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quinta-feira, janeiro 27, 2011

 

A crise na agricultura

Mais de 100 mil explorações agrícolas já cessaram as suas actividades por não suportarem as dificuldades financeiras.
Foram muitos os que ficaram sem emprego, em localidades em que não há possibilidade de trabalhar noutros sectores e, no entanto a produção dessas explorações era muito precisa, não só para o consumo interno, mas mesmo para a exportação.
A falta de apoios, inclusivamente os que poderiam vir da União Europa, foi talvez o que mais contribuiu para a situação grave em que se encontra a agricultura em muitas regiões do país.
E o certo é que Portugal tem que devolver á EU alguns milhões de euros pela má fiscalização na aplicação das verbas que nos foram concedidas para apoio á agricultura!
Depois, dizem que tudo é falta de dinheiro…

 

O PS rumo ao Centro?

Há quem diga que o PS, no próximo congresso de Março, tentará fazer uma “recentragem” política, isto é, irá definir-se como Partido do Centro.
Mas ainda mais!?
É que, na verdade, tem havido um afastamento da esquerda democrática, adoptando o governo sustentado pelo PS, políticas que não são efectiva e basicamente de esquerda.
Já vai longe o tempo em que se dizia que o PS tinha “metido na gaveta o Socialismo”!
Claro que as circunstâncias evoluem e há que fazer uma adequada reformulação e adaptação das posições dos partidos às mudanças, que se vão operando na sociedade, mas daqui até “mexer” nos princípios básicos em que assentam é que nos parece inaceitável.
Será admitido por aqueles que aderiram ao PS como verdadeiro Partido da esquerda democrática?!
Não irá o que se pretende propor no congresso de Março criar divisões sérias no interior do PS.

 

As indemnizações nos despedimentos

Mais uma “machadada” nos direitos dos trabalhadores.
O governo propôs no Conselho de Concertação Económica e Social que, para futuro, em caso de despedimento o trabalhador só terá direito a uma indemnização no montante de 20 dias por cada ano de trabalho, no limite máximo de 12 meses.
Até agora o trabalhador despedido tinha direito á indemnização de um mês por casa ano de trabalho e sem limite inferior aos anos que tinha de trabalho.
Claro que a alteração á lei vigente agradará aos “patrões”, mas que dirão os sindicatos!?

 

Era só o que faltava! ...

Carlos Silvino, conhecido por Bibi, principal acusado no mega-processo Casa Pia, veio agora em entrevista á “Focus”, declarar que mentiu ao denunciar todos os que se respondem naquele processo por vários crimes de pedofilia.
E disse que assim procedeu por ter sido obrigado e por estar drogado com muitos medicamentos que tomava e que o afectavam mentalmente, e ainda porque a PJ o induziu a isso.
Quer dizer que, segundo ele, não há razão para o Tribunal condenar os arguidos!
Mas porquê só agora essas declarações do Bibi? Será que ele esteve todo este tempo mentalmente afectado? O que faz Bibi ter neste momento como que um “rebate de consciência”?
Só faltava este último episódio para se tentar um bom final para esta tão repugnante telenovela do processo Casa Pia!
Enfim, neste país tudo de muito estranho e mesmo anormal se vai passando.
Como devem sentir-se aqueles que foram abusados sexualmente?
A posição agora assumida por Bibi é como “uma bomba atómica”, com que se procura eliminar tudo o que consta no processo (e nele não há apenas a confissão de Bibi), processo que na 1.ª Instância durou mais de 7 anos.
Muito dinheiro ou influência poderosas estarão por detrás deste actual procedimento de Bibi.

 
“Sócrates conseguiu resolver a questão á sua esquerda, mas não a questão da mudança de ciclo político.”

(editorial do Público de 25 do corrente)

 

Ler e Meditar:

“As últimas eleições mostram que o nosso país está mais dividido que nunca.”

(Mário Soares no Diário de Noticias de 25 do corrente)

terça-feira, janeiro 25, 2011

 

E os Portugueses votaram

O que, há muito se dizia na comunicação social e nas sondagens como resultado das eleições presidenciais veio a confirmar-se.
Em exemplo do que tem acontecido com os seus antecessores, Cavaco Silva foi reeleito na primeira volta, embora com menos 520 mil votos do que na sua anterior eleição.
A grande percentagem da abstenção (a maior de sempre) não lhe retira legitimidade para exercer o seu alto cargo.
Mas, neste mandato, Cavaco Silva terá que mostrar que foi sincero quando, nos seus discursos de campanha, se assumiu como severo crítco quanto a questões como: a forma que considerou injusta como se procedeu á redução dos salários e das pensões de reforma, a pouca eficácia no combate á pobreza e ao desemprego, ás desigualdades sociais e á má distribuição da riqueza, as deficientes políticas em relação aos jovens, etc.
É que, na verdade, no seu mandato anterior, não hesitou em promulgar vários diplomas que, de acordo com o seu pensamento que expressou agora na campanha, devia ter vetado.
De lamentar: Cavaco Silva, no seu discurso de vitória., quis usar de muito azedume e crispação mesmo rancor em relação aos outros candidatos, não os saudando sequer, como é um bom hábito em democracia. E revelou a sua vaidade, considerando-se como que “salvador da pátria”, não falando, porém, quanto ao futuro.

Enfim, aguardemos se vai ou não exercer, desta vez, uma sua magistratura activa, defendendo como disse repetidamente na campanha, os idosos, deficientes, reformados, os pobres, os que precisam de melhores cuidados médicos, a maior dignificação dos trabalhadores e os seus direitos, um sistema de justiça mais credível.
Quanto a Manuel Alegre, foi sem dúvida prejudicado aceitando o apoio do PS e do BE, pois necessariamente ficou “espartilhado” na sua acção eleitoral, não podendo atacar o governo do seu partido nem apoiar claramente o discurso do BE.
Do próprio interior do PS houve uma nítida falta de colaboração na sua campanha.
E é de estranhar, que José Sócrates tenha dito na declaração que prestou na noite das eleições que,”todo o PS esteve com Manuel Alegre” realmente tal não se verificou de norte a sul do País, apenas apareceram em alguns actos de campanha alguns responsáveis socialistas, sendo certo, porém, que outros até em declarações públicas revelaram não apoia o candidato do seu partido.
Acresce que muitos votos em Cavaco Silva, foram, sem dúvida, votos de protesto em relação ao governo do PS que está desgastado e que tem angariado, dia-a-dia, o descontentamento em vários sectores sociais.
Manuel Alegre não merecia tão grande desaire eleitoral, mas há, decerto quem se tivesse alegrado com tal, vendo nisso a realização de uma sua vingançazinha! …
Dos outros candidatos, a surpresa veio de José Manuel Coelho, que fez uma campanha sem quaisquer apoios, nem grandes gastos, e de forma muito original, tendo recebido na sua Madeira 39% dos votos, logo a seguir a Cavaco Silva, o que poderá vir a ser um estorvo” para Alberto João Jardim em futuras eleições regionais.

Fernando Nobre, embora revelando inexperiência política, impôs-se ao eleitorado pelo seu bem conhecido passado humanista e de solidariedade para com os mais carenciados, em várias partes do mundo.
Obteve a vitória da cidadania, como disse, mostrando que um independente pode “bater o pé” aos partidos.
Os restantes candidatos não fugiram ao que se esperava.
Os portugueses votaram, recusando a mudança, que a Esquerda defendia.
Mas há que considerar que mais de metade dos eleitores não votaram o que é preocupante.
Qual será a origem desse desinteresse?!
Eis um motivo sobre o qual se impõe fazer uma reflexão seria e profunda sobretudo por parte dos Partidos.

 

Ler e Meditar:

“Correu tudo com normalidade absoluta: menos de metade dos portugueses elegeu um presidente da República pela confortável maioria absoluta de ¼ do total dos eleitores.”

(Manuel António Pina, no Jornal de noticias de ontem)

sexta-feira, janeiro 21, 2011

 

A eleição para o Presidente da República

É já no próximo dia 23 que os portugueses serão chamados a escolher o futuro Presidente da República.

Se é importante qualquer acto eleitoral, por representar a participação cívica e política dos cidadãos, a próxima eleição reveste-se de excepcional interesse, porquanto havendo no país uma grave crise económico-financeira e social, a opção a fazer no dia 23 deve ser muito ponderada pelos eleitores, já que dessa opção resultará ou não uma mudança de rumo que é tão necessária.

Oxalá haja uma grande participação dos eleitores, aos quais compete cumprir um dever cívico do maior significado.

Que ninguém, com direito a voto fique em casa.

Eu votarei “Alegremente”!

quarta-feira, janeiro 19, 2011

 

Ao que chega o candidato Cavaco Silva!

Tudo lhe tem servido para fazer demagogia e para pressionar o eleitorado.

Desta vez até se atreveu a dizer que seriam muitos os gastos com uma segunda volta…

Como se isso fosse razão para se evitar essa segunda volta se tal for necessário quis a vontade dos eleitores.

A referida afirmação de Cavaco Silva é até anti democrática, pois pretende por em causa o que é próprio de uma eleição democrática.

Cavaco Silva parece, sim, ter medo de uma segunda ronda eleitoral, não acreditando nas sondagens que por ai vão sendo conhecidas.

terça-feira, janeiro 18, 2011

 

Novo arranque da campanha de Manuel Alegre

Que disse que as eleições serão ganhas por Cavaco Silva na primeira volta?!

Por mais que alguns órgãos de comunicação social tenham vindo a apostar mesmo inclusivamente, com sondagens inéditas, como os que se referem á honestidade competência e experiência daquele candidato e dos outros, o certo é que, o comício de Coimbra conseguiu dar resposta àqueles que não hesitam em privilegiar e exaltar a campanha do ainda Presidente.

Esse comício, pelo bom nível dos discursos ali proferidos e pelo entusiasmo de muitas centenas de pessoas que a ele assistiram, constituiu um acto muito marcante na campanha de Manuel Alegre, sendo mais um passo para o seu êxito.

Até ao dia 23, muito pode ainda acontecer e oxalá aconteça a favor de Manuel Alegre, que é o candidato com melhores condições para contribuir eficazmente para mudar a politica deste país, com mais justiça social, menos desigualdades, maior desenvolvimento e progresso, com maior valorização e dignificação do trabalho e de quem o presta.

 

Nem a saúde escapa!

Um atestado médico por incapacidade passará a custar € 50,00, quando custava € 0,90.

Algumas vacinas que eram gratuitas custarão agora € 10,00, quer dizer que foi “brutal” o aumento quanto a bens ou serviços no sector da saúde.

Enfim, também a saúde vai deixando de ser para os pobres.

E nem se ponderou que as vacinas para doenças graves, como a febre a amarela, se não forem aplicadas poderão provocar muito mais despesas do que o seu custo anterior, com os subsequentes internamentos e tratamentos.

 

Água para os deputados

A bancada do PS lançou, há tempos, a ideia de, por razoes de contenção de despesas, a água engarrafada consumida pelos deputados, ser substituída por água da torneira, mas o conselho de administração do Parlamento, por sinal presidida pelo deputado do PS, José Lello, rejeitou essa ideia por a água canalizada não ser em condições.

Quer dizer que para todos os portugueses essa água serve, mas para os senhores deputados não…

Os privilégios começam no Parlamento?

segunda-feira, janeiro 17, 2011

 

O candidato das contradições

Cavaco Silva tem como candidato entrado em constantes contradições com o que permitiu como Presidente da República.

Na verdade, não só por não saber ou não querer exercer a devida influência para evitar várias situações graves em diversos sectores e nem sequer deixou de promulgar leis manifestamente injustas.

Mas agora, na sua campanha esqueceu tudo isso, e até já recentemente, incitou a que professores, pais e alunos viessem para a rua manifestarem-se contra o que ele próprio consentiu, promulgando rodas as medidas da austeridade, as respectivas leis e o OE.

Em quem se deve acreditar, em Cavaco Silva, Presidente da República, ou em Cavaco Silva como candidato demagogo e populista, que tem aparecido travestido, agora, com roupagens de esquerda?

Esperemos que os eleitores, no próximo dia 23 o saibam penalizar, abrindo, sim, a possibilidade da vitória de quem deseja e é capaz de promover a necessária mudança no rumo do país.

 

Ler e Meditar

“Somos um país toxicodependente da despesa pública.”

(Carlos Abreu Amorim no Jornal de Notícias do 10 do corrente)

 

Ler e Meditar

“A economia agradecerá aos Tribunais se a redução salarial não for por diante.”

(José Reis, Director da Faculdade de Economia de Coimbra na “Visão”)

domingo, janeiro 16, 2011

 

A hipótese do FMI

Jacinto Nunes, ex-Ministro das Finanças e decano dos economistas portugueses, em entrevista á “Visão”, continua a admitir a possibilidade de Portugal ter que recorrer ao FMI.

É que, apesar dos últimos leilões de obrigações de tesouro terem corrido bem quanto á respectiva procura, rendendo uns bons milhões de euros, o certo é que os juros impostos pelos compradores foram muito altos, chegando já aos 7%!

Mas, serão precisos muitos mais milhões de euros para se poder “respirar” quanto á divida pública.

E a verdade é que, com os juros altos que o Estado tem que pagar a curto ou a médio prazo, não livrarão o País de uma grave situação económico-financeira.

Poderá dizer-se que se está a hipotecar o País sendo imprevisível o resultado que daí advirá.

Quer dizer que, efectivamente, com o êxito dos já realizados leilões de títulos do tesouro, não se ganhou a guerra, mas, infelizmente, apenas uma batalha…

Poderá ser simplesmente um compasso de espera que, aliás, não poderá ser demorado!

 

Ler e Meditar:

“É fundamental que se escrutinem algumas fortunas que são conhecidas de políticos que começaram sem dinheiro e saíram ricos não se sabe bem como.”

(Medina Carreira no “Correio da Manha” do 5 do corrente)

 

Ler e Meditar

“Portugal é um pequeno barco num mar agitado. Exigem-se bons timoneiros, mas se o mar for sempre agitado, não há barco que resista, mesmo num país que séculos atrás andou á descoberta do mundo em cascas de noz.”

(Boaventura de Sousa Santos na última Visão)

quinta-feira, janeiro 13, 2011

 

Oxalá!

O Primeiro Ministro continua a dizer, com ar muito convicto, que Portugal não precisa de recorrer a ajudas externas, mesmo do FMI, nem do Fundo de Estabilização Europeu, para se resolver a crise, pois tal conseguir-se-á através dos próprios meios já implementados.
E essa posição, tantas vezes já repetida, contraria quer o que alguns governos da Europa vão dizendo, ou as agências internacionais de lotação financeira vão perdendo, quer ainda, o que alguns destacados economistas vão afirmando.
Oxalá o optimismo de Sócrates possa vir a concretizar-se.
Só que, o próprio Banco de Portugal, ainda há dias deu a conhecer o seu parecer no sentido de que 2011 será ano de recessão para a nossa economia.
Sim, oxalá, o senhor Primeiro Ministro que os muitos sacrifícios já impostos aos portugueses tenham o resultado que se tem anunciado, até com pompa e circunstância

 

A corrupção

Pelo que tem vindo a público, são os que detêm algum poder ou autoridade que mais praticam neste país crimes de corrupção.
São realmente os que dispõem de mais condições para isso, aproveitando-as para satisfazerem a sua ambição.
E servem-se muitas vezes da inferioridade em que outros se encontram para levarem a cabo os seus perversos intuitos.
Isoladamente ou em redes vão enriquecendo ilegitimamente e contribuindo para um maior enfraquecimento da economia.
Estes prevaricadores são ainda pessoas a serem condenadas em tribunal, mas com penas suspensas.
Por isso, o nosso país está na Europa em lugar cimeiro da corrupção.
E certo é que parece que não se quer mesmo agravar a situação dos corruptores, que com sanções pequenas, com penas suspensas ou mesmo absolvidos vão fazendo o seu trabalho sujo.

 

Comparar … o que é incomparável

Uma deputada do CDS/PP, talvez para procurar amenizar a situação de Cavaco Silva no caso das acções da Sociedade Lusa de Negócios, que o mesmo é dizer BPN, decidiu-se atentar encravar Manuel Alegre, dizendo que ele recebeu 1500 euros do Banco Privado Português, colaborando em sua publicidade o que, como deputado, lhe era proibido.

Ora, a verdade é que, Alegre apenas escreveu um texto para uma revista publicada pelo BPP, o que aliás sucedeu com outros autores, texto de natureza meramente literária, sem qualquer referência de publicidade àquele banco.
Mas, logo que Alegre soube que essa revista estava a ser utilizada em propaganda do referido Banco, logo exigiu que o texto da sua autoria fosse retirado, o que veio a acontecer.
Como autor, Manuel Alegre tinha todo o direito de se cobrar da sua produção literária, na qual, repete-se, não se fazia qualquer menção ao BPP.
Não cometeu qualquer ilegalidade.
Como pode tentar-se comparar o procedimento de Manuel Alegre ao de Cavaco Silva que ganhou através dos seus “amigos” e correligionários do BPN, alguns avultados milhares de euros numa transacção de títulos.

 

A Redução de salários é ou não inconstitucional?

Um Juiz Jubilado do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal de Justiça, manifestou já claramente a sua opinião de que é inconstitucional a medida que impõe a redução nos salários.
E também alguns constitucionalistas já emitiram a sua opinião no mesmo sentido, porém, Jorge Miranda Professor Universitário e destacado membro que foi da Assembleia Constituinte, deu o parecer contrário, que vai ser aproveitado pelo governo para contestar as providências cautelares apresentadas pelos trabalhadores e sindicatos, com as quais pretendem suspender a medida em causa.
Mas, a verdade é que, os Tribunais já indeferiram algumas dessas providências cautelares.
Agora deverão seguir-se as respectivas acções Judiciais.
Quer dizer que o assunto vai dar “pano para mangas”!

 

Mais um candidato às eleições presidenciais

José Manuel Coelho, deputado na Assembleia Regional da Madeira, onde já tomou atitudes insólitas, foi o último candidato a ser admitido pelo Tribunal Constitucional para as eleições presidenciais.
Claro que, como qualquer cidadão que disponha das condições legais tem todo o direito de disputar tais eleições, mas não têm o direito de pretender fazer delas uma palhaçada como está a acontecer.
Fazendo a sua campanha nos moldes que já tem mostrado concorrerá para desprestigiar essas eleições, ridicularizando-as…
O que se dirá no estrangeiro de José Manuel Coelho?!
O que pensarão os que se preocupam em preservar a nobreza da política?!
À falta de melhor, os portugueses vão tendo o espectáculo dado pelo senhor Coelho!

 

O INE vai mudar de regras

Este Instituto Nacional de Estatísticas passará a colher, através de telefonemas as informações para os seus dados sobre o desemprego.
Se já, até agora, havia quem pusesse em dúvida a exactidão dos números desse organismo, não será agora avolumar-se essa dúvida, se as conclusões desse Instituto vão basear-se apenas em simples telefonemas em que poderão falsear-se informações?
E os desempregados que não tenham telefone?
O que terá levado a tal decisão?!
Será talvez mais fácil “esconder” a verdade!

 
“Cavaco só romperá o cerco do BPN se perceber que em democracia as perguntas só se apagam com respostas.”

(editorial do Público, de 6 do corrente)

 
“Cavaco alegou que não era responsável por aquilo que ministros seus fizeram 20 anos depois. Mas esqueceu-se de que Oliveira Costa foi elemento da sua comissão de honra já depois de lhe ter vendido abaixo do preço as ditas acções e já quando o BPN tinha levantado suspeitas de gestão danosa”

(Rui Tavares no Público de 10 do corrente)

 

Ler e Meditar

“Ao contrapor a sorte do BPN ao sucesso de recuperação de bancos ingleses Cavaco compara o incomparável.”

(editorial do Público, de 31 de Dezembro passado)

terça-feira, janeiro 04, 2011

 

“ Estampanço” de Cavaco Silva

No debate com Manuel Alegre o candidato Cavaco Silva criticou com veemência a acção da actual administração do BPN.
E, claro, os actuais gestores daquele Banco logo vieram defender-se, dizendo serem injustas as críticas de que foram alvo naquele debate.
Mais: o próprio governo, através do Ministro Silva Pereira veio de imediato manifestar a sua surpresa pelas afirmações de Cavaco Silva, sendo certo que com elas se censurou também a administração da CGD, a quem coube a nomeação daqueles gestores.
E o Presidente da CGD é até Faria de Oliveira, um membro destacado do PSD!
Claro que se percebeu a intenção de Cavaco Silva ao falar como falou, querendo mostrar a sua isenção e independência em relação ao que se passa naquele Banco.
Mas só agora aquele candidato o fez, porquê?
Essa sua posição não pode contrapor-se à sua ligação ao BPN, em que teve através da SNL, uma participação social e em que estavam como dirigentes pessoas colaboradoras muito próximas de Cavaco Silva em governos.
Enfim, um “ estampanço” de Cavaco Silva, que reverterá em seu desfavor.

 

Os sacrifícios são para todos ou não?

O governo fez publicar quatro portarias em que se aumentam as remunerações dos directores de institutos da Segurança Social. Quais as razões que determinaram essa decisão?
Os sacrifícios com os cortes nos salários não são para todos ou começam já a surgir privilégios injustificáveis?
E porquê a pressa em publicar as referidas portarias antes do final do ano?

 

A mensagem de Ano Novo do candidato Cavaco Silva

Na verdade, tal mensagem foi muito mais a de um candidato às próximas eleições do dia 23 do que a de um Presidente da República.
Daí que tivesse sido uma mensagem neutra, em que ressaltou o propósito de “ não fazer ondas”, com a preocupação de gerir o resultado das sondagens já conhecidas.
Quer dizer que foi mais um tempo de antena de que dispôs o candidato Cavaco Silva.
Para mais em horário nobre da RTP.
Disse-se defensor de que a política deve fazer-se com verdade, mas nada disse quanto ao facto de permitir até há pouco que se esclarecesse a crise e se usasse e abusasse de um injustificado optimismo por parte dos decisores políticos.
Se só no segundo semestre deste ano eles começaram a enfrentar a sério a grave situação económico-financeira, porque preferiu Cavaco Silva ficar “ parado” e limitar-se apenas a alguns avisos ou alertas?
Por mais que queira o candidato Cavaco Silva não conseguirá eximir-se a responsabilidades, já vindas aliás dos tempos em que foi Ministro das Finanças e Primeiro-Ministro.
Só por mera demagogia se pode comparar que hoje se viva muito melhor em Portugal do que há muitos anos atrás.

 

O consumismo dos portugueses

Pelo que já foi noticiado, os portugueses (alguns, claro) gastaram muito mais dinheiro do que no ano passado na quadra de Natal.
E não foi pouco mais, pois dos Bancos saíram mais de 500 mil milhões de euros!
Quer dizer que nem a crise, que de uma maneira geral todos sentem, não moderou o consumismo, antes pelo contrário.
E andaram para a frente os cartões de crédito cujos montantes utilizados têm mais cedo ou mais tarde de ser pagos.
Quando essa exigência surgir é que vai haver, decerto, muitas dores de cabeça.
Não há dúvida que os portugueses estão viciados no consumismo que não desaparece mesmo nestes maus tempos da crise.

 

Mais divórcios e menos casamentos

Em dez anos, os divórcios triplicaram e os casamentos registados diminuíram 50%.
Significa isso que os valores que noutros tempos eram próprios de uma comunidade familiar foram desaparecendo e hoje tudo se reduz a confusos sentimentos, à adopção de práticas de mera satisfação individual, de fácil rejeição do que deve estar na base de uma família como alicerce importante na sociedade.
É pena que assim seja.

 

O salário mínimo

O governo, depois de uma reunião do Conselho Económico e Social em que estiveram representadas as associações patronais e os sindicatos, decidiu aumentar o salário mínimo para 485 euros por mês, mais dez euros do que vigorava, ou seja, apenas pouco mais de trinta cêntimos por dia.
Não foi cumprido o que, há meses, tinha sido acordado (500 euros), o que foi justificado pelo agravamento da crise.
Ficou, porém, a promessa do governo de em 2011 haver mais duas avaliações da situação e o salário mínimo vir a ser fixado em 500 euros.
Claro que não é a mesma coisa, mas se tal promessa tiver satisfação, do mal o menos.

 

1 de Janeiro

É esta data em que, há já anos, se celebra o Dia da Paz.
Com várias manifestações cívicas e também religiosas, que levam a uma reflexão individual, pois a Paz tem de começar em cada pessoa, na sua conduta do dia a dia e no seu relacionamento com os outros. Mas, principalmente, é aos responsáveis políticos que compete usar de todos os meios para, em diálogo franco, sério e sem preconceitos, acabarem com os conflitos violentos que ainda existem em várias partes do mundo. Se até agora tal não foi possível, impõe-se não desistir e insistir pela opção da Paz e não pela guerra.

 

Crise, onde está?

Quando se ouve na TV um director de um hotel dizer que o preço do quarto é de mil euros por noite, a que deve acrescer o custo do jantar-ceia de Ano Novo no montante de cem euros por pessoa, e que o hotel está repleto é caso para nos perguntarmo-nos: onde está a crise?
Na verdade, pelo que se vai sabendo há ainda muitos para quem não existe e alguns até se têm aproveitado dela para aumentar os seus ganhos.
Mas também causa natural reflexão o facto de mesmo os que não são ricos não deixam de, no Natal e na passagem do ano perderem a cabeça e não olharem a gastos.
Esses decidem-se a aturdir-se, esquecendo a crise e as respectivas consequências nos seus orçamentos limitados.
Só que terão que descer à realidade e enfrentar, logo nos dias seguintes aos das festas, a crise efectivamente existente.
E, neste ano, há que sofrer com o aumento de impostos ( uns encapotados e outros não), a redução nos salários, a subida dos preços, o aumento da taxa de desemprego e da pobreza.
Tal é o triste panorama do ano 2011.

 

Para ler e meditar

“ A honestidade é hoje uma mercadoria. Está em saldo na loja dos trezentos da política”
(Fernando Cabral in Jornal de Negócios de 29 de Dezembro)

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