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quinta-feira, março 31, 2011

 

A Revista “referencial”

Esta Revista da Associação 25 de Abril editou, agora o seu 100.º número, todo ele dedicado ao Coronel Vítor Alves, um dos principais obreiros da Revolução dos Cravos, falecido em 8 de Janeiro passado.

Aquela Associação de que tenho a honra de ser o Apoiante número 1, quis prestar uma justíssima homenagem aos que foi um dos mais activos e bem preparado politicamente “Capitães de Abril”.

Tive o prazer, quando fui deputado á Assembleia Constituinte e, mais tarde, em 1979 quando pertenci ao governo presidido pela saudosa Engenheira Maria de Lurdes Pintasilgo, tive o prazer de, algumas vezes contactar Vítor Alves, logo me apercebendo da sua muita inteligência, da sua simplicidade e simpatia, do seu propósito de privilegiar o diálogo na solução de problemas, e também da sua preocupação em que o processo democráticos de reforçasse cada vez mais, não de deixando subverter pelos que não o desejavam.

Bem merece o Coronel Vítor Alves a admiração e o respeito de todos os democratas que jamais o devem esquecer.

Daqui felicitamos a “referencial” por este excelente número que dedicou à memória de tão ilustre militar, onde podem ler-se valiosos depoimentos de várias personalidades destacadas da vida política portuguesa

 

O programa do PSD

A Comissão Política Nacional daquele Partido aprovou as linhas gerais do que vai ser o seu programa eleitoral e, pelo que já veio a público, ficou a saber-se que o Partido, que se designa por Social-democrata, será, porém, um partido liberal ou neoliberal!

Basta ponderar no emagrecimento do Estado que essas linhas gerais deixam antever. Quer dizer que o Partido pretende realizar um vasto conjunto de privatizações, mesmo incluindo serviços e empresas que não deviam sair da esfera do Estado.

Chega mesmo a dizer-se que o Partido, quer acabar com o “actual paradigma estatizante”.

De registar que aquele Partido quer proceder a uma mudança do destino dos fundos europeus, vindo a aplicá-los em parte em programas sociais em vez da sua aplicação em grandes investimentos e grandes obras.

Mas como conseguirá essa mudança não se sabe.

Enfim, há que aguardar o conhecimento completo do programa eleitoral, embora se anteveja o que dele constará.

Para já, soluções completas, passíveis de serem postas em prática não constam das linhas gerais, que nada adiantam por agora.

 

Outra correcção dos números do governo!

O INE deu agora a conhecer que, afinal, o défice público relativo a 2010, se situou em 8,5% e não em 7,3% previstos pelo governo, que, de novo, errou as suas previsões.

E, mais uma vez, o Ministro da Finanças se apressou a vir explicar que os números anunciados pelo INE resultaram de alteração que houve que fazer na metodologia que aquele Instituto teve que adoptar na análise das contas públicas.

Mas, decerto, o INE com essas alterações quis, sim, reflectir a verdade de tais contas públicas.

Por exemplo, os casos do BPN e BPP e os investimentos que o estado teve que fazer para os “salvar” entraram, e bem, na avaliação das contas públicas.

E diz-se bem porque o INE assumiu a verdade, o que o governo não tem feito, antes parece ter estado interessado em disfarçar a realidade neste caso dos “buracos” de muitos milhões de euros daqueles dois Bancos!

E essa realidade veio a merecer até que a União Europeia se ficasse “calada”…

 

Sai de cena quem não é de cena!

É o que no Teatro dizem os contra-regras, antes de subir o pano!

E isso para que não se atrapalhe o espectáculo por quem não entra logo nele.

Em política também há meios para fazer sair de cena quem só está a empatar o progresso de um país e sem demonstrar competência para inverter a situação gravosa que se deixou criar.

O contra-regra na crise política que urge resolver é o presidente da República que pode e deve usar dos seus poderes constitucionais, optando pelo que melhor poderá solucionar a crise.

Em Portugal, neste momento, a opção foi já a demissão que o Primeiro Ministro apresentou e que poderá provocar a queda do governo e a realização de eleições antecipadas.

Que nelas se apresentem e discutam alternativas para as políticas praticadas e que infelizmente, não resultaram.

Mais do que atribuir culpas, que não se devem apenas á crise internacional, pois basta saber que há dois ou três anos a dívida pública duplicou, impõe-se sim encontrar consensos quanto a soluções mais adequadas para se alcançar o bem estar dos portugueses.

 

Cancelada a cerimónia do 25 de Abril no Parlamento!

Neste ano, não se realizará na Assembleia da República a sessão comemorativa da Revolução de 25 de Abril de 1974.

Razão invocada: a dissolução daquela Assembleia e, por isso, os deputados não estarem já em funções, não sendo possível a sua reunião em plenário.

Só que a sessão poderia e deveria fazer-se noutros moldes, convocando para ela, além das mais representativas entidades oficiais, representantes também de todos os partidos políticos.

Foi ali, no edifício da Assembleia da República que funcionou a primeira Assembleia eleita depois da Revolução dos Cravos.

Foi dessa Assembleia que foi aprovada a Constituição democrática de 2 de Abril de 1976.

É pois, emblemático aquele edifício da Rua de São Bento, onde se iniciou a democracia em que vivemos.

Por isso, embora em condições diferentes, não será aceitável que se abandone aquele local, não fazendo nele a cerimónia comemorativa de mais um aniversário da Revolução que deu aos portugueses a Liberdade e a Democracia.

Admira, porém, que os líderes de todos os partidos com assento no Parlamento, concordassem com o cancelamento da sessão do 25 de Abril naquela Casa da Democracia.

Mais do que nunca se devia fazer lembrar os princípios e valores que dominaram a realização de um evento tão importante da história ainda recente do nosso País.

 

Para ler e meditar

“A crise é grave mas a solução é fácil. São só três coisas simples. Deixar-se de tretas, apertar o sinto e trabalhar mais.
Trocar o governo é fácil. Difícil é mudar de mentalidades.”

(João César das Neves do Diário de Notícias de 28 do corrente)

quarta-feira, março 30, 2011

 

A vaidade nos políticos

O pior que pode existir num político é a vaidade.

Torna-o incapaz de reconhecer erros e corrigi-los, de proceder com humildade e sem arrogância, de dialogar sem preconceitos com outros que não pensam da mesma maneira, de se comportar sem autoritarismo, considerando-se como único detentor da verdade!

Já alguém disse que o poder fomenta o homem, mas o que está normalmente na base disso é, na verdade, a vaidade de que está em lugares de chefia, exercendo o poder.

A culpa é em parte dos que se deixam dominar por si próprios pela vaidade, mas é também e talvez principalmente de quem lha alimenta, endeusando-os, aplaudindo-os sem reservas, deixando-se subjugar pela habilidade retórica, ainda que oca ou fantasiosa, de quem lhe fala, fingindo, muitas vezes, ignorar o que é real e sendo com frequência para apenas exaltar o seu ego.

A culpa de tornar mais vaidosos os que já os são é, efectivamente dos que os incensam, abdicando de pensar por si próprios.

Mas o que mais é de admirar, é que entre os que, na política, tornam mais vaidosos os que já o são intrinsecamente são pessoas que, durante toda a sua vida, revelaram a melhor preparação cívica e política, lutando com coragem contra os que se arvoraram em “salvadores da pátria”

 

O interesse nacional

Nunca como agora se tem falado tanto no interesse nacional.

Para quê? Para justificar certas medidas políticas que determinam muitos e graves sacrifícios dos portugueses ou, pelo menos, de alguns, já que, nesses não se mexe!

Mas o interesse nacional só agora terá relevo? Ou sempre devia ser atendido na vida política?!

E sempre isso aconteceu?!

Pode dizer-se que sempre as medidas e as políticas foram as melhores, tendo sempre em vista o interesse nacional?

Se assim fosse, não se evitaria a desastrosa situação a que se chegou, principalmente nos sectores económico-financeiros e social?!

A chamada dívida soberana se tudo tivesse corrido bem, teria atingido o volume actual? Tudo o que se fez ou melhor, o que não se fez, terá tido em atenção o interesse nacional?

É que não vem de agora a dívida pública, nem o descontrolo do défice que o País tem que pagar com juros muito altos!

Por onde andava, então, o interesse nacional?

 

A Crítica

Temos recentemente ouvido alguns responsáveis políticos e até Ministros, criticarem aqueles que, anteriormente, diziam que, se fossem poder, não aumentariam impostos, e agora, quando poderão ter a possibilidade de ser governo, já admitem o contrario.

Na política, a crítica é usual e aceitável quando se destina a denunciar o que se julga ser erros, procurando exprimir o que poderá ser a respectiva correcção.

Só que quem critica deve ter autoridade moral para isso.

Mas quando os que criticam têm no seu procedimento passado mentiras, atitudes incoerentes e promessas não cumpridas, já as suas críticas não podem, não devem alcançar os efeitos desejados!

É por essas condutas e não só, que a credibilidade dos políticos anda tão por baixo!

quinta-feira, março 24, 2011

 

E agora?!

Há já tempo que se previa a queda do governo presidido por José Sócrates.
Foi o que, ontem, sucedeu depois de todos os partidos da oposição da esquerda á direita terem chumbado o PEC4 que o governo chegou a apresentar no Conselho Europeu. Mas que não passou na Assembleia da República.
Era, na verdade, um conjunto de medidas muito gravosas para os portugueses, sobretudo como, infelizmente, já vai sendo habitual para os que têm rendimentos mais baixos.
Mas, com a demissão do Primeiro Ministro, o que irá acontecer agora? O que preferirá fazer o Presidente da República? Pedirá ao PS, como Partidos mais votado nas últimas eleições que indique uma outra personalidade para formar o novo governo? Optará pela dissolução do Parlamento e marcará eleições antecipadas? Ou tentará um governo de iniciativa presidencial, integrando representantes doa partidos e também independentes de reconhecida competência?
A “bola” está na posse de Cavaco Silva, que não tendo oportunamente diligenciado por uma solução para a crise política, terá agora de tomar posição.
Mas qual?
O que não pode é demorar optar pelo que lhe parecer mais conveniente a fim de não se dificultar ainda mais a situação de Portugal nos meios financeiros internacionais.

 

Qual a razão?

Na sessão em que se discutia o PEC4 o Primeiro Ministro apenas esteve presente durante a intervenção inicial do Ministro das Finanças e retirou-se da sala logo depois? ...
Foi, sem dúvida uma feia acção, revelando indiferença, para não a classificar de outra maneira, pelo que se iria discutir no Parlamento!
Mais uma vez, Sócrates – custa-nos dizer – mostrou a sua arrogância e pouco respeito pelo que devem ser os procedimentos democráticos.
Voltar as costas ao Parlamento é como que, voltar as costas ao país, que ali está representado pelos deputados.
A despedida de Sócrates ficou, pois, assinalada por uma sua lamentável incorrecção, imprópria até de um líder de um Partido Democrático e com a valiosa história do PS.

 

O que faltou foi o diálogo?!

Sócrates, na sua alocução em que comunicou ter apresentado a demissão, disse, mais uma vez, que os Partidos da oposição não se dispuseram a dialogar com o governo sobre o PEC4.
Mas, se as medidas de austeridade desse pacote eram tão gravosas, com mais e grandes sacrifícios para os portugueses, não seria natural e sensato que o governo tivesse procurado o consenso doa partidos antes de se decidir a apresentar esse pacote de medidas no Conselho Europeu?
Depois deste Conselho e da Comissão Europeia terem aprovado as linhas de orientação do PEC4, elogiando-as até, teria que conseguir que os partidos parlamentares acedessem a qualquer diálogo?!
Diálogo sobre o que já estava tratado nas instituições europeias?!
O governo andou, efectivamente mal, revelando falta de respeito e de procedimento democrático pelo Parlamento, pelos agentes políticos e, inclusivamente, ao Presidente da República, a quem não deu sequer qualquer informação prévia.
Não foi, porém, só a forma incorrecta e censurável como o governo agiu, mas o conteúdo muito gravoso do PEC4 que levou os partidos da oposição a chumbarem-no.

 

Afinal de quanto era a dívida pública?

Têm sido tantos e tão elevados os empréstimos contraídos por Portugal no exterior, tão frequentes têm sido as vendas da dívida pública e das obrigações de tesouro são já tantos os milhões de euros que têm sido pedidos e obtidos, que é legítimo perguntarmos: afinal qual era, na verdade, a situação económico-financeira do país?!
E desde quando existia?
Há quem já pense que a dívida pública não fica a dever-se apenas á crise internacional, que começou há cerca de 2 anos, mas, sim, que já vinha detrás causada pela negligência no controlo das contas públicas.
É que, na verdade, gastou-se “à tripa forra” com muita desorientação.
Está por conhecer e mesmo por fazer a averiguação séria e rigorosa desta questão, para que, de uma vez por todas, não se atribua apenas á crise internacional o que se está agora a passar no país.
Já António Barreto, em entrevista televisiva, disse que seria bom fazer-se uma auditoria às contas públicas e que, antes das eleições, tal se realizasse e se desse conhecimento á população o estado verdadeiro de tais contas.

 

Condenados… à fome!

Com o PEC4, previam-se cortes de 27% em prestações sociais no montante de 89€/mês.
Quer dizer que, os que usufruem desse apoio social estarão condenados á… fome.
Ou melhor, a mais fome, já que com 89€ não se pode ter alimentação suficiente.
Como se podia aceitar essa medida constante daquele PEC?!
Se os que têm pensões de cento e tal ou mesmo pouco mais de 200 € vivem, inevitavelmente no limiar da pobreza, o que aconteceria àqueles que podiam ver fixado aquele corte na prestação social de 89€.
Os cortes em pensões, feitos noutros países em crise, não podem servir de justificação aos cortes, no nosso país, em pensões tão baixas.
É que, os montantes das pensões noutros países da Europa são bem mais elevados.

 

E o endividamento público continua…

Portugal ainda não deixou de, com frequência, contrair empréstimos no estrangeiro, pelos quais tem que pagar juros muito altos.
O último empréstimo, a 5 anos, vencerá 8,13% de juros.
Os empréstimos contraídos acrescidos dos juros, constituem uma herança muito pesada para quem for futuro governo, o qual não terá praticamente margem para fazer obra.
E o que é pior, é que, pelo menos, até 2014 os portugueses não se verão livres dos sacrifícios que lhes são pedidos, pois o Estado para cumprir os encargos contraídos, tem que ir buscar o dinheiro aos contribuintes.
Enfim, estamos metidos numa bola de neve, que dificilmente se conseguirá travar na sua marcha…

 

Ler e Meditar

“Não acredito que tenha sido por má fé, mas a responsabilidade de uma crise política cabe ao governo.”
(Luís Amado, Ministro dos Negócios Estrangeiros)

quinta-feira, março 17, 2011

 

Deputadas corajosas

As deputadas independentes do PS, Rosaria Carneiro e Teresa Venda, pretendem que se limitem os salários dos gestores públicos.

Estão a mexer num assunto de que há muito se fala, mas que não têm adido a coragem de resolver.

A coragem fica, pois, a pertencer àquelas deputadas que, ultrapassando más vontades e críticas, decidiram apresentar uma recomendação parlamentar.

 

O futuro de Sócrates

Se porventura tenha que resolver-se a crise política através de eleições legislativas, José Sócrates já admitiu publicamente que será concorrente, como líder do PS, como de facto continuará a ser depois do Congresso.
Claro que tal pode vir a acontecer, mas isso depende essencialmente da vontade do seu partido.
E este terá que ponderar muito bem se será conveniente voltar a “apostar” em Sócrates, depois de tudo que se tem passado com o ainda actual governo por ele presidido.
Quer dizer que, a referida afirmação política que fez, foi precipitada e até contraria o que Sócrates tem afirmado no sentido de que não está agarrado ao poder!
Bem pode suceder que dentro do PS haja quem, presentemente, congregue mais consenso do que José Sócrates.

 

Quem quer a crise política?!

O Primeiro-Ministro fez, no passado dia 14, uma comunicação aos portugueses.
Procurou explicar a necessidade de mais medidas de austeridade, sendo o PEC4, segundo disse, apenas uma antecipação do que estava já previsto implementar até 2013.
Referiu, claro, que o Conselho Europeu elogiou tais medidas, com as quais Portugal não precisará de recorrer a ajudas externas (?!).
Não explicou, porém, de forma convincente o que o levou a Bruxelas mais este pacote de medidas sem dar conhecimento prévio aos partidos, aos sindicatos, as associações patronais e nem sequer ao presidente da República!
Quer dizer que, o governo (que segundo já se disse também não reuniu para conhecer e aprovar as referidas medidas), quis seguir a sempre má política do “facto consumado”!
Sócrates, naquela sua comunicação, de novo insistiu em fazer críticas duras ao PSD, afirmando que este partido está a querer arrastar o país para uma crise política.
Mas ela não existe já?
É sempre mau um governo em democracia “esquecer-se” do diálogo preciso para procurar resolver da melhor forma, que é o consenso, os problemas que se reflectem com tão graves consequências na sociedade em geral.
Claro que os partidos, tendo sido ultrapassados pelo governo em matéria tão importante como é a de que resulta em mais sacrifícios e grandes para os portugueses, já se manifestaram contra o PEC4.
E se, no Parlamento, for chumbado de quem é a culpa?!
Em que situação ficará o governo perante o Conselho da Europa e a Comissão europeia?!
E desse chumbo que consequências resultarão? E de quem é a responsabilidade?!
Infelizmente, parece que a crise política é inevitável.

 

Não haverá mesmo consequências?!

Ouvimos um politólogo, que costuma ir á televisão dizer que, apesar de grandiosas, as manifestações realizadas em várias localidades, mormente em Lisboa e Porto, não terão qualquer resultado prático, quer por parte deste governo quer de outro que lhe suceder.
Ora, não foram só as vozes de muitos milhares de jovens que se fizeram ouvir nessas manifestações, mas também as de idosos, pensionistas, desempregados, enfim, de todos os que têm sofrido com as opções políticas adoptadas por quem manda neste país.
Quer dizer que a realidade portuguesa esteve presente em tais manifestações com uma larga representação dos que mais são vítimas dos inúmeros problemas que nela teimam em investir.
Então os responsáveis políticos que têm o poder deverão ficar indiferentes a tão estrondoso protesto?!
Não os despertará de vez para procurarem mudar de rumo e, pelo menos, serem justos na repartição dos sacrifícios que se impõem?
Quando se resolvem a tributar devidamente os que mais rendimentos têm, as empresas de lucros elevadíssimos? Quando se reestruturam as empresas públicas e os milhares de institutos públicos?
E as parcerias público-privadas?

Os protestos do povo, quando realizados pacificamente não são realmente ouvidos pelo poder?
Será precisa a violência?
Acreditamos ainda que futuramente as manifestações promovidas pela “Geração á Rasca” darão origem a resultados práticos.

 

Ler e Meditar

“É preciso informar os portugueses da situação em que estamos, para os poder mobilizar. O que não tem sido feito suficientemente pelos responsáveis”
(Mário Soares, no “Diário de Noticias” de 15 do corrente)

segunda-feira, março 14, 2011

 

Revista Municipal da Figueira da Foz

Recebemos o número um desta Revista.
Trata-se de uma publicação bem elaborada e com boa apresentação gráfica, que nos dá a conhecer a acção e os eventos principais da Câmara Municipal.
A Revista constitui algo de importante para os arquivos onde estão representados os mais relevantes acontecimentos ocorridos da Figueira da Foz.

 

Novas medidas de austeridade?!

O governo pretende avançar com mais um pacote de medidas adicionais de austeridade, a implementar até 2013.
E tais medidas foram anunciadas pelo Ministro da Finanças e no mesmo dia por José Sócrates em Bruxelas no Conselho da Europa.
Esta atitude do governo parece ser uma resposta ao discurso do Presidente da República, no qual este disse que os sacrifícios pedidos aos portugueses têm limites e que devem ser distribuídos com critérios de justiça.
Pelo que se conhece já, as medidas adicionais são apresentadas em termos tão pouco claros que não se percebe bem o que se pretende com elas.
O que se sabe é que, por exemplo, as pensões serão congeladas e as de montante superior a 1500€/mês terão de pagar “uma contribuição especial”, mas qual?!
Enfim, quando durante algum tempo Sócrates dizia. Com insistência, que não seriam precisas mais medidas de austeridade nem sequer recorrer a ajuda estrangeira, a verdade é que, de surpresa apareceram agora estas medidas adicionais…
E o que virá mais?
Francamente se, na opinião do governo, os indicadores económicos têm sido, ultimamente positivos, porquê então mais um pacote de sacrifícios.
Porque não falar sempre verdade, evitando-se o “vai e vem” das tomadas de posição?
É que, como tem sido hábito, agora diz-se uma coisa e dias depois outra!
E quanto a esta última posição do governo, nem os sindicatos, nem as associações patronais, nem os Partidos, nem o próprio Presidente da Republica tomaram conhecimento prévio da intenção se admitir que venham a ser implementadas mais medidas adicionais de austeridade.
Que necessidade havia de, em segredo, se fazerem negociações com o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, cujos representantes estiveram em Portugal, e depois sem se dar a conhecer sequer aos agentes económicos no Conselho de Concertação surgir, em Bruxelas o tal pacote de medidas adicionais, que afectam exclusivamente sempre os portugueses de menores rendimentos.
Quererá dar-se causa a uma crise política, que o governo diz não querer, ou a um intenso conflito social que poderá ter consequências graves?
Não, assim não pode ser!

sábado, março 12, 2011

 

O que se está a fazer?!

Quem está a preparar que o PSD seja governo?
Quem está, com a sua actuação política, a dar trunfos àquele Partido, que no poder, preferirá, sem dúvida a prática da politica liberal e neoliberal, com todas as consequências que já se conhecem!
Mesmo aquele, como eu, que não deseja isso, têm que reconhecer que não se têm usado os meios próprios da esquerda democrática, não adoptando, através do governo que o PS sustenta, as políticas próprias dos seus princípios programáticas.
Porquê?
Um dia se saberá…
É pena que assim seja porque ainda há muitos que permanecem fiéis ás matrizes fundamentais do PS mas que não têm sido aproveitados.

 

Manifestações da Geração à Rasca”

Foram grandiosas as manifestações realizadas ontem, em várias cidades do País, concentrando cerca de 280 mil participantes, na sua maioria jovens.
Através delas revelaram-se de forma inequívoca a indignação e o protesto contra a política do governo.
Sobretudo, os jovens manifestaram-se por melhores condições para o seu futuro, agora tão inseguro, censurando, como era de prever, as políticas adoptadas nos sectores laboral, educativo, social, económico e cultural.
O desânimo, a desilusão, o desagrado e a falta de confiança e de credibilidade quanto ao governo e alguns políticos estiveram evidentes nos jovens que se manifestaram.
Mas também menos jovens e mesmo já idosos aderiram a tais manifestações, também esses quiseram criticar a maneira como estão a ser tratados, quantos deles vivendo em precaríssimas situações.
Enfim, a “Geração á Rasca” obteve pleno êxito nesta sua iniciativa e bom será que os responsáveis políticos atentem devidamente no significado destas manifestações, sem dúvida, as maiores de sempre em Portugal.
Também no sábado passado se realizou o maior plenário de sempre dos professores que congregou cerca de 10 mil participantes que ocuparam o Campo Pequeno.
Plenário que condenou de fórmula clara a política educativa.
Será que a voz dos jovens, a voz do povo continuará a não ser ouvida por quem tem responsabilidades neste país?!
Costuma dizer-se que “por vezes puxa-se tanto a corda que ela acaba por rebentar”!
Será que é o que se pretende?!
Ou prefere-se desvalorizar esta manifestação da “Geração á Rasca”, dizendo com desplante: é uma brincadeira de Carnaval e no Carnaval ninguém leva a mal! ...

sexta-feira, março 11, 2011

 

A Natureza contra a Humanidade?!

Desde o ano passado que têm havido, com muita frequência, acidentes naturais, causando milhares de mortos e prejuízos materiais de elevadíssimo valor.
Tornados, sismos, chuvas torrenciais e cheias, ventos ciclónicos, tufões, vulcões que depois de muitos anos voltaram a ter actividade, temperaturas gélidas, fogos devastadores, etc.
Hoje, ocorreu no Japão um terramoto com 8,9 na escala de Richter, seguido de um tsunami com ondas gigantes de 10 metros.
As imagens que se viram na televisão são muito impressionantes.
Só as medidas tomadas naquele país quanto á construção dos prédios impediram que as respectivas estruturas se aguentassem na maior parte dos casos.
Mas todos o resto, as ondas gigantes arrastaram e destruíram…
Será a Natureza a manifestar-se contra a Humanidade ou será a Natureza que, agora, está a responder aos muitos erros cometidos pela Humanidade?!

 

O governo do PSD

Já vão sendo conhecidas as linhas gerais de um programa de governo do PSD.
E nenhuma surpresa surge nesse programa, pois as declarações que o líder e a direcção daquele Partido vêm fazendo já eram conhecidos os seus propósitos e as políticas que desejam implementar neste país.
Ou seja, a política defendida pelo actual PSD é uma política liberal ou neoliberal, ficando praticamente de parte a social-democracia que foi desde o início e durante muitos anos a ideologia – base daquele Partido, que anteriormente se designou Partido Popular Democrático (PPD).
As privatizações, mesmo da RTP1 e de outras empresas estratégicas da nossa economia, não excluindo até as que são lucrativas, são pretensões do referido documento programático do PSD.
Também a alteração da legislação laboral em ordem a uma maior flexibilização está inscrita nesse programa, bem como a gestão privada dos hospitais.
Noutros sectores, como a Educação, a Justiça, a Economia, imperam os princípios de uma política liberal.
Quer dizer que, se um dia o PSD vier a governar, já se sabe com o que podemos contar.
Se for por diante o referido programa a que a imprensa já teve acesso, melhor seria mudar a designação do PSD para Partido Liberal Democrático.

 

A Moção de Censura do Bloco de Esquerda

Como já se previa, essa moção foi ontem rejeitada no Parlamento, votando contra o PS, abstendo-se o PSD e o CDS/PP e a Favor o BE, o PCP e os “Verdes”.
Foi a 6.ª moção de censura que o actual governo “escapou”.
Continuará, pois, a governar.
Porém, o discurso da posse de Cavaco Silva, que muitos analistas políticos consideraram já como de ruptura em relação ao governo, pode deixar antever uma possível e breve alteração na situação política, por iniciativa do Presidente da República.
Dissolução do parlamento e eleições antecipadas? Demissão do governo e nomeação doutro de unidade nacional?
Tudo pode acontecer, já que, depois do discurso de Cavaco Silva, alguns dizem que não há confiança recíproca entre o Presidente e Sócrates, ainda que ambos vão afirmando que haverá cooperação institucional!

 

Para ler e meditar:

“O PS tem de cuidar mais de si e da sua ideologia”

(Vítor Ramalho, Dirigente Socialista, em entrevista ao “Sol”, de 11 do Corrente)

quinta-feira, março 10, 2011

 

O país “hipotecado”?!

Está a insistir-se de que Portugal não necessitará de ajuda estrangeira para superar a crise.
Mas avolumam-se, cada vez mais, os empréstimos do Banco Central Europeu, para se fazer face á nossa dívida pública.
E esses empréstimos são feitos com juros altos, os últimos já com a taxa de 7, 648%.
Também os nossos Bancos já devem a outros estrangeiros cerca de 41 mil milhões de euros.
Pelo que se vai sabendo, a dívida soberana era, na verdade, do que se previa ou constava.
E é caso para pergunta: Quando chegar á altura de pagar o que se vai pedindo emprestado, como será?!
Neste momento, o país está como que “hipotecado” com um futuro muito incerto, quando se tiver que pagar os empréstimos.
E fala-se já no PEC4 que, mais uma vez, virá afectar, e de que maneira, a vida dos portugueses.

 

Os portugueses não pouparam no Carnaval”

Apesar da grave crise que afecta o nosso país, soube-se agora que no carnaval brasileiro deste ano esteve presente a maior percentagem de sempre de portugueses.
E os que foram entrevistados pela televisão, mostraram-se muito felizes por ali estarem e logo revelaram o seu propósito de, no próximo ano, voltarem!
Enfim, para alguns português não é necessária a contenção de despesas e fazem “ouvidos moucos” ao slogan “faça férias em Portugal” que se repete com insistência em vários órgãos de publicidade.
Inconsciência, leviandade ou muitos desses são dos que até ganham com a crise?!

quarta-feira, março 09, 2011

 

O Carnaval

Haverá quem, neste ano, se divirta convictamente nos festejos carnavalescos?

As dificuldades com que a maioria dos portugueses vive, as muitas e justificáveis preocupações e incertezas com o futuro, os mais de 600 mil desempregados, a pobreza (mesmo a chamada pobreza envergonhada que vai atingindo a classe média) a crescer dia a dia – poucos, muito poucos, sentirão vontade de gozar com alegria sincera o próximo Carnaval.

E só admira como ainda há grupos e organismos oficiais que se decidem a gastar muito dinheiro nos festejos respectivos!

Aliás, têm sido muitas as tropelias, os enganos e mentiras, os casos rocambolescos e escandalosos, os comportamentos insólitos, as noticias quase diárias de promessas não cumpridas que, na realidade o país parece andar em constante período carnavalesco!

É que tudo no Carnaval quanto mais disfarçado, fictício ou falso, melhor, mais gozo dá.

Mas, o que se tem passado no nosso país não é nada disso, é, sim, uma realidade lamentável, que apenas pode causar muita tristeza e desânimo.

Porém, para alguns, o Carnaval é ainda um escape momentâneo!

 

O encontro de Sócrates com Ângela Merkel

O Primeiro-Ministro de Portugal foi a Berlim falar com Merkel sobre a crise económico-financeira do nosso país.

E, claro, nas alocuções finais que ambos fizeram houve elogios da chanceler alemã á actuação do governo português quanto ás medidas com que está a combater a crise.

Sócrates, como é natural, mostrou visivelmente o seu contentamento por essa atitude simpática e, decerto, já esperava, voltando a afirmar que não será necessário recorrer á ajuda estrangeira para conseguir que o défice público se situe no final deste ano nos previstos 4,6%.

Só que não se sabe se no gabinete onde decorreram as conversações houve conselhos dados a Sócrates relativamente á necessidade de reforçar, com outras novas, as medidas de austeridade já implementadas.

E o certo é que são vários os economistas portugueses e não só, que admitem que isso será infelizmente preciso, dado que poucos resultados têm tido das actuais medidas.

Seja como for, para já a ida a Berlim do Primeiro-Ministro foi, neste momento benéfico para ele e o seu governo, parecendo, porém, não ter acalmado os mercados internacionais que, no último mês, teve um decréscimo dos investimentos em Portugal.

 

Corrida ao ouro

São já muitas as empresas que recentemente se constituíram para comprar ouro.

E o certo é que, o negócio deve ser bom, pois são muitos os que se vêem obrigados a vender peças de ouro que, em bons tempos puderam adquirir ou que herdaram de familiares.

As referidas empresas não têm mãos a medir para atenderem e negociarem com quem as procura.

E até esses negócios se fazem pelo correio!

Claro que os que vendem são aqueles que estão, presentemente, a viver com muitas dificuldades na grande maioria os desempregados, os que têm que manter a família ou tentar cumprir compromissos assumidos anteriormente.

Até há quem venda as alianças do casamento!

Sem dúvida que as referidas empresas estão a prosperar, pois, decerto, avaliam o ouro que lhes querem vender por um preço baixo.

A crise favorece-as, com o aproveitamento que fazer das precárias situações dos que lhes batem á porta.

Mas qual o destino desse ouro?!

Seria bom que se apurasse!

E o ouro roubado em muitos assaltos em ourivesarias por onde andará?!

 

Por amor… foi preso!

Numa escola da zona de Lisboa, um jovem escreveu numa parede exterior “Por Amor”.

Pois isso bastou para o rapaz ter sido detido…

Quer dizer que, por alguém exaltar o amor, levando talvez outros a vivê-lo, neste país acaba-se preso!

Mas muitos outros que, á socapa, agem sem amor, fazendo as mais variadas tropelias, vigarices e roubalheiras, vão por aí andando em liberdade.

Seria criticável se o que escreveu na parede aquele jovem fosse uma asneira, uma indecência ou algo que pudesse ferir a susceptibilidade doutrem!

Mas não: escreveu apenas “Por Amor”, o que só pode desagradar a quem não o sente nem o quer praticar!

 

Para Ler e Meditar

“A Educação vive num ambiente onde a penúria generalizada contrasta com a opulência dos negócios do Parque Escolar.”
(Santana Castilho, no “Público” de 2 do corrente)

terça-feira, março 08, 2011

 

O discurso da posse do presidente da República

Como já se anunciara, Cavaco Silva no acto da sua posse como Supremo Magistrado da Nação, fez um discurso de verdade.
Numa análise completa da actual situação em que se encontra o país, revelou conhecer bem a realidade, o que, como disse, não sucede com alguns políticos que se ficam com um conhecimento virtual.
E, como economista que é, apresentou um programa de acção a adoptar para superar a grave crise que afecta a nossa sociedade.
Com frontalidade, disse que há já pelo menos uma década, tem sido cometidos erros, não se optando e implementando políticas adequadas.
Não se referiu á crise internacional, não lhe atribuindo como sucede com outros a culpa exclusiva do que está a acontecer em Portugal.
Não pode deixar de classificar-se o muito que disse como, mais uma vez, “recados” ao governo, alinhando até ao lado dos que têm defendido que não deve avançar-se com grandes investimentos para os quais não há recursos e não têm retorno breve e imprevisível.
Acresce que além de afirmar que os sacrifícios pedidos aos portugueses têm limites, e que devem ser distribuídos com justiça, não hesitou em criticar que as nomeações para certos lugares do Estado, sejam feitas não por mérito, mas com base na filiação partidária.
Apelou aos jovem para fazerem ouvir a sua voz e aos agentes políticos, económicos e aos Partidos, para que, nestes momentos difíceis, encontrem plataformas de entendimento de acordo com o que é o interesse nacional.
Será que Cavaco Silva, neste segundo mandato, se decide a ser actuante? E quais os meios de que irá servir-se para isso?
Há quem duvide que as ideias e os propósitos constantes do discurso não passem, afinal, do papel!
Mas uma coisa, para já, é certa: foi um discurso duro, rigoroso, com a apresentação de um diagnóstico correcto, e de censura quanto á política que tem sido praticada e que ultimamente não tem tomado, sequer em atenção os indicadores e as recomendações de alguns organismos oficiais, como o próprio Banco de Portugal.
De registar: só as bancadas o PSD e do CDS aplaudira Cavaco Silva, mas há que reconhecer que naquele discurso, o Presidente fez-se eco de muitas questões injustas que a esquerda tem denunciado, reclamando soluções urgentes.
Sabendo qual a área política a que pertence Cavaco Silva (liberal e social democrata) a verdade é que, neste seu discurso, usou da verdade para pôr em destaque o que tanto tem desiludido a maioria dos portugueses.

 

Quem acode à Líbia?!

O ditador Kadhafi está a praticar um autêntico genocídio, massacrando o seu povo, usando a aviação, material pesado de guerra e muitos mercenários que contratou até fora da Líbia.
Acabará derrotado, assim o queremos, mesmo que naquele país não haja intervenção estrangeira.
E a sua memória ficará para sempre ensombrada com os últimos crimes que está a praticar.
Não lhe basta juntar durante algumas décadas uma fortuna de muitos milhares de milhões de euros.
A sua maldade levou-o a agir monstruosamente de forma a agarrar-se ao poder!
E, diga-se, não são apenas as sanções que o Conselho de Segurança da ONU, ou as de alguns governos que o levarão a abandonar o lugar.

segunda-feira, março 07, 2011

 

O Dia Internacional da Mulher

Este dia, que é celebrado na comunidade internacional, servirá com um sentimento de admiração e respeito para lembrar todas as mulheres, principalmente aquelas que ainda não dispõem de plena emancipação, não sendo titulares dos fundamentais direitos cívicos e políticos, vivendo em situações humilhantes, sujeitando-se a trabalhos de autêntica escravatura, com inteira dependência de quem as maltrata, etc.
Mas, neste dia, devemos eleger no nosso pensamento a Mulher-Mãe a que é o grande coração da Família, a que dá o melhor e constante carinho e ternura aos seus entes queridos, a paciente e tolerante, o porto de abrigo nas dificuldades, a que está sempre disposta a aceitar sacrifícios em benefício do seu núcleo familiar, a corajosa quando esta decide lutar pelos seus, mesmo que daí resultem sofrimento e privações para si própria.
A Mãe é o símbolo da dedicação e amor na família, sendo o seu melhor sustentáculo, principalmente espiritual.
É um ser essencialmente solidário.
É ela que promove da melhor maneira, com a sua apurada sensibilidade, o bom relacionamento e a amizade no ambiente em que vive.
Por tudo isto a Mãe merece ocupar um lugar privilegiado no coração de quem com ela convive.
Aqui fica a homenagem á Mulher que sabe ser heroína nos momentos mais difíceis.

 

“A luta é alegria”

A canção com este título foi a preferida pelo povo que a votou para ganhar o Festival da Canção, realizado no dia 5.
Pretende ser uma canção de protesto, com que se quer, embora com certa paródia, lembrar os tempos em que houve um conjunto dos chamados baladeiros que, cantando, constituíram um importante baluarte de resistência á ditadura de Salazar e Caetano.
Esta nova canção, que foi cantada com muito entusiasmo, por jovens, reflecte a indignação que se vai sentindo quanto ao que acontece no nosso país.
Os jovens, em várias partes do mundo, parecem ter despertado para combater as injustiças, a discriminação, o autoritarismo, as desigualdades e a violação dos fundamentais direitos cívicos, políticos, económicos e sociais.
Por exemplo, no Egipto, Líbia, Bahreine, Costa de Marfim os jovens têm com coragem, manifestado o seu desagrado relativamente aos regimes políticos, de prepotência e violência que têm estado em vigor naquele país.
E os jovens, quando lutam por ideais válidos, fazem-no, na verdade, com firmeza e com alegria, certos como estão que lutam por boas Causas.

 

Santana Lopes em ruptura com o PSD?!

Já há tempo que se falava que o Dr. Santana Lopes não concordava com posições assumidas pelo líder e direcção do PSD, partido a que , desde jovem aderiu e foi seu destacado membro.
Mas, agora, até se diz que aquele político ex-Primeiro Ministro, estará na disposição de fundar um outro partido, que se situe entre o PSD e o CDS/PP.
Porém, que área política poderá esse partido representar? Quais serão as suas matrizes ideológicas e programáticas?
É que, se o actual PSD já pouco terá de social-democracia, aproximando-se, sim, da política liberal ou mesmo neoliberal, defendida pelo CDS, que espaço irá ocupar o tal novo partido?!
E a verdade é que qualquer partido político tem que fundamentar-se em princípios ideológicos firmes, não podendo “abanar” conforme os ventos soprem daqui ou dali.
Eis a razão porque não acreditamos que Santana Lopes, ainda que, porventura, esteja zangado ou já afastado do PSD se atreva a avançar para a criação do falado novo partido.

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