segunda-feira, novembro 06, 2006
O sr. Bush
O Presidente dos EUA congratulou-se já publicamente pela sentença que condenou à morte Saddam Hussein.
Dos invasores do Iraque, que se saiba, foi o único a manifestar essa sua satisfação.
Embora fosse, há muito, esperada tal sentença ( com um Tribunal “ político” daqueles não podia ser outra!), a verdade é que o ditador iraquiano não dispôs dos meios imparciais na sua defesa, o que sempre choca quem luta pela Justiça.
Por mais criminoso que se seja, há sempre que possibilitar a um ser humano o uso dos meios de defesa e um tribunal independente.
Era essa a razão porque, desde a sua prisão, optávamos por um julgamento fora do Iraque, num Tribunal Penal composto por Juízes, sem escolha política.
O que dissemos, então, e dizemos agora, não é em defesa de tão tenebroso ditador mas ism em nome de uma verdadeira Justiça, a que qualquer homem tem direito.
Mais: não pode deixar de estranhar-se a satisfação de Bush com a sentença à morte, pois, quando em 1982 (salvo erro) ocorreu, a mando de Saddam a morte de toda uma população de uma aldeia, o ditador era “ um menino bonito” da administração americana, que lhe dispensou sempre toda a colaboração.
O que é a vida política...
Ontem amigos, hoje inimigos!
De estranhar também que Sócrates e Cavaco Silva não se tenham referido, numa reunião internacional em que estiveram ao assunto, sendo certo, porém, que o nosso Primeiro-Ministro aproveitou para, mais uma vez, elogiar os EUA, considerando que naquele país existe talvez a mais sólida democracia.
Dos invasores do Iraque, que se saiba, foi o único a manifestar essa sua satisfação.
Embora fosse, há muito, esperada tal sentença ( com um Tribunal “ político” daqueles não podia ser outra!), a verdade é que o ditador iraquiano não dispôs dos meios imparciais na sua defesa, o que sempre choca quem luta pela Justiça.
Por mais criminoso que se seja, há sempre que possibilitar a um ser humano o uso dos meios de defesa e um tribunal independente.
Era essa a razão porque, desde a sua prisão, optávamos por um julgamento fora do Iraque, num Tribunal Penal composto por Juízes, sem escolha política.
O que dissemos, então, e dizemos agora, não é em defesa de tão tenebroso ditador mas ism em nome de uma verdadeira Justiça, a que qualquer homem tem direito.
Mais: não pode deixar de estranhar-se a satisfação de Bush com a sentença à morte, pois, quando em 1982 (salvo erro) ocorreu, a mando de Saddam a morte de toda uma população de uma aldeia, o ditador era “ um menino bonito” da administração americana, que lhe dispensou sempre toda a colaboração.
O que é a vida política...
Ontem amigos, hoje inimigos!
De estranhar também que Sócrates e Cavaco Silva não se tenham referido, numa reunião internacional em que estiveram ao assunto, sendo certo, porém, que o nosso Primeiro-Ministro aproveitou para, mais uma vez, elogiar os EUA, considerando que naquele país existe talvez a mais sólida democracia.
