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domingo, outubro 05, 2008

 

Viva a República!

Em 5 de Outubro de 1910 (já lá vão 98 anos!) foi implantada em Portugal o regime republicano. Regime aliás muito desejado pela grande maioria do povo, que, há muito, vinha reconhecendo a má política dos governos monárquicos.
Tanto assim que a revolução republicana, embora proclamada em Lisboa, logo foi aceite com grande entusiasmo em todo o país.
A Monarquia estava, efectivamente, desacreditada até na cena política internacional.
Com os cofres do Estado praticamente vazios e sem prestígio, sem a preocupação de justiça social, com favoritismos e privilégios injustificados, o regime monárquico estava decadente.
E se antes do 5 de Outubro de 1910 os defensores da República tiveram que correr sérios riscos para organizar a revolução, o certo é que esta surgiu como uma necessária e urgente mudança.
Foi, então, notável a acção política desenvolvida em vários sectores da vida portuguesa por homens de grande envergadura intelectual e moral, íntegros e dedicados patriotas, que nunca deixaram de colocar acima dos seus interesses pessoais os da comunidade que serviam.
Uns entraram nos governos pobres e saíram ainda mais pobres, outros entraram em melhor posição financeira e saíram com menos do que tinham.
O exemplo desses homens quanto a honestidade, a civismo, a verticalidade, a coerência, a tolerância, a fidelidade aos princípios e valores republicanos e democráticos não podem seriamente contestado mas, sim, exaltados, ainda hoje, em que infelizmente nem todos os que andam na política têm postura idêntica à daqueles.
As mudanças operadas logo nos primeiros tempos da República foram muitas, quer na justiça quer na educação, na assistência social, na actividade laboral, na igualdade de direitos, etc.
E se nem tudo veio, alguns anos depois a correr bem foi porque houve sempre quem, tendo de deixar benesses e posições cimeiras fomentaram a discórdia, a desordem além da má situação económico-financeira herdada da monarquia e naturalmente agravada com as despesas da 1ª Guerra Mundial de 1914-18, em que Portugal teve de entrar para conseguir “ salvar” as colónias.
Porém, hoje e sempre há razão muito válida para prestarmos homenagem sincera e bem merecida a todos aqueles que, em quaisquer lugares que ocupassem souberam trabalhar com muito amor para a consolidação da República do nosso país, levando-o a entrar de cabeça levantada na comunidade internacional.
Viva a República!

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