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sábado, abril 22, 2006

 

Ainda o Casino Lisboa

Vários articulistas habituais da nossa imprensa pronunciaram-se já sobre a inauguração do casino Lisboa, do sr. Stanley Ho e dos que li todos criticaram o acontecimento, sabendo-se que o jogo é uma dependência perigosa, que, como qualquer outra, pode conduzir a sérios problemas sociais, à degradação do viciado no jogo, à desagregação da sua família, à prática de delitos.
Miguel Sousa Tavares foi talvez o mais directo na critica àquele empreendimento e à pompa e circunstância de que se fez rodear a sua inauguração ( Stanley Ho foi até recebido pelo Presidente da República e pelo Primeiro-Ministro, como se viesse dar algo de muito válido a Lisboa e ao país!).
Sousa Tavares escreveu no Expresso: “ um daqueles portugueses influentes que tanto lhe devem afirmou que Portugal deve muito a Stanley Ho. E eu fiquei a pensar se seria distracção minha ou se de facto não existe nenhuma indústria, nenhuma fábrica, nenhuma exploração agrícola, nenhum bairro social, nenhuma empresa tecnológica, feito em Portugal pelo sr. HO. Se é distracção minha ou o 84º homem mais rico do mundo não doou a Portugal um hospital, um museu, uma universidade, um centro cultural, um monumento. Ou mais modestamente uma ala de um hospital, um laboratório, um centro da terceira idade, um prémio científico ou cultural, uma sala de museu, um jardim público”.
E dizemos nós: tudo o que Stanley Ho tem criado é relacionado com o jogo, o qual lhe tem trazido e continuará agora a trazer muitos milhões de euros.
Ele, segundo já revelou, não joga, prefere, então, que sejam outros a fazê-lo, a encher-lhe os bolsos, ficando indiferente às muitas tragédias pessoais, familiares e sociais que o jogo pode provocar!
Mesmo dizer-se que os casinos dão trabalho a muitos não é quanto a nós, suficiente para justificar a existência e sobretudo a proliferação das casas de jogo.
E, como ainda escreveu Sousa Tavares: “ Não me venham vender um casino como investimento público”.
Será, sim, um investimento capaz de tornar o sr. Stanley Ho cada vez mais rico, à custa dos que não resistem ao vício do jogo muitas vezes até por razões patológicas!
Para terminar: um alto funcionário do casino Lisboa referiu que ali pretende-se “ democratizar-se “ o jogo, aceitando-se a postas de um cêntimo!
Quer dizer que esse “ atractivo” só servirá, sem dúvida, para que o vício chegue mais depressa e a mais pessoas.
Bolas para tal democratização!...

Comments:
Ora...qual é o problema com os casinos ?

Cada um faz o que quer ao seu dinheiro. Ponto.
 
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