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sexta-feira, agosto 05, 2005

 

Conflito de gerações

Se esse conflito existe, com maior acuidade, na sociedade actual, mesmo até, por vezes, nas famílias, também na política se verifica.

Os mais novos vão afastando os mais idosos, não respeitando a sua experiência e o seu passado de entrega coerente e, tantas vezes, difícil a um ideal, a uma causa, nobre e elevada.

Na ânsia de ocuparem lugares que os projectem rapidamente ao “estrelato” político nesta ou naquela área, muitos jovens desprezam o que poderia advir-lhes de mais valia se ouvissem os mais idosos.

Claro que, na vida política, é essencial a renovação, com o aparecimento e a afirmação dos mais novos.

Só que, infelizmente, essa afirmação não tem surgido como válida, o que era desejável.

Nem nessa renovação se deve tentar apagar de cena política quem, ao longo de muitos anos, a prestigiou, pondo todos os seus méritos ao seu serviço.

Como tudo na vida, há que saber encontrar um equilíbrio, há que agir com bom senso, caldeando o entusiasmo ou mesmo até uma salutar fogosidade dos mais novos com a experiência e visão esclarecida e paciente dos factos pelos mais velhos.

Aqueles a quem os novos chamam de dinossauros da política têm, normalmente, ainda muito a dar, são ainda capazes de aconselhar e de apoiar com vigor ideias novas, desde que, depois de ponderadas e discutidas, possam ser aproveitáveis e úteis à comunidade.

Aqueles a quem chamam velhos, dinossauros, ultrapassados, etc., etc., não embarcam, porém, em aventuras ou em esquemas pouco transparentes, nem apoiam, decerto, a mediocridade e o protagonismo balofo.

Há que saber conciliar o que todos – jovens e mais idosos – podem em conjunto, realizar para uma boa prestação política.

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