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quinta-feira, julho 13, 2006

 

Um bom sacerdote

Há dias foi-me dado a conhecer o diário de um sacerdote, com quem, há já anos, tinha um bom relacionamento e que recentemente faleceu.
Sabia que ele era na verdade um homem bom, com as melhores qualidades morais, entre as quais não faltavam a solidariedade, a humildade, a rectidão, a discrição em todos os seus actos, a bondade.
Era enorme o seu entusiasmo ao falar da fé e grande e constante o seu desejo de fazer o melhor apostolado.
Grande também a sua aceitação dos outros, fossem quais fossem as suas posições, aos quais ainda demonstrava muita abertura e compreensão, sem contudo, abdicar um milímetro do programa de vida que desde novo abraçara.
Desprendido dos bens materiais, tudo o que tinha era para ajudar os necessitados.
Naquele seu diário, que tive o privilégio de ler uma parte, não tive novidades quanto à elevada estatura moral e intelectual daquele padre.
Impressionou-me, sim, a simplicidade das suas palavras e, sobretudo, esta frase: fazer o bem bem feito!
Isso serviu para uma minha reflexão quanto ao que fazem o bem por exibição, por vaidade, para se promoverem.
Fazer o bem bem feito é difícil, mas é como deve ser realizado para que tenha o valor devido.
Segundo me disseram, mesmo horas antes do seu falecimento, sofrendo dores horríveis conseguiu ainda escrever nesse diário que sentia uma grande paz e que a morte que se aproximava era para ele uma passagem feliz e alegre, desejando que a missa de corpo presente fosse muito cantada.
Esse bom sacerdote, com quem cheguei a ter longas conversas ( mas nunca discussões) jamais será esquecido por mim.

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