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sexta-feira, janeiro 20, 2006

 

No final da campanha

Sejam quais forem os resultados eleitorais do próximo domingo pode, desde já, analisar-se, embora com brevidade os comportamentos dos candidatos.
Todos eles, desde os debates televisivos da pré-campanha até às várias e esgotantes acções no terreno, foram incansáveis para fazerem passar as suas diferentes mensagens. Foi uma campanha mobilizadora, que atraiu a todas as realizações eleitorais muitas pessoas, que deram largas ao seu entusiasmo e à afirmação das suas preferências e convicções políticas.
Mário Soares, revelou, a todo o momento, a sua grande experiência nestas “andanças”, quer nos debates da pré-campanha quer nos contactos com os populares quer ainda nos comícios e outras reuniões em que fez discursos vigorosos e conceituosos na sua luta contra o representante da direita.
Percorreu, como aliás, todos os outros candidatos o país de Norte a Sul, do Litoral ao Interior e ainda às regiões Autónomas e Brasil.
E sempre se mostrou com inegável força física e grande pujança intelectual.
Mário Soares cumpriu bem.
Igualmente Manuel Alegre fez uma campanha muito aceitável, sobretudo se se tiver em conta que não teve apoio de qualquer estrutura partidária. A sua campanha foi, sim, um movimento de cidadania (como ele lhe chamou) sem dúvida valioso, que congregou muitos apoiantes de várias áreas políticas e independentes.
Não tão bom nos debates televisivos, foi, porém, bem nos actos de rua e nos comícios e jantares-convívio, em que, mais uma vez, se revelou um grande orador.
Cavaco Silva, quanto a nós, começou mal, não conseguindo apresentar-se sem a sua habitual arrogância, com pouco à vontade e com dificuldade de comunicação abusando do seu ar professoral.
Mas, o certo é que, pouco a pouco melhorou e, mesmo nas acções de rua, mostrou-se receptivo e colaborante às grandes manifestações de bom acolhimento que teve.
Ficou, contudo, por explicar como é que ajudaria o governo a resolver a crise existente, como tantas vezes repetiu, conhecendo, como deve conhecer, quais os poderes presidenciais.
Jerónimo de Sousa foi, sem dúvida, a grande revelação nesta campanha eleitoral, tendo sempre uma nota muito positiva em todos os actos em que interveio.
Não lhe faltou simpatia, afabilidade, modéstia, entusiasmo e firmeza de convicções, adaptando-se muito bem aos meios que visitou. Fez uma campanha alegre, dinâmica, com estrita coerência quanto aos valores que defende. Foi o melhor de todos os candidatos comunistas que concorreram já a eleições.
Francisco Louçã exibiu, quer nos debates televisivos quer em todos os actos da campanha, a sua brilhante inteligência, a sua boa preparação política, o seu discurso fluido e acessível e também a sua natural simpatia.
Garcia Pereira foi um candidato sozinho, esforçado como sempre, que foi até discriminado nos debates televisivos. É notável a sua persistência em marcar a posição do seu partido em todas as eleições.
Mas também desta vez serão poucos os seus apoiantes, dado o radicalismo que defende.
Está feita esta esgotante corrida eleitoral.
A meta está à vista, mas só no domingo se saberá qual é o vencedor.
Para já foi a democracia que venceu e isso já é bom!

Comments:
Very nice site! » » »
 
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