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segunda-feira, junho 08, 2009

 

As eleições para o Parlamento Europeu

Desmentindo a totalidade das sondagens feitas, o PSD venceu as eleições ontem realizadas, derrotando por significativa margem o PS, seu mais directo concorrente.
O mérito de Vital Moreira, inegavelmente distinto docente universitário, não chegou para vencer o seu adversário Paulo Rangel.
O cabeça de lista do PS cometeu erros que o comprometeram e ao Partido que representa, não revelando habilidade para as “andanças” eleitorais!
E sobre os problemas europeus muito pouco disse, refugiando-se nas questões nacionais e nos ataques, por vezes demasiadamente violentos, aos outros candidatos, principalmente a Paulo Rangel.
Acresce que nem ponderou que tomou posições diferentes das defendidas pelo próprio PS, o que causou confusões evitáveis.
Enfim, a aposta de Sócrates em Vital Moreira, que, a princípio parecia valiosa, falhou, na verdade!
Daí que ele tenha, com humildade e com a tristeza espelhada no rosto, assumido pessoalmente a derrota.
Só que José Sócrates também teve idêntica posição, no seu discurso na noite das eleições, culpando-se igualmente da derrota.
E isso impunha-se porque o Secretário-Geral do PS, talvez com a boa intenção de suprir a má prestação de Vital, foi demasiadamente em seu socorro, expondo-se mais do que devia.
Não conseguiu, porém, ter êxito, decerto porque muitos dos portugueses estão “zangados” com ele e com a sua forma de fazer política, sempre com muita sobranceria, altivez e sem humildade no exercício do poder.
Os professores, os agricultores, os pescadores, s polícias, os trabalhadores por conta de outrem, os funcionários públicos, e outras classes profissionais já tinham dado sinais – e de que maneira, com manifestações de muitos e muitos participantes – do seu descontentamento, e nestas eleições quiseram, mais uma vez, mostrar ao governo a sua insatisfação.
E o PS perdeu, em relação às europeias de 2004, 600 mil votos, o que é muito importante.
Votos brancos foram quase 5% e a abstenção fixou-se na elevada percentagem de 62,5%!
Mas, apesar de tudo isso, Sócrates no seu discurso da derrota, continuou a dizer que o governo vai manter o mesmo rumo político, que não haverá remodelações, etc, etc.
Enfim, ele lá sabe se tal é correcto ou se é altura de repensar a sua acção política.
É certo que não pode esquecer-se que estas e as outras eleições que se seguirão ocorrem em época difícil, de grave crise económica que, com prioridade deve ser combatida.
E isso reflecte-se, quer se queira quer não, na posição do governo.
Mas, o que também é certo é que o PS terá, desde já, de saber agir com vontade, bom senso, servindo-se até de um melhor conhecimento do país real, o que nem sempre tem acontecido.
De realçar a subida ao terceiro lugar na “classificação Partidária”, conseguindo eleger 3 eurodeputados, ultrapassando, assim, a CDU, que elegeu apenas 2.
O CDS também teve melhor percentagem do que é habitual, contrariando as sondagens. Terá Nuno Melo e Diogo Feio como eurodeputados.
Que cada Partido saiba interpretar devidamente o que estes resultados eleitorais quiseram dizer!
E venham as seguintes!

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