sexta-feira, outubro 27, 2006
O primeiro programa de “ Os grandes portugueses”
Não gostámos, francamente.
A Maria Elisa, apresentadora de tal programa, esteve mal: nervosa, inquieta com as respostas que iam sendo dadas, revelando certo abatimento quando alguém se pronunciava contra o valimento do programa, etc.
Com uns anos afastada da televisão, Maria Elisa mostrou mesmo insegurança na condução do programa.
Aliás este é, na verdade, difícil de despertar e cativar o interesse.
Houve muita discussão quanto à sua finalidade e, é claro, houve quem dissesse que entre a lista das sugestões que a RTP apresentou quanto a individualidades votáveis, existe uma disparidade enorme quanto aos “ feitos” de cada um.
Quando muito, o programa que imita o que passou na BBC ( não haveria outros com mais interesse?!) e noutras estações conhecidas, poderá “ Os grandes portugueses” levar as pessoas a reflectir sobre certas actividades que foram exercidas com relevo, não só com consequências na História de Portugal, como, por exemplo, na política, no desporto, nas artes, etc.
Três intervenções no debate são de realçar: a do Professor Doutor Reis Torgal, a do Doutor Eduardo Lourenço e do Doutor Fernando Nobre que, tendo dúvidas quanto ao interesse do programa falaram dos valores que é preciso que os portugueses readquiram e que sejam postos à prova na democracia em que vivemos.
O Doutor José Hermano de Saraiva, visivelmente debilitado, pouco ou nada adiantou quanto ao programa, apenas se ouviu defender, embora sem o seu ênfase habitual as qualidades de Salazar como cidadão.
Fernando Nobre foi, sem dúvida, aquele que mais disse sobre a ditadura de Salazar, os direitos fundamentais que então eram postergados, a violência, a repressão e opressão utilizadas.
Pareceu-nos que os jovens que estavam a assistir apoiaram a posição assumida por Fernando Nobre, ainda que chamassem a atenção para o facto de à juventude, que não viveu em ditadura se lhe dê melhores conhecimentos dessa época.
Dados os termos em que se pede uma votação em quem não tem paralelismo na sua actuação, não votarei e muitos portugueses farão, decerto, o mesmo.
Uma jovem disse e bem: ainda se a votação fosse por sectores especializados!...
Mas, conforme o programa quer, recuso-me a votar entre um desportista, um herói guerreiro, um cientista, um artista plástico, um político, uma figura religiosa, etc.
Será uma grande salganhada que, quanto a mim, fere de morte este programa
A Maria Elisa, apresentadora de tal programa, esteve mal: nervosa, inquieta com as respostas que iam sendo dadas, revelando certo abatimento quando alguém se pronunciava contra o valimento do programa, etc.
Com uns anos afastada da televisão, Maria Elisa mostrou mesmo insegurança na condução do programa.
Aliás este é, na verdade, difícil de despertar e cativar o interesse.
Houve muita discussão quanto à sua finalidade e, é claro, houve quem dissesse que entre a lista das sugestões que a RTP apresentou quanto a individualidades votáveis, existe uma disparidade enorme quanto aos “ feitos” de cada um.
Quando muito, o programa que imita o que passou na BBC ( não haveria outros com mais interesse?!) e noutras estações conhecidas, poderá “ Os grandes portugueses” levar as pessoas a reflectir sobre certas actividades que foram exercidas com relevo, não só com consequências na História de Portugal, como, por exemplo, na política, no desporto, nas artes, etc.
Três intervenções no debate são de realçar: a do Professor Doutor Reis Torgal, a do Doutor Eduardo Lourenço e do Doutor Fernando Nobre que, tendo dúvidas quanto ao interesse do programa falaram dos valores que é preciso que os portugueses readquiram e que sejam postos à prova na democracia em que vivemos.
O Doutor José Hermano de Saraiva, visivelmente debilitado, pouco ou nada adiantou quanto ao programa, apenas se ouviu defender, embora sem o seu ênfase habitual as qualidades de Salazar como cidadão.
Fernando Nobre foi, sem dúvida, aquele que mais disse sobre a ditadura de Salazar, os direitos fundamentais que então eram postergados, a violência, a repressão e opressão utilizadas.
Pareceu-nos que os jovens que estavam a assistir apoiaram a posição assumida por Fernando Nobre, ainda que chamassem a atenção para o facto de à juventude, que não viveu em ditadura se lhe dê melhores conhecimentos dessa época.
Dados os termos em que se pede uma votação em quem não tem paralelismo na sua actuação, não votarei e muitos portugueses farão, decerto, o mesmo.
Uma jovem disse e bem: ainda se a votação fosse por sectores especializados!...
Mas, conforme o programa quer, recuso-me a votar entre um desportista, um herói guerreiro, um cientista, um artista plástico, um político, uma figura religiosa, etc.
Será uma grande salganhada que, quanto a mim, fere de morte este programa