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domingo, julho 11, 2010

 

A solidariedade tem limites

Quem pertence a um grupo de amigos, a um associação ou a um partido político deve-lhes solidariedade, pois essa ligação tem na sua base uma identidade de princípios, de pensamento, de valores, que levam a uma natural aproximação.
Porém, essa solidariedade tem limites, não pode verificar-se quando aqueles a que nos sentimos unidos prevaricam, tomando condutas que se afastem das regras ou ideais a que, voluntariamente, aderiram.
Se não fosse assim, haveria uma censurável cumplicidade nesses comportamentos impróprios, incorrectos, dando uma imagem indesejável dos princípios a que deviam ser fiéis.
Infelizmente, nalguns partidos políticos, tem-se verificado uma subserviência total aos seus líderes, não havendo a coragem de levantar a voz contra posições suas, quando delas se discorda.
Vai havendo uma incompreensível e lamentável obediência em relação “ a quem manda” mesmo quando é notório o erro como procedem.
Não é de estranhar essa subserviência se ela parte dos que precisa do partido para alcançar interesses próprios, mas já surpreenderá se tal subserviência vem daqueles que estão no partido somente por convicção sincera e séria e para contribuir para o bem colectivo.
Mas o certo é que quando alguns desses acabam por erguer a sua voz em defesa das matrizes partidárias “ caem-lhes em cima”.
São atitudes como essas que revelam um defeituoso conhecimento da riqueza de um regime democrático, contribuindo, sim, para o seu empobrecimento.

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