quinta-feira, maio 19, 2005
A verdade sobre o défice
Os partidos da Oposição já acusam o governo de estar a ser feita uma “encenação” sobre o défice.
Vão-se esquecendo, claro, que é o próprio Governador do Banco de Portugal quem, depois de uma análise às contas do Estado, revelou já ao Presidente da República e até publicamente a sua enorme preocupação quanto ao défice real.
O governo socialista não tinha necessidade alguma de proceder a “encenações” quanto a tal assunto.
Pelo contrário, tomara ele que não existisse a crise que, em quatro anos, se agravou substancialmente, e que pudesse governar sem preocupações sérias dessa natureza!
Mas, será que o défice orçamental se tornará de novo uma obsessão?
Estamos em crer que o Governo actual saberá encontrar os meios de o evitar e de não deixar que se deixem de parte as medidas sociais, tão precisas!
Quem andou, nos últimos anos, a disfarçar o défice devia ser chamado à responsabilidade, pois foi um embuste que fizeram perante o povo.
Cumpriu-se a exigência europeia, mas à custa de quê?
Das receitas extraordinárias com vendas de bens de património nacional, de muitos sacrifícios sociais que se fizeram, com a economia praticamente parada, etc.
Tenhamos esperança que, embora reconhecendo a dificuldade da crise, o défice não voltará a ser a tarefa essencial do governo.
Luís Melo Biscaia
Vão-se esquecendo, claro, que é o próprio Governador do Banco de Portugal quem, depois de uma análise às contas do Estado, revelou já ao Presidente da República e até publicamente a sua enorme preocupação quanto ao défice real.
O governo socialista não tinha necessidade alguma de proceder a “encenações” quanto a tal assunto.
Pelo contrário, tomara ele que não existisse a crise que, em quatro anos, se agravou substancialmente, e que pudesse governar sem preocupações sérias dessa natureza!
Mas, será que o défice orçamental se tornará de novo uma obsessão?
Estamos em crer que o Governo actual saberá encontrar os meios de o evitar e de não deixar que se deixem de parte as medidas sociais, tão precisas!
Quem andou, nos últimos anos, a disfarçar o défice devia ser chamado à responsabilidade, pois foi um embuste que fizeram perante o povo.
Cumpriu-se a exigência europeia, mas à custa de quê?
Das receitas extraordinárias com vendas de bens de património nacional, de muitos sacrifícios sociais que se fizeram, com a economia praticamente parada, etc.
Tenhamos esperança que, embora reconhecendo a dificuldade da crise, o défice não voltará a ser a tarefa essencial do governo.
Luís Melo Biscaia