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domingo, setembro 28, 2008

 

Para ler e meditar

“ É impossível a “ humanização” do capitalismo. A busca de soluções para a crise passa pela tentativa de impor o “ rosto humano” a um sistema que o ignora”
( Baptista Bastos un Jornal de Negócios de ontem)

 

Afinal, o leite chinês chegou a Portugal!

Dizia-se que não haveria no nosso país ou em qualquer outro da Europa leite ou produtos lácteos importados da China. Mas não é assim, pelo menos em Portugal e também já em Espanha têm sido retirados dos mercados esses produtos com justo receio de que estejam contaminados com a melamina. A ASAE, entre nós, tem feito um bom trabalho e está a “ passar a pente fino” os supermercados chineses, apreendendo todas as embalagens de leite vindas da China. Entretanto, neste país a gravidade da situação mantém-se, com muitos milhares de crianças internadas nos hospitais e algumas já morreram. Haja a esperança de que o leite envenenado não esteja já espalhado em todo o mundo!

 

As universidades em ruptura financeira?

O Conselho de Reitores das Universidades está receoso de que esses estabelecimentos de ensino superior não possam desempenhar as suas normais actividades, por carência de meios financeiros.
E embora esse problema já há muito tenha sido levado ao conhecimento do governo, o certo é que, até agora, não lhe foi dada a solução que se impõe. Parece até que, no próximo Orçamento do Estado, que em Outubro próximo vai ser apresentado no parlamento, não se atribuirão às Universidades as verbas necessárias. Será possível que havendo, como se tem visto, tanto dinheiro para certas iniciativas e ofertas, o ensino superior, que representa um importante pólo de qualificação, não obtenha do governo a devida atenção?!

 

A entrevista de Marques Mendes

Na RTP1, o ex-Presidente do PSD foi entrevistado na quinta-feira passada por Judite de Sousa. E Marques Mendes que, há um ano, tem estado afastado da vida política activa falou com muita serenidade, abordando vários temas e opinando sobre algumas das suas soluções para diversos problemas. No mesmo dia em que ocorreu essa entrevista, Marques Mendes lançou o seu livro “ Mudar de vida” em cujo acto estiveram presentes muitas personalidades de vários quadrantes políticos e sociais. Em tal livro, Marques Mendes enumera e trata das suas propostas para uma melhor governação, fazendo questão de afirmar que quem está na vida política tem que ter mais dignidade, mais ética, mais seriedade e coerência. E nem sequer mostrou animosidade para com aqueles que o trataram mal no seu Partido, pelo contrário não revelou qualquer ressentimento para com eles, reafirmando a sua fidelidade partidária.

 

Eanes e a ética

O ex-Presidente da República anunciou já renunciar a cerca de 260 mil contos a que teria direito como retroactivos referentes a remunerações, conforme decisão de quem de direito. A Ramalho Eanes foram negados tais retroactivos, com base em que não era permitido acumular a pensão de reforma de Chefe de Estado com outras pensões. O general teve, pois, vencimento na questão levantada, mas prescindiu de arrecadar tão elevado montante, satisfazendo-se apenas em que ficasse afirmado o seu direito, o qual, aliás, pode até vir a beneficiar no futuro outros que estejam nas suas condições. É de registar a atitude ética do ex-Presidente que, mais uma vez, revelou o seu apego a princípios e valores morais, não optimizando os seus interesses pessoais. Se todos os políticos deste país fossem assim, como tudo seria melhor, pelo menos a política ganharia dignidade e credibilidade. Mas diga-se: Ramalho Eanes também poderia optar por oferecer os 260 mil contos a instituições de solidariedade, talvez com melhor aproveitamento do que ficando nos cofres do Estado.

quinta-feira, setembro 25, 2008

 

Para ler e meditar

“ A onda dos Magalhães “ para todos já fez a ministra sonhar com chumbos zero no novo ano. Já na justiça não há sonhos, mas, sim, pesadelos. O que é preciso fazer, afinal, para se ser preso?”
( Nuno Pacheco in Editorial do Público)

 

Na china, mais de 50 mil crianças intoxicadas!

Depois da forma brilhante como a China realizou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que lhe deram, naturalmente, muito prestígio internacional está esse país agora a contas com o grave problema: a intoxicação de mais de 50 mil crianças com leite, a que foi adicionado um produto, a melamina venenoso!
São várias as crianças que já morreram e os hospitais estão ainda cheios de jovens pacientes.
Admira que tal tenha sucedido na China, em que tudo é comprovado ao pormenor e em que há a maior disciplina nas actividades que se exercem.
Mas, é assim: no melhor pano pode cair a nódoa!
Felizmente que o leite contaminado não foi exportado para a Europa. E uma coisa temos como certa: apurados os responsáveis pela grave situação que provocaram, serão eles punidos com muita severidade.
Por muito menos, se tem aplicado na China a pena de morte.

 

Santana Lopes sem imunidade parlamentar

A Comissão de Ética do parlamento decidiu, por unanimidade, retirar a imunidade a Santana Lopes que poderá ter que responder por um crime de abuso de poder, porventura praticado enquanto foi presidente da câmara de Lisboa.
Ele, o seu chefe de gabinete, o figueirense Miguel Almeida e a vereadora Helena Lopes de Castro estarão implicados em favorecimentos na atribuição de casas de habitação social.
O respectivo processo judicial vai agora prosseguir, concluindo-se ou não pela existência de prova suficiente para serem deduzidas as respectivas acusações.
Santana Lopes, porém, parece não estar muito incomodado com a situação, pois ainda ontem admitiu a jornalistas que está a ponderar se aceitará propor-se como candidato à Câmara de Lisboa se, claro, para tal for esse o desejo do PSD.
Já não manifestou, pois, que poderia estar interessado na Câmara da Figueira.

 

Cavaco Silva na ONU

O Presidente da República Portuguesa discursou na Assembleia-Geral das Nações Unidas e foi a primeira vez que o discurso em português teve tradução simultânea.
Para além de vincar a posição de Portugal em relação a alguns problemas que afectam o mundo, mormente a actual e grave crise económico-financeira, reivindicou que sejam adoptadas novas regras para a composição e o funcionamento do Conselho de Segurança, sugerindo que Portugal viesse a ter assento naquele órgão e também os países de língua oficial portuguesa.
De registar: os elogios que Cavaco Silva fez ao Engenheiro António Guterres e Dr. Jorge Sampaio que têm tido uma acção muito valiosa nas Nações Unidas quanto a problemas dos emigrantes e desalojados e no combate à tuberculose respectivamente.
Cavaco Silva fez justiça.

 

Está tudo bem?!

Neste país em que apesar dos problemas que, diariamente, dificultam a vida dos cidadãos parece haver receio por parte de alguns responsáveis políticos de falarem verdade, de enfrentarem a realidade.
E insistem dizendo que tudo está bem, que não há razão para pessimismos, que as situações más serão superadas, etc, etc.
Isso passa-se a todos os níveis, desde as altas esferas políticas até mesmo aos órgãos da administração local.
Por mais que se veja o comércio a fechar portas ou sem movimento de clientela, por mais que se constate que a indústria não progride, por mais que se verifique que alguns serviços municipais, como o da limpeza, não estejam a agir bem, por mais que se reconheça que os jovens têm que “ emigrar” à procura de trabalho, por mais que aumente a pobreza, há ainda quem se permita dizer que “tudo está bem”.
Mas, por exemplo, os que vêm à Figueira acham-na degradada, decadente, quanto a vários aspectos, sem vida, sem progresso económico e, mesmo na época estival (cada vez mais reduzida) a Figueira já não é o que foi, com excepção talvez da animação nocturna nas discotecas e pubs.
Não, não se pode dizer, infelizmente que “ A Figueira está bem e recomenda-se”!
Há, sim, que com imaginação e muito, muito trabalho, com amor a esta terra, com uma firme insistência do poder local para obter apoios, dar à Figueira dar “ uma roupagem” nova que a coloque no lugar que merece.

terça-feira, setembro 23, 2008

 

Para ler e meditar

“ Ao distribuir cheques de 500 euros o governo premeia o “ produto” em vez de incentivar a pessoa. Estimula uma competição onde as regras não são iguais à partida. Gratifica o número de “ resultados”, sem olhar para o percurso… em última análise, elogia quem parece cortar a meta em primeiro lugar sem olhar para os meios de que se serviu “ o vencedor” nem para as vicissitudes do percurso dos vencidos. E chamam a isto “educar”…”
(Daniel Sampaio, na última revista Pública)

 

E a Cultura continua no Casino

É de notável nível a programação cultural do Casino da Figueira, que agora se conheceu.
Aqui virão personalidades falar sobre vários e oportunos temas desde o Direito, a Música, a História, Política, Desporto.
As Tertúlias do Casino vão, pois, continuar a contribuírem para a valorização do panorama cultural da nossa cidade e da região.
De salientar: a realização de um Ciclo de Conferências no Palácio Sotto Mayor.
Felicitamos a administração da Sociedade Figueira-Praia pelo que se dispõe a dedicar especial e valiosa atenção à Cultura.
E já agora: porque não voltar ao programa “ Poesia no Palácio”, que há anos tanto interesse chegou a despertar, que trouxe à Figueira os mais conhecidos poetas nacionais e que revelou poetas figueirenses.

 

Mentiroso e sem vergonha!

Alberto João Jardim voltou a fazer das suas diatribes!
Mais uma vez foi longe demais insultando, é o termo próprio, o Primeiro-Ministro, chamando-lhe mentiroso e sem vergonha.
Na luta política e na crítica será, claro, permitida uma certa dureza, mas daí ao insulto pessoal vai uma grande distância…
E o “ reizinho” da Madeira julga-se com poder para tratar os adversários políticos com uma linguagem imprópria e muito censurável!
Mas o facto é que ninguém ainda o processou, embora já tenha havido muitos motivos para tal.
Sócrates estará disposto a, mais uma vez, deixar “ passar” a atitude insultuosa do senhor Jardim!?
Quem será o primeiro a dar-lhe uma “ lição”, através dos Tribunais?
E ainda ele fala em regeneração dos políticos e dos Partidos!
Quando começará ele a sua própria e já muito tardia regeneração!?

 

O maior elogio no Comício Nacional do PS

Com alguns milhares de pessoas, o PS fez a sua “ rentrée” no novo ano político com um Comício Nacional em Guimarães.
Foi muito o entusiasmo que ali se viveu, sobretudo com os discursos de Carlos César, chefe do governo dos Açores, e de Sócrates.
Este, que ultimamente está muito “rodado” nas suas intervenções públicas, quase diárias, foi muito contundente para com os Partidos à esquerda e à direita do PS.
E, como lhe competia, passou em breve revista a acção do governo, para se mostrar satisfeito com os resultados obtidos.
Sócrates não se mostrou abalado pela crise que existe e que não se sabe quando se retomará a normalidade.
Pelo contrário, o seu habitual optimismo veio ao de cima e procurou ser muito sincero e convincente quanto a um futuro melhor.
E as medidas que têm sido tomadas quanto ao sistema educativo foram, mais uma vez, elogiadas por Sócrates, que chegou a considerar a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues como o membro do governo com mais notável acção!
Enfim, a “ rentrée” do PS ficou assinalada com um Comício de muito optimismo e de valorização do que até agora tem sido feito pelo governo.
Se, segundo tem sido dito, nada se ganha com pessimismos, também o uso da “ cor-de-rosa” para pintar uma situação não deve ser exagerado!
Daí que se espere que venham a concretizar-se as intenções quanto à prosperidade e à melhor convivência social neste nosso país.
E muito há ainda a fazer nesse sentido.

 

A investigação nas Câmaras

São vários os municípios em que se está a proceder a investigações para apuramento de responsabilidades relativas a irregularidades ou actos ilícitos.
Agora surgiu na imprensa a notícia de que, no mandato do Dr. Santana Lopes como Presidente da Câmara de Lisboa, terá havido abuso ou favorecimento na atribuição de casas de habitação social.
E foram já constituídos arguidos no respectivo processo os actuais deputados Helena Lopes da Costa e Miguel Almeida, ela enquanto Vereadora e este como Chefe de Gabinete da Câmara presidida por Santana Lopes.
A esses dois deputados foi já levantada a imunidade parlamentar e dentro de dias o mesmo poderá suceder ao próprio Santana Lopes.
Helena Lopes da Costa já afirmou ter agido dentro da legalidade, mas foi dizendo também ter recebido “ cunhas” para a entrega de fogos municipais a várias pessoas, cunhas vindas de Belém, enquanto Jorge Sampaio foi Presidente, da Procuradoria-Geral da República, da mulher do Primeiro-ministro Durão Barroso, etc.
E Helena Lopes Cardoso e Miguel Almeida já manifestaram a convicção de que esta notícia surgiu numa tentativa de anular a possível escolha Santana Lopes para candidato à Câmara de Lisboa.
Quer-nos parecer que não é aceitável que as “cunhas” possam justificar o procedimento irregular que, porventura, tenha havido por parte dos referidos arguidos!
Venham as “cunhas” de onde vierem, não podem levar ao desrespeito da lei!
A defesa não pode, claro, ir por aí!...

domingo, setembro 21, 2008

 

Diz-se que:

-estará prevista a demissão, no final do ano, de todo o Conselho de Administração do Hospital da Figueira e não apenas a do seu Presidente. Este irá prestar serviço, segundo já consta num lugar de melhor nível.
- foi essa a razão que a Directora Clínica desse hospital invocou para justificar o reassumir de funções, depois de ter pedido a demissão.
- o nome mais falado ultimamente para candidato do PS à Câmara da Figueira é mo do Engenheiro António Gravato que ainda há poucos dias foi nomeado para um lugar importante no Ministério da Agricultura.
-ficará a dever-se ao Vereador Lídio Lopes a realização, nesta cidade, no próximo ano, do campeonato do mundo de Enduro, o que é, sem dúvida um evento desportivo importante e com bons reflexos no turismo e economia locais, pois serão muitos os adeptos dessa modalidade que virão à Figueira e na época baixa (Outubro).
- o edifício do tribunal desta cidade, que há muitos anos não tem quaisquer obras de conservação, aproveitando-se agora a boa disposição do Ministério da Justiça em realizar obras de recuperação nos tribunais necessitados, vai ser, decerto, objecto de atenção, pois é urgente que se façam naquele edifício obras de beneficiação. Esperemos que sim!

 

O casamento de homossexuais

Está a haver, no parlamento a discussão sobre a aceitação ou não dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
A proposta favorável à consagração na lei da permissão desses casamentos foi lançada pelo BE e “ os Verdes”. O PS que, a princípio, parecia querer alinhar com a tal proposta, veio já a revelar no seu grupo parlamentar vozes discordantes.
Razão porque houve um forte grupo de deputados socialistas que exigem, pelo menos, liberdade de voto.
Também, julgamos que assim deva ser pois a matéria em causa contende com a sensibilidade moral, com a maneira de ser e de pensar talvez da maioria dos portugueses.
E, francamente, que nada tem a ver com convicções de esquerda acolher como válidos casamentos entre homossexuais.
Porquê pensar-se assim?!
Há ainda na sociedade portuguesa princípios e valores que se devem respeitar, como aqueles que se referem ao casamento e à família que devem ser um sólido pilar para uma salutar convivência social.
Claro que se sabe que tem evoluído (nem sempre para melhor) a noção da estrutura familiar, do seu funcionamento e finalidades.
Mas isso não justifica que se avance (porque vai sendo moda) para uma situação como a que se quer consignar na lei quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Se alguns quiserem mostrar a sua diferença ou orientação sexual que o façam mas que não exijam para tal um casamento porque este é e será sempre muito superior a uma mera ligação entre dois homens ou duas mulheres.

 

O novo Código do Trabalho “ passou” no parlamento

Sabendo-se, como se sabia, donde viriam os votos, não foi de estranhar que aquele novo diploma laboral tivesse sido aprovado na generalidade.
De registar: as abstenções do PSD e do CDS, os votos contra do BE e do PCP e quatro votos contra de quatro deputados socialistas!
Mais uma vez, a maioria ditou o futuro de um diploma legal, nada mais nada menos que o tão discutido ao longo dos últimos meses novo Código do Trabalho.
Pode ser que na fase da especialidade, que vai seguir-se, surjam algumas alterações ao texto inicial dessa lei de muita importância para os trabalhadores.
Não se acredita, porém, que sejam profundas essas alterações de forma a modificar a filosofia e as intenções neo-liberais que o governo quis imprimir ao Código.
E daí poderão resultar situações de conflitos sociais de perturbadoras consequências.

 

Um segundo Fidel de Castro?

Quando ouço Hugo Chavez a fazer discursos demorados, inflamados e contundentes em relação aos de quem não gosta, lembro-me de Fidel de Castro nos seus bons tempos de político no activo.
Vê-se que o Presidente venezuelano sente prazer em principalmente atacar os USA, mas também outros países que, no seu entendimento, não se “ portam bem” para com a Venezuela.
Dispondo, como dispõe do bom trunfo petróleo, sucedem-se as ameaças quanto à recusa do fornecimento daquele produto aos que considera seus adversários.
Hugo Chacez, pelo que se tem visto está a exagerar nas posições “ de força” que toma e, embora se deva ainda acreditar na democracia venezuelana, é legítimo recear que ela venha a sofrer com os “extremismos” do Presidente.
É que, algumas vezes governar com autoridade pode vir a confundir-se facilmente…com outra coisa não desejável.
Hugo Chavez parece estar, agora, “ enamorado” de Portugal sendo já várias as conversações com responsáveis políticos portugueses e dispondo-se a fomentar as trocas comerciais entre os dois países.
E há que aproveitar, não é?!
Todas as ajudas são bem-vindas mesmo que partam de quem não gostamos muito…

quinta-feira, setembro 18, 2008

 

Para ler e meditar

“ A desorientação da social-democracia europeia deve-se à emergência de uma nova geração de líderes do centro-direita”.
( Teresa de Sousa in artigo no Público)

 

A regeneração dos Partidos

Alberto João Jardim disse, há dias, que os Partidos precisam de se regenerar.
E, vamos lá, desta vez talvez tenha acertado. Há, na verdade, que reapreciar os respectivos programas partidários, adaptando-os à realidade presente e propondo metas exequíveis embora, claro, não abandonando os ideais, princípios e valores que os caracterizam.
Mas, para além disso, há também que encontrar meios para a “regeneração” dos próprios militantes ou adeptos.
E aos partidos compete, com imaginação e persistência, promover acções de formação, chamando-os para a vida partidária não apenas nas proximidades de eleições!
É que, infelizmente, muitos têm aderido aos partidos não por ideologia ou convicção, mas, sim, por amizades ou por verem neles mais possibilidade de receberem favores ou de obterem promoção social.
Vem faltando em Portugal uma nova geração de políticos coerentes, honestos, dispostos com sinceridade a servirem a comunidade, cultos, de sólida formação ética, esclarecidos conhecedores dos problemas, capazes de defenderem posições com elevação intelectual e com civismo.
Regeneração dos partidos, tornando-os mais credíveis, sim.
Mas também regeneração das pessoas que neles estão, fazendo-os amar verdadeiramente a política sem a qual não pode haver uma sociedade organizada e próspera.
E, já agora, deixai-me dizer: o próprio Dr. Alberto João Jardim deve procurar “ regenerar-se”, assumindo uma postura política bem diferente da que tem tido até agora.

 

A Base Aérea de Monte Real

Em breve, serão feitos estudos económicos e de engenharia no sentido de se provar a viabilidade para a abertura daquela base militar à aviação civil.
Deve-se a um movimento de cidadãos da região centro a defesa insistente daquela pretensão que, a concretizar-se, muito viria a beneficiar o turismo e a economia desta região.
A comissão executiva do referido movimento está convencida de que a adaptação do aeroporto aos voos civis não seria até muito dispendiosa, não indo além de 10 milhões de euros com o melhoramento do piso das pistas e a construção de instalações para os passageiros.
Será que, desta vez, o governo aceitará o que se pretende fazer na base aérea de Monte Real?
Bom seria.

 

Mais fome no mundo

Segundo a FAO, organismo da ONU são já 925 milhões as pessoas que passam fome no mundo. Mais preocupante ainda é que, só em 2007, houve um aumento de mais 75 milhões a viverem em situação de extrema pobreza. Aonde se irá parar?! E, afinal, está há muito provado de que há alimentos suficientes para satisfazer as necessidades de toda a população mundial!
O que será preciso é que se faça um melhor aproveitamento da terra e das indústrias alimentares e uma melhor distribuição do que já existe.
E, para isso, tem que haver uma verdadeira revolução nas mentalidades de forma a que cada um se comporte essencialmente de acordo com o princípio da solidariedade, aprofundando o sentimento de fraternidade entre todos os homens, auxiliando os mais desfavorecidos quanto às suas necessidades primárias.

 

Mais um recado do Presidente

Na sessão comemorativa dos 175 anos do Supremo Tribunal de Justiça o Presidente da República fez um discurso de elogio aos titulares do poder judicial, manifestando a opinião de que é necessário prestigiá-los. E disse que é preciso ouvir “ aqueles que aplicam as leis e vivem a difícil realidade do quotidiano judiciário”
Já dias antes o Procurador-Geral da República tinha usado de palavras idênticas.
Cavaco Silva quis aproveitar a oportunidade para revelar o seu apreço pelos Magistrados e para apelar a que, nas reformas, haja antecipadamente o recurso ao conhecimento da experiência e da sabedoria de quem tem que administrar a justiça.
Mais: naquele seu discurso, o Presidente “ recusou a possibilidade dos juízes e procuradores serem atacados, devendo ter-se presente que os tribunais são um pilar essencial do Estado de Direito democrático e que qualquer ofensa à dignidade e ao prestígio do poder judicial constituiu uma ameaça grave para a democracia de qualidade a que aspiramos”.
E terminou apelando também aos agentes políticos para que tudo façam para garantir a dignidade do exercício da função judicial.
O Primeiro-Ministro e o Ministro da Justiça estiveram presentes na referida sessão. Foi um discurso oportuno, corajoso e necessário nos actuais tempos, em que vai havendo um “ braço de ferro” entre o governo e os magistrados.

 

Mais um recado do Presidente

Na sessão comemorativa dos 175 anos do Supremo Tribunal de Justiça o Presidente da República fez um discurso de elogio aos titulares do poder judicial, manifestando a opinião de que é necessário prestigiá-los. E disse que é preciso ouvir “ aqueles que aplicam as leis e vivem a difícil realidade do quotidiano judiciário”
Já dias antes o Procurador-Geral da República tinha usado de palavras idênticas.
Cavaco Silva quis aproveitar a oportunidade para revelar o seu apreço pelos Magistrados e para apelar a que, nas reformas, haja antecipadamente o recurso ao conhecimento da experiência e da sabedoria de quem tem que administrar a justiça.
Mais: naquele seu discurso, o Presidente “ recusou a possibilidade dos juízes e procuradores serem atacados, devendo ter-se presente que os tribunais são um pilar essencial do Estado de Direito democrático e que qualquer ofensa à dignidade e ao prestígio do poder judicial constituiu uma ameaça grave para a democracia de qualidade a que aspiramos”.
E terminou apelando também aos agentes políticos para que tudo façam para garantir a dignidade do exercício da função judicial.
O Primeiro-Ministro e o Ministro da Justiça estiveram presentes na referida sessão. Foi um discurso oportuno, corajoso e necessário nos actuais tempos, em que vai havendo um “ braço de ferro” entre o governo e os magistrados.

terça-feira, setembro 16, 2008

 

Para ler e meditar

“ A engenharia estatística feita para apresentar de forma artificial o sucesso do nosso sistema de ensino obrigou a baixar os níveis de exigência e é um erro que pagaremos muito caro no futuro”.
(José Manuel Fernandes in Editorial do Público)

 

Museu sem pessoal

Além da segunda-feira, habitual dia de descanso semanal, o Director do Museu do Chiado viu-se, agora, obrigado a encerrá-lo também às terças-feiras.
Porquê?
Porque aquele Museu está sem o devido pessoal: em vez de doze vigilantes recepcionistas, número que seria o ideal, aquele Museu conta apenas com quatro!
É que alguns dos contratados a prazo não viram renovados os seus contratos!
E para se poder garantir a segurança daquela instituição cultural, torna-se necessário, efectivamente, preencher o quadro de pessoal com os funcionários necessários.
Pelo que já aconteceu, também outros Museus (o de Arte Antiga e o Soares dos Reis) tiveram que enfrentar situações idênticas. Justificar-se-á uma contenção de despesas que prejudiquem o normal funcionamento de importantes pólos de cultura?
Há, sim, como alguém já disse recentemente áreas, como a da Justiça, a da Educação, a da Saúde e a da Cultura em que certas poupanças podem vir a produzir gastos maiores no futuro.
É, pois, necessário que se saibam adoptar os melhores critérios e se cumpram as melhores prioridades, o que, infelizmente nem sempre acontece.

 

A maior experiência de sempre

Um numeroso grupo de cientistas, entre os quais há portugueses, está a tentar recriar o “ Big Bang”, experiência considerada a maior e mais importante de sempre e que se realiza entre a Suiça e a França.
Se tal experiência tiver êxito, como é esperado, o princípio do mundo pode ficar explicado em termos científicos, acabando com especulações.
Só que há quem julgue que a experiência poderá ter o perigo de criar um enorme “ buraco negro”, com possíveis consequências desastrosas.
Haja esperança que esse perigo não venha a concretizar-se porque poderá determinar o desaparecimento do mundo e da Humanidade.

 

Será até quando?!

No Zimbabué chegou-se a acordo quanto a um governo de unidade nacional. Mugabé continuará como Presidente da República e o Chefe da oposição ocupará o lugar de Primeiro-Ministro.
Pelos sectores que ficarão à responsabilidade deste não há dúvida que foram reduzidos os poderes de Mugabé, faltando apenas decidir quem controlará os serviços secretos.
Houve, pois, uma partilha de poder, com vantagem incontestável para a oposição. Mas até quando aquele que governou ditatorialmente o Zimbabué aceitará o governo, agora organizado?
Será que Mugabé se acomodará a regras democráticas ou quererá mais cedo ou mais tarde ressurgir como ditador? Deseja-se, claro, que a solução encontrada se mantenha, mas divida-se principalmente da boa fé com que Mugabé assinou o acordo.
Se não nos enganamos, muito ainda se dirá sobre o Zimbabué.

 

A coragem nem sempre se mantém!

Há, por vezes, casos em que certas pessoas tomam, quando delas não se esperava posições corajosas, renunciando inclusivamente a lugares, interesses ou outros benefícios próprios!
E fazem-no, segundo dizem por uma questão de princípios, deixando-se até elogiar por quem apreciou essa sua posição...
Porém, infelizmente nem sempre há firmeza nessa coragem e, de repente, os que a revelaram recuam, mudando de conduta!
Por pressões, por promessas de melhores condições de vida e também até por influências políticas, etc.
E, então, se a atitude corajosa de alguém foi de admirar, mais é sempre de admirar e censurar quando se volta atrás...
É que, por vezes, “ o penacho” ou o dinheiro que certos lugares podem proporcionar acabam por seduzir.
E não há coerência, verticalidade, ética ou honestidade que consigam afirmar-se, vencer.

segunda-feira, setembro 15, 2008

 

Para ler e meditar

“ O Estado deve sobretudo preocupar-se em tornar melhores as condições de vida dos casais, antes de se centrar na legislação definidora da relação a dois: por exemplo, a lei sobre o divórcio deveria ser enquadrada num conjunto de medidas de protecção à criança e à família, com apoio à natalidade, aumento de oferta do pré-escolar, criação de uma rede eficaz de transportes escolares, apoio psico-social aos casais em crise, etc”.
( Daniel Sampaio in artigo na última revista Pública)

 

Homenagem a Camilo de Oliveira

Este comediante, que é uma grande referência na cena teatral portuguesa está a comemorar 60 anos de carreira.
A SIC transmitiu um espectáculo em que ele foi homenageado por muitos amigos e admiradores que encheram a plateia e também por outros, que não podendo estar presente, quiseram fazer os seus depoimentos através de mensagens filmadas. De todos Camilo de Oliveira recebeu provas de grande estima, de respeito pela forma muito profissional como sempre actuou. Não só como actor mas como cidadão solidário, amigo do seu amigo, humilde e bom companheiro para com os seus colegas, o homenageado viu exaltadas as suas muito meritórias qualidades humanas.
Camilo de Oliveira nasceu na Figueira da Foz, enquanto seus pais estavam a representar no Teatro Caras Direitas, em Buarcos.
Esperámos, mas em vão, que a Figueira tivesse presente naquela festa de homenagem através de uma mensagem de saudação.
E era justo.

 

As autarquias e o Ministério da Educação

O governo pretende transferir para as autarquias competências quanto à Educação, no que respeita, agora, também ao ensino secundário. A Comissão Nacional de Municípios já se pronunciou contra esse desígnio do governo, receando sobretudo que tal transferência não venha a ser acompanhada pelas necessárias verbas.
É que, estando quase todos os municípios em situação financeira difícil e até alguns em “ falência técnica” não poderão, evidentemente, suportar mais esses encargos, que não serão diminutos.
Alguns municípios já decidiram não assinar contratos com o Ministério da Educação e a verdade é que não são obrigados a fazê-lo.
A medida governamental baseia-se em que as autarquias, estando mais próximas das populações ser-lhes-á mais fácil resolver os problemas da Educação.
Só que, antes dessa decisão, havia que fazer um completo estudo global para se concluir pela possibilidade de haver ou não as condições precisas para implementar a pretensão governamental.
O Presidente da República, depois de ouvir as queixas de Presidentes das Câmaras em Trás-os-Montes quanto, entre outros, a esse assunto, limitou-se a apelar para a haver diálogo entre o Ministério da Educação e as autarquias.
Mas não devia esse diálogo ter sido já feito?

 

E ainda não começou a campanha eleitoral

Os membros do governo, principalmente o Primeiro-Ministro devem já andar “ estoirados” tantas são as deslocações e visitas que têm feito.
Estão presentes, quase diariamente, em cerimónias, inaugurações, sessões de entrega de prémios, colóquios, fóruns, etc, etc.
Têm estado em escolas, em fábricas, em hotéis e até casinos, em exposições.
É, sem dúvida, um trabalho extenuante mas ao mesmo tempo mais arejado fora dos gabinetes e mais proveitoso pela proximidade com as populações e os seus problemas.
Além disso, será já um bom treino para a campanha eleitoral que se aproxima.

 

Há ou não mal-estar?!

A Presidência da República e o governo têm procurado negar que esteja instalado entre eles pelo menos um certo mal-estar!
Quer dizer que se têm preocupado em desdramatizar o que chegou a público quanto à existência de um “ conflito” surgido depois de declarações prestadas a respeito do veto presidencial sobre o Estatuto Político e Administrativo dos Açores e sobre o atraso na aprovação do diploma relativo às forças policiais. Mas será que, efectivamente, entre o Presidente da República e o governo tudo continua como dantes? A tentativa de culpar o Presidente da República por aquele referido atraso parece ter sido já esclarecido, chegando-se à conclusão que, na verdade, essa culpa não existiu, antes pelo contrário ficou, sim, a dever-se ao governo.
E só é de estranhar que o Ministro da Administração Interna, embora não falando claramente mas insinuando tivesse cometido o erro de “ errar o alvo”!
Teria sido um seu Secretário de Estado a não ser diligente em elaborar e promover a aprovação do diploma das forças policiais.
Como era natural Cavaco Silva não deixou passar o “ remoque” do Ministro e reagiu com firmeza.
E também quanto ao Estatuto dos Açores ainda que o PS tivesse já dado a conhecer que irá corrigir os preceitos que sofrem de inconstitucionalidade, não mexerá em mais nenhuns outros preceitos desse estatuto.
Claro que logo Cavaco Silva manifestou em público não deixar de vetar o diploma se concluir que nele pode haver normas que restrinjam os poderes presidenciais.
Por tudo isto, quer dizer que, na verdade, o bom relacionamento entre o Presidente e o governo pode sofrer alteração, levando a um “ braço de ferro” entre os dois órgãos.
E quais as consequências de se agravar mais esse relacionamento?
Ao PS, neste período de já pré-campanha eleitoral não convém nada que venha a acontecer essa situação.
Deve registar-se aqui que o Professor Doutor Vital Moreira que tem dado publicamente apoio ao PS, deu já razão a Cavaco Silva quanto à sua posição a respeito do referido estatuto. E aquele conceituado Professor de Direito disse numa sua entrevista ao “ Público” que as declarações do Presidente são “um sério aviso à navegação”.

 

Para ler e meditar

“ Há uma orientação na escola pública para uma diminuição dos níveis de exigência. Há perigo deste esforço de inclusão realizado pelo lado do facilitismo resultar na formação de numerosos exércitos de analfabetos funcionais”
(Armando Esteves Pereira in Correio da Manhã)

 

O futebol é assim?!

Quer Carlos Queiróz quer os jogadores da nossa selecção ouvidos no final do encontro, embora naturalmente pesarosos por terem sido derrotados pela Dinamarca disseram isso mesmo: “ o futebol é assim”.
Mas, não é ou não deve ser...
No jogo de quarta-feira viu-se uma equipa das quinas a jogar bem, a estar em vantagem por duas vezes mas a não saber segurar o resultado positivo deixando-se vencer no período de descontos.
Tal não é próprio de jogadores profissionais, quase todos de reconhecida categoria internacional.
O que se passou nos minutos finais do encontro não foi bom futebol, pois os nossos seleccionados não revelaram competência para “ aguentar” o resultado.
E Carlos Queiróz não devia ir na onda de se dizer “ o futebol é assim mesmo”!Não, não é...

 

A entrevista com a Drª Maria José Morgado

Como já esperava esta ilustre Procuradora-Geral adjunta esteve muito bem na “ Grande Entrevista”, programa televisivo ontem transmitido na RTP1.
Com muita inteligência e mestria falou sobre várias questões que a apresentadora formulou e algumas delas eram, na verdade, difíceis de abordar na situação profissional ocupada pela Drª Maria José Morgado.
Mas de tudo o que disse, e foi muito, ficou-nos como muito importante a sua opinião corajosa de que as reformas das leis penais têm sido pontuais e precipitadas, não tendo merecido a devida ponderação quanto aos seus efeitos na prática.
E o certo é que, como já se tem verificado, esses efeitos, por vezes, são mesmo de graves consequências, como por exemplo, o que se passa quanto à alteração respeitante à previsão preventiva e à possibilidade de publicidade na fase preliminar da investigação.
Maria José Morgado revelou, mais uma vez, ser uma Magistrada muito experiente e sensata que tem prestigiado as funções que exerce.

 

Boa jogada de António Costa

O Presidente da Câmara de Lisboa conseguiu que a Vereadora Arquitecta Helena Roseta eleita pelo Movimento dos Cidadãos de Lisboa, lhe passasse a dar uma colaboração mais regular.
Foi-lhe atribuída a responsabilidade pelo Programa Local de Habitação, funções que Helena Roseta irá desempenhar com toda a competência e dedicação, como lhe é habitual.
António Costa soube, não sem algum trabalho, cativar aquela sua Vereadora para uma colaboração mais activa e efectiva, pelo que foi uma boa jogada daquele!
De registar que Helena Roseta já deu a conhecer que prescinde da remuneração como Vereadora a tempo inteiro.

 

Números não aceites

Enquanto o governo, através do Ministério da Educação, veio dizer que as reprovações no ano transacto, desceram significativamente, os Sindicatos dos Professores impugnam os dados estatísticos apresentados.
E propõem que seja uma entidade independente a examinar tais números e a concluir sobre as razões que, porventura, fizeram baixar o insucesso escolar.
A proposta dos sindicatos é justificável até porque há todo o interesse em fazer-se uma análise isenta do que se tem passado, que sirva para mais medidas a tomar no futuro.
Foi o facilitismo de que se fala ou foi, na verdade, porque os alunos e professores se dedicaram mais ao estudo?!
Quem não deve não teme e, por isso, não terá decerto o governo receio em se fazer a tal análise da situação por entidade independente.

 

Como foi possível?!

Aquele homem que dentro de uma esquadra da PSP, em Portimão, disparou três tiros sobre outro, atingindo-o gravemente na cabeça vai aguardar o julgamento em liberdade.
O Juiz que o inquiriu achou por bem que, apesar do acto criminoso praticado constituir um homicídio tentado, o autor dos disparos saísse em liberdade apenas com obrigação de se apresentar diariamente à entidade policial.
A vítima ainda está hospitalizada em estado grave, mas o criminoso anda à solta nas ruas de Portimão!
Não há dúvida que se está a facilitar demais quanto à criminalidade violenta!...
Não conhecemos a fundamentação do despacho do respectivo Magistrado, mas as circunstâncias que determinaram a não aplicação da prisão preventiva, não podem ser de molde a justificar a decisão de pôr em liberdade quem disparou!

 

Paulo Pedroso e o Bloco Central

Paulo Pedroso, esteve afastado da vida política activa durante algum tempo veio recentemente dizer que poderá ser admissível um entendimento entre o PS e o PSD com vista a um governo de coligação.
Preferia, é certo, que o PS pudesse, sim, aproximar-se para aquele fim dos Partidos à sua esquerda mas reconhece que, por enquanto, não há condições para tal dada a natureza daqueles partidos.
Paulo Pedroso pode ter, claro, a opinião que expressou mas, sendo um membro responsável do PS não devia manifestá-la quando, praticamente se vai entrar já em período de pré-campanha eleitoral.
É que essa posição parece revelar uma certa fragilidade do PS em relação às eleiçõe4s, o que, neste momento, não existe e de que não devia sequer falar-se!
Foi uma má rentrée de Paulo Pedroso na cena política.

 

O início do ano escolar

Depois de um período de férias que, há já anos foi reduzido, os estudantes voltaram às escolas.
Muitos desejavam já o reencontro com os colegas, mas outros nem tanto, amantes como são da natureza, dos desportos ao ar livre, da falta de horários, do mar e da praia, de piscinas!
Mas a verdade é que, agora, mais uma vez a escola e os estudos os chamam, havendo que reconhecer que é precisa a preparação para se poder vir a ser útil à sociedade.
Que estudantes e professores saibam conviver num bom ambiente, de respeito mútuo, de compreensão, de tolerância, de disciplina e mesmo de amizade!
E que, além da instrução que aos professores compete dar, haja a preocupação de serem divulgadas e cumpridas as tão necessárias regras de educação cívica.

terça-feira, setembro 09, 2008

 

Para ler e meditar

“ A qualidade da democracia exige a palavra da oposição, para que aqueles que não se sintam representados pelo governo não caiam no pecado do indiferentismo e se abstenham da cidadania”.
(José Adelino Maltês in Diário de notícias de ontem).

 

Diz-se que:

- a alteração do Conselho de administração da Figueira só ocorrerá afinal nos princípios de Janeiro próximo. Se entretanto, não houver mudança de propósitos por parte de quem de direito.
- alguém que tanto mal disse do PS local e nacional, pondo-os pelas “ ruas da amargura” vai agora ocupar um lugar num Ministério! É assim que, às vezes, se calam as vozes discordantes.
- poderá vir a repetir-se o que já aconteceu com Pereira Coelho, que enquanto Vereador do PSD votou algumas vezes com a oposição. Nem sempre são precisas eleições para se obter maioria nas votações.
- O Engenheiro Daniel Santos é uma das hipóteses do PSD para candidato à Câmara nas próximas eleições.
- no PS local está a adoptar-se a “ política do silêncio” quanto a essas eleições.
- a Câmara vai aproveitar o pouco tempo de mandato que lhe falta para diligenciar pela resolução de vários problemas de interesse para a nossa cidade: as obras de recuperação do Castelo Engenheiro Silva, em completa e perigosa degradação; obras de beneficiação no Forte de Santa Catarina também em mau estado de conservação; pressionar as entidades respectivas para a construção do aeródromo e do campo de golfe, tão precisos para o turismo local.

 

Os paralímpicos conquistaram já duas medalhas

Dois dos nossos representantes naqueles Jogos alcançaram as medalhas de ouro e prata, na modalidade de Boccia. Outros têm feito bons resultados, batendo recordes nacionais e outros ainda estão já nas meias-finais.
Portugal terá, decerto, uma posição marcante nestes Jogos, como tem acontecido em edições anteriores.
Será prestigiante para o país e será de molde a compensar tanto esforço e sacrifício dos atletas paralímpicos que nos representam.

 

Paulo Portas garantido na liderança

O Conselho Nacional do CDS/PP aceitou, como era de esperar, as explicações que o seu líder deu por não ter comunicado ao Partido o pedido de demissão que Nobre Guedes fez há já um ano.
A decisão daquele órgão nacional do partido teve, decerto, receio de provocar, com outra decisão, uma crise interna, a pouco tempo das próximas eleições.
Quer dizer que os conselheiros democratas-cristãos “deixaram passar” tão insólita atitude de Paulo Portas, que, há já muito, tem revelado a propósito de gerir o partido com base num seu tão querido autoritarismo.
Mas, estamos em crer que esta recente conduta poderá trazer a alguns ou a muitos democratas-cristãos um natural descontentamento e até preocupação quanto ao futuro como Paulo Portas se comportará como líder!...

 

A nova Fundação Res Publica

Realizou-se, ontem, a apresentação desta nova Fundação, criada sob a égide do Partido Socialista.
Preside o Dr. António Vitorino, que é a garantia de que esse espaço de reflexão cumprirá bem as suas finalidades: “ estudos, debates, formação, divulgação e integração em redes internacionais de fundações”.
Nessa Fundação deseja-se que estejam representados vários sectores políticos da esquerda democrática, do trabalhismo, o socialismo, a social-democracia e o centro esquerda.
Como disse o Dr. Vitorino o objectivo da Fundação é promover ideias que possam transformar-se em políticas.
A Res Publica constituiu mais uma abertura do PS à sociedade civil, a várias organizações não-governamentais, às universidades e independentes especialistas.
Diremos que bem pode a Fundação contribuir com eficácia para a formação de novos políticos, com uma visão “ arejada” da vida política.
E, como no PS não deve haver dogmas, nem chavões, nem verdades absolutas, o próprio Sócrates disse, a Fundação Res Publica vai, decerto, ter uma acção muito útil para provocar o debate livre sobre a democracia, nas suas várias facetas.
Tenhamos esperança que a Res Publica cumpra bem os seus objectivos essenciais.

segunda-feira, setembro 08, 2008

 

Para ler e meditar

“ O discurso de ontem poderia ter recentrado no PSD as atenções do debate público, mas não passou de um diagnóstico cujo teor não era de todo estranho a qualquer cidadão minimamente interessado na vida pública”
( Manuel Carvalho, em Editorial do “ Público”, de hoje)

 

Diz-se que:

- O PSD na Câmara poderá deixar de ter a maioria nas votações, pois um Vereador daquele Partido parece estar disposto a apoiar os representantes do PS.
Já tal sucedeu, algumas vezes, com Paulo Pereira Coelho, agora afastado da Câmara!
- Afinal, a alteração no Conselho de Administração do Hospital da Figueira só ocorrerá em Janeiro do próximo ano.
Se, entretanto, não houver modificação nos propósitos de quem de direito!
- Às vezes, vale a pena alguém dizer mal de um Partido, para que este o chame para ocupar um lugar.
É o que, segundo consta, vai acontecer em relação a quem pôs o PS local pelas “ ruas da amargura”, mas que, agora, vai prestar serviço num Ministério!

 

MPLA ganhou as eleições em Angola

Com mais de 90% dos votos já contados, a vitória eleitoral coube ao Partido do governo que arrecadou 81% das opções dos eleitores.
E, apesar de se terem verificado alguns problemas de natureza logística e organizativa, o certo é que os observadores da Comunidade Internacional já reconheceram que as eleições foram livres e justas, nada havendo que possa pôr em causa a vitória do MPLA.
A Unita, Partido que maior luta podia ter dado ao MPLA, ficou-se pelos 10,5% dos votos expressos!
Pois quer dizer que José Eduardo dos Santos e o seu Partido têm, agora, oportunidade de executar as muitas promessas feitas na campanha eleitoral.
E, entre essas promessas, estiveram: o combate sério e eficaz à pobreza e à fome, a melhor consolidação da democracia, acabar com o agravamento das desigualdades sociais, promover uma mais justa distribuição da riqueza, reduzir substancialmente os gastos públicos.
Será que, desta vez e ao fim de tantos anos de governos do MPLA, tais promessas se concretizarão?!
Oxalá que sim…

 

A montanha pariu um rato!

Era grande a expectativa quanto ao discurso da líder do PSD, no encerramento da Universidade de Verão, que ontem se realizou.
Afinal, tal expectativa gorou-se!
A Dr. Manuela Ferreira Leite limitou-se a repetir as críticas ao governo, que já tinha feito nas poucas vezes em que falou, desde que tomou conta do Partido.
Fez um discurso negativista, derrotista mesmo, sem indicar o projecto que o PSD, por ventura, tem para melhorar a situação do país.
Mesmo que não indicasse propostas para soluções concretas, a verdade é que nem na generalidade definiu o que pensa fazer do seu Partido, principalmente se ele vier a ser governo.
Realmente, muitos social-democratas ficaram desiludidos com o discurso da sua líder, que nem se atreveu a destacar pelo menos as medidas positivas, ainda que conjunturais, de ordem social do governo.
Bem fizeram alguns dos “ notáveis” do PSD que primaram pela ausência na sessão de encerramento da tal Universidade de Verão, em que participaram 100 jovens.
Alguns, efectivamente, preferiram trocar o discurso da líder pelo espectáculo de aviação no Porto-Gaia, que atraiu cerca de 1 milhão de pessoas!
Francamente, esperava-se mais da presidente do maior Partido da oposição, a qual pretende, um dia, ser Primeira-Ministra!...

 

Advogados ou especialistas em informática?

Presentemente, um advogado tem que saber e muito de computadores, de Internet e programas informáticos.
As próprias notificações dos Tribunais para cumprimento de prazos são feitas por computador; peças processuais são enviadas por computador; as taxas judiciais são pagas por computador, etc.
Tudo, hoje, se reduz a conhecimentos informáticos, de que a grande maioria de advogados, principalmente os de mais idade não dispõem.
Mas, mesmo os advogados jovens têm de perder muito tempo a “ mexer” nos computadores e a “ descobrir” neles o que lhes interessa!
Num escritório de muito movimento são muitas as horas que o advogado passa a olhar para o computador, fazendo pesquisas de processos ou de diligências judiciais.
Que tempo lhe fica para reflectir sobre os casos que lhe são entregues para resolver em Tribunal?!
Até o Diário da República é publicado na Net e, diariamente, o advogado tem que escolher os diplomas que mais lhe são necessários.
Enfim, na verdade, um advogado, nos tempos presentes, passa a ser um “ escravo” da informática!
E isso não terá tirado alguma dignidade ao exercício da advocacia que, anteriormente, exigia muito estudo, leitura de revistas da especialidade, recato nos gabinetes para meditar e encontrar as melhores soluções para os casos que patrocina?!
A verdadeira “ revolução informática” que se operou nos Tribunais foi, segundo alguns dizem, para abreviar o funcionamento e a administração da Justiça.
Mas será que tal está a acontecer?!
E valeu a pena transformar o advogado num especialista informático?
E valeu a pena que muitos advogados, mais idosos, fossem confrontados com as dificuldades que a informática lhes trouxe e levou muitos a não continuarem a exercer a profissão que tanto amavam e que muito fizeram por dignificá-la?
A “ modernidade” entrou depressa demais nos Tribunais e, francamente, não sabemos se isso trouxe ou não mais vantagens do que desvantagens!

domingo, setembro 07, 2008

 

Para ler e meditar

“ O enriquecimento da elite angolana deu-lhe a ilusão que é o mundo que precisa de Angola e não o contrário”.
( Nicolau Santos in Expresso de ontem)

 

O Festival das Caldeiradas

Mais uma iniciativa de natureza gastronómica está a realizar-se na nossa cidade.
Desta vez, são as caldeiradas de peixe que podem ser saboreadas em vários restaurantes.
É de aplaudir a aposta que, entre nós, vem sendo feita na gastronomia regional, que, na verdade, é um vector importante na promoção do turismo.
Bom será que se dê a este Festival a maior publicidade possível, mesmo através da televisão, para que não sejam só os figueirenses e quem ainda está na cidade a serem os consumidores de tão boa oferta culinária.

 

Vanessa no quarto campeonato da Europa

A nossa medalhada olímpica venceu, ontem, pela quarta vez o campeonato da Europa em triatlo.
Vanessa afirmou-se de novo como um incontestável valor no desporto internacional, honrando o país que representa. E o seu currículo vai-se enriquecendo cada vez mais mercê da sua cuidada preparação e da sua enorme força de vontade em vencer.

 

Portugal começou bem

A nossa selecção de futebol foi, ontem, a Malta disputar com a selecção desse país o primeiro jogo de apuramento para o campeonato da Europa.
E venceu por quatro a zero.
Mas não podem deitar-se foguetes, porque os jogadores de Malta são amadores, com excepção de dois, e de fraco nível futebolístico.
Foi, pois, um jogo descansado para os nossos seleccionados que só na segunda parte exibiram um futebol aceitável, com jogadas bem delineadas e concluídas.
Claro que com o regresso de Cristiano Ronaldo a selecção terá, decerto, mais agressividade.
Deco voltou a exibir estar em muito boa forma.

 

Os aviões Skylander voaram para França!

Ao fim de quatro anos de contactos e negociações para que a construção dos aviões Skylander viesse a fazer-se em Évora a respectiva empresa decidiu-se, agora, por França!
Foi um golpe muito duro para aquela cidade pois estava previsto o emprego directo de 3000 pessoas, o que, naturalmente, muito beneficiaria aquela região.
O próprio governo, através do Ministro da Economia, mostrou-se oportunamente muito empenhado em que a empresa dos Skylander se radicasse em Évora.
Mas tudo veio a falhar, não se conhecendo, porém, quais as razões...
A culpa foi de quem? Interessava saber-se, pois parece que a Câmara de Évora dispôs-se sempre a conceder as condições precisas para que essa importante iniciativa viesse a concretizar-se.

 

Aceites as desculpas de Paulo Portas!

Ontem, numa reunião da Comissão Política Nacional do CDS/PP Paulo Portas desculpou-se por não ter dado conhecimento da carta de demissão de Nobre Guedes alegando que sempre esperou que este reconsiderasse e retirasse o seu pedido de demissão!
Mas, o certo é que demorou um ano para vir a conhecer-se, e não pelo líder do partido a tal carta!
Realmente foi tempo demais o que se concedeu para Nobre Guedes reflectir e, que se saiba, durante esse período nenhuma diligência foi feita para demover o demissionário do seu propósito.
E esse período de “reflexão” foi comunicado a Nobre Grudes ou existiu apenas na vontade de paul Portas?!
E não pode deixar de estranhar-se que os responsáveis do CDS/PP tivessem aceite as desculpas aduzidas pelo seu líder.
E Nobre Guedes não terá agora nada a dizer?
Se não o faz será apenas para não criar complicações internas no partido...
Mas não estarão elas já a agitar e preocupar muitos dos democratas cristãos?!
É que é perigoso que um líder de um partido o dirija a seu belo prazer!

 

Começaram os Jogos Paralímpicos

E a China, país também organizador desses Jogos, ofereceu a todo mundo um inolvidável espectáculo inaugural.
Nele houve enorme beleza, muita cor, boa música (com um excelente pianista invisual), belo canto, tecnologia avançada, rigorosa disciplina em muitos milhares de participantes que cumpriram sem qualquer deslize a coreografia que se lhes impunha.
A concepção de tão grandioso espectáculo ficou, decerto, a dever-se a alguém que sabe muito bem o que faz, aliás cremos que não poderia fazer melhor.
A China, mais uma vez se prestigiou na cena mundial, conseguindo que talvez em nenhuma outra parte se possa realizar um espectáculo idêntico ou superior ao que ontem se viu.
Agora, venham os êxitos desportivos e que os nossos representantes tragam para Portugal muitas medalhas, como tem acontecido já noutras edições dos Jogos Paralímpicos.

sexta-feira, setembro 05, 2008

 

Para ler e meditar

“ Há erros do Estado que não têm preço. Mas têm custos.”
(Nuno Pacheco, em Editorial do “ Público”, de hoje)

 

A Festa do Avante

Quer se seja ou não militante ou adepto do Partido Comunista Português, que há já muitos anos promove a Festa do Avante, o certo é que esta é muito valiosa e atrai sempre milhares de pessoas.
É que, além do significado político de que se reveste essa festa, com diversas manifestações e intervenções identificadas com a esquerda comunista, esse grande evento, que hoje começou e durará mais 3 dias, tem um cunho cultural, de entretenimento e animação de real mérito.
A Festa do Avante, cuja organização exige muitas horas de trabalho e de dedicação partidária, é sem dúvida, um acontecimento marcante.

 

A visita de Santana Lopes

Este ex-presidente da Câmara da Figueira fez recentemente uma visita à nossa cidade, encontrando-se aqui com vários amigos seus.
E, claro, não deixou de querer inteirar-se sobre certos problemas do nosso concelho entre os quais as obras no molhe norte do porto, que já estão em curso.
Quererá o Dr. Santana Lopes aproximar-se, agora, mais da Figueira, quando se fala ser possível que faça parte das listas do PSD local às eleições autárquicas?!
Não é de acreditar que esse político, que já foi Primeiro-Ministro, embora por pouco tempo, e é deputado, se decida a voltar à Câmara da Figueira, sabendo como deve saber que não poderá, agora, encontrar a boa situação financeira que encontrou quando foi presidente.
E sem dinheiro…

 

Mais vale tarde do que nunca…

O Dr. José Magalhães, Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, depois de conferenciar com o representante da Associação das gasolineiras e outras entidades, anunciou que vai ser reforçada a segurança nos postos de venda de combustíveis, tendo já assinado para o efeito protocolos com empresas de segurança privada.
Ainda bem, pois ultimamente a preferência dos assaltantes parece ser aqueles postos.
Só que, na verdade, além deles, em muitas outras partes há que pôr em prática uma cuidada vigilância e segurança para evitar os assaltos, quase sempre, com violência.
Claro que o problema é grave e de difícil solução, pois serão precisos muitos meios, que, por enquanto, não há.
Mas acreditamos que os responsáveis políticos do respectivo sector não pararão, agora, quanto ao combate que é preciso enfrentar para acabar com a onda de assaltos.
É de registar também aqui que o Procurador - Geral da República teve já hoje uma reunião com os responsáveis da PSP, GNR, PJ, Ministério Público, a fim de definir um plano e uma estratégia a implementar na luta quanto à criminalidade violenta.

 

As eleições angolanas

Mais de 8 milhões de angolanos foram hoje às urnas, participando nas eleições legislativas.
E os dois maiores Partidos, MPLA e UNITA, são os principais candidatos à vitória.
O actual Presidente da República e também líder do MPLA, José Eduardo dos Santos, discursou no comício de encerramento da campanha, em que estiveram presentes algumas dezenas de milhares de angolanos, quando se esperava os 2 milhões.
Nesse discurso prometeu um combate sério à pobreza e à fome, à corrupção, ao enriquecimento fácil e injustificável, ao reforço da democracia, etc.
Terá conseguido José Eduardo dos Santos apagar da memória dos que o ouviram que ele próprio é dono de uma enorme fortuna angariada durante as suas funções políticas, fortuna que se radica quer em Angola quer no estrangeiro?!
Terá conseguido fazer esquecer o fausto em que vive e os enormes gastos nas suas deslocações a outros países com os seus familiares e grandes comitivas?!
Terá conseguido que se olvidasse o pouco que se fez para consolidar em Angola uma democracia autêntica?!
Terá conseguido que, mesmo com o seu entusiástico e cheio de boas intenções e promessas discurso, os que o ouviram não pusessem em causa o desrespeito pelos direitos humanos fundamentais?!
Bom seria que o MPLA, em caso de vitória eleitoral, se decidisse a proporcionar a Angola uma melhor vivência democrática e um caminho de maior e efectiva prosperidade, com mais igualdade e justiça social.
O líder da UNITA, Samakuva, tem ainda esperança de vencer as eleições e, no discurso que fez no final da sua campanha, foi como é natural muito duro na apreciação do que têm sido os governos do MPLA.
As críticas foram muitas, mas também as promessas que fez para que haja uma tão necessária e urgente mudança na política angolana.
MPLA ou UNITA?
Só nos próximos dias se saberá…
Até porque, conforme já foi anunciado hoje, houve várias perturbações e falhas de organização em algumas mesas eleitorais, o que levou a UNITA a requerer à Comissão Eleitoral a repetição das eleições em certas localidades.

quarta-feira, setembro 03, 2008

 

Para ler e meditar

“ Este governo passará à posterioridade por ter sido o que mais desvalorizou o estatuto profissional e social dos professores”.
( Santana Castilho in Público de hoje)

 

Ó da Guarda!

Têm sido diários os assaltos aos postos de venda de combustíveis. E o certo é que são tão bem preparados e executados que os assaltantes conseguem fugir...para parte incerta.
Mais: os assaltos ora ocorrem de noite como de dia, e os postos continuam sem poder dispor de qualquer segurança.
Se juntarmos aos assaltos às gasolineiras outros praticados a dependências bancárias, a estabelecimentos comerciais, a caixas de multibanco, a carros, etc, não há dúvida que a situação é grave e que não se vê que haja uma solução breve.
Descansou-se talvez demais quanto à segurança que existia neste país, incomparável, durante muitos anos, com a insegurança noutros países!
Mas, com a abertura das fronteiras, com a livre circulação, com o aumento muito significativo do tráfico e mercado das drogas, e, sobretudo com a crise económica que, a exemplo de outros países, se instalou em Portugal, com a elevada taxa de desemprego, com a miséria e mesmo a fome, etc, não se previu, a tempo, o que poderia vir a acontecer quanto à segurança e à criminalidade violenta.
Às polícias não foram proporcionadas os recursos humanos, financeiros e logísticos necessários para enfrentar situações como a que hoje temos.
Há, porém, que combater, com determinação, com competência e urgência, o que se está a passar entre nós.
É que a insegurança provoca não só um mal interno, mas acabará por afastar muitos dos que habitualmente nos visitavam, deixando aqui dinheiro muito necessário à economia.

 

As Casas de Penhores

No nosso país, há 70 Casas de Penhores, a que chamam agora estabelecimentos de crédito popular.
E, pelo que se noticia, todas têm movimento, que sofreu significativo aumento nos últimos tempos.
A crise obriga a recorrer ao penhor de objectos, que não se querem vender com a esperança de ainda poderem ser recuperados.
Até as alianças de casamento, que são naturalmente objectos de muita estimação, se penhoram!
E há ainda quem não tendo jóias ou ouro, pretenda penhorar outros artigos ( roupas, móveis, objectos decorativos, etc) que normalmente não são aceites pelos penhoristas.
Há, na verdade, muitos que para terem dinheiro para os encargos familiares se dispõem a tudo até a passar pela humilhação de se desfazerem do que para eles tem grande valor estimativo!
É a crise, que ainda alguns pretendem não ser dramática!

 

Indemnização para Paulo Pedroso

Este político que accionou o Estado com base na injustificada e ilegal prisão preventiva que lhe foi aplicada no processo da Casa Pia, no qual não veio a ser pronunciado, obteve agora vencimento nessa acção no Tribunal da Relação.
Assim, o respectivo Acórdão condenou o Estado a pagar a Paulo Pedroso uma indemnização por danos morais e patrimoniais no valor de 150 mil euros.
O Ministério Público, porém, vai recorrer dessa sentença para o Supremo Tribunal.
Porque não conhecemos, ainda, o respectivo processo, não nos pronunciaremos sobre a decisão.
Mas, o que, para já, impressiona é o que na comunicação social se noticiou, destacando que a prisão preventiva resultou de “ um erro grosseiro” do Juiz da Instrução Rui Teixeira.
É que, pelo que se sabe da carreira daquele Magistrado, ele sempre foi considerado como competente e distinto no exercício do seu “ munus” profissional.
Enfim, errar é humano, mas praticar um erro grosseiro é demais, sobretudo num processo tão mediático em que devia haver um maior cuidado na sua orientação e desenvolvimento!

 

Qual o futuro de Paulo Portas?!

Este irrequieto político está, agora, com problemas dentro do seu partido. “ Escondeu” a demissão do seu vice-Presidente Nobre Guedes solicitada há já um ano, e um outro seu companheiro na direcção pediu também já a demissão.
E, segundo se vai sabendo, outros membros do CDS/PP estão a reagir mal à insólita conduta de Paulo Portas. Se este não deu logo conhecimento da carta de demissão de Nobre Guedes para evitar perturbações no interior do partido, a verdade é que agora é bem pior!
E a agitação entre os democratas-cristãos vai, decerto, surgir, pondo em causa o estranho comportamento do seu Presidente.
A coisa pode complicar-se e se os resultados eleitorais nos Açores e na Madeira não melhorarem em relação aos das últimas eleições, pode ficar muito tremida a posição de Paulo Portas no seu partido!
E pode até acontecer que ele venha a optar pelo seu afastamento.
O futuro o dirá...

 

A inveja

Este sentimento é próprio da natureza humana.
Só que há os que conseguem ultrapassá-lo, vencê-lo, não deixando que crie maus relacionamentos. Mas há quem não se dê ao cuidado de contrariar a inveja que sente quanto aos êxitos profissionais, políticos e económicos de outros...
E, então, os que assim procedem são capazes até de inventar as maiores mentiras para justificar tais êxitos!...
Enriquecem, logo são ladrões; sobem na vida política porque têm cunhas valentes, dispõem de um bom-nome profissional porque são “ trafulhas”, etc, etc. Tudo isso e muito mais serve para dar vazão à inveja que alguns sentem!
Quando, afinal, os sucessos de outros, se obtidos com justiça, com competência, trabalho e honestidade, deviam, sim, ser incentivos para que se procurasse imitá-los!
A inveja, que cada vez mais, vai existindo a todos os níveis e em vários sectores não conduz a nada de válido, antes, pelo contrário, fomenta o mal estar, um ambiente pernicioso, um relacionamento por vezes quase que “ raivoso”, capaz de destruir aqueles que se detestam, aqueles de que se tem inveja!
Infelizmente, isso vai acontecendo com muita frequência...

terça-feira, setembro 02, 2008

 

Para ler e meditar

“ Uma política criminal correcta não pode correr atrás de foguetes”
( Dr. António Cluny in Correio da Manhã de ontem)

 

Os Jogos Paralímpicos

De 6 a 17 deste mês, realiza-se em Pequim mais uma edição dos Jogos Paralímpicos, em que o nosso país estará representado por 32 atletas em várias modalidades.
Como é já habitual, em tais Jogos Portugal tem sido prestigiado, através de uma boa prestação dos nossos desportistas cujas incapacidades não os impedem de honrar as cores nacionais.
Basta lembrar que nos últimos Jogos de Atenas foram várias as medalhas de prata e de bronze e duas de ouro conquistadas. Os nossos desportistas paralímpicos bem merecem um maior apoio oficial, que lhes proporcione mais facilidades na sua preparação.
Não se compreende que os subsídios atribuídos aos atletas de alta competição sejam muito superiores aos que são pagos aos nossos representantes nos Jogos Paralímpicos.
Que nestes Jogos os desportistas portugueses sejam muito felizes.

 

Os defensores públicos

O líder do BE, numa reunião magna daquele partido, propôs a criação de um Instituto de Defensores Públicos, já o que vem acontecendo com os advogados oficiosos não tem, na generalidade dos casos, garantido os direitos e a mais cuidada defesa dos arguidos.
Há já muito que apoiamos essa ideia, pois entendemos que, na verdade, a defesa de quem responde em tribunal deve ser feita com competência e com o melhor conhecimento dos processos, para que se possam cumprir os direitos consignados na Constituição em relação ao processo criminal (artº. 32).
Não é, efectivamente, um inexperiente estagiário ou mesmo um novel advogado nomeado por um Conselho Distrital da Ordem que podem tratar convenientemente da defesa das partes em processo criminal.
Para mais, pagando o Ministério da Justiça tão mal e quase sempre com enormes atrasos e é sempre chocante ver-se nos Tribunais “ defensores “ limitarem-se a “ oficio do corpo presente” e a pedirem, no final Justiça.
O Instituto de Defensores Públicos proporcionaria, em cada comarca, a existência de advogados públicos que, devidamente remunerados pelo Estado, tratariam convenientemente da defesa dos direitos e interesses das partes em processo.
Daí que apoiemos a proposta agora feita por Francisco Louçã mas, francamente, duvidamos que se enverede pelo caminho apontado!
É pena...

 

Falou quem devia?!

O Primeiro-Ministro, quanto ao seu silêncio sobre o grave problema da insegurança disse agora que falou oportunamente quem devia e como devia!
Salvo o devido respeito, não podemos concordar com esse entendimento. É que dada a gravidade da situação, para além do Ministro da Administração Interna, competia ao Engenheiro José Sócrates vir a público pelo menos lamentar o sucedido e ele próprio anunciar as medidas do governo para o combate à criminalidade violenta.
O Primeiro-Ministro não deve apenas vir às televisões apresentar o que vai bem e revelar as acções que entende terem êxito.
É, quanto a nós, incorrecto dar a cara relativamente às coisas boas e deixar para os Ministros enfrentarem em público o que poderá causar incómodos e preocupações.
Não, senhor Primeiro-Ministro, desculpará mas o seu lugar não serve apenas para exaltar os sucessos, tirando-lhes os dividendos políticos.
É também para, quando necessário, aproximar-se de sectores da população que estão a sofrer com a criminalidade violenta, expressando-lhes, pelo menos, a solidariedade!

 

Os “ bafonds” da política...

Na vida política há, por detrás da aparência, acordos feitos na sombra, normalmente a respeito de interesses pessoais.
À luz do dia, os que assim procedem primam em esconderem-se em público na tentativa de disfarçar o que, na realidade, querem realizar ou obter para lucros próprios...
É por isso que muitos desses políticos se encobrem uns aos outros, em determinadas situações em que sejam visados, é por isso que se arranjam bons empregos a familiares e amigos mesmo de cor política diferente porque também estes, um dia, lhes podem valer!
Não há coerência e seriedade nos procedimentos, não há o respeito pela ética.
Há, sim, os favores recíprocos, sem se atender ao mérito de quem os recebe.
Quando será que os Partidos, quer seja através de “ universidades” quer por outros meios menos sonantes mas igualmente proveitosos, se preocupam mais com a educação cívica dos militantes e adeptos?!
A democracia precisa de quem saiba cumpri-la com honestidade, com verticalidade, com o único desejo firme de contribuir para o bem comum.
Com a devida moralização acabarão os “ bafonds” da política nos quais se trata apenas de negócios e de favoritismos.

segunda-feira, setembro 01, 2008

 

Para ler e meditar

“ A actual Ministra parece ser uma honesta defensora do Serviço Nacional de Saúde.
Terá poder? Os indícios não são animadores.”
(Professor Boaventura de Sousa Santos na última Visão).

 

Diz-se que:

- O PSD local está já a “ mexer-se” para as eleições autárquicas, falando-se de novo de Miguel Almeida e Pedro Santana Lopes para a Presidência da Câmara e para a da Assembleia Municipal. Terão esses possíveis candidatos a aceitação da maioria dos membros do PSD local?
- Também o PS está a fazer contactos para organizar as listas para aquelas eleições. Será que se procura uma personalidade de fora da Figueira para a presidência do Município?
-A resposta do Reitor da Universidade Internacional (pólo da Figueira da Foz) está muito bem elaborada, com argumentos válidos que contrariam o Despacho ministerial que alterou o estatuto daquele estabelecimento de ensino.
- Estão a ser feitas diligências para a criação na Figueira de um Julgado de Paz, o que viria, na verdade, proporcionar uma mais célere administração da Justiça e ainda retirar do tribunal judicial um considerável volume de processos de pouco valor.

 

O silêncio da líder do PSD

A Drª Manuela Ferreira Leite tem, até agora, adoptado a política do silêncio, quando poderia e deveria falar sobre assuntos importantes que têm requerido a atenção dos portugueses.
Mas, no próximo domingo, no encerramento da Universidade de Verão dos social-democratas (muitos deles querem logo aceder à Universidade quando estariam bem apenas no ensino secundário!...) aquela Presidente do PSD quebrará o longo período de silêncio.
E terá muito a dizer quer para o interior do seu partido quer para o país.
Dará, decerto, “ recados” aos seus companheiros que a contestam até publicamente, como acontece com Luís Filipe Menezes, Rui Rio e Aguiar Branco, e também será “ forçada” a descobrir maneira de marcar a sua “ rentrée” política com uma vigorosa oposição ao governo.
Crise económica, o grave problema da insegurança, a Justiça, entre outros temas, aparecerão a dominar o seu discurso.
Conseguirá a Drª Manuela Ferreira Leite apagar da memória de muitos dos seus companheiros o seu incompreensível silêncio e a “ desconsideração” que lhes fez não indo às festas do Pontal de da Madeira?!
Será difícil...

 

O novo Secretário-Geral da Segurança Interna

O Juiz Conselheiro Dr. Mário Mendes foi nomeado pelo Primeiro-Ministro para exercer cargo de Secretário-Geral da Segurança Interna, figura criada na recente Lei da Segurança.
Trata-se, na verdade, de um distinto Magistrado que já foi Director da Polícia Judiciária.
Pelo que dele conhecemos, irá, decerto, desempenhar com muita vontade e brio aquele novo cargo.
Quer dizer que a escolha foi boa.
Só que não poderá “ fazer milagres” se não vier a dispor dos meios essenciais para agir com eficiência e rapidez, se for caso disso.
Acresce que, dependendo directamente do Primeiro-Ministro será difícil, senão impossível, que consiga sentir-se plenamente independente, como seria o seu desejo, recusando a intromissão política na sua acção.
É de estranhar que a nomeação do juiz Conselheiro Mário Mendes ocorresse antes mesmo da necessária autorização do Conselho Superior da Magistratura para poder ocupar o cargo!
E se esse Conselho não desse, agora, a autorização?!
Não se esqueça que as Associações de Magistrados já se pronunciaram negativamente quanto à Lei da Segurança, mormente quanto à criação do Secretário-Geral que ficará dependente do governo, com as muitas consequências perigosas que daí poderão advir.
Iremos ter um Primeiro-Ministro “ superpolícia”, como já lhe chamam e teremos, também, com o Secretário-Geral da Segurança como um Pina Manique do século XXI!

 

Qual o papel da oposição?!

Quem está no poder tem por hábito reagir negativamente e por vezes com demasiada aspereza às críticas dos adversários políticos, dizendo que estes primam por desvalorizar medidas tomadas sem que apresentem outras capazes de melhores soluções!
Mas será que o papel da oposição é substituir-se ao governo quanto à forma como devem ser enfrentados e resolvidos problemas que afectam a comunidade?!
Claro que nada impede de, se for esse o seu propósito, a oposição poder manifestar as suas ideias e propostas para que melhorem certas políticas sectoriais.
O governo, porém, é que dispõe dos recursos e meios essenciais para concretizar as soluções que se lhe impõem.
À oposição compete essencialmente a denúncia oportuna e corajosa do que considera más políticas, dispondo-se, no entanto, ao diálogo com os responsáveis do poder, sempre que isso lhe seja solicitado.
É desse diálogo sério e bem intencionado, baseado num confronto franco e civilizado de ideias, que poderão resultar consensos e necessário entendimento para ultrapassar crises e situações anormais.
Governo que se feche sobre si mesmo, que não procure dialogar com os que têm ideias quanto a acções diferentes, que adopte apenas posições de sobranceria, acabará por sofrer as consequências nefastas e próprias de um indesejável autoritarismo.
Por tudo isto, não é, pois, aceitável que quem detém o poder, seja em que país for passe a vida a acusar a oposição de que se limita a criticar, não apresentando melhores propostas de solução.
Até porque a oposição tem sempre princípios e programas de acção logo conhecidos na época das eleições. Só que, não sendo governo, não se lhe pode exigir uma concretização, mas apenas o controlo das políticas governamentais.

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