sexta-feira, novembro 24, 2006
Interpretação forçada!
Os militares de todas as armas decidiram concentrar-se na baixa de Lisboa e aí passarem algum tempo a passear com as suas famílias. Isto foi considerado pela Governadora Civil de Lisboa e pelo Governo como uma manifestação de protesto pelo que devia ter sido pedida a respectiva autorização legal com dois dias de antecedência.
Mas será isso realmente uma manifestação?
Não se exibiram cartazes, não houve palavras de ordem contra a política governamental, não se fez nenhum comício.
Os militares e famílias limitaram-se a andarem de um lado para o outro, falando entre si amistosamente e sem provocar ninguém. Claro que o intuito desses militares foi revelar o seu descontentamento, mas, pela forma como agiram, só uma interpretação forçadíssima e disparatada poderá considerar-se o que se passou como uma manifestação ilegal!
Só poderá explicar-se a atitude da Governadora Civil e do Governo como um sinal de medo e quem não tem razão para o ter não deve tê-lo!
Já lá vai o tempo em que qualquer ajuntamento de pessoas dava lugar a represálias e a sanções...
Será que alguém está interessado em regressar a esses tempos?!
Depois há que considerar que a Governadora Civil não pode ver fantasmas onde não os há, nem pode actuar apenas com base em suposições ou conjecturas.
Porque lhe dizem que a concentração de militares tinha um carácter político-profissional, aí está ela a proibi-la e aí está também a hierarquia militar a ameaçar com processos disciplinares àqueles que ali estivessem.
Foram umas centenas os militares que participaram nesse “ passeio do descontentamento” e agora já se sabe que, pelo menos, foram instauradas algumas dezenas de processos disciplinares!
Onde vamos parar, Santo Deus?
Mas será isso realmente uma manifestação?
Não se exibiram cartazes, não houve palavras de ordem contra a política governamental, não se fez nenhum comício.
Os militares e famílias limitaram-se a andarem de um lado para o outro, falando entre si amistosamente e sem provocar ninguém. Claro que o intuito desses militares foi revelar o seu descontentamento, mas, pela forma como agiram, só uma interpretação forçadíssima e disparatada poderá considerar-se o que se passou como uma manifestação ilegal!
Só poderá explicar-se a atitude da Governadora Civil e do Governo como um sinal de medo e quem não tem razão para o ter não deve tê-lo!
Já lá vai o tempo em que qualquer ajuntamento de pessoas dava lugar a represálias e a sanções...
Será que alguém está interessado em regressar a esses tempos?!
Depois há que considerar que a Governadora Civil não pode ver fantasmas onde não os há, nem pode actuar apenas com base em suposições ou conjecturas.
Porque lhe dizem que a concentração de militares tinha um carácter político-profissional, aí está ela a proibi-la e aí está também a hierarquia militar a ameaçar com processos disciplinares àqueles que ali estivessem.
Foram umas centenas os militares que participaram nesse “ passeio do descontentamento” e agora já se sabe que, pelo menos, foram instauradas algumas dezenas de processos disciplinares!
Onde vamos parar, Santo Deus?