domingo, outubro 29, 2006
O Tarrafal
Há 70 anos, o Governo de Salazar fez abrir a Colónia Penal do Tarrafal, em Cabo Verde. E foi ali que muitos antifascistas foram torturados e morreram.
Ficou aquele local conhecido como “ o campo da morte lenta”!
Além de um Colóquio organizado pelos Institutos de História Moderna da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de letras do Porto, realizado na Torre do Tombo sob o tema “ Salazarismo, Tarrafal, História e Memória 70 anos depois”, a união de resistentes antifascistas portugueses realizou, hoje, uma homenagem aos prisioneiros do Tarrafal no cemitério do Alto de S. João.
E foi convidado o historiador António Borges Coelho que esteve preso no Tarrafal a discursar.
É bom que jamais possa desaparecer - como alguns parece quererem – a memória do tenebroso período da ditadura salazarista, que não tem branqueamento possível!
Ficou aquele local conhecido como “ o campo da morte lenta”!
Além de um Colóquio organizado pelos Institutos de História Moderna da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de letras do Porto, realizado na Torre do Tombo sob o tema “ Salazarismo, Tarrafal, História e Memória 70 anos depois”, a união de resistentes antifascistas portugueses realizou, hoje, uma homenagem aos prisioneiros do Tarrafal no cemitério do Alto de S. João.
E foi convidado o historiador António Borges Coelho que esteve preso no Tarrafal a discursar.
É bom que jamais possa desaparecer - como alguns parece quererem – a memória do tenebroso período da ditadura salazarista, que não tem branqueamento possível!
Comments:
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Não só a preservação da memória é importante, como o branqueamento das características intrínsecas do regime não devem igualmente ser esquecidas. O que não podemos é esquecer que o regime possui diversas nuances que devem ser investigadas, entendidas, e divulgadas. Os tempos eram o que eram, O Estado Novo foi o que foi. Os crimes pratiacados devem ser conhecidos e explicados às novas gerações, sem ambiguidades. A História não pode, não deve ser ambígua. No meu entendimento não se pode apagar a memória do Campo de Concentração do Tarrafal, assim como a memória do Salazarismo e do Estado Novo. A relação com a história contemporânea não permite a devida distãncia para que possamos ser, quer como historiadores, quer como cidadãos, isentos na análise de grande parte da nossa vida quotidiana, enquanto povo, no último século. Dai que preservar a memória de Oliveira Salazar, sem ambiguidades, seja tão importante como zelar pela memória de todos os que morreram ou passaram pelo Campo do Tarrafal.
Bem haja.
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Bem haja.
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