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segunda-feira, julho 31, 2006

 

Férias judiciais

Começam amanhã as férias nos tribunais.
E, a partir de agora o seu período de duração será apenas de um mês, isto é até 1 de Setembro.
A vontade do Ministro prevaleceu apesar da muita contestação que houve por parte de magistrados, advogados e funcionários judiciais.
Claro que muitos dos magistrados estão a reagir à sua maneira, não tendo marcado nem para a última quinzena de Julho e a primeira de Setembro julgamentos ou outros serviços.
E não fazem apenas com o espírito de reacção, mas porque, efectivamente, sempre precisam os magistrados sobretudo de grande parte das férias para pôr em ordem o seu serviço, estudar, meditar e escrever as sentenças, o que, durante o ano, era impossível, dado o movimento dos tribunais.
Estamos em crer que esta medida governamental de reduzir o período de férias judiciais não trará grandes vantagens, pelo contrário!

 

Mais um massacre no Líbano

A cidade de Canaã foi totalmente destruída por ataques israelitas!
Com a invocação que vem sendo feita de que nos bairros residenciais de civis se encontram escondidas armas do Hezbollah Israel não tem tido qualquer contemplação e bombardeia esses bairros, reduzindo-os a escombros, além de provocar muitos mortos e feridos.
O certo, porém, foi que em Canaã não foram encontradas quaisquer armas nem vestígios delas.
Onde é que assistimos já a algo idêntico?
Não foi no Iraque?!
O massacre de Canaã fez com que a Secretária de Estado Americana tivesse lamentado por ela e também em nome já do Presidente Bush o que acontecera, apresentando condolências públicas às famílias das vítimas e aquela diplomata retirou-se logo do Líbano, onde estava a desenvolver uma acção no sentido do cessar fogo.
Não tendo em consideração isso mesmo os israelitas não hesitaram em promover dos maiores ataques até agora.
No entanto, impõe-se dizer que, depois de escritas estas linhas, a atitude da administração americana parece estar a mudar, devendo-se isso, sem dúvida, ao que aquela Secretária do Estado viu no Líbano.
Não podia ser insensível ao desastre que ali está a ocorrer!

 

Cavaco Silva acredita no bom senso dos jovens

Interrogado sobre o facto de estar a afazer-se, em todo o país e sobretudo nas escolas, uma campanha de mentalização no sentido de combater os princípios democráticos, fazendo realçar um exacerbado nacionalismo, o racismo, a xenofobia, e exaltando também o nazismo, o Presidente da República disse, como aliás lhe competia, ter confiança no bom senso dos nossos jovens que não se deixarão arrastar para caminhos ínvios.
Pensamos também assim. Porém, há que, como já ontem dissemos, vigiar cuidadosamente o “ trabalho” que a extrema-direita vai fazendo junto dos mais novos.
Que não haja confiança a mais e se contrarie, por todas as formas, a acção maléfica daqueles “ meninos” – que se consideram heróis – que não sabem, decerto, o que os portugueses ganharam com a liberdade, a democracia e os direitos alcançados com a Revolução dos Cravos.

 

Ainda o senhor Jardim

Afinal, os jornais de hoje dão um relato circunstanciado do que foi a Festa Laranja em Chão da Lagoa, Madeira.
E o “ reizinho da Madeira” foi muito mais duro no seu arrebatado e mesmo por vezes tresloucado discurso do que até se esperava.
Mais uma vez, ele perdeu a cabeça e se revelou como o “ melhor do mundo”, para quem todos os adversários políticos são umas “ bestas”!
Além de exigir a cabeça de Sócrates como alguém que, dentro de um ano ou dois põe o país irrecuperável, reclamou para a Madeira mais autonomia, inclusivamente funções que têm pertencido ao estado. Para este apenas ficariam, no eu entender sábio, a Defesa, a Política Externa, os Tribunais de Recurso e os Direitos Individuais!...
O resto tem de ser com os madeirenses!
Mas o que ultrapassou todos os limites foi Jardim dizer que, até agora, a resistência madeirense tem sido pacífica, prometendo, porém, uma outra estratégia “ e lutar num pacto de sangue com os madeirenses pela unidade diferenciada”!
Estas palavras bem podem ser consideradas como uma provocação ou incitamento à violência e à destruição do Estado.
Ele e outros dirigentes do PSD-Madeira afinaram pelo mesmo tom: “ Portugal está moribundo”, “ a luta vai continuar”, “ Sócrates o mentiroso e o terrorista político”, “ a Madeira não deve estar subjugada a Lisboa”, “ quem fez a revolução durante 29 dias contra Salazar foram os madeirenses e não aqueles maricas que agora se dizem antifascistas sem nunca terem pegado numa espingarda”.
Este comício foi, na verdade, uma verdadeira loucura de alguém que não merece estar no lugar em que está nem em nenhum outro!
É mesmo demais tanto despautério...

 

Eis o mês de Agosto!

O mês da excelência nas férias de Verão.
Aquele em que a Figueira conta acolher muitos turistas, aquele em que todos os que vivem do turismo levam um “ empurrão” nas suas finanças.
Oxalá seja assim também agora, pois a economia da Figueira está mesmo a precisar!
Não haverá muitas festas, não haverá quaisquer outros atractivos, mas há as belezas naturais que deliciam a vista e vai haver, este ano, mais calma e tranquilidade.
E isso também é bom.
Não agradará muito à juventude, que gosta do bulício, do “ mexe mexe “, mas não são só os jovens que vêm para a Figueira.
Que as férias de Agosto sejam boas.
Para quem as pode ter e, infelizmente, tantos, tantos têm de ficar em casa continuando a viver em muito precárias condições!

 

Jorge Machado

Este pianista, a quem a música portuguesa muito deve, faleceu ontem com 73 anos.
Era um bom executante e um inspirado compositor.
Teve intervenção em vários festivais da canção e acompanhou alguns dos nossos cantores em festivais internacionais.
Há 40 anos que trabalhava num Hotel da capital, sendo notável que apenas tivesse faltado ao trabalho duas vezes, por se encontrar doente.
Figura muito simpática e respeitada no panorama musical, granjeando, pela sua maneira de ser afável, muitos amigos.
A morte de alguém como Jorge machado merecia, sem dúvida, uma mais relevante referência nos órgãos da comunicação social.
Mas o que mais deve importar é a obra realizada em vida e a de Jorge Machado foi, a todos os títulos de muito bom nível.

 

E Alberto João Jardim continua...

Creiam que já me aborrece muito falar tanto do chefe do governo madeirense e sempre para o criticar.
Mas também não fico bem com a minha consciência se me calar perante tanta aleivosia, arrogância, vaidade e má educação que, quase diariamente, Alberto João Jardim se decide a mostrar.
Desta vez, na festa do PSD-Madeira, aquele homenzinho voltou a atacar o senhor Sócrates (como ele diz), chamando-lhe “ carniceiro” e o mesmo em relação aos seus “ colaboracionistas”.
E, mais uma vez, se atreveu a desafiar o Presidente do Conselho afirmando que não tinha medo dele
Talvez que um dia ainda o venha a desafiar para um duelo...
A Nação para o senhor Jardim parece ser só a Madeira e ai daqueles que o contrariam nalguma aspiração que tenha para aquele arquipélago.
Mesmo que essa aspiração custe rios de dinheiro ou seja mesmo ilegal.
O “ valentão” da Madeira permite-se atacar tudo e todos que não estejam de acordo com as suas ideias ainda que sejam “ estrambólicas”.
Para ele não há regras, não há disciplina e, com frequência, diz mal da nossa democracia.
É, na verdade, demais, já não há paciência para tantas diatribes do senhor Jardim!
Nem os órgãos de soberania ele respeita, nem mesmo o líder do seu Partido, que nem sequer, segundo consta, foi convidado para a festa do PSD-Madeira.
Marques Mendes poderia ofuscá-lo e Jardim quer ser só ele a impingir ao povo da Madeira o que muito bem entender.
Só que, o que é pior, a sua actuação tem posto em causa a própria unidade nacioal.

 

É preciso defender as crianças!

Ela gritava com ele, revelando enorme nervosismo, ele respondia-lhe no mesmo tom e a filha, que não tinha mais de cinco ou seis anos, chorava convulsivamente.
E, os vizinhos sabiam que estas cenas eram frequentes e, quantas vezes era a criança que “ pagava” os desatinos dos pais que descarregavam nela o seu mau génio, a sua impaciência!
Até que, em certo dia, os maus-tratos dados à criança foram tantos que a vizinhança teve que chamar a polícia.
Houve, nesse dia, a coragem para fazer o que já se devia ter feito há muito...
Claro que a filha daquele casal foi-lhe retirada, vivendo hoje num ambiente calmo, em que não há berros, asneiredo e mesmo agressões físicas.
Claro também que o tal casal cortou relações com todos os vizinhos, mas isso pouco importa porque o principal foi procurara furtar a criança aos maus-tratos que diariamente sofria.
Se todos assim fizessem!...
Impõe-se, na verdade, a denúncia de casos desta natureza.

 

A Casa da Mãe

Volto ao assunto.
Aquele edifício, situado ali no Pinhal, em que durante muitos anos, funcionou uma maternidade onde nasceram, nas melhores condições, muitos figueirenses, está a degradar-se cada vez mais.
Ora, o certo é que, em tal prédio, que tem bons terrenos adjacentes, depois de beneficiado, claro, poderia fazer-se instalar um hospital de retaguarda, uma casa de acolhimento para rapazes vítimas de maus-tratos, de que a Figueira tem tanta necessidade.
Dizem-nos que tal edifício pertence ao Ministério da Defesa (há já muitos anos foi, na verdade, um pólo do Hospital Militar de Coimbra).
Será que esse edifício está na lista dos que aquele Ministério quer alienar?!
E se se conseguisse uma cedência para aqueles fins sociais?
Há que tentar com vontade e persistência!

 

O Sporting ganhou o Torneio do Guadiana

E ganhou-o com todo o mérito.
A equipa tem já uma boa coesão e espírito de entreajuda, dispondo não só de um regular ataque mas de uma defesa certa.
Se o Benfica não progredir rapidamente, o Sporting só por azar poderá alguma vez ser derrotado pelos encarnados.
É um Benfiquista que fala, mas tem de dizer-se a verdade e, francamente, no Benfica há muito trabalho a fazer, jogadores a serem melhor aproveitados e a criar-se na equipa a união precisa.
Impõe-se que os encarnados façam esquecer, com brevidade, as suas duas más actuações que lhe fizeram perder o Torneio do Guadiana.

sábado, julho 29, 2006

 

O novo Shimon Peres

Quando dizemos novo não é na idade, é quanto à mudança de pensamento e de conduta que aquele político vem revelando!
Shimon Peres quando estava no partido socialista de Israel gozava da maior consideração como político sensato, inteligente, moderado, experiente, inimigo da violência e da guerra.
Agora, porém, ele é já outro!
Apoia a guerra que Israel provocou, defende que ela deve continuar até à vitória final, mostrando-se insensível às consequências desastrosas que estão a acontecer no Líbano.
Tornou-se, pois, um homem-guerreiro, abandonando, ao que parece os seus propósitos, tantas vezes evidenciados quando socialista, de alcançar a paz pelo diálogo, pelos meios diplomáticos.
“ O objectivo é vencer”, são palavras dele.
E até o governo de que ele faz parte não acedeu ao pedido das nações Unidas para serem feitas umas tréguas de 3 dias para ser possível prestar a ajuda humanitária.
Como se pode mudar tanto?!

 

E o exemplo pegou

Foi um comerciante o primeiro a colar na montra do seu estabelecimento uma lista com os nomes dos que lhe deviam dinheiro.
Depois, mais outros o fizeram e, agora, até o Estado Português lhes seguiu o exemplo, pois vai publicar na internet a lista dos maiores devedores de impostos.
Estamos certos de que essa iniciativa, ainda que não inédita vai ter êxito, porque ainda muitos têm vergonha.

 

A AMI já está no Líbano

O Dr Fernando Nobre, Presidente da AMI, instituição que já em várias partes do mundo tem prestado relevante ajuda humanitária aos que dela precisam, bem merece o nosso respeito e admiração.
É um homem corajoso, que tem sacrificado a sua vida pessoal e profissional para ser útil aos que sofrem violências e são vítimas de guerra.
E essa ajuda é gratuita, resultante apenas de um notável espírito de humanidade e solidariedade.
A AMI tem dispensado com enorme dedicação a sua acção e isso deve fazer com que todos os portugueses se congratulem.

 

O dinheiro, esse sedutor!

O que se diz em alguns blogs a respeito de lugares rendosos para jovens políticos da nossa praça, pode também dizer-se, infelizmente, de muitos outros, jovens também ou mais velhos!
Ainda se se visse que esses lugares eram exercidos com dedicação, competência e amor à Causa Pública, vá lá.
Mas o pior é que nada disso acontece.
O que é preciso é chegar a tais lugares, ganhar o dinheirinho que eles lhes dão e gozar uma melhor vida e umas boas férias com que sempre sonharam e nunca puderam fazer...
O dinheiro, na verdade, é, para muitos, um grande e irresistível sedutor!
Mas no nosso país o que nos admira é que a maioria da classe política tem as melhores relações pessoais e de amizade e, quando é preciso apoiam-se uns aos outros nas suas pretensões ou cobrem-se uns aos outros, quando há prevaricações de um lado ou de outro.
Até já se fala que se encontra aberto o caminho para o bloco central.
E já houve um que não deixou boas recordações.
Seria, na verdade, mais fácil a aproximação entre políticos, embora de ideologias diferentes, criando-se entre eles ainda mais amizade, maior influência, mais oportunidades para os bons lugares.

 

Maria João Pires

Está aberta uma polémica sobre o caso da grande pianista Maria João Pires.
Ela diz que vai deixar Portugal e viver no Brasil, porque não tem recebido o apoio necessário para o seu projecto artístico de Belgais em Portalegre e diz também que, além disso, que já era importante dada a finalidade do que ali queria realizar, se tem sentido desprezada pelos poderes públicos.
A Ministra da Cultura, pelo contrário, indicando mesmo as quantias com que tem dado apoio àquela acção artística, nega as afirmações de Maria João Pires peremptoriamente.
Em que ficamos?!
Uma coisa é certa: a pianista vai mesmo viver para o Brasil, o que é de lamentar, pois ela é uma excelente referência no panorama musical nacional e também internacional.
Porém, parece que Belgais vai continuar com outros como César Viana e a filha da pianista, ficando esta, mesmo à distância, a interessar-se pela obra que criou.

 

Os jovens da extrema-direita

Dizem-se nacionalistas, defensores dos melhores valores morais, respeitadores da ordem e disciplina, etc, etc.
E vão fazendo junto de outros a sua “ catequese” no sentido de ser necessária neste país para bem da nação, uma juventude racista e xenófoba, que, nas escolas ou outros locais de trabalho, contrarie tudo o que é progresso, ideologia avançada, princípios como os da igualdade, tolerância, solidariedade, diálogo e humildade dizendo-se ainda desejosos de regimes totalitários e amantes do nazismo.
Disse-se já nos jornais que a polícia está a controlar a acção de 70 jovens que mais se têm evidenciado, de norte a sul do país, na campanha ideológica que estão a fazer.
É claro que é preciso travar esse trabalho de mentalização, aliás apoiado pelo partido renovador nacional, o qual nada tem a ver com o Portugal democrático saído do 25 de Abril.
Para isso, o melhor é mostrar, através de programas televisivos ou outros meios, inclusivamente através das escolas o que se sofria antes da libertação do povo português, cuja alma se amarfanhou durante quase meio século.
As vantagens que se alcançaram têm que ser postas em evidência, usando da verdade.
Se nem tudo ainda está bem, a culpa não é da Revolução, mas dos homens que contrariam as suas finalidades essenciais, voluntária ou involuntariamente!
O que é preciso é mostrar a quem pretende regressar ao regime anterior o que ele era efectivamente de maléfico, de violento, de hipócrita, de mentiroso e falso!
A democracia que se ganhou com a Revolução de 25 de Abril não pode ficar à mercê de um qualquer grupo de fanáticos que querem tentar chegar ao poder absoluto, como era o do Portugal de então.
Cautela, pois, com esses inimigos da democracia!

sexta-feira, julho 28, 2006

 

Os ataques israelitas

Sobre uma só cidade libanesa, na madrugada de ontem, os israelitas fizeram 130 ataques aéreos e com armas pesadas!
É claro que a cidade ficou praticamente destruída, além demais de uma centena de mortos (a que devem acrescer muitos outros que ainda se encontram debaixo dos escombros) e centenas de feridos.
Ao mesmo tempo, as forças israelitas atacaram também a palestina com aquela, mesma violência.
E Israel já convocou 15 mil reservistas para reforçar os seus meios militares.
Isto é, realmente, uma senha bélica por parte aquele país e que poderá provocar a entrada da Síria e do Irão na guerra, ao lado do Líbano.
E, assim, poderá ser alargado o teatro da guerra, com consequências imprevisíveis, mas sem dúvida, desastrosas!
São já muitos os deslocados, que fogem à guerra e aos quais as ajudas humanitárias não podem chegar.
Aonde se irá parar?!
A uma terceira guerra mundial?!
Não o desejamos, evidentemente, mas vários países se perfilam em posições diferentes perante o que está a acontecer, por enquanto, apenas naquela zona do Médio Oriente.

 

Maria João Pires

A grande pianista de renome internacional, Maria João Pires, anunciou ter decidido passar a viver no Brasil, onde já comprou uma casa.
Conforme disse, sente-se desanimada, considerando-se maltratada e injustiçada como artista neste nosso país.
Ela que merecia, como grande artista que é, ser devidamente acarinhada, apreciada e ajudada na obra que desejava realizar em prol da cultura nacional.
Mas não. Sentiu-se “ menosprezada”, o que a tornou naturalmente desgostosa.
E para decidir tomar a posição que tomou é porque a desconsideração foi enorme.
Mais uma grande artista que se afasta dum país que pelos vistos não a merece!

 

Uma necessidade

Nesta cidade, são já muitos os casos de crianças que, não tendo condições para viverem com as famílias, que, por vezes, até as escorraçam e as maltratam, não têm também uma casa de acolhimento onde possam viver acarinhadas e com tranquilidade.
A Câmara, evidentemente, não pode, por si só, dar solução a todos os casos, sobretudo por períodos longos, casos que se avolumam cada vez mais.
Sendo meninas, a Misericórdia-Obra da Figueira tem dado preciosa ajuda, pelo menos transitória.
Mas quando são rapazes?
A Figueira necessita, efectivamente, de um estabelecimento para rapazes, que sofrem violências e maus-tratos de toda a ordem.
É uma prioridade a que a Drª Teresa Machado, distinta vereadora da Acção Social, e que já tem revelado a sua muita preocupação pelo problema, não deixará de dar a sua melhor atenção, dispondo da boa formação humana que lhe conhecemos.
Será muito difícil conseguir que as aldeias SOS, por exemplo, viessem também para a Figueira?
Quem diz essa instituição diz outra qualquer dessa natureza.
Por que não tentar?!

 

O comboio turístico

Ainda não se viu, este ano, o pequeno comboio turístico a circular na cidade.
E dizem que não o teremos mais!
Era uma atracção que despertava interesse e horas havia em que andava cheio.
Foi mais um corte nas despesas?
Agora, é rara a cidade que não utiliza um comboio daqueles, proporcionando pequenos passeios.
O carro de cavalos, que este ano apareceu e foi uma novidade (aliás, retomada de outros tempos já recuados), não tem tido, segundo se diz, aceitação talvez até porque é caro o seu aluguer.
E o dinheiro não abunda, como se sabe

 

A limpeza da cidade

Já aqui chamámos a atenção para a falta de limpeza nas ruas da cidade.
“ Uma das cidades mais limpas do país” era o título de que a Figueira se orgulhava.
Mas agora já não é assim.
As folhas ou flores que vão caindo das árvores ficam nos passeios, os contentores não são lavados muito menos desinfectados, com frequência, nos jardins os papéis do chão abundam e sítios há em que se fazem “ verdadeiras lixeiras”, etc.
Há, na verdade, que reconquistar aquele título de cidade limpa!
Ao menos isso...
Já agora: qual a razão porque há dias, junto ao oásis havia um cheiro pestilento de esgotos?!

 

O Parque de Campismo

Só há dias, passando pelo local, verifiquei que na indicação do Parque de Campismo que existe numa parede à entrada, faltam letras.
É um desleixo inaceitável, até porque não é a colocar letras faltosas que custa muito dinheiro!
Noutros tempos havia um grupo dos chamados zeladores municipais que tinham por missão percorrer diariamente a cidade e dar nota aos seus superiores do que estava mal, propondo o arranjo do que era necessário.
E andavam a pé. Hoje, com a frota motorizada que a Câmara dispõe, muito mais fácil é dar diariamente a volta à cidade para verificar o que não está em condições.

quinta-feira, julho 27, 2006

 

Pelo Hospital

Consta que os actuais Director-Clínico e Director-Enfermeiro vão deixar de pertencer ao Conselho de Administração, agora presidido pelo Dr. Vítor Leonardo.
A confirmar-se, desde já se me impõe dizer que é com pena que os vejo afastarem-se das funções que, há muito, vinham desempenhando com competência e dedicação.
Contactei com eles, embora apenas durante três meses (no tempo em que fui vogal não executivo do Conselho de Administração) e foi-me logo possível constatar as suas qualidades muito meritórias para exercerem aqueles cargos, revelando estarem absolutamente dentro dos problemas do hospital e tendo ideias válidas para um seu melhor funcionamento.
Daqui os saúdo com amizade e admiração.
Esperemos que quem os substituir o faça também com pleno êxito.

 

A nova escola profissional

O edifício do antigo Matadouro Municipal está a ser remodelado e ampliado.
Manteve-se, e bem, a traça da frontaria do prédio e o que se lhe acrescentou não se vê de frente, solução que nos parece a mais adequada.
Gostámos, francamente, do que vimos e aquela escola profissional terá, enfim, as melhores condições de funcionamento.
Dizem-nos que esse estabelecimento de ensino será já inaugurado no princípio do próximo ano lectivo.

 

Os arranjos da Avenida Saraiva de Carvalho

Hoje, estou numa de dizer bem!
E penso que é assim que deve ser: criticar quando for caso disso e elogiar quando se impõe.
Agora, temos que dizer que os arranjos na Avenida Saraiva de Carvalho, no parque de estacionamento que foi ampliado e na construção de uma ciclovia, ficaram bem.
As obras, ainda que muito demoradas parecem-nos perfeitas.
Ainda bem!
Quando se gasta dinheiro, sobretudo público, que ele seja bem aproveitado.

 

Os hoteleiros queixam-se

Ontem, em entrevistas televisivas dois profissionais de hotelaria da Figueira lamentaram que tenham tido, até agora, neste mês de Julho menos 50% ou mesmo 60% de ocupação dos seus estabelecimentos, em relação ao mesmo período do ano passado.
É importante esta quebra, revelando menos afluência de turistas.
Ouvidas outras pessoas, que aqui passam algum tempo das suas férias disseram que estão em casas arrendadas, porque fica mais barato e não há dinheiro para mais conforto!
Mas, já o dissemos, estamos esperançados que, pelo menos, durante vinte dias, a Figueira e os hotéis encham!
É pouco para a manutenção de todo o ano.
Porém, a crise é crise e, neste ano, deverão ser muitos milhares de portugueses que ficam sem férias!

 

1900 faltas no Parlamento

Foi esse o número de faltas que os deputados deram durante este período Parlamentar.
Umas justificadas e poucas injustificadas.
Justificadas como? Quase sempre com trabalho público fora da Assembleia...
Para essa justificação basta a palavra do deputado, quando, afinal, se sabe que muitos deles nunca foram sequer aos seus círculos eleitorais!
E quantas intervenções tiveram? Muitos entraram “ mudos e vão sair mudos”, limitando-se, nos momentos das votações a levantarem-se ou não conforme as instruções dos eus partidos.
Realmente, o Dr. Jaime Gama, Presidente do Parlamento, tem que adoptar medidas para “ moralizar” a conduta dos deputados, que ele sabe, decerto, que aproveitam a estadia em Lisboa para tratar de negócios, das suas profissões e para meterem as suas cunhas que lhes dêem interesses pessoais!
Com excepção de muitos poucos, o nível dos deputados é francamente baixo, revelando falta de preparação, limitando-se a ler o que talvez outros lhes dêem para ler e de fraca argumentação quando são interpelados.
Mas, ainda o pior é, com efeito, o mau exemplo que vão dando como “ meninos faltosos”, mostrando-se, assim, desinteressados das funções que exercem e para que foram eleitos, movendo-os apenas o que ganham!

 

As barreiras arquitectónicas

Quando tive honra de pertencer ao governo da saudosa Engenheira Maria de Lourdes Pintasilgo fiz sair um Despacho-Normativo em que se exigia a supressão progressiva das chamadas barreiras arquitectónicas em todos os edifícios onde houvesse Serviços do Ministério do Trabalho de que fui Secretário do Estado.
Alguma coisa se fez, então, mas pouco para o que era necessário e, como aquele governo durou apenas cinco meses, tal Despacho caiu no esquecimento!
Mas, no governo do Engenheiro António Guterres foi aprovado e publicado o Decreto-lei nº 123/97 que “ torna obrigatória a adopção de um conjunto de normas técnicas básicas de eliminação de barreiras arquitectónicas em edifícios públicos equipamentos colectivos e via pública para melhoria da acessibilidade das pessoas com mobilidade condicionada”.
É que, na verdade, para que certos deficientes possam usar da cidadania plena a que têm direito e está consagrada na nossa Constituição, impõe-se que se eliminem os obstáculos que impeçam o seu livre acesso a Repartições Públicas, casas de espectáculo e outros edifícios
Parece, porém, que também esse Diploma legal foi caindo no esquecimento porque, efectivamente, não se tem progredido, como era de desejar, quanto aos meios que permitam aquele acesso livre e cómodo aos deficientes.
Cremos que acabar com as barreiras arquitectónicas é uma medida de natureza essencialmente social, que deve merecer a atenção de qualquer governo, sobretudo, dos que dizem defender a solidariedade.
Haverá a consciência por parte das entidades que têm que licenciar certas obras, de que se tem observado o que já está estabelecido legislativamente?!
Pensamos que não.
Ora, é urgente e necessário, e também humano que se cumpram, pelo menos, as normas técnicas já elencadas no anexo ao referido Decreto-lei nº 123/97.

quarta-feira, julho 26, 2006

 

Os bolseiros

Há muito a ideia de que a investigação ou a melhor qualificação académica só se fazem por bolseiros portugueses no estrangeiro.
Mas não é assim. Mesmo entre nós há um grupo muito considerável de bolseiros, que depois de cursos superiores feitos com brilhantismo se dedicam à investigação ou ao aprofundamento das suas habilitações em diversos campos.
Porém, esses bolseiros estão numa situação precária, não tendo nunca a certeza de um futuro profissional seguro.
É que podem estar anos e anos como bolseiros, não vindo a ser integrados em qualquer emprego fixo.
Tal desestimula-os naturalmente, até porque sabem que um dia, com o avançar da idade, dispõem de uma diminuta protecção social.
Ora, se se está a apostar e bem na inovação e na ciência, impõe-se que se acarinhem e protejam os bolseiros, dando-lhes também as condições precisas para o seu trabalho produzir os efeitos desejados.

 

A revisão do Código do Processo Penal

Foi, hoje, entregue ao Ministro da Justiça a proposta das alterações àquele Código, as quais ultrapassam a centena de artigos.
Para já, poderá dizer-se que:
- o prazo para a prisão preventiva será reduzido de 4 anos e 9 meses para 4 anos;
- a prisão preventiva só poderá ser aplicada quanto a crimes dolosos a que corresponda a pena de prisão de 5 ou mais anos;
- os que tenham estado em prisão preventiva, vindo a ser absolvidos, podem requerer ao Estado uma indemnização;
- os detidos em flagrante poderão ser julgados em processo sumário, desde que corresponda ao crime praticado uma pena inferior a 5 anos;
- os arguidos terão direito a ser informados dos factos que lhes são imputados e das provas já apuradas;
- é alterado o regime da utilização e validade das escutas telefónicas;
- o segredo de justiça passará a ser mais restrito, tendo os sujeitos o direito de aceder e tomar conhecimento dos inquéritos;
- os interrogatórios dos arguidos não poderão demorar mais de 4 horas, embora no mesmo dia possam haver duas sessões de interrogatório;
- também o regime dos reclusos sofre importantes alterações.
Agora, o Conselho de Ministros terá que aprovar ou não todas as alterações propostas e, em caso afirmativo terá que sujeitar o diploma à Assembleia da República.

 

As previsões precipitadas pagam-se!

Sucedeu com Israel o mesmo que aconteceu com os EUA e os seus aliados ao desencadearem a guerra no Iraque.
Em qualquer dos casos os “ atacantes” subestimaram e muito a capacidade de combate e resistência dos “ inimigos”.
No Iraque, não se pode dizer que os EUA ganharam a guerra, porque ainda hoje a resistência iraquiana se manifesta diariamente, e com violência contra os americanos.
No Líbano, até agora, pelo menos, o Hezbolhah tem também dado luta às forças israelitas, revelando que afinal não é fácil acabar com aquele grupo político.
E até quando se manterá a sua resistência, que não trem sido só de defesa mas também de ataque?
Pensamos que apenas uma solução política poderá levar a paz àquela zona.
Se assim não for teremos também ali a guerrilha que provoca tantas ou mais consequências maléficas do que uma guerra aberta, produzindo cada vez mais danos desastrosos!

 

O Dia dos Avós

Também aos avós é consagrado um dia: precisamente o de hoje.
Sou avô mas não quero aproveitar esta ocasião para aqui repetir os conselhos que, com frequência, se costuma dar aos netos. Nem quero sequer desejar que eles sigam o nosso rumo de vida – embora gostasse, claro, que, em certos aspectos, assim fosse - , preferindo que saibam utilizar a sua autonomia, a sua liberdade para que possam por si sós tornar-se cidadãos honrados, trabalhadores, solidários e justos.
Quando muito, os avós devem estar sempre disponíveis para ajudar com o seu carinho e amor, com a sua maior experiência devida.
Quero, sim, neste momento, apenas saudar todos os avós do mundo e desejar sinceramente que todos possam sentir, como eu, a felicidade de ter netos bons, capazes de darem alegrias e também orgulho pelas suas condutas.
E solidarizar-me com os avós que, por diversas razões a si estranhas, estão impossibilitados de conviver e acompanhar os seus netos.

 

As diversões para crianças

Não podemos deixar de registar que as crianças que passam férias na Figueira são beneficiadas com equipamento de diversão, colocados em alguns locais da cidade.
Valha-nos isso, para podermos dizer algum bem!
Mas melhor ainda seria se se realizassem festas infantis como gincanas, pequenas corridas de bicicletas ou de triciclos e ainda outras que pudessem atrair a pequenada.
E é bem certo que “ quem meus filhos beija, minha boca adoça”!
Há espaços bons para essas festas, como a Praça da Europa, a Esplanada Silva Guimarães e outros.

 

Fundação Beatriz Vale e Centro de Estudos e Documentação Fernando Vale

Os herdeiros do Dr. Fernando Vale eminente figura republicana e firme e corajoso anti-fascista, decidiram criar, em Coja, onde seus pais viveram, a Fundação Beatriz Vale, cônjuge do Dr. Fernando Vale e o Centro de Estudos e de Documentação Fernando Vale.
Será já no próximo domingo que se fará a escritura de constituição e se indicarão os órgãos sociais dessa fundação entre os quais os herdeiros, claro, Manuel Alegre e Lara Rocha, Regina Anacleto e outros.
O Dr. Fernando vale falecido com 104 anos, foi sempre e continua a ser uma notável referência democrata e socialista, tendo sido fundador do Partido Socialista Português.
Cidadão de grande craveira moral e intelectual, de invulgar integridade de carácter e de sempre evidenciada modéstia, humildade e de solidariedade para com os mais carenciados.
Fernando Vale merece que o seu nome fique mais ainda perpetuado através daquela Fundação e de um Centro de Estudos e Documentação, que será necessariamente valioso.

 

O programa de animação é do Casino

Pelo que se vê numa tira colada à parte inferior da Esplanada Silva Guimarães, o programa de animação de Verão, pelos vistos pertence, este ano, ao Casino.
Ainda bem que há quem substitua de certo modo as festas que a empresa Figueira Grande Turismo costumava realizar, durante a época balnear.
Só o que se faz no Casino custa dinheiro e não é para todos...
Na verdade, deixando cair, como deixaram, certos eventos já com tradição nesta cidade e que a impunham nos sectores cultural e turístico, muito pouco ou nada apareceu de novo e, este ano, então, dada a falta de dinheiro, quem vier para a Figueira terá uma praia enorme, mas de boas areias, um mar nem sempre manso, um jardim sem sombras e árido, algumas ruas recentemente arranjadas mas de mau piso, um enfraquecido comércio, uma piscina só para privilegiados, cinema só no Jumbo, alguns bons espectáculos no CAE mas caros, alguns bons restaurantes com boa gastronomia, etc.
Haverá, sim, mais calma e pouca poluição sonora e haverá ( que isso ninguém poderá tirar) a beleza natural de um deslumbrante pôr-do-sol visto da Esplanada, as paisagens belas das Lagoas de Quiaios e sua margens, os passeios à beira do rio, a Serra da Boa viagem ( ainda que não refeita do grande fogo de há anos que quase a destruía).
O resto, que poderia trazer animação, só na noite, nas boites, no Casino, pois possivelmente apenas no próximo ano, quando houver fundos, se poderá organizar um programa oficial de animação.
Enfim, quando não há orientação – e aqui não houve em tempos não muito recuados – terá que haver quem tal pague.

segunda-feira, julho 24, 2006

 

Um bom exemplo

A Câmara do Seixal criou, recentemente, um Serviço que tem como principal função levar às casas dos idosos e dos incapacitados livros da Biblioteca daquele concelho.
Essa iniciativa tem sido muito bem aceite, pois dá a quem não pode deslocar-se a oportunidade da leitura que poderá suavizar as precárias situações em que se encontram.
Será, pensamos nós, um bom exemplo a seguir.
Claro que é sempre preciso fazer-se antecipadamente um levantamento daquelas pessoas que estejam interessadas naquele Serviço e de uma relação dos livros pretendidos.
Segundo supomos, isso não custaria grandes encargos financeiros.

 

O código de indumentária na Assembleia Regional da Madeira

Foi já regulamentado para entrar imediatamente em vigor que os jornalistas não podem entrar naquela Assembleia sem ser com uma indumentária apropriada, isto é, devidamente vestidos e não à vontade.
E quando é que naquela instituição se pensará num código de boa conduta, aplicável sobretudo aos deputados da maioria que, infelizmente, não sabem comportar-se com nível, com educação,” arriando a giga”, como costuma dizer-se?!
Não haverá ainda forma de “ travar” a língua ao desbocado chefe do governo madeirense que é useiro e vezeiro na má educação e na arrogância?!

 

Marcelo Rebelo de Sousa deu a nota de sete à Ministra da Educação

Depois de num seu programa televisivo, o Professor Doutor Marcelo ter apreciado positivamente a actuação da Ministra da Educação, apenas a criticando por não dar as explicações necessárias sobre a repetição dos exames de Química e Física, ontem, aquele comentador não teve dúvidas em, afinal, classificar de sete valores a prestação daquela governante no Parlamento.
E quanto a nós foi ainda muito benevolente!
Quem precisa de repetir exames é ela própria, pelo menos relativamente ao bom senso, à postura e prudência que a vida política requer!

 

De quem é a responsabilidade?

Na RTP1, em período de publicidade, tem aparecido uma imagem de uma cadeira vazia, de um sol esmorecido e ainda em letra de dimensões reduzidas a palavra Figueira da Foz.
Será com isso que se pretende fazer propaganda à nossa terra?
Quanto a nós é de muito mau gosto e, francamente, não prestigia o nome da Figueira como estância de turismo.
Parece até que se quer dizer que aqui está tudo vazio!
Não haveria outros motivos que melhor dissessem os atractivos naturais da Figueira?!
De quem será a responsabilidade desse spot publicitário?

 

Os maus colaboradores

Por vezes, por muito boa vontade que alguém tenha de servir bem nos lugares políticos que desempenha, há colaboradores seus que não o acompanham nas boas intenções nem no seu dinamismo e desejo sincero de resolver os assuntos.
Há até alguns desses colaboradores, quantos deles sem nível, que contrariam ou “ empatam” o andamento dado aos problemas.
Em vez de ajudarem, baralham, dificultam!
E a verdade é que a maior parte de tais colaboradores são até impostos como parceiros políticos, o que devia dar-lhes uma maior responsabilidade quanto às funções que exercem.
Mas, não. Quando se levantam questões e interesses pessoais, é isso que vale mais!
Em muitas instituições verifica-se com frequência tal atitude dos colaboradores e como não há coragem para afastar quem não cumpre (para não se arranjarem “sarilhos” com os Partidos que indicam ou impõem esses colaboradores) as situações vão-se mantendo, quase sempre com prejuízo para o bom andamento da vida dessas instituições.
Esses maus colaboradores são normalmente mestres na intriga, na maledicência, na inveja, na criação de um mau ambiente de trabalho.
E assim não progride o que poderia e deveria progredir!

sábado, julho 22, 2006

 

Israel prepara a invasão do Líbano

Uma grande concentração de homens e máquinas de guerra, junto à fronteira do Líbano, leva a crer que a invasão está para breve.
Não será apenas pelo ar que Israel continuará a atacar, mas será também por terra, provocando com isso mais mortes e destruição.
Será que a comunidade internacional está à espera dessa acção para intervir?!
“ Os europeus falam muito de direitos humanos e depois permitem que um Estado como Israel faça o que quer” – são palavras recentes do Dr. Mário Soares.
Como poderá aceitar-se que se bombardeiem e matem populações inocentes e indefesas se destruam edifícios e a principais infra-estruturas e se invadam Estados soberanos - perante a passividade da ONU?!

 

Haverá impugnação?!

Um grupo de pais que sentiram que os filhos foram prejudicados com o Despacho que apenas autorizou a repetição dos exames das disciplinas de Química e Física, vão segundo já anunciaram impugnar judicialmente esse Despacho.
É que um simples Despacho não pode sobrepor-se a um Decreto-Lei em que se contêm as regras aplicáveis aos exames.
Além de que, decidindo o Ministério da Educação como decidiu, teria havido discriminação.
Se a impugnação avançar, efectivamente, a “ baralhada” dos exames continuará, não s e prevendo qual o seu desfecho!

 

José Miguel Júdice, ex-Bastonário da Ordem dos Advogados, foi julgado

A Ordem dos Advogados moveu dois processos disciplinares àquele distinto causídico, que foi o anterior Bastonário da Ordem.
A acusação foi a de que ele teria violado regras da deontologia profissional, ao declarar publicamente que o Estado, em questões jurídicas de maior importância e complexas, devia obter os pareceres das maiores sociedades de advogados, entre as quais está a dele.
Ontem, Júdice, no seu julgamento na Ordem, defendeu-se a ele próprio, apresentando uma longa série de razões que, quanto a ele justificam a sua conduta, a qual não passou de uma mera opinião.
Diz-se que foi brilhante, como aliás era de prever, nessa sua defesa, mas, segundo já se noticiou, os seus Colegas do Conselho Superior só o ouviram durante a meia hora regulamentar, abandonando depois a sala.
Porém, Júdice continuou a falar mesmo para cadeiras vazias, até acabar tudo o que tinha a dizer e que durou duas horas e meia.
Sem pretender entrar na apreciação da actuação de Júdice que, pelo menos, é inédita, há, porém, que registar a sua coragem na defesa que fez, sobretudo porque foi um anterior, competente e dedicado Bastonário, que mereceu a consideração da grande maioria da classe.

 

11 mil milionários em Portugal

De ano para ano, tem aumentado o número de portugueses que possuem mais de um milhão de euros em activos financeiros.
Agora, são já 11 mil os milionários do nosso país.
Claro que ainda se está longe da nédia europeia (como em tudo, aliás) mas são já muitos os nosso compatriotas que dispõem de fortunas muito confortáveis.
Isto num país em que há 2 milhões de pessoas a viverem no limiar da pobreza e 1 milhão a passar já fome.
Não se deve censurar quem, com o seu trabalho e espírito de poupança, soube angariar “ um bom pé-de-meia”, e o soube investir em algo que possa produzir riqueza para outros.
Contudo, não se pode deixar de lamentar que a desigualdade social seja cada vez maior entre nós e a maior da Europa!

sexta-feira, julho 21, 2006

 

Racismo disfarçado?!

Por vezes o que verdadeiramente se sente mas se oculta, com receio da censura pública, é pior do que mostrar-se tal qual é!
Há ainda por aí muitos, até em lugares de responsabilidade, que não aceitam, por exemplo, negros ou de outra raça mesmo que estes tenham as qualidades e méritos próprios e exigidos para ocuparem certas posições.
E as desculpas falsas, claro, são sempre muitas...
Mas também há aquilo a que eu clamo “ racismo social”, isto é, os que nascem em famílias modestas, de baixo nível social, por muito valor que tenham, são, por vezes, recusados para certos lugares!
E esse estigma incompreensível e marcante, começa a notar-se ainda na juventude dos que o transportam, fechando-se-lhes as portas à entrada em instituições em que devia existir o critério da igualdade de tratamento.
Não se aceita este ou aquele porque vem de um meio familiar de baixo nível social!
O que é isto senão uma lamentável descriminação, um inconcebível racismo social?

 

Dois dirigentes do Sindicato da PSP castigados

Em processos disciplinares, a dois dirigentes da PSP foi aplicado a sanção da reforma compulsiva.
Sabe-se que as suas condutas foram talvez excessivas, mesmo como responsáveis sindicais, tomando a cabeça de manifestações promovidas pelo respectivo sindicato e sempre duros nas críticas ao Governo.
Mas isso poderá justificar sanções tão rígidas como as que foram aplicadas, capazes de “ aniquilar” a acção daqueles dirigentes sindicais?!
Quanto a nós, exagerou-se por parte de quem competia julgar.
E o certo é que os que agora foram condenados mostraram-se com coragem e sempre com o propósito legítimos de defender os direitos e os interesses dos membros da PSP.

 

A PJ não tem mãos a medir

Infelizmente, os casos de corrupção que a PJ está a investigar são cada vez mais.
E deles aparecem como suspeitos alguns que ocuparam ou ocupam ainda cargos de responsabilidade.
É que, na verdade, a haver corrupção só interessa quando estão em causa importantes valores e assim se vão fazendo grandes fortunas de um momento para o outro!
Desta vez, é na área dos CTT que a PJ está a investigar e, segundo parece, muito trabalho tem ali a desenvolver.
Claro que um dos visados Carlos Horta e Costa, gestor daquela empresa, já negou qualquer sua conduta ilícita, dizendo que está a ser vítima de “ perseguição política”.
Não explicou, porém, quem o está a perseguir e porquê!
Enfim, a investigação será feita, decerto, com todo o cuidado e esclarecerá esta questão.

 

São 580.291 os funcionários da Administração Central

Na discussão da Lei da Mobilidade, na Assembleia da República, o Ministro das Finanças revelou, enfim, aquele número.
Nessa discussão, houve “ mimos” trocados pelo PSD e o Governo, chegando a Deputada por Vila Real, mas figueirense Rosário Cardoso Águas, a chamar á reforma uma “ farsa”, “ uma fraude”, e dizendo que nem se sabia ainda qual o valor das poupanças para o Estado, nem também era já conhecida a reestruturação dos Ministérios.
Claro que Teixeira dos Santos soube responder, lembrando que os Governos de direita nunca tinham tido a coragem de implementar uma reforma como esta na Administração Pública, reforma que é essencial.
O Ministro das Finanças voltou a afirmar que não estava na intenção do Governo proceder a quaisquer despedimentos de funcionários, como certa oposição fazia crer.
Claro que a entrada de alguns funcionários no quadro supranumerários poderá não satisfazer a expectativa de alguns, mas também é certo que as posições progressivas que lhes serão aplicadas permitirão soluções tanto quanto possíveis aceitáveis.
Quer dizer que a reforma na Administração Central não cortará “ as pernas” a ninguém, embora, como é evidente não satisfaça todos!

 

A Ministra da Educação no Parlamento

Esta Governante, chamada à Assembleia da República para explicar certas medidas que tomou, teve uma má prestação.
Muito nervosa, inconstante nas posições, irritadiça, não soube estar à altura de responder às várias interpelações que os partidos da oposição lhe fizeram.
Nem a “ ajuda” do Dr. Augusto Santos Silva, ex-Ministro da Educação e agora deputado dos Assuntos parlamentares, valeu à Ministra para a acalmar e fazer dar as respostas que se impunham às muitas dúvidas dos deputados, sendo certo, porém, que, sem justificação aquele referido deputado, no final da sessão tivesse usado da palavra para dizer, ao fim e ao cabo, que a decisão tomada (a repetição dos exames de Química e Física) honra o Ministério e a Ministra da Educação.
Para nós essa intervenção foi “ pior a emenda que o soneto”, como se diz.
De registar que a Ministra não deixou de atribuir culpas, quanto a certos aspectos da questão, ao ex-Ministro David Justino!
As explicações quanto às excepções feitas às disciplinas que vão ser repetidas, não convenceram os deputados que foram muito duros nos ataques a Maria de Lurdes Rodrigues.

quinta-feira, julho 20, 2006

 

A guerra no Líbano

São arrepiantes as imagens que nos chegam da guerra naquele país, que já está em grande parte destruído!
Para além das muitas mortes de civis e crianças, são muitos milhares os que procuram por qualquer meio fugir aos horríveis efeitos dos violentos ataques aéreos israelitas.
Esta foi uma guerra inesperada, que surgiu sem aviso e sem se tentar sequer um a solução pacífica.
E é difícil acreditar que ela se tenha iniciado apenas por dois soldados israelitas terem sido raptados.
Assim como difícil é que se aceite como bom o direito de defesa de Israel, que tem sido abusivamente evocado.
Quem começou os bombardeamentos?!
E a comunidade internacional quando começa actuar?
Não era já tempo de a ONU mandar para o terreno uma força militar que tentasse fazer parar a verdadeira catástrofe que está a dar-se no Líbano?
Será que isso só acontecerá depois de outros países se meterem na luta, generalizando-se uma guerra que, até agora é regional?!

 

“ PS não pode ser uma máquina fechada”

Jaime Gama, que presidiu a um jantar com 200 militantes socialistas, foi o que disse a certa altura, explicando que o Partido tem de aproximar-se mais da sociedade civil, “ abrindo-se a gente nova, capaz de contribuir com espírito crítico”.
E disse também algo que é muito verdade e oportuno: tem de saber elevar o debate político acima da rotina.
Quantas vezes o temos referido aqui!
Só que, para se enriquecer o debate político é necessário que haja pedagogia política, que se atentem, respeitem e defendam as matrizes fundamentais partidárias, que devem ser lembradas e meditadas a todo o momento.
É que se assim não for acabará por ter-se uma lamentável mescla de princípios e posições indefinidas, que não se sabe bem o que são!
Claro que – como já o temos dito várias vezes – as sociedades e os seus problemas evoluem, não estacionam e, por isso, razões podem haver que levem a certos ajustes relativamente aos programas inicialmente apresentados.
Mas, o que não deve é deixar-se de ter em conta o que fundamentalmente distingue os Partidos da esquerda e da direita.
E, sobretudo, há que dizer: não deve um partido como o PS fazer festa antes do tempo, o que quer dizer, não deve haver tantos anúncios de medidas sem se saber, ao certo, se todas são efectivamente viáveis.
A farolice é para os outros!

 

A Saint-Gobain Mondego S.A.

Ao contrário de algumas outras empresas com capitais estrangeiros, a Saint-Gobain Mondego S.A. pretende permanecer aqui “ de pedra e cal”, como costuma dizer-se,
Exercendo a sua actividade industrial na Fontela.
Assim, acabou de ver aprovado pelo Conselho de Ministros um seu projecto para implementar a sua laboração, cujo investimento é da ordem dos 66 milhões de euros.
O projecto consiste na transformação e ampliação de dois fornos e ainda em melhorar as condições de qualidade, higiene, segurança e ambiente.
Também a nível tecnológico vai a Saint-Gobain Mondego introduzir na empresa várias inovações.
Congratulamo-nos com o que aquela empresa deseja realizar para que se torne mais consistente e aceitável a sua actividade, que muitos benefícios económicos traz à Figueira e às famílias dos seus empregados.

 

Ainda poucos turistas na Figueira

Até agora, a nossa cidade, com excepção dos fins-de-semana, não tem registado grande afluência de turistas.
Tem-se estranhado, inclusivamente, o pouco movimento de automóveis que, noutros anos, era já muito maior.
É que, na verdade, o período de férias escolares de Verão está mais reduzido e isso leva as famílias a esperarem pelo final dos exames para gozarem férias.
Mas, também agora haverá outra razão: a falta de dinheiro que afecta a vida de muitos portugueses.
E, em relação à Figueira também poderá ter influência os poucos atractivos de animação que já se anunciaram.
Seja como for, vem aí Agosto, pelo menos, durante uns 20 dias a Figueira encherá decerto.
Só que isso é pouco para a necessidade do nosso comércio.

 

Animação na praia de Mira

Nesta praia, bem perto da Figueira, vai realizar-se uma concentração e festa de gays, o que representará uma animação inédita, supomos nós, naquele lugar.
Na ânsia de se elaborar um programa de festas, sobretudo na época de Verão lança-se mão de tudo!
E na praia de Mira é a festa gay que poderá despertar interesse dos turistas?!
Será, decerto, até um a festa que não custará muito dinheiro a quem a organizar...

quarta-feira, julho 19, 2006

 

Os 88 anos de Mandela

O aniversário de um homem como Mandela não pode passar despercebido no mundo.
Ele lutou uma vida inteira pelo direitos dos negros e a sua coragem nessa luta levou-o a estar preso durante 27 anos!
Modesto como sempre foi, não quis neste seu significativo aniversário grande festa, preferindo comemorá-lo em família e com um grupo muito reduzido de amigos.
Ele que foi Prémio Nobel da Paz e Presidente da República da África do Sul continua igual a si mesmo: com capacidade para ajudar, agora mais com o seu conselho, a construir um seu país que pertença verdadeiramente a todos.
Homem simples, modesto, com o culto pelos princípios e valores democráticos, Mandela não foi, efectivamente, esquecido no seu 88º aniversário, pois recebeu mensagens de amizade e homenagem de toda a parte do mundo, quer dos notáveis na política, quer dos Partidos e Sindicatos, quer do cidadão mais humilde.
Mandela é e será sempre uma referência de uma longa vida toda ela dedicada a uma Causa nobre, em favor da libertação do povo a que pertence e dos que sofrem discriminações e humilhações várias.

 

DR. David Gonçalves da Silva

Este meu ilustre Colega, que foi um dos meus mais dedicados estagiários está a passar mal de saúde.
Vai ser amanhã operado pelo Professor Doutor Lobo Antunes, em Lisboa, e fazemos votos sinceros pelo êxito de tal intervenção cirúrgica.
Tenho pelo Dr. David uma profunda amizade e muita admiração pela sua competência profissional e qualidades humanas.
Que tudo corra bem e o tenhamos em breve no nosso convívio.

 

O tempo é um grande remédio!

Alguns que, por uma razão ou outra, criticaram com frequência a gestão camarária do já falecido Engenheiro Aguiar de Carvalho estão agora a dar a mão à palmatória, comparando essa gestão com as que lhe sucederam.
Na verdade, aquela gestão deixou as finanças equilibradas e as muitas inspecções solicitadas na convicção de que seriam encontradas irregularidades ou ilegalidades, nada vieram, afinal, a apurar que comprometesse.
Mesmo os que, dentro do seu Partido, não gostavam do Engenheiro Aguiar de Carvalho e que se dispuseram a colaborar, infelizmente, numa campanha contra ele devem estar agora convencidos de que a última Câmara socialista fez um bom trabalho, tendo, claro, em atenção as condições então existentes.
Fez-se a seguir muita propaganda, muitas festas caras, gastou-se a rodos para, segundo se dizia, por a Figueira no mapa.
Mas, em breve, se verificou que a Figueira, afinal, não progrediu nem turisticamente.
Foi mais fogo de vista o que se fez e não uma obra consistente, que atendesse às principais necessidades ou interesses da Figueira.
E, hoje, já ouvimos muitos, mesmo os que nunca o defenderam e tinham obrigação disso, dizerem que a obra realizada por Aguiar de carvalho neste concelho é, na verdade, mais valiosa e estruturante, bastando, para isso, ler um volumoso livro editado no último ano do mandato daquele Presidente da Câmara onde se enuncia e descreve com pormenor tudo o que de útil se fez.
Não há dúvida que o tempo é um grande remédio!

 

Convivência

Sou do tempo em que, no final do ano judicial, se realizava um jantar-convívio da chamada “ família judicial”.
E nele participavam magistrados, advogados e funcionários.
O que se passava durante o ano e em que tínhamos posições diferentes dava então lugar a um ambiente de amizade, de compreensão e de aceitação mútua.
Eram reuniões marcantes nas vidas dos que nelas participavam e quantos malentendidos ou mesmos certas animosidades, ainda que de pouca importância, se desvaneciam nesses encontros.
Depois, não se sabe bem como nem porquê, os jantares começaram a fazer-se em separado, magistrados de um lado, advogados de outro!
Foi pena, porque, na verdade, dos convívios em conjunto resultava sempre algo de muito simpático e até valiosos, por vezes.
Foi pena, mas se assim quiseram que se há-de fazer?
Por mim, gostaria bem mais de que hoje, apesar de mais difícil continuasse a existir a “ família judicial” e as suas reuniões conjuntas.

 

Homenagem a Joaquim Agostinho

A memória deste grande ciclista foi homenageada em França, com a inauguração de uma escultura colocada na subida principal da Volta à França em que ele se distinguiu alcançando naquela etapa uma honrosa vitória.
Foram precisos 22 anos para que se fizesse esta homenagem, mas o certo é que se fez e esse nosso notável e desditoso ciclista ali ficará para sempre, sendo recordado como é de justiça.

terça-feira, julho 18, 2006

 

Os de pouca personalidade

Não há muito tempo ouvi alguém dizer-me o pior possível de outrem, com quem, aliás, tinha um relacionamento de amizade (julgava eu).
Era um incompetente, um arrogante, um vaidoso, um ditador, o que ele queria era subir à custa do que fosse.
Ingenuamente, lembrei-lhe que ainda há pouco dissera o melhor possível dessa pessoa, elogiando-a constantemente quanto às suas qualidades morais e profissionais.
Claro que reagiu mal e pouco faltou para nos zangarmos.
Agora, vim a saber que, afinal, esse que tinha sido posto de rastos, já não era mau, pelo contrário: é que fizera-lhe um favor dos grandes, revelando a sua amizade.
E vai de dizer o melhor possível do homem, gabando-o com a maior largueza.
Fiquei pasmado, mas já não caí em lhe chamar a atenção para o que antes lhe ouvira.
Para quê?!
Temos é que nos irmos habituando a lidar mesmo com os que não têm personalidade para que a vidinha corra sem muitos atritos...
Só que tenho o direito – e esse ninguém mo tira – de pensar o que essa gente é, acautelando-me, no futuro com ela.

 

O seu a seu dono

Há os que se pavoneiam com louros que não são seus!
Eles é que fizeram, eles são os que têm influência, eles é que mandam seja em quem for, etc.
Quase sempre atravessam-se descaradamente no que outros estão a conseguir e fazem, em caso de êxito um tal “ espalhafato” que parecem ter sido eles os melhores do mundo, os heróis, mesmo que não lhes seja devido tal êxito.
Hoje, isso é infelizmente muito normal. Quando com descrição e bom senso alguém, está a diligenciar por obter isto ou aquilo, aparecem, num caminho até já desbravado por outrem, os que se metem a “ tralhão” e tudo fazem para tomar conta do que se está a passar.
E mesmo quando tal acontece e se consegue êxito não por uma sua acção, eles é que foram os bons, eles é que resolveram o caso, etc, etc.
São incapazes de dar o seu a seu dono, como se costuma dizer.
E há quem acredite neles, o que é bem pior.

 

O departamento de urbanismo debaixo de fogo

Na última sessão camarária a Vereadora socialista Engenheira Aida Bicho foi “ a estrela” no ataque à forma pouco correcta como se está a tratar certos assuntos no departamento urbanístico.
E a verdade é que o próprio Presidente, ouvindo as considerações daquela Vereadora, acabou por lhe dar razão, retirando da sessão um processo para ser reavaliado e concordando em que as comparticipações deviam ser pagas em dinheiro e não em géneros (isto em relação a um empreendimento no Vale dos Vigários, Serra da Boa Viagem).
Quer dizer que Aida Bicho convenceu quanto aos melhores interesses para o Município, que não eram, afinal, os que o departamento de urbanismo propunha.
Não há como estudar bem os processos e sabê-los interpretar.

 

Mais um maremoto em Java

Com base num sismo da magnitude 7,7 ocorrido no mar, este teve ondas de 3 metros, que invadiram a ilha de Java (a mais populosa da Indonésia) ali causando a destruição de muitos edifícios e de, pelo menos, 350 mortos até agora, mais de 400 feridos, mais de 250 desaparecidos e 6 mil deslocados.
Foi um segundo tsumani em poucos meses!
O sismo foi sentido a 380 quilómetros mas só causou prejuízos em Java.
E contra esses acidentes...nada há a fazer.

 

Israel continua a sua escalada de guerra

Ontem, à noite, os ataques ao Líbano foram ainda de maior violência!
Não escaparam sequer bairros residenciais de civis e só num prédio morreram oito pessoas da mesma família!
A destruição da parte sul de Beirute é quase total e são milhares de libaneses que estão a tentar sair do país.
Que está a acontecer, perante a ainda passividade da comunidade internacional, já não é apenas um foco de guerra, é, sim, mesmo uma guerra que poderá prolongar-se e alastrar a outros países.
É, pois, urgente que as Nações unidas tomem uma decisão que seja capaz de por termo à verdadeira catástrofe que está a verificar-se.

 

O optimismo do Governador do Banco de Portugal

O Dr. Vítor Constâncio, que ainda há uns meses se mostrava preocupado com o pouco crescimento da economia nacional, está agora mais optimista, revelando ontem na Assembleia da República que, devido principalmente ao significativo aumento das exportações, o crescimento já ultrapassou 1%.
Mais: disse ser sua convicção, se porventura não surgir qualquer circunstância anómala imprevisível, que Portugal conseguirá satisfazer neste ano o índice do défice exigido pela Comissão Europeia.
É uma boa notícia, vinda de quem vem, pois Vítor Constâncio é quase sempre pessimista.

segunda-feira, julho 17, 2006

 

Os “ chatos das vendas”...

Embora reconheçamos que todos precisam de ganhar a vida, o certo é que, agora, há uma “ chusma” de vendedores dos mais variados produtos!
É nas ruas, é pelo telefone, é nas nossas casas que eles nos aparecem e, com uma insistência aborrecida tentam impingir-nos o que querem vender.
Vemo-nos obrigados a fugir deles ou, por vezes, a sermos mais duros nas palavras para os afastarmos.
E, para além, destes vendedores inconvenientes e alguns deles perigosos pois usam da mentira e de promessas falsas, levando os incautos no chamado “ conto do Vigário” ainda há a “ pedinchice”, quase sempre pelo telefone e a horas despropositadas!
Nunca, como agora, tal se viu e isso é bem sintomático: é a necessidade de ganhar dinheiro a todo o custo!

 

O voluntariado

Ouvimos, há dias, alguém falar sobre o voluntariado que actua no IPO de Lisboa.
Com enorme dedicação, já com uma organização que é respeitada contando com membros desde jovens até à terceira idade.
Todas as acções diariamente realizadas são planeadas e mesmo as que, por vezes, se têm que improvisar, perante situações de solidão, têm todas elas na base um grande espírito de entrega, uma enorme afabilidade e uma vontade de assistir o melhor possível aos doentes.
Felizmente que nos tempos de hoje o voluntariado vai sendo bem aceite nas instituições onde existe e, sobretudo, nos hospitais onde os profissionais o acolhem com simpatia e com a ajuda possível.
Como em tudo, a organização é essencial para que se alcance mais facilmente e com maior eficácia a finalidade que se pretende.
Claro que, sem mesmo um regulamento, digamos assim, e sem um planeamento de trabalho, os voluntários serão sempre bem vindos.
Mas, na verdade, com organização tudo será melhor.
No Hospital da Figueira, ainda no tempo do interior Conselho de Administração, estava a tentar-se oferecer-se aos dedicados voluntários que por lá vão dando a sua solidariedade, um regulamento que serviria de base à sua organização.
Cremos que, infelizmente, não se adiantou nada quanto a esse ponto, o que é pena.
Como pena é que o nosso Hospital não tenha ainda um Grupo de Amigos do Hospital, que poderia ter uma acção relevante quanto ao auxílio preciso para um seu melhor apetrechamento.

 

Ruas de mar alto na cidade!

Já aqui falámos dos pavimentos muito irregulares com que ficaram as ruas, empedradas de novo, entre o mercado e o jardim e a Rua da República
Ouvimos, há dias, chamarem-lhes as ruas do mar alto!
E, na verdade, quem por elas passa de automóvel sofre balanços e mais balanços parecendo efectivamente que está a navegar num mar revolto.
Quem for doente dos rins, sujeita-se a uma cólica, senão quiser descobrir e utilizar outros percursos.
Para além, claro, do mal que aquilo faz às suspensões dos carros.

 

Sócrates quis dar contas ao PS

Em Aveiro, o Secretário-Geral do PS quis, de certa forma, responder àqueles militantes que o estavam a criticar pelo facto de se estar a afastar do Partido, pouco lhe ligando antes de tomar as principais decisões governamentais.
Mas, a verdade é que, embora por vezes com uma irritação que não lhe é habitual, Sócrates muito pouco disse que satisfizesse quem o ouviu!
Repetiu praticamente o que já tinha sido feito pelo Governo e que era do conhecimento de todos, não tendo porém, uma palavra de desculpa ou mesmo de justificação quanto à circunstância de os principais problemas nacionais e as suas mais adequadas funções passarem ao lado do Partido.
Pareceu-nos que Sócrates apresentou-se com um certo cansaço e com um ar de superioridade que nada beneficiou a sua intervenção.
A Governação é, de facto, esgotante, sobretudo quando é difícil, e talvez o Secretário-Geral do PS esteja mesmo a precisar de férias que, desde já, desejamos sejam retemperadoras, porque os dias difíceis não param...
Oxalá seja só cansaço e não uma sua transformação temperamental!
Ele esteve bem no debate da Nação há dias na Assembleia da República e é preciso que continue, embora talvez mais apoiado pelo seu Partido que o quer naturalmente mais junto de si!

 

E a guerra voltou!

Quem conseguirá parar o que está a acontecer no Médio Oriente?!
Israel está, dia a dia, a aumentar a violência dos ataques à Líbia e à Palestina, causando já muitos mortos e provocando uma enorme destruição de casas e infra-estruturas.
E iniciou esse ataque bélico sem tentar sequer um diálogo através das Nações Unidas, seguindo o mau exemplo dos EUA e doutros na guerra do Iraque.
Claro que o que está em causa não é apenas o rapto de um soldado israelita, que se deseja ver libertado.
Nem a atitude de Israel se pode justificar como sendo um meio de defesa.
Esta deve ser sempre proporcionada e o que está a suceder não é nada disso!
Conseguirá a intervenção dos delegados das Nações Unidas, que já estão na zona, levar as partes em confronto a uma solução que reponha a paz?
Difícil é, mas...talvez!

 

Padre Américo

Fez ontem 50 anos que morreu, num acidente de viação, o bom Padre Américo ou Pai Américo como muitos a quem ajudou chamavam com toda a justiça. Foi um sacerdote dinâmico, muito interessado em fazer o bem sobretudo às crianças abandonadas, sem família ou com família muito pobre.
Depois de muita luta conseguiu criar a casa do gaiato e a Obra da Rua.
Acreditando que não há rapazes maus, mas apenas infelizes, deu a mão a muitos, embora com grandes dificuldades, pois apenas pôde contar com a solidariedade privada.
Antes do Padre Américo, o que havia em Portugal eram os Reformatórios e os Asilos.
Na Casa do Gaiato, os jovens eram acolhidos e tratados com amor, dando-se-lhes uma boa formação moral e para além dela uma formação profissional, que fez de muitos, mesmo muitos que por ali passaram cidadãos válidos à sociedade.
O Padre Américo criou um jornal “ O Gaiato” em que muitos dos seus rapazes colaboravam e em que ele próprio, muitas vezes, fazia incluir uma prosa sua, que, pelas denúncias de miséria que fazia não agradava ao poder de então, merecendo o “ traço da censura”!
À sua maneira o Padre Américo foi um revolucionário e falou e escreveu sempre com frontalidade contra o que achava estar mal!
A obra do Padre Américo espalhou-se por vários lugares do país e, pouco a pouco, mobilizou muito sacerdotes que continuaram aquela obra.
E são muitos os que ainda hoje estão gratos à educação e formação que receberam nas Casas do Gaiato.
Agora também essas instituições estão a sofrer com problemas relacionados com o seu actual funcionamento, estamos em crer que tudo se resolverá e que o espírito que levou o Padre Américo a criá-las acabará por vingar.
Mas, seja como for, não se pode deixar de esquecer quem como o Pai Américo foi um grande homem e um sacerdote exemplar.

sexta-feira, julho 14, 2006

 

Até que enfim!

Dois dirigentes do PS na Madeira tiveram a coragem de processar judicialmente Alberto João Jardim por injúrias.
Já não era sem tempo que alguém assim procedesse contra quem se arroga o direito de dizer dos outros tudo o que quer sempre com grande dose de má educação...
Na verdade, já há muito, aquele que julga ser o dono e senhor da Madeira está a merecer pelos impropérios, em que não escapam sequer os mais altos responsáveis do país, que seja chamado aos tribunais para aí prestar contas de uma conduta nada civilizada e até, muitas vezes antidemocrática.
Nada está bem para aquele homem, ele é um poço de vaidade, arrogância, que se acha com o direito de atacar tudo e todos!
Está-se “ marimbando” para as regras e convivência democráticas.
É ele, ele, ele, o esperto, o sabichão, o único capaz de tratar de dar a todos os problemas a melhor solução!
Já em tempos, não muito recuados, houve quem se lhe assemelhasse...
Pois, agora, no tribunal terá de defender-se da acusação de ter chamado “ macacos”
( são mesmo macacos, como repetiu) aos dirigentes do PS na Madeira.
É bem certo que há quem não se conheça, quem queira mandar sozinho, quem tenha vocação para imperador e não para Chefe Democrático.

 

A ofensiva bélica de Israel

Nos últimos dias, o Líbano tem sido alvo de ataques aéreos e de armas pesadas, com consequências graves para aquele país.
Apresar de já condenada essa acção de Israel, o certo é que parece que nada a fará parar, enquanto não forem restituídos à liberdade dois reféns judeus.
Também Israel está a seguir uma apolítica errada e perigosa, podendo desencadear mais um duradouro foco de guerra naquela zona.
Não se aceita que Israel continue a provocar a destruição e mortes no território palestiniano e também agora tenha iniciado uma ofensiva bélica em grande escala contra o Líbano, sem sequer ouvir as Nações Unidas.
Estas, no entanto, já mandaram um seu delegado para aquela zona, afim de tentar acabar com o que poderá despoletar uma sangrenta guerra.

 

A Câmara da Figueira como exemplo

O Ministro da Agricultura teve palavras de elogio para a Figueira no que toca à prevenção e gestão florestal.
E desejou que o bom exemplo que aqui apreciou possa frutificar noutros municípios.
É claro que essa atitude do Governante agradou principalmente e com justiça ao Vereador Lídio Lopes, que, com muita dedicação tem pugnado, nem sempre encontrando facilidades, pela melhor protecção da Serra da Boa Viagem quanto a fogos florestais.
Para o Ministro Jaime Silva “ o problema do combate, hoje, só existe porque passámos anos e anos a não ter gestão activa na floresta e porque não foi feito o trabalho de casa”.
Ora, felizmente, parece que na verdade na Figueira se tem feito esse trabalho de casa.
Quando há vontade de acertar nem tudo corre mal.

 

A distribuição de prémios escolares da Escola Infante D.Pedro

Como já é habitual, esta Escola realizou hoje uma sessão Presidida pela Vereadora da Educação da Câmara, Drª Teresa Machado para se proceder à distribuição dos prémios escolares correspondentes ao ano lectivo que findou.
Na mesa tomaram lugar os representantes dos patrocinadores desta actividade de Escola: Junta de Freguesia de Buarcos, Magenta, Porto Editora, Caixa Geral de Depósitos, sendo certo também que colaborou a Portucel – Soporcel, que não esteve representada por motivo de força maior.
Abriu a sessão o Presidente do Conselho Executivo, Mestre Pedro Mota Curto, o qual depois de saudar e agradecer a presença não só dos membros da mesa mas de muitas pessoas, alunos, seus familiares e professores que enchiam a sala, fez um discurso conceituoso, pois além de explicar a razão de ser dos prémios que iam ser distribuídos e que gratificavam o mérito dos alunos, fez considerações muito oportunas sobre o problema que está a afectar a classe do docente, que não é mais de uma campanha contra os professores, injustificada na medida que não deve generalizar-se a ideia de que todos os males no sector da Educação advêm daqueles.
É que, como em todas as profissões, há bons e maus, sendo certo, por exemplo que na Escola Infante D. Pedro tem havido um esforço grande e constante no sentido de combater o insucesso, nela havendo muito bons alunos e muito bons professores.
Registou que a aluna Filipa Traqueia obteve 100% no exame nacional de Matemática, sendo, entre outras a melhor do país. E um outro aluno, também a Matemática, obteve 95% naquele exame.
De registar o discurso da Drª Conceição Caleia, Presidente da Assembleia de Escola, que, também com muita clareza e justeza, fez algumas importantes considerações sobre o que está a passar-se na Educação, sobretudo quanto ao que de mau se tem dito em relação aos professores.
De realçar o discurso da Vereadora, Drª Teresa Machado, que falou nessa qualidade, fazendo, no entanto, questão de dizer que também falava como professora que é. Emitiu a opinião que a única forma de contrariar a campanha contra os professores residirá num esforço conjunto deles para que consigam provar que, na verdade, não devem ser apreciados negativamente.
Foram distribuídos cerca de 30 prémios de diversa natureza.
Felicitamos a Escola Infante D.Pedro e os seus responsáveis pelas muitas e importantes actividades que têm sido realizadas, com a preocupação de, cada vez melhor, alcançar uma melhor inserção na sociedade figueirense.

quinta-feira, julho 13, 2006

 

Os 50 anos da Fundação Gulbenkian

Este significativo aniversário da mais prestigiada Fundação Portuguesa vai começar a comemorar-se no próximo dia 18 e prolonga-se até 2007.
Das comemorações fazem parte valiosas exposições de arte, concertos musicais, publicação de livros e várias conferências.
Bem merece a Gulbenkian que se assinale condignamente os seus 50 anos de existência, em que, durante muito tempo, funcionou como um Ministério da Cultura, como alguém já disse.
Tem sido verdadeiramente notável a sua acção no mundo cultural, artístico e científico.
E não se pode esquecer, neste momento, o muito meritório trabalho das Bibliotecas Itinerantes que percorriam todo o país, levando às populações dos mais recônditos lugares a instrução e a cultura. Foi pena ter-se acabado com essas Bibliotecas pois ainda hoje muitos portugueses poderiam com elas cultivar-se mais.
De registar também os muitos bolseiros que a Fundação tem, ao longo dos anos, mantido no estrangeiro, dando-lhes a mais variada formação e proporcionando-lhes a possibilidade da investigação científica em vários campos.
Muitos desses bolseiros estão hoje, que no país quer lá fora, em lugares de relevo em múltiplos sectores de actividade.
A ajuda assistencial tem sido enorme, com importantes doações a hospitais, instituições de solidariedade social e a outras obras de auxílio aos mais carenciados.
Neste 50º aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian, homenageamos a memória do seu benemérito fundador e também a do Dr. José de Azeredo Perdigão, seu dinâmico e inteligente continuador, que exerceu com brilho o lugar de primeiro presidente do Conselho de Administração da Fundação.

 

O novo Serviço de Urgência do Hospital dos Covões

Este Serviço recebeu grandes obras de remodelação, ampliação e melhor apetrechamento, que custaram 4,9 milhões de euros.
Foi um benefício enorme para aquele Hospital e pode dizer-se, com verdade, que Coimbra passou a dispor de um Serviço de Urgência que será dos mais modernos e avançados do país, quer quanto a equipamento quer quanto a instalações quer ainda quanto ao modelo organizacional.
Congratulando-nos com tão boa notícia, não podemos contudo deixar de lamentar que o Serviço equiparado do nosso Hospital continue com poucas condições de atendimento, só supridas pela boa vontade, dedicação e saber dos profissionais que ali trabalham.
É, realmente, urgente que tal Serviço receba também obras idênticas às que se realizaram no Hospital dos Covões porque, efectivamente, será cada vez mais difícil trabalhar com a devida eficácia dispondo de acanhadas instaurações e de deficientes condições de acolhimento e atendimento.
Quando será?!

 

As despesas com as deslocações dos deputados

Este assunto vai, finalmente, ser analisado, pois era um escândalo que alguns deputados recebessem fosse o que fosse quando, na verdade, não se deslocavam sequer aos seus círculos eleitorais!
Cremos que, agora, vai exigir-se um comprovativo das viagens que os deputados dizem ter feito.
Se assim vier a acontecer, é essa medida de toda a justiça, porque há deputados que ao fim do mês, recebem quantias, por vezes elevadas com referência a deslocações que não fizeram!
O exemplo da verdade e da seriedade tem que vir de cima!

 

Um bom sacerdote

Há dias foi-me dado a conhecer o diário de um sacerdote, com quem, há já anos, tinha um bom relacionamento e que recentemente faleceu.
Sabia que ele era na verdade um homem bom, com as melhores qualidades morais, entre as quais não faltavam a solidariedade, a humildade, a rectidão, a discrição em todos os seus actos, a bondade.
Era enorme o seu entusiasmo ao falar da fé e grande e constante o seu desejo de fazer o melhor apostolado.
Grande também a sua aceitação dos outros, fossem quais fossem as suas posições, aos quais ainda demonstrava muita abertura e compreensão, sem contudo, abdicar um milímetro do programa de vida que desde novo abraçara.
Desprendido dos bens materiais, tudo o que tinha era para ajudar os necessitados.
Naquele seu diário, que tive o privilégio de ler uma parte, não tive novidades quanto à elevada estatura moral e intelectual daquele padre.
Impressionou-me, sim, a simplicidade das suas palavras e, sobretudo, esta frase: fazer o bem bem feito!
Isso serviu para uma minha reflexão quanto ao que fazem o bem por exibição, por vaidade, para se promoverem.
Fazer o bem bem feito é difícil, mas é como deve ser realizado para que tenha o valor devido.
Segundo me disseram, mesmo horas antes do seu falecimento, sofrendo dores horríveis conseguiu ainda escrever nesse diário que sentia uma grande paz e que a morte que se aproximava era para ele uma passagem feliz e alegre, desejando que a missa de corpo presente fosse muito cantada.
Esse bom sacerdote, com quem cheguei a ter longas conversas ( mas nunca discussões) jamais será esquecido por mim.

quarta-feira, julho 12, 2006

 

E o Mundialito foi-se também

Um dos eventos que, durante alguns anos, marcou a animação de Verão também já não se realiza este ano.
E o mesmo vai acontecer com o “ Trio Eléctrico” ( com este nunca simpatizámos).
Invocou-se um excesso de poluição sonora e o desejo de se oferecer a quem vem passar férias à Figueira um ambiente mais calmo e sereno.
Mas, é claro, não será só isso que levou a reduzir e muito o programa de animação turística, é, sim, como se sabe, a necessidade de contenção de despesas.
Alguém gastou demais e, agora, esta Câmara está a sofrer as consequências!
O que não se deve é dizer que pelo menos um Mundialito já não despertava interesse do público, pois, na verdade, conseguia angariar verdadeiras enchentes. Mundialito que, em abono da verdade, se deve dizer que se iniciou numa Câmara Presidida pelo já falecido Engenheiro Aguiar de carvalho e não, como já se ouviu e escreveu, na Câmara de Santana Lopes.
A situação financeira da Câmara é má e não se podem fazer “ morcelas sem sangue, como costuma dizer-se.
Mas o que há é saber encontrar as melhores prioridades e quer-nos parecer que, infelizmente, a contenção de despesas está a fazer-se em relação à programação turística, mas não se faz quanto aos elevados ordenados de alguns administradores das empresas municipais, dos assessores da Câmara, etc.
Bons tempos em que no programa de animação havia: o festival internacional de cinema, o festival internacional de música, a gala dos pequenos cantores, o concurso hípico, provas de ciclismo, de motos, de remo e de vela, festivais folclóricos, cortejos das freguesias, uma europeade com a participação de muitos grupos floclóricos e etnográficos de muitos países europeus, além das tradicionais festas da cidade e do Carnaval, festas organizadas pelos Serviços de Turismo, no Casino, no Coliseu, etc.
E dispunha-se, então, de poucas condições logísticas e também económicas.
Mas o que havia era a boa vontade e dedicação do pessoal do Turismo e também o bairrismo de muitos figueirenses dispostos a organizar e trabalhar gratuitamente tais eventos!

 

300 assessores na Câmara de Lisboa

É verdade: na edilidade da capital há 300 assessores, que gastam em ordenado vários milhões de euros por ano.
Não contando ainda com cento e tal pessoas que prestam serviço com recibo verde!
É, realmente, uma vergonha que, numa época como esta, de enorme crise, se contratem tantos “ auxiliares”, de certo amigalhaços ou da mesma cor política.
Quando será que haverá decoro e a política deixe de servir interesses pessoais?

 

Só para registar!

Por ano morrem, no nosso país, cinco mulheres vítimas de maus-tratos domésticos.
O Pediátrico de Coimbra anunciou também ter havido 1400 casos de maus-tratos em crianças, durante 20 anos.
Isto em Coimbra e em todo o país quanto mais casos terá havido e estão a ocorrer dia a dia?!
E o que se tem feito para acabar com esta violência?!

 

Zidane o melhor do mundial!

Um bom atleta não é apenas aquele que tem bons dotes desportivos mas também nele deve haver uma boa conduta humana.
Porque assim entendemos não concordamos com a distinção concedida pela FIFA, considerando-o o melhor do campeonato do mundo.
Claro que nos disseram que tal distinção foi dada antes da lamentável e surpreendente atitude agressiva de Zidane em relação a um jogador italiano, agressão que todas as televisões mostraram bem.
Só que, depois dessa, muito censurável conduta de Zidane, a FIFA devia, em nosso entender, ter a coragem de retirar a distinção que lhe concedeu.
Por muita consideração que tenhamos por aquele jogador de futebol e por muito que apreciemos os seus méritos, o certo é que, sobretudo no último jogo que ele fazia pela selecção, a sua despedida ficou, sem dúvida, ensombrada.
Não merecia, pois, sair do mundial como o melhor.

 

A fábrica Opel vai encerrar

Infelizmente, ontem a Administração da General Motors anunciou já a sua decisão, irrevogável de fechar aquela fábrica.
Os postos de trabalho directos e indirectos, ascendem a quase 2000!
Quer dizer que aumentarão substancialmente os desempregados.
Chegou-se a ter a esperança de que o nosso Governo tivesse a influência precisa para evitar essa posição de consequências tão graves. Mas, não!
Seria até interessante que ficássemos a saber, com rigor, quais as diligências que o Governo desenvolveu para suster aquela decisão da GM.
Decerto que o Ministro da Economia será chamado à Assembleia da República para dar as informações necessárias quanto ao que foi feito pelo Governo.
Muito embora aquele Ministro, logo no princípio do processo tivesse declarado que o Governo pouco ou nada poderia fazer para que não encerrasse aquela fábrica.
Mas, pelo menos, não deixou, decerto, de exercer a sua influência política em defesa do grave problema referente à fábrica da Azambuja.
Mas, pelos vistos, de nada valeu!
Porém tem o Estado o direito de através das estâncias comunitárias e dos tribunais se ressarcir pelos prejuízos causados com a violação do contrato oportunamente assinado entre o Estado e a GM.
E, pelo que já se ouviu na Assembleia da República a essa atitude que o Estado irá assumir.

terça-feira, julho 11, 2006

 

O 4º lugar para Portugal no Mundial de futebol

Depois de um grande sonho da maioria dos portugueses em se ir mais além ( admitiu-se até ganhar a Taça!), a selecção de Portugal quedou-se pela quarta posição.
E, é claro, agora já se diz que é muito bom estar entre as quatro melhor equipas do mundo!
Os sonhos foram e ficou apenas a realidade...
Fez-se o que foi possível?
Talvez não. Alguns dos nossos jogadores mostraram-se cansados e outros não renderam o que é habitual.
Pauleta, por exemplo, nunca esteve bem mas insistiu-se nele, a nosso ver mal. Deco só num jogo “ se mexeu “ bem, embora também abaixo das suas reais possibilidades. O mesmo quanto a Petit (este ainda com o azar de um auto-golo!). Figo, sim, foi sempre muito útil e apesar de ter muitos jogos nas pernas superou o cansaço, sendo sempre muito esforçado e a centrar como só ele sabe. Cristiano Ronaldo mostrou o entusiasmo da sua juventude prevendo-se para ele um futuro muito promissor, sobretudo se deixar o seu egoísmo.
Ricardo ficou na história do campeonato ao defender três grandes penalidades.
Quer-nos parecer que nem sempre o seleccionador usou da melhor estratégia, não aproveitando bem, por exemplo, Nuno Gomes.
Foi pena não se trazer, pelo menos, para Portugal um terceiro lugar.
Mas, mesmo assim a selecção teve uma entusiástica recepção à sua chegada a Lisboa.
E a mobilização que se conseguiu do povo Português durante todo o campeonato foi fantástica e deve-se, isso sim, à actuação de Scolari que dava um bom Ministro da propaganda, se houvesse esse lugar no nosso Governo.
Mais parecia que, com o futebol, estariam resolvidos todos os graves problemas do país...
Agora, as bandeiras e outros símbolos (e foram muitos de propaganda ao futebol Português) recolheram-se e a vida continuará com uma diária percepção da realidade do país que, em vez de euforia, nos trará, dia a dia, preocupação e tristeza.

 

A morte de José Vieira Marques

Com 72 anos, faleceu no dia 4, em Setúbal, aquele que foi Director do Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz, desde a sua primeira edição até à 31ª em 2002, a última daquele festival.
José Vieira Marques teve o privilégio de, pelo seu bom relacionamento no mundo do cinema trazer a esta cidade muitos realizadores portugueses e estrangeiros que estreando-se do certame figueirense chegaram depois a ter posições de relevo.
Vieira Marques foi um grande impulsionador dos cine-clubes e aproveitou a realização do festival para promover interessantes e valiosos colóquios sobre cinema e de crítica aberta aos filmes exibidos, com, por vezes, a intervenção dos seus autores.
Homem determinado, grande apaixonado do chamado cinema intelectual, conseguiu, com uma equipa de que se fez rodear, que o festival tivesse, durante muitos anos, inegável êxito, sendo considerado um valioso elemento cultural desta cidade.
Era, no entanto, uma figura polémica, que nunca quis organizar o festival em outros moldes, mais comerciais, mesmo quando se começou a notar um certo de interesse do público pelo tipo de cinema que ele sempre defendeu e fez questão de apresentar.
Várias vezes houve problemas e até rupturas e a Câmara, que sempre, subsidiou financeira e logisticamente o festival.
José Vieira Marques exerceu o cargo de professor do Curso de Tecnologia da Comunicação Audiovisual no Instituto Politécnico do Porto, estando, agora, a preparar um livro sobre a História do Cinema.
Vieira Marques e o festival foram oportuna e com justiça, distinguidos pela Câmara da Figueira da Foz.

 

Ramos Horta Primeiro-Ministro de Timor

Como se previa Ramos Horta tomou posse como Primeiro-Ministro de Timor, acumulando a Defesa, tendo constituído o seu governo que também já entrou em funções.
Xanana Gusmão assistiu ao acto de posse mas só Ramos Horta discursou revelando logo o seu firme propósito de restaurar a ordem em Dili e em todo o território, prometendo também um combate à pobreza.
Ramos Horta deu mesmo a entender que, embora tivesse possibilidade de vir a substituir o Secretário-Geral das Nações Unidas, que está de saída, preferiu assumir as funções governativas do seu país, servindo-o mais uma vez com vontade e dedicação.
Talvez em 2012 ele possa já pensar em ir para as Nações Unidas como disse.
Oxalá o prémio Nobel da Paz Ramos Horta seja feliz no seu novo cargo, pois o mais jovem país do mundo bem precisa de quem saiba orientá-lo, governá-lo.

 

Duas grandes fortunas que se juntam

O segundo homem mais rico do mundo Warren Buffet, decidiu doar 80% da sua riqueza à Fundação de Bill Gates, que se dedica a múltiplas obras sociais por toda a parte.
Mais um bom exemplo para aqueles a quem o dinheiro se acumulou nas suas mãos e o sabem usar bem.
A filantropia juntou aqueles dois homens e dela irão beneficiar muitos milhares de pessoas que vivem sem o mínimo para a sua sobrevivência.
É essa forma de repartir a riqueza por quem mais precisa que devia fortificar para que fosse possível um mundo melhor.

 

Seis bombeiros já morreram

A época dos fogos florestais começou muito mal.
Cinco sapadores chilenos e um bombeiro português encontraram a morte num incêndio em Famalicão da Serra.
O Português, segundo se noticiou, ainda tentou salvar os seus cinco companheiros estrangeiros, mas, infelizmente, foi ao encontro da morte!
Um suspeito de fogo posto foi detido mas, segundo já hoje se soube, veio a ser libertado.
Como é que ainda há quem teime em provocar voluntariamente fogos nas florestas?
Custa a crer, mas é verdade.
Para esses criminosos a justiça tem que ser dura!

 

O papel das Misericórdias exaltado por Ernani Lopes

Este ex-Ministro das Finanças, falando da chamada economia social, que tem na base a solidariedade, disse que as Misericórdias podem e devem ser aproveitadas pelo Governo para desempenharem importantes funções naquela área.
Há já, como se sabe, a União das Misericórdias que engloba cerca de 400 instituições espalhadas por todo o país.
Definindo o seu posicionamento e a sua melhor relação com o Estado, poderá ser através das Misericórdias que, decerto, será mais fácil e eficaz o combate que se impõe cada vez mais à exclusão e à pobreza.
Se muito as Misericórdias (pelo menos algumas delas) já têm feito nessa matéria, melhor resultado se alcançará se elas forem chamadas e integradas, digamos assim, pelo Governo numa bem pensada e cuidada política contra a pobreza.

 

Lucros fabulosos em 2005 para os bancos!

Forma da ordem dos 30% mais os ganhos líquidos dos bancos portugueses!
No entanto, a remuneração ao capital neles depositados não tem melhorado significativamente, mas já os ordenados dos seus dirigentes vão subindo em flecha...
Ainda se se visse que uma parte desses lucros seriam utilizados em acções sociais (que bem precisam de dinheiro). Mas não: fica lá tudo e é caso para dizer “ eles comem tudo. eles comem tudo, e não deixam nada”!
Seria até proveitoso e bem aceite, sobretudo pelos que têm preocupações sociais que o Governo fixasse, já que continua a privilegiar os bancos quanto a impostos, uma taxa anual com destino ao combate à exclusão social e à pobreza.
Isso, sim!

quinta-feira, julho 06, 2006

 

Ele anda por aí!

Há quem diga que o Dr. Pedro Santana Lopes em concorrer às próximas eleições.
Ele anda por aí, vai-se dizendo na convicção de que aquele político terá um propósito de voltar à Presidência da Câmara.
Não acreditamos, claro.
Alguém que, como ele, foi Primeiro-Ministro, embora por pouco tempo e sem êxito não estará nada disposto a “ retirar-se “ para a Figueira para exercer funções camarárias.
O que ele tem, como é natural, é amigos que aqui vivem e com quem gosta de conviver.
Sabe-se até que Santana Lopes quer voltar à advocacia, tendo já escritório, segundo consta, com um advogado figueirense residente em Lisboa. Além, evidentemente, d e continuar a ser deputado.
Não lhe faltará, decerto, que qualquer dia lhe venha a ser oferecida uma boa mordomia!
Portanto, que Santana Lopes venha à Figueira de que parece ter gostado tanto, ver amigos, tudo bem.
Mas, vir para começar a trabalhar como futuro candidato à Câmara da Figueira, não cremos.
Seja, porém, como for é tempo de os principais Partidos fazerem a sua reflexão cuidada quanto a quem melhor poderá disputar as eleições.
Lançar um candidato requer grande preparação e o próprio candidato, além de um certo perfil bem aceite pela população, precisa de inteirar-se com tempo dos problemas figueirenses, já que alguns, decerto, não são sequer do conhecimento público.
A escolha tem, na verdade, de ser muito bem pensada, não devendo cair-se na improvisação, nas pressas, nas precipitações.

 

O cinema no CAE

Era, como se sabe, a empresa cinemas millenium que era a responsável pela programação do Centro de Artes e Espectáculos mas aquela empresa denunciou agora o protocolo existente com a Figueira Grande turismo.
O argumento invocado foi a fraca rentabilidade da sala de cinema, não fazendo sentido continuar a programar.
Quer dizer que a programação no futuro será feita pelo próprio CAE e uma responsável daquela referida empresa municipal disse já que continuará a exibição de filmes aos domingos.
Mais um contratempo para a manutenção da actividade do CAE, manutenção que custa cada vez mais dinheiro.
Com as boas condições que há naquele edifício, não será de, de novo, procurar realizar na Figueira um Festival de Cinema, embora em moldes diferentes do que, durante muitos anos se fez nesta cidade e que veio a ter um certo prestígio atraindo muitos cinéfilos alguns mesmo estrangeiros.
E muitos locais do país têm o seu festival de cinema e não se queixam da falta de público.
Fazer reviver o festival na Figueira seria uma forma de mostrar que também aqui essa arte não está esquecida.

 

Matar por ...brincadeira!

Alguns dos rapazes que estão a responder em processo-crime pela morte dum transexual disseram em tribunal que apenas quiseram brincar com ele e que nunca tiveram intenção de lhe causar a morte.
Agredi-lo com violência e atirá-lo a um poço, ali o abandonando, não é na verdade, ter intenção de matar!...
Francamente, os arguidos naquele processo não podendo sofrer pena de prisão pelas suas idades devem, pelo menos, sofrer o máximo das sanções existentes na legislação especial para menores.
Quer dizer que devem, sim, recolher a um centro de recuperação mas em regime fechado.
É que se lhes for aplicado uma sanção em regime aberto podem eles “ por brincadeira” continuar a praticar maldades das piores!
Claro que esses menores deverão também ser acompanhados por psicólogos, pois estão ainda em idades em que será possível afastá-los de... mais brincadeiras de graves consequências.

 

Pode ser a salvação!

Por proposta do maior investidor da General Motors, a Renault e a Nissan mostraram-se, em princípio disponíveis para ser efectivada uma aliança entre as três empresas.
Porém, a Renault e Nissan requerem que seja a administração da GM a fazer tal proposta, que, de imediato será analisada.
Se tal aliança vier a verificar-se poderá ser a salvação da fábrica da Opel da Azambuja, o que seria excelente.
Entretanto, os funcionários da Opel decidiram, de acordo com a administração, suspender as greves, havendo esperança que com aquela referida solução ou outra se mantenha no nosso país a GM da Azambuja.
Oxalá!

segunda-feira, julho 03, 2006

 

Henrique Neto

Há dias, o grande empresário Henrique Neto foi entrevistado num programa televisivo.
E, francamente, impressionou-nos muito bem pela frontalidade e até coragem ( nos tempos de hoje vai sendo precisa coragem para dizer certas coisas!) como tratou de vários problemas relacionados com a economia e das políticas erradas, segundo ele, que estão a ser aplicadas pelo Governo.
Sendo Henrique neto militante socialista, já antigo, mais fiquei a admirá-lo pelas posições tomadas, muito embora discordemos dalgumas delas.
Mas falou “ sem papas na língua”, como costuma dizer-se e é timbre dele.
É que, hoje, infelizmente, vai havendo receio de falar abertamente, pois tal pode provocar certas crispações ou ainda mais.
Só que Henrique Neto não deve “ a cabeça a ninguém” , não espera nada da vida política, e dentro do grupo político de que faz parte sente-se realmente livre para dizer o que pensa.
Assim, fossem todos os que, estando num partido plural, se dispusessem a analisar e criticar, quando necessário as políticas sectoriais que vão sendo aplicadas e com as quais não se concorda!

 

E as contrapartidas negociadas?

Para que Portugal se decidisse a comprar vário material militar a uma empresa estrangeira obrigou-se esta a fazer um conjunto de encomendas a empresas portuguesas.
Mas, os nossos empresários queixam-se que, afinal, não têm havido quaisquer encomendas, sendo certo que o respectivo custo da compra feita já está em mãos estrangeiras.
Como é possível que não se acautelassem os interesses nacionais?
Quem é o responsável por um contrato em que apenas houve, até agora, o cuidado de receber o que se comprou e não de obrigar às contrapartidas negociadas?!

 

O mau feitio de Beckham

A “ estrela” da selecção inglesa revelou o seu mau feitio, atirando para o chão a braçadeira de capitão quando foi substituído, cremos que por lesão.
E já em Inglaterra, em conferência de imprensa renunciou ao cargo de capitão da equipa, embora mostrando-se disponível para continuar na selecção.
Ficamos sem saber se aquele acto pouco próprio de um desportista ficou a dever a uma má disposição em relação ao seleccionador que o mandou sair do tempo ou a outra qualquer razão.
Seja como for a sua atitude é reprovável, pois nada lhe custava entregar a braçadeira a um colega da equipa, não a atirando para o chão como o fez.
Enfim, nem os mais “ notáveis” deixam por vezes, de agirem com má educação.

 

As sociedades sem escrituras notariais

O Ministro da Justiça saiu-se com mais uma novidade!
As sociedades comerciais, sejam de que tipo forem não precisarão de ser constituídas através de escritura pública, o mesmo acontecendo com qualquer alteração ao inicial pacto social.
Entendemos que tal medida pode provocar problemas graves, pois um simples documento, mesmo testemunhado não tem, evidentemente, o mesmo valor jurídico de uma escritura pública, em que logo é atestada a veracidade e também o valor do que nela se contém.
O simples documento particular, digamos assim, poderá dar origem a problemas que se levantem quanto, por exemplo, à forma como foram feitas as declarações dele constantes. Foi com liberdade ou sob pressão que as declarações se prestaram? O que se escreveu nesse documento corresponde inteiramente à vontade das partes ou houve erro ou lapso quanto a tal? Claro que se problemas surgirem sempre eles poderão ser dirimidos nos tribunais. Mas, uma escritura pública tem uma força legal que um documento não tem.
Compreende-se a intenção da dispensa da intervenção notarial: a época é de facilitar a constituição das sociedades comerciais ou de qualquer sua alteração.
Mas será necessário chegar a tanto?!
Parece-nos que não, sobretudo quando estão em causa direitos societários que, quase sempre, acabam por trazer desentendimento entre os interessados.
A escritura pública, com a força legal que tem, facilitará sempre a resolução d e problemas pelos tribunais, se aí chegarem.

 

O Plano de Emergência e de prevenção quanto a fogos florestais

Lemos, há dias, num jornal diário, que na Figueira, bem como noutras, aliás poucas, cidades, ainda não foram apresentados planos daquela referida natureza.
Não acreditamos que o Vereador Lídio Lopes, sempre tão dedicado e cuidadoso relativamente a tão importante matéria, não tenha ainda, nesta altura do ano, promovido ou feito completar esse plano.
Mas o certo é que aquela notícia saiu e se não for verdadeira deve ser desmentida, para sossego de todos nós, já que toda a comunidade tem interesse em estar protegida de uma situação que poderá ser desastrosa.

 

Amar a vida

Ouvimos, ontem, num programa televisivo, debater as posições que se podem ter perante a vida.
Alguém disse que havia que gozá-la dia a dia, o mais possível fugindo de se embrenhar em problemas, pois a vida decorre num ápice e é preciso aproveitar os prazeres que ela pode oferecer, de momento a momento.
Outro, pelo contrário, disse que amar a vida não é tirar dela apenas os proveitos alegres, mas é, sim, ser útil aos outros, porque esse é, na verdade, o maior prazer que poderá resultar dela, pela satisfação íntima que proporciona.
Outro, ainda, abonando-se na sua crença religiosa não teve dúvida em opinar no sentido de que amar a vida é, ao fim e ao cabo, amar a Deus, porque é este quem a dá, vida que poderá prolongar-se para depois da morte se na terra aquela for vivida de acordo com a s regras cristãs.
Ora, agora somos nós a falar, há quem passe os dias a criar problemas, a martirizar-se com pessimismos e receios da morte ou então a gozar com egoísmo a vida, a desrespeitar os princípios morais, a não ter a noção de solidariedade, enfim a gastar a vida em bagatelas!
Deve, sim, amar-se a vida (quem não gosta dela?!) mas preenchê-la com actos dignos, frutuosos, tendo sempre em atenção que não estamos sós neste mundo e que há muitos que esperam de nós uma ajuda moral ou material, que aguardam que nós saibamos partilhar o melhor da nossa vida com eles.Amar a vida, sim, mas desta maneira, não a tornando vazia, oca, sem finalidades.

domingo, julho 02, 2006

 

Portugal nas meias-finais

Num jogo de muita emoção, impróprio para espectadores cardíacos, tivemos a grande alegria de ver a selecção portuguesa vencer a inglesa, embora apenas nas grandes penalidades.
Foi uma boa resposta à imprensa inglesa que, nos dias anteriores ao jogo, tinha feito uma campanha contra o valor dos jogadores portugueses e até do seu seleccionador Scolari.
É certo que a selecção de todos nós poderia ter resolvido o jogo sem ter que recorrer ao prolongamento e às grandes penalidades, até porque na selecção inglesa houve uma expulsão e logo de Rooney, jogador muito influente.
A selecção portuguesa jogou com cabeça. Co0m enorme vontade e mesmo algum sacrifício. E o êxito surgiu com a notável exibição de Ricardo que defendeu três grandes penalidades, o que constitui um recorde num campeonato do mundo.
A nossa selecção já honrou o nosso futebol e agora há que aguardar a meia-final que tem que jogar contra a França que, ontem, venceu inesperadamente os brasileiros.
A vitória sobre os ingleses foi justamente festejada em todo o país, em que foi exibida por todos os portugueses uma enorme satisfação.

 

O Presidente da Câmara de Gaia

Luís Filipe Menezes embora não seguindo inteiramente o procedimento inqualificável do seu companheiro de partido Presidente da Câmara do Porto também, em vários protocolos feitos com os jornais, impôs-lhes para receberem subsídios atribuídos a maior e elogiosa cobertura de eventos realizados no seu município.
Enfim, oxalá estas actuações não sejam imitadas noutras Câmaras porque são impróprias num regime democrático em que deve haver a liberdade de expressão e, portanto, também a de crítica.

 

A “ democracia “ de Alberto João Jardim

Este senhor, que há muito vem abusando do poder que dentem, não revelando saber bem o que é a democracia, fez, agora, mais uma das suas diatribes!
Excluiu a oposição da cerimónia do Dia da Região, dizendo que estava farto de a ver e ouvir...
Isto é, na verdade, o cúmulo de quem rejeita as regras democráticas, de quem não respeita a tolerância e os direitos dos adversários políticos.
Também o representante da república ficou de fora pois não está sequer incluído no protocolo da Madeira.
Mais: Alberto João Jardim atreveu-se a apelar ao Presidente da República para demitir este Governo, substituindo-o por um Governo provisório de unidade nacional, porque, se o não fizer, o país cairá cada vez mais num desastre!
Esqueceu-se aquele “ rei da Madeira” que o próprio Presidente da República tem já, por várias vezes, elogiado as políticas do Governo.
Mesmo contra as posições do seu próprio partido, ele vai fazendo o que muito bem entende e quer!
E revela, a todo o momento o seu propósito de se afastar do Continente, comprometendo a unidade nacional.
É, na verdade, demais tanta arrogância!
Mas o certo é que esse senhor continua incólume sem que ninguém com responsabilidade política o ponha no seu lugar...
Mais valia que Alberto João Jardim, em vez de tantas patacoadas que tem dito, se decidisse a resolver os grandes problemas de miséria que existem a poucos quilómetros do Funchal.
É que a Madeira, como ele pensa, não é só o Funchal.

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