.comment-link {margin-left:.6em;}

domingo, outubro 15, 2006

 

REGISTO PARA MEMÓRIA FUTURA

Texto recebido por e-mail

Nos últimos vinte anos, de 1986 a 2006, a política educativa portuguesa, dirigida pelos dois partidos do bloco central, foi orientada por doze ministros da educação: João de Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Diamantino Durão, António Couto dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo, Guilherme d’Oliveira Martins, Augusto Santos Silva, Júlio Pedrosa, David Justino, Maria do Carmo Seabra e Maria de Lurdes Rodrigues. Todos decidiram inúmeras medidas, reformas, experiências, alterações, melhorias, alterações e inovações, apoiadas em centenas ou milhares de leis, decretos-lei, despachos, circulares, informações, alterações de currículos, de horários e das mais variadas e bem intencionadas orientações. Todos constituíram centenas ou milhares de comissões de trabalho, de equipas de investigação, de experiências pedagógicas, de grupos de estudos, comissões partidárias, políticas, pedagógicas, científicas, comissões constituídas por personalidades de altíssima relevância, grupos de acompanhamento, projectos inovadores apoiados por centenas de reputados e conceituados especialistas. Escreveram livros, realizaram congressos e organizaram debates até à exaustão total. Jornais, televisões, rádios e revistas debateram, recorrentemente, este assunto, sempre com o apoio de reputados políticos e pedagogos, garantindo assim os desejados níveis de audiências. Enquanto isso, os funcionários do Ministério da Educação cumpriam as ordens e as indicações e aplicavam as medidas adoptadas. Ano após ano as estratégias iam sendo alteradas. Os funcionários obedeciam à entidade patronal.
Nos últimos vinte anos, de 1986 a 2006, a política educativa portuguesa, dirigida pelos dois partidos do bloco central, foi orientada por doze ministros da educação: João de Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Diamantino Durão, António Couto dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo, Guilherme d’Oliveira Martins, Augusto Santos Silva, Júlio Pedrosa, David Justino, Maria do Carmo Seabra e Maria de Lurdes Rodrigues.
Portugal suportou trezentos anos de Inquisição (com as consequências óbvias) e cinquenta anos de Estado Novo (com as consequências óbvias). Há cem anos, nos países nórdicos quase não existia analfabetismo. Nessa época, os portugueses eram quase todos pobres e analfabetos. Só em 1956 estabelecemos a escolaridade obrigatória de quatro anos (apenas para os rapazes). Só em 1960 se tomou idêntica decisão para as raparigas. Só em 1964 é que aumentámos a escolaridade obrigatória para seis anos. Só em 1986 (há apenas vinte anos) é que essa escolaridade foi aumentada para nove anos (em Itália, Inglaterra, Holanda, França, Espanha e Eslováquia, por exemplo, a escolaridade obrigatória varia entre os dez e os doze anos). Em 1950, cerca de 50% dos portugueses eram analfabetos. Em 1960, cerca de 40% dos portugueses eram analfabetos. Em 1990, cerca de 11% dos portugueses eram analfabetos.
Ao longo do século XX (para não irmos mais longe, pois no início do século XVIII, por exemplo, a corte portuguesa era considerada como uma das mais atrasadas e incultas de toda a Europa), a maioria dos portugueses preocupava-se essencialmente em não morrer de fome e em encontrar a melhor maneira de ter um nível de vida minimamente condigno com a sua condição de ser humano (daí a emigração maciça, que hoje tanto criticamos aos outros).
Nos últimos vinte anos, de 1986 a 2006, a política educativa portuguesa, dirigida pelos dois partidos do bloco central, foi orientada por doze ministros da educação: João de Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Diamantino Durão, António Couto dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo, Guilherme d’Oliveira Martins, Augusto Santos Silva, Júlio Pedrosa, David Justino, Maria do Carmo Seabra e Maria de Lurdes Rodrigues.
Os bodes expiatórios são bodes como os outros, só que além de serem bodes também expiam. Expiam pecados. Habitualmente dos outros. São bodes que expiam.
Há milhares de anos, no Médio Oriente, os povos autóctones tinham por hábito, uma vez por ano, escolher um bode a quem eram atribuídos todos os males e todos os pecados cometidos por aquela comunidade. Depois de escolhido o animal, efectuavam um ritual público que terminava com o lançamento do bode para uma ravina. Simbolicamente, ao estatelar-se no fundo do penhasco, o bode libertava todas aquelas pessoas dos males e dos erros cometidos (dos pecados também). No ano seguinte repetiam a cerimónia. Ano após ano. Não era fácil, a vida (e a morte) dos bodes expiatórios.
Existe igualmente uma história relacionada com mexilhões (que são mais pequenos do que os bodes). Nos rochedos da orla marítima, quando a maré está a encher, as ondas batem fortemente nos mexilhões, que são uns moluscos bivalves da família dos mitilídeos. Quando o mar está bravo, os mexilhões sofrem mais.
PMC

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?