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domingo, maio 28, 2006

 

Não lembraria ao diabo!

Será possível que seja verdade o que ouvimos, logo de manhã, na televisão e já lemos nos jornais?
Noticiou-se que o Ministério da Educação pretende que os Encarregados de Educação fiscalizem o trabalho dos professores.
Os paios dos “ meninos” terão o direito de pronunciar-se sobre a competência ou incompetência dos professores.
Se um aluno tiver más notas ou reprovar, o respectivo professor terá de se haver com o Encarregado de educação.
Isto é mesmo o cúmulo da desautorização dos docentes, que tão pouca consideração têm tido por parte do Ministério.
Talvez que se queira que os professores para não terem “ chatices” resolvam passar todos os alunos sem o merecerem.
E assim estatisticamente não haverá insucesso escolar!...
Já alguém disse, e com razão, que a Ministra da Educação desencadeou mais uma guerra com os professores e, desta vez, a mais terrível até agora.
Porque, efectivamente, é impossível aceitar que, com o nível de grande parte dos Encarregados de Educação eles possam ser chamados a avaliar a competência dos docentes.
Que há bons e maus professores, que os há interessados na escola e os que apenas pretendem ganhar o ordenado ao fim do mês.
Mas, não é com uma medida meramente calculista que a Ministra vem, no futuro, a ter professores mais dedicados às suas funções lectivas.
Corre-se, sim, o risco de se praticarem graves injustiças quando os Encarregados de Educação, por animosidade, por “ révanche” ou por crédito demasiado nos que lhes é referido com mentira pelos filhos.
A alteração do Estatuto da Carreira Docente, em que são modificados os critérios de avaliação para progressão na carreira, as obrigações dos docentes, etc, vai agora ser discutido com os sindicatos e estes não deixarão de rebater que incompetentes, mal preparados ou mal informados entrem no processo de avaliação dos professores.
Seria uma verdadeira Inquisição a perseguir o professorado, com julgamentos parciais e com poucas ou nenhumas possibilidades de defesa por parte dos “ acusados” !
De uma Ministra a quem nunca se viu um sorriso ou uma cara de boa disposição, que nunca, pelo menos em público, tratou os professores com a consideração que merecem, não poderia, na verdade, sair uma proposta diferente.

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