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sábado, março 28, 2009

 

Atitude insólita do Bastonário do Ordem dos Advogados

No Boletim da Ordem, o Dr. Marinho Pinto fez publicar um seu artigo sobre o caso Freeport. E nele exprime a sua opinião de que uma carta anónima de Outubro de 2004, junta no início dos autos, resultou de uma combinação entre a PJ e o autor ou autores, na altura opositores do principal candidato do PS.
Disse, ainda (não fossem ficar dúvidas), que ele nada deve a Sócrates nem este lhe deve também, tendo apenas o intuito de lutar pela verdade e pelos princípios do Estado de Direito.
Só que não pode deixar de estranhar-se e de lamentar que apenas agora o Dr. Marinho Pinto se decidisse a tomar essa atitude, não hesitando em desacreditar a PJ, sem sequer indicar quaisquer elementos de prova em que se baseou.
Se como ele chegou a dizer na televisão que aquela referida “ combinação” tivesse acontecido nos EUA poderia dar lugar a u processo de conspiração, dada a proximidade de eleições em que o principal candidato da oposição era Sócrates, porquê, então, o texto do Bastonário da Ordem surgir agora também, na proximidade de eleições?!
Acresce que o processo Freeport está ainda na fase de investigação, não ficando bem a um Bastonário intrometer-se (e de que maneira) em tal processo, dando sobre ele opiniões e revelando para isso conhecimento dos autos.
Estamos em crer que, os órgãos superiores da Ordem dos Advogados não deixarão de tomar posição quanto a tão insólita atitude do Dr. Marinho Pinto.
Devo dizer que, em 57 anos de advocacia nunca vi que um Bastonário, servindo-se do Boletim da Ordem, tomasse posição sobre um processo que ainda está longe de ser concluído!
E não pode admitir-se que um membro da Ordem, para mais Bastonário se pronuncie sobre processos em curso.
Bem tem feito o Procurador-Geral da República, apesar de muito instado, em adoptar uma louvável contenção das suas declarações acerca do caso Freeport.

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