sábado, julho 24, 2010
Tem-se falado demais de Salazar
Na verdade, ora em jornais, ora em revistas, e até na TV tem-se procurado pôr o ditador Salazar na ribalta. Numa época em que a política está a descredibilizar-se em que há críticas tão severas ao que se passa no nosso país, em que só os mais esclarecidos não atribuem exclusivamente à política a actual crise, mas em que lavra o desânimo e a desilusão, será por acaso que agora se está como que “ a ressuscitar” Salazar?
E mesmo alguns que escrevem sobre ele não deixam de o elogiar como político e que, sobretudo, soube preservar e aumentar os dinheiros públicos.
Esquecem, porém, de que meios censuráveis se serviu para tal: a exploração das colónias, a violação dos direitos civis e sociais fundamentais, a aposta na ignorância do povo para melhor lhe impor o seu despotismo, os atrasos provocados em vários sectores da vida nacional ( como a agricultura), os privilégios concedidos apenas aos que apoiavam o regime ditatorial, a perseguição, a prisão e a tortura a quem se lhe opunha, a não dignificação do trabalho e dos que o prestam, etc.
Será legítimo, correcto comparar o país da época da ditadura com o país democrático de hoje, apesar das dificuldades resultantes de uma crise?
E mesmo alguns que escrevem sobre ele não deixam de o elogiar como político e que, sobretudo, soube preservar e aumentar os dinheiros públicos.
Esquecem, porém, de que meios censuráveis se serviu para tal: a exploração das colónias, a violação dos direitos civis e sociais fundamentais, a aposta na ignorância do povo para melhor lhe impor o seu despotismo, os atrasos provocados em vários sectores da vida nacional ( como a agricultura), os privilégios concedidos apenas aos que apoiavam o regime ditatorial, a perseguição, a prisão e a tortura a quem se lhe opunha, a não dignificação do trabalho e dos que o prestam, etc.
Será legítimo, correcto comparar o país da época da ditadura com o país democrático de hoje, apesar das dificuldades resultantes de uma crise?