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domingo, junho 22, 2008

 

O Congresso do PSD

Finalizou o 31º Congresso do maior partido da oposição. Foram três os discursos principais: o de Passos Coelho, o de Santana Lopes e, claro, o de Manuela Ferreira Leite, nova presidente do PSD. As listas que esta apresentou obtiveram uma maioria dos lugares para os órgãos nacionais, sendo certo que, porém, Passos Coelho viu bem marcada a sua posição no Partido através de apoiantes seus eleitos para aqueles órgãos. Ao contrário de Santana Lopes que, apesar de muito ovacionado no seu discurso – o qual, quanto a nós, esteve até abaixo do que lhe é habitual -, não conseguiu fazer eleger para os órgãos nacionais um número significativo dos seus apoiantes. Viu até que alguns desses apareceram no Congresso integrando outras listas. O discurso final de Manuela Ferreira Leite, embora formalmente bem elaborado, foi, sem dúvida, um repositório de generalidades. Na análise que fez, aliás demasiadamente negativista sobre a actual realidade portuguesa não apontou sequer uma única medida concreta em relação a qualquer sector. Claro que poderá dizer-se que não era no Congresso que a líder social-democrata teria que apresentar um programa de governo. Mas impunha-se que em relação a alguns dos problemas que hoje existem e a que se referiu esboçasse, pelo menos, algumas das soluções que preconizasse. Seja como for Manuela Ferreira Leite enunciou algumas das opções que terá no seu futuro como presidente do PSD e possível Primeira-Ministra. Só não compreendemos qual a razão que a levou a não revelar o seu pensamento quanto à política laboral que, hoje, está a preocupar, e com muita razão, grande parte dos trabalhadores. Foi um simples e incaracterístico parágrafo que destinou ao sector laboral. Será só a classe média que merece a atenção da presidente do PSD? E será com a nova presidente social-democrata que o partido encontrará a pacificação que se deseja? Manuela Ferreira Leite não terá, quanto a isso, tarefa fácil. Aliás pareceu-nos que ela no Congresso não recebeu um apoio entusiástico dos congressistas que foram parcos nos aplausos. Já Passos Coelho saiu, decerto, satisfeito do congresso, porque pôde constatar a simpatia dos delegados. De registar que foram eleitos para os órgãos do PSD vários dos seus membros mais antigos e que. Há já tempo, estavam afastados da política activa.

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