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terça-feira, março 08, 2011

 

O discurso da posse do presidente da República

Como já se anunciara, Cavaco Silva no acto da sua posse como Supremo Magistrado da Nação, fez um discurso de verdade.
Numa análise completa da actual situação em que se encontra o país, revelou conhecer bem a realidade, o que, como disse, não sucede com alguns políticos que se ficam com um conhecimento virtual.
E, como economista que é, apresentou um programa de acção a adoptar para superar a grave crise que afecta a nossa sociedade.
Com frontalidade, disse que há já pelo menos uma década, tem sido cometidos erros, não se optando e implementando políticas adequadas.
Não se referiu á crise internacional, não lhe atribuindo como sucede com outros a culpa exclusiva do que está a acontecer em Portugal.
Não pode deixar de classificar-se o muito que disse como, mais uma vez, “recados” ao governo, alinhando até ao lado dos que têm defendido que não deve avançar-se com grandes investimentos para os quais não há recursos e não têm retorno breve e imprevisível.
Acresce que além de afirmar que os sacrifícios pedidos aos portugueses têm limites, e que devem ser distribuídos com justiça, não hesitou em criticar que as nomeações para certos lugares do Estado, sejam feitas não por mérito, mas com base na filiação partidária.
Apelou aos jovem para fazerem ouvir a sua voz e aos agentes políticos, económicos e aos Partidos, para que, nestes momentos difíceis, encontrem plataformas de entendimento de acordo com o que é o interesse nacional.
Será que Cavaco Silva, neste segundo mandato, se decide a ser actuante? E quais os meios de que irá servir-se para isso?
Há quem duvide que as ideias e os propósitos constantes do discurso não passem, afinal, do papel!
Mas uma coisa, para já, é certa: foi um discurso duro, rigoroso, com a apresentação de um diagnóstico correcto, e de censura quanto á política que tem sido praticada e que ultimamente não tem tomado, sequer em atenção os indicadores e as recomendações de alguns organismos oficiais, como o próprio Banco de Portugal.
De registar: só as bancadas o PSD e do CDS aplaudira Cavaco Silva, mas há que reconhecer que naquele discurso, o Presidente fez-se eco de muitas questões injustas que a esquerda tem denunciado, reclamando soluções urgentes.
Sabendo qual a área política a que pertence Cavaco Silva (liberal e social democrata) a verdade é que, neste seu discurso, usou da verdade para pôr em destaque o que tanto tem desiludido a maioria dos portugueses.

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