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segunda-feira, março 14, 2011

 

Novas medidas de austeridade?!

O governo pretende avançar com mais um pacote de medidas adicionais de austeridade, a implementar até 2013.
E tais medidas foram anunciadas pelo Ministro da Finanças e no mesmo dia por José Sócrates em Bruxelas no Conselho da Europa.
Esta atitude do governo parece ser uma resposta ao discurso do Presidente da República, no qual este disse que os sacrifícios pedidos aos portugueses têm limites e que devem ser distribuídos com critérios de justiça.
Pelo que se conhece já, as medidas adicionais são apresentadas em termos tão pouco claros que não se percebe bem o que se pretende com elas.
O que se sabe é que, por exemplo, as pensões serão congeladas e as de montante superior a 1500€/mês terão de pagar “uma contribuição especial”, mas qual?!
Enfim, quando durante algum tempo Sócrates dizia. Com insistência, que não seriam precisas mais medidas de austeridade nem sequer recorrer a ajuda estrangeira, a verdade é que, de surpresa apareceram agora estas medidas adicionais…
E o que virá mais?
Francamente se, na opinião do governo, os indicadores económicos têm sido, ultimamente positivos, porquê então mais um pacote de sacrifícios.
Porque não falar sempre verdade, evitando-se o “vai e vem” das tomadas de posição?
É que, como tem sido hábito, agora diz-se uma coisa e dias depois outra!
E quanto a esta última posição do governo, nem os sindicatos, nem as associações patronais, nem os Partidos, nem o próprio Presidente da Republica tomaram conhecimento prévio da intenção se admitir que venham a ser implementadas mais medidas adicionais de austeridade.
Que necessidade havia de, em segredo, se fazerem negociações com o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, cujos representantes estiveram em Portugal, e depois sem se dar a conhecer sequer aos agentes económicos no Conselho de Concertação surgir, em Bruxelas o tal pacote de medidas adicionais, que afectam exclusivamente sempre os portugueses de menores rendimentos.
Quererá dar-se causa a uma crise política, que o governo diz não querer, ou a um intenso conflito social que poderá ter consequências graves?
Não, assim não pode ser!

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