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sábado, janeiro 02, 2010

 

A mensagem do Presidente da República

Como já é habitual, o Presidente da República dirigiu aos portugueses uma mensagem de Ano Novo.
E essa sua intervenção não foi apenas uma mera formalidade, mas foi aproveitada para, com frontalidade, falar dos nossos mais graves problemas.
Não foi nada optimista quanto ao futuro, embora tenha apelado para o esforço e boa vontade de todos no sentido de, em união, se procurar resolver o que é mais urgente e necessário.
Chegou a dizer que, se se continuar como até aqui, o país caminhará para uma situação explosiva, com gravíssimas consequências.
Mostrou-se preocupado, mais uma vez, com o estado das contas públicas e com o crescente endividamento externo.
Insurgiu-se contra as frequentes querelas partidárias e a falta de entendimento entre o governo e a oposição, que num estado tão difícil da vida portuguesa não são de admitir.
É preciso governar essencialmente para as pessoas procurando satisfazer-lhes os seus legítimos interesses e não governar com o fim de alcançar outros interesses, de muito menor valor que o nacional.
Cavaco Silva foi duro, frontal, revelando um conhecimento profundo da realidade portuguesa.
Houve já quem criticasse o pessimismo desse discurso.
Mas o certo é que não pode mais “esconder-se” a muito má situação em que está o país.
E se ao Presidente não compete, pela Constituição, tomar parte activa na governação, pode e deve exercer as suas altas funções usando da sua influência para que o governo saiba tomar as medidas necessárias para o bem comum.
Francamente, não achamos por onde criticar aquela mensagem de Ano Novo, achamos, sim, que Cavaco Silva falou a verdade, dizendo o que nesta altura tinha de dizer.

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