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terça-feira, março 31, 2009

 

Para ler e meditar

“As fraldas e os políticos devem ser mudados com frequência e… pelas mesmas razões”
(Eça de Queirós)

 

A gramática é difícil

Vai-se verificando presentemente o pouco cuidado como se usa a gramática!
A linguagem em discursos ou em escritos não é, frequentemente, perfeita, antes se cometem erros gramaticais de… palmatória!
Ainda quando eles vêm de alguém que não tem ou tem pouca instrução, vá lá…
Mas já não há desculpas em relação a um licenciado seja em que ramo for!
E até na televisão temos ouvido dizer-se “póssamos” e “tênhamos”.
Quantos professores do ensino secundário se admiram com os erros gramaticais que as imperfeições na construção das frases por parte de alguns (não poucos) dos seus alunos.
Nestes tempos, a então chamada instrução primária era exigente e saía-se dela a saber falar e escrever correctamente.
Será que isso já não está a acontecer?!
É pena que a nossa língua seja tão mal tratada por quem não devia.

 

Ainda os “Magalhães”

O Ministério da Educação mandou já retirar daqueles computadores – que eram até há pouco tanto do seu agrado e a que foi feita tanta propaganda – alguns dados por não satisfazerem a finalidade educativa!
É a tal coisa: a exigência mediática e a pressa em apresentar “novidades”, o que, por vezes, leva precipitações desagradáveis…
Com os “Magalhães” sucedeu isso mesmo e o pior é que as suas incorrecções ou anomalias não ficaram apenas em Portugal, pois o governo distribuiu esses computadores no estrangeiro!
Pode ser que por lá não sejam detectados os erros…

 

Alberto Martins falou bem!

Nas jornadas parlamentares do PS, que ainda decorrem, Alberto Martins falou da necessidade de haver ética nos negócios e de nas empresas se reconhecerem os direitos dos trabalhadores.
E disse mais: “ as direcções das empresas devem respeitar os direitos dos que sofrem os resultados da sua gestão e não somente os direitos dos accionistas”.
Pronunciou-se também no sentido de ser preciso subordinar de novo a economia à política e atacou “ as remunerações predatórias e os paraísos fiscais que vivem à custa da ganância dos lucros a curto prazo.
Assim é que se fala, Alberto Martins.
Que bom é ouvi-lo, de novo, a defender princípios e conceitos da esquerda!

 

Pressões sobre magistrados do MºPº?!

O sindicato daqueles magistrados pediu uma audiência urgente ao Presidente da República, a fim de lhe darem a conhecer certos factos que se relacionam com as pressões que estão a sofrer os Procuradores que superentendem na investigação no caso “freeport”.
E foi ultrapassado o Procurador-Geral da República, superior hierárquico na magistratura do MºPº, decerto com alguma razão, tal tem sido a sua atitude.
As pressões têm sido no sentido de arquivar o processo da “freeport”, ameaçando que os magistrados que o têm a seu cargo poderão ser prejudicados na sua carreira!...
A ser verdade o que se noticiou, será absolutamente censurável e merece a devida intervenção por parte de quem de direito.
Outros justificam o arquivamento do processo, dizendo que, se crimes houve, estão já prescritos.
Essa seria, quanto a nós, a pior solução para Sócrates.
É que melhor seria, sem dúvida, que fosse isento de qualquer suspeita.
O arquivamento, como se sabe, não “absolve” ninguém, apenas se baseia em falta de prova.
Mais: parece que na investigação se pretende ouvir o Eng.º Sócrates e porque não há-de ser este a dispor-se a prestar declarações?
O que é preciso é que não recaia sobre o Primeiro-Ministro a mínima dúvida quanto ao seu comportamento no caso “freeport”.

segunda-feira, março 30, 2009

 

Para ler e meditar

“O DVD inglês não pode ser admitido como prova em Portugal. Mas recusar vê-lo é recusar seguir as pistas que nele possam existir”
(José Manuel Fernandes, em Editorial do Público, de hoje)

 

É bonito!

É, na verdade, bonito ouvir-se, numa festa do 50º aniversário de casamento, “os nobentes” terem palavras de amor um para o outro.
É mesmo enternecedor verificar-se que, ao fim de 50 anos de convivência conjugal, o amor recíproco resistiu, forte, às intempéries que sempre aparecem na vida.
Quantos méritos pessoais é preciso ter para, em conjunto, um casal vencer dificuldades, com paciência, tolerância, bondade e sacrifícios se precisos.
E como é de louvar que num casal haja um propósito firme de fazer rejuvenescer, dia a dia, o amor existente e jurado no dia do casamento.
Ontem, na festa do 50º aniversário do matrimónio de bons amigos nossos, viveram-se momentos belos de afirmação de um amor que resistiu e resiste ainda “aos baldões” da vida.
Ontem, juntou-se mais uma bela flor no já grande ramo de que aqueles amigos têm cuidado com carinho.

 

Houve pressões sobre magistrados?!

Quando alguém se decide a vir a público dizer que tem havido pressões sobre magistrados no caso “freeport”, não se deve ficar por aí!
O que se denuncia é tão grave que importará concretizar tal denúncia, indicando que espécie de pressões e os seus autores.
Se não for assim tudo ficará na mesma, não se esclarecerá a verdade nem serão sancionados os responsáveis, se for caso disso.
A denúncia ficará sem quaisquer resultados, o que é inadmissível.
Ficará como mais uma pedrada no charco, que já é bem grande.

 

Os “spreads” bancários

Enquanto têm descido significativamente os juros nos créditos habitação, os Bancos têm aumentado substancialmente os “spreads”.
E foi agora noticiado que em pouco mais de um ano subiram 300%...
Quer dizer que os Bancos têm ganho e bem com a descida dos juros!
O povo costuma dizer: “Vai-te ganho, que te dou perda”…
Mas o certo é que é escandaloso o que a esse respeito se está a passar.
Mais: as novas taxas de juros não vêm a produzir imediatamente consequências nas prestações dos créditos, apenas 3 meses depois e sem efeitos retroactivos.

 

O PS lançou a pré-campanha para as Europeias

Em Viseu, o PS iniciou a pré-campanha para as eleições europeias.
E, mais uma vez, se verificou que Sócrates conseguiu um valioso aliado, pois Vital Moreira, cabeça de lista daquele Partido, “afinou” pelo mesmo diapasão do Secretário-Geral do PS.
Não só em relação a essas eleições, mas também nos ataques ao PSD e à sua líder, ambos disseram praticamente o mesmo!
Vital Moreira não hesitou sequer em tecer, mais uma vez, rasgados elogios ao PS que considerou “a esquerda do governo, responsável, não dogmática e aberta”.
Mais: apelou para que não se aproveite a campanha para as eleições europeias fazendo críticas cerradas ao governo e ao desempenho de José Sócrates.
Este tem, na verdade, em Vital Moreira um entusiasmado apoiante.
Como, para alguns, os tempos mudam depressa.

 

Para ler e meditar

“ Uma maioria absoluta, se não for monolítica, se ouvir os outros partidos, ajuda. Não pode é ser uma maioria de pensamento único”
(Belmiro de Azevedo, no Diário Económico, de 27 do corrente)

 

A Qimonda de Portugal

Foi requerida a insolvência desta empresa, que, por sinal, ainda não há muito tempo foi muito elogiada por membros do governo, sendo apontada como unidade industrial exemplar e de grande interesse no sector das exportações portuguesas.
Essa empresa recebeu muitos e valiosos incentivos oficiais, que o governo diz agora ir tentar recuperar se, porventura, a referida empresa não vier a ter recuperação.
Neste momento, estão em perigo os empregos de 1700 pessoas.
E como será possível a desejada recuperação, se também outras unidades da Qimonda, no estrangeiro, estão também no estado de insolvência?!
Oxalá que seja possível, mas teria sido mais prudente se tivesse havido cuidado antes de dar os incentivos de que veio a beneficiar tal empresa!

 

As reservas nacionais de ouro

O que será melhor: vender ou não algumas reservas de ouro?
Elas valem, presentemente, 1,3 mil milhões de euros.
As necessidades são muitas, mas tem-se evitado diminuir tais reservas.
Só que, actualmente, a cotação atinge um elevado valor, o que nem sempre pode durar. E esse valor, segundo já se noticiou, é o maior desde há 30 anos.
Os economistas têm opiniões diferentes, sendo Miguel Cadilhe, antigo Ministro das Finanças, quem mais defende a venda de ouro, sobretudo para custear a necessária e dispendiosa reforma da Administração Central.
Mas já Augusto Mateus discorda.
Uma coisa é certa: ouro é ouro e constitui a melhor reserva que um país pode ter, principalmente como valiosa garantia quanto ao exterior e ao mercado internacional.
Conseguir-se-á evitar a “tentação” de vender parte do ouro das reservas nacionais?!

 

Sócrates propõe processo criminal

Em face de um DVD, que foi agora mostrado no Reino Unido, em que o Primeiro-Ministro é envolvido, entre outros, como eventual suspeito de corrupção no caso “freeport”, Sócrates instaurou um processo-crime por difamação.
Há quem diga que foi mal aconselhado ao dispor-se a recorrer ao Tribunal, pois acabará por dar uma maior projecção ao assunto.
E sobretudo nesta altura quando já há tempo se sabe que a polícia inglesa não tem ocultado os suspeitos que tem em relação ao referido caso.
Costuma dizer-se que “quem não deve não teme” e, portanto, quanto a nós, Sócrates devia deixar que a respectiva investigação seguisse o seu curso normal sem perturbá-la com um processo-crime daquela natureza.
Mas, enfim, o Primeiro-Ministro deve saber o que mais lhe convém!

 

O Bastonário da Ordem dos Advogados na “berlinda”!

O Presidente do Conselho Geral da Ordem dos Advogados já declarou que será analisada por aquele órgão a posição tomada pelo Dr. Marinho Pinto em artigo publicado no Boletim, em que fez acusações graves dizendo que terá havido uma combinação entre o autor e a PJ quanto à carta anónima comprometendo Sócrates no caso “Freeport”.
E faz bem o Conselho Geral, pois não se pode esquecer que Marinho Pinto não devia ter utilizado o Boletim, que é de todos os advogados, para tomar posições políticas, sejam quais forem.
Marinho Pinto esqueceu-se também que ele representa actualmente, ao mais alto nível, a classe dos advogados, não tendo “procuração” deles para vir em defesa de alguém quando ainda está em curso uma investigação.
Acresce que foi de grande imprudência pôr em causa a credibilidade da Polícia Judiciária.
Enfim, Marinho Pinto andou mal e já demonstrou, várias vezes, não ter pelo menos o bom senso necessário para o exercício das suas funções.
Não lhe será permitido politizar a Ordem, apesar de ser o seu líder máximo!

domingo, março 29, 2009

 

O reino do arbítrio

"Muitas leis, lei nenhuma", arbítrio total. Esta bem podia constituir uma parte da letra da balada pungente dos "coitadinhos"


Ministra e secretários de Estado da Educação não foram capazes, na AR, de dizer em que lei consta a obrigatoriedade da entrega de objectivos individuais pelos professores ou a possibilidade de os conselhos executivos se lhes substituírem ou lhes instaurarem processos disciplinares. O mais que conseguiram titubear foi: "Está na lei…". Percebe-se porque contratou Lurdes Rodrigues o eminente jurista Pedroso e lhe pagou 290 mil euros para fotocopiar "Diários da República", trabalho de tal "exigência técnica" e "complexidade" que ele não foi capaz de o completar. Os números dizem tudo: entre 1820 e 1900, o ME produziu 29 diplomas; de 1900 e 1974 cerca de 500; de 1974 a 1986 mais 900. De 1986 para cá tem sido o Dilúvio: são tantas as leis, decretos, portarias e regulamentos que o pobre eminente jurista, prestes a afogar-se, fugiu a sete pés com o cheque no bolso, deixando para trás um monte de 44 pastas a abarrotar de fotocópias. Diz-se em Direito que "muitas leis, lei nenhuma". Quem se admira que o ME seja o reino do arbítrio? Ali pode fazer-se tudo, que há-de sempre haver uma lei que o permita…

Manuel António Pina

sábado, março 28, 2009

 

Para ler e meditar

“ O clima está muito crispado. A democracia quer confrontação, quer programas alternativos, mas dispensa a crispação”
( Jorge Sampaio in TSF do dia 26)

 

Voltou a Sopa dos Pobres!

Nos tempos da ditadura, algumas instituições distribuíam diariamente uma refeição aos pobres. Aqui na Figueira era a Sopa dos Pobres dada pela igreja e também o “ rancho” do quartel.
Mesmo sem crise semelhante à actual, sempre houve quem se visse necessitado de recorrer àquelas ajudas.
E a verdade é que sem elas eram muito maiores as dificuldades do que as aproveitavam.
Mas esses eram mesmo os muito pobres e quase sempre pessoas idosas que então não dispunham de reforma ou outros meios de assistência social.
Hoje, porém, felizmente, são muito mais as instituições que se preocupam em prestar auxílio aos mais carenciados.
E não são só idosos, também os que são abandonados pelas famílias, os sem trabalho (cada vez mais) e sem condições para o arranjarem, que se socorrem dessas ajudas.
Agora, até os que já viveram com desafogo visitam, embora envergonhados, os locais em que lhes serão dados alimentos!
A Sopa dos Pobres voltou, ainda que com outros nomes.
No Porto, por exemplo, a Misericórdia chamou-lhe “ sopa à noite” auxiliando principalmente os sem abrigo, entre os quais já há ex-combatentes da guerra colonial que ainda sofrem consequências desse terrível flagelo.
Só uma grande onda de solidariedade poderá suavizar as tristes e calamitosas situações em que tantos, tantos se encontram...

 

Provedor de Justiça

O distinto Professor de Direito Jorge Miranda, foi, sem dúvida, um deputado constituinte muito activo, defensor acérrimo dos princípios democráticos em que assentou a Constituição de 1976.
É, na verdade, um constitucionalista de renome nacional e internacional, possuidor das melhores qualidades morais e exibindo sempre condutas pautadas pela ética, sendo ainda de realçar a elevação e isenção como tem tomado posições públicas quanto a diversas questões.
Não se compreende, pois, que o PSD não dê a sua aprovação ao nome de Jorge Miranda para Provedor de Justiça, lugar para o qual tem os melhores méritos.
Só porque ele já foi filiado naquele partido e hoje não é?!
Será que também aqui há a maldita politiquice?
Sem desprimor quanto aos outros nomes que já vieram à Praça Pública estamos em crer que Jorge Miranda seria aquele que poderia aproveitar a Provedoria de Justiça para aí continuar a defender os direitos fundamentais dos cidadãos em relação à Administração.
A quem não convirá isso?

 

Atitude insólita do Bastonário do Ordem dos Advogados

No Boletim da Ordem, o Dr. Marinho Pinto fez publicar um seu artigo sobre o caso Freeport. E nele exprime a sua opinião de que uma carta anónima de Outubro de 2004, junta no início dos autos, resultou de uma combinação entre a PJ e o autor ou autores, na altura opositores do principal candidato do PS.
Disse, ainda (não fossem ficar dúvidas), que ele nada deve a Sócrates nem este lhe deve também, tendo apenas o intuito de lutar pela verdade e pelos princípios do Estado de Direito.
Só que não pode deixar de estranhar-se e de lamentar que apenas agora o Dr. Marinho Pinto se decidisse a tomar essa atitude, não hesitando em desacreditar a PJ, sem sequer indicar quaisquer elementos de prova em que se baseou.
Se como ele chegou a dizer na televisão que aquela referida “ combinação” tivesse acontecido nos EUA poderia dar lugar a u processo de conspiração, dada a proximidade de eleições em que o principal candidato da oposição era Sócrates, porquê, então, o texto do Bastonário da Ordem surgir agora também, na proximidade de eleições?!
Acresce que o processo Freeport está ainda na fase de investigação, não ficando bem a um Bastonário intrometer-se (e de que maneira) em tal processo, dando sobre ele opiniões e revelando para isso conhecimento dos autos.
Estamos em crer que, os órgãos superiores da Ordem dos Advogados não deixarão de tomar posição quanto a tão insólita atitude do Dr. Marinho Pinto.
Devo dizer que, em 57 anos de advocacia nunca vi que um Bastonário, servindo-se do Boletim da Ordem, tomasse posição sobre um processo que ainda está longe de ser concluído!
E não pode admitir-se que um membro da Ordem, para mais Bastonário se pronuncie sobre processos em curso.
Bem tem feito o Procurador-Geral da República, apesar de muito instado, em adoptar uma louvável contenção das suas declarações acerca do caso Freeport.

quinta-feira, março 26, 2009

 

Para ler e meditar

“Não me parece nada conveniente extinguir logo os off-shores e os paraísos fiscais: é preciso ir apanhar os lobos no seu covil”
(Freitas do Amaral na revista “Visão” de hoje)

 

Mais um candidato á Câmara?!

O Diário das Beiras noticiou hoje que Javier Vigo, presidente da SIPEC (sociedade instituidora da Universidade Internacional) estará disposto a encabeçar uma lista de independentes às próximas eleições autárquicas.
Mas será que conhece bem os problemas no nosso concelho?!
E quem o conhece a ele?!
Não é isso importante para que se tome uma decisão como a que parece que Javier Vigo está disposto a tomar?!
Para além dos Partidos Políticos, que decerto, terão os seus candidatos, há de facto independentes figueirenses com mais possibilidades de uma mais eficaz gestão camarária.
Mas, enfim, há quem goste de dar nas vistas, não hesitando em entrar numa corrida que, á partida, não terá êxito.
Bom seria é que Javier Vigo se dedicasse exclusivamente e com muita dedicação á “salvação” do pólo da Universidade Internacional da Figueira.
Esse, sim, seria um bom serviço prestado á comunidade figueirense.

 

Prémio Nuno Viegas do Nascimento

A Fundação Bissaya Barreto de que foi presidente o Engenheiro Nuno Viegas do Nascimento durante quase 30 anos, instituiu com o seu nome um prémio de € 50.000,00 destinado a galardoar personalidades que se distingam nas áreas da Educação, Formação Cultura e Acção Social.
Tal prémio homenageará aquele figueirense que, com inteligência, dedicação e dinamismo, administrou da melhor maneira a referida Fundação, honrando o nome do seu Patrono, o distinto médico Prof. Doutor Bissaya Barreto, a quem a Figueira e o País ficaram a dever muitos e meritórios serviços.
O Prémio Viegas Nascimento é, sem dúvida, uma justa homenagem a um digno sucessor de seu Pai, que foi o primeiro Presidente da Fundação.

 

Carta Social do Município

A Vereadora da Acção Social DR.ª Teresa Machado, reuniu com várias entidades que estão a agir principalmente junto de idosos, de crianças e jovens.
Essa reunião serviu para fazer uma análise da situação social e económica das populações deste concelho, procurando-se adoptar propostas e soluções para os problemas dos mais carenciados.
E para isso ser viável e eficaz, necessário se torna que haja um plano para uma “intervenção social integrada”, dispondo de recursos e equipamentos adequados.
A Carta Social que o Município pretende elaborar, precisa, evidentemente da colaboração de todas as instituições, clubes de serviço e associações, além também das instituições ou grupos de solidariedade social.
Foi feliz a Dr.ª Teresa Machado ao tomar esta iniciativa, de cuja concretização se espera que venha a ser muito útil, sobretudo nesta época em que tantos precisam de ajuda.

 

O Governo “não é astrólogo nem vidente”

Foi o que o Primeiro Ministro disse a jornalistas que o interrogavam sobre o aparecimento da crise e sobre a sua possível duração.
Afirmou sim, que o Governo, confrontado com a actual crise, deve combatê-la resolvendo casos concretos, tentando evitar que ela se agrave.
Claro que ninguém pode exigir que o Governo tenha conhecimentos de astrologia ou poderes de vidente! ...
Mas pode exigir-se que o Governo não se limite a agir em cima da crise, apenas com medidas soltas, conjunturais, embora significativas em alguns sectores.
Um Governo, que tenha um programa de acção, não deve gerir o dia-a-dia, tem que ter uma visão esclarecida do futuro e que prevenir e preparar-se para os maus tempos, que, porventura, possam surgir, criando, desde logo, estruturas de vária natureza, com capacidade de, com elas, se defender a economia.
Não pode um governo “fechar os olhos” ao que não é “cor-de-rosa” e não sirva para a sua afirmação.
E, no nosso País, mesmo antes de “rebentar a bomba” da recessão internacional, já havia quem avisasse do que poderia acontecer entre nós.
Mas, esses, foram considerados como pessimistas, como “velhos do Restelo”, etc., etc.
Não se poderia ter evitado que a crise internacional chegasse a Portugal, mas poderia talvez, se se fosse mais realista e prevenido, suavizar os seus efeitos.

 

A Insegurança

Foram mais de 850 as ourivesarias assaltadas em 2008, havendo alguns actos de violência por parte dos assaltantes.
E foi muito elevado o montante de objectos furtados, provocando até situações económicas difíceis para algumas das vítimas.
Quem pode dizer com verdade, que a insegurança não tem aumentado?!
Não foram só as ourivesarias a serem “visitadas” pelos ladrões, foram também moradias e apartamentos em muitas localidades do País, automóveis, postos de gasolina, Bancos, carrinhas de recolha e transporte de dinheiro, caixas de multibanco e até tribunais.
Também o roubo por esticão nas ruas tem aumentado.
E a situação proveniente da crise, com despedimentos em massa, encerramentos de fábricas, aumento natural da pobreza, podem conduzir a graves conflitos sociais.
A miséria e a fome são razões para o crime!

quarta-feira, março 25, 2009

 

Para ler e meditar

“ Vamos a ver o que se passará depois da recente notícia de que são muitos, muitíssimos, os portugueses que decidiram aprender espanhol e tomam muito a sério a decisão que tomaram. Temo que os patrioteiros do costume comecem a gritar por aí que vem o lobo”
(José Saramago, no Diário de Notícias, de ontem)

 

A exposição no Museu

Amanhã, pelas 18 horas, no Museu Municipal Santos Rocha, será inaugurada a exposição “ Milagres, Painéis Votivos da Figueira da Foz” em que estará presente o Bispo de Coimbra, D. António Cleto.

 

Diz-se que:

- Apesar de ainda não ter tomado uma posição definitiva, Duarte Silva não estará já muito interessado em recandidatar-se à Presidência da Câmara;
- Lídio Lopes tem procurado apoios dentro do seu Partido para ser candidato àquele lugar;
- No PS local continuam as movimentações para um consenso quanto ao seu candidato mas, até agora, nada de concreto existe;
- Tais movimentações chegaram até já aos órgãos superiores do PS em Lisboa;
- O socialista Carlos Monteiro é que já não estará interessado em avançar, pois foi recentemente, indicado pelo órgão competente da sua Escola, para ocupar o novo lugar de Director, onde ele se sentirá, decerto muito bem;
- Nos restantes Partidos continua o silencia quanto às autárquicas.
E o tempo vai passando a correr…
- Um grupo de independentes continua a pensar seriamente em concorrer com listas próprias aos órgãos da administração local.

 

Nova administração do Hospital

É já no próximo dia 1 de Abril que o Dr. Sousa Alves tomará posse do lugar de Presidente do Conselho de Administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Renovamos os nossos votos de pleno êxito nas suas novas funções.
Segundo informação que tivemos, a Dr.ª. Isabel Alves Bento manter-se-á como membro daquele Conselho.
Conhecendo os seus méritos profissionais, será, decerto, uma boa colaboradora do Dr. Sousa Alves.
Como director -clínico ficará o distinto médico Dr. Ferraz, que goza de muita consideração pela sua competência, dedicação e simpatia.

 

Os anónimos nos blogues

Sob o manto do anonimato há quem se atreva a escrever nalguns blogues comentários insultuosos em relação a outros.
Não pode deixar de repugnar-nos atitudes cobardes!
Havendo a coragem de assumir o que se escreve poderá dar origem a resposta, e também talvez a uma discussão válida.
Mas os anónimos, efectivamente, não merecem respostas nem consideração!...

 

A pena de morte

Esta pena capital duplicou no ano passado, sendo mortas 2390 pessoas.
E a China bateu tão funesto recorde, pois ali houve 1718 execuções.
Na lista negra, segundo a Amnistia Internacional, seguem-se àquele país: o Irão, a Arábia Saudita, os EUA e o Paquistão.
Se há muito devia ter-se acabado com um castigo injustificável, o certo é que ainda há quem insista nele e o aplique, algumas vezes, por crimes que nem sequer se revestem de grande importância!
Do relatório da Amnistia Internacional consta que ainda em 59 países a pena de morte existe nas respectivas legislações penais.
Não pode deixar de estranhar-se e de lamentar que alguns desses países em que se diz haver regimes democráticos continuam a não dar o devido valor à vida humana.

 

Cavaco Silva e o desemprego

Ontem, o Presidente voltou a mostrar-se muito preocupado com o aumento do desemprego e reforçou a sua ideia de que nas empresas deve haver diálogo entre as entidades patronais e os trabalhadores, como possível medida de se evitarem os despedimentos.
E aproveitou para também dizer que os políticos devem igualmente usar do diálogo para a melhor resolução dos problemas ou das suas divergências.
Já o Primeiro-Ministro, confrontado com a cada vez mais elevada taxa de desemprego, referiu não estar a ser surpreendido, até porque… tal acontece em muitos outros países!
É caso para dizer: com o mal dos outros podemos nós bem!

terça-feira, março 24, 2009

 

Para ler e meditar

“ A deriva totalitária do regime atingiu em quatro anos um descaramento intolerável para a democracia parlamentar, mesmo desvirtuada por uma maioria, que a nossa cultura/incultura política provavelmente não comporta”
(Mário Crespo, no Jornal de Notícias, de 23 do corrente)

 

Valha o futebol para distrair a “malta”!

O que se passou na final da Taça da Liga tem dado, nestes dias, “pano para mangas” em discussões polémicas.
Na verdade, o erro clamoroso do árbitro ao marcar um penalty inexistente contra o Sporting deu origem a posições extremas entre os dois clubes que disputaram aquela final.
Na televisão, nos cafés, em grupos de rua, nas associações, etc, tem-se falado acaloradamente daquele jogo de futebol, esquecendo os problemas graves do nosso país.
Noutros tempos de má memória, também o futebol se via, muitas vezes, como “anestésico” em relação à política.
E, desta vez, segundo já se noticiou, até o árbitro já recebeu várias ameaças de morte…
Valerá a pena chegar-se a esse ponto?!

 

Jaime Gama na Madeira

Desta vez, o Presidente da Assembleia da República foi mais comedido nas suas palavras há cerca da acção do governo e do seu chefe naquela região autónoma.
E, apesar de ter ouvido muitas queixas nas audiências que concedeu ao representante da República e aos representantes dos Partidos políticos, Jaime Gama, acerca da governação da maioria que ali existe desde 1976, reconheceu, num almoço de despedida, que a democracia na região tem “características próprias”, estando, “condicionada por três décadas de maiorias absolutas controladas por Alberto João Jardim”.
Nesta visita, Jaime Gama “portou-se bem”.

 

Propostas da UGT

No congresso da União Geral de Trabalhadores discutiram-se vários problemas, não só relacionados com a legislação laboral.
A grave crise que se instalou também no nosso país foi, como é natural, tema central das melhores intervenções.
De registar a apresentação de um conjunto de medidas de combate à crise, que deve merecer, pelo menos, uma serena e profunda análise por parte do governo, aproveitando-se, sem preconceitos, as medidas que melhor sejam exequíveis e de bons efeitos.
Diz-se muitas vezes que os Partidos da oposição não têm ideias concretas para o combate à crise e que os Sindicatos não são mais do que correias de transmissão dos Partidos políticos.
Só que, na verdade, desde a direita à esquerda do PS têm sido sugeridas propostas, rejeitadas na totalidade apenas por virem donde vêm!
A UGT, que tem tido, ao longo dos anos da sua existência, posições moderadas, embora firmes na defesa dos mais legítimos interesses e dos direitos fundamentais dos trabalhadores, espera, agora, que as medidas apresentadas venham a ser devidamente analisadas e discutidas.

 

Donde menos se espera…

Não há dúvida que muita gente, ligada à política, está a encher os bolsos, fazendo boas fortunas.
Uns têm um bom mérito profissional, são figuras de relevo social, intelectual e político; outros, porém, ocupam os lugares rendosos só porque foram membros de um governo qualquer ou porque têm ainda alguma influência em certas áreas.
E, realmente, é um “ vê-se te avias” na corrida na atribuição de lugares!
Nada temos contra o facto de alguém ganhar bem (sem exageros, claro) desde que o seu trabalho mereça uma boa remuneração.
Mas já não aceitamos saber que pouco se trabalha, que apenas de vez em quando se aparece nos lugares e, no fim do mês, fazem-lhes chegar a casa um “chorudo” cheque.
E, agora, são muitos milhares que se pagam a membros dos órgãos sociais, inclusive da mesa da assembleia-geral e do conselho fiscal.
Custa-nos muito vir a ter conhecimento de que isso acontece em relação àqueles de que menos esperávamos, tal era o bom conceito em que os tínhamos.
Como é que eles se sentirão quando pensam (se é que pensam) em muitos, muitos mesmo que embora com valor, estão a passar dificuldades?!
Como podem eles falar de moral e ética?!

 

Má informação do Primeiro-Ministro?!

Ontem, Sócrates e o Ministro da Economia visitaram a empresa “ Energie” e foi feita “a propaganda” dos painéis solares termodinâmicos ali produzidos.
Porém, um antigo Secretário de Estado da Energia, Eduardo Oliveira Fernandes, veio já dizer que aquela empresa assenta a sua publicidade num embuste, pois, segundo vários especialistas a referida empresa vende, sim, mais electricidade do que energia solar!
Técnicos categorizados afirmam que naquela empresa não se produzem verdadeiros painéis solares térmicos, tratando-se antes “ de uma bomba de calor accionada a electricidade com apoio secundário em energia solar…
São já muitas as reacções ao discurso do Primeiro-Ministro, feito naquela empresa, em que apelou aos portugueses para comprarem, como medida de economia na respectiva factura da electricidade, “os painéis solares” da Energie!
Apesar de Sócrates ter a melhor boa vontade em se preocupar, quer no país quer no estrangeiro, em ajudar com a sua presença e com as suas palavras proferidas em certas empresas, produtos da indústria nacional, deve ter o cuidado de se informar bem sobre os méritos desses produtos.
Se assim não fizer, pode fazer má figura!

segunda-feira, março 23, 2009

 

Para ler e meditar

“ A sensibilidade social foi-se perdendo, face a um individualismo egoísta e agressivo. O dinheiro passou a ser o critério e o símbolo quase únicos da posição social, com maiores desigualdades e divisões mais estanques entre grupos de pessoas com diferente situação económica”
(Francisco Sarfield Cabral, em artigo no Público, de 20 do corrente)

 

Passar “ a bola” para outrem!

Os responsáveis do Ministério da Educação diziam, ainda não há muito, que os professores que não entregassem os respectivos objectivos individuais para a avaliação seriam penalizados nos termos da lei.
Mas, cedo vieram a constatar que não há lei aplicável a esses casos.
E, então, passaram a ter outra posição, “chutando a bola” para os Presidentes dos Conselhos Executivos!...
Porém, que podem eles fazer se, efectivamente, não há lei para sancionar essas atitudes dos docentes?!
Numa reunião em Lisboa de Presidentes daqueles Conselhos chegou-se, mais uma vez, a essa conclusão.
E, de novo, se decidiu solicitar à Ministra uma reunião, onde lhe será pedida a suspensão deste modelo de avaliação.
Enfim, a “telenovela” promovida pelo Ministério da Educação continua, porque Maria de Lurdes Rodrigues não abranda na sua teimosia.

 

Perguntas incómodas!

Não será que alguns empresários estão a usar abusivamente o argumento da crise para despedir trabalhadores?!
Não deveria haver um maior e eficiente controlo dessas situações?!
Mais: não será de impedir legalmente os despedimentos nas empresas que apresentem ainda consideráveis lucros?!
Lemos algures: “ Quem despedir sem precisar deve pagar por isso”.
Tal deveria ser uma norma sempre consagrada na lei, mais se justifica em momentos de crise, como a que se vive em Portugal.
Há, na verdade, que dar o devido valor ao trabalho e àqueles que emprestam, contribuindo significativamente para os lucros das empresas e desenvolvimento da economia.
É uma questão de elementar justiça que se deve respeitar ou se deve fazer respeitar.

 

E as contradições continuam…

Num inquérito parlamentar que está a decorrer sobre o que se passou no Banco Português de Negócios foi requerida a acareação entre vários ex-gestores daquela instituição bancária, entre os quais o Dr. Dias Loureiro, que já foi “desmentido” por outros seus companheiros de então na respectiva administração.
Com efeito, a acareação impõe-se para que se possa apurar toda a realidade.
Pelo que já se passou na Comissão Parlamentar, quem foi que falou verdade e quem tentou disfarçá-la?!
Quando pessoas de nível se comportam de maneira tão insólita, pondo a claro actos de gestão tão censuráveis e, porventura, ilícitos, mão é de admirar que outros, com menos instrução e sem títulos académicos, adoptem, por vezes, condutas semelhantes.
Enfim, é o que, infelizmente, vai havendo neste nosso país!

 

A política e os independentes

A descrença na acção dos Partidos políticos tem-se vindo a acentuar e muitas vezes, infelizmente, com razão.
É grande o afastamento que se verifica na prática das matrizes e programas partidários, dando lugar a políticas conjunturais, isoladas, de acordo com as circunstâncias, sem observância dum plano de conjunto e sem cumprimento da ideologia própria.
Então, reconhecendo-se a dificuldade dos Partidos em manterem-se fiéis aos princípios básicos com que se apresentam começa-se a sentir um certo desânimo em “lutar” dentro dos Partidos pela sua pureza.
E vai surgindo a vontade de grupos de independentes aparecerem a disputar eleições e lugares políticos, na convicção de que, com maior liberdade e sem espartilhos partidários, poderão fazer melhor do que os Partidos pelo bem comum.
Sem, claro, retirar a legitimidade de os independentes (aqueles que não se revêem em qualquer Partido) poderem agir assim, já não aceitamos que, mesmo os que estão dentro de Partidos embora com certa desilusão, venham a desfiliar-se para constituir listas próprias.
Entendemos que se deve ter, sim, a coragem de tomar posições no interior dos Partidos a que se pertença, os quais devem democraticamente admitir o pluralismo de opiniões.
Na verdade, a fragmentação de Partidos enfraquecem-nos necessariamente, quando, pelo contrário, se impõe fortaleceu-os.
Àqueles que saiam do Partido, para integrarem listas independentes, caberá uma responsabilidade grande, que, decerto, não beneficiará a nossa democracia neste momento.

domingo, março 22, 2009

 

Para Ler e Meditar

" O negócio sujo do urbanismo não tem lei"
( Maria José Morgado in entrevista no Sol de 21 de Março)

 

Jaime Gama na Madeira

Depois de há tempo o Presidente do parlamento ter considerado Alberto João jardim como democrata, ficou neste como um amigo!
Tudo o que seja elogios àquele político madeirense dá-lhe enorme satisfação, aumentando ainda mais a sua conhecida vaidade...
Mas, desde aquela estada de Gama na Madeira os socialistas sentiram-se com tal posição conhecedores como são no dia a dia, do défice de democracia ali existentes.
E, então, agora em mais uma visita de Gama recusam estar com ele em qualquer cerimónia.
Entretanto, ainda há dois dias Jardim em mais um discurso inflamado, dos muitos que tem feito ultimamente, atacou “ forte e feio” Sócrates e o seu governo.
Como sempre, aliás, sem nível, antes desbobinando acusações reveladoras da sua má educação, como lhe é habitual.
Gama, desta vez, continuará a elogiar a acção do “ democrata” Alberto João Jardim?

 

A credibilidade das instituições democráticas

Cavaco silva pronunciou-se, enfim, sobre o facto insólito de não se ter encontrado substituto para o Provedor de Justiça que terminou o seu mandato há já oito meses.
E pediu que, com urgência, tal ocorra, não hesitando em considerar essa questão como questão de Estado que está a pôr em causa a credibilidade das instituições democráticas.
Tem razão o Presidente. É, realmente, incompreensível que na Assembleia da República que não se tenha chegado, ainda, a um consenso principalmente entre o PS e o PSD, quanto à nomeação de um novo Provedor de Justiça.
Não foi por falta de já terem sido indicados nomes de categorizadas personalidades, como Rui Alarcão, António Arnaut, Jorge Miranda, Laborinho Lúcio.
Se ao Provedor de Justiça compete acolher as reclamações dos cidadãos que sintam estar a ser “injustiçados” pela Administração, se essa entidade é, pois, o defensor da legalidade, dos direitos, liberdades e garantias do cidadão comum, não é aceitável o que está a acontecer, de que são responsáveis os dois maiores partidos do parlamento.
E a verdade é que o Dr. Nascimento Rodrigues ainda foi criticado por um Ministro por um seu legítimo desabafo público que fez.
Nascimento Rodrigues que sempre exerceu com competência, dedicação e isenção o cargo já anunciou, aliás, que no final do mês renunciará, se até lá não for encontrado o seu sucessor. E não se lhe pode levar a mal!...

 

O “ grande amigo” Chavez!

O Presidente da Venezuela ainda há pouco tempo foi recebido com manifestações de amizade por parte de elementos do nosso governo.
E nessa visita foram feitos vários acordos, sobretudo de ordem económica, ou melhor dizendo, promessas de intenções de mais estreita colaboração entre os dois países.
Houve abraços efusivos, declarações públicas recíprocas e tudo indicava que Hugo Chavez se tornaria um parceiro muito válido para o nosso país.
Porém, aquele Presidente acaba de suspender esses acordos por razões que invocou relacionadas com a descida do preço do petróleo.
O “ grande amigo” Chavez roeu a corda, o que de certo deixou o nosso governo muito desanimado.
Mas, pelos vistos, ele não se importa com a palavra dada, não a cumprindo com toda a facilidade.
E o mega contrato que resultou desse encontro entre Chavez e o nosso governo era só de 2 mil milhões de euros!
Pode ser que desta desagradável situação se retire uma lição: nem todos servem para amigos!

 

Reflexão

O que levará os jovens estudantes a provocarem distúrbios nas escolas e a achegarem ao ponto de insultarem e agredirem professores?
Não será a falta de autoridade que os docentes têm vindo a sentir num sistema educativo que se tornou em muito permissivo?!
Não será pela consequência que nos alunos tem o desrespeito por verem como são tratados os professores pelas instâncias superiores?!
O que se tem passado no sector da educação é de molde a que cada vez mais se considere devidamente o estatuto próprio dos docentes, o que tem causado um mau ambiente generalizado nas escolas (ainda há dias se conheceram actos de violência em diversas escolas).
Hoje, um professor não usufrui já da dignidade das suas funções, é, sim, alguém a quem o Ministério dá pouca importância, não lhe atribuindo o justo valor como principal protagonista num sector essencial como é o da Educação.
Presentemente, o trabalho de um professor é de quase “ escravatura” tantas são as horas que passam nas escolas, em várias actividades, e depois em casa, na elaboração de relatórios, de actas de reuniões, de testes, na leitura e apreciação de imensos diplomas legais e circulares, etc.
Muito pouco tempo (ou mesmo nenhum) fica para a preparação das lições e para o desempenho das obrigações necessárias no seu agregado familiar.
Mas o mau comportamento dos alunos não resultará também do facto de a família abdicar da sua função educativa, não acompanhando os filhos nos seus deveres escolares mas principalmente não lhes transmitindo regras de boa educação, civismo e correcção?!
Muitos pais, agora, não têm para isso tempo pelas suas ocupações profissionais ou porque não prescindem dos seus próprios prazeres e entretenimentos.
E quantas vezes os folhos ficam entregues a si mesmos, vendo a violência na televisão ou agarrados ao computador durante horas interessando-se mais por maus programas.
O que se tem pretendido com as “ reformas” no sistema educativo, além da menorização da função lectiva, é também fomentar, com facilitismo já existente, que no futuro apareça uma juventude ignorante e, sobretudo, violenta desconhecedora dos melhores princípios éticos.
E tal terá necessariamente consequências graves!

sexta-feira, março 20, 2009

 

Para Ler e Meditar

“ Ouvir dizer ao mais alto nível do Estado que não há soluções para o horror do desemprego é ouvir dizer que o Estado faliu”
( Mário Crespo in JN do dia 16)

 

Dr. Joaquim José Grilo Ferraz

Morreu mais um amigo meu de infância, o Quim Ferraz.
Amigo do coração desde os tempos de escola na Figueira e, depois, na universidade de Coimbra em que estivemos hospedados na mesma casa, até ele terminar o seu curso de Engenheiro Geógrafo e eu o de Direito.
Não esqueço o nosso muito e dedicado trabalho conjunto no glorioso Ginásio Clube Figueirense quer como desportistas quer como dirigentes.
E, em Coimbra, alinhámos sempre nos movimentos estudantis da oposição à ditadura e pertencemos também aos órgãos sociais da Associação académica.
O Quim era de extrema lealdade, amigo do seu amigo, fraterno de invulgar inteligência e verticalidade.
Tinha o condão de angariar simpatias e impunha-se pela sua postura sempre serena, compreensiva e tolerante, apesar da firmeza da sua ideologia política.
A Câmara na sua última sessão prestou merecida homenagem à sua memória guardando um minuto de silêncio.
Só dias depois vim a saber da morte deste meu grande amigo e, mais uma vez, apresento sinceras condolências à Exma família enlutada.

 

O novo Director da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho

Foi nomeado pelo respectivo Conselho Geral como director daquela Escola o Dr. Carlos Monteiro que já exercia o cargo de presidente do Conselho Executivo, que, agora deixou de existir.
Aquele professor mereceu, assim, o reconhecimento pelo referido Conselho do que tem sido a sua acção docente e administrativa.
Saudamos Carlos Monteiro, desejando-lhe pleno êxito no desempenho das suas novas funções.

 

A Universidade Internacional sem Reitor

Tivemos, hoje, conhecimento de que o Senhor Juiz Conselheiro Dr. António Quirino Duarte Soares renunciou ao cargo de Reitor daquela Universidade.
Lamenta-se que tal tenha acontecido, pois foi muito valiosa a forma como exerceu aquelas funções, trazendo à UI muito prestígio através de diversas e importantes iniciativas e com cursos bem seleccionados e com muito interesse.
Foi por influência daquela distinto Magistrado que professores universitários e muito nível profissional voltaram à UI dando a garantia de que a docência era muito bem administrada.
Daqui saudamos respeitosamente o Senhor Dr. António Quirino Duarte Soares, com quem tivemos muito gosto em colaborar, embora modestamente.

 

O preservativo, sim ou não?

Bento XVI na sua visita aos camarões afirmou que o uso de preservativo não evita a grave situação em relação à vida, mas poderá até agravá-la...
Não explicou como, limitando-se a uma afirmação majestática!
Estará o Papa de posse de alguns dados científicos capazes de basear essa sua posição?
Em caso afirmativo deveria dar a conhecê-los para que possam ser confrontados com os já existentes que sustentam precisamente o contrário do que o Papa disse.
O conhecido conservadorismo de Bento XVI não lhe permite opor-se à ciência que recomenda a utilização do preservativo como meio preventivo da propagação da SIDA.
É, pois, natural que o que o Papa disse esteja a provocar polémica e mesmo contestação pela comunidade científica.
É que o preservativo é até agora o único meio mais válido contra a epidemia e outras doenças.
A não ser, claro, que, como pretende o Papa se faça abstinência quanto a relações sexuais.

 

A razão do Provedor de Justiça

O Dr. Nascimento Rodrigues, em entrevista jornalística, queixou-se, mais uma vez, de não ter sido já substituído, tendo há já oito meses terminado o seu mandato.
E mostrou-se indignado com a situação, que existe pelo facto de não haver acordo entre os dois maiores partidos no parlamento.
Tal posição do que ainda é Provedor de Justiça causou uma reacção imprópria por parte do Ministra Silva Pereira que o acusou dele querer, agora, ser mais diligente do que enquanto exerceu as suas funções!
A indignação daquela entidade é naturalíssima porque, na verdade, são já meses a mais para resolver um assunto importante, como é o de ter no lugar de Provedor de Justiça quem possa agir plenamente, cumprindo na íntegra o seu dever, o que não acontece quando se está e mera gestão.
Será que os dois maiores partidos não dão o devido valor às funções do Provedor de Justiça.
Talvez porque, por vezes, delas resultam incómodos para aqueles que recebem recomendações do Provedor!

 

Às vezes parece muito mas não é!

Foi anunciado pelo Primeiro-Ministro no Parlamento que as famílias que tenham desempregados e débitos bancários para compara de casa irão beneficiar da redução de 50% nas prestações.
E fez-se este anúncio como se fosse algo de extraordinário, mas o certo é que tal redução apenas durará um ano e meio, pois os beneficiários terão de devolver o montante das reduções a partir de Janeiro de 2011!
Poderá haver alguns menos esclarecidos que julguem que se está a dar-lhes um perdão da dívida.
Não é, porém, assim. Há apenas uma moratória para a liquidação aos Bancos dos empréstimos para casas de habitação.
Moratória, aliás, que vencerá juros, embora bonificados, não se sabendo ainda a respectiva taxa.
E se a crise e o desemprego durarem para além de 2011, o que acontecerá ao que o governo considera um importante benefício?!
Como se processará o reembolso aos Bancos?!
A medida já existe, inclusivamente em Espanha, onde parece não ter tido até agora êxito.
É que, ao fim e ao cabo, trata-se apenas de um adiamento remunerado para o pagamento das prestações de crédito à habitação.
E os desempregados que são inquilinos, a contas com enormes dificuldades para pagar as rendas?
Já, porém, a merecer aplauso foi o anúncio de que os pensionistas com reformas abaixo do salário mínimo nacional passarão a ter uma comparticipação de 30% na aquisição de medicamentos genéricos.
E será de 100% a comparticipação do Estado nos medicamentos para doenças crónicas, hipertensão ou insuficiência cardíaca.
Também na acção social escolar vai haver alterações: os estudantes beneficiários do abono de família com pelo menos um dos pais desempregados há mais de três meses, passam a ter 100% dos apoios em manuais escolares e refeições. Só que esta medida começará a vigorar a partir do próximo ano lectivo, com excepção quanto às refeições que beneficiarão já este ano.

quarta-feira, março 18, 2009

 

Para ler e meditar

“ Uma megamanifestação não resolve nada. É certo. Mas alerta os responsáveis para o que tem de ser imperiosamente resolvido. Não o esqueçam”
(Mário Soares, no Diário de Notícias, de ontem)

 

Julgado de Paz

A Figueira merecia que aqui se sediasse um Julgado de Paz.
Outras terras de menor dimensão já têm a funcionar esse Tribunais, resolvendo questões de pequena importância e aliviando os Tribunais Judiciais do muito movimento de processos que têm.
E quase sempre as chamadas “ bagatelas judiciais” encontram, através da conciliação e do diálogo entre as partes (dirigências obrigatórias nesses Julgados de Paz) a melhor e mais célere solução.
Porque não a Câmara propor ao Ministério da Justiça a instalação de um Julgado de Paz na Figueira?
Seria uma forma mais eficaz de melhor servir os cidadãos daquelas zonas que fossem abrangidas por esse Julgado e de derimir com maior rapidez os seus conflitos.
É à Câmara que compete propor ao Ministério da Justiça que dote a Figueira com um Julgado dessa natureza.

 

Manuel Alegre apresentou medidas para uma nova política

Na revista “ On-line CPS”, Corrente de Opinião Socialista, Manuel Alegre apresentou medidas (nove) concretas de natureza política para combater a crise económica em Portugal e mesmo a nível europeu.
Só com políticas novas se poderão encontrar soluções para os graves problemas que afectam a vida dos portugueses.
E essas medidas avançadas por Alegre são, sem dúvida, medidas de Esquerda, como “ o reforço dos poderes reguladores e interventores do Estado, garantindo que eles são exercidos com independência e em prol do interesse público”.
Adiantou ainda que o Estado não deve continuar a entregar sistematicamente ao privado sectores económicos rentáveis e que “ a Escola pública, o Serviço Nacional de Saúde e Segurança Social Pública são garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos e, como tal, devem ser defendidos e postos em prática”.
Quanto à corrupção diz Manuel Alegre que “ a melhor forma de combater a corrupção é promover a transparência das decisões dos poderes públicos, o escrutínio da utilização dos dinheiros públicos e o reforço da capacidade de fiscalização, controlo e participação cívica dos cidadãos”.
A editorial da referida revista, em que Alegre propõe claramente o seu pensamento quanto às novas políticas que se impõe implementar, merece, na verdade, ser lida.
Mas fica para já a pergunta: será que as propostas de Alegre vêm a ser aceites por Sócrates na reunião que, para breve, está agendada entre ambos?!

 

É necessário ouvir e dialogar

Foi, mais uma vez, o conselho de Mário Soares, a respeito da forma como o Primeiro-Ministro reagiu à última grande manifestação dos trabalhadores dos sectores público e privado.
O ex-Presidente da República e fundador do PS disse-se impressionado “ pelo volume e indignação que foi demonstrada pelas pessoas, numa época de crise global, que vem de fora para dentro”.
E disse mais: “ ele (Sócrates) pode ainda ganhar a maioria absoluta se houver diálogo com os Sindicatos, com os Partidos e com as pessoas”!
Muitos têm dado ao governo esses conselhos, que, infelizmente, pouco têm sido ouvidos!
Parece, sim, que continua a não haver a humildade precisa no exercício do poder, não acolhendo devidamente as funções e a acção daquelas organizações (Sindicatos e Partidos) que têm naturalmente uma visão diferente da do governo quanto à situação real do país.

 

Bons discursos dos agraciados com o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa

A rainha da Jordânia e Jorge Sampaio receberam em conjunto o Prémio Norte-Sul, para distinguir a sua acção a favor do melhor entendimento civilizacional e intercultural entre o Norte e o Sul.
A rainha Rãnia recordou, naquele seu discurso, um bom conhecimento da nossa história e principalmente quanto ao período dos Descobrimentos e realçou a necessidade de uma maior aproximação entre o mundo árabe e o mundo ocidental, para um seu melhor relacionamento em todos os aspectos.
Conseguiu transmitir a sua grande beleza física às palavras que proferiu, formalmente correctas e muito conceituosas.
O ex-Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, fez igualmente um excelente discurso em que, por vezes, não conseguiu conter certa emoção.
Apelou para uma maior tolerância, diversidade de culturas, por forma a serem derrubados os muros ainda existentes que travam a solidariedade e a concórdia entre os povos.
A sessão, realizada no Parlamento, foi, sem dúvida, um marco relevante na história daquela Assembleia.

 

Dia do Pai

Amanhã, o dia é dedicado ao Pai.
Tal como a Mãe, também o Pai merece, como esteio forte que é da família, a homenagem dos filhos, que recebem dele apoio, carinho e amor.
Sejam quais forem as divergências, que ao longo da vida, porventura possam surgir, não deve o filho esquecer nunca a gratidão para com o Pai, sempre capaz de contribuir com o maior empenho e da melhor maneira possível para o bem daquele.
Mesmo os que nascem em famílias abastadas ou remediadas, sem terem grandes preocupações, têm de reconhecer não só a ajuda material que recebem do Pai, mas mormente o muito afecto e os bons conselhos que ele sempre está pronto a dispensar-lhes.
E até os que nascem no seio de uma família pobre, mesmo passando privações materiais, não deixam de ter um amparo afectivo do seu progenitor.
Lembro neste momento, a angústia que um Pai deve sentir quando não pode proporcionar ao filho os meios bastantes para suprir as necessidades básicas.
E tantos há, agora, infelizmente!
Mas não posso deixar de lembrar também, neste dia, o Pai excelente que tive, que foi o esclarecido e constante mentor na minha formação, incutindo-me, com paciência e bondade, o gosto pelo culto dos valores morais e éticos.
É, pois, com muita saudade e respeito que me curvo perante a sua memória.

segunda-feira, março 16, 2009

 

Para ler e meditar

“ O que hoje o mundo realmente precisa é de homens que digam: yes e can.”
(Daniel Proença de Carvalho, no Semanário Económico, de 14 do corrente)

 

Sócrates em Cabo Verde

Com uma comitiva muito numerosa de Ministros, Secretários de Estado e empresários, o Primeiro-Ministro quis com essa visita a Cabo Verde “ comemorar” o seu mandato!
E, em vários sectores, foram assinados acordos entre os representantes dos dois países, o que, decerto, será benéfico para ambos.
Foram três dias de contactos com a realidade de Cabo Verde e para a explicação aos seus responsáveis das políticas seguias pelo governo português, que, segundo se noticiou, mereceram rasgados elogios.
Entretanto, em Lisboa, realizou-se uma grandiosa manifestação popular ( com talvez mais de 200 mil participantes) de protesto contra essas políticas.
Mas, Sócrates, em declarações prestadas a jornalistas, disse que essa e outras manifestações não o preocupam, pois não passam de uma instrumentalização de Sindicatos e de alguns Partidos, mormente o PCP e o Bloco de Esquerda.
E acusou-os de apenas se interessarem pela “ maledicência”, “ pela política do bota abaixo” não tendo contribuído até agora com propostas positivas, aceitáveis para uma melhor solução dos vários problemas nacionais.
Porém, não será uma visão demasiadamente “ facilitista” do Primeiro-Ministro?
Não se justificaria, sim uma maior atenção à acção dos Sindicatos (elementos essenciais numa democracia) e à voz do povo nas grandes manifestações que têm ocorrido?!

 

Da secção “ Sobe e desce” do Público, de ontem, transcrevemos:

“ O Presidente da CONCFAP, órgão supostamente representativo das associações de pais e, por essa via, dos pais portugueses, continua igual a si mesmo. Ontem reivindicou Escolas abertas 12 horas por dia. Não como Escolas mas como depósitos de filhos!
A Ministra da Educação ouviu e gostou. E o Ministério vai por certo continuar a subsidiar de forma generosa este seu fiel apoiante.”

 

Aumento da criminalidade

Em 2008, verificou-se o maior aumento de crimes violentos em relação à última década.
Foram 148 homicídios os que ocorreram no ano passado, além de muitos assaltos à mão armada a Bancos, a estabelecimentos comercias, casas de habitação, postos de gasolina, automóveis, caixas de multibanco, carrinhas de recolha e transporte de dinheiro, etc.
Foram quase 25 mil as queixas quanto a crimes violentos!
A insegurança é muito preocupante, embora haja responsáveis políticos que a negam, afirmando que o respectivo Ministério da tutela está a fazer a política adequada.
É caso para perguntar: se assim não fosse, o que seria de nós?!

 

A reunião Sócrates-Alegre

Segundo já se anunciou, Sócrates e Manuel Alegre vão reunir-se a fim de tentarem um entendimento quanto a certas questões relativas à acção do PS, que os tem afastado.
Com o retorno a posições de esquerda que o governo recentemente tem proclamado e com afirmações públicas de responsáveis do Partido no sentido de que Alegre faz falta nele, sendo uma sua importante referência, bem pode suceder que esse entendimento seja possível, evitando-se uma eventual fractura no PS, que lhe poderia ser desastroso nos próximos actos eleitorais.
Que o bom senso, a correcta análise das posições até agora divergentes, a humildade e melhor inteligência na sua apreciação, o desejo firme de bem servir o país de acordo com os princípios da esquerda democrática, venham a orientar e com êxito tal reunião.

 

As propostas da oposição

O Primeiro-Ministro tem como frequência apelado para que os partidos da oposição, se não concordam com as políticas do governo, apresentem sugestões ou propostas diferentes.
Porém, a oposição da direita à esquerda tem-se queixado que as suas propostas nunca foram aceites e elas têm abrangido vários sectores, desde a Educação, a Segurança Social, a legislação laboral e penal, até ao combate à actual crise.
É que a maioria parlamentar tem invalidado qualquer proposta da oposição.
Por vezes, perguntamo-nos: onde tem havido diálogo para um confronto sério entre o que propõe o governo e o que pretende a oposição?!
Só o que se passa no parlamento não basta porque aí não se consegue ter um diálogo sereno, antes se tem presenciado uma enorme crispação entre os representantes dos partidos, nem sempre, aliás, com elevação e boa educação...
O PCP, por exemplo, apresentou recentemente um conjunto de mais de 20 medidas com destino ao combate à crise.
E o que sucedeu?
Nada foi aproveitado...
O mesmo tem acontecido com as sugestões dos outros partidos.
Ora, a situação no país é tão grave que merecia outras posições dos partidos, não de constante antagonismo, mas de uma necessária ponderação e abertura entre todos os responsáveis políticos. Porque não aceitar que outros possam ter opiniões mais válidas e viáveis que, pelo menos, possam ser discutidas em conjunto e com serenidade.
No momento presente é aconselhável em nome do superior interesse do país um diálogo franco, sem preconceitos, sério e inteligente entre os que governam e a oposição.

sábado, março 14, 2009

 

Para ler e meditar

“ Ainda há valores que não devem ceder ao brilho dos diamantes ou do ouro negro”
( Eduardo Dâmaso in Correio da Manhã de 11 do corrente)

 

O General Loureiro dos Santos no Casino

Na próxima terça-feira, pelas 22 horas, o General Loureiro dos Santos participará no casino na iniciativa “ 125 minutos com...Fátima Campos Ferreira”.
Pelo seu distinto curriculum militar e académico, esse oficial general é, sem dúvida, uma mais valia naquela iniciativa, devendo trazer aos figueirenses e não só o seu muito saber e inteligentes análises quer quanto a assuntos nacionais quer internacionais.

 

Drª Isabel Henriques

A Chefe do Departamento Cultural da Câmara, Drª Isabel Henriques deixa essas funções, passando a prestar a sua actividade na Fundação Bissaya Barreto.
É com muita pena que a vemos afastar-se daquele cargo, que sempre exerceu com invulgar brilho e grande dedicação.
A ela e à sua dinâmica equipa de colaboradores se ficam a dever muitos e valiosos eventos culturais, que prestigiaram a nossa terra.
Saudamos com amizade e admiração a Drª Isabel Henriques, desejando-lhe sinceramente o maior êxito no seu futuro profissional.

 

Um Provedor Municipal

Já em tempos, tivemos ocasião de defender a criação do lugar do provedor municipal ao qual competiria acolher queixas dos munícipes, analisá-las e fazer ao Executivo as recomendações necessárias se for caso disso.
Sem poderes vinculativos, bem poderia, no entanto, aquele Provedor ser mais um meio ao serviço dos munícipes no sentido de verem resolvidas as suas questões com a Câmara além de que seria mais uma forma de “ fiscalizar” o funcionamento dos diversos serviços camarários.
A nomeação do provedor Municipal deveria ser feita pela Assembleia Municipal, por consenso, e com estatuto definido por aquele órgão, podendo tal nomeação recair num independente.
Agora, que se aproximam as eleições autárquicas, dos respectivos programas eleitorais seria interessante e, decerto, bem acolhido pelos eleitores a criação dessa figura de Provedor Municipal.

 

Manuel Alegre e o PS

O Ministro Santos Silva afinal, veio agora dizer que Manuel Alegre é uma referência importante no seu Partido nele dispondo de estima e consideração.
E disse mais: Manuel Alegre é uma voz crítica, incómoda mas coerente com os seus princípios e ideais que são os que o PS também defende.
Ainda há pouco aquele Ministro se tinha manifestado contra a posição de Alegre pelo facto de não ir ao Congresso.
E Santos Silva não quis pronunciar-se sobre o que o seu camarada José Lello disse, num programa televisivo, acusando Manuel Alegre de falta de carácter.
Enfim, atitudes que não ficam bem...

 

Os “ Magalhães” chegam a Cabo Verde

Sócrates levou consigo, além de numerosa comitiva, nesta sua visita a Cabo Verde os computadores “ Magalhães” distribuindo-os.
Pode dizer-se que estes instrumentos informáticos constituem uma das grandes “ paixões” deste governo, apostado como está na modernização.
Mas resta saber se naqueles computadores se já corrigiram os clamorosos erros ortográficos e gramaticais que recentemente foram detectados.
O Primeiro-Ministro manifestou também em Cabo Verde a disponibilidade para ajudar a desenvolver ali o dito “ Simplex”...

 

Muitos milhares na manifestação de ontem

Trabalhadores dos sectores público e privado concentraram-se ontem em mais uma grandiosa, manifestação de protesto contra a política do governo, principalmente a laboral. De toda a parte do país acorreram a Lisboa milhares de trabalhadores (cerca de 200 mil, segundo se disse e não foi desmentido), que com muitos cartazes e palavras de ordem reagiram quanto à forma injusta como estão a ser tratados.
Desta vez, foi a CGTP que promoveu essa manifestação.
Também ontem estiveram na rua, em frente ao Ministério da Saúde os enfermeiros, manifestando-se pela resolução da questão das suas carreiras.
Enfim, um dia cheio de...protestos que talvez, mais uma vez, não sejam ouvidos!

 

Ricos menos ricos, mas ainda muito, muito ricos!

A crise toca a todos...
Chega-nos a notícia de que quase metade dos detentores de grandes fortunas no mundo sofreu uma redução muito substancial nos seus valores.
Aconteceu, claro, o mesmo em Portugal.
Mas o certo é que continuam os multimilionários a dispor de muito elevados rendimentos.
Preferiram, durante anos, a especulação bolsista, acreditaram que os chamados “paraísos fiscais” os defenderiam sempre, apostaram no lucro fácil e rápido, não investiram em algo de produtivo que pudesse fortalecer as economias dos seus países.
Defenderam e aproveitaram-se do neoliberalismo, do mercado sem controlo, e deixaram-se dominar pela ganância e egoísmo.
Mas, afinal, vieram a ser também vítimas da crise, para a qual contribuiu em grande parte a falta de valores morais que determinou um comportamento censurável e um mau aproveitamento da riqueza.
Alguns dos mais ricos viram, pois, reduzidas a 40% e 50% as suas fortunas.
Foi o “ castigo” para o seu procedimento ganancioso, para o aproveitamento de um capitalismo selvagem que se espalhou por todo o mundo.
É, porém, a esses que ainda hoje vivem sem quaisquer preocupações e mesmo faustosamente que o estado vai dando ajuda, para se evitar um mal pior, como o que tem acontecido nos seus Bancos e empresas.
Enquanto que aos “ mais pequenos” pouco se dá, não bastando para que possam fazer frente às suas graves situações económicas.

quinta-feira, março 12, 2009

 

Para ler e meditar

“Penso ter sido Tolstoi que disse ser a liberdade uma consequência, que não um fim, e que não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade”
(Santana Castilho, em artigo no “Público” de 4 do corrente)

 

Depois da humilhação, o orgulho!

Em dois dias seguidos, na Liga dos Campeões, as nossas equipas de futebol tiveram prestações bem diferentes, o Sporting foi “cilindrado” pelo Bayern de Munique, perdendo por 7-1, o FCP, empatando a 0 com o Atlético de Madrid, no segundo jogo da eliminatória, passou á fase seguinte.
Quer dizer que os amantes do futebol puderam sentir grande tristeza e desânimo em relação ao Sporting e um justificado orgulho quanto ao Porto.
Mas o futebol é assim mesmo, dá para tudo, sendo imprevisíveis os resultados e as emoções!

 

Norte e Centro á frente no desemprego

Os dados estatísticos oficiais, revelam que o desemprego é mais acentuado as regiões norte e centro do nosso país.
Só no distrito de Braga há já mais de 45 mil desempregados e são muitos também o que não têm trabalho em Barcelos e Coimbra, bem como noutras localidades daquelas regiões.
E há aqueles que são já desempregados de longa duração, outros que não estão a receber o subsídio de desemprego.
De registar a acção louvável que algumas Câmaras têm exercido quanto á ajuda ao que vivem em situação de pobreza.
E também as instituições privadas de solidariedade social que, com os seus voluntários, se esforçam por acudir aos carenciados, distribuindo principalmente alimentos e roupas, que recolhem em peditórios nas ruas e nos supermercados.
Mais do que nunca, é necessária essa solidariedade, mesmo em relação a grande parte da classe média, onde há já muita da chamada pobreza envergonhada.
A Câmara da Figueira terá feito já um levantamento das famílias carenciadas e estará a auxiliá-las?
Oxalá que sim.
E porque não uma campanha conjunta da Câmara, instituições locais de solidariedade social, clubes de serviço e outras organizações para auxiliar os que sofrem a pobreza?
Neste tempo de crise haja solidariedade em todos os dias e não apenas no Natal.

 

As”Guerras” dos Partidos

Já vão sendo prolongadas as “guerras” dentro dos Partidos com maior possibilidade para exercer o poder autárquico, quanto a eventuais candidatos!
Na corrida para os órgãos municipais locais, muitos põem-se em “bicos dos pés” para se mostrarem melhor do que outros…
E não hesitam em entrar em “manobras”, em participarem em reuniões “secretas” com quem pode ajudá-los nas suas pretensões políticas, em movimentações junto dos órgãos nacionais dos seus partidos para os “catequizarem” a seu favor, etc.
Enfim, o que era preciso é que esses que se perfilam já como candidatos (e são muitos) se conhecessem bem, tivessem a noção exacta das suas qualidades, do seu possível mérito para desempenharem com competência as funções que desejam exercer para que possam ter um trabalho profícuo em prol do desenvolvimento do nosso concelho.
Por isso, quem compete indicar e organizar as listas deve proceder com a maior ponderação, sem pressões, e não apenas para fazer favor a este ou aquele, por simpatia ou amizade pessoal.
Isto, claro, se quiser apresentar uma lista ganhadora e não uma que apenas sirva para cumprir um mero dever cívico-eleitoral dos Partidos.
A Figueira merece e necessita que sejam os melhores a governá-la e não os que querem os lugares por vaidade, prestigio pessoal ou promoção social.

quarta-feira, março 11, 2009

 

Para ler e meditar

“ O Ser não desvaloriza como as acções da Bolsa.
Os valores não surgem repentinamente na vida em sociedade: são construídos na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas escolas, nas manifestações culturais, nos movimentos e organizações sociais”
(António Arnaut in Ciclo de Conferências promovido pelo Rotary Clube de Montemor-o-Velho”)

 

Novo Administrador do Hospital

Em substituição do Dr. Victor Leonardo, o novo Presidente do Conselho de Administração do HDFF é o Dr. Sousa Alves, quadro superior da Segurança Social de Coimbra a quem saudamos com amizade, desejando-lhe uma profícua acção no lugar que vai ocupar, mormente no que se refere à pacificação do ambiente naquele estabelecimento hospitalar onde tem havido divergências entre o corpo clínico e a administração que agora cessa funções.

 

Ralham...os compadres!

O Presidente da Câmara de Lisboa e o Ministro da Administração Interna acusaram-se mutuamente. Dois camaradas que entraram em “ ruptura” a propósito da segurança em certas zonas da capital.
António Costa, que já foi responsável daquela pasta governamental afirmou que o actual Ministro não tem uma estratégia global quanto à segurança, limitando-se a “ acudir” a situações pontuais.
Por sua vez, Rui Pereira defende-se com um já efectivo aumento considerável de polícias.
O certo, porém, é que o problema da insegurança está longe de ser resolvido ou, pelo menos, de ter menor dimensão. Esta disputa entre os dois socialistas tem, no entanto, o mérito de, mais uma vez, se demonstrar que no PS há pluralismo quanto a opiniões!!...
À acusação feita por José Lello a respeito de Manuel Alegre a quem acusou, num programa televisivo, de falta de carácter não vale comentários...
Falta de carácter por ser coerente?
Ora, sr. José Lello, onde está o seu passado na história do PS e da democracia em Portugal, que possa comparar-se com o de Manuel Alegre?!
Uma outra discordância dentro do PS é a que resultou de declarações do Ministro santos Silva que, ainda há pouco, se considerou “ um pigmeu” face a Manuel Alegre e agora lhe dá “ pancada”!
Enfim, é o que há...

 

A visita do Presidente Angolano

Com pompa e circunstância, José Eduardo dos Santos foi recebido na sua primeira visita oficial a Portugal.
E foram assinados vários acordos importantes nas áreas, financeira, económica, cultural e educativa.
De ressaltar a criação de um Banco luso-angolano com metade do capital da CGD e outra metade da empresa petrolífera Sonangol, Banco com destino a investimentos nos dois países.
Embora possam alguns não concordarem com a acção política de José Eduardo dos Santos, longe ainda de ser essencialmente democrática, a verdade é que, hoje, há paz em Angola e a sua economia tem crescido muito significativamente (no ano passado cerca de 50%).
Claro que Angola dispõe de grandes recursos e condições para progredir, com um solo e subsolo ricos e com petróleo, mas o certo é que tem havido um seu bom aproveitamento.
E quanto à política disse o Presidente angolano que estão a ser preparados os meios próprios para sustentar uma verdadeira democracia.

 

O fanatismo

Não é próprio de pessoas inteligentes deixarem-se dominar pelo fanatismo. É que este é de molde a obliterar até as faculdades e capacidades, conduzindo a uma constante subserviência ao pensamento e à acção de quem motiva o fanatismo.
O fanático fica sem vontade própria, age apenas em função daquele que admira, acreditando piamente no que ele diz e faz.
O fanático abdica da sua personalidade e adopta sempre a defesa intransigente do seu “ mentor” mesmo quando ele é apanhado em falta, erro ou mentira. O fanático é, assim, um amorfo, incapaz de se impor seja no que for, e um intolerante a respeito de tudo e de todos.
E, na vida política, vai, infelizmente, havendo muitos fanáticos, quase sempre por interesses próprios, prontos a esperar benefícios do seu “ ídolo”...

terça-feira, março 10, 2009

 

Para ler e meditar

“ Portugal é o campeão europeu da desigualdade”
( João Paulo Guerra in Diário Económico de ontem)

 

Nova insistência de Cavaco Silva

O Presidente da república, mais uma vez, disse impor-se uma redução nas remunerações dos gestores.
Mas a verdade é que tem faltado a coragem de mexer nesse assunto!
Seroa uma medida moralizadora que, nos tempos que correm, constituiria um exemplo, revelando compreensão pela situação grave em que vivem milhares de portugueses.
Parece, porém, que o que se está a passar quanto a alguns gestores é precisamente o contrário do desejável: aumentaram já a si próprios as remunerações, os prémios e outras mordomias!
Quer dizer que pouco se tem ligado aos conselhos do Presidente da República!

 

Sem água, sem electricidade e sem muito mais...

São já milhares de famílias que não têm nas suas casas água e luz.
Não têm dinheiro para pagar a respectivas facturas!
Além, claro, de também não terem possibilidade de comprar os mais essenciais produtos alimentares, estando, cada vez mais, a aumentar o número de pessoas que acorrem ao Banco Alimentar para aí obterem o que possa servir à sua alimentação.
E os idosos que se têm de contentar em aviar apenas parte das receitas médicas, não levando das farmácias todos os medicamentos de que precisam?
E os estudantes, cujos pais não podem pagar as propinas nas universidades e nos colégios?
E as longas filas desde as primeiras horas da manhã às portas dos Centros de Emprego e acabam por sair de lá sem solução para as suas precárias situações?
E os que não podem pagar impostos nem débitos aos Bancos, respeitantes às casas que adquiriram?
E são muitos, mesmo muitos, os casos a revelar a pobreza que atinge muitos milhares de portugueses, notando-se até já a existência da chamada miséria envergonhada por parte de elementos da classe média?
Poderá haver esperança de que, no futuro, esses graves problemas se resolvam?
Dizem-nos que não há que desanimar, mas há que contar com um aumento substancial de conflitos sociais, que poderão ter consequências graves.

 

Mais um veto do Presidente da República

A lei do pluralismo e da não concentração dos meios da comunicação social mereceu de Cavaco Silva mais um seu veto.
E este não deixa de ser sintomático quando no recente congresso do PS os órgãos de comunicação social estiveram debaixo de fogo de vários oradores!...
O Presidente considerou inoportuna tal lei, pois entende que “ não há défice de pluralismo em Portugal”.
E considerou, ainda, que existe a independência da comunicação social ao contrário do que acontece noutros países.
Pelo menos, não se demonstrou, ainda, que essa independência seja posta em causa.
Além de que deve aguardar-se que a UE defina critérios de avaliação do pluralismo, o que está a ser feito há já tempo, através de estudos próprios.
A lei, que apenas foi votada favoravelmente na Assembleia da República pelo PS voltará agora a se apreciada pelos deputados.
Enfim, mais uma discordância de Cavaco Silva em relação a diplomas legais aprovados no parlamento.

 

Os “lapsos” do Código do Trabalho

O ministro Vieira da Silva já reconheceu, numa sua audiência no Parlamento que o novo Código do trabalho tem “ lapsos”.
Mas também foi dizendo que, tendo o diploma sido discutido e aprovado pela Assembleia da República também a esta deve ser atribuída culpa relativamente a lacunas e não lapsos daquela lei.
Hoje, ninguém quer ser único responsável por erros ou negligências e passa-se a bola para outrem.
Mas o certo é que foi preciso que, fora da Assembleia, alguém levantasse o problema, que é grave, de terem sido esquecidas as sanções para infracções sobre higiene, saúde e segurança no trabalho.
E o que mais se estranha é que tenha, agora, sido aprovada, só com os votos do PS uma rectificação do Código do Trabalho.
Será essa a forma adequada e mesmo legal de preencher as lacunas havidas que podem causar grandes prejuízos ao estado?!
Bastará que quanto a elas o Ministro peça desculpa, como fez, dos “ lapsos” da lei?!

 

Mil milhões de lucros na EDP

Foi esse o montante que aquela empresa arrecadou de lucros em 2008.
Tal resultado não é de censurar pois representa, na verdade, uma boa gestão da EDP.
Porém, o que não está bem é daí não advir qualquer benefício para os consumidores de electricidade.
E, mais do que nunca, com a grave crise existente, impunha-se que se tomasse em atenção a situação dos que já sentem muita dificuldade em pagar a electricidade.
Porque não reduzir-se, embora com ponderação, as respectivas taxas?

 

O Magalhães com erros!

Foram já muitos milhares os computadores distribuídos às escolas para utilização dos alunos.
E fez-se um enorme alarido por aquela iniciativa! Afinal, descobriu-se, agora, que os “ Magalhães” têm programas em que aparecem muitos erros de escrita e gramaticais...
Aqueles computadores serão realmente para aprender ou desaprender?!
Antes da sua distribuição não haveria ninguém que verificasse com cuidado o conteúdo daqueles instrumentos informáticos, em que, segundo se sabe, até um emigrante português apenas com a 4ª classe interveio nos respectivos programas?
Até as crianças já deram pelas anomalias dos “ Magalhães”!

 

Preocupado e triste

O Presidente da República, no seu roteiro dedicado à inclusão, afirmou estar muito preocupado e triste com o que se passa no nosso país, mormente quanto ao aumento d a pobreza e das desigualdades sociais.
Será pessimismo?
Não, não é. É, sim, puro realismo.
Qual é o responsável político que pode ocultar ou disfarçar a grave situação em que se encontram muitos milhares de portugueses?
O Presidente tem mesmo de estar preocupado e triste e, como ele disse, não basta apelar
à consciência social dos que continuam a ter muito em relação a outros que nada têm!
Compete ao presidente pedir a prática da solidariedade, mas isso não é tudo, é preciso que se adoptem mais medidas urgentes e eficazes, para além das que já têm sido tomadas.
Mas mesmo quanto a estas necessário se torna controlar a sua efectiva aplicação...

sexta-feira, março 06, 2009

 

Para Ler e Meditar

“A democracia ganha se tiver quem assuma a crítica, quem possa ser uma voz da consciência (…)”
José Pereira Leite, in Jornal de Notícias

 

O endeusamento

Os elogios demasiados e constantes a alguém que, sobretudo ,ocupe lugares cimeiros são sempre perigosos. Mesmo que se goste muito de determinada pessoa e se queira dar-lhe apoio, há que ter o cuidado de não a envaidecer e de a considerar como indispensável, insubstituível, colocando-a num alto pedestal.
É que tal pode levar ao “ endeusamento” e isso não é aceitável sob pena de quem recebe apenas louvaminhas acabar por cair no quero, posso e mando, no poder absoluto.
E em política o endeusamento é sempre um alto risco, porque pode levar à arrogância, à vaidade e mesmo ao autoritarismo e tirania.
E, quantas vezes, quem é envaidecido, acaba até por não saber distinguir os que o fazem com sinceridade e os que o incensam por mérito interesse.
Quem exerce o poder deve agir com humildade, com vontade de ouvir os outros, disposto a dialogar e a aceitar aqueles que discordam de si mas que podem ter propostas válidas a fazer e que mereçam ponderação.Há, pois, que ter cuidado com os endeusamentos que por aí se vão fazendo até porque, ninguém pode considerar-se como único detentor da verdade, como o melhor de todos, como o intocável.

 

O endeusamento

Os elogios demasiados e constantes a alguém que, sobretudo ,ocupe lugares cimeiros são sempre perigosos. Mesmo que se goste muito de determinada pessoa e se queira dar-lhe apoio, há que ter o cuidado de não a envaidecer e de a considerar como indispensável, insubstituível, colocando-a num alto pedestal.
É que tal pode levar ao “ endeusamento” e isso não é aceitável sob pena de quem recebe apenas louvaminhas acabar por cair no quero, posso e mando, no poder absoluto.
E em política o endeusamento é sempre um alto risco, porque pode levar à arrogância, à vaidade e mesmo ao autoritarismo e tirania.
E, quantas vezes, quem é envaidecido, acaba até por não saber distinguir os que o fazem com sinceridade e os que o incensam por mérito interesse.
Quem exerce o poder deve agir com humildade, com vontade de ouvir os outros, disposto a dialogar e a aceitar aqueles que discordam de si mas que podem ter propostas válidas a fazer e que mereçam ponderação.Há, pois, que ter cuidado com os endeusamentos que por aí se vão fazendo até porque, ninguém pode considerar-se como único detentor da verdade, como o melhor de todos, como o intocável.

 

O Dia Internacional da Mulher

É de toda a justiça que, em cada ano, se consagre um dia à Mulher a 8 de Março.
Pelo que representa na comunidade familiar, com o amor que só ela sabe dar, pelos sacrifícios que está sempre disposta a fazer em prol dos que deles precisam.
Através dos tempos, bem custosos até pela incompreensão e falta de aceitação, a Mulher foi conquistando por mérito próprio os direitos como esteio muito válido e como elemento muito útil em vários sectores de actividade, como por exemplo no social, cultural e político.
Porém, ainda hoje há quem lhe recuse a igualdade em relação ao homem, sendo, em várias regiões do mundo descriminada.
E entre nós essa descriminação existe ainda a nível salarial e mesmo quanto a certos lugares de topo, quanto aos quais há, infelizmente, algumas reservas em chamar a eles as mulheres.
Quer dizer que, torna-se preciso que a Mulher continue a sua luta para alcançar plenamente tudo aquilo a que tem direito, tendo para tal qualidades e capacidade.
Neste dia, há, sobretudo, que homenagear a Mulher-Mãe, aquela que nos criou com todos os cuidados e enlevo, que nos tratou com enorme carinho, que se sacrificou por nós, que nos infundiu os valores éticos, que nos assistiu com a maior disponibilidade nas doenças, que nos amparou e animou nos momentos menos bons, que nos preparou da melhor maneira possível para uma vida decente e digna.
Apesar de já há muito tempo não a ter comigo, sinto muita saudade da minha Mãe.
E lembro-a não apenas neste dia 8, mas em cada um enquanto viver.

 

Breve reflexão sobre as eleições autárquicas

No concelho da Figueira da Foz os resultados eleitorais nas freguesias são decisivos para uma vitória.
Daí que, deva haver o cuidado de, nas listas para a Câmara, propostas ao eleitorado, se inclua um ou dois nomes de pessoas bem conhecidas naqueles locais, que tenham a simpatia das populações e que tenham uma boa compreensão dos seus problemas mais prementes.
Com uma equipa constituída por quem já tenha revelado dedicação e amor à Figueira ou já lhe tenha prestado bons serviços em várias áreas, o cabeça de lista sentir-se-á bem acompanhado e com maior possibilidade de fazer obra.
A este deve exigir-se experiência política, firma vontade de trabalhar pelo progresso da Figueira, honestidade, isenção e transparência na sua acção, um bom relacionamento e aceitação na administração central, imaginação quanto a novos incentivos para promover o prestígio do concelho.
Interessará também que o cabeça de lista e os seus colaboradores tenham um passado democrático o que lhes dará mais força para exercer com maior correcção e entusiasmo o poder autárquico.
Igualmente importa que nas listas para os órgãos municipais não seja esquecida a participação de jovens, o mesmo devendo acontecer quanto a mulheres.
Por tudo isto, é preciso que nos Partidos as escolhas dos candidatos sejam feitas com a maior ponderação para que os legítimos interesses da comunidade venham a ser bem defendidos.
E entendemos que as escolhas devem começar a aparecer com brevidade para que seja possível a melhor preparação da campanha eleitoral através de uma pré-campanha bem cuidada que ponha já em contacto os candidatos com as populações.

segunda-feira, março 02, 2009

 

Para ler e meditar

“ Em Portugal enriquecer ilicitamente não é crime. Em tempo de crise profunda e prolongada a transigência com a corrupção é também ela um crime. Insuportável”
( António José Teixeira in Diário Económico de 27 de Fevereiro)

 

A corrupção passa sem castigo?

O empresário Domingos Névoa foi julgado por tentativa de corrupção activa junto do vereador da Câmara de Lisboa Sá Fernandes.
E, pasme-se, embora se desse como provado o crime de que estava acusado, a pena que lhe foi aplicada foi apenas...a de uma multa de cinco mil euros!
Não conhecemos as circunstâncias atenuantes e o seu valor que o tribunal apurou para ser tão benévolo mas, por mais valiosas que fossem, o certo é que a tentativa de corrupção existiu e crimes dessa natureza merecem sanções disciplinares que sejam moralizadoras no meio desta tão grave crise de valores éticos.
Razão teve aquele referido empresário para à saída do tribunal se mostrar francamente satisfeito e até sorridente.

 

A grande notícia

O Professor Doutor Vital Moreira foi anunciado no Congresso do PS como cabeça de lista de candidatos daquele partido ao Parlamento Europeu. Embora sem filiação, Vital Moreira há já muitos anos que depois de sair do PCP, dá o seu apoio ao PS, quer através dos seus excelentes textos publicados no Público e no seu blogue, quer em colóquios, fóruns e outras iniciativas políticas daquele partido.
É um docente brilhante da Faculdade de Direito de Coimbra e sempre, na sua vida política, se pautou como um homem de esquerda.
O discurso que proferiu no XVI Congresso do PS foi notável, revelando o seu firme apego às matrizes da esquerda democrática e logo apresentando as bases em que assentará a sua acção como eurodeputado. Vital Moreira foi, sem dúvida, a grande notícia, por inesperada, deste Congresso do PS.

 

Há margem do Congresso do PS

As televisões ouviram, fora da sala do congresso alguns socialistas. E, francamente, desgostaram-nos as palavras do nosso amigo e colega Carlos Candal, referindo-se a Manuel Alegre como o fez: não faz falta neste Congresso, tem uma voz bonita e a escola do TEUC, não tem nada a dizer quanto a política, preferiu ter três dias de protagonismo quanto à sua vinda ou não ao Congresso do que ter poucos minutos se falasse podendo ser assobiado.
Quer dizer que, enquanto outros que foram ouvidos disseram respeitar a opção de Manuel Alegre de não ir ao Congresso elogiando-o como democrata e socialista muito categorizado, Carlos Candal tratou o seu camarada com certo desdém pretendendo menorizá-lo!
Era escusado e nem Alegre merecia esse procedimento.
Nem António José Seguro nem António Fonseca Ferreira (este com uma moção valiosa e que defendeu muito bem, anunciando até que iria promover a criação de uma corrente de opinião – a esquerda socialista – dentro do PS) agiram como Carlos Candal.
Considerando até Manuel Alegre como relevante elemento do património do partido.

 

O XVI Congresso do PS

Sócrates, Secretário-Geral do Partido Socialista, no seu discurso inicial proferido no Congresso foi vigoroso provando as suas qualidades oratórias a que já nos habituou. É, na verdade, um bom tribuno, pecando, quanto a nós, por se deixar arrebatar demasiadamente, o que o leva a excesso de linguagem, sobretudo nos debates parlamentares.
Quanto ao conteúdo daquele discurso, pode dizer-se que se limitou a aproveitar a ocasião para repetir o rol das reformas que, pelo que deu a entender, lhe dão satisfação, afirmando o bom resultado da governação socialista.
De registar, porém, a tónica de esquerda que já há algum tempo Sócrates tenta introduzir nas suas palavras.
“ A força da mudança” ( a lembrar o lema escolhido para a campanha eleitoral de Obama) era o que se via inscrito em grandes letras nos cartazes existentes na sala onde decorreu este Congresso.
E oxalá que, na verdade, a mudança anunciada seja realmente no sentido do retorno às raízes essenciais do PS próprias da esquerda democrática. É que, nesta grave crise económico-financeira há que reconhecer que ela fica a dever-se principalmente à falência do neoliberalismo, mais ou menos acentuado, a que o PS não tem sabido reagir.
E há que reconhecer que o estado deve ter uma intervenção reguladora em vários sectores económicos, financeiros e sociais, no sentido de uma melhor distribuição da riqueza, de uma mais efectiva justiça social, de um combate sério e eficaz às desigualdades e pobreza, de uma melhor valorização do trabalho e dos que o prestam.
Há muito que não ouvíamos o Secretário-Geral do PS falar em valores morais e éticos, afirmando-se, como o fez disposto a lutar pela decência da vida democrática. E isso, é claro, não só é absolutamente necessário como exige medidas muito determinadas que decerto não serão simpáticas para alguns (mesmo muitos já) a quem interessa ganhar dinheiro fácil mesmo ilicitamente. Foi, sem dúvida, uma crise de valores que contribuiu para talvez apressar a grave crise económico-financeira pois não tem havido “ travões” para suster a ganância, o egoísmo, a desonestidade.
Ainda quanto ao discurso de Sócrates foi ele muito contundente em relação aos partidos da direita e da esquerda e António Costa na defesa da moção do Secretário-Geral atacou severamente e principalmente o BE.
Pergunta-se: e se o PS for obrigado a fazer acordos para ser possível um futuro governo, não foi um risco grande atacar-se de forma tão veemente aquele Partido?
Ou será que o PS para aquele fim vai preferir uma aproximação ao PSD?
Há que esperar para ver.
E há que, efectivamente, aguardar para verificar se o PS vai mesmo retornar à sua natural posição de partido da esquerda democrática.
Por fim, agradou-nos que Sócrates, quando apelou à maioria absoluta nas próximas eleições tivesse usado de uma expressão que, há muito, não se ouvia “ o povo é quem mais ordena”!
Que assim seja sempre. Que nunca se esqueça que os belos e empolgados discursos são preciosos em política, mas também são as melhores e coerentes práticas!!

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