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sábado, julho 31, 2010

 

Para ler e meditar

“ O que Passos Coelho está a fazer é colocar o PSD fora, se ainda estava dentro, da social-democracia. Ou seja: no campo do puro liberalismo ou neoliberalismo. De tal forma que para ser coerente e ajustar a semântica à realidade política, o partido devia voltar a chamar-se popular democrático ( PPD) como antes, num tempo em que o seu programa, aliás, muito mais social-democrata ou socialista que é hoje mesmo o do PS”
( José Carlos de Vasconcelos, in Visão)

 

Morreu António Feio

Faleceu este grande e popular actor, vítima de doença prolongada.
Para além do seu real mérito, sempre com muito sucesso, sobretudo no teatro de humor, António Feio era possuidor das melhores qualidades humanas.
E deu um público testemunho de aceitação e de bondade, apelando a que cada um procure viver bem e apreciar com gosto o dom especial da vida e, sobretudo, que não deixe nunca de ajudar os que mais precisam.
Mesmo já bastante doente, apareceu ainda várias vezes, inclusivamente na televisão, sempre com o seu sorriso bondoso e mostrando uma corajosa e boa disposição, como se acreditasse na vitória sobre a terrível doença de que sofria.
Com a sua morte, o teatro perdeu um valor muito meritório, deixando nos seus colegas de profissão e nos portugueses em geral uma profunda saudade.
António Feio era Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

 

E esta?

A Ministra da Educação anunciou querer acabar com os chumbos! E já houve quem considerasse tal reforma como sendo a melhor depois do 25 de Abril e quem assim falou, claro, foi o senhor Almeida, Presidente da Associação de Pais que tem estado sempre a apoiar as pretensões do governo…
Quer dizer que a Ministra pretende contribuir para o facilitismo contrário da exigência que deve haver para ser possível uma melhor qualificação dos estudantes.
Pelos vistos, interessará apenas os números estatísticos quanto ao insucesso escolar para “ se fazer figura” a nível internacional.
Mesmo que não vá por diante, como se espera, tão insólita reforma da Ministra Isabel Alçada ficou muito mal num anúncio que fez.

 

O caso Freeport

Ao fim de alguns anos de investigação, no respectivo processo sobre aquele caso, apenas foram acusados os arguidos Manuel Pedro e Charles Smith.
Quer dizer que Sócrates, sobre quem recaiu uma campanha no sentido de ser suspeito de corrupção no referido caso, foi, agora, ilibado, o que determinou logo uma sua declaração pública em que, como é natural, referiu que, afinal, tal campanha era maldosa e totalmente infundada.
Só foi pena que, dada a natureza do processo e estando nele envolvido o nome do Primeiro-Ministro de Portugal a investigação demorasse tanto tempo a fazer, deixando-se arrastar uma situação que, sem dúvida, trouxe a Sócrates grandes incómodos, aos quais, aliás, reagiu sempre manifestando firmemente estar a ser vítima de uma calúnia.
E pena é também que no despacho final dos Procuradores que tiveram a seu cargo a investigação se escrevesse que não houve tempo para inquirir o Primeiro-Ministro ao qual tinham 27 perguntas a fazer e que eram importantes para o esclarecimento completo dos factos.
É que o vice-Procurador Geral da República marcou, em Junho, a data de 25 de Julho corrente para que fosse ultimada a investigação.
Tantos anos para se concluir, pela falta de tempo, para se ouvir quem, decerto, gostaria até de ser ouvido para que não pudesse ficar qualquer dúvida quanto à sua não intervenção no caso Freeport.
Esse despacho dos Procuradores pode ser algo que não correu em ao próprio Primeiro-Ministro, pois a investigação não se finalizou como se devia…por falta de tempo.

segunda-feira, julho 26, 2010

 

Para ler e meditar

“ Se a União Europeia acabar por nos tirar – sem fundamento explícito - nos tratados as golden shares, a Assembleia da República não deve hesitar em estabelecer, por lei, os direitos de veto do governo nas empresas consideradas estratégicas. E se essa e outras medidas semelhantes também foram consideradas “ ilegais”, à luz do Direito Comunitário, então haverá que caminhar sem receios para a nacionalização de 50,01% do capital das empresas que não estamos dispostos a perder”
( Professor Freitas do Amaral in Visão)

 

“ Quando a dor é um convite”

Acabei de ler, de um fôlego, um livro da autoria do meu primo Jorge Biscaia.
É um livro muito bem escrito, em que transparecem a ternura e amor que ele sempre dedicou à sua saudosa mulher Maria Antonieta.
Mais do que isso: é um excelente e comovedor testemunho de fé do casal que durante mais de cinquenta anos viveu de forma constante e cada vez mais renovada cristianismo autêntico.
É ainda um livros, em que o autor relata vários episódios ocorridos no seio da sua família, ressaltando deles o muito amor vivido com naturalidade mas com grande intensidade por todos os membros da família.
Com o título “ Quando a dor é um convite” é todo ele um hino de fidelidade e louvor aos robustos alicerces capazes de sustentarem da melhor maneira a vida em casal.
É também, sobretudo, a justíssima homenagem póstuma a uma mulher que soube ser, com base na fé, uma heroína no sofrimento da doença que a vitimou.
Obrigada, Jorge, por me teres proporcionado com a leitura do teu livro momentos de grande espiritualidade.

 

O concurso “ Achas que sabes dançar?”

Terminou este concurso que revelou grandes talentos de jovens na dança. O vencedor foi o Marco que, ao longo do concurso mostrou ter as melhores qualidades de um excelente bailarino.
Mas, com ele, muitos outros concorrentes souberam evidenciar os seus reais méritos.
Com excepção do Marco, que foi premiado com uma bolsa com que custeará a frequência em Nova York de uma das melhores escolas de dança que futuro terão os outros também talentosos bailarinos?
Não há, infelizmente, no nosso país, grupos onde possam ser integrados, continuando ali a mostrar o seu amor à dança.
Não será possível formar-se com eles um grupo, com que levem a todo o país a sua arte?
É, na verdade, pena que fiquem inactivos quando têm tanto valor artístico.

domingo, julho 25, 2010

 

A Guiné equatorial não entrou na CPLP

O pedido desse país para ser aceite como membro de direito da CPLP foi rejeitado.
Pelo menos, por agora o petróleo que ali jorra abundantemente não conseguiu “ seduzir” e “comprar” os responsáveis dos países que já fazem parte daquela Organização.
Na verdade, seria escandaloso que a Guiné equatorial, cuja língua oficial é o espanhol ( só recentemente se decretou o português como terceiro idioma) e em que vigora há já décadas uma feroz ditadura se tornasse parceiro de outros países se língua portuguesa e onde existem regimes democráticos.
Desta vez, o “ ouro negro” não venceu.
Venceu, sim, o bom senso e o desejo de não alterar o espírito e os princípios quer basearam a CPLP.

sábado, julho 24, 2010

 

Tem-se falado demais de Salazar

Na verdade, ora em jornais, ora em revistas, e até na TV tem-se procurado pôr o ditador Salazar na ribalta. Numa época em que a política está a descredibilizar-se em que há críticas tão severas ao que se passa no nosso país, em que só os mais esclarecidos não atribuem exclusivamente à política a actual crise, mas em que lavra o desânimo e a desilusão, será por acaso que agora se está como que “ a ressuscitar” Salazar?
E mesmo alguns que escrevem sobre ele não deixam de o elogiar como político e que, sobretudo, soube preservar e aumentar os dinheiros públicos.
Esquecem, porém, de que meios censuráveis se serviu para tal: a exploração das colónias, a violação dos direitos civis e sociais fundamentais, a aposta na ignorância do povo para melhor lhe impor o seu despotismo, os atrasos provocados em vários sectores da vida nacional ( como a agricultura), os privilégios concedidos apenas aos que apoiavam o regime ditatorial, a perseguição, a prisão e a tortura a quem se lhe opunha, a não dignificação do trabalho e dos que o prestam, etc.
Será legítimo, correcto comparar o país da época da ditadura com o país democrático de hoje, apesar das dificuldades resultantes de uma crise?

 

Era só o que faltava

O PSD, de Passos Coelho, pretende apresentar no Parlamento uma proposta de revisão da Constituição. E nela as alterações desejadas são de molde a subverter princípios e valores próprios de um regime democrático, apagando, no essencial, o modelo doutrinário da nossa Lei Fundamental. Vital Moreira já chamou a esse propósito do PSD um aventureirismo constitucional e já alguns constitucionalistas, como Jorge Miranda, se pronunciaram no sentido de não dever ser aceite aquela proposta de revisão de que já se conhecem, pela imprensa, alguns dos preceitos constitucionais que se desejam ver alterados, inclusivamente, os que dizem respeito a direitos fundamentais.
Tal proposta não conseguirá, decerto, a aprovação pelos dois terços de deputados, como é de lei.
Mas essa proposta revela bem claramente o novo PSD de Passos Coelho, que “ manda às urtigas” o alicerce da ideologia social-democrata em que assentou aquele partido.
É, sim, altura de alterar profundamente os estatutos do PSD, tendo a coragem de assumir a vertente neoliberal que, agora, cada vez mais se vai consagrando em tal partido. E os verdadeiros sociais-democratas que por ali andam ainda como reagirão?
Quererão estar no partido que, a ir por diante o que pretende Passos Coelho, representa um retrocesso, aproximando-se em muitos aspectos do que se passava antes do 25v de Abril?
António Arnaut classificou a proposta de revisão constitucional do PSD como provocatória e insensata, tendo toda a razão.
Diremos até que ela é lamentavelmente inoportuna numa ocasião, como esta, em que o país se debate com uma grave crise económico-financeira, de que resultam problemas que esses sim deviam cativar as atenções dos políticos no sentido de ser encontrada a melhor solução.
Passos Coelho, como alguém já disse, deixou cair a máscara e será, efectivamente, num partido de extrema-direita que ele se sentirá bem.

quarta-feira, julho 21, 2010

 

Até quando?

As vozes dos mais categorizados economistas e de alguns políticos com responsabilidades têm dito e repetido com insistência que em Portugal existe a pior crise económico-financeira de todos os tempos.
Mas, a verdade é que, perante essa realidade, a guerrilha política continua, com constantes ataques e acusações recíprocas, não estando no horizonte um entendimento tão necessário para um eficaz combate à crise.
Quer dizer que, além da crise económica há também uma crise política pondo em causa a credibilidade dos seus agentes.
Daí que não se perceba que o próprio Presidente da República se tenha remetido a uma posição passiva, manifestando, sim, a sua opinião de que é aos partidos políticos que compete procurarem e chegarem a um acordo que permita reunirem esforços para ser possível uma solução para a crise.
Claro quer há quem diga que Cavaco Silva está já a não querer tomar posições que possam prejudicar a sua possível candidatura nas próximas eleições presidenciais.
Só que, mais importante do que isso é contribuir para a salvação do país de um futuro muito negro.
E o patriotismo, que tantas vezes o Presidente tem apregoado devia levá-lo a intervir na situação que se agrava dia a dia, usando dos meios necessários e urgentes para conseguir um governo constituído não só por representantes dos partidos mas também por personalidades com competência sobretudo em questões económicas, defendendo principalmente os interesses do país e com independência das suas áreas políticas.
Está mais do que visto que os partidos, por si sós, não se entendem, Mesmo quando parece que vai haver qualquer acordo, entre os dois principais partidos logo as divergências surgem.
Então se o governo não tem mostrado capacidade para sozinho tomar as melhores posições perante a crise, se “ as trapalhadas” são quase diárias, se já não há um rumo aceitável na acção governativa, se até já transpareceram desentendimentos mesmo no interior do governo, não será ao Presidente da República que compete intervir, não permitindo com a sua passividade que se degrade ainda mais o estado dom país, com possíveis consequências muito perniciosas que afectarão a grande maioria dos portugueses?
Até quando o Presidente continua a deixar que a real crise política se arraste, pondo até em causa ou, pelo menos, perturbe o funcionamento normal do regime democrático?

segunda-feira, julho 19, 2010

 

Para ler e meditar

“ Estamos achegar ao momento em que se torna evidente que o Estado Social não é compatível com a lógica de um capitalismo que aproveita a crise para se purificar e para criar sociedades de mercado”
( João Rodrigues in Jornal I de 12 de Julho)

 

Os financiamentos para a Cultura

Afinal, os protestos dos agentes culturais foram ouvidos e a Ministra já anunciou que, depois de negociações no governo, os financiamentos continuarão.
Resta saber se serão concretizados a tempo.

 

A Delphi vai encerrar

Esta empresa que chegou a ter cerca de 1000 empregados e que presentemente estavam reduzidos a 320, anunciou que vai encerrar até ao final deste ano.
E ainda há pouco tempo a administração de tal empresa afirmava que com os 320 trabalhadores seria possível mantê-la em actividade.
Agora, vai sair da Guarda, onde se situava, para se transferir para a Polónia.
E o desemprego não pára…

 

O Dia de Nelson Mandela

O grande líder do Movimento contra o Apartheid, que esteve preso durante mais de vinte anos, mas que conseguiu dar a Liberdade ao povo sul-africano fez, no dia 18, noventa e dois anos.
E recebeu de todo o mundo, das mais altas personalidades políticas justas e expressivas mensagens de muita simpatia e admiração.
A própria ONU consagrou essa data do nascimento de Mandela como o seu Dia, numa justíssima homenagem ao Homem, que sendo perseguido, preso e torturado, nunca abdicou da luta pela liberdade e democracia para o seu país.

 

Reflexão – sobre a verticalidade

Vão diminuindo os que não têm a coragem de se comportarem sempre com verticalidade. São realmente muitas as solicitações que os levam a pô-la de parte, dando, sim, preferência à satisfação, seja porque meio for, dos seus interesses pessoais.
A verticalidade exige, além de oportuna e firme coragem, a devida ponderação que conduza à melhor opção que importa tomar.
É que só vale a pena afirmar a verticalidade na defesa de ideais, causas e princípios depois de uma boa reflexão sobre o mérito desses valores.
A força dessa defesa vem da convicção séria que resulta de uma bem reflectida ponderação. Se assim não acontecer em vez de alguém poder ser considerado como vertical, será, antes, “ uma catavento” que se move consoante sopram os ventos, tomando posições diversas e por vezes mesmo antagónicas, dispondo-se a agradar a Deus e ao diabo, dizendo hoje uma coisa e amanhã outra conforme o que mais que lhe convém em determinadas ocasiões e situações.
A verticalidade é, sem dúvida, uma qualidade própria de um homem de honra.

domingo, julho 11, 2010

 

Para ler e meditar

“ É indispensável insuflar no PS alma, princípios éticos, ideologia e confiança”
(Mário Soares nas últimas Jornadas Parlamentares do PS)

 

A solidariedade tem limites

Quem pertence a um grupo de amigos, a um associação ou a um partido político deve-lhes solidariedade, pois essa ligação tem na sua base uma identidade de princípios, de pensamento, de valores, que levam a uma natural aproximação.
Porém, essa solidariedade tem limites, não pode verificar-se quando aqueles a que nos sentimos unidos prevaricam, tomando condutas que se afastem das regras ou ideais a que, voluntariamente, aderiram.
Se não fosse assim, haveria uma censurável cumplicidade nesses comportamentos impróprios, incorrectos, dando uma imagem indesejável dos princípios a que deviam ser fiéis.
Infelizmente, nalguns partidos políticos, tem-se verificado uma subserviência total aos seus líderes, não havendo a coragem de levantar a voz contra posições suas, quando delas se discorda.
Vai havendo uma incompreensível e lamentável obediência em relação “ a quem manda” mesmo quando é notório o erro como procedem.
Não é de estranhar essa subserviência se ela parte dos que precisa do partido para alcançar interesses próprios, mas já surpreenderá se tal subserviência vem daqueles que estão no partido somente por convicção sincera e séria e para contribuir para o bem colectivo.
Mas o certo é que quando alguns desses acabam por erguer a sua voz em defesa das matrizes partidárias “ caem-lhes em cima”.
São atitudes como essas que revelam um defeituoso conhecimento da riqueza de um regime democrático, contribuindo, sim, para o seu empobrecimento.

 

Cortes na Cultura

Centenas de agentes culturais, representativos do cinema, do teatro, da dança, das artes plásticas, da música, reuniram-se no Teatro Maria Matos para analisarem os cortes nos financiamentos oficiais naqueles sectores culturais.
E dessa reunião saiu um unânime e veemente protesto contra tão grave situação imposta pelo governo e que tornará quase impossível uma desejável e normal acção cultural no nosso país.
Esqueceu-se, infelizmente, que um povo inculto é um povo amorfo, sem vontade de evoluir intelectualmente e de atingir a qualificação tão necessária entre nós.
É pena que se queira “ degolar a cultura, que é a arca do tesouro de um povo”, como disse o actor Rui de Carvalho.

 

A igreja católica em Cuba

Foi devido à intervenção do Bispo de Cuba que o governo aceitou libertar, embora faseadamente, 52 presos políticos, o que encheu de alegria os seus familiares e revelou um talvez período novo de abertura no regime político vigente naquele país.
Porém, foram muitos os que esse regime fez desaparecer, para se afirmar mesmo através da repressão e da violência sobre aqueles que se opunham a um regime totalitário.
Esperemos que o governo cubano continue a dar mostras de uma evolução para melhor, ou seja, no sentido de uma autêntica democracia.

 

O namoro à direita!

O Secretário-Geral do PS tem já dito que o Partido nunca dará o seu apoio ao neo-liberalismo, mas, no entanto, foi já noticiado terem havido reuniões com responsáveis do PSD e do CDS/PP, numa tentativa de acordos.
Ora, com Passos Coelho no PSD afirmou-se a tendência liberal e o CDS/PP continua a ser, como aliás sempre, o Partido mais à direita, também adepto de políticas liberais.
Noticiou-se, agora, que Sócrates se tem encontrado com Paulo Portas, chegando até a “ seduzi-lo” para fazer parte do governo, com a pasta dos Negócios Estrangeiros.
Quer dizer que Sócrates está disposto a “ sobreviver”, mesmo que com a ajuda de quem não tem, ou não devia ter, uma aproximação ideológica. Sucede que as mais notáveis figuras do PS, nas últimas jornadas parlamentares, apelaram a que se recuperassem as matrizes essenciais do Partido.
Como será, então, aceite no interior do PS o caminho que Sócrates tem feito junto dos partidos à direita?
Não foi a abertura do PS a políticas de natureza liberal em certos sectores que contribuiu, em parte, para a situação grave em que se encontra o país?
Como será que os membros do partido que se mantiveram e mantêm fiéis à ideologia do socialismo democrático apreciarão esse “ piscar de olho” de Sócrates à direita?
Num futuro que, decerto será breve, saberemos.

 

Rancores políticos

Há quem, na política, não perdoe aos que, em qualquer ocasião, se lhe opuseram, tomando posições diferentes da sua, num combate aliás legítimo, e em que foi respeitada a civilidade.
E até os que apregoam com frequência a tolerância e a aceitação de pensamento diverso acabam, afinal, por mostrar um procedimento não adequado ao que tantas vezes afirmam publicamente.
Nem a amizade, que, durante muitos anos, houve por aqueles que se decidiram a ocupar, em certos momentos, “ barricadas” opostas evita um desagradável mal-estar.
E quando foram os que os levaram a perder então o rancor destes manifesta-se com lamentável azedume e mesmo inimizade.
Daí que aproveitem uma nova ocasião para apoiar, mesmo contra a posição do partido a que pertencem, os que podem servir-lhes para satisfazer esse rancor e pôr em prática uma vingançazinha.
Algumas vezes, essa maneira de ser e de proceder, parte até de quem menos se esperam!
Enfim, são esses pessoalismos lamentáveis que vão existindo na nossa vida política.

domingo, julho 04, 2010

 

Para ler e meditar

“Os partidos e a disciplina que impõe ganharam um peso de tal maneira atrofiante que conseguem o milagre de transformar deputados capazes em simples máquinas de votar”
(Paulo Norton, na revista Visão)

 

Justa homenagem à memória de Aguiar de Carvalho

Na última Assembleia Municipal, o Partido Socialista propôs e recolheu a aprovação por unanimidade e aclamação que à Praça da Europa se desse o nome de Alfredo Aguiar de Carvalho, que foi, durante alguns anos, um dinâmico, dedicado e competente Presidente da Câmara.
Essa praça, bem como as obras de beneficiação e remodelação da Avenida Saraiva de Carvalho e da zona ribeirinha ficaram a dever-se-lhe.
Mais foi aprovado que naquela praça fosse colocado um busto de Aguiar de Carvalho.
É, na verdade, de toda a justiça que se perpetue o nome de alguém a quem o concelho da Figueira tanto deve.
Quem quiser conhecer bem a obra, a todos os títulos valiosa daquele Presidente da Câmara, deve ler o livro que foi publicado no final do último mandato daquele saudoso autarca.

 

O negócio Telefónica-PT

O governo utilizou, na Assembleia-Geral da PT, a Golden Share, vetando, assim, o negócio de que tanto se tem falado.
E essa posição do Estado contrariou a maioria dos accionistas daquela empresa.
Só que o Tribunal Europeu, que tem de pronunciar-se sobre a legalidade dessa posição, vai decerto, no próximo dia 8, decidir retirar a validade ao veto do Estado.
É que, há já muito, que o advogado geral naquele Tribunal vem manifestando o seu parecer negativo quanto à utilização das Golden Shares.
E o certo é que, segundo se sabe, o referido Tribunal acata por norma o parecer daquela entidade, sendo ainda certo que as decisões desse Tribunal têm que ser cumpridas pelos Estados-Membros.

 

E assim se vai fazendo a história!

A ex-Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, cuja acção governativa tantas polémicas suscitaram, fez a apresentação de um livro da sua autoria em que procura justificar as medidas que tomou.
Reuniu à sua volta “ a fina flor” do PS e muitos actuais governantes que lhe testemunharam, com a sua presença naquele acto, a sua simpatia e solidariedade.
E os elogios “choveram” dos que falaram, mormente do Primeiro-Ministro.
Porém, este, com outra Ministra da Educação, teve já que aceitar várias alterações profundas àquelas medidas.
É isso que não se compreende: se tudo estava bem para quê, então, mudar o rumo anteriormente traçado por Maria de Lurdes Rodrigues?!
Francamente, há quem goste de conviver bem com o diabo e com Deus, como costuma dizer-se…

 

Um insólito apelo do Ministro das Finanças

Teixeira dos Santos fez há dias um apelo a todos os portugueses para reforçarem a poupança.
Mas quem está já em condições de fazer poupança se a grande maioria não dispõe sequer de meios para custear o que é essencial?
Claro que há ainda muitos que auferem bons rendimentos, só que esses preferem mandar para o estrangeiro, para os chamados “paraísos fiscais”, o que lhes sobra do que gastam nas suas vidas de luxo!
Será que o Ministro das Finanças não conhecerá com exactidão a actual realidade da maioria das famílias portuguesas?
Francamente, já é tempo que os responsáveis políticos no poder não tenham a noção do que se passa no nosso país, impondo ou pedindo ao povo o que não pode ser satisfeito!

 

O dia dos aumentos

Partir do passado dia 1, subiram os preços dos transportes públicos, do gasóleo e gás natural, da luz e água, das portagens, de muitos medicamentos, de alguns produtos alimentares essenciais, e também subiram o IVA e o IRS.
Foi, pois, um dia que marcará o agravamento da situação dos portugueses já tão difícil.
Ainda se estas medidas, a que chamam de austeridade, tivessem o resultado desejado!...
Mas, há categorizados economistas que de tal duvidam, discordando em relação a alguns desses aumentos, dos critérios usados.
Uma coisa é certa: os portugueses vão sentir, mais uma vez, nos bolsos, tais aumentos.
O dia 1 de Julho de 2010 será, pois, de má memória.

 

Reflexão

Há políticos que aproveitam todas as ocasiões para fazerem a sua própria propaganda e nisso não são modestos!
Em vez de falarem do que devem e os trouxe ao local onde estão, preferem fazer os seu auto-elogios.
E se alguns que os ouvem não se apercebem sequer que estão a ser “manobrados” ou “distraídos” do motivo da reunião em que se encontram, outros há, talvez mais esclarecidos e conhecedores de quem ali exibe a sua vaidade, voltam-lhe as costas ou tapam os ouvidos.
Há, na verdade, os que não têm a noção exacta do que é a conveniência e o que é oportuno ou não.
O que mais lhes interessa sempre é a exaltação do seu “ego”.
Enfim, políticos desses vão já despertando pouco interesse…

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