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quarta-feira, outubro 07, 2009

 

Má decisão do Presidente da República

Cavaco Silva resolveu, este ano, não fazer o habitual discurso sobre a República, na Câmara de Lisboa, local emblemático donde foi anunciada aos portugueses a implantação do regime republicano.
Não quis, segundo alegou, que, com esse discurso, fosse acusado de interceder na campanha eleitoral em curso.
Mas, é claro, tudo estava em limitar-se, nessa sua alocução, a referir-se aos princípios e valores republicanos, exaltando-os como merecem e apelando a que se imitassem nos tempos de hoje a honradez, a dignidade e a ética política, como fizeram política, a humildade no exercício do poder, o desenvolvimento da solidariedade, a liberdade e a democracia, o respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos – como agiram sempre os homens da primeira República.
Tanto podia o Presidente da República retirar da história republicana, falando das reformas profundas e importantes para o país que se fizeram em vários sectores, como na Educação, na Justiça, na Assistência Social, etc.
E não seria necessário que, desta vez, Cavaco Silva tivesse deixado “recados” ao governo, como tem acontecido noutros anos.
Como Presidente da República, Cavaco Silva devia, sim, ter estado na Câmara de Lisboa.
Acresce que, afinal, ele discursou no Palácio de Belém, comemorando a República que, em 2010, fará o seu centenário, e apelou a que todos os portugueses possam viver e sentir os ideais, princípios e valores republicanos.

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