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terça-feira, janeiro 17, 2006

 

Aos indecisos

São muitos ainda os portugueses que, neste momento, não tomaram uma decisão quanto ao seu voto nas eleições de 22 do corrente?
Essa indecisão não deve manter-se, não se deve preferir não votar a procurar esclarecer-se.
Tal esclarecimento pode obter-se lendo os jornais, ou quem não saiba ler deve trocar impressões com outros melhor informados.
Aliás, as televisões diariamente transmitem reportagens sobre as acções eleitorais dos vários candidatos.
E o certo também é que alguns dos que agora disputam as eleições são já bem conhecidos do povo português ou já com provas dadas.
Enfim, os agora ainda indecisos têm que procurar todos os meios ao seu alcance para na altura própria saberem votar em consciência naquele candidato que considerem ter as melhores qualidades para exercer as altas funções de Presidente da República.
Continuar-se indeciso até ao fim da campanha é que não é aceitável, pois só quem quis “ voltar as costas” ao que nela se tem passado poderá optar por não se definir a favor deste ou daquele candidato.
Mas, atenção: a eleição é para escolher o Presidente da República e não para o Primeiro-Ministro, e a este compete governar e não àquele.
O Presidente da República tem, sim, podres específicos constantes da Constituição e poderá exercer a chamada “ magistratura de influência”, dialogando com o governo e com as forças políticas, emitindo opiniões ou pareceres.
E pode também, em certos casos, vetar as leis da Assembleia da República e mesmo em situações muito graves dissolver o Parlamento.
Não podem pois confundir-se os poderes do Presidente com os do governo, como alguns pretendem fazer crer, indo prometendo a resolução da grave crise que existe, sabendo de antemão que quem for Presidente não pode cumprir só por si tais promessas.
Enfim, assim como não é admissível a abstenção também não o é que se permaneça na indecisão, depois de uma pré-campanha e campanha que, desta vez, foram esclarecedoras.
A propositada abstenção é uma recusa de um direito que custou a conquistar, o voto livre; a indecisão que se quis manter, é, ao fim e ao cabo, também uma atitude que em democracia não é aceitável.

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