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terça-feira, maio 16, 2006

 

O último prós e contras

Este programa da RTP1 foi dedicado ao encerramento de algumas maternidades.
Presentes: o Ministro da Saúde, um obstreta pertencente à Ordem dos Médicos, o Deputado do PSD Dr. Luís Negrão e a Drª Blandina, médica obstreta da maternidade de Barcelos.
Na assistência estiveram muitos médicos, entre eles, claro, os responsáveis pelo Relatório apresentado ao Ministro, Enfermeiros, os Presidentes das Câmaras de Barcelos, de Lamego e Elvas, e muitas pessoas destes concelhos.
Não houve novidades por parte do Ministro nem do principal responsável daquele relatório; mas houve, sim, forte contestação dos argumentos que têm servido para justificar a decisão quanto ao encerramento de algumas maternidades.
Impressionou-me o depoimento isento e até corajoso de uma enfermeira do hospital de Braga que, revelando estar em princípio a favor de se promover uma melhor segurança para as parturientes e os nascituros, colocou a dúvida se, na verdade, fazendo transportar algumas vezes à pressa, as grávidas para outros hospitais, não poderá isso criar nelas uma natural ansiedade e até certas preocupações psicológicas, com consequências nos partos.
Por outro lado, houve quem defendesse e bem que se deveria ter averiguado no local se os blocos de parto em causa tinham ou não condições de segurança, o que não foi feito.
Nem sequer houve qualquer diálogo com os médicos responsáveis pelas maternidades. A decisão surgiu abruptamente, sem também serem ouvidos os autarcas locais.
A questão dos transportes foi também abordada, sendo dito que as ambulâncias nem o seu pessoal estão preparados para em caso necessário, se proceder a um parto com condições de segurança.
Estranhámos que ninguém tivesse colocado um problema que consideramos importante: é que como aqui já dissemos, as grávidas que são acompanhadas durante o período de gravidez por este ou aquele médico estabelecem com ele uma relação de confiança e, na hora do parto, será outro médico, que nunca conheceram sequer a prestar-lhes assistência numa maternidade, depois de, numa ambulância terem de ser percorridos alguns quilómetros por estradas nem sempre boas!
Contribuirá isso para a segurança de que tanto se fala?!
Segundo o Ministro continua a afirmar não foi um critério economicista nem um critério meramente quantitativo (os tais 1500 partos/ano) que o levaram a decidir como decidiu.
Então, se foi só o zelo pela segurança, por que não se manda averiguar por peritos competentes e isentos, caso a caso, as condições existentes nas maternidades em causa?!

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