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quarta-feira, dezembro 14, 2005

 

24 anos para morrer

Em 1981, um cidadão americano, da raça negra, foi condenado à morte por ter cometido quatro homicídios.
Se estava inocente ou não só ele o sabia, mas o certo é que o Tribunal considerou-o culpado e sentenciou-o à pena de morte.
Porém, só 24 anos depois ele foi executado, com uma injecção letal, vindo a morte a ocorrer trinta e cinco minutos depois!
Durante os muitos anos que esteve na cadeia, Stanley Williams, assim era o seu nome, teve um comportamento exemplar, dedicando-se à escrita, publicando alguns livros infantis, noutros denunciou a violência dos gangs, tornou-se um defensor acérrimo do pacifismo e chegou a ser nomeado para o Nobel da Paz.
Muitos acreditaram na sua inocência e na hora da sua execução protestaram publicamente contra a pena de morte.
Stanley Williams teve 24 anos para se redimir de qualquer conduta criminosa, se é que a teve!
Quer-nos parecer que foi tempo suficiente para ele se transformar e agir como um homem novo e assim aconteceu pelo que fez na cadeia.
Que homem mataram: o de há 24 anos, porventura violento e influente nos gangs, ou o de agora?
A pena de morte é há muito condenável, pela injustiça que, por vezes, pode representar, fazendo morrer quem, por erro judicial não merecia morrer.
Nos países civilizados (e Portugal foi o primeiro!) já foi declarada a extinção da pena de morte.
E quando é que os EUA entram nessa lista?!
Quantos casos já houve em que depois da morte dos condenados veio a reconhecer-se a sua inocência!

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