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sexta-feira, outubro 31, 2008

 

Para ler e Meditar

" Num país com o mais elevado índice de desigualdade social da Europa, garantir a quem trabalha um mínimo de dignidade é um imperativo moral".
( Manuel Carvalho in Editorial do Público de hoje)

 

O Dia Mundial da Poupança

O que se pretende com ele?!
Não se pode incentivar à poupança quando esta, presentemente, para a grande maioria das pessoas não é possível...
A crise económico-financeira alastrou já a todo o mundo, mesmo aos países quanto aos quais parecia serem inabaláveis as suas economias.
Por toda a parte os Estados estão a tentar suprir os erros cometidos na gestão dos Bancos, de empresas, grandes, pequenas e médias.
Os despedimentos dos trabalhadores são aos milhares e muitas, mesmo muitas famílias têm que deixar vender as casas ( se houver quem as compre!) e passam já necessidades. A classe média está a ser sufocada com encargos e muitos dos que a ela pertencem socorrem-se já de associações ou instituições de solidariedade para comerem e se vestirem.
Num panorama tão negro como o que existe em todo o mundo quem pode, na verdade, poupar?!
Poupar o quê, se não se tem para enfrentar as despesas básicas e diárias?!
Mesmo os que conseguiram angariar fortunas, quantas vezes à custa de actos ilícitos, estão a ver as poupanças que conseguiram fazer reduzir-se significativamente ou mesmo desaparecerem num ápice!
O Dia Mundial da Poupança, pelo menos por agora, não tem razão de ser.
Só por graça se pode falar nele.

quinta-feira, outubro 30, 2008

 

Ler e Meditar

“Seria um precedente muito grave através de lei ordinária impor ao Presidente obrigações, ou fixar limites que não constem da Lei Fundamental”
(José Carlos de Vasconcelos, na revista “Visão” de hoje)

 

Tertúlia dedicada a Joaquim de Carvalho

Hoje, pelas 22 Horas no Casino, por feliz iniciativa da Escola Dr. Joaquim de Carvalho, realizar-se-á mais uma tertúlia, desta vez, sob o tema Joaquim de Carvalho e a ideia de Pátria.
O moderador será Carlos Pinto Coelho, participando Fernando Catroga, Miguel Real, António Pedro Pita, Fernando Rosas, Pacheco Pereira, Reis Torgal, além de outros.

 

Os impostos

O Governo pretende que os empresários paguem o IVA ao Estado, mesmo que não tenham recebido dos clientes!
Quer-nos parecer que tal é ilegal, contrariando a razão de ser desse imposto.
Os empresários são apenas meros depositários das quantias referentes ao IVA que lhes são pagas.
Como podem, pois, entregar ao Estado o que não receberam daqueles com quem fazem transacções?!
Já o Governo precede bem, avisando 21 mil empresários (só!) que descontaram o IRS dos trabalhadores e não o entregaram ao Estado, o que devem fazer dentro de 30 dias regularizando a situação, sob pena de se instaurarem os respectivos processos fiscais.

 

Corre tudo mal à líder do PSD!

Manuela Ferreira Leite anda, na verdade, com azar!
Agora, foi a vez de Durão Barroso se pronunciar contra a opinião da líder do seu Partido, ao incentivar publicamente os governos (incluindo, claro, o de Portugal) a prosseguirem com os investimentos em obras públicas
Disse até, que a aceleração dos projectos de tais obras serão uma forma de ajudar a economia a sair da crise.
E prometeu que a União Europeia estará disposta a comparticipar com os fundos estruturais necessários.
A líder social-democrata já tinha visto, há dias, alguns dos seus companheiros de Partido declararem estar de acordo com o anunciado aumento do salário mínimo, enquanto aquela se tinha pronunciado contra essa decisão do Governo.
E foi o único Partido (até o CDS/PP aceitou esse aumento) que se demarcou de tal decisão, alegando que as empresas não estão em condições de suportar tal aumento.
Luís Filipe Menezes, crítico severo de Manuela Ferreira Leite, acusou-a já de estar a “enterrar” o PSD.
Enfim, àquela política não tem corrido bem a sua liderança...
Com tanta contestação e desorientação no interior do Partido é caso para se perguntar já:
- Até quando ela se aguentará?!

 

Há lugares que se pagam!

É com frequência que as nomeações por influência política para certos lugares obrigam a recompensas.
Não será logo, mas em ocasiões em que é preciso “ajudar” quem conseguiu a nomeação essa retribuição aparece...
E usam-se então, vários meios, mesmo que contrariem a ética, para colaborarem nas pretensões dos que favoreceram os nomeados.
É triste que isso vá acontecendo cada vez mais na vida política, é mesmo muito preocupante que aumente o desprezo pelos valores morais.
Até um simples acto eleitoral partidário pode servir para adulterar procedimentos que deviam ser correctos.
Ameaça-se, pressiona-se, lembram-se favores, fazem-se promessas quanto ao futuro, para levar os mais incautos e frágeis a tomar esta ou aquela posição...
E são os que assim se conduzem que, por vezes, mais “vingam” politicamente!
Está a caminhar-se, infelizmente, para uma sociedade em que a ganância, o egoísmo, a intolerância, o desrespeito pelos princípios éticos vão imperando.
É com muita tristeza que o reconhecemos.
E, sobretudo, maior é a tristeza que sentimos quando esses comportamentos são adoptados pelos que ocupam lugares relevantes e de quem não se esperavam essas atitudes.

 

Bolg “Marcha do Vapor”

Só ontem li o que o Rogério Neves escreveu, naquele seu Blog, a respeito da condecoração municipal com que fui agraciado.
Ele é mais um amigo, não admirando as suas gentis palavras.
Agradeço-lhe sinceramente.

quarta-feira, outubro 29, 2008

 

Para ler e meditar:

“Eu não sei se o País é corrupto, mas que foge ao fisco e pratica muita fraude fiscal, pratica.
Isso para mim é líquido”.
(Cândida de Almeida no Diário Económico de ontem)

 

Falências de 3 mil empresas!

Neste ano já deram entrada nos Tribunais processos de insolvência de 3 mil empresas, na sua maioria, pequenas e médias empresas.
E o certo é que, como tem acontecido já, muito raros são os casos em que se consegue a viabilidade da recuperação das empresas.
Quer dizer que a situação dos trabalhadores agravar-se-á, enquanto a de alguns empresários permanecerá sem alteração porque, quase sempre eles têm a habilidade de se prevenirem antes de dar início aos respectivos processos de insolvência!...
Com o encerramento de tantas empresas, é inevitável o aumento do desemprego, basta atentar no que, recentemente, ocorreu com a indústria têxtil do Vale do Cávado.
O que não está certo é não haver meios de intervenção oficial para evitar que os únicos prejudicados sejam os trabalhadores, aqueles que, durante muitos anos, serviram o melhor possível os seus empregadores.

 

A conspiração contra Obama

A polícia norte-americana deteve dois homens, ainda jovens, que planeavam assassinar o candidato do Partido Democrata à presidência dos EUA.
E mais: preparavam-se há muito, para cometer vários actos de violência, levando inclusivamente a morte a comunidades de negros.
Ainda não há muito, tínhamos manifestado o receio de que se Obama ganhasse as eleições, haveria a possibilidade de vir a ser assassinado, afinal, pelo que agora se descobriu tal poderia acontecer mesmo antes das eleições...
Digam o que disserem o racismo continua naquele País, talvez mais atenuado do que noutros tempo, mas que ele existe, existe!
Será, porém, que a tentativa de assassinato de Obama que se planeava lhe dará mais vantagem no acto eleitoral?!
A vitimização, às vezes, ajuda os políticos!
Mas não é a matar que as democracias se consolidam.

 

O veto do Presidente

Cavaco Silva Vetou, pele 2.ª vez o Estatuto dos Açores.
Quer dizer que novo braço de ferro surge entre o Presidente e o Governo.
E desta vez não se compreende e não se aceita a “teimosia” em pretender-se que uma lei ordinária contrarie o que está consagrado na Constituição.
O PS já anunciou que vai reaprovar aquele Estatuto, mas o PSD irá mandar o diploma para o Tribunal Constitucional.
E também o ainda actual Provedor de Justiça disse já que não deixará de provocar uma decisão daquele Tribunal sobre o assunto em causa.
Na verdade, ainda muito se vai passar quanto a esta questão que está inclusivamente a mobilizar os constitucionalistas a pronunciar-se!

 

Quem se opõe ao aumento do salário mínimo?!

O Governo já anunciou que, em Janeiro próximo, o salário mínimo será fixado em € 450/mês.
Cumpre-se assim, o que há já tempo, foi acordado com os parceiros sociais.
Só que estes estão, agora, a querer furtar-se a esse acordo, alegando que as empresas, principalmente as pequenas e médias, não estão presentemente em condições, de pagar esse salário.
E parece haver até Partidos políticos que, com base na crise, dizem que, efectivamente, não deve proceder-se a tal aumento...
Quem pode achar muito o que o Governo propõe para o salário mínimo.
O poder de compra dos trabalhadores tem vindo a degradar-se de ano para ano e são cada vez mais as dificuldades com que eles e as suas famílias vivem.
Francamente, os que, agora, se opõem ao referido aumento não sabem ao certo, o que é ganhar, apenas € 450/mês.
E concordamos com o Primeiro-Ministro quando disse que não será esse aumento que pode vir a afectar a competitividade das empresas.
Pelo contrário, os trabalhadores quanto melhor remunerados melhor exercerão as suas funções laborais.
Além do que é de justiça elementar proporcionar a quem trabalha um salário condigno.

terça-feira, outubro 28, 2008

 

O Dia Mundial do Idoso

Este dia, consagrado à 3ª Idade servirá ao menos para se reflectir seriamente sobre os problemas que afectam os idosos?!
Não é a dor física que mais os atormentam, porque essa pode tratar-se ou suavizar-se nos hospitais, onde deve haver, para com eles, o melhor espírito de humanidade e de solidariedade.
É, sim, a carência de atenções de carinho, de paciência por parte dos seus familiares que mais lhes causam dor e, por vezes, bem profunda.
Além, claro, também de disporem de rendimentos parcos para enfrentar as suas necessidades básicas.
E ainda o abandono a que, por vezes, são votados por aqueles a quem deram amor, aconselhamento e ajuda material.
São muitos, muitos mesmo os anciãos que sentem a solidão, a tristeza e também a falta de meios para a sua subsistência.
Vale-lhes, felizmente, as associações privadas ou grupos de voluntários que substituem às famílias na prestação dos cuidados de que precisam.
Mas, para eles, embora tenham que agradecer esse auxílio, não é a mesma coisa, preferindo, decerto, que os seus parentes não lhes faltem com a sua companhia, retribuindo o amor que receberam.
Quantos, mesmo jovens, pensam e até dizem em relação aos idosos da família que “0 seu prazo de validade já se extinguiu”.
Esquecem que o tempo passa depressa e que, mais breve do que julgam, serão idosos.
O que há é que educar os jovens a respeitarem os mais velhos, dando-lhes o estatuto que merecem como donos de um valioso capital de experiência, de sabedoria da vida.
Os idosos não são “trapos velhos que de deitam no lixo”!
É isso que entidades oficiais ou privadas devem incutir nos que ainda não são idosos.
Que este dia sirva na verdade, para reflectir e se encontrar disponibilidade para se conseguir as melhores soluções para a dignificação da situação de idosos!

 

Alexandre Campos, Fernando Campos, António Agostinho

Não posso deixar de agradecer, por este meio, aos meus companheiros da blogosfera figueirense, as palavras muito amigas que escreveram sobre a atribuição que me foi feita da Medalha de Ouro da Cidade pela Câmara.
Muito sensibilizado, aqui fica o meu abraço de muita gratidão.

segunda-feira, outubro 27, 2008

 

Para ler e meditar

“ Muito pior que o crash de bolsas e bancos é a ausência de valores na acção política”
(Octávio Ribeiro in Correio da Manhã e ontem)

 

A Escola Joaquim de Carvalho e o seu patrono

Hoje, pelas 10 horas, junto à estátua do Professor Doutor Joaquim Carvalho foi deposta pelo Presidente do Conselho Executivo da Escola promotora da homenagem, uma coroa de flores, tendo o Dr. Carlos Monteiro feito uma breve mas impressiva evocação do ilustre figueirense e Professor catedrático da Faculdade de Letras de Coimbra, pensador e historiador da filosofia de renome internacional que é patrono daquela Escola.
Falou, ainda, o Dr. Pedrosa Veríssimo, que foi aluno de Joaquim de Carvalho, e ainda o Professor Doutor João Montezuma de Carvalho, seu filho.
A estátua, será bom lembrar, foi inaugurada por proposta minha na Câmara presidida pelo já falecido Engenheiro Aguiar de Carvalho e é da autoria de um outro ilustre figueirense o escultor Gustavo Bastos.

 

A confusão de alguns...

Na vida política, há, infelizmente, quem confunda com frequência, o comportamento institucional com o comportamento pessoal.
Certos lugares, que se ocupam, exigem que, mesmo que não se goste de alguém, ainda que próximo politicamente se cumpra o dever institucional.
Em situações ou posições em que se encontre a pessoa com quem não se simpatiza não se deve bani-la ou tratá-la como se não existisse.
As divergências políticas, as opiniões e as atitudes diversas não devem ser motivo para quem desempenha um cargo institucional se conduzir com azedume ou mesmo como se de inimigo se tratasse.
Os que assim procedem não têm sequer uma noção exacta do que é a democracia, mas estão integrados nela e quantos “ comem “ à sua custa!
Quando é que se começará a separar o trigo do joio, o que só ajudará ao necessário aperfeiçoamento da democracia, que deverá ser servida por uma classe política esclarecida, culta, bem preparada e com ética?!

 

Último acto do Provedor de Justiça!

Nascimento Rodrigues já disse que se Cavaco Silva não vetar o Estatuto dos Açores, ele pedirá a declaração da inconstitucionalidade de alguns artigos daquele diploma.
E tal atitude não agradará ao PS e, por isso, talvez que não dê ao Provedor de Justiça tempo para concretizar essa sua anunciada disposição.
Bastará que o Parlamento nomeie com brevidade outra personalidade para o lugar.

sábado, outubro 25, 2008

 

A entrega de Condecorações pela CMFF

Foram três os que receberam, no passado dia 24, as Medalhas de Ouro da Cidade e outros três foram contemplados com condecorações de diferentes graus.
Apesar de muitas pessoas, que encheram o Salão Nobre do Município, terem ouvido o discurso que ali fiz, entendi fazê-lo publicar neste blog, pois dele pode haver motivos de reflexão para os que não o ouviram.
Eis, pois, o que eu disse, nessa sessão que decorreu com dignidade:

Solicitaram-me para, nesta sessão, falar em nome dos que hoje receberam distinções honoríficas conferidas por esta Ex.ma. Câmara.

Acedi, embora ficasse privado de dar o meu testemunho pessoal, próprio, sobre o que representa, para mim, ser-me atribuída a Medalha de Ouro da Cidade, que teve decerto em consideração o meu intenso bairrismo, a minha postura profissional e política sempre com respeito pelos princípios éticos.

Mas, porque compreendo o desejo de não prolongar muito a sessão, eis que estou aqui para proferir em nome dos agraciados, algumas palavras, que hão-se ser breves e destinadas essencialmente a manifestar a esta Ex.ma. Câmara a nossa muita gratidão

Estamos naturalmente muito sensibilizados, sentimos, sem dúvida, uma grande e justificada satisfação íntima.

Na verdade, é sempre consolador verificar que a comunidade onde estamos inseridos, onde trabalhamos ou à qual prestámos serviços de natureza diversa, reconhece o que fizemos de bom, de válido nas actividades que exercemos em várias áreas e hoje os agraciados, pelo que se viu dos currículos lidos, tiveram já certas posições relevantes na Arquitectura, na Pintura, na Industria , na Política, no Ensino e no Exército.

E esse reconhecimento mais nos agrada, principalmente, quando, por mim falo agora, se está na recta final da vida, em que já não esperamos que sejamos louvados ou que sejam exaltados actos que praticámos com simplicidade, com naturalidade, apenas com o propósito de cumprir da melhor maneira possível um dever de cidadania, sem pensar em recompensa de qualquer espécie.

As distinções honoríficas que nos foram conferidas premeiam, pensamos nós, a forma correcta como procurámos afirmarmo-nos nos vários sectores em que interviemos, a nível local e alguns até a nível nacional, como por exemplo na Política e nas Artes.

Mas também premeiam o desejo que sempre nos animou de prestar os melhores serviços possíveis à comunidade figueirense, lutando, por vários meios, pelo seu prestígio e pelo seu progresso.

Enfim, premeiam ainda a fidelidade aos princípios e valores cívicos e éticos que devem nortear aqueles que querem contribuir para uma sociedade mais solidária, tolerante, mais igualitária e mais justa.

Tempos houve, em que, ao contrário do que agora acontece, esses princípios e valores cativavam-nos e incentivavam-nos a trabalhar, com gosto, firmeza e persistência, pelo bem comum, pondo-o acima dos interesses individuais e egoístas.

Hoje, infelizmente, para muitos, o dinheiro vai sendo o valor supremo e o que mais importa é arrecadá-lo, seja de que maneira for, com desprezo absoluto pelas Causas Nobres, Altruístas e de Solidariedade..

É também a essa grave crise de valores que se impõe reagir com eficácia e sem demoras, sob pena de, no futuro, tudo se resumir a um materialismo pernicioso e até a jogos cada vez mais sujos de interesses individuais.

Mas não é este o momento para dizer mais sobre este assunto.

É, sim, ocasião para agradecer o tratamento generoso que a Câmara quis dar-nos.

Termino, dizendo que entrar, agora, para a galeria de personalidades ilustres que já foram distinguidas com condecorações municipais, nos traz muita emoção e um justificado orgulho.

Na pessoa do Senhor Presidente Engenheiro Duarte Silva, agradecemos, penhorados, ao Colectivo desta Câmara.

Um desejo sincero queremos formular:

Que a Figueira possa sempre estar numa posição cimeira como Cidade em que haja uma boa qualidade de vida, mercê principalmente de um integral desenvolvimento, de uma consolidação cada vez mais forte do Turismo e do tecido económico e industrial, sem nunca ficarem esquecidas as suas muitas potencialidades culturais, que as tem.

quinta-feira, outubro 23, 2008

 

Diz-se que:

- António Paredes, delegado regional do Instituto da Juventude e do Desporto e presidente da Comissão Política concelhia do PS vai deixar aquelas funções, tendo-lhe sido já oferecido um outro lugar;
- O candidato à presidência da Federação Distrital do PS, Mário ruivo, teve cerca de 700 apoiantes a participar num jantar realizado em Coimbra;
- O PS local está a diligenciar para convencer uma personalidade, fora da Figueira a candidatar-se à nossa Câmara. Quem será? Segredo!...
- No PSD figueirense engrossam as hostes de apoiantes a Lídio Lopes para a candidatura à Câmara. Ele aceitará ou esperará por melhores dias, principalmente conhecendo bem a difícil situação financeira do Município;
- O PCP, o BE e o CDS/PP estão em dificuldade para conseguirem organizar listas neste nosso concelho;
- As eleições internas no PS para a Federação Distrital, que se realizam já no sábado, vão ser renhidas entre os dois candidatos: Vítor Baptista e Mário Ruivo.

 

A desigualdade de rendimentos em Portugal

Um relatório da OCDE veio, agora, dar a conhecer que o nosso país está no fundo da tabela quanto à desigualdade de rendimentos.
Atrás apenas a Turquia e o México.
Quer dizer que, nos últimos anos, se têm agravado as desigualdades salariais, sendo mesmo escandalosa a diferença das remunerações entre gestores ou directores e trabalhadores.
Preocupante é também o que do referido relatório consta: ¼ dos agregados familiares têm dificuldades para a satisfação das necessidades básicas e 59% das famílias portuguesas não têm possibilidades de passar uma semana de férias fora de casa.
E ainda no relatório se diz: ” a única forma sustentável de reduzir a desigualdade é travar o desfasamento de salários e rendimentos do capital. É preciso garantir emprego e salários que permitam às pessoas manter-se fora da pobreza”.
Quanto se tomará isso como uma das principais prioridades pelos responsáveis políticos e económicos.

 

A nova Lei do Divórcio

O Presidente da República promulgou já essa Lei que vem alterar profundamente a que estava em vigor.
Porém, Cavaco Silva não deixou de manifestar a sua discordância em relação a alguns preceitos novos.
Não se compreende essa atitude pois se, mesmo depois das correcções que o PS introduziu na lei em causa, o Presidente continuou a ter grandes divergências quanto ao texto do diploma, porque o promulgou?
Foi para evitar um conflito com o governo e, claro, especialmente com o PS maioritário do Parlamento?
Foi uma posição de bom senso que o Presidente quis tomar?
Só que tão ciosos como é dos seus poderes presidenciais, desta vez Cavaco Silva não quis usá-los inteiramente, abdicando do veto.
Aí está, pois, a nova lei que permitirá obter-se o divórcio com mais facilidade...
E o que virá a acontecer aos Estatuto dos Açores, que ainda está em Belém esperando a decisão do Presidente?
Será que também “ passará”?
Era o dois-zero para o PS o que, nesta altura, muito lhe convinha!

quarta-feira, outubro 22, 2008

 

Para ler e meditar

“ Os nossos economistas neo-liberais deixaram de falar. Quando muito, aconselham prudência, muita cautela. Talvez “ caldos de galinha”... Não quiseram – ou não souberam – prever nada. E estão estonteados sem saber como combater a crise que se instalou e gerou a desconfiança e o pânico”
( Mário Soares in Diário de Notícias de ontem)

segunda-feira, outubro 20, 2008

 

Para ler e meditar

“ Juntar muita gente numa manifestação não é sinal de que tenha razão, mas quando esses muitos são militares, quando as suas Associações se unem e generais e almirantes na reserva se juntam ao protesto, isso é sinal de que o Ministro da Defesa tem um problema entre mãos”
( Na secção Sobe e Desce do Público de ontem)

 

O Ministro do Trabalho falou

E já admitiu publicamente que será muito difícil, senão impossível, conseguir, até ao fim desta legislatura, os 150 mil postos de trabalho desejados e prometidos pelo governo.
Sempre se achou que essa aspiração era irrealizável face à crise interna, mas, agora, agravada esta com a crise internacional que aí está e estará não se sabe ainda por quanto tempo mais se afasta a possibilidade de virem a ser criados os tais 150 mil postos de trabalho.
Pelo contrário prevê-se até um significativo aumento de desempregados como, aliás, está já a acontecer noutros países com economias mais fortes.
Com a crise instalada há, sim, infelizmente, que contar com mais conflitos sociais e com mais pobreza.
A governação está, pois, cada vez mais difícil, exigindo maior atenção e adequados cuidados para evitar um agravamento da crise e os seus efeitos negativos.

 

O PS ganhou as eleições nos Açores

Com Carlos César o PS venceu por margem folgada ( e com maioria absoluta) as eleições realizadas ontem nos Açores.
Esse êxito era já esperado e aquele político regional vai, então, para o seu quarto mandato.
Costa Neves, líder açoriano do PSD já se demitiu, cumprindo, aliás, o que durante a campanha tinha dito.
O PS começou bem o ciclo eleitoral pois aproximam-se em 2009 outros actos eleitorais para as autarquias, para o parlamento e para a Europa.
Mas, atenção à elevada percentagem da abstenção que se verificou nos Açores, que não deve repetir-se nas eleições no continente, sob pena de virem a ser mais penalizados os dois maiores partidos.

 

O PSD e o Orçamento do Estado

Não nos lembramos que alguma vez um partido revelasse a intenção de voto quanto ao Orçamento do estado antes de se iniciar a sua discussão no Parlamento.
Desta vez, porém, a líder do PSD, criticando asperamente aquele documento, já declarou publicamente que o seu partido vai votar contra. Foi, sem dúvida, uma atitude original, com que Manuela Ferreira Leite quis marcar posição, antecipando-se ao debate parlamentar.
Tal não lhe fica bem...
Poderá até perguntar-se o que irão os deputados sociais-democratas fazer quando da discussão do OE?!
Se já se sabe qual vai ser o sentido de voto, para quê, então, intervirem no debate?!
Ao fim e ao cabo aqueles deputados irão fazer praticamente “ ofício de corpo presente”!...
Não competiria, neste momento de crise que se vive, contribuir para a discussão com propostas alternativas positivas, de molde a aperfeiçoar o Orçamento, se fosse caso disso?
Francamente a líder do PSD anda, na verdade, desorientada e são quase diários “ os tiros que dá nos pés”!

 

A Figueira Grande Turismo criticada

Empresários Hoteleiros e da Restauração criticaram, recentemente, a acção da FGT.
Desmentiram aquela Empresa Municipal que fez chegar a público ter havido, na passada época de Verão, mais turistas na nossa cidade, quando afinal, aqueles empresários sentiram bem, um significativo decréscimo.
Mas também a acção da FGT mereceu censura quanto a festas de Verão em público que não se viram, nem outras iniciativas capazes de atrair visitantes não existiram.
E Mário Esteves, lembrou até que, noutros tempos, a Câmara, através dos seus Serviços de Turismo e de Comições de figueirenses, organizava festas de bom nível e por custos mais razoáveis dos que presentemente são gastos!
Claro, não estão em causa os espectáculos no CAE que têm sido bem seleccionados, mas que apenas são frequentados por quem pode pagar os preços dos bilhetes de acesso, que não são baratos! Porém, isso não é o mesmo que oferecer gratuitamente a quem está na Figueira festas atraentes.
E o certo é que o passivo da FGT é já muito elevado, constituindo um peso grande para as parcas disponibilidades financeiras da Câmara.
É que, noutros tempos, o bairrismo e a boa vontade de alguns, levavam a superar dificuldades e a fazer “milagres” quanto ao programa das Festas de Verão.

 

Exemplo a seguir

O Governo alemão decidiu que os administradores dos Bancos, que venham a ser intervencionados pelo Estado, terão remunerações limitadas (500 mil euros por ano), não podendo receber prémios ou outras compensações e também, enquanto os Bancos estiverem a beneficiar de investimentos de capitais estatais, os accionistas privados não poderão receber dividendos.
O Governo alemão terá o direito de superintender na definição do plano de negócios dos Bancos intervencionados para se evitar a repetição de erros anteriores, que geraram a crise.
É este um bom exemplo que se impõe seguir.

 

Além da crise, as manifestações de protesto!

Os militares e os polícias voltaram a revelar publicamente o seu descontentamento pela forma como estão a ser tratados a nível de governo.
E dentro de dias, a 8 e 15 de Novembro, realizar-se-ão em Lisboa mais duas manifestações dos Professores.
Os agentes judiciais também não têm escondido o seu desacordo quanto às reformas no sector da Justiça.
Os trabalhadores, há meses, fizeram desfilar na Capital muitos milhares, sentindo-se prejudicados, principalmente com o novo Código de Trabalho.
Enfermeiros, Médicos e Funcionários Públicos têm também manifestado o seu protesto contra várias medidas tomadas.
Quer dizer que há um ambiente geral de desilusão, de frustração e de muita incerteza quanto ao futuro, o que, agora, foi agravado com a crise internacional, que tem atingido muitas regiões do Globo.
Mas, se além da crise, ainda há que fazer face a muitos outros problemas que já existiam anteriormente, a situação pode avolumar-se quanto aos seus efeitos nocivos.
Por isso, não será de bom senso e de premente necessidade a procura sincera de um entendimento entre os Partidos, Associações Patronais, Sindicatos e outras Entidades com poder de intervenção junto dos agentes políticos, económicos e sociais?!
Com um país “pacificado” melhor se poderá resolver a grande crise que o afecta.
E não foi já o Presidente da França e Presidente em exercício da União Europeia que propôs a formação de um Governo com os Ministros das Finanças dos Estados Membros para em conjunto se encontrar uma solução mais eficaz e rápida para a grave crise Financeira?!
As ideologias partidárias não devem obstar, num momento difícil como o actual, a tentar-se um acordo que contribua para o fim da crise!

sábado, outubro 18, 2008

 

Para ler e meditar

" O que está podre, a agonizar, é o capitalismo, na sua fase financeira e especulativa. É isso que se impõe mudar, regularizando a globalização".
( Mário Soares in Diário de Notícias)

 

Diz-se que:

- está a haver uma certa aproximação entre um influente social-democrata, pelos vistos agastado com o seu partido e alguém com responsabilidade no PS local. Os encontros e as conversas demoradas têm sido muitas, bem como as promessas recíprocas para o futuro!
- em face da má situação financeira da Câmara impunha-se, talvez, uma comissão administrativa para a gerir. Será mesmo necessário? Não acreditamos.
- a limpeza das sarjetas das ruas está por fazer o que, com as chuvas que não demorarão, poderá haver inundações incómodas e mesmo prejudiciais;
- numa semana fecharam as portas dez estabelecimentos comerciais da nossa cidade. Se assim for e se continuar a acontecer, que virá a restar do comércio convencional?!

 

Que bonito!

Num jantar de beneficência, os dois candidatos às presidenciais nos EUA estiveram presentes e usaram da palavra. Fizeram-no com muito humor, com piadas recíprocas mas sempre com uma postura de elevação.
Viu-se um pouco na televisão e foi bonito verificar o respeito e a tolerância como se trataram.
Isso, depois de uma campanha em que cada um usou de dureza para o outro, mas quanto a acusações pessoais foram superadas pelas críticas de natureza meramente política.
Para a vigorosa defesa dos seus programas e das suas posições quanto a vários pontos de política interna externa não precisaram os candidatos de descer ao insulto e utilizarem más palavras.
Assim, sim, a política pode ser vivida em bom nível, tornando-se até apaixonante.

 

Continua a oposição à líder do PSD

E, agora, é a propósito da candidatura de Santana Lopes à Câmara de Lisboa, a qual teve já “ a bênção” de Manuela Ferreira Leite. Membros categorizados do partido têm estranhado e criticado que a líder tivesse convidado Santana Lopes para essa candidatura.
Entre os mais críticos está Pacheco Pereira que foi um dos apoiantes desde o início de Manuela Ferreira Leite.
Mas outras vozes, como a de Marcelo Rebelo de Sousa se têm insurgido contra aquela posição assumida pela direcção nacional do PSD.
Porém, Santana Lopes não vai ligando ao que já é uma campanha contra ele, dispondo-se continuar a tomar muito a sério o seu futuro político.

sexta-feira, outubro 17, 2008

 

O Dia Mundial da Erradicação da Pobreza

De novo, o dia de hoje é dedicado à erradicação da pobreza.
Será mais uma oportuna e importante chamada de atenção para um dos problemas maiores que afectam os povos de todo o mundo.
Só na Europa há 78 milhões de pessoas que vivem no limiar da pobreza. E em todo o mundo são algumas largas de centenas de milhar os que passam fome e 50 mil morrem, por dia, por falta de subsistência.
Em Portugal, por um recente relatório da Comissão Europeia, há ainda 1,8 milhões de pobres, embora se tenha verificado alguma redução na taxa de pobreza passando, em oito anos de 23 para os actuais 18%.E o certo é que o rendimento social de reinserção apenas conseguiu suavizar e pouco a situação de pobreza de uma percentagem pequena de portugueses e as pensões não têm subido o suficiente para que os idosos e os pensionistas possam viver condignamente.
Deve, pois, continuar-se a dispensar, por parte das entidades responsáveis a melhor atenção aos muitos que ainda têm que viver preocupados com o seu estado de pobreza.
São esses que devem ter a prioridade nos benefícios sociais, sendo quanto a eles que se impõe reforçar as medidas da respectiva política no sector.
Há que reconhecer acção utilíssima das instituições não governamentais que prestam serviços e auxílio material aos mais carenciados, acção que tem sido notável pela muita dedicação e solidariedade como a têm exercido.
A essas instituições se deve, sem dúvida, uma contribuição muito importante no combate à pobreza.
Mas, nunca será isso suficiente, sobretudo quando se avoluma o número de desempregados e aumenta a carestia da vida mesmo quanto aos bens essenciais.
Terá que haver uma concertação global entre todos os países impondo-se que os mais ricos ajudem, efectivamente, os mais pobres.
Se tal acontecesse como tudo seria diferente!
As reuniões internacionais têm sido já muitas, mas as boas intenções e as promessas que nelas têm existido vão acabando, infelizmente, por esquecer.
Que neste dia, todos os que têm responsabilidades nos governos de todo o mundo pensem seriamente em não fazerem despesas supérfluas e se decidam a ajudar o que são pobres.

quinta-feira, outubro 16, 2008

 

Para ler e meditar

“ Eles não são maus. Maus, maus, são os outros, os sindicalistas. E também os professores e a esquerda arcaica. E os desempregados. E os que não têm dinheiro para pagar a hipoteca da casa. E os jovens sem trabalho precário. Esses são os maus.”
(Manuel Alegre in Diário de Notícias de ontem)

 

No futebol, mais uma desilusão!

Carlos Queirós em que tantos depositaram esperança, tem sido, afinal, perseguido pela má sorte!
É que a selecção que orienta ainda não ganhou um único jogo em casa para a classificação para a fase final do próximo campeonato mundial.
O desafio de ontem com a Albânia foi desastroso...
Principalmente na primeira parte os nossos jogadores pareciam amadores e incipientes.
E não passaram de um empate contra uma equipa muito fraquinha, que, no entanto, soube defender e muito bem o resultado que já lhe interessava.
Mas, mais do que carpir o desaire da nossa selecção, deve, sim, censurar-se algumas atitudes tomadas: por Ronaldo quando se virou para o público fazendo um gesto provocador; pelo Dr. Madaíl, presidente da federação, que abandonou antes de terminar o jogo a tribuna onde estava também o secretário de Estado do desporto; por todos os jogadores que se recusaram a falar aos jornalistas.
Diga-se que o público, perante o que se passou no campo, portou-se melhor do que seria de esperar e que até se justificava que tivesse uma reacção mais barulhenta!
Enfim, ontem faltou competência nos jogadores e também falta de “ fair-play” por parte dos que deviam tê-la.

 

As sondagens locais...

Pelo que nos consta o PSD e também o PS estão a promover sondagens com nomes de várias pessoas que poderão ser candidatas à Câmara da figueira.
No PSD parece que os nomes estão a ser sufragados são os de Lídio Lopes, Duarte Silva e Daniel santos com vantagem para o primeiro. No PS as sondagens estão a incidir sobre os nomes de Luís Marinho e Carlos Monteiro sendo este, até agora, que maior intenção de voto tem recebido (com surpresa Luís Marinho tem uma percentagem baixa).
Mas, claro, isto são apenas sondagens, feitas sabe-se lá como e até às eleições autárquicas muita coisa pode ocorrer, com surpresas da última hora, dentro ou fora dos partidos (fala-se também já numa lista de independentes). Porém certo é que será precisa muita coragem, ou então, uma ambição desmedida, para alguém se dispor a concorrer `Câmara sabendo de antemão que sem dinheiro muito pouco se pode fazer.

 

Obama à frente

O candidato do partido democrático à presidência dos USA ganhou, de novo, o agora último debate com o seu antagonista republicano.
E as sondagens vão dando, cada vez mais, preferência a Obama sendo já de 17 pontos a diferença entre os dois candidatos.
Estamos em crer que será muito difícil no pouco tempo que falta para o acto eleitoral, McMain recuperar!
Assim, em breve os USA terão decerto um presidente de cor negra e com ele muito irá mudar na política americana.
Principalmente, acabará o que tem sido a “ vocação guerreira” do sr. Busch, disfarçada embora de uma intenção d elevar a paz a vários países ou regiões.
Porém, Obama, quando presidente não terá muita margem de manobra no sector económico-financeiro que se instalou e está para durar nos USA.
A crise é muito grave e, para além das medidas que o governo americano foi já forçado a tomar não haverá muito mais a fazer.
Mas, na política interna, os direitos humanos fundamentais serão mais respeitados, as desigualdades sociais serão combatidas, a economia do país será mais estimulada a favor de todos e não apenas de alguns, etc.
Receamos, no entanto, que Obama venha a ser alvo de campanhas que procurem desacreditá-lo (como, aliás, já aconteceu na campanha eleitoral) e que, inclusivamente, venham a exercer-se contra ele actos de violência, pois não se pode esquecer o que se passou com alguns políticos que combateram o racismo e defenderam os direitos das classes mais desfavorecidas.

terça-feira, outubro 14, 2008

 

Para ler e meditar

“ Acabou-se o fundamentalismo do mercado. Agora abram portas, acomodem-se, pacifiquem-se: vem aí o Estado, vem aí a “ mão visível”
( Pedro Lomba in Diário de Notícias)

 

Num supermercado

Falávamos da muita pobreza existente e aquele meu amigo contou-me o seguinte:
Estava na fila junto à caixa de um supermercado, em Lisboa, e à sua frente um homem mulato tinha que pagar 3 euros e poucos cêntimos por pão (de segunda), um pequeno cacho de uvas, uma embalagem de manteiga e duas latas de sumo. Quando lhe disseram o preço, aquele homem remexeu na carteira e nos bolsos, não encontrando o dinheiro preciso e dizendo que ia deixar de lado as uvas e os sumos.
Foi, então, que aquele meu amigo, vendo o embaraço do homem e também a vergonha espelhada no seu rosto, disse à empregada da caixa: “ entregue a este senhor o que ele queria deixar de lado e ponha na conta que eu tiver que pagar”.
Foi de espanto o que transpareceu no rosto do homem mulato e, como que envergonhado apenas disse um “ muito obrigado” muito sumido!
Quem o atendeu na caixa disse então que diariamente, acontecia pessoas prescindirem do que precisavam de levar para casa por não terem dinheiro suficiente.
Mas acrescentou: e não aparece ninguém como o senhor que quis ajudar quem precisava.
Quantas pessoas neste país têm que cortar nas despesas essenciais, inclusivamente nos produtos alimentares.

 

Será gora que a líder do PSD quebra o silêncio?!

Alguns companheiros de partido da Drª Manuela Ferreira Leite já disseram publicamente que é estranho que ela continuasse a remeter-se ao silêncio, inclusivamente, quanto à grave crise financeira que afecta o país. É que àquela política competia até como antiga Ministra das Finanças fazer uma intervenção de fundo sobre tal questão e a verdade é que não a fez.
Tem-se limitado a, por vezes, ( poucas), referir-se a casos pontuais e de somenos importância. Mas, ontem, após ter sido recebida pelo Primeiro-Ministro declarou que o PSD está disposto a colaborar no combate à crise não dizendo, porém, como.
Já não é mau que Ferreira Leite revele a sua boa vontade nesse sentido!...
Como o Orçamento de Estado vai, em breve, ser discutido no parlamento e porque naquele documento estão necessariamente previstas várias medidas que o governo terá de tomar para um mais eficaz combate à crise, vamos a ver qual será a posição que o PSD assumirá.
Ninguém, de bom senso, apoiará que o maior partido da oposição tenha nessa discussão qualquer atitude “destrutiva” do conjunto de medidas adoptadas.
Poderá, sim, aceitar-se que o PSD colabore com propostas alternativas positivas.
Aguardemos.

 

O apoio dos banqueiros

No programa televisivo “ Prós e Contras” de ontem, os administradores dos nossos maiores estabelecimentos bancários deram um claro apoio, elogiando até, às medidas tomadas pelo governo no combate à crise.
E esses banqueiros transmitiram uma mensagem de optimismo e de esperança quanto à solução da grave situação económico-financeira.
Pela evidente sinceridade com que falaram deram uma prova de confiança no sistema bancário português não havendo, segundo eles, possibilidade de os depositantes virem a ficar sem as suas poupanças.
As intervenções dos principais participantes naquele programa foram muito positivas e tranquilizadoras quanto ao futuro.
Ainda bem!
Até agora o Estado não teve ainda necessidade de nacionalizar parcial ou totalmente os bancos
Como aconteceu já noutros países.

 

Um documento a favor da Universidade Internacional

Na sua última reunião, o Conselho Consultivo do pólo da Universidade Internacional da Figueira da Foz decidiu elaborar e enviar ao Ministro do ensino superior um documento de apoio àquele estabelecimento de ensino, cujo encerramento foi ordenado por aquele governante.
Na reunião esteve presente o presidente do Conselho de Administração da SIPEC, empresa a que pertence a Internacional, o qual prestou informações quanto à situação económica-financeira que é posta em causa quanto à viabilidade.
Dessas informações ficou a convicção de que terá havido precipitação do Ministro quando concluiu ter razão para determinar o encerramento da Internacional.
O conselho Consultivo, atendendo principalmente ao necessário funcionamento daquela escola do ensino superior nesta cidade e considerando os muitos prejuízos que adviriam do seu encerramento, especialmente para os jovens da Figueira e da sua região, solicitou naquele referido documento uma melhor ponderação do Ministro da tutela.
Até porque, com o actual Reitor, voltaram à Internacional da Figueira categorizados docentes com a maior capacidade para a melhor preparação académica dos alunos.
A SIPEC, através dos meios legais, contestará os argumentos aduzidos para justificar o encerramento.
Por sua vez, o Conselho consultivo com aquele documento espera que a Figueira não venha a ser privada de uma escola do ensino superior.

segunda-feira, outubro 13, 2008

 

Para ler e meditar

“ Ao escolhe Santana Lopes para a Câmara de Lisboa Ferreira Leite entregou os pontos, por falta de exército e de generais à altura do combate”.
( José Pereira Leite in Jornal de Notícias de ontem).

 

Pobreza envergonhada?!

São já dois os donos de cafés-restaurantes que nos disseram que vai sendo frequente pessoas nas esplanadas pedirem sandes e depois de servidos...desaparecem!
E a verdade é que quem assim procede apresenta-se até sem sinais de pobreza, quanto à indumentárias.
Claro que não é de aceitar tais condutas. Se é por necessidade mais valia pedir algo que lhes satisfizesse a fome o que, decerto, não lhes seria negado. Mas poderá tratar-se de pobres envergonhados.
Essa pobreza é, sem dúvida, a que mais custa a suportar.
E, nos tempos presente, há cada vez mais pessoas que, tendo vivido razoavelmente bem, se vêem agora sem dinheiro para o que lhes é essencial, sentindo vergonha de “ estender a mão à caridade”.

 

Os advogados “ obrigados” a terem sociedades?!

A Lei nº12-A/08, de 27 de Fevereiro, estabeleceu, no seu artigo 35ª número 2 alínea a que a celebração de contratos de prestação de serviços nas modalidades de contratos de tarefa e de avença por parte dos órgãos e serviços da Administração Pública apenas poderá ter lugar quando “ o trabalho seja realizado, em regra por uma pessoa colectiva”.
Só excepcionalmente se poderá proceder à celebração daqueles contratos com pessoas singulares e sempre mediante autorização governamental”.
Quer dizer que os advogados que exercem a profissão sozinhos ou em divisão de escritório com outro colega, mas sem sociedade, não poderão ser contratados para prestar aqueles serviços.
E, como o Conselho-Geral da Ordem já deliberou vai ser solicitado ao Provedor de Justiça e ao Procurador-Geral da República que promovam junto do Tribunal Constitucional o respectivo processo de fiscalização abstracta da constitucionalidade daquelas normas da lei citada.
É que, na verdade, há uma nítida e iníqua discriminação contra os advogados não organizados em sociedade.
Bem andou o Conselho-Geral da Ordem dos Advogados ao reagir como fez.
Os advogados devem ser das classes profissionais os que mais têm sido perseguidos e prejudicados por deliberações governamentais.

 

Uma notícia lamentável

O “ Diário das Beiras” de hoje deu hoje a conhecer um facto que a ser verdadeiro é muito lamentável.
Segundo a notícia, terá havido na Figueira muitos jovens que se inscreveram na Juventude Socialista e também na Juventude Social-Democrata, ficando com uma dupla filiação em partidos diferentes.
Alguns até já disseram que lhes teria aparecido em casa um cartão partidário sem que tivessem assinado a respectiva ficha de inscrição.
É este um assunto que compete às direcções locais do PS e do PSD averiguar, repondo a verdade.
E será fácil essa averiguação, bastando examinar as duas listagens de membros das duas juventudes.
É que há que fazer ver aos que se dispuseram a fazer as duas filiações que tal é falta de ética, obrigando-os a optarem por um ou por outro partido.
Ou melhor: se se chegar à conclusão de que essa duplicação de filiação se ficou a dever apenas aos jovens, talvez se imponha antes não os querer nem num lado nem noutro.
Enfim, a ética “ anda pelas ruas da amargura” não se estranhando que os jovens não tenham a noção exacta do seu mau procedimento. Mas é preciso dar-lhes a devida lição.

 

Nem a Procuradora escapou à onda de assaltos...

A casa da Drª Helena Fazenda, Procuradora da República foi assaltada.
E os ladrões levaram um computador portátil onde aquela magistrada tinha registado alguns dados relacionados com o processo conhecido como da “ Noite Branca”, processo que a Drª Helena Fazenda está, há já meses, a coordenar a respectiva investigação.
Porém, segundo a referida magistrada esse computador não continha nada que possa comprometer a investigação em curso.
Quer dizer que, ao contrário do que chegou a noticiar-se, se a intenção dos assaltantes era “ complicar” aquele processo eles viram gorada essa intenção.
Ainda bem!
Mas, uma coisa é certa: não há barreiras para serem cometidos os crimes pois nem os magistrados escapam à onda de criminalidade que tem assolado o nosso país.

 

Donde menos se esperava!

O Primeiro-Ministro Gordon Brown “ deu cartas” ao ver o seu plano de ajuda ao sistema bancário britânico quase que completamente imitado na cimeira da Eurozona.
Ele que nem sequer é apologista do euro para o seu país!
Mas, numa altura difícil como a que existe agora, há que não ser “ esquisito” e procurar colaborar no combate à grave crise financeira que se instalou na Europa e em todo o mundo.
Por isso, não é de estranhar que Gordon Brown tenha sido recebido antes da referida cimeira e, depois, fosse convidado a participar nos trabalhos dos 15 países do euro.
E parece que foi útil, pois algumas das medidas tomadas pelo governo britânico foram adoptadas.

domingo, outubro 12, 2008

 

Para ler e meditar

“ A América, quer se queira quer não, entrou num novo ciclo. O neoliberalismo – e a “ terceira via”, como se chamava em Londres e não só – morreu sem glória”
(Mário Soares, em artigo na última revista “ Visão”)

 

E as universidades públicas estão em boa situação financeira?

O governo tem andado “ em cima” das universidades privadas, tendo já encerrado algumas e outras estarão em vias disso.
O fundamento essencial é que elas não têm viabilidade económico-financeira.
Mas não é verdade que, ainda há pouco, os reitores das universidades públicas se queixaram da falta de verbas para ser possível o seu normal funcionamento?
O que mais devia interessar ao governo era saber se tal ou tal universidade privada dispõe de um corpo docente com mérito, capaz de transmitir aos alunos os melhores ensinamentos.
E, por exemplo, a universidade internacional (pólo da Figueira da Foz) tem agora um conjunto muito valioso de professores.
E quanto à sua viabilidade económico-financeira sabemos que a Sipec, empresa a que pertence aquela universidade, tem conseguido reduzir significativamente o défice que encontrou quando assumiu a gestão da referida universidade, estando todos os débitos que ainda existem devidamente consolidados, garantidos.
Quer-nos parecer que houve precipitação do Ministério do Ensino Superior ao mandar encerrar a Internacional.

 

A escola e a família

Há dias, uma professora queixava-se a um jornalista de que, presentemente, lhe era exigido muito na Escola.
Hoje, os professores têm um trabalho “ escravo”, com reuniões a torto e a direito, com necessário contacto com uma catadupa de documentos legais, que dia a dia vão chegando às escolas.
Os professores passam ali muitas horas, mais em trabalhos burocráticos ou administrativos, para além de cumprirem os seus horários para leccionarem.
Quer dizer que ficam sem tempo para a sua natural convivência familiar e também sem disponibilidade sequer para a preparação das aulas.
Não é legítimo que assim suceda, sendo prejudicial à melhor harmonia familiar e que, inclusivamente, é também prejudicial à função docente que compete aos professores.
Há já alguns destes que dizem que o melhor será passarem a levar para a escola a cama e outros objectos de que se dispõe nos lares.
Talvez por isso as reformas no Ensino estão a avolumar-se cada vez mais!
É que o descontentamento, no meio dos docentes, é enorme e é também de tal forma exigente o que se pretende deles e alguns não aguentam e preferem sair...
Ainda há pouco ouvimos um médico psiquiatra dizer que no seu consultório está a aumentar exponencialmente o número de professores!
Será que é isso que agrada ao Ministério da Educação, correndo-se o risco de ficar sem os melhores docentes!?

 

Quem acredita em Mugabe?!

O ditador do Zumbabwe nomeou ontem para as pastas da Defesa, dos Negócios Estrangeiros, do Interior e Administração Local, membros do seu Partido.
E fê-lo sozinho e violando o acordo que assunara, há já um mês, com o líder da oposição Tsvangirau.
Nunca nos enganámos, sempre dissemos que tal acordo não era para cumprir por Mugabe e parece que temos razão.
Um ditador mesmo que não tenha outra solução, não abdica dos seus poderes únicos, a não ser que desapareça da cena política.
Nunca vimos um ditador fazer acordos com os seus opositores para partilhar o poder!
Perante a decisão de Mugabe em unir lateralmente nomear Ministros para as pastas reclamadas pela oposição, é, claro, que o entendimento inicialmente havido ficará gorado!
O que Mugabe tem querido é deixar passar tempo sobre o resultado das eleições em que a oposição saiu vencedora.
E esse tempo cada vez mais vai aguentando o ditador no poder!
O que é que ele ia fazer se abandonasse o lugar que lhe garantiu uma enorme fortuna e muitas mordomias?!
O poder dementa os homens, já dizia um filósofo, e Mugabe, não só pela sua idade provecta, mas pela sua ambição desmedida, deve estar dementado!

sexta-feira, outubro 10, 2008

 

Para ler e meditar

“ Perante a grave crise do capitalismo financeiro, os apóstolos do “ mercado livre” e da cruzada contra o Estado deveriam “ meter a viola no saco” e ir pregar a outra freguesia”
(Prof. Doutor Vital Moreira, no Diário Económico)

 

A lei sobre o casamento de homossexuais não passou!

Como já era de esperar, pelo que os Partidos já tinham assumido, a proposta de lei do BE e dos “ Verdes” sobre o casamento de homossexuais foi, hoje, chumbada no Parlamento.
Houve três deputados do PS que violaram a disciplina de voto que lhes fora imposta, votando favoravelmente as pretensões dos Partidos proponentes.
O PSD foi mais prudente ao conceder aos seus deputados a liberdade de voto, mas o PS, contrariamente ao que chegou a declarar através de alguns dos seus responsáveis, veio a exigir a disciplina de voto no sentido de os seus deputados votarem contra a permissão do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Manuel Alegre, acompanhado de mais duas deputadas socialistas, quis ser, votando como votou, coerente com o que já manifestara publicamente.
Estamos em crer que a reprovação parlamentar da lei em causa é a correcta.
E ainda ontem, num seu artigo publicado no “ Público”, o distinto constitucionalista Prof. Doutor Jorge Miranda aduziu argumentos válidos sobre a inconstitucionalidade daquela lei se viesse a ser aprovada no Parlamento.
Claro que vai haver, agora, mais um motivo para a polémica na sociedade portuguesa, embora se considere que, na realidade, o casamento entre homossexuais não seja prioritária entre as muitas e graves questões que presentemente existem.

 

As nacionalizações de Bancos continuam

A Islândia não esteve com meias medidas e para combater a sua grave crise financeira, que está a levar o país à ruptura, já nacionalizou toda a Banca!
Noutros países, a intervenção do Estado tem-se feito através da compra de acções e também de nacionalizações parciais…
É que, efectivamente, os estados, que estão a braços com a crise, têm de agir com cautelas, de forma a que o investimento de capital que façam não venham a reflectir-se na bolsa dos contribuintes!
Por cá, por enquanto, os nossos Bancos têm-se aguentado, embora seja de destacar a compreensão e mesmo colaboração dos seus depositantes, que não têm feito corrida às instituições bancárias.
E têm sido notáveis as posições assumidas pelos responsáveis políticos e pelos administradores dos Bancos que têm insistido em que deve haver confiança na Banca, dizendo que não há razão para alarmes!
Esperemos que tudo se resolva, na verdade, sem prejuízos para as poupanças que se têm nos Bancos.

 

A moralização da vida política

Fala-se, por vezes, muito na necessidade de moralizar a vida política, reconhecendo-se que ela deve ser como que um barómetro da ética, um exemplo constante de seriedade e de dedicação há Causa Pública.
Mas fala-se em certas épocas, quase sempre nas campanhas eleitorais, sendo certo, porém, que depois as boas palavras e intenções vão desaparecendo e tudo volta ao mesmo!
Para alguns, a política serve apenas para ganhar dinheiro e influências que podem trazer proveitos materiais e posições cimeiras e rendosas…
Só de vez em quando “ estoira” um escândalo: negócios escuros, favoritismos, pontapés no que é regular e legal, etc!
Ora, mais do que uma grande preparação política é necessária a observância estrita do civismo e o maior aprofundamento das qualidades morais.
E aos Partidos (já o dissemos tantas vezes) compete serem escolas de civismo e onde importa promover a formação global dos que, um dia, podem ser chamados a lugares de comando na vida política, seja a que nível for.
Mas pouca, mesmo muito pouca preocupação tem havido nesse sentido, e, então, princípios e valores, como os da solidariedade, da honestidade, verticalidade, coerência, tolerância, são esquecidos com frequência.
No entanto, só isso poderá conduzir a um melhor serviço há Comunidade e esse é, na verdade, aquele que principalmente compete aos políticos.
Há, pois, que diligenciar com persistência para que à crise económico-financeira que está a afectar o nosso país, não continue a avolumar-se a crise quanto à ética na vida política.

quinta-feira, outubro 09, 2008

 

Para ler e meditar

“Igualdade é tratamento igual de realidades iguais e tratamento desigual de realidades desiguais. Por isso diferenciar não é discriminar, não diferenciar é que é(ou pode ser discriminar).
Não admitir o casamento de dois homens ou duas mulheres não viola o princípio da desigualdade.
O que o infringiria, sim admiti-lo por colocar em paridade realidades inconfundíveis”.
(Prof. Doutor Jorge Miranda em artigo no “Público de hoje)

 

Santana Lopes concorre à Câmara de Lisboa

Pelo que tem sido noticiado, o Dr. Santana Lopes aceitou já o convite líder do seu Partido, para ser o candidato à Câmara da Capital.
Afinal, poderá concluir-se que as más relações entre aqueles dois políticos cederam perante a necessidade de o PSD ter em Lisboa, um candidato populista e “treinado” em campanhas eleitorais.
Deve reconhecer-se que Santana Lopes é corajoso e não é preconceituoso.
Vai a todas, desde que lhe despertem o “bichinho” da política!
Secretário de Estado, deputado, presidente de câmaras, líder do PSD, e Primeiro Ministro, tudo isso já foi e se tem razão para ter algumas más recordações, vai de novo avançar, para a ribalta política de que tanto gosta!
E, pelo menos, a Figueira não o terá de novo à frente dos seus destinos, como alguns amigos seus desejavam e tentaram convencê-lo.

 

Quem disse que não há dinheiro?!

Os construtores civis estão a ser também vítimas da crise generalizada e não vendem andares ou casas que colocam no mercado do comércio habitacional.
E alguns já se suicidaram, incapazes como estavam de satisfazer os seus compromissos...
Por outro lado, os que não “aguentam” os encargos bancários com a aquisição de imóveis, vêem-se forçados a vendê-los mas não aparecem compradores.
Os Bancos que têm hipotecas sobre apartamentos ou casas, fazem até leilões desses bens e por preços de “saldo”, pretendendo receber ao menos alguma parte do crédito concedido!
É a falta de dinheiro e também a redução substancial, senão mesmo a negação, do crédito bancário que vão explicando essa preocupante situação. Porém há ainda neste país quem não sente dificuldade em adquirir, e a pronto, moradias de luxo que chegam a custar até 3 milhões de euros!...
E casas dessa categoria vendem-se bem, segundo dizem as empresas imobiliárias.
E é, então, caso para reflectir: como é possível que nos tempos de hoje, haja quem possa dispor de 600 mil contos (na moeda antiga) para comprar uma moradia.??
Que dizer, que alguns portugueses (não muitos claro), fizeram avultadas fortunas e pergunta-se porquê e como?
Houve, decerto condições que lhes foram proporcionadas para amontoar essas fortunas...
E quantas vezes, essas condições não obedeceram a critérios de seriedade, antes resultarem até de ilícitos e irregularidades!
Os gestores das grandes empresas, quando saem, embolsam enormes indemnizações, de milhões, além de pensões vitalícias de muitos milhares mensais.
Enquanto os salários vão perdendo o seu poder de compra enquanto as pensões da maioria dos portugueses são muito baixas, houve (e há ainda) quem arrecade ordenados e muitas mordomias de elevado montante,
A riqueza tem sido, na verdade, mal distribuída, agravando-se as desigualdades sociais.
Ainda há pouco ouvimos na televisão a notícia de que os administradores de um dos maiores Bancos Norte-Americanos, que teve que receber uma intervenção do Estado para não falir, gozaram férias pagas pelo Banco, que custaram 440 mil Dólares!...
Será que perante o que, presentemente, se passa no Mundo ainda haja quem defenda um capitalismo mais ou menos selvagem!?

 

Assim, sim, senhor Primeiro-Ministro!

Foi, francamente positiva a intervenção de ontem de José Sócrates no Parlamento.
Apresentou medidas válidas para suavizar os efeitos da crise sobretudo nas famílias e nas pequenas e médias empresas. E, mais uma vez, afirmou que o Estado, em possíveis casos de dificuldades de alguns Bancos, não hesitará em intervir adequadamente de forma a que os que têm neles as suas poupanças não venham a ser prejudicados.
Baixa do imposto do IRC, linha de crédito com juros bonificados para acudir às empresas, décima terceira prestação a pagar a todas as famílias com direito ao abono de família, foram, sem dúvida, medidas muito positivas, embora a oposição tentasse logo desvalorizá-las.
E, em relação á redução do IRC, quer o PSD, quer o CDS quiseram lembrar que, há já tempo, tinham proposto isso mesmo.
Pouco importa, o que releva é que, neste período tão difícil sobre o ponto de vista económico-financeiro, o Governo quis e conseguiu encontrar os meios para sustentar os encargos com esse benefício fiscal.
De aplaudir a tomada de posição, ontem assumida pelo Primeiro-Ministro, que reconheceu “nesta crise financeira há uma ideologia derrotada; e quem sai derrotado são os apóstolos do Estado mínimo e do mercado desregulado; quem sai derrotado são aqueles que, anos a fio, enalteceram as virtudes imbatíveis de um mercado entregue a si próprio; quem sai derrotado são aqueles que sempre professaram a sua fé na mão invisível do mercado para agora, à falta de outra, reclamarem a intervenção da mão bem visível do Estado”.
A crise teve, pelo menos, o mérito de levar alguns a reflectir sobre questões essencialmente ideológicas que andavam já esquecidas há muito!
Que essa reflexão perdure.

terça-feira, outubro 07, 2008

 

Diz-se que:

- A Escola Doutor Joaquim de Carvalho vai sofrer grandes alterações, com obras profundas que poderão custar até 6 milhões de euros.
Será, pois, um estabelecimento escolar da nossa cidade que, apesar de já ter boas condições de funcionamento, ficará muito valorizado.
- No PSD local há presentemente duas fortes correntes de opinião quanto ao candidato à Câmara: uns querem Daniel Santos e outros batem-se por Lídio Lopes.
- Ainda há naquele partido alguns que continuam a apostar na recandidatura de Duarte Silva, sendo certo que a direcção nacional do PSD já revelou não se opor à candidatura de autarcas que sejam arguidos em processos judiciais.
- No PS figueirense, o silêncio mantém-se, embora, agora, se vá falando em surdina em Luís Marinho, jurista e ex-deputado europeu.
- Afinal, ao contrário do que alguns chegaram a pensar, os blocos que ocupam parte da Avenida do Brasil não são para começar as obras tão necessárias no Forte de Santa Catarina, mas, sim, para facilitarem as obras no molhe norte do porto!
- A lista de candidatos do PS para a Junta de Frequesia de Tavarede está já concluída e dela fazem parte pessoas benquistas naquela freguesia, parecendo que Simões Baltazar vai regressar.
- A Câmara vai, em breve, mandar beneficiar muitas placas toponímicas, cujas inscrições quase não se lêem.

 

Acabou a RTC (Região de Turismo do Centro)

E a entidade que irá substituí-la ficará sedeada em Aveiro.
Coimbra e Figueira já reagiram a essa decisão, não aceitando a sua preterição.
É que, na verdade, a Figueira como estância de turismo mais antiga desta região e que, ainda hoje, atrai milhares de turistas, e Coimbra, notável centro histórico e cultural com inegável importância na região centro, não mereciam ser esquecidas quanto à localização da sede e funcionamento da nova entidade que receberá o nome de “ Turismo do Centro de Portugal”.
E o certo é que Coimbra e Figueira poderão vir a resolver não integrar essa entidade o que, de certo, prejudicaria a promoção e o desenvolvimento do turismo na região que lhe ficará afecta e que congregará vários municípios e entidades.
O próprio presidente dessa nova entidade regional de turismo e que foi até há pouco presidente da extinta RTC parece já ter também discordado da decisão do governo ao fixar a sede em Aveiro.

 

E os pais é que pagam!

No site oficial do Ministério da Educação dizia-se que “ os alunos do 2º e 3º ciclos do Básico e Secundário integrados no Escalão A da acção social escolar beneficiarão, já a partir do próximo ano escolar (2008-09) de refeições gratuitas e do pagamento integral dos manuais de aquisição obrigatória.
Mas, afinal, foi erro, pois o alargamento da acção social escolar apenas prevê a participação máxima de 120 euros para a aquisição dos manuais, no caso do secundário!
E os pais contaram naturalmente com esse benefício, sendo certo que viram ser gorada essa expectativa.
E a tal comparticipação de 120 euros dá apenas para comprar 4 livros!
Quer dizer que os pais carenciados é que continuam a… pagar!
Como diz o povo: “ Era fruta a mais”!

 

As Bolsas ainda de negro…

E será, de certo, por muito tempo, tão grave é a situação financeira que afecta já as economias de vários países.
Portugal, claro, não escapa ao que se está a passar, causando grande e justificada preocupação ao Governo, aos Bancos, às empresas, e principalmente aos investidores e aos que têm as suas poupanças nas instituições bancárias.
Ontem, foi o dia mais negro na Bolsa de Lisboa, provocando enormes prejuízos em empresas do topo!
O Ministro das Finanças já veio dizer que as poupanças serão garantidas.
Mas à custa de quem?
Do Estado, dos próprios Bancos ou dos accionistas destes?
Nalguns países tem sido o Estado a dar essa garantia e até já foram nacionalizados total ou parcialmente alguns Bancos.
O que acontecerá em Portugal?!
Eis, para já, uma grande incógnita, mas, na verdade, se houver a intervenção do Estado, que dinheiro ficará para, por exemplo, as grandes obras públicas anunciadas pelo governo?!
A situação, que durante algum tempo não se encarou, entre nós, com realidade, é, efectivamente muito grave e a solução será muito difícil e até também demorada.

 

As dívidas do Estado

Os devedores ao Estado estão a ser, e bem, “ pressionados” a fazer os respectivos pagamentos.
E, para isso, o Estado serve-se dos meios mais expeditos e eficazes, inclusivamente dando publicidade à lista de devedores.
Mas e as dívidas do Estado a empresas e particulares?!
Não é verdade que há organismos oficiais que só pagam depois de prazos longos?!
E não é verdade que muitas têm sido as dificuldades sentidas pelos credores do Estado precisamente por não conseguirem receber atempadamente o que lhes é devido?!
Quantas empresas já viram a sua vida económico-financeira agravada por situações criadas pelo Estado?!
Está já a dizer-se que também deviam ser publicitadas as dívidas do Estado…
Ainda ontem se ouviu no programa televisivo “ Prós e Contras” alguns economistas manifestarem a sua preocupação especial quanto à situação das pequenas e médias empresas, às quais o Estado deve somas avultadas!
E disseram ser urgente que essas dívidas sejam pagas para se evitarem as falências, os despedimentos e os atrasos nos subsídios de férias.

segunda-feira, outubro 06, 2008

 

Encerrada a Universidade Internacional?

Por recente despacho do Ministro do ensino superior, aquela universidade e o seu pólo nesta cidade, foram mandados encerrar por inviabilidade económico-finaceira da empresa SIPEC a quem pertence a universidade. O encerramento decretado não é ainda definitivo, estando agora a correr a fase contraditória, em que pode haver defesa por parte daquela empresa.
Deve dizer-se, desde já, que sob o ponto de vista pedagógico o pólo da Figueira da Foz dispõe presentemente de um corpo docente de inegável mérito e de um Reitor com muita capacidade para promover um bom funcionamento daquela escola superior e para implementar da melhor maneira acções de formação de muito nível, como já tem acontecido.
Será pena, pois, que se porventura se vier a encerrar esse pólo universitário os jovens desta região tenham de sair da Figueira para continuarem os seus estudos.
Conseguirá a SIPEC contestar a alegada inviabilidade económico-financeira? Bom seria.
Mas uma coisa é certa: é de lamentar que o Ministro esperasse pelo início do ano escolar para se decidir pelo encerramento.

 

O discurso do Presidente da República

O discurso que o Presidente da República habitualmente profere na Praça do Município de Lisboa para comemorar a Revolução Republicana foi, ontem, sem dúvida o discurso da verdade e da coragem.
Fez, evidentemente, o elogio dos obreiros da 1ª República, que com o maior entusiasmo e amor à Causa Pública e à Pátria souberam realizar substanciais mudanças em vários sectores da vida nacional, fazendo respeitar princípios e valores democráticos em ordem a tornar a sociedade portuguesa mais igualitária e solidária.
Mas o Presidente da República aproveitou a ocasião e bem para se referir à situação difícil em que se encontra o nosso país.
E não hesitou em lembrar o aumento da pobreza, os muitos desempregados apesar dos novos postos dos trabalhos, os reformados com pensões muito baixas que não dão sequer para as mínimas despesas essenciais, os jovens que não encontram o seu primeiro emprego, os baixos salários, as famílias cada vez mais endividadas, etc.
Fez também um apelo muito sério a que os agentes políticos não encubram a realidade, antes devem falar a verdade, embora manifestem uma convicção sincera de que os portugueses serão capazes de vencer a actual crise e de dar a melhor solução aos problemas mais prementes que teimam em existir presentemente.
Efectivamente, não vale a pena distorcer a realidade, pintando-a com cor-de-rosa!
Cavaco silva, que tem andado a fazer roteiros por todo o país, sabe talvez agora melhor o que nele se passa e a situação muito precária em que vivem ainda muitos portugueses.
E esse conhecimento directo com o país real dá-lhe, decerto, ainda mais autoridade para falar como falou.

domingo, outubro 05, 2008

 

A justa homenagem a João Rocha

Decorreu com muita dignidade a homenagem póstuma prestada hoje a João Rocha.
Na esplanada Silva Guimarães, junto ao edifício onde, durante muitos anos funcionou o Turismo, estiveram presentes muitos figueirenses e não só que foram amigos e admiradores de João Rocha, homem bom, que muito amor dedicou sempre à Figueira.
Foi simplesmente excelente o discurso de Sansão Coelho, escrito e lido com primor e, sobretudo com sincera emoção.
Sansão Coelho falou sobre a pessoa e a obra de João Rocha com quem conviveu e com quem aprendeu, segundo disse, muitas coisas sobre rádio. E, a par de justas referências ao homenageado, Sansão Coelho fez um impressivo e fiel retrato do que era a Figueira do passado que teve o mérito de deixar saudade em tantos, tantos que a desfrutaram então!
O belo discurso de Sansão Coelho merece, sem dúvida, ser publicado, talvez num Caderno Municipal.
E também aqui fica a sugestão de enriquecer a toponímia da nossa cidade com a atribuição do nome de João Rocha a uma rua.
Ele foi, incontestavelmente, alguém que serviu bem a Figueira e fê-lo com muito amor e dedicação e, por vezes, até com sacrifício.
Para terminar: parabéns à comissão promotora da homenagem que fez lembrar João Rocha no 30º aniversário da sua morte.

 

Viva a República!

Em 5 de Outubro de 1910 (já lá vão 98 anos!) foi implantada em Portugal o regime republicano. Regime aliás muito desejado pela grande maioria do povo, que, há muito, vinha reconhecendo a má política dos governos monárquicos.
Tanto assim que a revolução republicana, embora proclamada em Lisboa, logo foi aceite com grande entusiasmo em todo o país.
A Monarquia estava, efectivamente, desacreditada até na cena política internacional.
Com os cofres do Estado praticamente vazios e sem prestígio, sem a preocupação de justiça social, com favoritismos e privilégios injustificados, o regime monárquico estava decadente.
E se antes do 5 de Outubro de 1910 os defensores da República tiveram que correr sérios riscos para organizar a revolução, o certo é que esta surgiu como uma necessária e urgente mudança.
Foi, então, notável a acção política desenvolvida em vários sectores da vida portuguesa por homens de grande envergadura intelectual e moral, íntegros e dedicados patriotas, que nunca deixaram de colocar acima dos seus interesses pessoais os da comunidade que serviam.
Uns entraram nos governos pobres e saíram ainda mais pobres, outros entraram em melhor posição financeira e saíram com menos do que tinham.
O exemplo desses homens quanto a honestidade, a civismo, a verticalidade, a coerência, a tolerância, a fidelidade aos princípios e valores republicanos e democráticos não podem seriamente contestado mas, sim, exaltados, ainda hoje, em que infelizmente nem todos os que andam na política têm postura idêntica à daqueles.
As mudanças operadas logo nos primeiros tempos da República foram muitas, quer na justiça quer na educação, na assistência social, na actividade laboral, na igualdade de direitos, etc.
E se nem tudo veio, alguns anos depois a correr bem foi porque houve sempre quem, tendo de deixar benesses e posições cimeiras fomentaram a discórdia, a desordem além da má situação económico-financeira herdada da monarquia e naturalmente agravada com as despesas da 1ª Guerra Mundial de 1914-18, em que Portugal teve de entrar para conseguir “ salvar” as colónias.
Porém, hoje e sempre há razão muito válida para prestarmos homenagem sincera e bem merecida a todos aqueles que, em quaisquer lugares que ocupassem souberam trabalhar com muito amor para a consolidação da República do nosso país, levando-o a entrar de cabeça levantada na comunidade internacional.
Viva a República!

quinta-feira, outubro 02, 2008

 

Para ler e meditar

“ Fornecer tecnologia sem cuidar da literacia que a permita utilizar é drasticamente pobre”
( Santana Castilho in artigo do Público de ontem)

 

Mourinho foi já assobiado!

É verdade: José Mourinho, que há já anos está entre os primeiros na galeria dos treinadores de futebol, foi ontem assobiado pelos adeptos do clube que agora orienta, o Inter de Milão.
E não perdeu o jogo, apenas nele houve um empate!
Mourinho, que deixou o futebol inglês onde brilhou como treinador do Chelsea, começou agora a sentir dificuldades com a sua equipa italiana.
E a verdade é que quanto mais se sobe, maior poderá ser o trambolhão!
Mourinho, que sempre tem revelado uma grande auto-estima e que tem sido elogiado demasiadamente, deve acautelar-se...

 

Homenagem a João Rocha

A Comissão Organizadora da Homenagem a João Rocha teve a gentileza de me convidar para participar na cerimónia que se realiza no próximo dia 5, pelas 12horas na Esplanada Silva Guimarães. Porque conheci bem o homenageado, considero justíssimo que seja lembrado e distinguido o seu nome, espero poder, naquele dia, associar-me a tal homenagem a um homem bom, possuidor das melhores qualidades morais, amador de rádio dedicado e muito competente, a quem a Figueira ficou a dever relevantes serviços, prestados, durante muitos anos, através da sua “ cabine de som”, instalada na sede do Turismo.
João Rocha, na verdade, viveu intensamente o seu muito amor à Figueira.

 

O PS e o casamento entre homossexuais

O grupo parlamentar do PS decidiu hoje que votará contra os projectos de lei do BE e dos Verdes, impondo a disciplina de voto.
Já o PSD se tinha pronunciado no mesmo sentido embora dando liberdade de voto aos seus parlamentares. Quer dizer que, talvez um pouco inesperadamente, o PS adoptou uma posição mais rígida quanto àqueles projectos-lei obrigando os deputados socialistas a votar contra.
Mas foi-se dizendo que o PS tomou essa posição por uma questão de oportunidade, o que não se percebe bem!
Enfim, ainda não é desta vez que os casamentos entre homossexuais serão permitidos.
Isto, claro, nada tem a ver sobre a liberdade de cada um seguir a orientação sexual que melhor entender.
Nem, quanto a nós, a proposta dos referidos partidos apoiantes do casamento entre pessoas do mesmo sexo representa qualquer discriminação que contrarie o princípio constitucional da igualdade (conforme artº 13º, nº1 da Lei Fundamental)

 

Fim do “ tsunami” financeiro?!

Com epicentro nos USA, formou-se um verdadeiro “ tsunami” financeiro que atingiu vários países. Sobretudo as instituições bancárias e outras ligadas a estas sofreram já consequências desastrosas, com falência, fusões, venda de património, avultadas injecções de capitais por parte dos respectivos Estados. Como se soube já, o Plano Plauson, para revitalização da economia norte-americana, foi reprovado pela Câmara dos Representantes. Mas, com algumas alterações, uma nova versão desse Plano foi ontem aprovada pelo Senado. Agora, tal Plano vai ser apreciado e votado na Câmara dos Representantes, sendo de esperar que, desta vez, ali “ passe”!
Nas alterações introduzidas na nova versão do Plano estão previstos mais benefícios para as pequenas e médias empresas para o cidadão comum, ao contrário do anterior documento em que só se consideravam as grandes empresas. Claro que pode vir a abrandar ou normalizar a situação nos USA e também na Europa deverá melhorar a crise que tem afectado vários países.
Se o segundo Plano de Plauson não fosse aprovado (e só amanhã se saberá) poderá rebentar uma “ bomba”, quase que atómica, nas economias de todo o mundo.
Os Ministros da Economia e das Finanças do governo português vieram, já há dias, tranquilizar dizendo que até agora Portugal tem resistido bem à crise.
Que assim seja sempre!

quarta-feira, outubro 01, 2008

 

Para ler e meditar

“ As tomadas de posição de alguns dos mais ardentes defensores portugueses do neo-liberalisno não devem ficar sem resposta”
( André Ferreira in artigo no Público de hoje)

 

Onde estão os campeões nacionais de futebol?!

O FCP, que ostenta orgulhosamente o título de campeão português de futebol, foi ontem goleado pelo Arsenal, em Londres.
Apenas perdeu por 4-0, quando, na verdade, poderiam ter sido mais!
Não se viu, nos jogadores portistas, nem técnica, nem garra, nem velocidade, nem táctica bem estudada...
Enquanto que a equipa do Arsenal exibiu, do princípio ao fim do jogo, um excelente futebol, uma preparação física invejável e muita, muita vontade de ganhar.
Francamente, o tão elogiado FCP foi uma muito pálida imagem do que costuma ser, e isto para tristeza dos portugueses, sejam eles ou não adeptos do FCP.
Jesualdo Ferreira disse, no final, que aprendeu muito com aquele jogo e que irá corrigir erros.
Que o faça, quanto antes, para que o FCP possa voltar a ser uma boa referência do futebol português.

 

Dia Mundial da Música e dos Idosos

O Dia de hoje foi consagrado à Música e aos Idosos.
A comemoração, em todo o mundo, da música tem o condão de nos trazer um enorme prazer espiritual e, sempre através dos anos, a música cativa as atenções, motivando a adesão cada vez maior de algo a que já alguém chamou “ a linguagem universal”, pois é capaz de ser entendida seja por quem for e seja onde for!
Os grandes compositores clássicos e outros mais atraídos pela música chamada ligeira são justamente lembrados e homenageados com a actuação de grandes ou pequenas orquestras, em espaços com maior dignidade e tradição ou em locais muitas vezes improvisados.
Quer dizer quer o Dia Mundial da Música é, na verdade, de molde a trazer-nos muita satisfação, reconhecendo o que ela tem provocado de bom em todos os países e povos.
Mas já o Dia dos Idosos deve, sim, despertar-nos, mais uma vez, para a situação grave e de muita injustiça em que vivem milhares de idosos.
Vítimas de violência física ou verbal, abandonados pelas famílias nos hospitais, sofrendo com uma negligência voluntária no seu tratamento, com carências de alimentos e de afectos, com vergonha da pobreza em que se encontram, sentindo com dor o enfado que lhes é mostrado pelas famílias, etc, tudo isso leva os idosos a uma tristeza profunda e até a desejar que “ o fim do seu prazo de validade” chegue depressa!
No nosso país, há ainda muitos milhares de idosos em situação desesperada e ainda agora veio a público que foram 24 mil os casos de maus-tratos sobre idosos entre 2000 e 2005!
Felizmente que tem crescido o número de instituições particulares de solidariedade social e algo de importante está a tentar fazer-se oficialmente no sentido de proporcionar aos idosos carenciados uma vida mais digna e justa.
E foram várias as Câmaras que, neste dia, promoveram reuniões e espectáculos dedicados aos idosos.
Mas isso é pouco, o idoso merece, sim, que se sinta apoiado durante todo o ano!...

 

As alterações climáticas

As estações do ano estão cada vez mais diluídas, sendo difícil distingui-las atendendo às alterações climáticas bem visíveis!
Temporais de graves consequências por toda a parte e em zonas, como o Algarve, em que não são normais, chuvas torrenciais, inundações, tufões, furacões, etc.
Além de que está já provado o excessivo aquecimento do globo terrestre, as profundas alterações climáticas, que dia-a-dia são notadas, devem-se principalmente a erros humanos!
Não se reduz a poluição atmosférica, não se evitam as emissões de fumos, não se preserva o ambiente.
E com isso não se defende o futuro da Humanidade, parecendo que mais interessa viver bem, comodamente, o presente.
Muitas têm sido as reuniões internacionais e delas têm saído algumas promessas por parte de países no sentido de serem adoptadas medidas que conservem a natureza, evitando todos os males resultantes da poluição.
Mas as promessas não têm sido cumpridas, mormente por aqueles países que, afinal, mais têm contribuído para a “ deterioração” do ambiente.
É o que acontece, por exemplo, com os USA!
E até quando teremos de suportar os desvarios dos que, principalmente por ganância, egoísmo e desmedida ambição, não se importam de contribuir para o possível extermínio dos seus parceiros no mundo.

 

Um chumbo-surpresa do Plano Paulson-Busch!

As lideranças dos Partidos Democrático e Republicano tinham chegado a acordo quanto à aprovação do Plano Paulson, elaborado sob a égide de Busch, que se destinava a “ salvar” a economia norte-americana.
Mas, na Câmara dos Representantes, esse Plano, que custava 700 mil milhões de dólares foi chumbado e, precisamente, pelos membros do Partido republicano!
O sr. Busch, que se emprenhara muito nesse Plano, viu-se assim derrotado e pelos próprios companheiros de Partido.
Enquanto os Democratas cumpriram o acordo havido, os Republicanos “ esqueceram-no”!...
E, para além de outras consequências que poderão ser graves, nesta altura da campanha eleitoral não agradou, decerto, aos norte-a,ericanos “ a falta de palavra” revelada naquela Câmara dos Representantes pelos membros do Partido do sr. Busch!
Foi mais um seu desaire, que poderá aproveitar ao candidato Democrata.

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