerras partidárias e pessoais.
Foi pena que assim tivesse acontecido pois fizeram da campanha um “ lavar de roupa suja” mostrando o empobrecimento da nossa democracia, ou melhor, dos que a servem.
Mas todos os candidatos apelaram ao voto, o que não deve chegar para reduzir a elevada percentagem da abstenção habitual em eleições europeias.
É que, na verdade, os portugueses ficaram sem saber que opção devem tomar quanto ao futuro da Europa, às políticas que mais são precisas.
Os que votarão fazem-no apenas e tão só nos candidatos dos partidos em que são filiados ou de que são apoiantes.
Mas há uma grande percentagem de portugueses que não estão ligados a quaisquer partidos, mantendo a sua posição de independentes. Esses ficarão talvez em casa ou em qualquer parte a gozar o domingo.
Bom seria que se votasse em consciência, combatendo a indiferença que se vai sentindo pela política, mormente, europeia o que infelizmente tem dado causa a tal indiferença.
É que não se deve esquecer que o voto é uma arma poderosa do povo, servindo para que se mude o que está mal.
Vota-se, então, naqueles candidatos que apresentaram, ainda que sumariamente, um programa com que mais se concorde.
Mas será que houve programas que chegaram a todos os eleitores ou as campanhas respectivas dos partidos serviram apenas para palavras, palavras, palavras…

quarta-feira, junho 03, 2009

 

Para ler e meditar

“Nesta campanha eleitoral praticamente não vejo temas europeus”
(António Vitorino, no Diário de Notícias de 31 de Maio)

 

O PS já tem também candidato à Câmara

O Conselho Superior da Magistratura, ontem reunido, autorizou, por unanimidade, o Juiz – Desembargador Dr. João Ataíde das Neves a candidatar-se pelo PS à Presidência da Câmara da Figueira.
Quer dizer que aquele Magistrado, que exerceu com distinção a sua actividade na nossa Comarca e que foi director da PJ, em Coimbra, está, agora, em condições de começar o seu trabalho quanto às eleições autárquicas.

 

Daniel Santos apresentou-se como candidato à Câmara

No salão da Assembleia Figueirense, realizou-se ontem a apresentação do candidato independente Engenheiro Daniel Santos à Câmara da Figueira.
Na numerosa assistência, viam-se personalidades de vários sectores políticos.
Da respectiva lista, segundo vai constando, fazem parte de independentes alguns elementos que, anteriormente, deram o seu apoio ao PS e ao PSD.
Daniel Santos foi já vice-presidente da Câmara liderada por Santana Lopes e presidente da Assembleia Municipal no primeiro mandato de Duarte Silva.
Nas palavras que proferiu, Daniel Santos proclamou os seus propósitos de colocar de novo a Figueira na rota do progresso e de agir sempre em obediência aos valores da competência, seriedade e transparência, revelando ainda a sua intenção de rever o PDM e PU da Figueira, reformando inclusivamente o que está já obsoleto nos instrumentos da gestão camarária.

 

O Banco Alimentar Contra a Fome

Nesta altura do ano, já duplicaram os pedidos de ajuda àquele Banco!
E esses pedidos não vêm apenas dos que há muito sofrem de carências sobretudo de produtos alimentares; vêm também de muitos que só agora são obrigados a “estender a mão à caridade”…
Felizmente que aquele Banco Alimentar tem conseguido sensibilizar os que podem a dar aos que nada ou muito pouco têm.
E são cada vez mais os voluntários que se dispõem a prestar serviços no referido Banco.
Há, na verdade, nesta época de crise, um significativo aumento de solidariedade.
Será essa a parte positiva da crise, com o reforço espontâneo daquele sentimento.
Só que a ajuda aos que mais precisam dela não pode chegar a todos, por mais esforços que se façam.
É que, dia a dia, agravam-se as situações de pobreza, sobretudo com o desemprego que não para de aumentar, estando já nos 9,7%!

 

A desorientação de Manuela Ferreira Leite

A líder do PSD atreveu-se, num comício, por sinal com pouca assistência, a criticar Sócrates por estar a acompanhar Vital Moreira nesta campanha para as Europeias, dizendo que o Primeiro-Ministro não devia abandonar o seu gabinete para intervir nessa campanha.
Francamente, aquela política não pensou decerto antes de dizer o que disse!
Sócrates é também Secretário-Geral de um Partido, impondo-se-lhe ajudá-lo a ter um bom comportamento eleitoral.
Não há país algum que em eleições os governantes não apareçam em certos actos ou fazendo intervenções em apoio aos candidatos dos seus Partidos.
E esqueceu depressa Manuela Ferreira Leite que o mesmo sucedeu sempre quando o PSD estava no poder…
Enfim, àquela senhora tudo tem servido para dizer mal!

 

Numa campanha eleitoral nem tudo deve ser permitido…

Nota-se, com frequência, uma forte crispação que vai havendo entre os candidatos na campanha eleitoral que está a decorrer.
E essa crispação surge, muitas vezes, de que não se esperava.
Sobretudo daqueles que, pelo seu passado político e nível intelectual, deviam ter a preocupação de uma conduta mais tolerante e democrática, ainda que firme na defesa dos seus programas.
Assim, estranha-se e lamenta-se que Vital Moreira tenha, numa das suas intervenções, ligado “a roubalheira do BPN a figuras notáveis do PSD”!
E se o candidato deste Partido dissesse coisa semelhante em relação à suspeita que recai sobre pessoas do PS no caso “freeport”?!
Também Vital Moreira comparou o actual PSD ao PCP (onde, aliás, se iniciou e militou politicamente), quanto a processos e métodos.
Não se pode, não se deve ir por aí, sob pena de se cair numa campanha de “escárnio e maldizer”!
Além de que, sobre problemas europeus, muito pouco se tem dito, parecendo mais que se está já no período das eleições legislativas…
E depois queixam-se da elevada percentagem da abstenção!

segunda-feira, junho 01, 2009

 

Os Sindicatos e as manifestações populares.

Alguns políticos, mesmo os mais responsáveis, têm estranhado que nas manifestações ou marchas de protesto contra o governo apareçam representantes de partidos, a dar o seu apoio aos manifestantes.

Será que tal seja condenável?

Entendemos que não.

Os Sindicatos exercem legitimamente o seu direito de ajudar as classes sociais que neles se integram, promovendo acções em defesa dos seus interesses e aspirações, que consideram não estar a ser atendidos por certas políticas.

Essa defesa é mesmo uma obrigação dos sindicatos que, necessariamente não podem evitar que se lhes junte quem quer que seja.

Os sindicatos são elementos importantes, são parceiros sociais com que os governos têm que dialogar, não devendo ser hostilizados como se fossem “os maus da fita”!

Claro que seria mais fácil governar sem sindicatos, mas eles existem e há que ouvi-los e respeitá-los.

Como se pode, com boa fé, dizer, com demasiada frequência, que eles são meros instrumentos de alguns Partidos políticos?!

E porque não hão de os partidos apoiar as manifestações de protesto se não concordarem com o tratamento dado a certos profissionais que têm o dever de defender e proteger.

 

O Dia Mundial da Criança

As crianças são a riqueza do mundo, porque representam a continuidade de Humanidade.

E delas há que esperar um futuro melhor “mais colorido, mais puro, mais alegre”, (cf. Fernando Nobre no seu livro “Imagens contra a indiferença).

Por isso, devem merecer o nosso carinho, um afecto constante, um apoio eficaz nas suas necessidades e uma orientação no melhor sentido, na prática das regras para a valorização pessoal e da comunidade.

Hoje, há que encontrar os meios precisos para preservar as crianças dos maus tratos, da miséria, da fome, das doenças, da carência dos mais primários recursos de sobrevivência.

E são muitas, mesmo muitas as crianças que sofrem de tudo isso.

Apesar dos esforços e da acção persistente e notável de várias instituições internacionais, que vão dispondo dos serviços de muitos voluntários em várias regiões do mundo, há muitas crianças que continuam á espera de um gesto de amor, de um simples brinquedo, de uma mão cheia de arroz para comer, de alguma roupa para se cobrir fugindo ao frio.

Neste Dia da Criança meditemos nas graves situações em que estão milhões de crianças e, se mais não pudermos fazer, ajudemos, pelo menos, aquelas que estão perto de nós, levando-lhes conforto, afecto, alegria.

Receberemos, sem dúvida, o seu sorriso meigo e agradecido, o que será bastante para nos compensar.

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