Lugar para Todos

Foi já há três anos que o Iraque foi invadido por tropas americanas e inglesas.
O motivo, como se sabe, foi o de que naquele país havia armas de destruição maciça, o que nunca veio a confirmar-se.
E o certo é que, com base numa falsidade, talvez até propositadamente inventada, fez-se uma violenta guerra, provocando já muitos milhares de mortos e feridos, destruindo ainda o que de melhor havia no Iraque não tendo sequer a preocupação de preservar monumentos históricos.
Aquele país tornou-se território de terrorismo e ainda hoje permanece a instabilidade social e política, agora agravada com uma exacerbada rivalidade sectário-religiosa, que poderá levar a uma guerra civil.
É certo que a ditadura de Saddam Hussein acabou, estando ele a prestar contas dos seus muitos crimes em Tribunal.
Só que a democracia prometida está longe de poder considerar-se consagrada e ninguém tem conseguido pôr ordem no verdadeiro zaos que se instalou no Iraque.
Se o ditador era quem interessava à coligação anglo-americana abater, não seria difícil fazê-lo sem desencadear uma guerra feroz e injusta.
Foi reconhecendo isso tudo que em várias cidades da Europa incluindo Lisboa, se promoveram grandes manifestações de protesto contra “ os senhores da guerra”, neste terceiro aniversário.
Agora, já deram satisfação à sua violência, ao seu desrespeito pelo direito internacional e pelos direitos fundamentais dos iraquianos, a administração americana já fala em as suas tropas deixarem o país, a onde levaram a morte, a destruição, a desesperança, a maior miséria, a instabilidade e o medo.
Os nomes de Bush e de Blair e também de outros que, de uma maneira e de outra, os apoiaram na guerra ficarão para sempre ligados a algo que constituirá a história mundial uma página muito negra!
Outros terão já sido julgados e castigados por menos.