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segunda-feira, agosto 17, 2009

 

República e monarquia

O insólito acontecimento de ter sido, a coberto da noite, substituída a bandeira da República Portuguesa, que estava hasteada na varanda principal da Câmara Municipal de Lisboa, pela bandeira monárquica veio, pelo menos, agitar as hostes monárquicas que apoiaram esse acontecimento.
E até D. Duarte Nuno, que se diz ser o herdeiro do trono de Portugal, aproveitou para falar, na televisão, de que seria importante que fosse o povo português a votar sim ou não à monarquia.
É que, segundo ele, seria a mesma coisa ter um chefe de estado republicano e um rei como chefe de estado.
Só que não é, efectivamente, o mesmo: o chefe de estado na república pode ser substituído e sujeitar-se periodicamente a eleições; um rei não é eleito e quando deixar de exercer o poder quem o substituir também não é eleito mas, sim, é chamado em obediência à regra da sucessão dinástica.
Quer dizer que o povo não terá o direito de escolher em relação a quem queira ver no poder. Terá, sim, que aceitar quem lhe é imposto, de acordo com “o sangue real”!
Claro que as monarquias existentes já não são absolutas, sujeitando-se a órgãos democráticos, estes eleitos pelo povo.
Mas tal não é tudo.
O chefe de estado, quando rei, não é efectivamente escolhido e votado.
Portanto, não venha agora D. Duarte Nuno tentar “pôr poeira nos olhos dos portugueses”,
E, quanto à substituição da bandeira republicana pela monárquica, há que apurar os responsáveis e fazê-los responder judicialmente.
Portugal, ainda não é “uma república das bananas”!...

Comments:
Caro Dr. Luís Melo Biscaia,

não querendo retirar qualquer tipo de mérito e razão à sua intervenção, com a qual concordo inteiramente, permita-me um apontamento - a bandeira que foi retirada da Câmara Municipal de Lisboa foi a própria bandeira com o brasão da cidade de Lisboa e não a bandeira da República Portuguesa, conforme refere no seu post. Quando ouvi falar do insólito episódio também considerei que tivesse sido a bandeira nacional republicana a ser substituída pela bandeira monárquica. Contudo, quando visualizei o vídeo que contém o "assalto" ao edifício dos paços do concelho da capital, verifiquei que se tratava da bandeira da cidade de Lisboa.

No que toca ao resto do post, conforme já referi, concordo inteiramente com o que apresenta.

Sem mais assunto, deixo os meus melhores cumprimentos

Pedro Fernandes Martins
 
Quererá o caro Dr dizer que países como a Inglaterra ou a Espanha são menos democracias por terem Coroa? Afinal, não se acha (algum) Partido Socialista o representante luso do modelo da social democracia escandinava? Não consta que sejam menos democráticos e sobretudo menos desenvolvidos por serem Monarquias. Dará Portugal lições de desenvolvimento, democracia, ou mesmo costumes a algum deles? Bem pelo contrário.
 
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