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segunda-feira, agosto 31, 2009

 

Legislativas e autárquicas

Há dias alguém me disse que o facto de as eleições legislativas ocorrerem antes das autárquicas poderá influenciar os eleitores destas, levando-os a votar mais nos partidos do que nas pessoas que formam as listas para os órgãos principais, mesmo que se reconheçam como as mais credíveis e as mais capazes para a governação daqueles órgãos. Pensamos que tal poderá suceder quanto a alguns eleitores, menos esclarecidos e que continuem a votar nos partidos apenas por hábito e não pelas pessoas que apresentam e pelos seus programas de acção. É por isso que os melhores resultados nas eleições autárquicas exigem muito, cuidadoso e inteligente trabalho a fazer por aqueles que defendem ou apoiam as listas locais. Trabalho, sobretudo, de paciente e clara explicação do que se pretende para o futuro do nosso concelho. É também preciso, nos vários lugares a que se vai, deixar uma afirmação de se desejar uma política de verdade, de honestidade, de transparência, de competência, de firme propósito de se conseguir maior prosperidade para o concelho e bem-estar das populações. Sem promessas irrealizáveis, dada a grave situação financeira da Câmara (que não se deve esconder), há, porém, que saber aproveitar um vasto leque de iniciativas não muito dispendiosas mas que, no entanto, podem prestigiar a nossa terra, levando-a a ser ainda mais conhecida. Tem, efectivamente, que haver imaginação para eventos novos mas também tem que se tentar recuperar algo que já se fez, como o Festival de cinema, o Mundialito de Futebol de Praia, o Festival de Música, Festivais Folclóricos Nacionais e Internacionais, o Campeonato Mundial de Surf, o Concurso Hípico, mais Provas Náuticas de Remo e Vela, etc. E, claro, não deve descorar-se um maior desenvolvimento da zona industrial atraindo novas unidades (que não sejam poluentes). É que a Figueira precisa de Turismo mas precisa igualmente de mais indústria. E para um melhor Turismo, além do que a Figueira já dispõe e pode oferecer a quem a visita ou nela passa férias, necessário se torna continuar a diligenciar-se por um Campo de Golfe e por um Aeródromo que, decerto, contribuirão para um Turismo de qualidade. Se quem se propõe ser responsável pelo futuro destino da Figueira tem, na verdade, muito que trabalhar.

 

41 mil alunos em contentores!

O próximo ano lectivo não vai ser fácil. É que 92 escolas do ensino secundário começaram já a sofrer obras profundas, que obrigam os alunos a terem aulas em contentores. Quer dizer que as condições logísticas dessas escolas não vão ser sequer razoáveis, nem para os estudantes nem para os professores. O ano escolar, quase a iniciar-se, exigirá, pois, muitos sacrifícios por muito bons que sejam os contentores. Seria necessário que a chamada renovação do parque escolar se realizasse ao mesmo tempo em tantas escolas? Claro que as muitas e grandes obras que estão a ser feitas darão trabalho e movimento às empresas às quais foram adjudicadas, muitas delas por ajuste directo, como já foi noticiado. Mas será isso suficiente para se remeter para um segundo plano os importantes interesses respeitantes ao ensino? Por que não se fasearam tais obras?

 

Oportuna iniciativa

A JSD vai propor a todos os seus futuros deputados (jovens ou não) a assinatura de um Contrato Eleitoral em que se comprometem a agir sempre com transparência, proximidade dos eleitores e uma dinâmica actividade parlamentar. Devem, ainda, dar a conhecer o seu trabalho político, as reuniões que têm indicando onde e com quem, e justificando sempre as suas faltas ao parlamento. Exige-se, também, que relacionem os seus rendimentos, seja qual for a sua origem para além do que auferem na Assembleia da República. A proposta que vai ser feita pelos jovens da JSD é, sem dúvida, de aplaudir, pois representa a sua preocupação quanto à dimensão ética que deve existir na vida política. A “ lição” que Marques Mendes deu na Universidade de Verão da JSD está já a dar resultados positivos.
Bom seria que esse exemplo se seguisse em todos os outros partidos.

 

Monografia da Freguesia de S. Julião

No próximo dia 3, pelas 18 horas, na sala Figueira, no Casino, vai realizar-se a apresentação da Monografia de S. Julião, da autoria do distinto Professor Doutor Rui Cascão. Com esta iniciativa, a Junta de freguesia de S. Julião proporciona aos figueirenses uma obra que fazia falta e que sendo feita por aquele Professor, será, sem dúvida, valiosa.

 

Residencial para 17 jovens portadores de deficiência

Na Misericórdia-Obra da Figueira foi assinado entre o Provedor daquela instituição e o Dr. Mário Ruivo, Presidente da Segurança Social em Coimbra, um protocolo para a instalação num edifício daquela, de uma residência para jovens portadores de deficiência.
A obra está orçada em 480 mil euros, dos quais compete ao Estado 384 mil euros.
Congratulamo-nos com essa iniciativa que, assim, poderá resolver uma carência que há muitos anos vai existindo no nosso concelho.
Felicitamos, por isso, quer aquele Presidente da Segurança Social quer o Provedor e a vice-Provedora da Misericórdia-Obra da Figueira, contemplada com tão importante obra.
Os futuros utentes serão subsidiados pelo Estado.

 

Para ler e meditar

“ O país político está esquisito e cheio de nervosismo e maias palavras. Não é o melhor ambiente para as eleições mais importantes dos últimos dez anos”
( In Editorial do Diário Económico de 25 do corrente)

sexta-feira, agosto 28, 2009

 

“ Rabos de palha”

Por vezes, os que os têm consegue apresentar-se como fiéis cumpridores das melhores regras de conduta, de correcção, de honestidade e de dignidade. Só que com o decurso do tempo e no exercício do poder que alcançaram, quase sempre à custa de ajudas políticas, acabam por mostrar que, afinal, enganaram toda a gente...
Com um passado criticável e mesmo censurável, não se dispõem a melhorar, adoptando um comportamento que lhe dê qualquer credibilidade. Pelo contrário normalmente reincidem em atitudes sem ética e até ilícitas. Daí que haja já muitos dos chamados “ homens públicos” que desiludem quem os elegeu, vendo-os, com frequência, a contas com a justiça. É que “ os rabos de palha”, quando deles podem resultar bons lucros, custa a largá-los tanta é, hoje, a ambição dos que querem alcançar riqueza rapidamente e sem muito trabalho. Porém, o futuro quase sempre põe a claro situações desagradáveis e os verdadeiros propósitos que animam alguns. Que tal não suceda com os candidatos às eleições locais e legislativas.

 

Mais buscas de Dias Loureiro

Este ex-Conselheiro de Estado e que ocupou vários lugares políticos de relevo, continua a ser investigado, no âmbito do processo do BPN. E, desta vez, numa busca realizada em sua casa, foram descobertos, num lugar escondido, alguns dossiers com elementos importantes para aquele processo, pois contribuem para o esclarecimento da actuação de Dias Loureiro em relação a diversos negócios ruinosos que liderou enquanto responsável do BPN ou da SLN. Porém, Dias Loureiro continua a dizer que está de “ consciência tranquila”, afirmando a sua inocência. Enfim, há quem negue o que parece ser a própria evidência. O futuro dirá onde está a razão...

 

Os debates televisivos

Sócrates, inicialmente, recusou encontrar-se frente-a-frente com os líderes dos outros partidos concorrentes às eleições legislativas, admitindo, porém, que se realizem dois debates com a Presidente do PSD. Esta, contudo, pelo contrário disponibilizou-se a debates individuais com todos os seus adversários políticos. A atitude do Secretário-Geral do PS mereceu, naturalmente, apreciações negativas chegando a dizer-se que ele tinha “ medo” de enfrentar os responsáveis da CDU, do BE e do CDS/PP. Afinal Sócrates acabou, agora, de recuar nessa sua posição e, então, vai mesmo haver debates entre todos. Os erros e as posições precipitadas podem e devem sempre emendar-se...
Os debates decorrerão em locais neutros o que permite a Sócrates evitar que vá à TVI com quem tem tido más relações.

 

Erro nos cadernos eleitorais

Em Viseu, detectaram-se, agora, erros nos cadernos eleitorais. Cerca de duzentos eleitores “ desapareceram” desses cadernos e outros vieram a verificar que, nas próximas eleições, teriam que votar fora dos seus concelhos e mesmo em distritos diferentes! E, segundo parece, essa mesma insólita situação pode existir um pouco por todo o país. Claro está que tais erros poderiam determinar resultados viciados. Já se atribuiu a culpa aos meios informáticos utilizados na actualização dos cadernos eleitorais. E também já se disse que se vai voltar à normalidade, corrigindo-se os erros, através do Ministério da Administração Interna. Bom será, para que não se desvirtue a verdade dos resultados eleitorais.

 

Caso Freeport

A directora do DIAP, Drª Cândida Almeida, parece não ter já possibilidade de concluir a investigação no caso Freeport antes das eleições legislativas como era sua intenção. É que a Polícia Judiciária continua a fazer uma análise financeira, que é complexa, quanto aos dinheiros movimentados naquele caso. A investigação dura há cinco anos e já foram constituídos sete arguidos. Também em Inglaterra decorre ainda investigação relacionada com tal caso, mas o certo é que, até agora, os elementos já referidos num relatório de um organismo policial especializado não se conhecem em Portugal, não se sabendo as razões. Foi o Eurojust, que tem competência para ao nível europeu coordenar o combate à criminalidade e foi a esse organismo, presidido pelo magistrado português Lopes da Mota que se pediu, há já muito, a devida colaboração. O caso Freeport precisa, na verdade, de ser bem esclarecido para apurar responsabilidades.

 

Para ler e meditar

“ Por mais “ artística ou científica” que a política se proclame, nunca poderá prescindir da dimensão ética”
( Narciso Machado in Público de 27 de Agosto)

quarta-feira, agosto 26, 2009

 

Para ler e meditar

“É chocante o desprezo pela autonomia das escolas, sempre apregoada, mas sempre calcada”
(Santana Castilho, no Público do dia 19)

 

Quem não deve não teme…

O Presidente da República promulgou a nova lei quanto ao sigilo bancário.
Vai permitir-se que os Bancos não possam recusar-se a fornecer à administração fiscal os elementos pedidos referentes a contas dos clientes.
E até também passarão a poderem ser conhecidas pelo fisco as transferências feitas para “off-shores”.
Com essa nova lei, mais facilmente se provarão as fraudes fiscais e a investigação em casos de corrupção ou aproveitamento ilícito de dinheiros públicos.
E, a partir da entrada em vigor dessa lei, a administração fiscal não precisará da autorização judicial ou dos contribuintes para obter os elementos necessários à investigação.
Será mais uma medida legal no combate à crise, à corrupção e à fraude fiscal, medida que deve ser bem aceite.
Claro por aqueles a quem se ajusta o velho ditado popular: “quem não deve não teme”!

 

Marques Mendes falou

Pela televisão, ouvimos, quase na íntegra o discurso que Marques Mendes fez na chamada Universidade de Verão do PSD.
Fez uma análise demorada e profunda da actual situação do nosso país, concluindo que a democracia está a degradar-se.
E apontou vários sectores onde tal vai acontecendo: na economia, na justiça, na educação, no sistema eleitoral, na vida política.
Embora se concorde com algumas das causas (a que chamou pecados capitais) que indicou e que têm contribuído para o empobrecimento da democracia o que disse sobre a falta de ética é um facto incontestável e lamentável.
Citou a esse respeito Sá Carneiro: “a política sem ética é uma vergonha”!
É o que, infelizmente, mais vai acontecendo, pois para muitos já os valores e princípios pouco ou nada valem. A honestidade, a dignidade, a credibilidade, a fidelidade a uma formação cívica, a coerência, a observância estrita de um ideal e o cumprimento exemplar das regras democráticas são, frequentemente, ultrapassados quando se trata de alcançar a satisfação dos interesses próprios.
E os Partidos não podem abdicar de contribuírem para que os seus militantes ou meros adeptos, na defesa do ideal partidário, tenham uma conduta correcta, séria e exemplar.
Isso, porém, não tem sucedido e os Partidos parecem ter-se transformado em meros convénios de amigos, em agências de emprego, em espaços para se fazerem negócios através de influências políticas.
Mas se a democracia não pode existir sem Partidos, preciso é que estes a valorizem a todo o tempo com uma afirmação constante das matrizes essenciais do seu ideário e com uma prática coerente.
Não hesitou Marques Mendes, naquele seu referido discurso, de criticar que haja Partidos que permitam que sejam seus candidatos às eleições aqueles que estão implicados em casos afectos aos Tribunais, por crimes graves, como a corrupção, o abuso de poder, a fraude fiscal, o peculato, etc.
Claro que pode dizer-se que o princípio da inocência até à condenação definitiva deve ser observado.
Mas isso é o que diz a lei quando, afinal, o que está em causa é um critério de natureza política e este deve levar a que os Partidos não proponham como candidatos os indiciados, arguidos ou acusados em processos judiciais, para resguardo deles, dos próprios Partidos e da melhor noção de democracia.
Em casos desses a ética política deve imperar.
Na verdade, a política sem ética é uma vergonha!

terça-feira, agosto 25, 2009

 

Para ler e meditar

" A sociedade civil tem de ser mais exigente com os partidos"
( Rui Rangel in Correio da Manhã de 22 do corrente)

 

A cerimónia de homenagem a Manuel Fernandes Tomás

Ontem, a Câmara, como é habitual promoveu a cerimónia da comemoração de mais um aniversário da Revolução Liberal de 1820.
Com a assistência de algum público, junto ao monumento de Manuel Fernandes Tomás na Praça 8 de Maio discursaram a Engenheira Júlia Ribeiro Alves, presidente da Associação 24 de Agosto, o Professor Manuel Fernandes Tomás, familiar do homenageado e o Engenheiro Duarte Silva, Presidente da Câmara. Todos os oradores se referiram elogiosamente àquele a quem se chamou, com toda a justiça “ o patriarca da liberdade” e o “ salvador da pátria”, político muito notável, cidadão impoluto e honrado, brilhante deputado das Cortes Constituintes donde saiu a mais avançada Constituição da época. A esse ilustre figueirense se ficou a dever uma luta persistente e corajosa pela plena cidadania dos portugueses.
Na base do monumento a Manuel Fernandes Tomás foram depostas flores, oferecidas pela Câmara e pela Associação 24 de Agosto.

 

Agravou-se a situação da Segurança Social

O saldo da Segurança Social desceu 63%, quando se previa apenas que o decréscimo se situasse nos 43%. É claro que essa situação tinha que ocorrer: o pagamento do 13 mês aos pensionistas e o aumento substancial do subsídio a pagar aos milhares de desempregados levaram a uma subida exponencial das despesas. Não é ainda caso para muita preocupação, pois os dinheiros do Estado aparecerão para cobrir o que for preciso...
Só que não sabemos até quando se pode contar com esses dinheiros. É que tantas são as solicitações a que tem sido preciso acudir, que a verdade é que o erário público não é um saco sem fundo.

 

O mediador do crédito

O ex-Secretário de Estado dos assuntos fiscais, Dr. João Amaral Tomás, nomeado para o novo lugar de mediador do crédito, vai ter como remuneração mensal cerca de 7 mil euros. Para além de ser discutível a necessidade da criação desse lugar, tendo como tem o governador do Banco de Portugal as suas funções reforçadas, não é, na verdade, aceitável que se atribua ao mediador do crédito tão elevada remuneração. É que ao fim e ao cabo, embora ultimamente venha a defender-se a contenção nos ordenados dos gestores não se tem visto nada nesse sentido. E, hoje, mais vale ter um ligar como o do Dr. João Amaral Tomás do que pertencer a um governo. Não tardará muito que para a governação do país haja apenas medíocres a aproveitar.

 

Até que enfim!

O Secretário-Geral do PS foi à Madeira participar na Festa da Liberdade promovida pelo seu partido.
Até que enfim que se dispôs a responder “ à letra” aos verdadeiros insultos que Alberto João Jardim lhe tem dirigido constantemente. E não foi preciso referir uma só vez o nome daquele político madeirense. Mas, Sócrates foi dizendo que “ o insulto de grada a democracia, degrada a liberdade e é uma arma dos fracos”, ao mesmo tempo que afirmou não querer dar lições de boa educação, de boas maneiras ou de bom gosto.
Distinguiu, porém, quem caía frequentemente no insulto do bom povo madeirense que considerou generoso e trabalhador. Sócrates marcou naquela festa da liberdade a posição que se impunha em relação a Jardim (será que ele percebeu?) o que já tardava e fê-lo com inteligência. Claro que, como já lhe é habitual aproveitou a ocasião para elencar o que de bom se fez neste mandato do governo e para falar sobre o programa eleitoral do PS, criticando que os outros partidos ainda não tenham apresentado os seus.

 

Onde está a convicção?

Quem convictamente tem um ideal, quando se impõe falar dele publicamente, não precisa de socorrer-se de um discurso escrito, precisa, sim, de deixar falar o coração, de expressar o que lhe vai na alma. Mas, quando não se sente verdadeiramente o que se diz, quando não se aderiu profundamente a valores e princípios essenciais de um ideário, então as palavras que se proferem saem “ chochas”, soam a falso. E não têm o condão de convencer quem as ouve...
Mesmo na política, vêem-se já responsáveis a debitar, quantas vezes monocordicamente e com frieza, frases feitas escritas num papel.
A tal convicção que advém de uma adesão sincera a uma Causa ou ideal, não transparece, por mais que se berre e gesticule.
Claro que discursos dessa natureza são negativos, não mostram verdade e fidelidade a um rumo político certo e bem definido.
É pena que assim aconteça, numa época em que cada vez mais se deve exigir a pureza dos ideais políticos e a sua afirmação constante, sincera e convicta.
É que, quando isso não existe há apenas mera hipocrisia, disfarce e mentira nas palavras que se dizem e nas posições que se tomam. A falta de convicções sérias e a falta de ética fazem aparecer, com demasiada facilidade “ saltitões” de um lado para o outro, à procura da satisfação dos seus próprios interesses, mormente nos períodos eleitorais.

segunda-feira, agosto 24, 2009

 

Manuel Fernandes Tomás

Hoje, comemora-se mais um aniversário da Revolução Liberal de 1820.
Foi seu mentor e principal impulsionador o ilustre figueirense Manuel Fernandes Tomás, nascido em 1771, distinguindo-se como jurista e que ocupou vários lugares de relevo e também como político lutando, com muita coragem, por uma sociedade melhor, com mais justiça, fraternidade e solidariedade.
Daí que a morte de Manuel Fernandes Tomás em 19 de Novembro de 1822, tenha causado geral e profunda comoção pública, reveladora do elevado grau de admiração e pareço em que era tido pela população.
Escritores e poetas, políticos e homens simples prestaram-lhe sentida homenagem póstuma.
Pinheiro Chagas na sua História de Portugal refere-se assim a Fernandes Tomás: “ Ele era, entre os homens de 1820, o que tinha mais bom senso e o que se mostrava mais homem de governo. Tinha um imenso prestígio, um grande e sincero patriotismo, resolução e energia, era um pensador e um homem de acção”.
Mesmo os que de algum modo censuram à Revolução de 1820 um certo romantismo, a sua natureza essencialmente burguesa, a estranha fidelidade ao monarca responsável pelo caos a que chegara o país, a demagogia e os excessos nas medidas logo tomadas ( como se fosse possível evitar excessos nos primeiros momentos da emancipação de um povo) – mesmo esses reconhecem a excelência do carácter de Manuel Fernandes Tomás, a sua coragem, a sua honradez, o seu intenso portuguesismo, a coerência política e verticalidade moral.
Todos o consideram o ideólogo e impulsionador do liberalismo português, o dinâmico e esclarecido obreiro da Constituição de 1822 (a mais avançada na época), esteio jurídico de uma nova ordem assente em profundas reformas políticas, económicas e sociais – reformas que soube, com muita coragem e brilho, defender nas Cortes Constituintes, onde foi o mais notável deputado.
Orador eloquente e arrebatador, sempre revelou um firme propósito de combater uma caduca e obsoleta sociedade feudal, pugnando pela cidadania completa de um povo.
Enquanto muitos dos seus companheiros do Sinédrio, associação clandestina onde, no Porto, se preparou a Revolução de 1820, se contentaram quando lhes foi garantido o regresso do Rei, que fugira para o Brasil receoso das consequências das invasões francesas, e a expulsão de Portugal do general Beresford e da oficialidade inglesa que estavam a “ tiranizar” o nosso país – Manuel Fernandes Tomás manteve-se fiel aos objectivos essenciais do Movimento de 1820: pôr fim ao absolutismo, instaurar uma monarquia constitucional, devolver a soberania às Cortes, acabar com os privilégios, consagrar a igualdade perante a lei e os direitos e liberdades fundamentais, permitir que os portugueses pudessem participar na vida pública, acabar com o veto real, instituir a liberdade de imprensa, etc.
O liberalismo de Manuel Fernandes Tomás era, sem dúvida de esquerda, o que lhe causou dissabores provocados pelos conservadores.
Mas aquele ilustre figueirense nunca os temeu e foi sempre igual a si mesmo.
Manuel Fernandes Tomás foi um político notável, um cidadão impoluto e honrado, dinâmico e inteligente, trabalhador em prol da cidadania plena dos portugueses.
Os que fazem da vida uma doação constante ao Bem Comum acabam por permanecer para sempre na memória das Gentes.
Manuel Fernandes Tomás é um desses homens que, pela sua sempre valente e irrepreensível acção política, merece ser lembrado neste dia 24 de Agosto, data em que aconteceu a Revolução Liberal de que foi a figura central.

domingo, agosto 23, 2009

 

Para ler e meditar

“ Maria Luísa já era nome de mulher, nome de praia e até nome de canção. Agora é também nome de tragédia. É bom não a esquecermos, sobretudo a última”
( Nuno Pacheco in Editorial do Público de hoje)

 

A ética exige

Os que exercem funções autárquicas e são, agora, também candidatos nas próximas eleições não devem utilizar em actos da sua campanha meios oficiais, como transportes, serviços dos seus funcionários, etc.
Se assim fizerem sujeitam-se, e com razão, a censuras de quem tem conhecimento desses verdadeiros abusos.
A ética manda que, na política, se adoptem condutas correctas, isentas, transparentes e sérias.
Mais: os candidatos devem apenas usar os meios próprios de que dispõem e não os que não lhes pertencem, por estarem afectos às funções oficiais que desempenham.
Infelizmente, porém, por todo o país vão-se conhecendo muitos desses abusos, com o aproveitamento indevido e mesmo ilícito de meios oficiais em actos privados que nada têm a ver com as suas campanhas políticas.
Quem não cumpre as regras da ética, não pode merecer confiança quanto à sua vida política.

 

As eleições no Afeganistão

Como foi possível que os observadores internacionais se tenham decidido a dizer que as recentes eleições presidenciais no Afeganistão decorreram em bom nível democrático?
Num país em que há guerra, em que parte da população ( os talibans) combate diariamente outra parte, através de actos de terrorismo, provocando muitas mortes e destruição de património, como poderá falar-se em democracia?
Sendo já reconhecido que a vários lugares do país não chegaram as urnas às mesas de voto, será isso de somenos importância para aqueles observadores internacionais?
E não foi verdade que tenham morrido mais de uma vintena de pessoas e muitas outras ficaram feridas? Como pode, então, passar-se por cima de tudo isso e aceitar-se que as eleições decorreram em razoável nível democrático?
Acresce que no Afeganistão há leis que discriminam significativamente as mulheres e que o poder instituído persegue e prende arbitrariamente.
Há, realmente, muito, mesmo muito a fazer naquele país para se poder dizer que nele existe um regime democrático, não só quanto a eleições mas também quanto a muitas outras questões.
Destas eleições, pode registar-se apenas: a coragem como milhões de afegãos, apesar das ameaças dos talibans acorreram às urnas.

 

A derrocada de uma falésia em Albufeira

Na praia Maria Luísa em Albufeira ocorreu uma derrocada de parte de uma falésia. E morreram cinco pessoas que ali estavam a gozar o quente sol algarvio, registando-se, ainda, mais três feridos. Féria desastrosas para aqueles que foram apanhados de surpresa pelo desmoronamento daquela arriba. Agora, está a tratara-se de apurar o que terá provocado aquele infausto acontecimento. Já foi dito que aquela zona das falésias, junto à referida praia tinha sido examinada há poucos dias, concluindo os peritos que não oferecia perigo. Porém, o certo é que na que ruiu estava mesmo um sinal a avisar da possibilidade de perigo. Há também quem diga que um sismo, aliás de diminuto grau, que se verificara recentemente na costa algarvia, terá sido a causa do que ocorreu na praia Maria Luísa.
O que se sabe é que há uma grande extensão do litoral português que está a sofrer, de ano para ano, substanciais alterações, tendo já o mar avançado pela terra, nalguns locais cinco metros.
Sabe-se, também, agora que desde 2002 que a UE aconselhou Portugal a que, no seu litoral, se procedesse a uma gestão integrada e à tomada de medidas que afastassem perigos semelhantes ao que ocorreu naquela praia.
Só que, apenas no Conselho de Ministros de quinta-feira passada o assunto foi considerado, aprovando-se uma reforma cujos contornos não se conhecem ainda.
A obra a fazer é, na realidade, premente e urgente.

sábado, agosto 22, 2009

 

Para ler e meditar

“ A presunção de inocência é o novo cabide onde os maus políticos penduram a sua falta de princípios éticos”
(João Miguel Tavares in Diário de Notícias de 18 do corrente)

 

Por que há-de ser assim?

Francamente, não se compreende qual a razão porque os debates televisivos a respeito das eleições legislativas hão-de beneficiar os dois maiores partidos.
O que se pretende é que se realizem dois debates entre os líderes do PS e do PSD e apenas um em que intervenham todos os responsáveis dos partidos concorrentes àquelas eleições.
Será uma discriminação inaceitável numa democracia. Não deverá fazer-se distinção entre grandes e pequenos partidos e, numa campanha eleitoral impõe-se que sejam tratados por igual.
Daí que quer o BE, a CDU e o CDS/PP tenham já manifestado o seu protesto se a televisão vier a acolher aquele desejo do PS.
E até mesmo a líder do PSD já considerou “ pouco democrático” fazer dois debates com Sócrates, dispondo-se, sim, a encontrar-se na televisão com os representantes de todos os partidos com assento parlamentar. Na verdade, em nosso entender, será até abusivo que o PS e o PSD venham a ter mais tempo de antena para os seus debates do que os outros concorrentes às eleições.
Aliás, em 2005 o PS queria apenas que houvesse um debate televisivo com Santana Lopes, então líder do PSD.
Por que há-de agora diferente?

 

E a provocação repete-se

A exemplo do que, há dias, ocorreu na Câmara de Lisboa, agora foi na Cidadela de Cascais que apareceram hasteadas bandeiras monárquicas. Pelos vistos, trata-se de uma operação combinada e provocatória. Será que, com actos desta natureza, querem pôr em causa a República, por ocasião do seu próximo centenário? Já tivemos um “ reizinho” que subjugou o povo português durante quase meio século, deixando-lhe uma muito pesada herança. Os “ meninos” ( se é que são só meninos) que nadam a fazer essas tropelias, que tenham juízo, que estejam quietinhos vivendo de um passado cada vez mais distante e irrepetível, pois assim ninguém lhes fará mal.

 

Exigência que parece ser injustificável!

Com a excepção das listas do PS, todas as dos outros partidos e Movimentos concorrentes às eleições autárquicas no nosso concelho, apanharam “ um susto” por uma exigência do magistrado a quem compete a apreciação do cumprimento da lei.
É que, segundo uma notificação do tribunal, das listas em causa não constavam as fotocópias dos bilhetes de identidade, mas apenas a indicação dos elementos desses respectivos bilhetes. E a notificação dava apenas o prazo até à próxima segunda-feira (o que quer dizer que havia apenas um dia útil para se poder obedecer ao despacho do senhor juiz).
Pelo que nos é dado conhecer a lei não exige efectivamente a entrega das fotocópias dos BI, parecendo ter havido uma exigência a mais. Se os partidos e movimentos notificados não pudessem cumprir o que se lhes exigia, seriam penalizados com a não aprovação de todas as listas, excepto, claro, as do PS.
Seia, portanto, umas eleições com listas únicas, o que seria original.
Mas, decerto que tudo será resolvido apesar do pouco tempo e das muitas diligências que houve que fazer para a obtenção das fotocópias exigidas.

 

As sessões de esclarecimento

Em vez de comícios grande sou pequenos, de espectáculos dispendiosos para atrair gente parece-nos ser altura de voltar a dar preferência às sessões de esclarecimento, realizadas em salas cedidas pelas colectividades ou instituições.
É que nessas sessões (e tantas se fizeram após o 25 de Abril nem sempre, é certo, bem conduzidas!) pode haver lugar ao diálogo entre os candidatos e quem os ouve.
E do diálogo, franco, livre e sério resultará sempre algo de positivo, um melhor conhecimento das posições adoptadas. Nessas sessões, dá-se a oportunidade aos que a elas assistem de fazer intervenções, colocando questões, falando de problemas e necessidades das populações e dos lugares, querendo saber o que propõem os que querem vir a ter a gestão dos órgãos municipais.
Nos comícios, pelo contrário, só se ouve uma voz, que pode ou não arrebatar a assistência, que ficará “ muda e queda”. E tudo termina com vivas a isto ou aquilo sem se discutir o que mais interessa ao desenvolvimento das terras.
O diálogo entre as populações e os candidatos é, sem dúvida, uma necessidade de que não se deve prescindir.

quinta-feira, agosto 20, 2009

 


 

Post publicado in Aldeia Olímpica

Depois da entrega das listas concorrentes às eleições, o Tribunal notificou o BE, a CDU o PSD e a lista independente “Figueira 100%” para entregarem fotocópias do bilhete de identidade de todos os seus candidatos.Independente de ser difícil, quanto mais não seja pelos prazos e pelo acto em si de andar a correr atrás das pessoas a pedir-lhes tal, deve-se dizer que é uma imposição que não está contemplada pela lei, que a isso não obriga.Agora, que pode dar azos a especulações, lá isso pode, sabendo toda a gente que o "ps" está derramadinho para continuar no poder e para conseguir algumas câmaras extra. Uma vez que será caso único no país em que o Tribunal fez semelhante exigência, pelo menos, e ao que soubemos, no distrito de Coimbra foi mesmo caso único.Aguardamos para ver no que isto pára, pois pensamos estar perante um “golpe de estado”. Cómico, ridículo, descarado, mas golpe de estado.

Remado por: alex campos em 8/20/2009 06:52:00 PM 0 saltos em comprimento
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Para ler e meditar

“ O regime democrático não pode aceitar tamanha suspeição entre dois pilares da soberania. É um cheiro nauseabundo a Watergate”
( Eduardo Dâmaso in Correio da Manhã de ontem)

 

Álvaro Cação Biscaia

Este nosso bom amigo acaba de coordenar uma publicação, intitulada “ Do largo da CP ao Largo Dr. Nunes”. É um valioso contributo para uma parte da história da Figueira com referências a vários e importantes eventos ocorridos na nossa cidade. A distribuição dessa publicação, de agradável aspecto gráfico é gratuita e pena é que a edição tenha uma tiragem muito limitada (5000 exemplares).
A Figueira precisa de obras desta natureza e porque não Cação Biscaia lançar-se numa Monografia actualizada da nossa terra?
Para já, parabéns pelo trabalho que apresentou.

 

5,5 milhões de euros para eleições, é obra!

Enquanto todos os outros partidos foram comedidos nos orçamentos para gastos com a campanha das eleições legislativas, o PS vai despender 5,5 milhões de euros, ou seja, mais de um milhão relativamente às eleições de 2005.
O Presidente da República com a justificação da muito grave crise económica que existe, “ aconselhou” uma contenção nas despesas eleitorais por parte dos partidos.
Mas tal não foi ouvido e só para comícios e espectáculos o PS gastará mais de 2 milhões de euros!
Comparando com o que foi gasto em 2005, agora em 2009 o PSD vai reduzir para metade, a CDU também reduz para cerca de metade, O BE gastará um pouco mais e o CDS/PP reduz muito mais de metade (de 6,7 milhões para 0,85).
Será que nos tempos de hoje os grandes comícios e os vistosos espectáculos servirão já para ganhar votos?
Ou será preciso muito mais para convencer os eleitores, que conhecem bem a realidade, sendo difícil fazê-la esquecer.

 

Escutas na presidência?

Uma notícia está a complicar ainda mais o relacionamento entre a Presidência da República e o governo. É que veio a público que um membro da Casa Civil de Cavaco Silva disse haver suspeita de no Palácio de Belém terem sido colocadas escutas.
E essa suspeita não é já de agora, existindo, sim, há mais de um ano.
Não acreditamos, até prova em contrário, que tal seja verdade pois nem o governo nem o PS se arriscariam a tanto!
Mas, a reacção a essa notícia por parte de Sócrates não foi, no nosso entender, a melhor, ao dizer que se tratava apenas de “ disparates de Verão”.
Devia o Primeiro-Ministro exigir uma investigação profunda para apurar se essa notícia é verdadeira ou não passa de mais uma atoarda sem qualquer justificação.
É que, ao contrário do que já disseram o PCP, BE e CDS/PP o caso tem mesmo interesse e reveste-se de gravidade, pelo que deve ser esclarecido.
O governo ou o PS vigiarem os serviços e os assessores do Presidente não deve importar num regime democrático que se se quer transparente em que não seja possível os responsáveis do poder duvidarem uns dos outros?
Repetimos: não acreditamos que seja verdade que a Presidência da República esteja a ser vigiada ou controlada.
Mas impõe-se que se proceda a um imediato inquérito para apurar responsabilidades.
O actual Procurador-Geral da República não admitiu, há já mais de uma ano, estar a ser escutado?
Cavaco Silva ainda não se pronunciou sobre este caso, mas referiu publicamente que estará atento ao que se passar nesta campanha eleitoral, admitindo mesmo que poderá fazer um comunicado ao país.
Enfim, algo que poderá “ azedar” ainda mais as relações entre o Presidente e o governo.

 

Actos condenáveis

O Engenheiro Daniel Santos, líder do Movimento 100% Figueira informou, numa recente conferência de imprensa, que, infelizmente, se verificaram vários actos lamentáveis como ameaças a apoiantes desse Movimento e ao furto do interior de um automóvel de listas de apoios que se destinavam a ser entregues na sede.
As ameaças, relacionadas com a vida profissional de uma apoiante que já tinha aceite ser candidata e uma Junta de Freguesia levaram-na a desistir.
Daniel Santos disse desconhecer os responsáveis por tais actos tão censuráveis e mesmo ilícitos.
Mas, fossem eles quem fossem, os responsáveis autores dessas indignas condutas revelam que ainda há quem não saiba agir democraticamente, desconhecendo ou fingindo desconhecer as suas regras.

 

Os programas dos partidos e dos Movimentos

É essencial que cada um dos Partidos e Movimentos concorrentes às próximas eleições autárquicas elabore e apresente com tempo o seu programa próprio. Embora naturalmente não se deva cair em promessas quanto às quais não há condições para as cumprir, dada a difícil situação financeira da nossa Câmara, não se podendo fazer grandes voos quanto a iniciativas, obras e empreendimentos.
Mas pode e deve, com a maior ponderação, estabelecer-se um elenco de prioridades quanto aos vários sectores, como os económico, turístico, social, cultural, educativo, etc.
E há, sobretudo, que se ter a vontade de “ forçar” a administração central a contribuir para os eventos mais importantes e representativos.
Não chega só, durante a campanha, fazer comícios, gritar slogans, abanar bandeiras, fazer tocar música apelativa, falar bem e arrebatar quem ouve.
Será preciso, sim, que os candidatos ao irem aos lugares e contactarem as populações conheçam já, pelo menos, os mais prementes problemas e necessidades, sabendo dar-lhes uma resposta que não seja demagógica.
E, sobretudo, que a campanha eleitoral se baseie na verdade e numa abordagem séria das questões.
É isso que os eleitores esperam decidindo-se por quem se apresente com uma melhor preparação, com uma já experiência autárquica, e maior capacidade para resolver problemas concretos e promover a prosperidade que o nosso concelho merece.
Aquilo a que chamo o “ folclore político” que geralmente se adopta nas campanhas eleitorais pode agradar momentaneamente, mas depressa se esvai, não tendo grande influência na vontade dos eleitores na hora das decisões.
É como um fogo de artifício que, por instantes, pode deslumbrar, mas que arde depressa e desaparece!

quarta-feira, agosto 19, 2009

 


terça-feira, agosto 18, 2009

 

Para ler e meditar

" Alguém acredita que um governo minoritário acossado por uma crise económica sem precedentes terá condições para se aguentar no poder durante uma legislatura?"
( Camilo Lourenço un Jornal de Negócios de ontem)

 

E as legislativas?

É de admirar que os partidos andem tão calados quanto às eleições legislativas que se disputam em 27 de Setembro. Com excepção do que o governo vai inaugurando quase todos os dias, servindo naturalmente para fazer a propaganda que lhe interessa, e as festas de Verão, as feiras e as romarias que são visitadas por alguns responsáveis políticos, o certo é que não se tem visto uma pré-campanha organizada. Os cartazes apareceram mas ficou-se por aí. E, no entanto, tais eleições são de grande importância pois irão determinar a forma como o país vai ser governado.
Houve quem não prescindisse das férias, preferindo ganhar nelas forças suficientes para uma campanha que se prevê ser muito dura.
Só que bastarão apenas alguns dias, após o início de Setembro para que a campanha resulte esclarecedora e eficaz para convencer os eleitores a optarem?

 

Desinteresse ou desilusão?!

Das listas apresentadas para as Juntas de Freguesia nota-se que nem os partidos nem os Movimentos, em confronto eleitoral, conseguiram candidatos para algumas das 18 freguesias do concelho.
Cremos ser a 1ª vez que tal acontece, impondo-se averiguar quais as razões dessa situação.
Somente desinteresse pela política, por mera comodidade ou mesmo desilusão quanto à acção passada dos partidos?!
Uma coisa e outra têm que deixar-nos preocupados, porque tal representa uma insatisfação pela forma como as populações das freguesias estão a ser tratadas.
As Juntas de Freguesia são, como se sabe, os órgãos autárquicos que mais próximos estão dos problemas e necessidades dos lugares.
Merecem pois, as suas populações que se lhes dê a melhor atenção, para que possam acreditar que também ali a democracia é o regime que convém.

 

Mais um revés para o PSD

José Elísio de Oliveira anunciou na reunião camarária de ontem que passava a vereador independente, pois iria concorrer nessa qualidade à Junta de Freguesia de Lavos. E aproveitou para fazer uma crítica severa a Duarte Silva, chegando a dizer que, além de estar a sofrer pressões, o desiludiu na sua gestão camarária. “ Zurziu” também com palavras duras em Lídio Lopes, seu colega de vereação e actual presidente da comissão política da concelhia do PSD que lhe arrebatou esse lugar nas últimas eleições internas realizadas naquele partido.
O mau ambiente entre a maioria da vereação social-democrata já se notava há muito, mas nunca se previu sequer que, a dois meses das eleições autárquicas José Elísio “ batesse com a porta”, mantendo-se, porém, na vereação como independente e fazendo concorrência ao PSD candidatando-se para presidente da Junta de Lavos.
E, na Câmara, até terminar este mandato, como irá votar José Elísio: com o PSD ou com o PS, seu antigo partido?!
Duarte Silva terá ainda mais dificuldades pois sem Paulo Pereira Coelho e sem José Elísio perdeu-se a maioria de que dispunha.
Mais um revés para o PSD local.

 

A renovação

Nos dois principais partidos, a nível local, diz-se que houve a preocupação de renovação quanto à constituição das listas eleitorais. Mas que critérios foram seguidos na escolha daqueles com que se pretende alcançar tal renovação?
Não é esse propósito que está em causa pois, em política, há sempre que dar lugar aos novos, quando merecedores pelo seu mérito.
Há, por isso, que saber optar pelos melhores, pelos que têm as condições necessárias para um eficiente desempenho autárquico.
Impõe-se a quem compete formar as listas conhecer bem os que deseja para seus colaboradores na gestão dos órgãos municipais.
Pelo menos alguma experiência política ou já uma acção cívica em qualquer colectividade ou instituição, boa consideração social, simpatia e bom acolhimento junto da população, bons conhecimentos e prestígio na profissão exercida, aceitação do aconselhamento ou exemplo dos mais velhos, etc – eis algumas condições que podem ajudar a uma eficaz actividade autárquica. Se isso foi ponderado em relação aos escolhidos para as listas, a renovação poderá dar bons resultados. Se apenas se ligou importância às amizades ou a pressões de vária ordem, então nada de útil virá a verificar-se.
O futuro dirá!

segunda-feira, agosto 17, 2009

 

Padre António Matos Fernandes

No passado dia 15, o Reverendo Padre António Matos pároco de Tavarede, Vila Verde e Brenha foi justamente homenageado pelos 50 anos da sua Ordenação. Só agora, regressado de férias tive conhecimento desse evento, não podendo, embora com atraso, deixar de me associar a essa homenagem.
O padre matos é um verdadeiro homem da Igreja que desde sempre a tem servido o melhor possível, com fidelidade e uma fé inabalável, tendo há muito já exercido uma acção apostólica notável e revelado sempre um grande espírito de humanidade. Dotado de muita simplicidade, sempre se dispõe a ajudar os mais carenciados, dispensando-lhes a melhor caridade e amor.
Ao senhor Padre Matos saúdo com muita amizade, desejando-lhe a continuação de uma cada vez mais profícua acção sacerdotal.

 

Para ler e meditar

“Gostaríamos que a nossa elite política sentisse a necessidade de caprichar nas frases. Estas, no combate político, não se fazem com canhão mas florete”
(Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias de ontem)

 

República e monarquia

O insólito acontecimento de ter sido, a coberto da noite, substituída a bandeira da República Portuguesa, que estava hasteada na varanda principal da Câmara Municipal de Lisboa, pela bandeira monárquica veio, pelo menos, agitar as hostes monárquicas que apoiaram esse acontecimento.
E até D. Duarte Nuno, que se diz ser o herdeiro do trono de Portugal, aproveitou para falar, na televisão, de que seria importante que fosse o povo português a votar sim ou não à monarquia.
É que, segundo ele, seria a mesma coisa ter um chefe de estado republicano e um rei como chefe de estado.
Só que não é, efectivamente, o mesmo: o chefe de estado na república pode ser substituído e sujeitar-se periodicamente a eleições; um rei não é eleito e quando deixar de exercer o poder quem o substituir também não é eleito mas, sim, é chamado em obediência à regra da sucessão dinástica.
Quer dizer que o povo não terá o direito de escolher em relação a quem queira ver no poder. Terá, sim, que aceitar quem lhe é imposto, de acordo com “o sangue real”!
Claro que as monarquias existentes já não são absolutas, sujeitando-se a órgãos democráticos, estes eleitos pelo povo.
Mas tal não é tudo.
O chefe de estado, quando rei, não é efectivamente escolhido e votado.
Portanto, não venha agora D. Duarte Nuno tentar “pôr poeira nos olhos dos portugueses”,
E, quanto à substituição da bandeira republicana pela monárquica, há que apurar os responsáveis e fazê-los responder judicialmente.
Portugal, ainda não é “uma república das bananas”!...

 

Afinal, o pluralismo existe no PS

Paulo Pedroso veio também agora manifestar a sua opinião no sentido de que o PS deve vir a fazer coligações com o BE e o PCP, criando-se uma frente de esquerda, para se ganhar a futura governação do país.
Esta opinião coincide com a de Ferro Rodrigues, numa sua recente entrevista.
E haverá outros também a sentirem ser uma necessidade tais coligações, embora ainda não a tenham manifestado em público.
Claro que não deixará de haver dentro do PS, quem nada queira com os referidos Partidos de esquerda.
Mas, para já, há vozes corajosas que mostram que, na verdade, no PS se admite e aceita o pluralismo de opiniões.
Ainda bem que assim é!

 

E as listas foram entregues

O prazo estabelecido para serem presentes no Tribunal as listas dos vários candidatos aos órgãos municipais cumpriu-se hoje.
E os vários Partidos e Movimentos concorrentes às próximas eleições autárquicas ali compareceram entregando a documentação necessária para serem aceites aquelas listas.
Com maior ou menor acompanhamento, satisfez-se um imperativo legal e os dados estão lançados!
Agora, vai ainda ser muito o trabalho a fazer em todo o concelho, a fim de serem apresentadas as diversas propostas que cada candidatura tem para o desenvolvimento do nosso concelho.
Há que convencer os eleitores e, para isso, impõe-se falar com clareza, com verdade e prometer apenas o que pode ser concretizado.
E, então, bom será que os candidatos revelem imaginação, constante propósito de fazer valer o que mais convém nas várias áreas sectoriais.
Claro que não podem deixar de agir em coerência com a sua opção política, uns mais à direita e outros mais à esquerda.
E necessário se torna não esconder o que se é e o que se pretende verdadeiramente.
A decisão será sempre dos eleitores, cuja habitual sabedoria não os deixará enganar-se.

 

As listas

Escrito por Bela Coutinho

Figueira da Foz

Luta “renhida”com sete candidatos

Terá sido dos segredos mais guardado nos últimos tempos, o da composição da lista do PSD à câmara municipal, para as próximas eleições autárquicas. Duarte Silva, que se recandidata ao terceiro mandato consecutivo, terá escolhido a “dedo” os nomes que o vão acompanhar, até pela experiência deste mandato que está a terminar. No entanto, segundo o nosso Jornal apurou, a grande novidade reside na não integração nessa lista de Lídio Lopes, presidente da concelhia “laranja” e a ser assim, é colocado de parte um dos elementos que, em conjunto com Teresa Machado, mais tem defendido o presidente. Quanto aos restantes nomes que irão integrar a lista do PSD, são eles Teresa Machado, Miguel Almeida, que regressa assim às lides autárquicas depois de ter sido vereador no mandato de Santana Lopes, João Gonçalves e Ana Rolo. Isto, se não acontecer qualquer “viragem” de última hora.No PS já não existe qualquer novidade, uma vez que a lista que deverá ser apresentada hoje em tribunal, será a mesma que João Ataíde das Neves propôs aos militantes locais há uma semana atrás e que foi chumbada com 20 votos contra e 16 a favor. No entanto, com a intervenção ou não do partido a nível nacional, a verdade é que “o que o juiz decide, está decidido” e o cabeça de lista pelo partido “rosa”, leva mesmo consigo Carlos Monteiro para número dois, seguindo-se Isabel Cardoso, António Tavares, Rui Cardoso e Joana Aguiar.Mais pacífica, pelo menos aparentemente, terá sido a elaboração da lista de Daniel Santos, que lidera a candidatura independente “Figueira a 100%” e que é acompanhado quer em candidatos, quer em adeptos, por elementos de diversos quadrantes partidários. A acompanhar Daniel Santos, estarão em número dois, Vítor Coelho, seguindo-se Ilda Simões, Vítor Guedes, Isabel Melo Biscaia e Luís Miguel Pauseiro. Da lista fazem ainda parte Sérgio Gaspar, Maria José Albarino Maia e Carlos Cabeças. Quanto à CDU, que apresentou todos os nomes da sua lista na passada semana, tem a liderar a candidatura, Silvina Queiroz que será acompanhada por Carlos Batista, Olga Gaspar, Adalberto Carvalho e António Rafael. Nazaré Melo, Augusto Alberto Rodrigues e Nelson Delgado, são outros nomes que fazem parte da lista que hoje é entregue.Com a candidata do CDS/PP Francisca Geraldes, vão Agostinho Pereira Dias, Diogo Tovar, Marisa Lázaro, Lemos Moreira, Gama Reis, Conceição Coelho Geraldes, Amélia Gaspar, e Teresa Ataíde. Não nos foi possível apurar os nomes que acompanham os restantes dois candidatos, Javier Vigo pelo MMS e Rui Curado Silva pelo Bloco de Esquerda.

domingo, agosto 16, 2009

 

Para ler e meditar

“Com mais de 500 mil portugueses no desemprego (9,1 por cento) e com quase 200 mil sem subsídio, o país não precisa de optimismo. Precisa que o Governo mostre algum senso da realidade”
(Vasco Pulido Valente, no Público de hoje)

 

Para quê falar já de coligações?!

Ferro Rodrigues, em recente entrevista, opinou que, no caso de o PS não alcançar uma maioria parlamentar, podia e devia chamar ao governo o BE e o PCP.
Mas estes Partidos já vieram dizer que não estão dispostos a coligações com o PS.
Foi, talvez, precipitada aquela opinião de Ferro Rodrigues e sobretudo em falar de coligações.
É que há outras formas de entendimento entre os Partidos em causa a fim de vingar uma política de esquerda, vencendo uma direita conservadora e retrógrada.
E uma melhor governação exige, sem dúvida, a implementação de políticas social, laboral, económica, cultural, educativa, de natureza efectivamente de esquerda.
Tal é possível quer com a participação no governo do BE e do PCP quer com acordos sectoriais ou parlamentares.
Portanto, é ainda inoportuno dar opinião sobre a futura governação do país, embora se deseje que as forças de esquerda se aproximem através de meios considerados os melhores e possíveis.

 

A política nas autarquias

Os ideais políticos daqueles a quem compete a governação autárquica podem e devem estar sempre presentes nas medidas que forem tomadas.
Além das soluções para problemas concretos, os que dirigem as autarquias não podem abdicar das suas opções políticas que têm quanto a nível até nacional, pondo-as em prática.
Quer dizer que importa que do seu programa de acção constem devidamente elencadas as prioridades de acordo com um plano geral, espelhando nele o norte político que se tenha e sempre tendo em atenção os melhores interesses da comunidade.
Os autarcas não podem tornar-se amorfos politicamente, mas, pelo contrário, o seu pensamento político deve informar os seus actos na vida autárquica, de forma a agirem coerentemente com os princípios e valores que defendem, sejam eles quais forem, e que fazem parte da sua formação política.
Fingir o que não se é, está mal, mesmo muito mal!

 

A época eleitoral

Em períodos eleitorais, os ânimos azedam-se, ultrapassa-se com frequência a barreira da boa educação, despreza-se a tolerância, não se respeitam os adversários políticos.
E, por vezes, usam-se até de meios torpes e altamente censuráveis, como a maledicência, o insulto, a mentira e os ataques pessoais.
Os que assim procedem não sabem, efectivamente, o que é a verdadeira democracia, preferindo esquecer as suas regras.
Para esses, o que importa é somente obterem a vitória eleitoral, há custa do que for, mesmo sacrificando a ética…
“Quem não é por nós, é contra nós” era o que dominava a política dos tempos de má memória!
Mas, infelizmente, ainda vai havendo por aí quem pense assim.
É pena e mais pena faz que tal parta de pessoas intelectualmente qualificadas, que deviam dar exemplo de uma melhor postura cívica.

sábado, agosto 15, 2009

 

Para ler e meditar

“ Um líder que retalia opositores e se vinga de quem lhe faz críticas é um ser fraco”
(Áurea Sampaio na última Visão)

 

Da política local

-afinal não haverá bronca no PSD Figueira pois, segundo consta, Vítor Pais continuará como indigitado para a Presidência da Assembleia Municipal
- o Movimento 100% Figueira inaugurou, ontem, uma sua sede no Bairro Novo, aproveitando para apresentar alguns candidatos às Juntas de Freguesia. Tal acto., muito concorrido, vendo-se ali pessoas de diversas tendências políticas, e até conhecidas como apoiantes, até agora, de vários partidos.
- este fim-de-semana vai ser muito trabalhoso para nos partidos e Movimentos concorrentes se ultimarem as listas que ainda estão incompletas
- tem havido, o que é de lamentar, alguns que estavam comprometidos por um lado, à última hora, passarem-se para outro
- ao contrário do que ultimamente tem constado, Miguel Almeida não fará parte da lista do PSD local para a Câmara
- num site em que se indicam os nomes de algumas pessoas que se dizem ser apoiantes de uma candidatura, aparecem, até os nomes de alguns que já faleceram!! Nem nisso há cuidado!

 

Pré-aviso de greve na TAP

O presidente do Conselho de Administração da TAP considerou como uma “ declaração de guerra” um pré-aviso de grave apresentado pelos trabalhadores. Estes classificam como muito escandaloso que as remunerações dos órgãos sociais tenham aumentado e que ainda recentemente a empresa tenha comprado 42 automóveis, distribuindo-os a directores e a alguns funcionários superiores. Mas tem sido negada a revisão salarial, com a justificação de que é difícil a situação financeira da empresa, não havendo disponibilidade para se proceder a essa revisão salarial.
É realmente o cúmulo da desfaçatez.
Mas é o que vai sendo habitual no nosso país.

 

Quem dera!

Foi anunciado que, no primeiro semestre deste ano verificar-se-á um crescimento de 0,3% na nossa economia. Claro que essa notícia pode ser, nesta altura próxima de eleições algo que serve a propaganda do governo como já disse o economista Medina Carreira que é sempre muito crítico e pessimista. No entanto, Sócrates, em conferência de imprensa, veio logo manifestar a sua satisfação dizendo ter terminado a recessão pois a economia começou a reagir positivamente, podendo vir a recuperar com brevidade.
Mas já o seu Ministro das Finanças foi menos exuberante, chamando a atenção para a continuação da gravidade da crise. Quem dera que a satisfação de Sócrates pudesse vir a ser justificada. Contudo o desemprego atingiu já meio milhão de portugueses. E o desemprego existente nos jovens que tem crescido? E as desigualdades sociais que continuam a agravar-se? E a pobreza que não pára de aumentar? A crise interna, que não foi só motivada pela crise mundial, continuará, infelizmente, até quando?!

 

É já no dia 17!

As listas concorrentes às próximas eleições autárquicas têm que ser entregues no Tribunal da Comarca já na segunda-feira, dia 17. A partir daí, os figueirenses conhecerão os escolhidos para disputarem os órgãos municipais. E devem, então, acabar as meras conjecturas, a adivinhação quanto à composição dessas listas e, principalmente não mais surtirão efeitos as pressões, as influências e mesmo as ameaças de perseguição e de perda de benefícios que, infelizmente, se têm verificado, levando alguns mais receosos a mudar um seu apoio inicial a um partido ou Movimento transferindo-o para outro!
Poderá ter havido críticas, mesmo reacções mais fortes quanto à formação das listas e quanto aos métodos usados, nem sempre transparente, mas, agora, os partidos e os Movimentos concorrentes irão, decerto, esforçar-se por convencer os eleitores, aos quais compete a decisão final através do voto. Oxalá a pré-campanha e a campanha decorram com elevação, com respeito mútuo, com civismo, dando bom testemunho da democracia.
Podem e devem, claro, ser diferentes as opiniões sobre o que há a fazer para o progresso do nosso concelho, mas isso não deve ser motivo para se cair no ataque pessoal, em demagogias ou em promessas que se sabe, de antemão, ser inexequíveis!
Acreditamos que vai haver um confronto forte em que cada candidato defenderá o seu programa de acção e procurará a vitória.
Geralmente, há quem, ao decidir o seu voto, ligue importância aos valores e ideais dos partidos ou dos Movimentos. Porém, o mérito, a experiência política e cívica, porventura já demonstradas e a capacidade de realização dos candidatos devem contribuir essencialmente para a opção a fazer.
E, como já dissemos, impõe-se realizar um debate público entre os líderes das listas, permitindo um melhor conhecimento do que propõem.
Bem desejaríamos que surjam ideias, iniciativas e empreendimentos novos, porque o nosso concelho precisa disso, precisa de um desenvolvimento sustentado assente essencialmente nos pilares do turismo, da cultura e da indústria.

quarta-feira, agosto 12, 2009

 

Pinóquios e intriguistas

Faz pena verificar-se que num partido, como o PS Figueira em que devem ser praticadas a verdade, a transparência, a fraternidade, a solidariedade, a lealdade, o respeito mútuo e a dignidade, esteja a ser invadido por pinóquios e intriguistas!
A “ guerra” interna, motivada por ambições pessoais ou pelo desejo de servirem interesses de outros tem levado a uma notória e já pública degradação do partido.
Não porque os valores e princípios do PS tenham desaparecido (mais uma vez o dizemos) mas porque não se tem sabido escolher quem por ele trabalhe, o prestigie e cumpra com fidelidade o seu ideal político.
Com a desculpa da renovação, houve, como se poderá ver nas listas eleitorais já apresentadas, “ um assalto” ao partido por pessoas que, salvo algumas poucas excepções que nunca comungaram do programa do PS e sempre se situaram até há pouco tempo na área da direita conservadora e retrógrada.
E esses, desprezando os que fizeram a história do PS local agiram já formando a seu belo prazer as listas de que, na sua generalidade, são compostas por pessoas que nunca ninguém viu a defender a doutrina socialista ou mesmo sequer a marcar com ma sua presença quaisquer iniciativas do partido.
Não houve o cuidado de conhecer bem o meio figueirense e as suas já antigas tendências políticas; não se procurou o aconselhamento por parte de quem pudesse ajudar na melhor escolha dos candidatos. Mas, pior do que isso, é que, na verdade, não tem havido lealdade e a mentira e a intriga vão sendo usadas em relação àqueles que têm, naturalmente, reagido negativamente contra a precipitação (será mesmo só isso?) e a forma defeituosa e autoritária como se chegou a uma composição das listas. Nem sequer se respeitou a votação na Comissão Política Concelhia, a qual reprovou tais listas. Como podem os militantes de longa data, que sempre deram ao PS local o seu melhor esforço e a sua constante dedicação rever-se neste PS Figueira?
O António Alves já foi vítima de uma torpe mentira pondo-se a correr que ele tinha aceite o lugar de Provedor Municipal. E outros antigos socialistas se seguirão na boataria!
A baixa política é, pelos vistos, a arma dos que dizem pretender apenas a renovação do partido.

 

Perguntas que se podem fazer

A respeito do que se está a passar no PS Figueira são muitas as perguntas que se vão fazendo.
O que estará por detrás das opções que foram acolhidas para a formação das listas. Porquê a escolha de tantos independentes ainda sem qualquer currículo político e sem ao menos uma conhecida acção cívica (com excepção de António Tavares)? O que faz correr aqueles que nunca mostraram sequer simpatia pelo PS? Porque apareceram eles, nesta altura, pretendendo tomar conta do partido, parecendo que até agora com êxito? Porque cruzaram os braços os socialistas locais que têm a responsabilidade do partido? Porquê tanta complacência ou mesmo cumplicidade? Por que é que deixaram que o partido se apresente tão fragilizado com listas que não convencem ninguém? Que interesses pessoais se querem proteger ou garantir no futuro? Quem ou que grupos ou instituições estão interessados em mandar no PS local, atribuindo lugares aos que lhes são afectos?
E outras, muitas outras são as interrogações que vão surgindo.
Claro que, de concreto nada se poderá afirmar, mas suspeitar, sim!
Sabe-se, porém, que o PS local está a afastar-se do que devia ser…
Só que o partido não mudou nas suas matrizes essenciais, não alterou o seu programa mas alguns dos que nele têm responsabilidade não respeitam os princípios e valores socialistas.
Porque assim é, daí que com coragem e firmeza se deve tentar defender o PS genuíno, afirmando cada vez mais uma sincera adesão à esquerda democrática.
Depois de tudo o que tem ocorrido, valerá ainda a pena lutar, no interior do PS local pela sua clarificação e pela sua fidelidade aos seus ideais?
Talvez, mas será preciso que haja vontade por parte dos que pretendem isso mesmo.

 

Da política local

- à hora do jantar, no Picadeiro, encontraram-se João Ataíde, Luis Tovim, Miguel Almeida, Joana Aguiar de Carvalho e António João Paredes. Foi só a amizade que os juntou ou haverá qualquer entendimento político?
- a indignação dos militantes antigos e dedicados do PS local continua a manifestar-se por vários meios
- e os programas eleitorais quando são apresentados pelos que concorrem às autárquicas?
- já o dissemos e repetimos agora: seria interessante e proveitoso que os líderes das listas se encontrassem para discutir
os seus programas em sessão pública, talvez no salão do Casino
- afinal como agora já veio a saber-se o órgão competente nacional não avocou as listas apresentadas pelo PS local!!
Quer dizer que a responsabilidade destas só poderá ser atribuída à Comissão Política Local.

terça-feira, agosto 11, 2009

 

Última hora

O que se inventa!
Correu hoje na Figueira que António Cândido Alves tinha aceite o lugar de Provedor Municipal, tendo essa notícia partido de alguém que é candidato na lista do PS.
Afinal isso é absolutamente falso como já me confirmado pelo próprio Engenheiro Alves. Como ele tem marcado posição contra a forma como tudo se tem passado no partido, havia que inventar algo que poderia colocá-lo mal.
Mas o Engenheiro Alves tem dignidade e verticalidade não se deixando comprar!
Mais uma vergonha para quem pôs a correr essa notícia vergonhosa!

 

O PS e os independentes

O Secretário-Geral e os actuais responsáveis máximos do PS têm-se manifestado no sentido de que no partido deve abrir-se mais a independentes, cativando-os para as suas iniciativas, organizações, equipas de estudo e mesmo dando-lhes lugares ma administração central e local. Também entendemos assim mas com uma condição que reputamos essencial: tal abertura só deverá abranger aqueles independentes que tenham já revelado a sua simpatia e adesão aos princípios e valores da esquerda democrática que se encontram consagrados no programa do PS. Se se abrir a porta a quaisquer independentes o partido corre o risco de pouco a pouco ou com brevidade, eles o descaracterizam, impondo, na prática, outros valores próprios de uma direita conservadora. Quer isto dizer que há que ter muito cuidado no acolhimento de independentes por parte do partido, devendo conhecer-se de antemão o seu passado político, o seu real mérito, a sua postura cívica. É que, se pode ser útil ao PS a colaboração de independentes, nem todos podem servir para o prestigiarem, porque, inclusivamente alguns nem sequer leram o seu programa. Outros aproximam-se do PS porque ele pode ser poder, dando-lhes a oportunidade de alcançar posições ou concretizar os seus interesses pessoais ou os daqueles que os “comandam”. Independentes sim, mas…
O PS não deve acolher no seu seio quem o poderá destabilizar e não ter condições nem vontade para lutar pelo seu ideal.

 

Sócrates fez bem

Em artigo publicado no Jornal de Notícias o Secretário-Geral do PS criticou, mais uma vez, a direita que considerou conservadora e vazia de ideias!
Mas, mais do que isso Sócrates indicou já nesta altura, e bem, as principais diferenças entre o PS e o PSD. E, claro, como tem vindo a acontecer ultimamente Sócrates mostrou uma reaproximação à identidade do partido com ideias e programa próprios da esquerda democrática.
Pena foi que, durante a sua governação tivessem, por vezes, sido esquecidos, levando infelizmente, à implementação de políticas inadequadas às características do PS. Porém, agora que se aproximam as eleições legislativas foi bom que Sócrates manifestasse no referido Jornal de Notícias a sua posição de esquerda, fazendo, como se impunha, a distinção com o PSD.

 

Da política local

- já se sabe que, embora houvesse ainda o desejo de alguns de introduzir alterações na lista do PS para a Assembleia Municipal tentado valorizá-la ( como bem precisava) o certo é que nada se conseguiu.
- os blogues locais têm, diariamente, estranhando e criticando as listas daquele partido considerando-as as mais fracas de sempre
- o Movimento Figueira 100% já tem cartazes afixados
- O PSD também já os tem, representando Duarte Silva mas continua a nada se saber das listas que têm de ser apresentadas no próximo dia 17
- das surpresas que se diz que irão surgir na composição nas listas da CDU, nada também se sabe mas Silvina Queirós com a sua experiência política não se deixará adormecer
- e o CDS? Tentarão ainda fazer coligação com o PSD?

 

Mais avisos de Ana Jorge

Esta Ministra da Saúde denunciou, ontem, na televisão, que há pais que vendo os seus filhos com sinais de gripe não os levam aos serviços médicos aconselhados correndo o risco de virem a ter a gripe A. Se a Ministra assim falou foi porque soube de casos desses, o que, na verdade, custa a aceitar.
Os pais têm o imperioso dever de cuidar bem dos filhos, quanto aos quais não podem sujeitá-los a doenças de consequências graves. E, por vezes, é um injustificável egoísmo ou comodidade dos pais que os levam a não se deslocarem aos hospitais. É bom que não esqueçam que a lei penal manda condenar os que propositadamente ou por negligência transmitem doenças a outrem, sendo as penas até oito anos ou cinco anos de prisão respectivamente.

segunda-feira, agosto 10, 2009

 

Afinal, o que são derrotas?!

António João Paredes, Presidente da Comissão Política Concelhia do PS local disse que o facto de ter sido votada desfavoravelmente a lista apresentada pelo candidato à Câmara João Ataíde, não constituía uma derrota!
Segundo ele, apenas quis dar a possibilidade de tal lista vir a sofrer alterações.
Mas, francamente, o que serão para António João Paredes derrotas?!
O resultado da votação que se fez significa então o quê?
Digam o que quiserem dizer para disfarçar a realidade, o certo é que o mais importante órgão político do PS local pronunciou-se contra a referida lista, o que revela, claro, que não aceita a composição dela, entendendo que as pessoas que a integram não serão as melhores para disputarem e vencerem as próximas eleições autárquicas.
Acresce que a lista não sofreu, que se saiba, quaisquer alterações, pois a direcção nacional do PS pelo processo de avocação, quis mantê-la integralmente.
Quer dizer que João Ataíde e quem escolheu para a sua equipa estão no terreno contra a vontade expressa da Comissão Política Local e apenas com o patrocínio do respectivo órgão nacional.
Não pode deixar de estranhar-se que João Ataíde se tenha disposto a continuar como candidato depois do que se passou na reunião, aliás bastante agitada, daquela Comissão!
Mas, enfim, cada um procede como entende…
Só que, em política há que ter muito cuidado com as atitudes que se tomam. E já agora pergunta-se: quem teve a responsabilidade de formar a lista para a Assembleia Municipal? É que ela, no nosso entender, é muito fraquinha, pois com excepção de poucos nomes, nem entre os militantes são conhecidos os candidatos.

 

Louvar e criticar

Louvar o que achamos, em consciência, estar bem e criticar, com frontalidade o que não podemos aceitar – são princípios que, desde sempre, temos seguido.
Mas há quem apenas deseje ser posto no pódio dos melhores e rejeite a censura que os seus actos motivam.
É naturalmente mais agradável dizer bem e é, por vezes, pesaroso criticar, sobretudo quando o destinatário é alguém ou algo que gostaríamos que estivesse isento de qualquer erro, omissão ou maldade.
E quanto a nós a censura surge com a boa intenção de tentar que se corrija ou modifique o que está mal.
Desde a minha juventude, nunca fui capaz de calar o que pensava, mesmo que daí resultem dissabores e alguns já tive.
Na vida política isso é frequenta, mas o que mais importa é, sem dúvida, ser verdadeiro e expressar com coragem o que nos é imposto pela consciência.
Muitos não entendem assim e porque se julgam acima dos outros não aceitam a crítica, teimando em posições erradas, sendo incapazes de, com humildade e bom senso, mudarem o rumo das suas condutas.

 

O Engenheiro António Cândido Alves

A solidariedade para este meu muito prezado Amigo, não é uma palavra vã.
É, sim, um sentimento muito forte que o leva a contribuir por vários meios, como já tem acontecido, para o bem-estar dos que carecem de ajuda.
Merece o maior louvor o que ele fez pelo Samuel, um jovem e simpático africano que teve que se sujeitar a duas intervenções cirúrgicas por ter sido vítima, na sua terra natal, de uma brutal agressão que quase o incapacitou.
O Engenheiro Alves e a família acolheram-no na Figueira e ao pai, quer anteriormente às duas operações quer depois para a recuperação, não lhes faltando com o carinho e proporcionando-lhes os meios de subsistência.
Hoje, a RTP1 fez uma reportagem à saída do Samuel do Hospital de D. Estefânia, totalmente curado ( e com que alegria ele disse isso) e o Engenheiro Alves que o acompanhava, visivelmente emocionado, falou de solidariedade e da sua grande satisfação por ter contribuído para o futuro do Samuel, como homem.
Ao ver a reportagem, senti-me naturalmente feliz em o ter como Amigo, aliás já de longa data.

 

Para ler e meditar

“ Como os programas do governo já não dizem nada a ninguém resta a confecção das listas como disfarce da impaciência enquanto não chega a hora do voto”
( António Freitas Cruz in Jornal de Notícias de ontem)

 

Venha a nós, os outros que se danem!

Os sindicatos denunciaram ontem que a administração da TAP comprou 42 automóveis, distribuindo-os a directores e a alguns funcionários superiores daquela empresa.
Não há possibilidade de proceder a uma revisão salarial mas para aquela despesa, que não devia ter sido de pouco montante, já apareceu o dinheiro.
Claro que o porta-voz da TAP já veio dizer que os carros eram necessários, dada a idade dos que foram substituídos.
Mas logo 42?!
Francamente razão têm os sindicatos que reagiram contra um mau acto de gestão, anunciando já uma greve, se não se encontrar, pelo diálogo, solução para os problemas laborais existentes naquela empresa.

domingo, agosto 09, 2009

 

Vale tudo?!

Sabe-se já que na reunião de ontem da Comissão Política Concelhia do PS a lista de candidatos para a Câmara foi reprovada ao fim de algumas horas de discussão.
Quer dizer que João Ataíde a quem coube a responsabilidade de formar tal lista sofreu uma derrota, principalmente porque dela apenas ocupavam lugares dois filiados do Partido, sendo os restantes e ele próprio independentes.
E o pior é que estes vieram todos da área da direita, sendo alguns até filiados no PSD até há pouco tempo. Mas a não aprovação da lista – para a qual, segundo dizem, contribuiu também o Presidente da Federação Distrital de Coimbra, Vítor Baptista que defendeu a alteração da lista entendendo que nela devia haver uma maioria de filiados socialistas – motivou já a avocação das listas por parte da Direcção Nacional do Partido.
E essa decisão, que estranhamente foi muito rápida é no sentido de manter na íntegra a lista para a Câmara liderada por João Ataíde.
Claro que tal decisão é estatutariamente legítima, mas tem que causar indignação aos que estão no PS – Figueira há já muito lhe têm dado trabalho, muita dedicação e também fidelidade às matrizes essenciais do Partido.
Como podem eles sentir-se bem e colaborar com quem nunca teve nada a ver com os ideais do PS?!
Sentem-se, sim, naturalmente ofendidos pela forma atrevida e sem preconceitos como se verificou a entrada no Partido dos que vieram, afinal, a constituir as listas eleitorais para os órgãos municipais.
É que os independentes que, pelo PS, irão disputar as próximas eleições locais não podem oferecer garantia de que, se ganharem, agirão de molde a prestigiar aquele Partido por onde concorreram e sobretudo não merecem credibilidade quanto ao ponto de, na sua prática, terem em atenção os princípios e valores defendidos pelo PS.
Por isso, decerto, grande parte dos filiados do PS – Figueira não se identificam com os recém-chegados ao Partido, ou melhor, que através dele pretendem utilizar as suas estruturas para conseguirem a concretização de fins por enquanto ocultos.
E a Comissão Concelhia que foi desautorizada não reage à, pelo menos desconsideração que sofreu por parte da Direcção Nacional?
Se, como dizem, o próprio Presidente da Federação não concorda com a lista para a Câmara conforme está formada, também ele devia tomar uma posição firme em relação à decisão tomada pelo Partido.
E o próprio candidato João Ataíde, como se sentirá, agora que viu a lista que apresentou não merecer a confirmação da Comissão Concelhia?! Terá ainda o ânimo necessário para fazer convenientemente uma campanha eleitoral pelo PS?!
Enfim, eles lá sabem o que, na verdade, querem!
Porém, não peçam aos que há muito se identificam com a ideologia socialista que os aceite ou com eles colaborem.
Nunca, no PS local, aconteceu semelhante situação!
E é pena que nele vá valendo tudo…

 

Para ler e meditar

“ Muitos portugueses querem isaltinos no poder e parece reverem-se neles. E não há leis nem tribunais que substituam a exigência dos eleitores”
( Daniel Oliveira in Expresso de ontem)

 

Da política local

- a lista do PS para a Câmara não mereceu a aceitação da Comissão Política Concelhia, sendo já decidida a avocação pela Direcção Nacional.
- mais do que nunca o PSD e o Movimento 100% Figueira têm seguido com muita atenção o que tem acontecido nas hostes dos socialistas locais e estão, decerto, a rezar a todos os santinhos para que se agrave a situação no PS – Figueira o que poderá trazer-lhes boas vantagens
- nunca, como desta vez, houve tanta perturbação política nesta pré-campanha eleitoral, pois quase todos os dias há novidades e surpresas
- e a campanha será ao menos esclarecedora, respeitosa e tranquila?
- voltou-se, na última semana, a falar em Lídio Lopes para integrar a lista do PSD para a Câmara. Será que ele e Duarte Silva já se entenderam?

 

O funeral de Raul Solnado

Realizou-se hoje do Palácio das Galveias para o cemitério dos Olivais, em Lisboa o funeral do grande actor Raul Solnado, que deixou bem marcada a sua vida como homem do teatro cómico e sério, da televisão e do cinema.
Participaram no velório e no acompanhamento até ao crematório daquele cemitério muitas centenas de pessoas, que foram seus companheiros nas suas actividades profissionais, muitas personalidades políticas e intelectuais, artistas plásticos, populares anónimos, etc.
Em todo o trajecto até ao cemitério e neste, o corpo do grande comediante foi distinguido com as últimas mas muito prolongadas palmas, justíssimas para com quem tanto prestigiou a arte de representar e que foi alguém com um grande coração, generoso e solidário.
Terminou esta sua vida um Homem bom.

 

Os presos de Guantánamo

Conforme já tinha sido anunciado, Portugal vai acolher dois Sírios que têm estado naquela prisão americana de alta segurança. Desde 2002 que ali estavam sem acusação formada e não havendo quanto a eles sequer indícios fortes da prática de actos de terrorismo.
Os dois Sírios chegarão ao nosso país ainda neste mês, sendo-lhes destinado um lugar seguro e numa vigilância permanente.
O governo português foi dos primeiros a manifestar, perante os EUA a disponibilidade de receber dois ou três presos de Guantánamo, colaborando assim, para ser possível o encerramento daquela prisão, que foi promessa eleitoral do actual Presidente Obama.
É um acto de humanidade a crédito do nosso país.

sábado, agosto 08, 2009

 

Da política local

- Diz-se que afinal, Joana Aguiar de Carvalho irá na lista do PS para a Câmara noutro lugar que não o quinto.
- Este será talvez ocupado por João Paulo Rodrigues
- Também Rui Cardoso, antigo e dedicado militante do PS, deverá fazer parte daquela lista
- Paz Cardoso, que chegou a ser falado para essa lista, parece ter abandonado mesmo a colaboração na pré-campanha de João Ataíde
- O actual Executivo camarário dispôs-se, agora, a uma grande operação de “ charme” mandando fazer a limpeza da cidade e a tornar visível a sinalização pintada nas vias. Até que enfim, por vezes, problemas que não mereceram a oportuna atenção, resolvem-se, afinal, em época de eleições.

 

Sobre as eleições autárquicas

Estas eleições revestem-se de características especiais. Os eleitores prestam, normalmente, mais atenção às pessoas dos candidatos, às suas qualidades e méritos, à sua maneira de ser, à sua simpatia e afabilidade, à sua aceitação na comunidade e à forma como a têm servido, enfim, à sua postura cívica.
Porém, não deve esquecer-se que os candidatos representam partidos ou Movimentos que têm, necessariamente, uma ideologia, um programa de acção política que merecem ser bem ponderados pelos eleitores.
Estes têm, sobretudo, que procurar conhecer o que na verdade faz correr os candidatos para alcançarem lugares cimeiros nos órgãos municipais. E se houver dúvidas quanto a “ jogos sujos” ou a ambições desmedidas, que estejam por detrás das candidaturas há, então, que recusar uma cumplicidade, reagindo negativamente a esses que se dispõem a servir interesses que não são os que mais importam à prossecução do bem, comum.
As eleições autárquicas devem, pois, merecer da parte dos eleitores a melhor reflexão quanto às opções a tomar pois a freguesia e o concelho são aqueles espaços em que vivemos, importando escolher para eleitos aqueles que mais garantam um trabalho sério e esforçado pelo nosso melhor bem-estar e pela fidelidade aos princípios e valores dos partidos ou dos Movimentos em confronto eleitoral.

 

Para ler e meditar

“ Por mais que os partidos o queiram iludir não há leis que façam nascer a ética onde ela não é natural ou que a imponham onde ela não é bem-vinda. O afastamento dos candidatos sob suspeita deve ser uma decisão política”
( Paulo Ferreira in editorial do Público de hoje)

 

Morreu Raul Solnado

Com 79 anos faleceu hoje o notável actor cómico Raúl Solnado que, durante muitos anos, foi interprete do melhor humor, que se representou em Portugal. Sempre com textos muito bem escolhidos e com posturas bem imaginadas e conseguidas, Solnado fez rir milhares de portugueses que acorriam às suas actuações. O humor que nos transmitia era sempre autêntico, muitas vezes espontâneo e com crítica social. Além do teatro Solnado também se sentiu atraído pelo cinema em que em alguns filmes interpretou personagens sérias. Muito estimado pelos seus colegas de profissão, acabou por servi-los, sendo o principal impulsionador da Casa do Artista, onde encontram merecido bem-estar os profissionais de teatro já de avançada idade.
Morreu um homem bom, que sempre soube ser solidário com o sofrimento dos mais carenciados, um insigne actor que marcou com brilho uma época do melhor teatro.

 

De quem é a culpa

Os médicos negam convictamente que tenha havido negligência de quem fez as intervenções cirúrgicas no hospital de Santa Maria aos olhos de seis pessoas que ficaram cegas.
O mesmo sucede com os responsáveis do laboratório que produz o fármaco “ Avestin” !
Então de quem foi a culpa?!
Que foi injectada nos olhos dos pacientes uma substância bem diferente daquela, já se sabe, como confirmou o distinto médico oftalmologista António Travassos. Mas como é que essa substância foi parar à sala das operações para ser utilizada? Será tão difícil averiguar isso mesmo? Agora, é à PJ que compete fazer luz neste tão estranho caso.

 

Crise, como?

Não há dúvida que alguns não sentem a crise…e até nela conseguem fazer bons negócios.
José Eduardo Moniz por somente deixar de ocupar o lugar de director geral da TVI recebeu 3 milhões de euros como indemnização e receberá outros 3 milhões para entrar na empresa “ ONGOING” que comprou aquela.
A sua mulher, Manuela Moura Guedes, continuará pelo menos por agora, na TVI.
E dizemos por agora porque, segundo consta, alguém está interessado em que aquela estação televisiva deixe mesmo de sofrer qualquer influência daquele casal…

 

Daniel Serrão também saiu do Conselho Nacional de Ética

Aquele médico, que há quinze anos, fazia parte do referido Conselho pediu para não ser reconduzido o que não sucedeu, como se sabe, com o Professor Doutor João Lobo Antunes que foi “ dispensado” pelo governo.
Mas, Daniel Serrão não deixou, agora, de censurar tal posição, fazendo grandes elogios, aliás justíssimos, àquele Professor e criticando a nova lei que rege a formação e competência do referido Conselho que praticamente acabou com uma diversidade ideológica, que existia até então.
Daniel Serrão que também foi um dos relatores do parecer desfavorável sobre o “ testamento vital”, afirmou já ter justo receio de que o Conselho, por aquela lei, venha a estar ao serviço do governo, o que será sempre prejudicial.
É de lamentar que o Conselho Nacional de Ética e para as Ciências da Vida venha a não desempenhar as suas importantes funções com a desejada imparcialidade.

sexta-feira, agosto 07, 2009

 

Para ler e meditar

“ A sua tese ( de Isaltino Morais) de que a política não tem a ver com o caso judicial, e por isso se mantém na corrida a Oeiras é uma ária desafinada de um política de opereta, numa república de bananas”
( Filipe Luís na última Visão)

 

Da política local:

- parece reafirmar-se a presença de Teresa Machado na lista para a Câmara, devendo ser o único membro do actual Executivo a aproveitar por Duarte Silva. Mas, segundo se diz, este está a ter dificuldade em escolher quem o acompanhe
- o trabalho do Engenheiro António Alves na pré-campanha do PS junto das populações das freguesias, foi muito completo pelo que os outros partidos estão a sentir dificuldades em “ avançar” nalguns locais
- afinal, é já voz corrente que Joana Aguiar que foi fervorosa apoiante de Santana Lopes fará parte da lista do PS para a Câmara, sendo mais um elemento independente a integrar aquela lista
- quer o Movimento 100% Figueira quer a CDU terão ainda surpresas a apresentar nas suas listas. Do CDS e dos independentes de Xavier Vigo nada, mesmo nada se sabe ou consta… mas, o dia 17 está próximo e, então, tudo ficará esclarecido.

 

Os programas eleitorais

Quer para as eleições legislativas quer para as autárquicas, os concorrentes devem elaborar e divulgar os seus programas de acção. E neles não bastará a enumeração sumária das políticas a adoptar quanto a vários sectores. Será, sim, preciso que, em relação a alguns problemas existentes, se indiquem estratégias concretas para a respectiva solução. Há, porém, que evitar promessas que, de antemão, se sabe não poderem ser cumpridas. Há que falar verdade e esclarecer o eleitorado do que se pode fazer ou não, estabelecendo um conjunto de prioridades. A nível local essas prioridades devem assentar num conhecimento profundo das carências de vária natureza que existem no concelho. E se a situação financeira do nosso município não é boa há, primeiramente, que encontrar os meios necessários para um saneamento das finanças. Sem isso, muito difícil será a gestão camarária, não sendo possíveis grandes empreendimentos ou obras. Contudo, há que com imaginação e vontade, saber dar preferência a iniciativas que, principalmente projectem o nome da Figueira e promovam um melhor bem-estar dos que aqui residem.

 

As férias do Presidente da República

Cavaco Silva nestas férias de Verão, terá que trabalhar muito! É que levou consigo cerca de uma centena de diplomas para analisar, promulgando-os ou chumbando-os. A “ febre” legislativa acentuou-se nos últimos tempos do funcionamento do parlamento. Parece ter havido o propósito de, com a maioria existente, fazer aprovar à pressa um numeroso conjunto de diplomas legais, precisamente aqueles que convinham ao governo e ao PS. Na próxima legislatura poderá já não haver maioria idêntica à actual e, por isso, houve que aproveitar!...
Porém, o Presidente não deixará de apreciar devidamente tais diplomas. E, pelo que se vai sabendo, pode haver surpresas quanto à posição de Cavaco Silva em relação a alguns desses diplomas.

 

O Professor Doutor Lobo Antunes não foi reconduzido

O governo não reconduziu aquele distintíssimo neurocirurgião como Membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. E, no entanto, terá havido um compromisso de Sócrates perante o Presidente da República quanto àquele Professor vir a manter o seu lugar no referido Conselho. Quer dizer que o governo não se importou em criar mais uma situação de agrado para com Cavaco Silva. Ora, aquele Professor de elevada craveira intelectual e científica, reconhecida internacionalmente, não merecia ser dispensado daquele Conselho de Ética onde tem exercido funções com muito mérito, pois, além de ser médico dispõe de uma sólida preparação em bioética. E que a atitude do governo não nomeando, quando todos os outros membros do Conselho foram reconduzidos, foi, sem dúvida, motivado por um propósito: o de provocar o Presidente da República e o de se “ vingar” do facto de Lobo Antunes se ter pronunciado desfavoravelmente quanto à proposta de lei do PS sobre o testamento vital! Estranha decisão do governo, que não reconheceu o valor a quem, na verdade, o tem.

 

O Professor Doutor Lobo Antunes não foi reconduzido

O governo não reconduziu aquele distintíssimo neurocirurgião como Membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. E, no entanto, terá havido um compromisso de Sócrates perante o Presidente da República quanto àquele Professor vir a manter o seu lugar no referido Conselho. Quer dizer que o governo não se importou em criar mais uma situação de agrado para com Cavaco Silva. Ora, aquele Professor de elevada craveira intelectual e científica, reconhecida internacionalmente, não merecia ser dispensado daquele Conselho de Ética onde tem exercido funções com muito mérito, pois, além de ser médico dispõe de uma sólida preparação em bioética. E que a atitude do governo não nomeando, quando todos os outros membros do Conselho foram reconduzidos, foi, sem dúvida, motivado por um propósito: o de provocar o Presidente da República e o de se “ vingar” do facto de Lobo Antunes se ter pronunciado desfavoravelmente quanto à proposta de lei do PS sobre o testamento vital! Estranha decisão do governo, que não reconheceu o valor a quem, na verdade, o tem.

quinta-feira, agosto 06, 2009

 

Para ler e meditar

“ A recusa de Joana Amaral Dias parece ser a versão actualizada da recomendação que todas as mães fazem: se alguém te oferecer droga, não aceites, diziam as mães antigamente. Hoje, o conselho mais ajuizado parece ser: se alguém te oferecer a presidência do instituto de droga, não aceites”
( Ricardo Araújo Pereira in Visão de hoje)

 

Uma pré-campanha atribulada

Que se saiba, nunca como desta vez houve, principalmente nos dois maiores partidos concorrentes às próximas eleições autárquicas tantos problemas, confusões, perturbações e discussões. E houve mesmo uma certa destabilização mormente no PS. Não só alguns que eram filiados como apoiantes do PSD tentaram oferecer “ os seus préstimos” ao PS, em troca, claro, de lugares, mas ainda, com surpresa surgiram neste partido independentes a candidatarem-se às posições cimeiras nas respectivas listas. Tudo isso provocou um natural mal-estar dentro do partido criando divisões e desânimo em alguns militantes que, há já muito, têm dispensado com dedicação, o seu melhor apoio à luta política pela ideologia própria daquele partido. Porém, membros do PS acabaram por se dispor a trabalhar muito e bem na pré-campanha, pondo o interesse do partido acima das suas dúvidas como certas pessoas apareceram a tomar as rédeas da liderança, e procurando, apesar de tudo, fomentar a unidade. Mas, alguns ficaram já pelo caminho, não suportando toda a perturbação e confusão…
É pena que, numa altura como esta, em que é preciso a união para melhor ganhar os órgãos autárquicos locais, possa notar-se uma quebra de ânimo nas hostes socialistas.
Outras listas concorrentes poderão ganhar com isso aproximando-se as opções dos eleitores, o que poderá tornar a governação na Câmara muito difícil. Tudo dependerá da forma como decorrer a campanha e as convicções que se conseguirem com ela implementar.

 

Refundar o PS?!

Num discurso proferido por um candidato pelo PS às eleições autárquicas foi dito que deve ser refundado aquele partido. E, segundo consta, esse candidato pertenceu até há pouco ao PSD. Que quereria ele dizer? Alterar os princípios básicos do PS, colocando-o mais à direita, descaracterizando assim a sua identidade como partido da esquerda democrática? O PS não precisa de ser refundado, precisa, sim, que não se afaste, como por vezes tem acontecido das suas matrizes essenciais. Mais do que nunca, o PS tem que afirmar as suas diferenças em relação ao PSD o qual, cada vez mais, defende a privatização mesmo de sectores fundamentais do Estado e a economia neo-liberal. O PS deve sempre procurar a coerência com o seu ideal, deve fomentar entre os seus militantes a ética, a honestidade, a solidariedade, a concretização do interesse colectivo como valor supremo e também o reforço das políticas sociais bem como a dignificação do trabalho remunerando-o com justiça e oferecendo a quem lhe presta as melhores condições de acção.
Refundar o PS? Porquê e em que sentido?
Quem falou nisso ou não sabe nada de política ou, então, tem qualquer propósito oculto.

 

Da política local:

- o dia 17, em que devem ser entregues no tribunal as listas concorrentes às eleições autárquicas aproxima-se e o certo é que delas apenas se sabe que na do PS farão parte: João Ataíde, Carlos Monteiro, Isabel Cardoso, António Tavares;
- do Movimento Figueira 100%, Daniel Santos, Vítor Coelho, Ilda Manuela, Vítor Guedes;
- as listas do PSD estão bem fechadas à chave nada constando sequer. Apenas se vai sabendo que Lídio Lopes não irá na lista para a Câmara;
- Maria do Rosário Águas entrará na lista de Coimbra em lugar elegível, deixando assim de ser deputada por Vila Real:
- Miguel Almeida ocupará um sexto lugar na lista do PSD por Coimbra.
- João Portugal terá lugar na lista do PS por Coimbra.

 

A Bomba Atómica

Faz hoje 64 anos que foi lançada em Hiroshima a bomba atómica que provocou a destruição total do que existia numa zona de considerável dimensão além de muitos mortos e de também muitas pessoas que, sendo vítimas daquela terrível arma ficaram a sofrer de doenças graves. É certo que esse acto bélico conseguiu apressar o fim da II Guerra Mundial. Mas, não poderá nunca esquecer-se o dia 6 de Agosto de 1945. O que nele ocorreu devia servir de lição para os que com facilidade chegam à conclusão que só com armas se podem resolver as questões. Infelizmente, tal lição ainda não foi apreendida pois são vários os focos de guerra existentes em algumas zonas do mundo, levando-lhes a morte, as doenças, a destruição, a miséria e a fome às populações. Até quando a violência, a incompreensão, a intolerância, o desprezo pelo diálogo, o desrespeito pelos valores éticos?

quarta-feira, agosto 05, 2009

 

Para ler e meditar

“ A retoma dos 12 anos de escolaridade obrigatória num sistema que está bem longe de cumprir os 9 já vigentes é simples demagogia”
( Santana Castilho in Público de hoje)

 

Drª Virgínia Pinto

Embora não me surpreendesse, hoje veio a público que a minha muito estimada Amiga, Dr.ª Virgínia Pinto, demitiu-se do PS de que há já 20 anos era militante muito distinta e empenhada, sempre defendendo os princípios da esquerda democrática.
As razões desta atitude foram claramente indicadas em carta enviada às estruturas próprias do partido, razões sérias e, decerto, bem ponderadas, as quais há já muito Virgínia Pinto vinha sentindo não poder calar.
Além de professora muito categorizada foi Vereadora muito dinâmica e competente nos dois últimos mandatos da Câmara presidida pelo Engenheiro Aguiar de Carvalho. E desempenhou, sempre com dedicação e boa análise política vários lugares em órgãos partidários.
O seu amor à Figueira foi sempre timbre da sua conduta.
O PS perde uma militante de inegável valor que, discordando como vinha sucedendo da acção dos órgãos locais, distritais e mesmo nacionais do partido, continuará, sem dúvida, a defender os valores da esquerda e o seu desejo que o PS retome, quanto antes, a sua verdadeira identidade, que alguns têm tentado desvirtuar.
Daqui saúdo, com grande, sólida e antiga amizade, a minha querida Amiga Dr.ª Virgínia Pinto, sendo com tristeza que a vejo afastar-se da militância política de que ainda muito havia a esperar. Estou solidário com ela quanto ao seu firme desejo de que o PS venha a ser coerente com as suas matrizes essenciais.

 

A Volta a Portugal começou hoje

Com partida de Lisboa o que há já anos não sucedia iniciou-se mais uma Volta a Portugal.
É uma prova tradicional do ciclismo despertando grande interesse do público que a acompanha ao longo das estradas do nosso país. A Figueira durante muitos anos era final de etapa, atraindo à cidade milhares de pessoas que vibravam com “ os ases do pedal”.
A Volta vinha aqui em Agosto mas em Setembro realizava-se, com organização de Arnaldo Sobral e de uma equipa de figueirenses, a Volta dos Campeões, que reunia os melhores ciclistas nacionais e também, por vezes, estrangeiros.
Aqui marcaram presença José Maria Nicolau, Trindade, Alves Barbosa, Joaquim Agostinho, etc. Era outro dia grande na Figueira. Entretanto, com excepção de um ano em que o pelouro do turismo de uma Câmara presidida por Aguiar de Carvalho, ainda fez reviver, com a colaboração de Alves Barbosa ( o Tó) a Volta dos Campeões, mas não mais ela se realizou nem a Volta a Portugal passou pela Figueira.
E foi pena porque o ciclismo é, na verdade, um desporto popular.
Não é só o futebol.

 

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos serve para alguma coisa

Soube-se, agora, que aquele Tribunal condenou o Estado português a pagar mais cerca de 200 mil euros aos proprietários de um terreno expropriado para a construção da auto-estrada A6.
É lamentável que se tenha de recorrer a um Tribunal Internacional para se obter justiça. Na questão em causa afoi corrigido em alta o preço pago pelo Estado, que, pelos vistos, foi muito “forreta” quanto ao valoe atribuído ao terreno expropriado.

 

Sectarismo no PSD

Neste partido, na formação das listas para as eleições legislativas houve já quem acusasse a líder de ter agido com censurável sectarismo. E não só mas ainda de certo autoritarismo de Manuela Ferreira Leite. É que esta excluiu das listas muitos dos seus companheiros que têm criticado a sua acção como Passos Coelho e outros que o apoiaram na disputa da liderança do partido.
Por outro lado nalguns distritos os escolhidos pelas respectivas comissões não foram aceites pela direcção nacional.
Tudo isto está a criar um natural mal-estar no interior do PSD, havendo até já quem fale na possibilidade de divisões sérias nas hostes dos sociais-democratas.
Já se anunciaram inclusivamente demissões colectivas nas comissões distritais que se viram preteridas nas suas opções pelo “ quero, posso e mando” de Manuela Ferreira Leite.

terça-feira, agosto 04, 2009

 

Para ler e meditar

“ A esquerda corre o risco de ser mais burra que a direita se se confundir com ela e se dividir ao ponto de não impedir um seu governo”
( Professor Boaventura de Sousa Santos in último número da revista Visão)

 

O pluralismo nos partidos

Já o tenho dito muitas vezes, mas nunca será demais repetir: os partidos em que se respeita a democracia interna devem, claro, aceitar o pluralismo de opiniões, o debate quanto a várias posições assumidas e também a crítica quando feita com elevação, elegância e civismo, relativamente a certas soluções implementadas pelos órgãos nacionais.
É que nem sempre os mais responsáveis partidários entendem assim e passam a considerar como “ adversários” os que, pontualmente levantam a sua voz contra atitudes assumidas por eles.
Só que os militantes de um partido democrático cuja consciência e fidelidade aos princípios doutrinários partidários, não devem tomar posições extremas quando não concordem com tais atitudes.
Devem, sim, manter-se firmes, promovendo a discussão onde podem defender o seu pensamento. Na verdade, é bom sempre atentar-se em que aqueles que, em determinada altura, estão no comando partidário acabam por passar e o partido, com as suas matrizes fundamentais, permanece.
Claro que, por vezes, custa silenciar quando não se concorda com o que está a fazer-se ou quando as suas críticas não são ouvidas ou são mal interpretadas.
Mas, o que mais importa é enriquecer o partido com a conjugação das várias opiniões, expressas livremente.
O exemplo de Manuel Alegre que, com independência e coragem, tem sido maltratado mesmo por camaradas seus no PS, deve ser seguido, que apesar de tudo não saiu do partido mantendo-se nele com a sua voz crítica que ninguém poderá calar.

 

Engano ou crime?!

Está ainda por apurar o que se passou no hospital de Santa Maria e que provocou a cegueira a seis pessoas, que foram operadas aos olhos.
Se houve engano quanto à substância injectada, além de muito lamentável terá havido uma negligência grosseira a merecer sanção. Se houve mesmo intenção em agir criminosamente não pode tribunal, chamado afazer o julgamento do ou dos implicados ser benevolente, antes se impõe uma aplicação de uma pena severa.
Porém, porque razão haveria o propósito criminoso se se não sabia sequer em quais doentes se injectaria uma substância imprópria de efeitos perniciosos?
Só se alguém quis criar uma situação capaz de desvalorizar o medicamento “ avastin” que, há já muito, é utilizado, com bons resultados, no tipo de intervenções cirúrgicas que se realizaram.
A PJ terá que proceder a uma difícil investigação, esperando-se que venha a ser bem sucedida.

 

Isaltino Morais condenado

Dos seis crimes de que vinha acusado, o autarca de Oeiras foi condenado por quatro: abuso de poder, fraude fiscal, corrupção passiva e branqueamento de capitais.
E a sentença, proferida por um Colectivo de Juízes, aplicou-lhe uma pena de sete anos de prisão efectiva, em 450 mil euros a pagar à administração fiscal e ainda na perda de mandato como presidente da Câmara.
A pena poderia ser maior, mas o cúmulo jurídico que teve de ser feito beneficiou Isaltino Morais.
Seja, porém, como for, foi uma sentença exemplar numa época em que tanto se tem posto em causa que a Justiça trata sempre com benevolência os políticos.
Apesar dessa condenação, Isaltino à saída do tribunal e perante um “ batalhão” de jornalistas, reafirmou a sua inocência, dizendo que o tribunal nada mais fez do que contribuir para uma campanha do seu “ assassinato” político.
Segundo ele, nenhum dos factos de que vinha acusado foi provado, como espera que venha a ser reconhecido no recurso que já interpôs.
Quer dizer que aquele político falando como falou, pôs em dúvida a forma isenta como o tribunal apreciou e julgou este caso.
A Isaltino Morais, que chegou a ser magistrado, só lhe fica mal censurar a sentença nos termos em que o fez.

 

Erro estratégico!

Há atitudes que se tomam sem a devida ponderação que podem ter consequência nefastas…
O Engenheiro António Cândido Alves depois de ter feito um trabalho muito esforçado e proveitoso na pré-campanha eleitoral do PS, a nível de todas as freguesias, decidiu afastar-se não colaborando mais na ajuda ao candidato João Ataíde.
E a verdade é que este ficou a dever-lhe muito, pois foi ao dinamismo e aos muitos conhecimentos que o Engenheiro Alves há muito tem nas freguesias, que aquele candidato pôde estabelecer contactos junto das pessoas, instituições, colectividades, etc.
O Engenheiro Alves é muito estimado em todo o concelho, gozando de merecida simpatia, pelo que desbravou o terreno a João Ataíde que apesar de ser figueirense e ter sido magistrado durante alguns anos na Figueira não dispunha naturalmente das relações necessárias para fazer uma boa aproximação nas freguesias.
O Engenheiro Alves além de ser um antigo e dedicado militante do PS, tem neste partido um justificado respeito. Esperava-se, pois, que o seu valor e trabalho fossem devidamente considerados o que parece não ter acontecido.
Enfim, quanto a nós, um erro estratégico que não devia ser cometido.

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