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domingo, janeiro 31, 2010

 

A Revolução do 31 de Janeiro de 1891

A República, que chegou a ser proclamada, no Porto, naquela data, falhou, apesar de ter sido cuidadosamente preparada por um grupo de corajosos republicanos. Mas, aquela rebelião foi, sem dúvida, um passo decisivo para ser possível o reforço e divulgação do ideal republicano que veio a afirmar-se e a vencer nessa data memorável de 5 de Outubro de 1910, em que foi implantada em Lisboa a Primeira República de Portugal. Os princípios políticos, cívicos, patrióticos, éticos foram, na sua generalidade, respeitados criando-se a base de um Estado de Direito. Se os portugueses no 5 de Outubro, na Rotunda de Lisboa, defenderam com bravura a República, também os precursores desse regime merecem a nossa homenagem pela sua coragem e pelo seu firme propósito de desejar contribuir para um país mais justo, mais solidário e igualitário, respeitador dos direitos fundamentais de todos os portugueses. E se os heróis do 5 de Outubro tiveram vencimento, igualmente os heróis de 31 de Janeiro de 1891, tendo que lutar com circunstâncias mais adversas, souberam abrir as portas a uma maior adesão popular ao ideal republicano. Daí que é muito merecido que o centenário da República comece a ser comemorado em 31 de Janeiro no Porto. Que essas comemorações, cujo programa foi cuidadosamente elaborado, possa trazer aos portugueses de hoje, que precisem, o reavivar e o fortalecimento dos sentimentos enormes de conduta dos que trabalharam dedicadamente pela consagração dos ideais republicanos.

 

Estranhos casos

Vamos sabendo, pouco a pouco que alguns que sempre defenderam com coragem e muitos riscos os valores da esquerda democrática, têm largado as suas amarras políticas, aceitando, mais ou menos às claras outras que são bem diferentes e que se aproximam de posições de direita. Para esses a firmeza de princípios foi afrouxando e interessa-lhes mais estar junto dos que detêm o poder, mesmo que, no fundo, não sintam já necessidade disso. Fazem cedências a respeito de certas posições importantes e clamam que o fazem porque tal exige o interesse nacional. Foi o que aconteceu agora quando antes defendiam a necessidade de uma substancial mudança de rumo político e o certo é que não lutaram por isso, através de medidas adequadas e tudo ficou mais ou menos como dantes.

 

A criminalidade violenta no Algarve

Muitos dos estrangeiros que têm moradias em várias localidades algarvias queixaram-se do considerável aumento de crimes violentos em assaltos de que têm sido vítimas. E vão instalar-se, embora sem vontade, em qualquer outra zona fora do país. Os cônsules dos vários países no Algarve reuniram-se já com o Ministro da Administração Interna, dando-lhe conta da situação dizendo-lhe que se não vier a ser reforçada a segurança deixarão mesmo o Algarve. O Ministro português relatou o que no sentido da segurança tem sido feito, prometendo, porém, fazer ainda mais. Com a possível saída do Algarve de muitos estrangeiros é a economia portuguesa que mais se vai ressentir.

 

De operário a chefe dos patrões

Na televisão, António Saraiva, novo presidente da Confederação Industrial Portuguesa, falou com frontalidade não hesitando em criticar a acção do governo quanto a questões laborais. Condenou o demasiado optimismo como alguns vão tendo em relação à nossa economia, defendendo, sim, que, com verdade, se mostre a actual situação que é muito má, de consequências que serão graves. Esclareceu que das 360 mil empresas existentes apenas uma pequeníssima percentagem é de pequenas e médias empresas e daí que essas devam beneficiar de um regime especial de benefícios oficiais, muito embora não devam ser só elas a merecer a atribuição de apoios do governo. E, curiosamente, mas ainda bem concordou em que as grandes empresas possam vir a ser sobrecarregadas com mais impostos desde que tenham lucros exagerados. Enfim, pareceu-nos que António Saraiva se revelou com um empresário moderno compreensivo e disposto a contribuir para melhorar as questões laborais. Porém, disse que em 2010 haverá, decerto, aumento de insolvências e de desemprego, o que se agravará com o endividamento e com o desequilíbrio das contas públicas.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

 

Para ler e meditar

“ Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues instilaram na sociedade uma inveja social contra os professores. Este recente acordo oferece argumentos a quem queira maliciosamente afastá-la”
(Santana Castilho in Público de 20 do corrente)

“ Os políticos indígenas fazem da abstenção a sua ideologia. Depois de este orçamento Portugal torna-se o país que não é sim nem não”
( Fernando Sobral in Jornal de Negócios de 26 do corrente)

 

Ainda os trapos velhos

Há muitos que se comprazem em considerar os idosos como trapos velhos, que já não servem para nada. Riem-se dos seus conselhos, chamam-lhes ultrapassados, dizem que o seu prazo de validade está a esgotar-se ou já se esgotou, dizem-nos enfadonhos , que só servem para chatear, etc, etc.
Esquecem-se com facilidade do que foram as suas vidas repletas de acções relevantes de natureza política, cívica, intelectual ou outras quaisquer. Esquecem-se que dessas vidas ficou um valioso capital de experiência, que, embora talvez ultrapassado aqui ou ali, sempre fica uma base de conhecimentos sempre importantes que ajudam a quem quer adoptar melhores condutas. Nos tempos de hoje, nada disso vai interessando vale, sim, a lei da selva, não é o mérito que impõe alguém, a ética vai desaparecendo das vidas quotidianas, o respeito e a consideração, idem, idem.
Tudo se trata de maneira facilitista não havendo a preocupação – e faltando a preparação – de estudar os assuntos a fundo para lhes encontrar a melhor solução. Que diferença há entre aqueles a que alguns chamam trapos velhos e os que um dia hão-de ser também velhos e muitos deles sem deixar um rasto valioso de saber, de bom senso e de experiência.

 

Ainda os trapos velhos

Há muitos que se comprazem em considerar os idosos como trapos velhos, que já não servem para nada. Riem-se dos seus conselhos, chamam-lhes ultrapassados, dizem que o seu prazo de validade está a esgotar-se ou já se esgotou, dizem-nos enfadonhos , que só servem para chatear, etc, etc.
Esquecem-se com facilidade do que foram as suas vidas repletas de acções relevantes de natureza política, cívica, intelectual ou outras quaisquer. Esquecem-se que dessas vidas ficou um valioso capital de experiência, que, embora talvez ultrapassado aqui ou ali, sempre fica uma base de conhecimentos sempre importantes que ajudam a quem quer adoptar melhores condutas. Nos tempos de hoje, nada disso vai interessando vale, sim, a lei da selva, não é o mérito que impõe alguém, a ética vai desaparecendo das vidas quotidianas, o respeito e a consideração, idem, idem.
Tudo se trata de maneira facilitista não havendo a preocupação – e faltando a preparação – de estudar os assuntos a fundo para lhes encontrar a melhor solução. Que diferença há entre aqueles a que alguns chamam trapos velhos e os que um dia hão-de ser também velhos e muitos deles sem deixar um rasto valioso de saber, de bom senso e de experiência.

 

As palavras e os actos

Há quem ligue apenas importância aos actos e não às palavras que os antecedem e que procuram justificá-los. Quer dizer que para alguns pode dizer-se o que se deseja, mesmo que sejam asneiras pois só a lisura da actuação deve ser valorada. Entendemos que não é assim. Há que ter cuidado como se fala, há que ter uma noção exacta das circunstâncias em que se fala, não se deve falar sem ter conhecimento correcto de como um problema surgiu e urge resolvê-lo. Se assim não for teremos muitos fala-baratos ou muitos que se esforçam por se tornarem protagonistas sem razão. A lisura com que se age só por si não é aceitável, é preciso, sim, que se saiba justificar com verdade e conhecimento os actos que se vão praticando. E, sobretudo, é também importante respeitar o local em que se fala e as pessoas que nele se encontram.

 

Um bom discurso do Presidente da República

Na sessão de abertura do ano judicial, entre todos os discursos que ali foram proferidos, o mais realista sobre o estado da Justiça no nosso país foi, quanto a nós, o de Cavaco Silva.
Revelou um bom conhecimento da situação em que aquele sector está e que tem merecido grandes críticas por parte de várias personalidades.
De novo, apelou a uma melhor qualidade da legislação que considerou não ser já adequada.
Mais uma vez, incentivou os respectivos intervenientes na Justiça para usarem de competência, bom senso, respeito mútuo e pelos direitos alheios.
O Ministro da Justiça voltou a anunciar reformas na verdade necessárias, sobretudo nos processos penais, não hesitando, assim, em corrigir erros do seu antecessor.
Entristeceu-nos o Bastonário da Ordem dos Advogados que também discursou não fosse levado a sério por magistrados que foram ouvidos por jornalistas.
Marinho Pinto está cada vez mais em queda livre, vendo-se já abandonado por vários elementos dos mais categorizados da Ordem.
É que, por mais que se esforce, não tem tido posições acertadas e politicamente denuncia-se constantemente o que não o favorece no exercício das suas funções. O Primeiro-Ministro não falou e o que diria ele para quem tudo está bem…

terça-feira, janeiro 26, 2010

 

Para ler e meditar

“ O PSD teve a fama de ser o mais português de todos os partidos e tem o proveito de ser o mais partido de todos”
( Jorge Fiel in Diário de Notícias de 21 de Janeiro)

 

António Padrão e a Comissão Política do PSD local

No Diário das Beiras, começou, há dias, a desenhar-se uma certa conflitualidade entre o deputado municipal António Padrão e a Comissão Política local do seu partido. Não são poupadas críticas ao que ele chamou “ letargia política” que se vive naquele partido, não escapando a sua censura ao líder social-democrata Lídio Lopes acusando-o de falta de estratégia no desempenho da oposição. E aconselhou uma renovação de protagonistas na liderança local do PSD. Porém, Lídio Lopes, naquele mesmo jornal respondeu e bem dizendo que António padrão não pertencendo sequer à Comissão Política tem vivido afastado das actividades que têm sido realizadas no partido, no sentido sobretudo de se fazer uma oposição responsável, séria, consequente. A guerrilha que a nível nacional vai havendo no PSD, está também agora a começar a existir localmente.

 

E o PS local?

Nas últimas eleições autárquicas aquele partido venceu, embora com maioria relativa. E decerto havia que modificar certos pontos da sua existência como a respeito da sua organização, até porque houve polémica e grande quanto à composição das listas e às escolhas feitas para elas. Mas, estando a Câmara já constituída e empossada muito pouco se tem dito ou feito para trazer o PS à posição de relevo que já teve na comunidade figueirense. Comunicados, poucos, e inexpressivos, nem reuniões para tratar do futuro, nem um apoio manifesto ao que tem sido até agora a acção camarária. A Comissão Política Concelhia existe mesmo? Em caso afirmativo por que é que não tem mostrado dinamismo, promovendo iniciativas de interesse para o partido e para o nosso concelho? Com tantos assuntos que têm sido discutidos mo parlamento, não se tem visto uma defesa ou uma crítica por parte dos órgãos locais do PS. E a verdade é que é mais que altura de o PS voltar a afirmar-se na Figueira. Isso compete não só aos que representam o partido no Município mas, também, aos dirigentes partidários. Na política não pode haver marasmo.

 

O Orçamento aí está!

Como se esperava já, a proposta do Orçamento apresentada pelo governo vai “ passar” no parlamento. As abstenções anunciadas pelo PSD e CDS/PP vão permitir isso mesmo.
No discurso de Manuela Ferreira Leite para justificar essa posição, embora bem elaborado e conceituoso, disse-se, no entanto, haver importantes alterações entre o que o PSD pretendia e o que vem a constar do OE. Porém, também se disse que o governo prometeu modificar comportamentos, aproximando-se de um outro rumo político. Só o interesse nacional, dando ao governo a possibilidade de governar, levou o PSD e também o CDS a optarem pela abstenção. É, sem dúvida, “ um favor” que o governo lhes fica a dever e oxalá o entenda bem, dialogando, no futuro com os partidos da oposição, como agora fez. Para já não houve por parte do PSD e CDS coragem para mais, ainda que tenham criticado imenso as próprias políticas do governo, que aparecem plasmadas no Orçamento.

 

A decadência

Seja em que aspecto for a decadência pessoas é sempre um problema muito sério, capaz de provocar em quem se encontra nessa situação uma profunda tristeza. E quando com a decadência física ou económica tem de trazer consigo a dependência de familiares ou de outros, então mais se agrava a situação. Se há quem se disponha a ajudar ou, pelo menos, suavizar essa dependência, outros há que não têm ninguém nem meios para evitar a solidão ou mesmo o desgosto próprio. E quantos há que são desprezados ou sofrem a indiferença dos que tinham obrigação moral de amparar, acompanhar os que, por uma razão ou outra, se tornam dependentes, quando poderiam proporcionar-lhes uma vivência merecida. Felizes, pois, os que, embora dependentes, têm quem os apoie dando-lhes carinho, a devida assistência e até por vezes o que de necessitam materialmente. Revelam solidariedade, até por vezes mesmo gratidão, amor e falta de egoísmo. Mas há também os que passam ao lado das situações de dependência até de próximos seus.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

 

Para ler e meditar

“ O PS terá que apoiar Manuel Alegre pelo seu currículo no Partido, pelo seu resultado em 2006 e até porque não tem um candidato melhor”
(José Carlos de Vasconcelos in última Visão)

 

Morreu o Dr. Vieira Gomes

Este distinto e dedicado médico que há já muito estava doente faleceu no passado dia 19. Foi um corajoso membro da oposição à ditadura de Salazar – Caetano, tendo tido no nosso concelho durante algum tempo uma actividade política intensa, participando antes e depois do 25 de Abril em muitos eventos e iniciativas promovidos pela oposição democrática.
À sua Exma. viúva Elda Vieira Gomes e a toda a Exma. Família sentidas condolências.

 

Ainda a condecoração de Santana Lopes

O Presidente da República no seu discurso tentou justificar a atribuição da Ordem de Cristo a Santana Lopes dizendo que ele era o único Primeiro Ministro que ainda não tinha tal condecoração. Foi comedido nas palavras que pronunciou, não usando palavras elogiosas em relação ao condecorado, mas a verdade é que sempre disse ser um acto de Justiça.
Será mesmo?
Santana Lopes fez bem, no seu discurso de agradecimento, em associar a essa distinção os Ministros do seu efémero governo.
É que o que então aconteceu durante o seu mandato, que foi desastroso, teve a responsabilidade de todos eles.

 

O Bloco Central na aprovação do orçamento?

A história por vezes repete-se. Desta vez, pelo que vai constando, o PSD e o CDS/PP estarão dispostos a aprovar o Orçamento de Estado, proposto pelo governo. Quer dizer que, depois de muita polémica acerca dele, em que aqueles partidos manifestaram o seu desacordo quanto a pontos principais daquele documento, vão acabar por, com algumas pequenas cedências por parte do governo, deixar passar o Orçamento. Já se contava. Aliás, porque, na verdade, até parece que a esquerda não existe no parlamento não sendo aprovada nenhuma das suas propostas importantes…
Tudo continua na mesma, quando se impunha uma mudança de rumo político.

 

Lugares ocupados por…mandriões

Já o dissemos e repetimos que pouco deve importar que quem ocupa certos lugares, embora pertencendo abertamente a outro partido político que o colocou nesses lugares. Mas, o que se deve exigir é que sejam cumpridores dos seus deveres que revelem competência e dedicação para desempenharem essas posições. Agora, quando se verifica que há quem não tenha qualidades de trabalho nem mostre conhecimentos precisos para o exercício das suas funções então não há que hesitar quanto à sua substituição por alguém mais válido. É que, neste nosso país, há muita gente a ganhar sem fazer nada. E precisa-se, sim, a todos os níveis que os que são nomeados para certos lugares, não os vejam apenas para receber o cheque ao fim do mês. Se se fizesse um “ inquérito” sério e isento, em todas as áreas, quantos vinham para a rua! Portugal não progride com oportunistas e mandriões.

 

O medo

Continua, infelizmente, a falar-se em voz baixa para que alguém, mal intencionado, não ouça o que se está a dizer para depois transmitir a quem possa prejudicar aquele de quem ouviu. Sobretudo, se se trata de emitir uma opinião discordante do respectivo chefe mais cuidado há que ter e isso vai-se notando nas repartições públicas, em que se verifica já a desconfiança em relação até a companheiros de trabalho.
O mesmo acontece em grupos ou reuniões, na rua, nas escolas, nestas entre funcionários e mesmo alguns docentes. Enfim, o medo está a alastrar cada vez mais. Para se manterem os lugares é preciso não criticar, antes silenciando o que se pensa. E quantas vezes aquele que “ ouve e leva” deturpa e acrescenta mais qualquer coisinha ao que ouviu, intrigando e colocando mal perante quem o pode prejudicar. E hoje não há já polícia especializada nesses procedimentos (polícia de tão má memória), mas o certo é que em todos os meios vai havendo medo de falar. E isso não devia acontecer num regime democrático e livre, impondo-se, sim, combater essa atitude maliciosa. Mas isso só se conseguirá quando houver melhoria na formação democrática.

domingo, janeiro 17, 2010

 

Para ler e meditar

“O País não gera poupança para financiar o nível de vida que ostenta”
(Camilo Lourenço, no Jornal de Negócios, de 14 do corrente)

 

Manuel Alegre, candidato à Presidência da República?!

Aquele conhecido político e categorizado escritor e poeta, anunciou, num jantar – convívio com muitos dos seus apoiantes, em Portimão, estar disponível para se candidatar, de novo, à Presidência da República.
A movimentação de Manuel Alegre por várias localidades onde teve eleitores nas últimas eleições presidenciais, já se contava que viria a tomar tal posição.
É um cidadão exemplar, com uma grande experiência política, coerente com os princípios de esquerda que sempre defendeu, intelectual de muito valor, conhecido no meio internacional, Manuel Alegre poderá vir a ser um candidato presidencial com o mérito necessário para vencer a luta quanto à qual disse estar disposto a travar.
O PS veio já declarar, através de uma conferência de imprensa em que foi interveniente Francisco Assis que, por enquanto, não tem condições para se pronunciar sobre essa candidatura de Manuel Alegre, pois, oportunamente serão ouvidos os competentes órgãos partidários.
Porém, desta vez, julgamos que o PS não cometerá o mesmo erro provocando a presença de outro candidato, como aconteceu com Mário Soares.
É bom lembrar que Alegre obteve 21 % dos votos, posicionando-se no segundo lugar, enquanto Mário Soares, mesmo com o apoio do PS, apenas conseguiu 14%.

 

Vozes incómodas!

Principalmente os que se ouvem na rádio, na televisão ou escrevem nos jornais, criticando abertamente certas acções ou políticas do governo estão, pouco a pouco a ser “corridos”!
O ex-director do “Público”, alguns colaboradores do “Sol” sobre os quais se diz ter havido demasiadas pressões por parte de certos responsáveis políticos, José Eduardo Moniz e sua mulher Manuel Moura Guedes, colaboradores do Jornal de Notícias e nem a RTP escapou agora com “a suspensão” do programa de Marcelo Rebelo de Sousa – todos que, de uma maneira ou de outra se manifestam contra certas atitudes do governo, vão “desaparecendo de cena”!
Quer dizer que se vai reduzindo, cada vez mais e por várias formas, a chamada liberdade de imprensa.
E isso é muito mau, manchando a democracia que temos e que já se defronta com tantos problemas!...
Está a vingar o “posso, quero e mando” por parte de quem devia defender, a todo o custo, este regime democrático que tantos sacrifícios mereceram de quem por ele lutou.
É triste reconhecer o que se está a passar nos órgãos de comunicação social, sendo verdade que nalguns já se escreve ou fala… a medo!
Em vez de se aprofundar a democracia, tornando-a mais perfeita, parece haver alguns que teimam em “definhá-la”.

 

Santana Lopes condecorado

Uma notícia de ontem veio dar a conhecer que Santana Lopes receberá, em breve, uma das mais prestigiadas condecorações, a ordem de Cristo.
A razão foi a de que aquele político era o único primeiro-ministro que ainda não tinha recebido tão alta distinção.
Mas, só por isso deve o Estado atribuir uma condecoração?!Sempre julgámos que as distinções honoríficas devem atribuir-se àqueles que prestam relevantes serviços à Nação, e não àqueles que apenas desempenham certos lugares!
E, francamente, Santana Lopes foi desses que apareceu como primeiro-ministro por circunstâncias especiais e que desempenhou desastrosamente essas funções.
Além de nelas se manter durante muito pouco tempo, revelou uma sua grande incapacidade para exercer tais funções.
Foi um primeiro-ministro de “passagem” que, durante o seu breve mandato não soube sequer encontrar um rumo certo de acção, sendo frequente o afirmar-se hoje uma coisa e amanhã desdizer-se!
Também como Secretário de Estado que já fora, nada de considerável fez e como Presidente das Câmaras de Lisboa e Figueira da Foz não soube se não gastar à larga criando, naqueles municípios, graves situações financeiras.
Sem qualquer animosidade pessoal, julgamos que, na verdade, Santana Lopes não merecia a condecoração que vai receber.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

 

Ler e Meditar

“Teremos leis mais focadas nas preocupações da comunidade e na dignificação do trabalho dos magistrados.”

(João Correia, actual Secretário de Estado da Justiça, na última “Visão”)

 

Dívidas das Câmaras

Foi já noticiado de que são três as Câmaras que mais devem a fornecedores: as de Coimbra, Lisboa e Figueira.

Mais: mesmo que queiram pagar só poderão, porventura, fazê-lo dentro de um ano!

Quer dizer que, infelizmente, a Câmara da Figueira está no rol das que pouco ou nada podem investir em obras de certo relevo, por não ter crédito!

É por isso que entendíamos que o programa eleitoral do PS devia ter-se resumido a:
– Profunda análise da situação financeira da Câmara e o seu possível saneamento;
– Fazer apenas o que fosse preciso para proceder à limpeza da cidade, com o propósito dela voltar a ser, como já foi considerada, uma das mais limpas cidades do País;
– Promover as festas, com o pessoal “da casa”, como já se fez em tempos, seleccionando com o melhor critério as que mais poderiam enriquecer o turismo local.

De resto, para quê mais promessas sabendo de antemão que não se dispõe de meios para as concretizar?!

Há, na verdade, presidentes de Câmara que se vêem obrigados a ter uma actividade limitada a uma gestão corrente dos municípios o que não lhes agradará.

 

Grande sismo no Haiti

A capital daquele país ficou praticamente destruída por um sismo de grande intensidade (7,3 na escala de richter).

Além de muitos mortos, cujo número muito elevado ainda se desconhece (o presidente daquele país falou já em mais de 100 mil mortos), as principais infra-estruturas foram inutilizadas, sedo milhares os feridos e os desaparecidos até agora.

Como se sabe, aquela região é das que mais estão sujeitas a esses fenómenos da Natureza, sendo já muitos e de graves consequências os tufões, os terramotos, os tsunamis, devastadores temporais, etc.

O Haiti é um país muito pobre, vivendo cada habitante com apenas € 1,00 por dia, não dispondo de estruturas essenciais para ocorrer e minorar os efeitos respectivos de um terramoto de tamanha intensidade.

A comunidade internacional está já a movimentar-se no sentido de levar o necessário auxílio àquele povo mártir.

Oxalá essa ajuda seja de volume considerável, revelando da melhor maneira a solidariedade.

Em Portugal, tal sismo foi registado!

E a verdade é que o nosso país, dado o seu posicionamento em relação ás placas tectónicas, está sujeito a sismos e segundo técnicos autorizados a construção dos edifícios, ainda não está a ser feita convenientemente, cumprindo regra já consagradas e próprias para evitar esses abalos de terra.

 

Os que riem demais!

Há muitos homens e mulheres que, sem qualquer razão jocosa, riem.

Tenho para mim que não deve confiar-se muito nos que assim procedem!

Normalmente, procuram esconder o seu cinismo, arrogância ou mesmo maldade com um sorriso que procuram ser simpático.

Nunca, em toda a minha já longa vida, encontrei quem risse muito sem motivo, que fosse amigo de verdade, leal e franco.

O sorriso despropositado é sempre mau sinal por parte de quem o tem…

Que se ria, revelando alegria, num ambiente de festa, é natural, mas em ocasiões por vezes até solenes, discursar, por exemplo, sempre com um sorriso nos lábios, significa falta de convicção com que se está a falar ou para encobrir a sua timidez não própria das funções elevadas que se exercem e que merecem solenidade.

Por mim, sempre fugi dos que riem muito e a despropósito!

quarta-feira, janeiro 13, 2010

 

Para ler e meditar

“ O discurso político carece de dimensão social”
( Baptista Bastos in Jornal de Negócios de 8 do corrente)

 

Rendas congeladas

O governo congelou as rendas das casas de habitação durante 2010. Porém, esta decisão estará certa quanto a alguns casos, como, por exemplo, quando os inquilinos provem que estão desempregados há já algum tempo, não dispondo de meios necessários com que possam fazer face às suas necessidades essenciais, como a alimentação.
Mas, congelar todas as rendas parece-nos já não ser aceitável, criando situações de injustiça, pois poderão deixar de pagar as rendas aqueles que podem, gozando de bom nível de vida.

 

As novas reformas penais

O novo Ministro da Justiça vai proceder a alterações importantes à reforma penal que ainda não há muito entrou em vigor.
As alterações, de que se fala, serão, sem dúvida, relevantes, pois dizem respeito a um novo regime de prisão preventiva, à celeridade de certos processos, ao agravamento de pena em alguns crimes mais violentos.
Alberto Martins, que actualmente tutela aquele ministério, não perde tempo e vai, decerto, alterar o que se impõe, contribuindo para a necessária credibilização da Justiça.
E pouco lhe deve importar mexer no que o anterior ministro, seu companheiro de partido, fez.
Antes, com a sua experiência forense está já a tomar posições próprias e capazes de restituir à Justiça o seu fundamental valor.

 

Processo-crime contra a Naval

Causou surpresa a notícia de que no tribunal desta comarca irá, se já não foi, entrar uma queixa pela prática do crime de falsificação de documentos, sendo, segundo se julga, implicado nele um contabilista do clube.
Também se fala que as irregularidades, agora denunciadas não são as primeiras, pois a Naval sofreu já a aplicação pela Federação uma multa.
O que deve preocupar os navalistas e todos os figueirenses que têm na equipa verde e branca a sua representante na 1ª Liga de Futebol é que o centenário e prestigioso clube poderá ser excluído dessa prova principal.
Mas, há que aguardar com esperança.

 

O ralie do Fim do Ano

Este ano, um grupo de figueirenses e amantes do desporto automóvel fez reviver o que, durante anos, foi um evento que trazia à Figueira muitas pessoas quase sempre de bom nível económico que aqui se instalavam por alguns dias.
E, felizmente, o ralie deste ano foi um êxito pelo que estão de parabéns os seus esforçados organizadores.
Sabe-se que eles estão dispostos a não parar e começaram já a trabalhar na próxima importante prova.
Ainda bem que assim é pois poderá essa prova automobilística vir a retomar o prestígio que chegou a ter no campo desportivo e mesmo turístico.
Não podemos deixar de lembrar aqui entre outros, alguns dos figueirenses que organizaram os ralies de então: Manuel Pereira da Silva, António Redondo, Rui Montargil, a que prestavam também colaboração vários elementos de alguns clubes locais.

 

A crise da honra

Entre os valores éticos está, sem dúvida, em primeiro plano a honra.
Em todos os sectores e situações da vida não se deve desprezá-la pois que corresponde a seriedade, verticalidade, coerência com os princípios que se defendem, frontalidade na crítica, verdade nos comportamentos de todos os dias, isenção, enfim, decência em todos os seus actos.
Mas, infelizmente, a honradez anda pelas “ ruas da amargura”.
Desde aqueles de alto nível social vão sendo conhecidos, quase dia a dia, casos que afectam gravemente a honra e dignidade de quem os pratica.
Há, na verdade, uma grave crise da honra no nosso país, para muitos ela não existe, o que existe é o mero propósito de alcançar a realização dos seus próprios interesses custe o que custar. E daí o à vontade com que se movimentam na angariação de dinheiro e lugares e a forma como se comportam com os outros, amesquinhando-os e tudo fazendo para não os deixarem mostrar o seu mérito.
Mesmo na política isso acontece com demasiada frequência, quando, afinal na política, como verdadeira arte de bem servir o bem comum, os seus intervenientes devem mais do que outros terem uma prática ética exemplar.

sábado, janeiro 09, 2010

 

Para ler e meditar

“ Hoje a democracia moderna tem dois pesos e duas medidas. Temos assistido a um cavalgar do poder executivo sobre o legislativo, colonizando a sua acção”
( Rui Rangel in Correio da Manhã de ontem).

 

Maria de Lurdes Rodrigues

Foi nomeada Presidente da Fundação Luso-Americana, substituindo o Dr. Rui Machete. Quer dizer a ex-Ministra da Educação, cuja acção foi tão contestada, vai, agora, ser recompensada, pois Sócrates não podia abandonar quem fez ao governo tantos fretes.
Maria de Lurdes Rodrigues não voltou a leccionar, preferindo aceitar um lugar mais cómodo, longe das guerras que provocou nos professores, os quais estiveram cerca de 200 mil na rua a protestar contra o rumo que ela estava a dar ao ensino.
Enfim, mais alguém que teve a sorte que não merecia.

 

E o desemprego não deixa de subir

Portugal é o sexto país europeu onde é mais elevada a taxa de desemprego que já tingiu 10,3%.
E subirá mais ainda, decerto, com grandes empresas a fecharem e com as pequenas e médias sem receberem o já anunciado e prometidos apoios necessários, quando são elas que poderão dar um certo alento à nossa economia.
Perante a grave situação já existente qual é o responsável político com ar que parece triunfante a falar de um país “ cor-de-rosa”?
E será aceitável que se lancem foguetes quando se resolvem questões que estão longe de ser prioritárias?
Talvez haja o propósito de disfarçar a incapacidade dos que não devem tê-la.
O pessimismo não resolve nada mas o demasiado optimismo também não.
O que não pode é esconder-se mais a verdade de quem tem o direito de a saber, querendo contribuir para soluções que resolvam os problemas.
Mas, para se ser verdadeiro é preciso ser-se, antes de mais, humilde e honesto.

 

Já poucos respeitam a idade

Soube-se, agora, que os residentes numa espécie de lar para idosos aplicavam-se-lhes maus tratos.
E isso não pode deixar de indignar, esperando-se que quem assim procedia venha a ser severamente condenado nos respectivos processos-crime.
Não se respeita a idade e a solidão sofredora a que muitos são obrigados, sendo até abandonados por aqueles a quem apoiaram material e moralmente, dando-lhes o seu melhor amor.
Idosos que nem sequer já têm forças físicas para se defenderem das agressões e que, fechados numa casa, nem sequer podiam ter qualquer contacto com outras pessoas.
Enfim, estavam numa prisão, sujeitos a torturas, más palavras e até agressões.
Eram vivos quase mortos…

 

Acordo quanto aos professores

Depois de várias horas de conversações, chegou-se a um acordo entre o Ministério da Educação e os representantes dos professores, embora não satisfizesse totalmente as pretensões destes, mas já constituiu um passo para a resolução da questão que tem estado em causa.
Houve aceitação da Ministra em relação a alguns pontos fundamentais como seja o de que professores classificados com Bom possam atingir o topo da carreira, assim como acabou a distinção entre professores titulares e outros.
A Ministra mostrou-se, durante as negociações, mais aberta ao diálogo e a tentar criar consensos, o que, aliás, se esperava desde as eleições cujos resultados aconselhavam mais compreensão pelos direitos legítimos dos professores e por um outro seu tratamento quanto a dignidade e autoridade.
Porém, alguns sindicatos como a FNE e a FENPROF já disseram que continuarão a trabalhar por modificar o que ainda há a alterar e que é importante.

 

Saiu o patrão dos patrões

A Confederação Industrial Portuguesa, que tem sido presidida por Francisco Van Zeller, vai ser substituído por António Saraiva.
Oxalá que este seja mais compreensivo em relação aos problemas laborais, contribuindo para que se faça sempre a melhor justiça aos trabalhadores, respeitando os seus legítimos direitos.

 

E pronto: o parlamento fez a vontade aos homossexuais

O parlamento aprovou, com maioria de esquerda a proposta do governo sobre o casamento entre homossexuais, que, assim, obtiveram, ao fim de alguns anos, o êxito desejado.
Embora seja uma questão que, sem dúvida, é fracturante na nossa sociedade, o certo é que o governo do PS avançou agora (porque já anteriormente não quisera fazê-lo) com a proposta, tendo sido recusado o referendo solicitado numa petição assinada por mais de 90 mil portugueses.
Enfim, teremos de nos habituar a ver homens ou mulheres a beijarem-se, a andarem de mãos dadas…
As conservatórias do registo civil é que vão ter lucros acrescidos com os muitos casamentos de homossexuais que irão, decerto, realizar-se.
Sócrates afirmou que aquele dia, em que foi aprovada a proposta do governo, foi um dia histórico.
Mas que não diz respeito a toda a nação isso é que é a verdade!
O êxito no combate à pobreza, ao desemprego, à crise económico-financeira, etc, é que será de celebrar um dia como histórico.
Aliás, deve dizer-se que, quanto ao casamento dos homossexuais, ainda se poderá levantar a questão da inconstitucionalidade quanto à lei agora aprovada.
Daí que o Presidente da República possa ainda tomar uma posição.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

 

Para ler e meditar

“ A sociedade portuguesa está profundamente dividida sobre o casamento homossexual”
( António Arnaut in Diário de Notícias do dia 6 de Janeiro).

 

Ruas sem electricidade

Há já muitos dias que a Rua Alexandre Herculano e outras à sua volta estão sem luz.
E na Rua Garrett há um único candeeiro que ilumina urbanização do Galante. A EDP saberá disso? Não haverá quem por parte daquela empresa fiscalize não deixando às escuras um núcleo urbano como aquele?

 

O mérito

Quando alguém é nomeado para um lugar por um partido que não é o seu mas por ser reconhecido o seu mérito, aceita-se e até se louva.
Porém, tal não acontece algumas vezes.
E, então, os que estão numa situação de mero favor, aproveitam-se, sim, para apenas receber o cheque, às vezes muito avultado, no fim do mês.
Há at´q quem não ponha os pés nos locais em que deviam estar presentes…
E gabam-se de ter a habilidade de estar de bem com este ou aquele partido, preferindo aquele que mais lucro lhe dê.
O certo é que há partidos que têm o direito de indicar quem deve ocupar alguns lugares que se deixam ir nesse “ jogo” e, por vezes, sofrem-lhe as consequências.
O mérito é uma qualidade que deve ser reconhecida e que deve estar acima de “ tricas partidárias”.
Mas nem sempre assim acontece, fazendo-se substituir o mérito por meras amizades pessoais ou por tendências políticas idênticas.

 

Os programas eleitorais são para cumprir?!

Oxalá que fossem, mas o certo é que muitas das promessas neles contidas ficam pelo caminho…
Vem isto a propósito da afirmação que os responsáveis do PS estão a fazer no sentido de que o casamento entre homossexuais faz parte do seu programa, que se impõe cumprir.
E tem-se feito disso uma prioridade, como se tivesse uma relevância especial em relação a outros problemas muito graves existentes na sociedade portuguesa.
Amanhã, será votada a actual proposta do PS sobre essa matéria, recusando-se, assim, a realização de um referendo em que todo o povo teria ocasião de se pronunciar.
Embora a adopção de crianças fique de parte, por agora, a lei que permite o casamento entre homossexuais vai ser aprovada, pelo que já disseram os responsáveis de vários partidos.
E o PS impôs até a disciplina de voto, com excepção relativamente a alguns dos deputados, que há muito teriam firmado um acordo estabelecido quanto aos pontos do programa em que tomaram a decisão de votar favoravelmente as propostas do partido (caso de Maria do Rosário Carneiro e outros).
Claro que qualquer um pode ter a sua tendência sexual e ter a liberdade de viver em comunhão com um parceiro do mesmo sexo. Mas, francamente daí até exigirem um casamento oficial vai uma grande distância.
Aceita-se, sim, que dois homossexuais que vivam, durante um prazo a fixar, venham a ter certos direitos semelhantes ao dos cônjuges.
E, para isso, será preciso que se faça a prova de que a união existe naquele prazo.
Não bastará isso?
Quanto à discriminação de que tanto se tem falado e que se tem reclamado pergunta-se: não serão os homossexuais que vivem em união que se discriminam a eles próprios?

 

Os conselhos de Cavaco Silva foram ouvidos?

Na sua mensagem de Ano Novo, o Presidente da República firmou ser preciso que os partidos com assento parlamentar se entendessem e conseguissem fazer como que um pacto de “ salvação” nacional.
E o certo é que, pelo menos, em relação ao orçamento, que dentro de dias será votado, parece que, pelo que se tem ouvido, esse documento passará não sem fortes críticas.
Se assim acontecer a desculpa da ingovernabilidade cairá por terra.
Mas, quanto a outros problemas e graves como será governação?!
Haverá, realmente mudança de rumo político como se impõe ou continuará tudo como até aqui, apesar do PS já não ter a maioria parlamentar?

terça-feira, janeiro 05, 2010

 

Para ler e meditar

“Uma solução de estabilidade governativa pode passar por um governo de Bloco Central de iniciativa presidencial”
( Diogo Vaz Guedes no Diário de Notícias de ontem)

 

O Dubai falido?

Um dos países de elevado nível de vida em que se chegou a não se pagarem impostos(!) diz-se agora falido.
No entanto, inaugurou há dias um edifício-torre com 800 metros de altura, sendo considerado o mais alto do mundo e a verdade é que, segundo dizem os que estão ou visitam esse país, nada “ cheira” a falência.
Porquê, então, essa divulgação?
Será porque os seus Bancos não aceitam mais depósitos, não estando dispostos a pagar os habituais altos juros?!
Turistas no Dubai não vão faltando e continua a apetência desse país pelos grandes capitalistas.
Em relação ao Dubai, há qualquer coisa que não se percebe bem…
Truque ou verdade?

 

170 sem subsídio

Há já 600 mil desempregados. Mas 170 mil não recebem subsídio de desemprego e apenas 40 mil usufruem de subsídio de reinserção social.
O problema do desemprego é, na verdade, o que mais deve preocupar o governo, problema muito difícil de resolver ou mesmo de suavizar substancialmente, mas a que importa atribuir cada vez mais medidas para o combater.
Muitas são as empresas que encerraram portas, embora os “ patrões” tenham continuado a viver com o seu bom nível de vida.
É isso que deve investigar-se, sancionando severamente os que, com a capa da crise, põem no desemprego quem sempre com o seu trabalho os ajudou até a enriquecer.
Muitas poucas são as insolvências classificadas como culposas, com todas as suas consequências legais.
Também nesta questão há que moralizar.

 

90 mil assinaturas para o caixote do lixo?

Foi apresentada na Assembleia da República uma petição, assinada por mais de90 mil cidadãos – conseguidas em apenas três semanas, para ser feito um referendo sobre o casamento entre homossexuais.
São já muitos os portugueses que entendem que esse assunto deve ser discutido e votado num referendo popular, não deixando apenas à vontade dos deputados a sua resolução.
O referendo é, quer queiram quer não, uma forma de democracia participativa, que em alguns casos poderá complementar a democracia representativa. E a verdade é que a pergunta impõe-se: quem tem medo do tal referendo?!
Um assunto como esse merecia, decerto, que tivesse a oportunidade de um debate mais alargado, digamos assim, do que aquele que vai resultar no parlamento.
Só num referendo se poderá saber o pensamento da maioria dos portugueses quanto a uma situação que é, sem dúvida, de características tão especiais e fracturantes.
Aliás, alguns partidos já anteriormente tinham mostrado uma opinião diferente da que, agora defendem.
Evolução para melhor ou para pior?
O referendo será o único meio de permitir aos portugueses pronunciarem-se amplamente.
Volta-se a perguntar: quem tem medo disso?
O que não é admissível é que não se ligue qualquer importância ao documento que hoje foi apresentado na Assembleia da República com milhares de assinaturas. E que haja partidos que imponham a disciplina de voto, num caso em que está em causa um problema de consciência e de convicção pessoal. E dizer-se, como já ouvimos, que a questão do casamento entre homossexuais já foi discutida na legislatura anterior, desde o momento em que o PS achou “ travar” as respectivas propostas do BE e dos verdes por não estarem ainda “ amadurecidas”, não corresponde à verdade, pois nada se fez no sentido de se promover seriamente essa discussão.

 

Os grandes senhores!

Compram boas moradias ou apartamentos, carros de topo de gama, roupas de marca, fazem viagens ao estrangeiro e ficam em hotéis ou resort de luxo. Para esses parece que a crise não existe e mesmo os mais responsáveis políticos pensam talvez que lhes fica mal fazer uma vida modesta, mesmo quando sempre a tiveram antes dos lugares que presentemente ocupam.
Em vez de darem o exemplo aos que são mesmo forçados a viver com muita simplicidade e, quantas vezes, a viverem com muitas dificuldades. Num tempo em que h+a tantos portugueses a debaterem-se com enormes problemas económicos e sócias, com o desemprego a aumentar dia a dia, com famílias inteiras a privarem-se do que é essencial, ainda há quem vá “ descansar” na neve ou em qualquer boa estância de turismo no estrangeiro.
E quando essa atitude vem dos mais responsáveis, é evidente que mais choca e dá motivo a uma justificada censura.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

 

Para ler e meditar

“ Cavaco Silva resolveu entrar o ano retomando o seu papel, um papel muito próprio dos Presidentes da República de Portugal, um papel de árbitro de consciência de todos nós”
( José Leite Pereira in Jornal de Notícias de ontem)

 

Mil euros

É essa quantia que a Ordem dos Advogados cobra pela inscrição me realização das provas para acesso para o exercício da advocacia. É, sem dúvida um exagero pedir esse montante a quem durante anos fez um curso e um estágio e quer entrar na vida prática realizando nela a sua vocação.
Pode ser que tal exigência se relacione com a necessidade de reduzir o número de advogados (nem todos dispõe m de mil euros) mas seleccionando-os em termos económicos.
É que há outros meios de agir, anteriormente àquela para que tanto custou alcançar pelos estagiários.

 

O exemplo de Rui Nabeiro

Muitos poucos empresários podem contar dos seus trabalhadores com tanto respeito e simpatia como Rui Nabeiro.
E porquê?
Porque, na verdade, ele desde há muito já que considera os que trabalham nas suas empresas como verdadeiros colaboradores directos, estimando-os, ajudando-os nos seus problemas pessoais e familiares, fazendo da gestão mais um companheirismo do que uma actividade férrea.
Numa entrevista, Nabeiro apesar da sua já avançada idade, ainda tem por hábito visitar diariamente os seus armazéns, cumprimentando um a um os seus trabalhadores e tendo sempre para com eles palavras de amizade e de carinho.
Além da família verdadeira Nabeiro tem nos seus empregados outra família que muito respeita e estima.
Este empresário é, na verdade, um belo exemplo de como se deve estar à frente de uma empresa que no ano passado facturou 250 milhões de euros.

 

Santos?!

Admiro os que sentem que a meta da vida está próxima e, mesmo assim, continuam a produzir com entusiasmo seja em que sector seja. Admiro aqueles que encaram com naturalidade e, por vezes, até com certa alegria, essa meta, porque têm a consciência tranquila de terem tido ao longo da vida uma melhor postura.
Admito os que, em relação à família, à profissão, à actividade cívica e política deram o melhor de si mesmos, podendo gozar a felicidade do dever bem cumprido.
Admiro todos os que facilmente esquecem quem os molestou moralmente e usaram da perseguição, da maledicência, da intriga.
Admiro os que sabem efectivamente perdoar ofensas que se lhes façam, preferindo promover uma convivência pacífica e amistosa.
Admiro os que não deixam de repartir o que têm, por vezes bem pouco é, com os mais necessitados.
Admiro os que têm uma fé inabalável que os faz crer que a vida não acaba aqui na terra.
Se todos assim sentissem e agissem, estariam muitos mais santos nos altares!
Mas não é preciso ser santo, basta ser Homem e saber cumprir da melhor maneira os princípios da ética, da moral, da solidariedade, da dignidade e do respeito por si próprio e pelos outros.

 

Santos?!

Admiro os que sentem que a meta da vida está próxima e, mesmo assim, continuam a produzir com entusiasmo seja em que sector seja. Admiro aqueles que encaram com naturalidade e, por vezes, até com certa alegria, essa meta, porque têm a consciência tranquila de terem tido ao longo da vida uma melhor postura.
Admito os que, em relação à família, à profissão, à actividade cívica e política deram o melhor de si mesmos, podendo gozar a felicidade do dever bem cumprido.
Admiro todos os que facilmente esquecem quem os molestou moralmente e usaram da perseguição, da maledicência, da intriga.
Admiro os que sabem efectivamente perdoar ofensas que se lhes façam, preferindo promover uma convivência pacífica e amistosa.
Admiro os que não deixam de repartir o que têm, por vezes bem pouco é, com os mais necessitados.
Admiro os que têm uma fé inabalável que os faz crer que a vida não acaba aqui na terra.
Se todos assim sentissem e agissem, estariam muitos mais santos nos altares!
Mas não é preciso ser santo, basta ser Homem e saber cumprir da melhor maneira os princípios da ética, da moral, da solidariedade, da dignidade e do respeito por si próprio e pelos outros.

sábado, janeiro 02, 2010

 

Para ler e meditar

“Acreditar que Deus existe é uma convicção profunda, mas acreditar que não existe, curiosamente, não é”
(Ricardo Araújo Pereira, na última Visão)

 

Armando Vara e o BCP

Este ex-administrador do BCP-MILLENIUM, já arguido num processo crime em que foi suspenso de funções, vai agora ser chamado a prestar serviços em empresas ligadas aquele Banco.
Quer dizer que o senhor continuará na mó de cima!
Há, realmente, quem tenha sorte! ...

 

Tanta pressa!

A lei com que os partidos desejam que se consagrem os casamentos entre homossexuais será votada antes ainda da discussão e aprovação do orçamento rectificativo, que é um documento de fundamental importância.
Porém, é que parece que nesta altura interessa mais a legislação que permitirá aqueles casamentos! ...
E nem sequer se quis esperar pelo referendo que grande parte da população portuguesa gostaria de ver realizado.
Tanta pressa quanto a uma situação, que, sem dúvida, será fracturante na sociedade portuguesa.

 

A mensagem do Presidente da República

Como já é habitual, o Presidente da República dirigiu aos portugueses uma mensagem de Ano Novo.
E essa sua intervenção não foi apenas uma mera formalidade, mas foi aproveitada para, com frontalidade, falar dos nossos mais graves problemas.
Não foi nada optimista quanto ao futuro, embora tenha apelado para o esforço e boa vontade de todos no sentido de, em união, se procurar resolver o que é mais urgente e necessário.
Chegou a dizer que, se se continuar como até aqui, o país caminhará para uma situação explosiva, com gravíssimas consequências.
Mostrou-se preocupado, mais uma vez, com o estado das contas públicas e com o crescente endividamento externo.
Insurgiu-se contra as frequentes querelas partidárias e a falta de entendimento entre o governo e a oposição, que num estado tão difícil da vida portuguesa não são de admitir.
É preciso governar essencialmente para as pessoas procurando satisfazer-lhes os seus legítimos interesses e não governar com o fim de alcançar outros interesses, de muito menor valor que o nacional.
Cavaco Silva foi duro, frontal, revelando um conhecimento profundo da realidade portuguesa.
Houve já quem criticasse o pessimismo desse discurso.
Mas o certo é que não pode mais “esconder-se” a muito má situação em que está o país.
E se ao Presidente não compete, pela Constituição, tomar parte activa na governação, pode e deve exercer as suas altas funções usando da sua influência para que o governo saiba tomar as medidas necessárias para o bem comum.
Francamente, não achamos por onde criticar aquela mensagem de Ano Novo, achamos, sim, que Cavaco Silva falou a verdade, dizendo o que nesta altura tinha de dizer.

 

O Dia Mundial de Paz

Consagrou-se o primeiro de Janeiro de cada ano como o Dia Mundial da Paz.
Nele se deve pensar mais numa boa convivência pacífica entre os homens.
Só que os responsáveis pelas Nações não deixaram ainda de provocar conflitos violentos, levando a guerra, a destruição e a morte a vários povos e regiões.
Abandona-se facilmente o diálogo, esquece-se com rapidez a tolerância e o respeito mútuo, além de que se abdica como elementos responsáveis da comunidade mundial!
E, apesar de todos os esforços que têm sido feitos por organizações internacionais que procuram obter o entendimento entre os que estão em discordância, o facto é que muitas vezes não têm conseguido esse entendimento.
E então, infelizmente, faz-se a guerra, sempre de consequências desastrosas.
Que este Dia Mundial da Paz sirva, pelo menos, para uma mais profunda reflexão por parte dos que estão à frente dos governos das Nações.E que este dia sirva também para cada um de nós promover a paz no meio em que estamos inseridos.

 

O 115º aniversário do Ginásio Clube Figueirense

Comemorou, ontem, mais um aniversário, muito significativo, o Ginásio Clube Figueirense, que tanto prestígio tem dado à Figueira e ao desporto regional e mesmo nacional.
Por ele passaram já muitas gerações de figueirenses, que fizeram do seu clube um elemento relevante não só no meio desportivo em várias modalidades, mas ainda no sector cultural.
Tem sido uma boa escola de civismo, de bairrismo, de convivência amistosa e pacífica, de um melhor relacionamento e de tolerância.
O glorioso Ginásio Clube Figueirense, como gosto de chamar-lhe, tem tido naturalmente momentos altos e outros de dificuldades, mas tem sempre sabido sobreviver e continuar a marcar posição assinalável no meio figueirense, regional e até nacional.
A sua brilhante história sempre tem andado ligada à da Figueira, pois tem participado nos mais importantes eventos que se têm realizado nesta cidade.
Este clube, que foi sempre o da minha família, desde o meu avô materno, Aníbal Augusto de Melo, e de meu pai e meu tio, António e Severo da Silva Biscaia, nele ainda hoje são lembrados como figuras gradas do Ginásio, o qual merece o respeito e admiração da comunidade figueirense.
Aqui ficam as melhores saudações de felicitação ao meu clube, onde fui atleta desde muito jovem e, depois, seu dirigente.
São tempos que nunca mais esquecem!

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