Lugar para Todos

Alguns que apregoam ser socialistas não o revelam na sua prática diária.
Basta-lhes dizer que o são, que defendem as principais matrizes daquela teoria política, como a igualdade de oportunidades, a justiça social, a solidariedade, a melhor distribuição da riqueza, a defesa de uma democracia plena, dos direitos fundamentais, etc.
Mas, o certo é que, quando estão em causa os seus interesses pessoais, o seu melhor bem-estar e qualidade de vida tudo se esquece dando lugar à ambição, ao egoísmo, à indiferença quanto às precárias situações dos outros.
Perdem, muitas vezes, a cabeça e dos muitos cartões que trazem na carteira, entre os quais um vermelho do Partido a que pertencem, valem apenas aqueles que lhes podem obter o dinheiro necessário para a aquisição dos bens porque anseiam.
Não se lhes conhece qualquer conduta em favor dos mais carenciados, não os preocupa as desigualdades sociais, o que lhes importa, sim, é subir aos lugares rendosos, aproveitar as influências que podem ajudá-los a progredir economicamente e a gozar o mais possível uma boa vida.
Enfim, como costumamos dizer, são os “ socialistas da riqueza” que, só de vez em quando, têm problemas de consciência e então se disponibilizam a ser coerentes com a posição política que, um dia, assumiram, às vezes, sem saberem ao certo porquê.
É claro que para ser socialista não é preciso viver mal, pode viver-se bem, desde que o que tem seja ganho licitamente. Mas o que deve acima de tudo é ajudar, em qualquer momento tanto quanto possível os que precisam e contribuir, com interesse e muita dedicação, para que se criem os meios para que todos vivam melhor.