.comment-link {margin-left:.6em;}

quarta-feira, abril 26, 2006

 

A vertente social no discurso do Presidente da República

Contra a expectativa, pelo que há dias se anunciava, o Prof. Cavaco Silva ( que se apresentou sem cravo vermelho na lapela!), no seu discurso na Assembleia da República não fez referência à atitude dos parlamentares que, recentemente, pela sua ausência impediram as votações, preferindo antecipar as suas mini-férias da Páscoa.
Quer dizer que o Presidente da República não quis – e, quanto a nós, bem – “tutelar” os deputados.
E o tema forte do seu discurso centrou-se na exclusão social, na pobreza, nas desigualdades que se vão acentuando no nosso país.
Apelou, então, para um compromisso cívico à volta do Plano Nacional de Acção para a Inclusão que o Governo está já a elaborar, devendo congregar-se esforços para um maior desenvolvimento das medidas que combatam as desigualdades.
E lamentou, ainda, a existência de assimetrias entre o litoral e o interior e o urbano e o rural.
Também reforçou a vertente social do seu discurso, quando disse que, embora tendo que haver preocupação de um maior crescimento económico, este interessa para que seja possível conseguir uma melhor qualidade de vida, sobretudo dos mais carentes economicamente.
Cavaco Silva, nesta sua primeira alocução na Assembleia da República foi inteligente e oportuno, legitimando até, com a suas palavras, o pendor social que o Governo vem revelando.
Os deputados de três bancadas – as do PS, PSD e CDS – aplaudiram de pé o Presidente da República.
Como é protocolar, falaram na sessão do 25 de Abril os representantes de todos os partidos com assento no Parlamento.
E, também como é habitual, cada um deles, embora elogiando a Revolução dos Cravos e as suas consequências benéficas fez uma apreciação de vários problemas que ainda preocupam o povo português.
Jaime gama, Presidente da Assembleia da República, encerrou a sessão com judiciosas e oportunas considerações, manifestando, mais uma vez, o seu apoio ao espírito do 25 de Abril e mostrando-se confiante no futuro democrático e progressista de Portugal.

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?