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sábado, fevereiro 27, 2010

 

Nem tudo é mau!

A desastrosa situação que tanto sofrimento e danos trouxeram à Madeira, teve, ao menos, o condão de fazer enterrar o machado de guerra entre o imprevisível e maldizente Alberto João Jardim e o primeiro-ministro.
Foi o que o chefe do governo madeirense disse numa entrevista, nela afirmando até que punha para trás das costas as divergências graves que tem havido entre eles.
Será mesmo verdade ou é apenas uma conveniência momentânea, ainda que desejável?!
É que, na estimativa já feita para a recuperação dos danos causados na ilha, serão precisos 15 mil milhões de euros.
E grande parte dessa quantia terá que sair dos cofres do Estado.
Quer dizer que Jardim precisa mesmo de agora estar em boas relações com este governo!
Quem havia de pensar que seria necessário o desastre de enormes consequências danosas para Jardim fazer as pazes com Sócrates, do qual há anos tem dito o pior?!
Mas, para além deste inesperado facto, há que registar positivamente a grande onda de solidariedade que se está a constatar e que bem precisa é para a reconstrução da Madeira.
Solidariedade que se tem estendendo não só ao Continente como a várias partes do mundo e também a várias instituições oficiais.

 

Mais um terramoto…

Com o grau de 8.8 na escala de Ritcher, verificou-se ontem de madrugada um terramoto no Chile.
Fez mortos (pelo menos 78) e causou destruição de várias estruturas.
E estava anunciado um tsunami no Japão, que, felizmente, não aconteceu.
Mas continua a ser alertada a ocorrência de um tsunami que pode atingir dois continentes.
Este inverno tem sido, na verdade, muitíssimo rigoroso, a Natureza parece ter cortado relações com o mundo!
O que mais virá a provocar sofrimento nos povos?!

 

O aumento das taxas das esplanadas

A Associação de Hotelaria e Restauração do Centro já apresentou na Câmara uma exposição dos que exploram cafés e restaurantes com esplanadas abertas ou fechadas, pois tiveram recentemente conhecimento de que as respectivas taxas iriam aumentar 500%, o que, aliás, já foi desmentido pela vereadora Dr.ª Isabel Cardoso.
Mas indicou como possíveis aumentos entre 53% e 137%!
Mesmo assim, há que convir que a altura para tais aumentos foi mal escolhida, sabendo-se que o sector representado pela aquela Associação não anda bem de “saúde financeira”, dada a crise que também se faz sentir no Turismo e na bolsa de cada um dos portugueses.
Além disso, ainda há dois anos as taxas municipais respectivas sofreram aumentos de 100%!
O Presidente da Câmara ai receber os representantes da referida associação, esperando-se que o problema se resolva com o melhor bom senso, atendendo às circunstâncias actuais da crise.
É que, se não for assim, será decerto mais um sector onde terá que haver redução de despesas com pessoal.

 

Sócrates ouvido no Parlamento

Será o primeiro-ministro de Portugal a ser ouvido num inquérito parlamentar.
Foi o PSD que o requereu mas Sócrates diz que não receia essa audição.
Ainda não está definido o assunto ou assuntos que vão ser o objecto de tal inquérito e já se põe a dúvida de que o respectivo depoimento deverá ser por escrito ou pessoal!
Seja como for, será mais uma preocupação para Sócrates, embora se anteveja, desde já, que esse inquérito deverá ter o mesmo fim de outros!
Mas o PSD já ameaçou com uma moção de censura…

 

Quem esconde o quê?

São já muitos os casos que, quase diariamente, nos surpreendem.
Noticiam-se actos de corrupção, de ganhos ilícitos, de assaltos, de violências e mortes, de desrespeito pelas funções que se exerce, de tráfico de influências, de gabarolices sem justificação, de promessas que não se cumprem, etc, etc.
Mas o que vai acontecendo é que por mais processos que se instaurem para averiguar os factos, raramente esses processos chegam ao fim, depois de muito tempo e até gastos, depois de muitas audições que nada esclarecem.
Parece até que os visados ou investigados se encobrem uns aos outros, sejam quem forem, apostados em esconder a verdade.
Uns acusam o poder político de influências censuráveis, outros falam de inércia ou politização do poder judicial.
E a verdade, talvez por culpas repartidas, lá fica bem escondida, permanecendo, porém, a suspeição, o que tem criado no país um mau ambiente.
Nem as escutas, agora na moda, de nada valem, sendo frequentemente negado pelos que são escutados o que delas consta.
E mesmo os mais responsáveis entram no jogo do “esconde, esconde” e o certo é que o segredo de justiça ou o segredo profissional cada vez mais vão sendo usados para evitar relatar factos que poderiam esclarecer situações, pelo menos duvidosas.
Para que servirá constituir-se alguém como arguido, sujeitando-o desde logo ao segredo de justiça?!
E assim neste país “se vai andando”, como o título de uma peça de teatro agora em cena com êxito, segundo consta.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

 

Ler e Meditar

“É má fé julgar, como alguns fazem, que os grupos da comunicação social se dividem em bons e maus.”
(José Leite Pereira no “Jornal de Notícias”, de 3 do corrente)

 

Quaisqueres?!

Um deputado ao intervir na Comissão de Ética, onde decorre um inquérito parlamentar, disse e repetiu várias vezes “quaisqueres”!

Esta incorrecção partir de um deputado é censurável e nem uma deputada do seu grupo parlamentar que estava a seu lado o emendou, talvez porque talvez também seria capaz de dizer “quaisqueres”.

Enfim…

 

Sobre a Taça Salazar

Este troféu, de 20 quilos de prata trabalhada e com 1,50m de altura, durante muitos anos, foi disputado por várias equipas estrangeiras e nacionais, na modalidade do remo, nas Regatas Internacionais que levaram o nome da nossa cidade a um plano de relevo no meio desportivo europeu.

Essa importante prova, organizada em conjunto pelos clubes náuticos figueirenses atraía á Figueira, além dos melhores praticantes do remo, uma multidão de pessoas que, das margens do rio Mondego, assistiam com muito entusiasmo àquelas regatas.

Eram dias de intenso movimento de muita alegria na cidade, devendo frisar-se o bom acolhimento dispensado a todos pelos figueirenses, através de várias festas.

Se bem nos lembramos, foi em 1939 que se realizou a última disputa desse troféu entre equipas da Inglaterra, Alemanha, Holanda, Itália e Naval 1.º de Maio, esta como representante de Portugal.

E a Taça Salazar foi para os atletas de Inglaterra, que ganharam a prova por meia proa aos da Alemanha, o que provocou, depois em terra, algumas cenas de pugilato entre eles, isso porque já havia muita animosidade entre os dois países, sendo nesse mesmo dia que Hitler deu início á 2.ª Guerra Mundial.

O paradeiro dessa Taça, só muitos anos mais tarde veio a ser conhecido e foi um banco inglês que avisou as autoridades figueirenses que aquele troféu se encontrava, há muito, guardado no seu cofre-forte.

Após algumas diligências, a Taça veio para a Figueira mas não mais se disputou.

Agora, o ex-presidente da Câmara José Manuel Leite, que tinha mandado retirar daquela Taça a efígie de Salazar após o 25 de Abril, devolveu-a á Câmara e a Taça está presentemente completa no Museu Municipal, isto é, no lugar próprio.

De referir que o valioso troféu foi custeado por 68 municípios e é, na verdade, uma bela obra de arte, em estilo manuelino.

 

A Portugal Telecom (PT)

Segundo se pode ler na última “Visão”, são 25 os administradores do grupo daquela empresa.

8 administradores executivos e 17 não executivos.

E os executivos em 2008 ganharam € 2.880.269,00 a que acresceram € 3.369.953,00 em prémios.

Os não executivos receberam € 1.323.867,00, o que quer dizer que cada um arrecadou € 73.500,00 anuais.

São coisas destas que não se percebe e aceita que existam ainda num país em grave crise como o nosso!

E como este caso, muitos outros há em que o Estado tem interesses sociais.

Assim, na verdade, não se acerta com o caminho adequado para a recuperação económico-financeira…

O 25 de Abril para alguns (mesmo muitos) foi um maná!

 

As novas oportunidades!

Quem de boa fé pode pensar e afirmar com sinceridade que o programa “novas oportunidades” tem tido o mérito de dar, efectivamente, qualificação àqueles que se dispõem a frequentar esse modelo de ensino.

É que, na verdade, verifica-se que no final desse programa, que dura apenas 40 dias, os que nele entram, saiem com o 12.ª ano “sem saber ler e escrever”, como se costuma dizer.

Não adquirem os conhecimentos necessários para poderem ser considerados como “qualificados”, não têm a preparação precisa para isso e poucos são os que acabam por ser bem aceites nas empresas ou noutros locais de trabalho, ficando, ao fim e ao cabo, na situação que já tinham.

Claro que ficarão, é certo, com mais alguns conhecimentos, mas quase sempre rudimentares, sem o valor que os imponha como convenientemente habilitados a desempenhar estas ou aquelas funções.

A verdade é que, salvo algumas excepções, tal programa não tem sido bem prestado, havendo facilitismo a mais!

Mas, nem tudo se tem perdido, porque, pelo menos os mais idosos, têm a possibilidade de se valorizarem, ganhando o que não conseguiram antes, quase sempre por falta de recursos.

Mas esses, normalmente, não podem entrar já no mercado do trabalho.

A vantagem do referido programa é tão somente para efeitos estatísticos, para se poder dizer que, em Portugal, há muitos com o 12.ª ano.

 

A candidatura do Dr. Fernando Nobre á Presidência da República!

Este médico, que tem tido, em várias regiões do mundo, uma distinta actuação profissional e, sobretudo sempre exercida com um alto espírito humanitário, decidiu, agora, anunciar a usa candidatura à Presidência da República.

Tive já a honra de conhecê-lo e até de fazer-lhe a apresentação de um seu livro e é grande a admiração que tenho por ele relativamente á sua dinâmica e dedicada acção em prol do sofrimento alheio.

É um homem que merece ser respeitado e deve-se reconhecer com gratidão o muito que já fez a favor de doentes e mais desfavorecidos, mas francamente não lhe conhecemos a preparação política que um Presidente da República deve ter para exercer tão alto cargo.

Que se saiba, nunca até agora Fernando Nobre teve uma vida política activa, preferindo dedicar-se com muita competência a causas de natureza social e de saúde pública!

E, se realmente ele é, como já tem mostrado, apoiante da esquerda, quem o fez correr contra o já candidato, Manuel Alegre, o qual é verdadeiramente capaz de mobilizar os militantes dos partidos daquela área?!

O capital político de Alegre é grande e o seu curriculum impõe-no como um candidato credível, que já tem prestado bons serviços ao País.

E isso acontecia já antes do 25 de Abril, em que combateu corajosamente a ditadura de Salazar.

Foi, efectivamente uma surpresa esta candidatura de Fernando Nobre, a qual é muito estranha, até porque poderá servir para dividir votos na área da esquerda.

Donde teria surgido a ideia?

Decerto, de alguns que querem criar a confusão e querem dificultar a eleição de Manuel Alegre.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

 

Para ler e meditar

“Em Portugal não funciona uma efectiva separação de poderes, mas sim um conflito público e notório entre poder político, poder judicial e o quarto poder”
(Carlos Marques de Almeida, no Diário Económico, de ontem)

 

Exposição de António Menano

Foi hoje inaugurada na Casa Museu Bissaya Barreto, em Coimbra, uma exposição de pintura do nosso conterrâneo e amigo António Augusto Menano à qual foi dado o nome de “Lugares”.
Será, decerto, mais um êxito deste artista plástico, a juntar a muitos outros que tem conseguido em várias localidades.
A iniciativa pertenceu à Fundação Bissaya Barreto.

 

Vítor Constâncio no Banco Central Europeu

O ainda governador do Banco de Portugal foi agora eleito vice-presidente do Banco Central Europeu.
É, sem dúvida, um lugar de destaque no meio financeiro internacional, sendo certo que a polémica que existiu acerca da sua actuação quanto ao controlo e supervisão dos bancos nacionais não teve influência negativa na eleição para aquele Banco!
Quem o substituirá no Banco de Portugal?
Os Partidos já estão a dizer que há que escolher um bom técnico, independente e isento.

 

O respeito institucional

Quer se goste ou não pessoalmente de quem exerce um cargo público, há sempre que respeitá-lo institucionalmente, isto é, em qualquer acto ou cerimónia não deve ignorar-se e prestar-lhe, sim, a honra que o seu cargo exige.
Há, porém, os que ou por desconhecimento das regras do protocolo ou propositadamente não dignificam devidamente aqueles que estão incumbidos de funções oficiais.
O respeito institucional impõe-se e é o que vem faltando a todos os níveis.
Ainda há pouco tempo, viemos a saber que um Presidente da Câmara de uma cidade por sinal não longe da nossa, sendo convidado para estar presente em determinada cerimónia numa associação foi, afinal, “esquecido”, o que o levou a abandonar a sala, por se sentir institucionalmente desrespeitado, o que fez saber aos dirigentes daquela associação.
E fez muito bem.

 

Carnaval, Carnaval…

Se bem me lembro, nunca houve na televisão um número tão grande de imagens dos festejos carnavalescos de norte a sul do país!
Houve, sim, o propósito de distrair o “Zé Povo”, levando-o a esquecer os muito graves problemas que afectam grande parte das famílias portuguesas.
Claro que foram os mais novos, que ainda não se apercebem convenientemente desses problemas aqueles que mais participaram nos corsos carnavalescos ou alguns adultos, sobretudo os mais idosos, que já nada têm a exigir da vida!
E a televisão, além do futebol e dos acidentes ou catástrofes, logo aproveitou para mostrar o Carnaval, até porque as audiências é que as fazem sobreviver…
Os programas culturais, o teatro, o cinema sem ser o de violência ou sexo, isso não faz parte das preocupações dos senhores que determinam a programação nas estações televisivas.
Mas, francamente, pelo menos na que é do Estado devia haver essas preocupações.
O povo não precisa só de entretenimento mas de cultura e à televisão compete promovê-la.
Enfim, desta vez houve, quanto a nós, demasiadas imagens e reportagens carnavalescas.
Neste momento de tão grave crise, era preciso que dela se esquecessem, e aceitou-se e divulgou-se a hipocrisia e a falsidade que derivam do Carnaval.

 

Mais vale pouco… que nada?!

O Carnaval da Figueira mereceu desta vez a atenção da RTP1, através do seu programa “Portugal no Coração”.
E, infelizmente, além do incontrolável mau tempo, também o que foi mostrado e dito da Figueira foi de baixo nível.
O corso carnavalesco muito fraquinho, embora tivesse exigido muito sacrifício aos participantes por causa da incomodativa chuva e do frio.
E as entrevistas feitas no estúdio de Lisboa foram muito pouco significativas, não sendo de molde a evidenciar devidamente os atractivos da nossa terra.
Boa nota o espaço dedicado à gastronomia e também para os Reis, Rosa Amélia e João Baião, que tiveram uma actuação constante e apelativa animação que lhes exigiu, decerto, grande esforço físico.
Para terminar: dizer-se que este foi o melhor Carnaval figueirense de sempre… isso é que não!

domingo, fevereiro 14, 2010

 

Para ler e meditar

“ A censura prévia seja a que pretexto for, não passa disso mesmo: a censura. E não é admissível em democracia”
(Editorial do Público de ontem)

 

A liberdade de expressão em questão

Vão começar a ser ouvidas no parlamento personalidades para se pronunciarem sobre a avaliação do estado da liberdade de expressão. É que já são vários os casos em que se diz ter havido interferência e pressão do governo nos órgãos de comunicação social, cerceando a liberdade de expressão, que tanto custou a conquistar, a par de outros direitos fundamentais. Ao inquérito parlamentar serão chamados entre outros Mário Crespo, Manuela Moura Guedes, Felícia Cabrita, José Manuel Fernandes, Rui Pedro Soares. Deseja-se que deste inquérito resulte algo de esclarecedor, pois, efectivamente, o que se está a passar sobre tal questão não pode deixar de, pelo menos, confundir e preocupar o público.

 

Onde andam alguns?

Há os que continuam a falar dos problemas actuais como se estivessem noutro planeta. Para eles, está tudo bem e atrevem-se acusar abertamente aqueles a quem chamam pessimistas ou velhos do Restelo. Só que o seu optimismo, sempre exuberante é perigoso e esconde, a todo o momento a verdade relativa a situações preocupantes. E para esses nem sequer os elementos estatísticos de organismos internacionais categorizados e insuspeitos os convencem. Enfim, deve ser bom viver na lua.

 

O exemplo moral não interessa?

Se não ouvíssemos não acreditaríamos. Quando, no parlamento um deputado opinou no sentido de que num momento de crise e de sacrifícios que se exigem aos trabalhadores, quanto a salários, os políticos deviam dar o exemplo dispondo-se a reduzir as suas remunerações e até a prescindir do décimo terceiro mês, o chefe do governo respondeu que isso não iria resolver a crise e que exemplos de ordem moral pouco relevo teriam!
É certo que aquele responsável político logo disse – ficava-lhe bem – que, por ele não se importava de aceitar o que aquele deputado propunha. Mas, o que mais chocou foi o Primeiro-ministro desvalorizar o interesse moral do exemplo. Na verdade exigir-se a quem está numa escala social e profissional inferior sacrifícios económicos e os que melhor ganham não darem o exemplo é, verdadeiramente, criticável. Costuma dizer-se – e é exacto – que o exemplo tem de partir de cima…
E o exemplo, numa altura em que se pretende congelar os salários na função pública, em que aumenta cada vez mais o desemprego e a pobreza em que nas escolas há já crianças que pedem de comer, em que subiu o número dos sem-abrigo, em que as insolvências surgem quase diariamente, etc, não se aceita que haja ainda tantos que ganham mensalmente milhares de euros, que continuam a fazer uma vida larga e dispendiosa, que haja quem tenha condições económicas para comprar casas de luxo e carros do topo de gama. É a esses que se deve exigir a maior parte da acção no combate à crise. Às desigualdades sociais e à pobreza. É desses que deve partir o exemplo, pois os que estão a nível inferior não deixarão de o aceitar bem e de, com mais vontade colaborarem nos sacrifícios que lhes são exigidos.

 

Podem não matar logo, mas…

Tudo o que se tem dito e escrito sobre a intervenção do Primeiro-Ministro em vários casos, que têm pelo menos motivado uma intensa e constante polémica, pode não levar para já à sua “ morte política. Mas que, infelizmente, o fragilizam imenso, isso é verdade!
É como aquelas doenças que não matam com rapidez mas que debilitam, enfraquecem e por vezes de que maneira quem as tem! E o certo é que embora se tenha de admirar a resistência de Sócrates aos factos que vêm a público, ele tem “ fugido” a prestar os esclarecimentos de que os portugueses esperam e com razão.
Não lhe será, decerto, difícil repor a verdade, que julga ter, não sendo, pensamos nós aconselhável remeter-se ao silêncio depois de algumas contradições graves em que caiu no parlamento e em declarações feitas aqui ou ali, mas sempre com pressa e com pouco valor para convencer.
O Primeiro-Ministro de Portugal, que já anda nas bocas do mundo, contando-se dele o que dizem que se tem passado, precisa de tomar uma posição firme e esclarecedora.
E não deve mandar outros falar por ele, aqueles que constituem, como é sabido, o seu núcleo duro. O desgaste a que tem estado sujeito constantemente é de molde a ser rebatido sem a ajuda de ninguém, as acusações graves que porventura lhe vão fazendo, podem levá-lo a “ bater com a porta” e deixar o lugar. Seria bom que ele pudesse ainda evitar com a posição que vier a tomar a eleições antecipadas, mas o certo é que dentro do próprio PS consta que já se está a tratar da substituição de Sócrates.

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